1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

90
SUMÁRIO INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 3 DICAS DE INTERPRETAÇÃO 3 EXERCÍCIOS 5 CLASSE DE PALAVRAS - MORFOLOGIA 8 SUBSTANTIVO 8 PRONOMES 16 NUMERAL 22 ARTIGO 23 VERBO 24 ADVÉRBIO 36 PREPOSIÇÃO 37 CONJUNÇÃO 38 INTERJEIÇÃO 39 EXERCÍCIOS 39 ANÁLISE SINTÁTICA I 40 ESTRUTURA SINTÁTICA PERÍODO SIMPLES 40 TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO 41 TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO 45 OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO 45 OS PRONOMES PESSOAIS E A FUNÇÃO DE OBJETO DIRETO E INDIRETO 46 OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO PLEONÁSTICOS 47 COMPLEMENTO NOMINAL 47 VOZES VERBAIS E O AGENTE DA PASSIVA 47 TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO 48 APOSTO 48 ADJUNTO ADNOMINAL (PERTO, PERTO, PERTO DO SUBSTANTIVO) 48 ADJUNTO ADVERBIAL 49 EXERCÍCIOS 49 EXERCÍCIOS II 50 ANÁLISE SINTÁTICA II 53 PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO 53 PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO 53 FUNÇÕES DO SE 55 FUNÇÕES DO QUE 56 EXERCÍCIOS 57 CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL 59 CONCORDÂNCIA VERBAL 59 EXERCÍCIOS 64 CONCORDÂNCIA NOMINAL 65 EXERCÍCIOS 67 REGÊNCIA VERBAL 68 REGÊNCIA NOMINAL 72 EXERCÍCIOS 72 LISTA II 73 PONTUAÇÃO 74 PONTO 74 PONTO E VÍRGULA ( ; ) 74 DOIS PONTOS 74 PONTO DE EXCLAMAÇÃO 75 PONTO DE INTERROGAÇÃO 75 RETICÊNCIAS 75 VÍRGULA 75 EXERCÍCIOS 75 SEMÂNTICA 76 DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO 76 SINONÍMIA 76 ANTONÍMIA 77 HOMONÍMIA 77 PARONÍMIA 77 CAMPOS SEMÂNTICOS 78 POLISSEMIA 78 COESÃO E COERÊNCIA 78 REDAÇÃO 79 COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAL 79 APRESENTAÇÃO VISUAL DA REDAÇÃO 79 DISSERTAÇÃO 80 CRASE 82 USO OBRIGATÓRIO 82

Transcript of 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

Page 1: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

SUMÁRIO

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 3

DICAS DE INTERPRETAÇÃO 3 EXERCÍCIOS 5

CLASSE DE PALAVRAS - MORFOLOGIA 8

SUBSTANTIVO 8 PRONOMES 16 NUMERAL 22 ARTIGO 23 VERBO 24 ADVÉRBIO 36 PREPOSIÇÃO 37 CONJUNÇÃO 38 INTERJEIÇÃO 39 EXERCÍCIOS 39

ANÁLISE SINTÁTICA I 40

ESTRUTURA SINTÁTICA – PERÍODO SIMPLES 40 TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO 41 TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO 45 OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO 45 OS PRONOMES PESSOAIS E A FUNÇÃO DE

OBJETO DIRETO E INDIRETO 46 OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO

PLEONÁSTICOS 47 COMPLEMENTO NOMINAL 47 VOZES VERBAIS E O AGENTE DA PASSIVA 47 TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO 48 APOSTO 48 ADJUNTO ADNOMINAL (PERTO, PERTO, PERTO DO

SUBSTANTIVO) 48 ADJUNTO ADVERBIAL 49 EXERCÍCIOS 49 EXERCÍCIOS II 50

ANÁLISE SINTÁTICA II 53

PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO 53 PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO 53 FUNÇÕES DO SE 55 FUNÇÕES DO QUE 56 EXERCÍCIOS 57

CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL 59

CONCORDÂNCIA VERBAL 59 EXERCÍCIOS 64 CONCORDÂNCIA NOMINAL 65 EXERCÍCIOS 67

REGÊNCIA VERBAL 68

REGÊNCIA NOMINAL 72

EXERCÍCIOS 72 LISTA II 73

PONTUAÇÃO 74

PONTO 74 PONTO E VÍRGULA ( ; ) 74 DOIS PONTOS 74 PONTO DE EXCLAMAÇÃO 75 PONTO DE INTERROGAÇÃO 75 RETICÊNCIAS 75 VÍRGULA 75 EXERCÍCIOS 75

SEMÂNTICA 76

DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO 76 SINONÍMIA 76 ANTONÍMIA 77 HOMONÍMIA 77 PARONÍMIA 77 CAMPOS SEMÂNTICOS 78 POLISSEMIA 78 COESÃO E COERÊNCIA 78

REDAÇÃO 79

COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAL 79 APRESENTAÇÃO VISUAL DA REDAÇÃO 79 DISSERTAÇÃO 80

CRASE 82

USO OBRIGATÓRIO 82

Page 2: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

USO FACULTATIVO 82 CASOS ESPECIAIS 82 CASOS PROIBITIVOS 83 EXERCÍCIOS 84

RESUMÕES 85

ANÁLISE SINTÁTICA I 85 FUNÇÕES DO SE 85 ANÁLISE SINTÁTICA II 86

GABARITO 89

Page 3: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

3 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

DICAS DE INTERPRETAÇÃO

Não só os alunos afirmam gratuitamente que a interpretação depende de cada um. Na realidade isto é para fugir a um problema que não é de difícil solução por meio de sofisma (=argumento aparentemente válido, mas, na realidade, não conclusivo, e que supõe má fé por parte de quem o apresenta). Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de texto. Para isso, devemos observar o seguinte: 1. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto 2. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente; 3. Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos umas três vezes; 4. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas; 5. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; 6. Não permitir que prevaleçam suas idéias sobre as do autor; 7. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão; 8. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto correspondente; 9. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão; 10. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se perguntou e o que se pediu; 11. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a mais completa; 12. Quando o autor apenas sugerir idéia, procurar um fundamento de lógica objetiva; 13. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais; 14. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto; 15. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a resposta; 16. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema e a mensagem; 17. O autor defende idéias e você deve percebê-las;

18. Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantíssimos na interpretação do texto. Exemplo: Ele morreu de fome. de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realização do fato (= morte de "ele"). Exemplo: Ele morreu faminto. faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que "ele" se encontrava quando morreu.; 19. As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as idéias estão coordenadas entre si; 20. Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza de expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado. Nota: Diante do que foi dito, espero que você mude o modo de pensar, pois a interpretação não depende de cada um, mas, sim, do que está escrito. "O que está escrito, escrito está."

Page 4: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

4 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Page 5: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

5 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

EXERCÍCIOS

TEXTO I Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco. (Machado de Assis, in Memórias Póstumas de Brás Cubas) 1. Pode-se afirmar, com base nas idéias do autor-personagem, que se trata: a) de um texto jornalístico b) de um texto religioso c) de um texto científico d) de um texto autobiográfico e) de um texto teatral 2. Para o autor-personagem, é menos comum: a) começar um livro por seu nascimento. b) não começar um livro por seu nascimento, nem por sua morte. c) começar um livro por sua morte. d) não começar um livro por sua morte. e) começar um livro ao mesmo tempo pelo nascimento e pela morte. 3. Deduz-se do texto que o autor-personagem: a) está morrendo. b) já morreu. c) não quer morrer. d) não vai morrer. e) renasceu. 4. A semelhança entre o autor e Moisés é que ambos: a) escreveram livros. b) se preocupam com a vida e a morte. c) não foram compreendidos. d) valorizam a morte. e) falam sobre suas mortes. 5. A diferença capital entre o autor e Moisés é que: a) o autor fala da morte; Moisés, da vida. b) o livro do autor é de memórias; o de Moisés, religioso. c) o autor começa pelo nascimento; Moisés, pela morte. d) Moisés começa pelo nascimento; o autor, pela morte. e) o livro do autor é mais novo e galante do que o de Moisés. 6. Deduz-se pelo texto que o Pentateuco: a) não fala da morte de Moisés. b) foi lido pelo autor do texto.

c) foi escrito por Moisés. d) só fala da vida de Moisés. e) serviu de modelo ao autor do texto. 7. “Não muito remota é a conquista pedagógica que consiste na interpretação psicológica da criança como criança, e não como adulto em miniatura. Até então, a criança tinha sido considerada do ponto de vista do adulto, olhada como um adulto ante um binóculo invertido; aquilo que fosse útil ao inútil par o adulto, igualmente o seria, guardadas as devidas proporções para a criança.” Segundo o texto: a) O comportamento da criança é a uma antecipação do comportamento do adulto. b) Atualmente, a pedagogia considera a criança um ser qualitativamente diferenciado do adulto. c) A pedagogia moderna, para interpretar o comportamento do adulto, tem que reportar-se à infância. d) Para a corrente pedagógica moderna, a não ser por uma questão de grau, a motivação intrínseca da criança é a mesma que a do adulto. e) O comportamento humano é explicado por fatores que são os mesmo tanto par a criança quanto para o adulto. 8. (UEMT-LONDRINA) “Para vendermos produtos, mesmos mais baratos, os salários das classes mais baixas precisariam ser maiores.” Conclui-se do texto que: a) As classe pobres podem comprar apenas os produtos cujo preço foi sensivelmente reduzidos. b) O fato de os salários serem baixos induz as classes pobres à indiferença diante de suas necessidade do consumo. c) As calasses pobres, em face de seus baixos vencimentos, não se importam com a qualidade dos produtos que consomem. d) As classes pobres se endividam demasiadamente, já que, por força dos baixos salários que recebem, têm poder aquisitivo muito reduzido. e) A redução do preço dos produtos não é suficiente para colocá-los ao alcance dos salários das classes mais baixas. 9. (UEMT-LONDRINA) “A idéia de que diariamente, cada hora, a cada minuto e em cada lugar se realizam milhares de ações que me teriam profundamente interessado, de que eu deveria certamente tomar conhecimento e que, entretanto, jamais me serão comunicadas – basta par tirar o sabor a todas as perspectivas de ação que encontro a minha frente. O pouco que eu pudesse obter não compensaria jamais esse infinito perdido.” De acordo com o texto , para o autor: a) a consciência da impossibilidade de participar de todos os acontecimentos diminui a importância de seus atos. b) O interesse que o indivíduo manifesta em participar dos acontecimentos é maior que sua capacidade par dirigi-los. c) O mundo ganha valia com o conjunto das ações humanas, mas destrói o sabor que a vida possa, individualmente, oferecer aos homens.

Page 6: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

6

6 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

d) O mundo não se resolve nos gestos individuais, mas resulta do conjunto da ação harmoniosa dos indivíduos. e) A impotência de participar dos acontecimentos de seu tempo traz, como conseqüência, o descaso pela ação humana. 10. (UEMT-LONDRINA) “Um dia desta semana, farto de vendavais, naufrágios, boatos, mentiras, polêmicas, farto de ver como se descompõem os homens, acionistas e diretores,importadores e industriais, farto de mim, de ti, de todos, de um tumulto sem vida, de um silêncio sem quietação, peguei de uma página de anúncios (...)". Dizendo-se farto "de um tumulto sem vida, de um silêncio sem quietação”, o cronista permite-nos concluir que ele vê o mundo como: a) compreensível b) contraditório c) autoritário d) Indiferente e) Inatingível 11. (UEMT-LONDRINA) - Quando Platão considerava os homens, pensava neles, naturalmente, do ponto de vista de seu próprio interesse pala vida do intelecto. Classificando as forças humanas desde a amais elevada até a amais baixa, citava em primeiro lugar a razão; depois a coragem, e por último, os sentidos e os desejos. Segundo o texto: a) A classificação das forças da natureza humana que Platão estabelece decorre de uma hierarquia de valores universalmente aceitos. b) As forças humanas, segundo Platão, não podem ser submetidas a hierarquias de valores. c) A classificação das forças humanas, como foi concebida por Platão, deu-se em função da elevada capacidade de intelectual desse filósofo. d) Os sentidos e os desejos, embora inferiores às outras forças humanas, são intelectualmente valorizados pelos homens. e) Platão ao classificar as forças humanas, estabeleceu entre elas uma hierarquia, alicerçada em critério evidentemente pessoal. 12. (UEMT-LONDRINA) - A palavra destacada pode ser substituída, sem alteração do sentido da frase, por: Seu caráter insidioso desagradava a gregos e troianos. a) invejoso b) mesquinho c) pérfido d) irresponsável e) insinuante 13. (UEMT-LONDRINA) Os jagunços deslizavam-lhes adiante, impondo todas as fadigas de uma perseguição improfícua. a) inútil b) delituosa c) selvagem d) imponderável e) inoportuna

14. (UEMT-LONDRINA) Um exame perfunctório do problema traria a solução desejada. a) superficial b) atento c) arguto d) consciente e) imparcial 15. (UEMT-LONDRINA) Nessa edição foram insertos dois capítulos. a) retirados b) revistos c) reescritos d) impressos e) introduzidos 16. (UEMT-LONDRINA) A melodia causava-lhe inefável sensação, talvez de saudade, talvez de angústia. a) rara b) estranha c) indizível d) melancólica e) interminável 17. (UEMT-LONDRINA) era notória a probidade de sua vida. a) pobreza b) honradez c) mediocridade d) rotina e) miséria 18. (UEMT-LONDRINA) A batuta do maestro fendia airosamente o espaço. a) aereamente b) marcialmente c) desajeitadamente d) rudemente e) elegantemente 19. (UEMT-LONDRINA) Na puerícia, a vida é feita de encantos a) mocidade b) adolescência c) pré-puberdade d) puberdade e) infância As questões de 20 a 22 são a respeito do texto abaixo. “Era uma galinha de Domingo. Ainda viva porque não passava de nove horas da manhã. Parecia calma. Desde Sábado encolhera-se num canto da cozinha. Não olhava para ninguém, ninguém olhava para ela... Mesmo quando a escolheram, apalpando sua intimidade com indiferença, não souberam dizer se era gorda ou magra. Nunca se adivinharia nela um anseio. Foi, pois uma surpresa quando a viram abrir as asas de curto vôo, inchar o peito e, em dois ou três lances, alcançar a murada do terraço. Um instante ainda vacilou – o tempo da cozinheira dar um grito – e em breve estava no terraço do vizinho, de onde, em outro vôo desajeitado, alcançou um telhado. Lá ficou

Page 7: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

7 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

em adorno deslocado, hesitando ora num pé ora no outro pé. A família foi chamada com urgência e consternada viu o almoço junto de uma chaminé. O dono da casa, lembrando-se da dupla necessidade de fazer esporadicamente algum esporte e de almoçar, vestiu radiante o calção de banho e resolveu seguir o itinerário da galinha: em pulos cautelosos alcançou o telhado onde esta hesitante e trêmula escolhia com urgência ouro rumo . A perseguição tornou-se mais intensa. De telhado a telhado foi percorrido mais de um quarteirão da rua. Pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida, a galinha tinha que decidir por si mesma os caminhos a tomar sem nenhum auxílio de sua raça. O rapaz, porém, era um caçador adormecido. E por mais ínfima que fosse a presa, o grito de conquista havia soado.Sozinha no mundo, sem pai nem mãe, ela corria, arfava, muda, concentrada. Às vezes, na fuga, pairava ofegante no beiral de telhado e, enquanto o rapaz galgava outros com dificuldade, tinha tempo de se refazer por um momento. E então parecia tão livre.Afinal, numa das vezes em que parou para gozar sua fuga, o rapaz alcançou-a. Entre gritos e penas, ela foi presa e pousada no chão da cozinha com certa violência.” 20. (FGV) Indique uma passagem em que o autor alude ironicamente ao recônditos instintos selvagens do dono da casa. a) “o rapaz, porém, era um caçador adormecido. b) “ pouco afeita a uma luta mais selvagem pela vida... c) “... o rapaz alcançou-a.” d) “... resolveu seguir o itinerário da galinha...” 21. (FGV) Indique uma passagem que traduz exatamente o que representava a galinha para a família. a) “... ninguém olhava par ela...” b) “foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas...” c) “... viu o almoço junto de uma chaminé...” d) nenhuma das alternativas anteriores. 22. (FGV) A fuga da galinha causa consternação à família porque: a) ao alcançar o telhado, “lá ficou em adorno deslocado...” b) “nunca se adivinharia nela um anseio.” c) Estava “sozinha no mundo, sem pai nem mãe...” d) “era uma galinha de domingo As questões de 23 a 25 são a respeito do texto abaixo: “Não tendo assistido à inauguração dos bondes elétricos, deixei de falar neles. Nem sequer entrei em algum, mais tarde, para receber as impressões da nova atração e contá-las. Daí o meu silêncio da outra semana. Anteontem, porém, indo pela praia da Lapa, em um bonde comum, encontrei um dos elétricos, que descia. Era o primeiro que estes meus olhos viam andar.Para não mentir, direi que o que me impressionou, antes da eletricidade, foi o gesto do cocheiro.Os olhos do homem passavam por cima da gente que ia no meu bonde, com um grande ar de superioridade, Posto não fosse feio, não era as prendas físicas que lhe davam aquele aspecto. Sentia-se nele convicção de que

inventara, não só o bonde elétrico, mas a própria eletricidade. Não é meu ofício censurar as meias glórias ou glórias de empréstimo, como lhe queiram chamar espíritos vadios. As glórias de empréstimo, se não valem tanto como as de plena propriedade, merecem sempre alguma mostra de simpatia. Para que arrancar um homem a essa agradável sensação?Que tenho para lhe dar em troca?Em seguida, admirei a marcha serena do bonde, deslizando como os barcos dos poetas, ao sopro da brisa invisível e amiga. Mas, como íamos em sentido contrário, não tardou que nos perdêssemos de vista, dobrando ele para o largo da Lapa e rua do Passeio, e entrando eu na rua do Catete. Nem por isso o perdi de memória. A gente do meu bonde ia saindo aqui e ali, outra gente estava adiante e eu pensava no bonde elétrico.” (Machado de assis – a semana – rio, jacksom, 1955)

23. (FGV) Para Machado de Assis, o conforto do bonde elétrico: a) não vale “a marcha serena” do bonde comum. b) Compensa as “meias glórias” ou “glorias inteiras. c) Impressionou menos do que a atitude do cocheiro. d) Não poderia ser trocado pela “agradável sensação” proporcionada pelo bonde comum. 24. (FGV) Para o autor, o “ar de superioridade “ do cocheiro devia-se. a) à certeza íntima de que inventara a eletricidade. b) Às suas prendas físicas, pois não era feio. c) Às suas prendas físicas, embora fosse feio. d) Ao advento da eletricidade 25. (FGV) Segundo o texto, o autor considera que: a) atitudes alheias não devem ser censuradas, pois são “glorias de empréstimos” b) mesmo os bondes comuns merecem nossa simpatia e não devem ser desprezados. c) Só as “glórias de plena propriedade” são válidas. d) Não vale a pena desfazer uma :” agradável sensação”. As questões 26 a 27 são a respeito do texto abaixo: “Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não conheci tudo de uma vez. Ela revelou pouco a pouco, e nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes a culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma agreste.E falando assim, compreendo que perco o tempo. Com efeito, se me escapa o retrato moral de minha mulher, para que serve esta narrativa? Para nada, mas sou forçado a escrever.Quando os grilos cantam, sento-me aqui à mesa da sala de jantar, bebo café, acendo o cachimbo. Às vezes as idéias não vêm, ou vêm muito numerosas- e a folha permanece meio escrita, como estava na véspera. Releio algumas linhas, que me desagradam. Não vale a pena tentar corrigi-las. Afasto o papel.Emoções indefiníveis me agitam – inquietação terrível, desejo doido de voltar, de tagarelar novamente com Madalena, como fazíamos todos os dias, a esta hora. Saudade? Não, não é isto: é desespero, raiva, um peso enorme no coração.Procuro recordar o que dizíamos. Impossível. As minhas palavras eram apenas palavras,

Page 8: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

8

8 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

reprodução imperfeita de fatos exteriores, e as dela tinham alguma coisa que não consigo exprimir. Para senti-las melhor, eu apagava as luzes, deixava que a sombra nos envolvesse até ficarmos dois vultos indistintos na escuridão.” (Graciliano Ramos – São Bernardo – São Paulo, Liv.Martins Editora) 26. (FGV) Segundo o texto, o narrador não pôde conhecer totalmente sua esposa, Madalena, sobretudo: a) Porque ela nunca se revelou inteiramente. b) Por causa “desta vida agreste” c) Por ser sempre agitado por indefiníveis emoções. d) Porque as palavras são reproduções imperfeitas das inquietações. 27. (FGV) A narrativa é inútil, porque o narrador: a) não conseguiu compor um retrato moral de sua esposa. b) Foi forçado a escrever. c) Tem uma alma agreste. d) Não gosta do que escreve. As questões 28 a 29 são a respeito do texto abaixo: “Durante muito tempo o único objetivo dos sinais era evitar colisões nos cruzamentos perigosos. Enquanto havia poucos veículos nas ruas, isso era válido; hoje, porém, a principal finalidade dos sinais luminosos é regularizar o tráfego, evitando ao máximo os transtornos dos congestionamentos.Os sinais luminosos se aperfeiçoaram bastante. Do sinal manual da Quinta –Avenida chegamos aos sinais controlados por computador que já existem no Brasil. O mais comum entre nós é o sinal em que cada uma das luzes fica aberta durante um tempo previamente determinado. Esse é o modelo americano, diferente de um aparecido inicialmente na Inglaterra, em que o tempo de abertura das luzes varia de acordo com a intensidade do tráfego: o controle geralmente, se faz por um dispositivo colocado sobre o pavimento e acionado pelas próprias rodas dos veículos. Mesmo com os modernos sinais de tempo prefixado ou os avançadíssimos controlados por computador – cujos modelos mais sofisticados usam até circuitos fechados de televisão para acompanhar a corrente do tráfego nos locais de intenso movimento – as formas antigas de controlar o trânsito continuam a ser usadas: dependendo do caso, são ainda mais seguras e/ ou econômicas. Por isso vemos, em muitas cidades brasileiras e do mundo inteiro, guarda-sinaleiros (às vezes atuando junto com o sinal) , sinais luminosos manuais e até semáforos do tipo primitivo, manuais, ou elétricos.” 28. Do texto se conclui que: a) nas ruas de tráfego intensos sinais luminosos são acionados pelas próprias rodas dos veículos. b) Nas ruas de tráfico intenso guarda-sinaleiros substituem os sinais luminosos; c) O modelo inglês de sinal luminoso foi adotado há alguns anos pelo governo da Guanabara; d) O modelo americano de sinal luminoso é muito usado no Brasil. 29. Do texto se infere que:

a) os programas de televisão de grande audiência são utilizados para melhor controle do tráfego. b) Os dispositivos de controle do tráfego não podem ser acionados pelos guarda-sinaleiros. c) O aperfeiçoamento dos sinais luminosos não levou a sofisticação das técnicas de controle de tráfego d) Como a maior intensidade do tráfego, o objetivo dos sinais luminosos mudou. 30. De acordo com o texto, o sinal luminoso pode ser definido: a) como um invento que superou as formas antigas de controle de tráfego. b) Com um invento ultrapassado, que foi superado pelo computador eletrônico. c) Como um invento destinado a evitar colisões e regularizar o tráfego. d) Como um invento destinado a auxiliar o trabalho dos guarda-sinaleiros

CLASSE DE PALAVRAS - MORFOLOGIA

SUBSTANTIVO

Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos também nomeiam: Lugares: Alemanha, Porto Alegre... Sentimentos: raiva, amor... Estados: alegria, tristeza... Qualidades: honestidade, sinceridade... Ações: corrida, pescaria...

Morfossintaxe do substantivo Nas orações de Língua Portuguesa, o substantivo em geral exerce funções diretamente relacionadas com o verbo: atua como núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode ainda funcionar como núcleo do complemento nominal ou do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito ou do objeto ou como núcleo do vocativo. Também encontramos substantivos como núcleos de adjuntos adnominais e de adjuntos adverbiais - quando essas funções são desempenhadas por grupos de palavras.

Você sabia que a palavra substantivo também pode ser um adjetivo? Reproduzimos a seguir o verbete substantivo, do Dicionário de usos do português do Brasil, de Francisco S. Borba. Observe que as quatro primeiras acepções se referem à palavra em sua atuação como adjetivo. Substantivo Adj [Qualificador de nome não animado]

Page 9: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

9 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

1) que tem substância ou essência: destacava-se entre os homens hábeis daquele país o hábito de fazer uma conversa prosseguir horas a fio, sem que a proposta substantiva ganhasse clara configuração; se olham as coisas não pelos resultados substantivos; 2) essencial; profundo: eu te amo por você mesma, de um modo substantivo e positivo; 3) fundamental; essencial: o submarino foi um elemento adjetivo na I Guerra Mundial e substantivo na II Guerra ; 4) que equivale a um substantivo, ou que o traz implícito: onde é que está a ideia substantiva no meio desses adjetivos? 5) palavra que por si só designa a substância, ou seja, um ser real ou metafísico; palavra com que se nomeiam os seres, atos ou conceitos; Classificação dos Substantivos 1) Substantivos Comuns e Próprios Observe a definição:

s.f. 1: Povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no Brasil, toda a sede de município é cidade). 2. O centro de uma cidade (em oposição aos bairros).

Qualquer "povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas" será chamada cidade. Isso significa que a palavra cidade é um substantivo comum. Substantivo Comum: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma genérica. Por exemplo: cidade, menino, homem, mulher, país, cachorro. O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espécie cidade. Esse substantivo é próprio. Substantivo Próprio: é aquele que designa os seres da mesma espécie de forma particular. Por exemplo: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil. 2) Substantivos Concretos e Abstratos

LÂMPADA MALA Os substantivos lâmpada e mala designam seres com existência própria, que são independentes de outros seres. São assim, substantivos concretos. Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que existe, independentemente, de outros seres. Observação: os substantivos concretos designam seres do mundo real e do mundo imaginário. Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília, etc. Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d'água, fantasma, etc. Observe agora:

Beleza exposta Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual.

O substantivo beleza designa uma qualidade. Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que dependem de outros para se manifestar ou existir. Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser

observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar. Portanto, a palavra beleza é um substantivo abstrato. Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraídos, e sem os quais não podem existir. Por exemplo: vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento). 3) Substantivos Coletivos

Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra abelha, mais outra abelha.

Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.

Estamos voando para Barcelona.

Page 10: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

10

10 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.

Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, mais outra abelha... No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural. No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular (enxame) para designar um conjunto de seres da mesma espécie (abelhas). O substantivo enxame é um substantivo coletivo. Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, mesmo estando no singular, designa um conjunto de seres da mesma espécie. Principais Substantivos e Suas Formas Coletivas: abelha - enxame, cortiço, colmeia; abutre - bando; acompanhante - comitiva, cortejo, séquito; alho - (quando entrelaçados) réstia, enfiada, cambada; aluno - classe; amigo - (quando em assembleia) tertúlia; animal - (em geral) piara, pandilha, (todos de uma região) fauna, (manada de cavalgaduras) récua, récova, (de carga) tropa, (de carga, menos de 10) lote, (de raça, para reprodução) plantel, (ferozes ou selvagens) alcateia; anjo - chusma, coro, falange, legião, teoria; apetrecho - (quando de profissionais) ferramenta, instrumental; aplaudidor - (quando pagos) claque; arcabuzeiro - batalhão, manga, regimento; argumento - carrada, monte, montão, multidão; arma - (quando tomadas dos inimigos) troféu; arroz - batelada; artista - (quando trabalham juntos) companhia, elenco; árvore - (quando em linha) alameda, carreira, rua, souto, (quando constituem maciço) arvoredo, bosque, (quando altas, de troncos retos a aparentar parque artificial) malhada; asneira - acervo, chorrilho, enfiada, monte; asno - manada, récova, récua; assassino - choldra, choldraboldra; assistente - assistência; astro - (quando reunidos a outros do mesmo grupo) constelação; ator - elenco; autógrafo - (quando em lista especial de coleção) álbum; ave - (quando em grande quantidade) bando, nuvem; avião - esquadrão, esquadra, esquadrilha; bala - saraiva, saraivada; bandoleiro - caterva, corja, horda, malta, súcia, turba; bêbado - corja, súcia, farândola; boi - boiada, junta, manada, rebanho, tropa; bomba - bateria; borboleta - boana, panapaná; botão - (de qualquer peça de vestuário) abotoadura, (quando em fileira) carreira;

burro - (em geral) lote, manada, récua, tropa, (quando carregado) comboio; busto - (quando em coleção) galeria; habitante - (em geral) povo, população, (quando de aldeia, de lugarejo) povoação; herói - falange; hiena - alcateia; hino - hinário; ilha - arquipélago; imigrante - (quando em trânsito) leva, (quando radicados) colônia; índio - (quando formam bando) maloca, (quando em nação) tribo; instrumento - (quando em coleção ou série) jogo, ( quando cirúrgicos) aparelho, (quando de artes e ofícios) ferramenta, (quando de trabalho grosseiro, modesto) tralha; inseto - (quando nocivos) praga, (quando em grande quantidade) miríade, nuvem, (quando se deslocam em sucessão) correição; javali - alcateia, malhada, vara; jornal - hemeroteca; jumento - récova, récua; jurado - júri, conselho de sentença, corpo de jurados; ladrão - bando, cáfila, malta, quadrilha, tropa, pandilha; lâmpada - (quando em fileira) carreira, (quando ispostas numa espécie de lustre) lampadário; leão - alcateia; lei - (quando reunidas cientificamente) código, consolidação, corpo, (quando colhidas aqui e ali) compilação; leitão - (quando nascidos de um só parto) leitegada; livro - (quando amontoados) chusma, pilha, ruma, (quando heterogêneos) choldraboldra, salgalhada, (quando reunidos para consulta) biblioteca, (quando reunidos para venda) livraria, (quando em lista metódica) catálogo; lobo - alcateia, caterva Formação dos Substantivos 1) Substantivos Simples e Compostos

Chuva subst. Fem. 1. água caindo em gotas sobre a terra.

O substantivo chuva é formado por um único elemento ou radical. É um substantivo simples. Substantivo Simples: é aquele formado por um único elemento. Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja agora: O substantivo guarda-chuva é formado por dois elementos (guarda + chuva). Esse substantivo é composto. Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou mais elementos. Outros exemplos: beija-flor, passatempo.

Page 11: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

11 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

2) Substantivos Primitivos e Derivados Veja: Meu limão meu limoeiro, meu pé de jacarandá... O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de nenhum outro dentro de língua portuguesa. Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma outra palavra da própria língua portuguesa. O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir da palavra limão. Substantivo Derivado: é aquele que se origina de outra palavra. Flexão dos Substantivos O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por exemplo, pode sofrer variações para indicar: Plural: meninos Feminino: menina Aumentativo: meninão Diminutivo: menininho Flexão de Gênero Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar sexo real ou fictício dos seres. Na Língua Portuguesa, há dois gêneros: masculino e feminino. Pertencem ao gênero masculino os substantivos que podem vir precedidos dos artigos o, os, um, uns. Veja estes títulos de filmes:

- O velho e o mar - Um Natal inesquecível - Os reis da praia

Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:

A história sem fim Uma cidade sem passado As tartarugas ninjas

Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar nomes de seres vivos, geralmente o gênero da palavra está relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma para o masculino e outra para o feminino. Observe: gato - gata

homem - mulher poeta - poetisa prefeito - prefeita Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam uma única forma, que serve tanto para o masculino quanto para o feminino. Classificam-se em: Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos. Por exemplo: A cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré fêmea. Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas. Por exemplo: A criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o indivíduo. Comuns - de - dois: indicam o sexo das pessoas por meio do artigo. Por exemplo: O colega e a colega, o doente e a doente, o artista e a artista. Saiba que: Substantivos de origem grega terminados em ema ou oma, são masculinos. Por exemplo: o axioma, o fonema, o poema, o sistema, o sintoma, o teorema. Existem certos substantivos que, variando de gênero, variam em seu significado. Por exemplo: o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora) o capital (dinheiro) e a capital (cidade)

Pó tem sexo? O uso das palavras masculino e feminino costuma provocar confusão entre a categoria gramatical de gênero e a característica biológica dos sexos. Para evitar essa confusão, observe que definimos gênero como um fato relacionado com a concordância das palavras: pó, por exemplo, é um substantivo masculino pela concordância que estabelece com o artigo o, e não porque se possa pensar num possível comportamento sexual das partículas de poeira. Só faz sentido relacionar o gênero ao sexo quando se trata de palavras que designam pessoas e animais, como os pares professor/professora ou gato/gata. Ainda assim, essa relação não é obrigatória, pois há palavras que, mesmo pertencendo exclusivamente a um único gênero, podem indicar seres do sexo masculino ou feminino. É o caso de criança, do gênero feminino, que pode designar seres dos dois sexos.

Formação do Feminino dos Substantivos Biformes a) Regra geral: troca-se a terminação -o por -a.

Page 12: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

12

12 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Por exemplo: aluno - aluna b) Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao masculino. Por exemplo: freguês – freguesa c) Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de três formas: - troca-se -ão por -oa. Por exemplo: patrão – patroa - troca-se -ão por -ã. Por exemplo: campeão – campeã -troca-se -ão por ona. Por exemplo: solteirão – solteirona Cuidado: barão – baronesa ladrão – ladra sultão – sultana d) Substantivos terminados em -or: - acrescenta-se -a ao masculino. Por exemplo: doutor – doutora - troca-se -or por -triz: imperador – imperatriz e) Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa:

-esa - -essa- -isa-

cônsul - consulesa

abade - abadessa poeta - poetisa

duque - duquesa conde - condessa profeta - profetisa

f) Substantivos que formam o feminino trocando o -e final por -a: elefante – elefanta g) Substantivos que têm radicais diferentes no masculino e no feminino: bode - cabra boi – vaca h) Substantivos que formam o feminino de maneira especial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores: czar - czarina réu – ré

Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes Epicenos: Observe:

Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.

Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma para indicar o masculino e o feminino. Alguns nomes de animais apresentam uma só forma para designar os dois sexos. Esses substantivos são chamados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras macho e fêmea. Por exemplo: a cobra A cobra macho picou o marinheiro. A cobra fêmea escondeu-se na bananeira. Sobrecomuns:

Entregue as crianças à natureza.

A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo masculino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja: A criança chorona chamava-se João. A criança chorona chamava-se Maria. Outros substantivos sobrecomuns:

a criatura João é uma boa criatura.

Maria é uma boa criatura.

o cônjuge O cônjuge de João faleceu.

O cônjuge de Marcela faleceu

Comuns de Dois Gêneros: Observe a manchete:

Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois.

Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher? É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme. O restante da notícia nos informa que se trata de um homem. A distinção de gênero pode ser feita através da análise do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substantivo. Exemplos:

Page 13: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

13 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

o colega - a colega o imigrante - a imigrante um jovem - uma jovem artista famoso - artista famosa repórter francês - repórter francesa Note que: A palavra personagem é usada indistintamente nos dois gêneros. a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada preferência pelo masculino: Por exemplo: O menino descobriu nas nuvens os personagens dos contos de carochinha. b) Com referência a mulher, deve-se preferir o feminino: O problema está nas mulheres de mais idade, que não aceitam a personagem. Não cheguei assim, nem era minha intenção, a criar uma personagem. 2) Ordenança, praça (soldado) e sentinela (soldado, atalaia) são sentidos e usados na língua atual, como masculinos, por se referirem, ordinariamente, a homens. 3) Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo fotográfico Ana Belmonte.

Observe o gênero dos substantivos seguintes:

Masculinos Femininos

o tapa o eclipse o lança-perfume o dó (pena) o clarinete o sósia o maracajá

o clã o hosana o herpes o pijama o suéter o soprano o proclama o pernoite

a dinamite a áspide a derme a hélice a alcíone a filoxera a clâmide

a pane a mascote a gênese a entorse a libido a cal a faringe a cólera

São geralmente masculinos os substantivos de origem grega terminados em -ma:

o grama (peso) o plasma o apostema o diagrama

o epigrama o telefonema o dilema o teorema

o trema o eczema o edema

o anátema o estigma o axioma o tracoma o hematoma

Cuidado: a cataplama, a celeuma, a fleuma, etc.

Gênero dos Nomes de Cidades:

Salvo raras exceções, nomes de cidades são femininos.

Por exemplo: A histórica Ouro preto. A dinâmica São Paulo. A acolhedora Porto Alegre. Uma Londres imensa e triste.

Cuidado: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.

Gênero e Significação:

Muitos substantivos têm uma significação no masculino e outra no feminino. Observe:

o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à frente de um bloco carnavalesco, manejando um bastão)

a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou proibição de trânsito)

o cabeça (chefe) a cabeça (parte do corpo)

o cisma (separação religiosa, dissidência)

a cisma (ato de cismar, desconfiança)

o cinza (a cor cinzenta) a cinza (resíduos de combustão)

o capital (dinheiro) a capital (cidade)

o coma (perda dos sentidos)

a coma (cabeleira)

o coral (pópilo, a cor vermelha, canto em coro)

a coral (cobra venenosa)

o crisma (óleo sagrado, usado na administração da crisma e de outros sacramentos)

a crisma (sacramento da confirmação)

o cura (pároco) a cura (ato de curar)

o estepe (pneu sobressalente)

a estepe (vasta planície de vegetação)

o guia (pessoa que guia outras)

a guia (documento, pena grande das asas das aves)

o grama (unidade de peso)

a grama (relva)

o caixa (funcionário da caixa)

a caixa (recipiente, setor de pagamentos)

o lente (professor) a lente (vidro de aumento)

o moral (ânimo) a moral (honestidade, bons costumes, ética)

o nascente (lado onde nasce o Sol)

a nascente (a fonte)

o maria-fumaça (trem como locomotiva a vapor)

a maria-fumaça (locomotiva movida a vapor)

o pala (poncho) a pala (parte anterior do boné ou quépe, anteparo)

o rádio (aparelho receptor)

a rádio (estação emissora)

o voga (remador) a voga (moda, popularidade)

Page 14: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

14

14 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Flexão de Número do Substantivo Em Português, há dois números gramaticais: O singular, que indica um ser ou um grupo de seres; O plural, que indica mais de um ser ou grupo de seres.

A característica do plural é o s final.

Plural dos Substantivos Simples a) Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e n fazem o plural pelo acréscimo de s. Por exemplo: pai – pais ímã - ímãs hífen - hifens (sem acento, no plural). Cuidado: cânon - cânones. b) Os substantivos terminados em m fazem o plural em ns. Por exemplo: homem - homens. c) Os substantivos terminados em r e z fazem o plural pelo acréscimo de es. Por exemplo: revólver – revólveres raiz - raízes Atenção: O plural de caráter é caracteres. d) Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se no plural, trocando o l por is. Por exemplo: quintal - quintais caracol - caracóis hotel - hotéis Cuidado: mal e males, cônsul e cônsules. e) Os substantivos terminados em il fazem o plural de duas maneiras: - Quando oxítonos, em is. Por exemplo: canil - canis - Quando paroxítonos, em eis. Por exemplo: míssil - mísseis. Observação: as palavras réptil ou réptil e projétil ou projetil podem formar seu plural de maneiras diferentes: répteis ou reptis projéteis ou projetis f) Os substantivos terminados em s fazem o plural de duas maneiras:

- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acréscimo de es. Por exemplo: ás – ases retrós - retroses - Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam invariáveis. Por exemplo: o lápis - os lápis o ônibus - os ônibus. g) Os substantivos terminados em ão fazem o plural de três maneiras: -substituindo o -ão por -ões: Por exemplo: ação – ações -substituindo o -ão por -ães: Por exemplo: cão - cães - substituindo o -ão por -ãos: Por exemplo: grão - grãos h) Os substantivos terminados em x ficam invariáveis. Por exemplo: o látex - os látex. Plural dos Substantivos Compostos A formação do plural dos substantivos compostos depende da forma como são grafados, do tipo de palavras que formam o composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que são grafados sem hífen comportam-se como os substantivos simples: Exemplo: aguardente e aguardentes girassol e girassóis pontapé e pontapés malmequer e malmequeres O plural dos substantivos compostos cujos elementos são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e discussões. Algumas orientações são dadas a seguir: a) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de: substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras

Page 15: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

15 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

b) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando formados de: verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-falantes palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos c) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando formados de: substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-colônia e águas-de-colônia substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-vapor e cavalos-vapor substantivo + substantivo que funciona como determinante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo do termo anterior. Exemplos: palavra-chave - palavras-chave bomba-relógio - bombas-relógio notícia-bomba - notícias-bomba homem-rã - homens-rã peixe-espada - peixes-espada d) Permanecem invariáveis, quando formados de: verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas e) Casos Especiais o louva-a-deus e os louva-a-deus o bem-te-vi e os bem-te-vis o bem-me-quer e os bem-me-queres o João-ninguém e os Joões-ninguém.

Plural das Palavras Substantivadas

As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras classes gramaticais usadas como substantivo, apresentam, no plural, as flexões próprias dos substantivos.

Por exemplo: Pese bem os prós e os contras. O aluno errou na prova dos noves. Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.

Obs.: numerais substantivados terminados em -s ou -z não variam no plural. Por exemplo: Nas provas mensais consegui muitos seis e alguns dez.

Plural dos Diminutivos

Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o s final e acrescenta-se o sufixo diminutivo.

pãe(s) + zinhos animai(s) + zinhos botõe(s) + zinhos chapéu(s) + zinhos

pãezinhos animaizinhos botõezinhos chapeuzinhos

mão(s) + zinhas papéi(s) + zinhos nuven(s) + zinhas funi(s) + zinhos

mãozinhas papeizinhos nuvenzinhas funizinhos

Obs.: São anômalos os plurais pastorinhos(as), papelinhos, florzinhas, florinhas, colherzinhas e mulherzinhas, correntes na língua popular, e usados até por escritores de renome.

Plural dos Nomes Próprios Personativos

Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas sempre que a terminação se preste à flexão.

Por exemplo: Os Napoleões também são derrotados. As Raquéis e Esteres.

Plural dos Substantivos Estrangeiros

Substantivos ainda não aportuguesados devem ser escritos como na língua original, acrescentando-se um s (exceto quando terminam em s ou z).

Por exemplo: Os shows os shorts os jazz

Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acordo com as regras de nossa língua:

Por exemplo: os clubes os chopes

os jipes os esportes

as toaletes os bibelôs

os garçons os réquiens

Observe o exemplo: Este jogador faz gols toda vez que joga.

Page 16: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

16

16 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

O plural correto seria gois (ô), mas não se usa. Particularidades sobre o Número dos Substantivos a) Há substantivos que só se usam no singular: Por exemplo: o sul, o norte, o leste, o oeste, a fé, etc. b) Outros só no plural: Por exemplo: as núpcias, os víveres, os pêsames, as espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes. c) Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do singular: Por exemplo: bem (virtude) e bens (riquezas) honra (probidade, bom nome) e honras (homenagem, títulos)

d) Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas com sentido de plural:

Por exemplo: Aqui morreu muito negro. Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas improvisadas. Juntou-se ali uma população de retirantes que, entre homem, mulher e menino, ia bem cinquenta mil."

Flexão de Grau do Substantivo Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir as variações de tamanho dos seres. Classifica-se em: Grau Normal - Indica um ser de tamanho considerado normal. Por exemplo: casa Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho do ser. Classifica-se em: Analítico = o substantivo é acompanhado de um adjetivo que indica grandeza. Por exemplo: casa grande. Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de aumento. Por exemplo: casarão. Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho do ser. Pode ser:

Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo que indica pequenez. Por exemplo: casa pequena. Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de diminuição. Por exemplo: casinha.

PRONOMES

Os entes de nossa cultura são nomeados por palavras que se incluem na categoria de substantivos. Entretanto, nem sempre nos servimos de substantivos para fazer referências aos elementos culturais que nos rodeiam: podemos servir-nos de uma classe de palavras chamada pronome. Exemplos:

Page 17: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

17 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Como você pode observar nos exemplos acima, o pronome é a classe de palavras que pode substituir o nome ou a ele referir-se. NOTA: Quando o pronome substitui o nome, é pronome substantivo: Ela está triste. Quando se refere a ele, é pronome adjetivo: Esta menina está triste. Divisão dos Pronomes Pessoais

PESSOAIS RETOS OBLÍQUOS ÁTONOS

OBLÍQUOS TÔNICOS

1ª SINGULAR Eu me mim

2ª SINGULAR Tu te ti

3ª SINGULAR ele, ela se, lhe, o, a si, ele, ela

1ª PLURAL nós nos nós

2ª PLURAL vós vos vós

3ª PLURAL eles, elas

se, lhes, os, as si, eles, elas

NOTA: Também se incluem entre os pronomes pessoais os pronomes de tratamento, que se referem à terceira pessoa: Exemplo: Você, Vossa Senhoria, Vossa Excelência, Vossa Eminência, etc. Demonstrativos

1ª SINGULAR este esta isto

2ª SINGULAR esse essa isso

3ª SINGULAR aquele aquela aquilo

1ª PLURAL estes estas -

2ª PLURAL esses essas -

3ª PLURAL aqueles aquelas -

NOTA: São, ainda, PRONOMES DEMONSTRATIVOS: tal, próprio, mesmo, semelhante, o (= aquele, aquilo), a (= aquela, aquilo). Possessivos

1ª SINGULAR meu minha meus minhas

2ª SINGULAR teu tua teus tuas

3ª SINGULAR seu sua seus suas

1ª PLURAL nosso nossa nossos nossas

2ª PLURAL vosso vossa vossos vossas

3ª PLURAL seu sua seus suas

NOTA: PRONOMES PESSOAIS OBLÍQUOS ÁTONOS podem assumir valor de POSSESSIVO:

ME =

MEU(S) , MINHA(S) :

Voou - me o chapéu = Voou o meu chapéu.

TE = TEU(S) , TUA(S) : Voou - te o chapéu = Voou o teu chapéu.

LHE = SEU(S) , SUA(S) : Voou - lhe o chapéu = Voou o seu chapéu.

NOS = NOSSO(S) , NOSSA(S) :

Voou - nos o chapéu = Voou o nosso chapéu.

VOS = VOSSO(S) , VOSSA(S) :

Voou - vos o chapéu = Voou o vosso chapéu.

LHES = SEU(S) , SUA(S) :

Voou - lhes o chapéu = Voou o seu chapéu/Voou o chapéu deles.

Page 18: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

18

18 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Interrogativos

Exemplo: Quem fez isso? Qual o seu nome? Indefinidos Referem-se, de modo vago, impreciso, à 3ª pessoa gramatical. Alguns exemplos: alguém, ninguém, quem, muito, bastante, todo, cada, vários, nenhum, algum, certo, certa, nada, etc. Exemplo: Conheço bastantes pessoais. Niguém esteve aqui hoje. Relativos Empregam-se em relação a um termo antecedente. Alguns exemplos: Que ( usado para coisas, lugares, animais ou pessoas) Quem ( usado somente pra pessoas) O qual/ a qual (os quais/as quais) ( usados para coisas, pessoas, animais ou pessoas) Onde/aonde ( usados para lugar, sendo onde lugar fixo e aonde para movimento) Cujo/cuja(s) ( usados para coisas, pessoas, lugares e pessoas, mas com valor possessivo). Exemplo: O homem que chegou é meu funcionário. A cidade onde nasci é belíssima. A cidade aonde irá fica muito distante daqui. O livro cujas páginas estão rasgadas está sobre a mesa. (Não se usa artigo depois dos pronomes cujo ou cuja)

Estudo dos Pronomes Pessoais Retos Exercem sempre a função sintática de sujeito do processo verbal. Podem funcionar, também, como predicativo do sujeito. Exemplo: Eu não sou ele.

(Eu: sujeito / ele: predicativo do sujeito) Oblíquos Átonos Exercem a função de objeto direto e objeto indireto, basicamente. Podem funcionar como complemento nominal, adjunto adnominal e, com verbos causativos (mandar, fazer, deixar) ou sensitivos (ver, ouvir, sentir), exercer a função de sujeito do infinitivo. O livro, eu o guardo comigo. = objeto direto

Nunca lhe darei uma oportunidade. = objeto indireto

Page 19: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

19 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Roubaram-lhe os documentos. (= seus) = adjunto adnominal

Fiquei-lhe agradecido. = complemento nominal

Mandei-o entrar = sujeito do infinitivo

Oblíquos Tônicos

Aplicam-se sempre precedidos de preposição. Exercem função sintática de objeto indireto, objeto direto preposicionado, complemento nominal etc. Exemplos: Os alunos referem-se a ele com carinho. = objeto indireto.

Os alunos procuram a ele insistentemente. = objeto direto preposicionado. Ficamos gratos a ela. = complemento nominal. PRONOME DE TRATAMENTO

A elegância e educação obrigam certas formas de tratamento que distinguem as pessoas a quem nos referimos. Neste caso, empregam-se os pronomes de tratamento. É importante saber-se o emprego de cada um deles, bem como as formas abreviadas que se empregam na escrita.

Observe: V.A. = Vossa Alteza - príncipes e duques V. Emª = Vossa Eminência - cardeais V. Il.

ma. = Vossa Ilustríssima - autoridades em geral

V Rev.ma.

= Vossa Reverendíssima - bispos V. S. = Vossa Santidade - Papa V. Exª = Vossa Excelência - Presidente e altos cargos V. M. = Vossa Majestade - reis V. Sª = Vossa Senhoria - pessoas de cerimônia

Page 20: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

20

20 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

NOTA: As formas acima são usadas para o tratamento direto e estabelecem concordância com a terceira pessoa do singular. No tratamento indireto, emprega-se SUA no lugar de VOSSA, com abreviatura S.Sª. Colocação Pronominal Os pronomes átonos me, te, se, o, lhe, nos e vos podem sem colocados antes, depois ou dentro do verbo. Assim, temos: 1) Próclise: quando o pronome aparece antes do verbo. Exemplo: Nada o preocupava. • Diz-se que o pronome o está proclítico ou em próclise. 2) Ênclise: quando o pronome é usado depois do verbo. Exemplo: Pediram-me ajuda. • Diz-se que o pronome me está enclítico ou em ênclise. 3) Mesóclise: quando o pronome se encontra dentro do verbo. Exemplo: Mandar-te-ei os documentos. • Diz-se que o pronome te está mesoclítico ou em mesóclise. Observações: a) Existem situações de próclise obrigatória que estudaremos a seguir. A ênclise e a mesóclise só são empregadas quando não há obrigatoriedade de próclise. Digamos, então, que “quem manda” é a próclise. b) A mesóclise, diferentemente da próclise e da ênclise, exige que o verbo esteja num determinado tempo, no caso o futuro do indicativo (do presente ou do pretérito). Com as formas verbais simples 1) Próclise a) Com advérbios que não peçam pausa. Exemplo: Ali se trabalha bastante. Observações: Se for usada a vírgula, que o advérbio permite, não caberá mais a próclise. Exemplo:

Ali, trabalha-se bastante. b) Com pronomes indefinidos, relativos e interrogativos. Exemplos: Ninguém se machucou. (ninguém é pronome indefinido) Não entendi o recado que me deram. (que é pronome relativo) Quem nos explicará o caso? (quem é pronome interrogativo) c) Com as conjunções subordinativas. Exemplo: Ele disse que me avisaria. (que é conjunção subordinativa integrante) Correram quando nos aproximamos. (quando é conjunção subordinativa temporal) d) Com o gerúndio precedido de em. Exemplo: Em se colocando as coisas dessa forma, não há dúvidas. e) Com as frases optativas. Exemplo: Deus te proteja! Observação: Frase optativa é aquela que exprime um desejo do falante. Normalmente, tem ponto de exclamação. f) Com qualquer palavra negativa (geralmente advérbios e pronomes indefinidos, que já vimos que exigem próclise). Exemplo: Não me explicaram o problema. 2) Ênclise a) No início do período. Exemplo: Disseram-lhe tudo. Observação: Quando se inicia a frase com o verbo, não há palavra atrativa para que se empregue a próclise. Por isso se diz que não se começa frase com pronome átono. b) Com verbo no imperativo afirmativo. Exemplo: Pedro, levante-se! Levante-se!

Page 21: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

21 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Observações: a) Quando o verbo está no imperativo afirmativo, ou se usa o vocativo (Pedro), ou se inicia a frase com o verbo. No primeiro caso, haverá a vírgula, que vai impedir a próclise; no segundo, o verbo estará iniciando a frase, o que também pedirá ênclise. b) O imperativo negativo pede próclise, já que apresenta a palavra não. Exemplo: Paulo, não se levante! c) Com determinadas orações reduzidas de gerúndio, que pedem pausa. Exemplo: O professor adiou a prova, deixando-nos menos preocupados. 3) Mesóclise: Ocorre quando o verbo está no futuro do presente ou no futuro do pretérito. Exemplo: Mandar-lhe-ei a intimação. Escrever-te-ia uma nova carta. Observações: a) Não se esqueça de que, havendo palavra atrativa, a preferência é da próclise. Exemplo: Nunca lhe mandarei a intimação. (correto) Nunca mandar-lhe-ei a intimação. (errado) b) Futuro do subjuntivo exige próclise, por causa da conjunção subordinativa ou do pronome relativo. Exemplo: Quando te pedirem algo, procura atender. Analisarei o projeto que me mandarem. • Próclise facultativa Há casos em que se pode usar indiferentemente próclise ou ênclise, próclise ou mesóclise. É o que se entende por próclise facultativa ou optativa. a) Com os substantivos. Exemplo: O garoto se machucou. O garoto machucou-se. Exemplo: O garoto se machucará. O garoto machucar-se-á.

b) Com os pronomes pessoais e os pronomes demonstrativos. Exemplo: Ele me agradou. Ele agradou-me. Exemplo: Ele me agradará. Ele agradar-me-á. Exemplo: Isto me agrada. Isto agrada-me. Exemplo: Isto me agradará. Isto agradar-me-á c) Com as conjunções coordenativas. Exemplo: Falou pouco, mas se cansou. Falou pouco, mas cansou-se. Exemplo: Falará pouco, mas se cansará. Falará pouco, mas cansar-se-á. d) Com o infinitivo pessoal precedido de palavra negativa. Exemplo: Esforcei-me para não o magoar. Esforcei-me para não magoá-lo. Observações: a) Como se viu nos três primeiros casos de próclise facultativa, se o verbo estiver no presente ou no passado, pode-se usar a próclise ou a ênclise; no futuro do indicativo, a próclise ou a mesóclise. b) O último caso é perigosíssimo, pois existe a palavra “não”, que normalmente exige próclise. Mas isso não ocorre quando ela antecede o infinitivo pessoal. Colocação nas locuções verbais Como vimos ao estudar os verbos, a locução verbal é a união de um verbo auxiliar e um verbo principal. O principal, que é sempre o último, encontra-se numa forma nominal: infinitivo, gerúndio ou particípio. Vejamos, então. 1) Com o infinitivo ou o gerúndio. Veja, abaixo, as frases consideradas perfeitas. Exemplos: Quero mostrar-lhe o resultado. Estou mostrando-lhe o resultado. Quero-lhe mostrar o resultado. Estou-lhe mostrando o resultado. Observações :

Page 22: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

22

22 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

a) Com palavra atrativa, não será possível a ênclise ao verbo auxiliar. Exemplos: Não quero mostrar-lhe o resultado. (certo) Não lhe quero mostrar o resultado. (certo) Não estou mostrando-lhe o resultado. (certo) Não lhe estou mostrando o resultado. (certo) Não quero-lhe mostrar o resultado. (errado) Não estou-lhe mostrando o resultado. (errado) b) Se o pronome estiver solto entre os dois verbos (sem hífen), teremos uma situação polêmica. Para alguns gramáticos, é correto, para outros não. Convém fazer a questão por eliminação. Exemplo: Quero lhe mandar o resultado. (certo ou errado) Estou lhe mandando o resultado. (certo ou errado) 2) Com o particípio Quando o verbo principal é o particípio, há uma limitação maior. Só duas colocações são rigorosamente corretas, uma delas com palavra atrativa. Exemplo: Tenho-lhe mostrado o resultado. Nunca lhe tenho mostrado o resultado.

NUMERAL

Numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa em determinada sequência. Exemplos: Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco. [quatro: numeral = atributo numérico de "ingresso"] Eu quero café duplo, e você? ...[duplo: numeral = atributo numérico de "café"] A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor! ...[primeira: numeral = situa o ser "pessoa" na sequência de "fila"] Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a expressão é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de numerais, mas sim de algarismos. Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia expressa pelos números, existem mais algumas palavras consideradas numerais porque denotam

quantidade, proporção ou ordenação. São alguns exemplos: década, dúzia, par, ambos(as), novena. Classificação dos Numerais Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico. Por exemplo: um, dois, cem mil, etc. Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada. Por exemplo: primeiro, segundo, centésimo, etc. Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão dos seres. Por exemplo: meio, terço, dois quintos, etc. Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada. Por exemplo: dobro, triplo, quíntuplo, etc. Leitura dos Numerais Separando os números em centenas, de trás para frente, obtêm-se conjuntos numéricos, em forma de centenas e, no início, também de dezenas ou unidades. Entre esses conjuntos usa-se vírgula; as unidades ligam-se pela conjunção e. Por exemplo: 1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos e vinte e seis. 45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte. Flexão dos Numerais Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/duzentas em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, etc. variam em número: milhões, bilhões, trilhões, etc. Os demais cardinais são invariáveis. Os numerais ordinais variam em gênero e número:

primeiro segundo milésimo

primeira segunda milésima

primeiros segundos milésimos

primeiras segundas milésimas

Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam em funções substantivas: Por exemplo:

Page 23: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

23 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Fizeram o dobro do esforço e conseguiram o triplo de produção. Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais flexionam-se em gênero e número: Por exemplo: Teve de tomar doses triplas do medicamento. Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número. Observe: um terço/dois terços uma terça parte duas terças partes Os numerais coletivos flexionam-se em número. Veja: uma dúzia um milheiro duas dúzias dois milheiros É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de sentido. É o que ocorre em frases como: Me empresta duzentinho... É artigo de primeiríssima qualidade! O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda divisão de futebol) Emprego dos Numerais Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo e a partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo: Ordinais Cardinais

João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)

D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)

Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)

Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)

Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)

Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante: Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez) Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um) Ambos/ambas são considerados numerais. Significam "um e outro", "os dois" (ou "uma e outra", "as duas") e são largamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência. Por exemplo:

Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância da solidariedade. Ambos agora participam das atividades comunitárias de seu bairro. Observação: a forma "ambos os dois" é considerada enfática. Atualmente, seu uso indica afetação, artificialismo.

Numerais, leitura e produção de textos O conhecimento das formas da norma padrão dos numerais é obviamente importante para quem tem necessidade de produzir e interpretar textos em linguagem formal. Em particular nas exposições orais, o uso dessas formas é indispensável, por razões óbvias (não é possível substituir numerais por algarismos na língua falada!), e evita constrangimentos que podem comprometer a credibilidade do expositor. Os numerais também podem ser empregados na produção e interpretação de textos dissertativos escritos. As palavras dessa classe gramatical compartilham com os pronomes a capacidade de retomar ou antecipar entes e dados e de inter-relacionar partes do texto. São, por isso, elementos importantes para a obtenção de coesão e coerência textuais.

ARTIGO

Chamamos de artigo a palavra variável que colocamos antes do substantivo para indicar, ao mesmo tempo, seu gênero e seu número. O artigo é basicamente demonstrativo. Sua função Sintática principal é de adjunto dos substantivos.

O artigo é classificado como:

a) Definido: o, a, os, as;

b) Indefinido: um, uma, uns, umas.

Os artigos definidos determinam os substantivos de modo preciso e particular. Ao dizer "o livro", faz-se uma referência a um livro em particular. Já os indefinidos determinam os substantivos num aspecto vago, impreciso e geral. Quando se diz "um livro", menciona-se qualquer livro. Na Língua Portuguesa existe uma maneira de combinar os artigos com preposições. A combinação dos artigos definidos com as preposições a, de, em, por (per), resulta, respectivamente, em ao, do, no, pelo, à, da, na, pela, aos, dos, nos, pelos e às, das, nas, pelas. A combinação dos artigos indefinidos com a preposição em, e mais raramente a preposição de, resulta em: num, dum, numa, duma, nuns, duns, numas, dumas. O artigo transforma palavras de qualquer classe Gramatical em substantivo. Exemplo: Ninguém sabe como será o amanhã. Também estabelece sua determinação ou

Page 24: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

24

24 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

indeterminação: Exemplos: Li o jornal ontem. Li um jornal ontem. No primeiro caso, está-se falando de um jornal em particular. No segundo, de qualquer jornal. Também distingue os homônimos e define seu significado. Exemplos: O rádio, a rádio; o capital, a capital; o moral, a moral. Emprego dos Artigos De um modo geral, o artigo definido aplica-se para seres conhecidos ou já mencionados e o indefinido para seres desconhecidos, indeterminados ou que não se faz menção. Artigo Definido Dentre os nomes próprios geográficos, a língua distingue: a) os que repelem o artigo: Portugal, Roma, Atenas, Curitiba, São Paulo, Paris etc. Lembrar que estes nome de locais, quando acompanhados de adjetivos ou locução adjetiva, tornam obrigatório o uso do artigo: O velho Portugal, a Atenas de Péricles, etc. b) os que exigem o artigo: A Bahia, o Rio de Janeiro, a Amazônia, os Açores etc. c) alguns poucos que se usam, indiferentemente, como o artigo ou sem ele: Recife ou o Recife, Aracaju ou a Aracaju etc. 2) Nomes próprios de pessoas são determinados pelo artigo quando usados no plural. Exemplo: Os Maias, Os Homeros, Os Caxias, etc. Posto antes dos nomes de pessoas, o artigo denota intimidade e familiaridade. Exemplo: A Márcia estuda à noite. 3) O uso do artigo é facultativo diante de pronomes possessivos: Exemplo: Foi rápida a sua entrevista (ou sua entrevista). Omite-se o artigo definido a) antes dos pronomes de tratamento:

Exemplo: Engana-se Vossa Senhoria, disse o rapaz. b) entre o pronome cujo e o substantivo imediato: Exemplo: Há animais cujo pêlo é liso (e não cujo o pêlo é liso). c) diante dos superlativos relativos: Exemplo: Ouvi os médicos mais competentes (e não os médicos os mais competentes). d) frequentemente nos provérbios e máximas: Exemplo: Tempo é dinheiro. e) antes de substantivos usados de uma maneira geral: Especialistas afirmam que mulher fica mais gripada que homem. f) diante da palavra casa, quando designa residência da pessoa que fala ou de quem se trata: Exemplo: Ficou em casa. Fui para casa. Todavia, se a palavra casa vier acompanhada de adjetivo ou locução adjetiva, deve ser anteposto, ordinariamente, o artigo: Exemplo: De tarde, a menina foi até a casa da avó. Artigo Indefinido a) Apesar da imprecisão, o artigo indefinido transmite ao substantivo grande força expressiva: Em Estou com uma sede... o artigo indefinido denota a grande intensidade da sede que o emissor da frase sente. b) antepõe-se ao numeral quando não se pode precisá-lo: Ela deve ter uns 15 anos. c) antes de nomes próprios para acentuar a semelhança de alguém com um personagem célebre. Nesse caso o nome próprio passa a ser um nome comum: Revelou-se um Pavarotti. (um grande cantor)

VERBO

Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros processos: Ação (correr); estado (ficar); fenômeno da natureza (chover);ocorrência (nascer);desejo (querer). O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus possíveis significados. Observe que palavras como corrida, chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo

Page 25: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

25 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

ao de alguns verbos mencionados acima; não apresentam, porém, todas as possibilidades de flexão que esses verbos possuem. Estrutura das Formas Verbais Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode apresentar os seguintes elementos: Radical: é a parte invariável, que expressa o significado essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-ava;fal-am. (radical fal-) b) Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a conjugação a que pertence o verbo. Por exemplo: fala-r São três as conjugações: 1ª - Vogal Temática - A - (falar) 2ª - Vogal Temática - E - (vender) 3ª - Vogal Temática - I - (partir) c) Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o tempo e o modo do verbo.

Por exemplo:

falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.)

falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.)

d) Desinência número-pesssoal: é o elemento que designa a pessoa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular ou plural).

Por exemplo:

falamos (indica a 1ª pessoa do plural.)

falavam (indica a 3ª pessoa do plural.)

Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados ( compor, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação, pois a forma arcaica do verbo pôr era poer. T vogal "e", apesar de haver desaparecido do infinitivo, revela-se em algumas formas do verbo: põe, pões, põem, etc. Formas Rizotônicas e Arrizotônicas Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos verbos com o conceito de acentuação tônica, percebemos com facilidade que nas formas rizotônicas, o acento tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam,nutro, por exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico não cai no radical, mas sim na terminação verbal: opinei, aprenderão, nutriríamos.

Classificação dos Verbos a) Regulares: são aqueles que possuem as desinências normais de sua conjugação e cuja flexão não provoca alterações no radical. Por exemplo: canto cantei cantarei cantava cantasse b) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou nas desinências. Por exemplo: faço fiz farei fizesse c) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação completa. Classificam-se em impessoais, unipessoais e pessoais. Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Normalmente, são usados na terceira pessoa do singular. Os principais verbos impessoais são: a) haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se ou fazer (em orações temporais). Por exemplo: Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam) Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram). Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão) Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz) b) fazer, ser e estar (quando indicam tempo) Por exemplo: Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil. Era primavera quando a conheci. Estava frio naquele dia. c) Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer, escurecer, etc. Quando, porém, constrói-se, "Amanheci mal-humorado", usa-se o verbo "amanhecer" em sentido figurado. Qualquer verbo impessoal, empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal. Por exemplo: Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu) Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos) Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu) d) São impessoais, ainda: 1) O verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo.

Page 26: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

26

26 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Exemplo: Já passa das seis. 2) Os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de, indicando suficiência. Exemplo: Basta de tolices. Chega de blasfêmias. 3) Os verbos estar e ficar em orações tais como Está bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal, sem referência a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso, classificar o sujeito como hipotético, tornando-se, tais verbos, então, pessoais. 4) O verbo deu + para da língua popular, equivalente de "ser possível". Por exemplo: Não deu para chegar mais cedo. Dá para me arrumar uns trocados? Unipessoais: São aqueles que tendo sujeito, conjugam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural. Por exemplo: A fruta amadureceu. As frutas amadureceram. Observação: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagem figurada: Teu irmão amadureceu bastante. Entre os unipessoais estão os verbos que significam vozes de animais. Eis alguns: bramar: tigre bramir: crocodilo cacarejar: galinha coaxar: sapo cricrilar: grilo Os principais verbos unipessoais são: 1) Cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser (preciso, necessário, etc.). Observe os exemplos: Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos bastante.) Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover.) É preciso que chova. (Sujeito: que chova.) 2) Fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que. Observe os exemplos: Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de fumar.)

Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo Cláudia. (Sujeito: que não vejo Cláudia) Observação: Todos os sujeitos apontados são oracionais. Pessoais: Não apresentam algumas flexões por motivos morfológicos ou eufônicos. Por exemplo: Verbo falir Este verbo teria como formas do presente do indicativo falo,fales, fale, idênticas às do verbo falar - o que provavelmente causaria problemas de interpretação em certos contextos. Por exemplo: Verbo computar Este verbo teria como formas do presente do indicativo computo, computas, computa - formas de sonoridade considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas razões muitas vezes não impedem o uso efetivo de formas verbais repudiadas por alguns gramáticos: exemplo disso é o próprio verbo computar, que, com o desenvolvimento e a popularização da informática, tem sido conjugado em todos os tempos, modos e pessoas. d) Abundantes: São aqueles que possuem mais de uma forma com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno costuma ocorrer no particípio, em que, além das formas regulares terminadas em -adoou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular). Observe:

INFINITIVO PARTICÍPIO REGULAR

PARTICÍPIO IRREGULAR

Anexar Anexado Anexo

Dispersar Dispersado Disperso

Eleger Elegido Eleito

Envolver Envolvido Envolto

Imprimir Imprimido Impresso

Matar Matado Morto

Morrer Morrido Morto

Pegar Pegado Pego

Soltar Soltado Solto

e) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Por exemplo:

Ir Pôr Ser Saber

vou vais ides fui foste

ponho pus pôs punha porei

sou és fui foste seja

sei sabes soube saiba soubesse

f) Auxiliares São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal,

Page 27: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

27 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio. Por exemplo: Vou espantar as moscas. (verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo) Está chegando a hora do debate. (verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio) Os noivos foram cumprimentados por todos os presentes. (verbo auxiliar) (verbo principal no particípio) Observação: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver. g) Pronominais São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no próprio sentido do verbo (reflexivos essenciais). Veja: 1) Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos: abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá. A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mesma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia reflexiva expressa pelo radical do próprio verbo. Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes): Eu me arrependo Tu te arrependes Ele se arrepende Nós nos arrependemos Vós vos arrependeis Eles se arrependem 2) Acidentais: São aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto representado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes mencionados, formando o que se chama voz reflexiva.

Por exemplo: Maria se penteava. A reflexibilidade se diz acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo: Maria penteou-me. Observações: 1) Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função sintática. 2) Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente pronominais, são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do sujeito, exercem funções sintáticas. Por exemplo: Eu me feri. ----- Eu (sujeito)-1ª pessoa do singular me (objeto direto) - 1ª pessoa do singular Modos Verbais Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato. Na Língua Portuguesa, existem três modos: Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por exemplo: Eu sempre estudo. Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por exemplo: Talvez eu estude amanhã. Imperativo - indica uma ordem, um pedido. Por exemplo: Estuda agora, menino. Formas Nominais Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo, advérbio), sendo denominadas formas nominais. Observe: a) Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de substantivo. Por exemplo: Viver é lutar. (= vida é luta) É indispensável combater a corrupção. (= combate à) O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo: É preciso ler este livro. Era preciso ter lido este livro.

Page 28: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

28

28 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

b) Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira:

2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu)

1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.: termos (nós)

2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.: terdes (vós)

3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.: terem (eles)

Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação. c) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Por exemplo: Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advérbio) Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função adjetivo). Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta, uma ação concluída. Por exemplo: Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro. Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro. d) Particípio: Quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio indica geralmente o resultado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Por exemplo: Terminados os exames, os candidatos saíram. Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo (adjetivo verbal). Por exemplo: Ela foi a aluna escolhida para representar a escola. Tempos Verbais Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos. Veja: 1) Tempos do Indicativo Presente - Expressa um fato atual.

Por exemplo: Eu estudo neste colégio. Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi completamente terminado. Por exemplo: Ele estudava as lições quando foi interrompido. Pretérito Perfeito (simples): Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado. Por exemplo: Ele estudou as lições ontem à noite. Pretérito Perfeito (composto) : Expressa um fato que teve início no passado e que pode se prolongar até o momento atual. Por exemplo: Tenho estudado muito para os exames. Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado. Por exemplo: Ele já tinha estudado as lições quando os amigos chegaram. (forma composta) Ele já estudara as lições quando os amigos chegaram. (forma simples) Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual. Por exemplo: Ele estudará as lições amanhã. Futuro do Presente (composto): Enuncia um fato que deve ocorrer posteriormente a um momento atual, mas já terminado antes de outro fato futuro. Por exemplo: Antes de bater o sinal, os alunos já terão terminado o teste. Futuro do Pretérito (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado. Por exemplo: Se eu tivesse dinheiro, viajaria nas férias. Futuro do Pretérito (composto) - Enuncia um fato que poderia ter ocorrido posteriormente a um determinado fato passado. Por exemplo: Se eu tivesse ganhado esse dinheiro, teria viajado nas férias. Tempos do Subjuntivo Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual. Por exemplo: É conveniente que estudes para o exame.

Page 29: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

29 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido. Por exemplo: Eu esperava que ele vencesse o jogo. Observação: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato. Pretérito Perfeito (composto) - Expressa um fato totalmente terminado num momento passado. Por exemplo: Embora tenha estudado bastante, não passou no teste. Pretérito Mais-Que-Perfeito (composto) - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado. Por exemplo: Embora o teste já tivesse começado, alguns alunos puderam entrar na sala de exames. Futuro do Presente (simples) - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual. Por exemplo: Quando ele vier à loja, levará as encomendas. Observação: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à loja, levará as encomendas. Futuro do Presente (composto) - Enuncia um fato posterior ao momento atual mas já terminado antes de outro fato futuro. Por exemplo: Quando ele tiver saído do hospital, nós o visitaremos. Formação dos Tempos Simples Quanto à formação dos tempos simples, estes dividem-se em primitivos e derivados. Primitivos: presente do indicativo pretérito perfeito do indicativo infinitivo impessoal Derivados do Presente do Indicativo: Presente do subjuntivo Imperativo afirmativo Imperativo negativo Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo: Pretérito mais-que-perfeito do indicativo

Pretérito imperfeito do subjuntivo Futuro do subjuntivo Derivados do Infinitivo Impessoal: Futuro do presente do indicativo Futuro do pretérito do indicativo Imperfeito do indicativo Gerúndio Particípio Tempos Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo Pretérito mais-que-perfeito Para formar o pretérito mais-que-perfeito do indicativo elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -RA mais a desinência de número e pessoa correspondente. Existem gramáticos que afirmam que este tempo origina-se da terceira pessoa do plural do pretérito perfeito (cantaram/venderam/partiram), mediante a supressão do m final e acréscimo da desinência de número e pessoa.

Ou simplesmente: tema + {-ra, -ras, -ra, -ramos, -reis, -ram (1ª, 2ª e 3ª conj.)

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número e pessoa correspondente. Outros gramáticos afirmam que este tempo origina-se da terceira pessoa do pretérito perfeito (cantaram/venderam/partiram) mediante a supressão do -ram final e acréscimo da desinência modo-temporal -SSE e da desinência de número e pessoa.

Ou simplesmente: tema +{ -sse, -sses, -sse, -ssemos, -sseis, -ssem (1ª, 2ª e 3ª conj.)

Futuro do Subjuntivo Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e pessoa correspondente. Outros gramáticos afirmam que este tempo origina-se da terceira pessoa do pretérito perfeito (cantaram/venderam/partiram) mediante a supressão do -am final e acréscimo da desinência de número e pessoa.

Ou simplesmente:

Page 30: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

30

30 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

tema + { -r, -res, -r, -rmos, -rdes, -rem (1ª, 2ª e 3ª conj.)

Atenção: Sempre que tivermos dúvidas sobre a conjugação do futuro do subjuntivo, bastar-nos-á verificar a 3ª p. p. do pretérito perfeito. Se formos confrontar o futuro do subjuntivo com o infinitivo pessoal, notaremos haver igualdade de forma para muitos verbos, o que não ocorre sempre. O verbo fazer, por exemplo, conjuga-se no infinitivo pessoal: fazer, fazeres, fazer, fazermos, fazerdes, fazerem; mas no futuro do subjuntivo veremos as formas: quando eu fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem, pois este tempo se origina da 3ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo. Tempos Derivados do Infinitivo Impessoal Futuro do Presente do Indicativo Infinitivo Impessoal + { -ei, -ás, -á, -emos, -eis, -ão (1ª,2ª e 3ª conj.) } Futuro do Pretérito do Indicativo Infinitivo Impessoal + { -ia, -ias, -ia, -íamos, -íeis, -iam (1ª, 2ª e 3ª conj.)} Infinitivo Pessoal Infinitivo Impessoal + { -es (2ª pessoa do singular), -mos (1ª pessoa do plural), -des (2ª pessoa do plural), -em ( 3ª pessoa do plural) (1ª, 2ª e 3ªconj.)} Tempos Compostos São formados por locuções verbais que têm como auxiliares os verbos ter e haver e como principal, qualquer verbo no particípio. São eles: Pretérito Perfeito Composto do Indicativo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do Indicativo e o principal no particípio, indicando fato que tem ocorrido com frequência ultimamente. Por exemplo: Eu tenho estudado demais ultimamente. Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do Subjuntivo e o principal no particípio, indicando desejo de que algo já tenha ocorrido. Por exemplo: Espero que você tenha estudado o suficiente, para conseguir a aprovação.

Pretérito mais-que-perfeito Composto do Indicativo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Indicativo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Pretérito mais-que-perfeito do Indicativo simples. Por exemplo: Eu já tinha estudado no Maxi, quando conheci Magali. Pretérito mais-que-perfeito Composto do Subjuntivo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo simples. Por exemplo: Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado de cidade. Observação: Perceba que todas as frases remetem a ação obrigatoriamente para o passado. A frase Se eu estudasse, aprenderia é completamente diferente de Se eu tivesse estudado, teria aprendido. Futuro do Presente Composto do Indicativo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Presente simples do Indicativo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Presente simples do Indicativo. Por exemplo: Amanhã, quando o dia amanhecer, eu já terei partido. Futuro do Pretérito Composto do Indicativo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Pretérito simples do Indicativo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Pretérito simples do Indicativo. Por exemplo: Eu teria estudado no Maxi, se não me tivesse mudado de cidade. Futuro Composto do Subjuntivo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Subjuntivo simples e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Subjuntivo simples. Por exemplo: Quando você tiver terminado sua série de exercícios, eu caminharei 6 Km. Veja os exemplos: Quando você chegar à minha casa, telefonarei a Manuel.

Page 31: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

31 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Quando você chegar à minha casa, já terei telefonado a Manuel. Perceba que o significado é totalmente diferente em ambas as frases apresentadas. No primeiro caso, esperarei "você" praticar a sua ação para, depois, praticar a minha; no segundo, primeiro praticarei a minha. Por isso o uso do advérbio "já". Assim, observe que o mesmo ocorre nas frases a seguir: Quando você tiver terminado o trabalho, telefonarei a Manuel. Quando você tiver terminado o trabalho, já terei telefonado a Manuel. Infinitivo Pessoal Composto: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Infinitivo Pessoal simples e o principal no particípio, indicando ação passada em relação ao momento da fala. Por exemplo: Para você ter comprado esse carro, necessitou de muito dinheiro. Locuções Verbais Outro tipo de conjugação composta - também chamada conjugação perifrástica - são as locuções verbais, constituídas de verbos auxiliares mais gerúndio ou infinitivo. São conjuntos de verbos que, numa frase, desempenham papel equivalente ao de um verbo único. Nessas locuções, o último verbo, chamado principal, surge sempre numa de suas formas nominais; as flexões de tempo, modo, número e pessoa ocorrem nos verbos auxiliares. Observe os exemplos: Exemplo: Estou lendo o jornal. Marta veio correndo: o noivo acabara de chegar. Ninguém poderá sair antes do término da sessão. A língua portuguesa apresenta uma grande variedade dessas locuções, conseguindo exprimir por meio delas os mais variados matizes de significado. Ser (estar, em algumas construções) é usado nas locuções verbais que exprimem a voz passiva analítica do verbo. Poder e dever são auxiliares que exprimem a potencialidade ou a necessidade de que determinado processo se realize ou não. Veja: Pode ocorrer algo inesperado durante a festa. Deve ocorrer algo inesperado durante a festa.

Outro auxiliar importante é querer, que exprime vontade, desejo. Por exemplo: Quero ver você hoje. Também são largamente usados como auxiliares: começar a,deixar de, voltar a, continuar a, pôr-se a, ir,vir e estar, todos ligados à noção de aspecto verbal. Aspecto Verbal No que se refere ao estudo de valor e emprego dos tempos verbais, é possível perceber diferenças entre o pretérito perfeito e o pretérito imperfeito do indicativo. A diferença entre esses tempos é uma diferença de aspecto, pois está ligada à duração do processo verbal. Observe: - Quando o vi, cumprimentei-o. O aspecto é perfeito, pois o processo está concluído. - Quando o via cumprimentava-o. O aspecto é imperfeito, pois o processo não tem limites claros, prolongando-se por período impreciso de tempo. O presente do indicativo e o presente do subjuntivo apresentam aspecto imperfeito, pois não impõem precisos ao processo verbal: Exemplo: Faço isso sempre. É provável que ele faça isso sempre. Já o pretérito mais-que-perfeito, como o próprio nome indica, apresenta aspecto perfeito em suas várias formas do indicativo e do subjuntivo, pois traduz processos já concluídos: Exemplo: Quando atingimos o topo da montanha, encontramos a bandeira que ele fincara (ou havia fincado) dois dias antes. Se tivéssemos chegado antes, teríamos conseguido fazer o exame. Outra informação aspectual que a oposição entre o perfeito e imperfeito pode fornecer diz respeito à localização do processo no tempo. Os tempos perfeitos podem ser usados para exprimir processos localizados num ponto preciso do tempo: Exemplo: No momento em que o vi, acenei-lhe. Tinha-o cumprimentado logo que o vira. Já os tempos imperfeitos podem indicar processos frequentes e repetidos: Exemplo: Sempre que saía, trancava todas as portas. O aspecto permite a indicação de outros detalhes relacionados com a duração do processo verbal.

Page 32: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

32

32 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Veja: Exemplo: Tenho encontrado problemas em meu trabalho. Esse tempo, conhecido como pretérito perfeito composto do indicativo, indica um processo repetido ou frequente, que se prolonga até o presente. Exemplo: Estou almoçando. A forma composta pelo auxiliar estar seguido do gerúndio do verbo principal indica um processo que se prolonga. É largamente empregada na linguagem cotidiana, não só no presente, mas também em outros tempos (estava almoçando, estive almoçando, estarei almoçando, etc.).

Obs.: em Portugal, costuma-se utilizar o infinitivo precedido da preposição a em lugar do gerúndio. Por exemplo: Estou a almoçar.

Exemplo: Tudo estará resolvido quando ele chegar. Tudo estaria resolvido quando ele chegasse. As formas compostas: estará resolvido e estaria resolvido, conhecidas como futuro do presente e futuro do pretérito compostos do indicativo, exprimem processo concluído - é a ideia do aspecto perfeito -ao qual se acrescenta a noção de que os efeitos produzidos permanecem, uma vez realizada a ação. Exemplo: Os animais noturnos terminaram de se recolher mal começou a raiar o dia. Nas duas locuções destacadas, mais duas noções ligadas ao aspecto verbal: a indicação do término e do início do processo verbal. Exemplo: Eles vinham chegando à proporção que nós íamos saindo. As locuções formadas com os auxiliares vir e ir exprimem processos que se prolongam. Exemplo: Ele voltou a trabalhar depois de deixar de sonhar projetos irrealizáveis. As locuções destacadas exprimem o início de um processo interrompido e a interrupção de outro, respectivamente. Emprego do Infinitivo Impessoal e Pessoal Infinitivo Impessoal Quando se diz que um verbo está no infinitivo impessoal, isso significa que ele apresenta sentido genérico ou indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa e sua forma é invariável. Assim, considera-se apenas o processo verbal.

Por exemplo: Amar é sofrer. O infinitivo pessoal, por sua vez, apresenta desinências de número e pessoa. Veja:

- Eu

falar -es Tu

vender - Ele

partir -mos Nós

-des Vós

-em Eles

Observe que, embora não haja desinências para a 1ª e 3ª pessoas do singular (cujas formas são iguais às do infinitivo impessoal), elas não deixam de referir-se às respectivas pessoas do discurso (o que será esclarecido apenas pelo contexto da frase). Por exemplo: Para ler melhor, eu uso estes óculos. (1ª pessoa) Para ler melhor, ela usa estes óculos. (3ª pessoa) Note: As regras que orientam o emprego da forma variável ou invariável do infinitivo não são todas perfeitamente definidas. Por ser o infinitivo impessoal mais genérico e vago, e o infinitivo pessoal mais preciso e determinado, recomenda-se usar este último sempre que for necessário dar à frase maior clareza ou ênfase. Observações importantes: O infinitivo impessoal é usado: 1) Quando apresenta uma ideia vaga, genérica, sem se referir a um sujeito determinado; Por exemplo: Querer é poder. Fumar prejudica a saúde. É proibido colar cartazes neste muro. 2) Quando tiver o valor de Imperativo; Por exemplo: Soldados, marchar! (= Marchai!) 3) Quando é regido de preposição e funciona como complemento de um substantivo, adjetivo ou verbo da oração anterior; Por exemplo: Eles não têm o direito de gritar assim. As meninas foram impedidas de participar do jogo. Eu os convenci a aceitar. No entanto, na voz passiva dos verbos "contentar", "tomar" e "ouvir", por exemplo, o Infinitivo (verbo auxiliar) deve ser flexionado.

Page 33: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

33 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Por exemplo: Eram pessoas difíceis de serem contentadas. Aqueles remédios são ruins de serem tomados. Os CDs que você me emprestou são agradáveis de serem ouvidos. 4) Nas locuções verbais; Por exemplo: Queremos acordar bem cedo amanhã. Eles não podiam reclamar do colégio. Vamos pensar no seu caso. 5) Quando o sujeito do infinitivo é o mesmo do verbo da oração anterior; Por exemplo: Eles foram condenados a pagar pesadas multas. Devemos sorrir ao invés de chorar. Tenho ainda alguns livros por (para) publicar. Observação: Quando o infinitivo preposicionado, ou não, preceder ou estiver distante do verbo da oração principal (verbo regente), pode ser flexionado para melhor clareza do período e também para se enfatizar o sujeito (agente) da ação verbal. Por exemplo: Na esperança de sermos atendidos, muito lhe agradecemos. Foram dois amigos à casa de outro, a fim de jogarem futebol. Para estudarmos, estaremos sempre dispostos. Antes de nascerem, já estão condenadas à fome muitas crianças. 6) Com os verbos causativos "deixar", "mandar"e"fazer" e seus sinônimos que não formam locução verbal com o infinitivo que os segue; Por exemplo: Deixei-os sair cedo hoje. 7) Com os verbos sensitivos "ver", "ouvir", "sentir"e sinônimos, deve-se também deixar o infinitivo sem flexão. Por exemplo: Vi-os entrar atrasados. Ouvi-as dizer que não iriam à festa. Observações: a) É inadequado o emprego da preposição "para" antes dos objetos diretos de verbos como "pedir", "dizer", "falar" e sinônimos;

Pediu para Carlos entrar. (errado) Pediu para que Carlos entrasse. (errado) Pediu que Carlos entrasse. (correto) b) Quando a preposição "para" estiver regendo um verbo, como na oração "Este trabalho é para eu fazer", pede-se o emprego do pronome pessoal "eu", que se revela, neste caso, como sujeito. Outros exemplos: Aquele exercício era para eu corrigir. Esta salada é para eu comer? Ela me deu um relógio para eu consertar. Atenção: Em orações como "Esta carta é para mim!", a preposição está ligada somente ao pronome, que deve se apresentar oblíquo tônico. Infinitivo Pessoal Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal, isso significa que ele atribui um agente ao processo verbal, flexionando-se. O infinitivo deve ser flexionado nos seguintes casos: 1) Quando o sujeito da oração estiver claramente expresso; Por exemplo: Se tu não perceberes isto... Convém vocês irem primeiro. O bom é sempre lembrarmos desta regra (sujeito desinencial, sujeito implícito = nós) 2) Quando apresentar sujeito diferente daquele da oração principal; Por exemplo: O professor deu um prazo de cinco dias para os alunos estudarem bastante para a prova. Perdoo-te por me traíres. O hotel preparou tudo para os turistas ficarem à vontade. O guarda fez sinal para os motoristas pararem. 3) Quando se quiser indeterminar o sujeito (utilizado na terceira pessoa do plural); Por exemplo: Faço isso para não me acharem inútil. Temos de agir assim para nos promoverem. Ela não sai sozinha à noite a fim de não falarem mal da sua conduta. 4) Quando apresentar reciprocidade ou reflexibilidade de ação;

Page 34: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

34

34 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Por exemplo: Vi os alunos abraçarem-se alegremente. Fizemos os adversários cumprimentarem-se com gentileza. Mandei as meninas olharem-se no espelho. Nota: como se pode observar, a escolha do Infinitivo Flexionado é feita sempre que se quer enfatizar o agente (sujeito) da ação expressa pelo verbo. DICAS: a) Se o infinitivo de um verbo for escrito com "j", esse "j" aparecerá em todas as outras formas. Por exemplo: Enferrujar: enferrujou, enferrujaria, enferrujem, enferrujarão, enferrujassem, etc. (Lembre, contudo, que o substantivo ferrugem é grafado com "g".) Viajar: viajou, viajaria, viajem ( 3ª pessoa do plural do presente do subjuntivo, não confundir com o substantivo viagem) viajarão, viajasses, etc. b) Quando o verbo tem o infinitivo com "g", como em "dirigir" e "agir" este "g" deverá ser trocado por um "j" apenas na primeira pessoa do presente do indicativo. Por exemplo: Eu dirijo/ Eu ajo c) O verbo "parecer" pode relacionar-se de duas maneiras distintas com o infinitivo. Quando "parecer" é verbo auxiliar de um outro verbo: Elas parecem mentir. Elas parece mentirem - Neste exemplo ocorre, na verdade, um período composto. "Parece" é o verbo de uma oração principal cujo sujeito é a oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo "elas mentirem". Como desdobramento dessa reduzida, podemos ter a oração "Parece que elas mentem." Vozes do Verbo Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação. São três as vozes verbais: a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo.

Por exemplo: Ele fez o trabalho.

sujeito agente ação objeto (paciente)

b) Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo. Por exemplo:

O trabalho foi feito por ele.

sujeito paciente Ação agente da passiva

(Voz passiva analítica)

Fez- se o trabalho. Partícula apassivadora sujeito paciente (Voz passiva sintética) Formação da Voz Passiva A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sintético. 1) Voz Passiva Analítica Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exemplo: A escola será pintada. O trabalho é feito por ele. Observação: O agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a preposição de. Por exemplo: A casa ficou cercada de soldados. - Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja explícito na frase. Por exemplo: A exposição será aberta amanhã. A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), pois o particípio é invariável. Observe a transformação das frases seguintes:

a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo)

O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indicativo)

b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo)

O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo)

c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente)

O trabalho será feito por ele. (futuro do presente)

Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. Observe a transformação da frase seguinte: O vento ia levando as folhas. (gerúndio) As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio) Observação: É menos frequente a construção da voz passiva analítica com outros verbos que podem eventualmente funcionar como auxiliares. Por exemplo: A moça ficou marcada pela doença. 2) Voz Passiva Sintética

Page 35: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

35 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE. Por exemplo: Abriram-se as inscrições para o concurso. Destruiu-se o velho prédio da escola. Observação: o agente não costuma vir expresso na voz passiva sintética.

Curiosidade A palavra passivo possui a mesma raiz latina de paixão (latim passio, passionis) e ambas se relacionam com o significado sofrimento, padecimento. Daí vem o significado de voz passiva como sendo a voz que expressa a ação sofrida pelo sujeito. Na voz passiva temos dois elementos que nem sempre aparecem: SUJEITO PACIENTE e AGENTE DA PASSIVA.

Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o sentido da frase. Por exemplo:

Gutenberg inventou a imprensa (Voz Ativa)

Sujeito da Ativa

Objeto Direto

A imprensa foi inventada

por Gutenberg

(Voz Passiva)

Sujeito da Passiva

Agente da Passiva

Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo. Observe mais exemplos: Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos. Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos mestres. Eu o acompanharei. Ele será acompanhado por mim. Observação: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não haverá complemento agente na passiva. Por exemplo:

Prejudicaram-me. Fui prejudicado. Saiba que: 1) Aos verbos que não são ativos nem passivos ou reflexivos, são chamados neutros. Por exemplo: O vinho é bom. Aqui chove muito. 2) Há formas passivas com sentido ativo: Por exemplo: É chegada a hora. (= Chegou a hora.) Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nascido.) És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou) 3) Inversamente, usamos formas ativas com sentido passivo: Por exemplo: Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas) Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado) 4) Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido cirúrgico) e vacinar-se são considerados passivos, logo o sujeito é paciente. Por exemplo: Chamo-me Luís. Batizei-me na Igreja do Carmo. Operou-se de hérnia. Vacinaram-se contra a gripe. Pronúncia Correta de Alguns Verbos 1) Nos verbos cujo radical termina em -ei,-eu, -oi, -ou, seguidos de consoante, é fechada a vogal base desses ditongos: a) Pronuncie ei (como na palavra lei): aleijo, aleijas, aleija, aleijam, aleije, aleijem abeiro-me, abeira-se, abeiram-se, abeire-se, abeira-te enfeixo, enfeixas, enfeixa, enfeixe, enfeixam, enfeixem, enfeixes inteiro, inteiras, inteira, inteiram, inteire, inteires, inteirem b) Pronuncie eu (como na palavra deu): endeuso, endeusas, endeusa, endeusam, endeuse, endeuses, endeusem c) Pronuncie oi (como na palavra boi): açoito, açoitas, açoita, açoitam, açoite, açoites, açoitem foiço, foiças, foiça, foiçam, foice, foices, foicem

Page 36: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

36

36 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

desmoito, desmoitas, desmoita, desmoitam, desmoite, desmoites, desmoitem noivo, noivas, noiva, noivam, noive, noives, noivem. d) Pronuncie ou ( como na palavra ouro): afrouxo, afrouxas, afrouxa, afrouxam, afrouxe, afrouxes, afrouxem roubo, roubas, rouba, roubam, roube, roubes, roubem estouro, estouras, estoura, estouram, estoure, estoures, estourem 2) Nos verbos terminados em -ejar e -elhar, como despejar, almejar, arejar, velejar, pelejar, planejar, espelhar, aparelhar, semelhar, avermelhar, etc., o e tônico profere-se fechado: Exemplo: despejo (ê), despejas(ê), despeja (ê), despejam (ê), despeje (ê), despejes (ê), despejem (ê) espelho (ê), espelhas (ê), espelha (ê), espelham (ê), espelhe (ê), espelhes (ê), espelhem (ê) 3) Verbos como englobar, desposar, forçar, rogar, mofar, ensopar, escovar, estorvar, enroscar, rosnar, lograr, etc., têm o o aberto nas formas rizotônicas: Exemplo: (ó), escova (ó), escove (ó), desposa (ó), ensopa (ó), ensopam (ó), etc. 4) Na terminação -oem, a vogal o é: a) fechada nos verbos finalizados em -oar: Exemplo: voem, magoem, coem, doem (doar), soem (soar), abençoem, coroem, abotoem, etc. b) aberta nos verbos terminados em -oer: Exemplo:doem (doer), soem (soer), moem, roem, corroem, etc. 5) Nas três pessoas do singular e na 3ª do plural do presente do indicativo e do subjuntivo do verbo saudar, a vogal u forma hiato e não ditongo: Exemplo: saúdo (sa-ú-do), saúdas, saúda, saúdam saúde (sa- ú-de), saúdes, saúde, saúdem 6) O u do dígrafo gu dos verbos distinguir e extinguir não soa. Pronuncie gue, gui como no verbo seguir: Exemplo:segue, seguem, seguiu, seguiu distingue, distinguem, distinguiu, extinguiu, etc. c) Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação. Por exemplo: O menino feriu-se. Observação: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade. Por exemplo: Os lutadores feriram-se. (um ao outro)

ADVÉRBIO

Advérbio é a classe gramatical das palavras que modificam um verbo ou um adjetivo ou outro advérbio. É a palavra que indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal. Não se flexionam em gênero e número, mas podem sofrer flexão de grau. Uma locução adverbial ocorre quando duas ou mais palavras exercem função de advérbio. Locuções Adverbiais São conjuntos de palavras, geralmente introduzidas por uma preposição, que exercem a função de advérbio: às pressas, à toa, às cegas, às escuras, às vezes, de quando em quando, de vez em quando, à direita, à esquerda, em vão, frente a frente, de repente, de maneira alguma, etc. A função do advérbio é: • Morfologicamente: é invariável, ou seja, não apresenta flexão de gênero, número, modo, etc.; • Semanticamente: expressa uma circunstância como: lugar, tempo, modo, dúvida, afirmação, negação e intensidade; • Sintaticamente: modifica um verbo, um adjetivo, outro advérbio ou toda uma afirmação expressa em uma frase. Classificação A classificação dos advérbios é feita de acordo com a semântica. Podem ser distinguidas as seguintes categorias: Advérbios de Afirmação Sim, realmente, certamente, verdadeiramente, com certeza etc. Advérbios de Negação Não, nunca, jamais, absolutamente, etc. Advérbios de Dúvida Talvez, possivelmente, provavelmente, hipoteticamente, etc. Advérbios de Tempo a) de passado: ontem, anteontem, trasanteontem, etc. b) de presente: hoje, agora, atualmente, etc. c) de futuro: amanhã, futuramente, posteriormente, etc. d) de período: anualmente, semanalmente, mensalmente, eventualmente, sempre, etc. Advérbios de Lugar Aqui, lá, perto, longe, etc. Advérbios de Modo

Page 37: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

37 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Rapidamente, belamente, tristemente, loucamente (a maioria terminada em "mente") etc. Advérbios de Intensidade Muito, pouco, bastante, suficiente, etc. Flexão do Advérbio Apenas os advérbios de quantidade, de lugar e de modo são flexionados, sendo que os demais são todos invariáveis. A única flexão propriamente dita que existe na categoria dos advérbios é a de grau, a saber: a) Superlativo: aumenta a intensidade. Exemplo: longe -longíssimo, pouco -pouquíssimo, etc. b) Diminutivo: diminui a intensidade. Exemplo: perto -pertinho, pouco -pouquinho, devagar -devagarzinho, etc. Observação: a) As palavras "muito", "pouco" e "tanto" também podem ser pronomes indefinidos. • A diferenciação é fácil: podendo variar em gênero ou número, serão pronomes indefinidos; quando forem invariáveis, serão advérbios. b) "Melhor" e "pior" são as formas irregulares do grau comparativo dos advérbios "bem" e "mal". Porém, se estão juntos de adjetivos ou particípios, usam-se as formas "mais bem" e "mais mal". Exemplos: Ele está melhor. Ele está pior. Seu trabalho está mais bem feito que o meu. Seu trabalho está mais mal feito que o meu. c) Quando na mesma frase há dois ou mais advérbios terminados em mente, o sufixo é colocado somente no último. Exemplo: Ela fez tudo fria e cruelmente.

PREPOSIÇÃO

Preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos da oração, subordinando o segundo ao primeiro.

Isso significa que a preposição é o termo que liga substantivo a substantivo, verbo a substantivo, substantivo a verbo, adjetivo a substantivo, advérbio a substantivo, etc. Tipos de Preposição

A -ANTE -APÓS, ATÉ -COM -CONTRA -DE -DESDE -EM ENTRE -PARA -PERANTE -POR -SEM -SOB -SOBRE -TRÁS.

Acidentais: Aquelas que provêm de outras classes de palavras ou que, além de outra função, podem atuar como preposições, isto é, atuam "acidentalmente" como preposições. Entre elas, podemos citar: durante, fora, menos, salvo, conforme, exceto. As preposições acidentais regem os pronomes pessoais do caso reto. Exemplo: Todos, exceto eu, concordarão. Locução prepositiva: As locuções prepositivas são duas ou mais palavras que funcionam solidariamente como preposições. Sempre que há uma locução prepositiva, a segunda palavra do conjunto por si só é uma preposição. Existe uma infinidade de locuções prepositivas, segue alguns exemplos:

GRAÇAS A -PARA COM -DENTRO DE -EM FRENTE A -PERTO DE -POR ENTRE -DE ACORDO COM -EM VEZ DE APESAR DE -A RESPEITO DE -JUNTO DE -POR CIMA DE EM CIMA DE -ACERCA DE -A FIM DE -APESAR DE - ATRAVÉS DE -DE ACORDO COM -EM CIMA DE -EM VEZ DE -JUNTO DE -PARA COM -À PROCURA DE -À BUSCA DE -À DISTÂNCIA DE -ALÉM DE -ANTES DE -DEPOIS DE -À MANEIRA DE -JUNTO A -A PAR DE -ENTRE OUTRAS.

As locuções prepositivas têm sempre como último componente uma preposição. Contração: Junção de algumas preposições com outra preposição sofre redução. Exemplo: do (de + o); neste (em + este); à (a + a) Observação: Não se deve contrair a preposição "de" com o artigo que inicia o sujeito de um verbo, nem com o pronome "ele(s)", "ela(s)", quando estes funcionarem como sujeito de um verbo. • Por exemplo, a frase "Isso não depende do professor querer" está errada, pois professor funciona como sujeito do verbo querer. Portanto a frase deve ser "Isso não depende de o professor querer" ou "Isso não depende de ele querer".

Page 38: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

38

38 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Circunstâncias: As preposições podem indicar diversas circunstâncias: Lugar: Estivemos em São Paulo. Origem: Essas maçãs vieram do Japão. Posse: Recebeu a herança do avô. Matéria: Comprei roupas de lã. Valor: Ele esperneou até comprar aquela roupa caríssima. Autoria: Quadro de Leonardo da Vinci. Tempo: Eu cheguei em ponto.

CONJUNÇÃO

Conjunção, na gramática, é uma classe de palavras invariáveis que serve para conectar orações, estabelecendo entre elas uma relação de dependência ou de simples coordenação. Alguns exemplos de conjunções são: Portanto, pois, como, mas, e, embora, porque, entretanto, nem, quando, ora, que, porém, todavia, quer, contudo, seja, conforme etc. Classificação das Conjunções O estudo das conjunções é bastante amplo e foi portanto dividido de acordo com a sua classificação formal. Segue a lista dos tipos de conjunções: Conjunção Subordinativa Integrante Liga orações dependentes a uma oração principal cujo sentido é incompleto. Serve para introduzir uma oração que funciona como sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal ou aposto de outra oração. São duas: QUE e SE. Quando o verbo exprime uma certeza. Usa-se que; quando incerteza, se: Exemplo: Afirmo que sou estudante. Não sei se existe ou se dói. Quero "que" você volte logo. Conjunção Causal Porque, pois, por quanto, como, pois que, uma vez que, visto que, visto como, que, etc. Inicia uma oração subordinada que denota causa.

Exemplo: Dona Luísa fora para lá porque estava só. Como o calor estivesse forte, pusemo-nos a andar pelo Passeio Público. Como o frio era grande, aproximou-se das labaredas. Conjunção Concessiva Embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que, apesar de que, nem que, que, e, etc. Inicia uma oração subordinada em que se admite um fato contrário à ação proposta pela oração principal, mas incapaz de impedi-la. Exemplo: Pouco demorei, conquanto muitos fossem os agrados. É todo graça, embora as pernas não ajudem. Conjunção Condicional Se, caso, quando, contanto que, salvo se, sem que, dado que, desde que, a menos que, a não ser que, etc. Inicia uma oração subordinada em que se indica uma hipótese ou uma condição necessária para que seja realizado ou não o fato principal. Exemplo: Seria mais poeta, se fosse menos político. Consultava-se, receosa de revelar sua comoção, caso se levantasse. Conjunção Conformativa Conforme, como [= conforme], segundo, consoante, etc. Inicia uma oração subordinada em que se exprime a conformidade de um pensamento com o da oração principal. Exemplo: Cristo nasceu para todos, cada qual como o merece. Tal foi a conclusão de Aires, segundo se lê no Memorial. (Machado de Assis) Conjunção Comparativa Que, Mais/menos/maior/menor/melhor/pior) do que, (tal) qual, (tanto) quanto, como, assim como, bem como, como se, que nem. Inicia uma oração que contém o segundo membro de uma comparação. Exemplo: Era mais alta que baixa. Nesse instante, Pedro se levantou como se tivesse levado uma chicotada.

Page 39: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

39 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

O menino está tão confuso quanto o irmão. Conjunção Consecutiva Que (combinada com uma das palavras tal, tanto, tão ou tamanho, presentes ou latentes na oração anterior), de forma que, de maneira que, de modo que, de sorte que. Iniciam uma oração na qual se indica a conseqüência do que foi declarado na anterior. Exemplo: Soube que tivera uma emoção tão grande que Deus quase a levou. Falou tanto na reunião que ficou rouco. Conjunção Final Inicia uma oração subordinada que indica a finalidade da oração principal. Para que, a fim de que, porque [= para que], que Exemplo: Aqui vai o livro para que o leias. Fiz-lhe sinal que se calasse. Chegue mais cedo a fim de que possamos conversar. Conjunção Proporcional Inicia uma oração subordinada em que se menciona um fato realizado ou para realizar-se simultaneamente com o da oração principal. À medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais ... (mais), quanto mais (tanto mais), quanto mais ... (menos), quanto mais ... (tanto menos), quanto menos ... (menos), quanto menos ... (tanto menos), quanto menos ... (mais), quanto menos ... (tanto mais) Exemplo: Ao passo que nos elevávamos, elevava-se igualmente o dia nos ares. Tudo isso vou escrevendo enquanto entramos no Ano Novo. O preço da carne aumenta à proporção que esse alimento falta no mercado. Conjunção Temporal Inicia uma oração subordinada indicadora de circunstância de tempo. Quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, mal, que [= desde que], etc. Exemplo: Custas a vir e, quando vens, não te demoras.

Implicou comigo assim que me viu. Conjunção Coordenativas Iniciam uma oração coordenada. As conjunções coordenativas a) Conjunção aditiva: e, nem, mas, também, bem como, assim como, etc. b) Conjunção adversativa: mas, porem, todavia, contudo, entretanto, etc. c) Conjunção alternativa: ou, ora....ora, quer....quer, etc. d) Conjunção conclusiva: logo, portanto, pois, etc. e) Conjunção explicativa: porque, que, pois, etc.

INTERJEIÇÃO

As interjeições são palavras invariáveis que exprimem estados emocionais, ou mais abrangente: sensações e estados de espírito; ou mesmo, serve como auxiliador expressivo para o interlocutor, já que permite a ele a adoção de um comportamento que pode dispensar estruturas lingüísticas mais elaboradas.As interjeições podem ser classificadas de acordo com o sentimento que traduzem. Seguem alguns exemplos para cada emoção: a) Alegria: oba! viva! oh! ah! uhu! b) Saudação: oi! olá! c) Alívio: ufa! uf! arre! ainda bem! d) Animação ou estímulo: coragem! avante! firme! vamos! eia! coragem! e) Aplauso: bravo! bis! viva! muito bem! f) Desejo: tomara! oxalá! queira deus! g) Dor: ai! ui! ai.ui! h) Espanto ou surpresa: ah! chi! ih! oh! uh! ué! puxa! uau! opa! ops! caramba! puts! gente! céus! uai! nossa! i) Impaciência: hum! hem! droga! saco! j) Invocação ou chamamento: olá! alô! ô! psiu! psit! ó! atenção! olha! vem cá! l) Medo ou terror: Credo! Cruzes! Uh! Ai! Jesus! Virgem! Ui!

EXERCÍCIOS

1. A alternativa que apresenta classes de palavras cujos sentidos podem ser modificados pelo advérbio são: a) adjetivo – advérbio – verbo. b) verbo – interjeição – conjunção. c) conjunção – numeral – adjetivo. d) adjetivo – verbo – interjeição. e) interjeição – advérbio – verbo. 2. Das palavras abaixo, faz plural como “assombrações” a) perdão. b) bênção. c) alemão.

Page 40: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

40

40 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

d) cristão. e) capitão. 3. Na oração “Ninguém está perdido se der amor…”, a palavra grifada pode ser classificada como: a) advérbio de modo. b) conjunção adversativa. c) advérbio de condição. d) conjunção condicional. e) preposição essencial. 4. Marque a frase em que o termo destacado expressa circunstância de causa: a) Quase morri de vergonha. b) Agi com calma. c) Os mudos falam com as mãos. d) Apesar do fracasso, ele insistiu. e) Aquela rua é demasiado estreita. 5. “Enquanto punha o motor em movimento.” O verbo destacado encontra-se no: a) Presente do subjuntivo. b) Pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo. c) Presente do indicativo. d) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo. e) Pretérito imperfeito do indicativo. 6. Aponte a opção em que muito é pronome indefinido: a) O soldado amarelo falava muito bem. b) Havia muito bichinho ruim. c) Fabiano era muito desconfiado. d) Fabiano vacilava muito para tomar decisão. e) Muito eficiente era o soldado amarelo. 7 . A flexão do número incorreta é: a) tabelião – tabeliães. b) melão – melões c) ermitão – ermitões. d) chão – chãos. e) catalão – catalões. 8. Dos verbos abaixo apenas um é regular, identifique-o: a) pôr. b) adequar. c) medir. d) reaver. e) brigar. 9. A alternativa que não apresenta erro de flexão verbal no presente do indicativo é: a) reavejo (reaver). b) precavo (precaver). c) coloro (colorir). d) frijo (frigir). e) fedo (feder). 10. A classe de palavras que é empregada para exprimir estados emotivos:

a) adjetivo. b) interjeição. c) preposição. d) conjunção. e) advérbio. 11. Todas as formas abaixo expressam um tamanho menor que o normal, exceto: a) saquitel. b) grânulo. c) radícula. d) marmita. e) óvulo. 12. Em “Tem bocas que murmuram preces…”, a seqüência morfológica é: a) verbo-substantivo-pronome relativo-verbo-substantivo. b) verbo-substantivo-conjunção integrante-verbo-substantivo. c) verbo-substantivo-conjunção coordenativa-verbo-adjetivo. d) verbo-adjetivo-pronome indefinido-verbo-substantivo. e) verbo-advérbio-pronome relativo-verbo-substantivo. 13. A alternativa que possui todos os substantivos corretamente colocados no plural é: a) couve-flores / amores-perfeitos / boas-vidas. b) tico-ticos / bem-te-vis / joões-de-barro. c) terças-feiras / mãos-de-obras / guarda-roupas. d) arco-íris / portas-bandeiras / sacas-rolhas. e) dias-a-dia / lufa-lufas / capitães-mor. 14. “…os cipós que se emaranhavam…” . A palavra sublinhada é: a) conjunção explicativa. b) conjunção integrante. c) pronome relativo. d) advérbio interrogativo. e) preposição acidental. 15. Indique a frase em que o verbo se encontra na 2ª pessoa do singular do imperativo afirmativo: a) Faça o trabalho. b) Acabe a lição. c) Mande a carta. d) Dize a verdade. e) Beba água filtrada.

ANÁLISE SINTÁTICA I

ESTRUTURA SINTÁTICA – PERÍODO SIMPLES

A ORAÇÃO Todo enunciado que apresenta verbo é uma oração. Logo, o verbo é o núcleo de qualquer estrutura oracional. Por conseguinte, a análise sintática de uma oração exige que partamos do verbo. Ora os verbos apresentam complementos verbais, ora não apresentam

Page 41: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

41 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

complementos verbais. São complementos verbais: objeto direto e objeto indireto. O estudo dos complementos verbais é chamado de predicação verbal. Os auditores analisaram os balancetes. O exemplo acima é uma oração, pois foi empregado o verbo analisar. É a expressão de uma ação. Está flexionado no pretérito perfeito simples do modo indicativo. Contextualiza-se, portanto, a prática de uma ação, o tempo em que essa ação ocorreu, o agente da ação e o referente passivo à ação executada pelo sujeito agente. O fiscal está apurando as denúncias. Temos também uma oração. Trata-se do verbo apurar na forma composta. “Está” é o seu auxiliar. E “apurando” é o verbo principal no gerúndio. Trata-se de uma locução verbal. Os relatórios que foram analisados comprometem a candidatura e Luíza. Cada verbo é uma oração. Temos acima duas orações. Os termos grifados constituem a primeira oração, com um verbo na forma simples. O termo em negrito constitui a segunda oração. Nesta, o verbo analisar está na forma composta, ou seja, verbo auxiliar + verbo principal no particípio. A oração em negrito integra o sujeito do verbo “comprometem”.

TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO

Sujeito e predicado são, no geral, os termos essenciais da oração. No geral, pois existe oração sem sujeito. Ao sujeito se atribui a prática da ação, na maioria das vezes, o predicado é tudo menos o sujeito. 1) SUJEITO a) Sujeito determinado simples – Quando empregado na oração, apresentando um núcleo. Exemplo: Antônio continua inquieto. b) Sujeito determinado composto – Há mais de um núcleo. Exemplo: Regina e Roberto estão inquietos. c) Sujeito indeterminado – verbo na 3ª pessoa do plural sem referenciar o sujeito; verbo no infinitivo sem referenciar o sujeito; V.T.I. + se / V.I. + se / v. de ligação + se

Exemplo: Estudam Matemática e Língua Portuguesa, todos os dias. Verbo na 3ª pessoa do plural, sem indicar quem pratica a ação espelha um sujeito indeterminado. Contudo, se o contexto comunicar ou revelar o sujeito, passamos a ter um sujeito implícito. Ou seja, em “Lúcia e Paula foram à praia. Beberam água de coco.” Para o verbo BEBER o sujeito está implícito . Aspira-se a cargos públicos. [ verbo transitivo indireto + índice de indet. do sujeito ] Está-se orgulhoso. [ verbo de ligação + índice de indeterminação do sujeito ] Trabalha-se bastante, naquele escritório. [ verbo intransitivo + índice de indet. do sujeito ] Nos três exemplos acima, o sujeito está indeterminado. Cuidado com os concursos públicos, pois é comum flexionarem os verbos em negrito s, pondo-os na 3ª pessoa do plural. Verbo intransitivo, transitivo indireto ou verbo de ligação seguido do pronome “se” não recebe flexão verbal. Flexioná-los seria erro de concordância verbal. Reviver boas ações é oportuno ao homem. “Reviver boas ações” é o sujeito oracional do verbo SER “boas ações” é o objeto direto do verbo REVIVER. “Reviver boas ações”, por ser uma oração com o verbo no infinitivo sem referenciar o agente da ação traz um sujeito indeterminado. d) Sujeito acusativo – Quando o sujeito exerce a função de objeto direto, também. Ocorre apenas com os verbos MANDAR, DEIXAR, FAZER, OUVIR, SENTIR e VER + o termo que será o sujeito acusativo + verbo no infinitivo ou no gerúndio. Mandar Deixar Fazer + Substantivo ou pronome + verbo no infinitivo ou no gerúndio Ouvir Sentir Ver. Exemplo: Vi o rapaz cantar (Vi-o cantar) O termo grifado é o sujeito acusativo, pois exerce a função de objeto direto do verbo VER e a função de sujeito do verbo CANTAR. Não o deixei dormindo. o termo grifado é sujeito acusativo oracional. Ouvi pessoas trabalhar. O sujeito acusativo é representado pronominalmente por pronomes pessoais do caso oblíquo. Assim, o pronome em negrito ao lado representa o substantivo grifado “pessoas”. Se usássemos “Ouvi elas trabalhar” haveria erro quanto ao emprego de pronomes. Ouvi-as trabalhar. Percebi eles chegando à porta [ correto ]

Page 42: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

42

42 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Percebi-os chegando à porta [ errado, pois não temos sujeito acusativo ] O sujeito acusativo, ou seja, o sujeito objetivo direto só ocorre com os verbos selecionados acima [ mandar/deixar/fazer/ouvir/sentir/ver ]. Em latim, o nosso objeto direto é chamado de acusativo. Logo, sujeito acusativo é o sujeito do infinitivo ou do gerúndio que exerce a função do objeto direto dos verbos selecionados acima. Sua representação pronominal é com os oblíquos. Não havendo o sujeito acusativo, o termo referenciado (o substantivo contextualizado ) deve ser substituído por pronome pessoal do caso reto. e)Sujeito oracional – Quando o núcleo do sujeito for constituído por um verbo. Exemplo: Estudar todo o programa é necessário. Quem estuda edifica castelos. CUIDADO: O uso de vírgula entre o sujeito oracional e seu verbo diretamente empregados é comum. Logo, “Quem estuda, edifica castelos” apresenta erro de pontuação. Comunicar os fatos que nos circundam aos leitores que nos acompanham proporciona conforto. Todo o termo em negrito acima é o sujeito oracional do verbo “proporciona”.Os dois termos grifados são respectivamente objeto direto e objeto indireto. Existem orações subordinadas adjetivas (adjuntos adnominais oracionais )integrando os complementos verbais. Só o ponto final no período estaria correto. Todavia, se o emissor quiser, pode tornar as orações subordinadas adjetivas restritivas em orações subordinadas adjetivas explicativas. Para tanto, bastaria pontuar com vírgulas ou travessões as orações adjetivas. Vejamos: 1) Comunicar os fatos,que nos circundam, aos leitores, que nos acompanham, proporciona conforto; 2) Comunicar os fatos - que nos circundam - aos leitores – que nos acompanham – proporciona conforto; 3) Comunicar os fatos,que nos circundam,aos leitores que nos acompanham proporciona conforto ( apenas a primeira oração subordinada adjetiva é explicativa ); 4) Comunicar os fatos que nos circundam aos leitores Que nos acompanham, proporciona conforto. ( apenas a segunda oração adjetiva é explicativa). f) Oração sem sujeito ou sujeito inexistente São estruturas que não apresentam sujeito:

Verbo “haver” no sentido de “existir”. Verbo “fazer” indicando tempo. Verbos que expressam fenômenos naturais. Verbo “ser” indicando tempo / hora. Exemplo: Haveria reuniões, se... Há de haver dificuldades. O verbo HAVER no sentido de existir é impessoal, ou seja, a oração é sem sujeito. Deve ser empregado sempre na 3ª pessoa do singular. Os concursos públicos geralmente solicitam a concordância verbal. Logo, é oportuno ressaltar que o verbo HAVER nesse caso ( no sentido de EXISTIR ) não se flexiona. Quanto à predicação, deve ser lido como transitivo direto. Em “Haveria reuniões, se...”, “reuniões” é objeto direto. Como verbo não concorda com complemento verbal, use o verbo na 3ª pessoa do singular, sempre. Em “Há de haver dificuldades”, observe a que o verbo auxiliar da locução verbal permanece na 3ª pessoa do singular. Portanto, também está correta a concordância verbal, não havendo impropriedade gramatical na estrutura frasal. Exemplo: São quatro horas. Trata-se de uma oração sem sujeito. Mesmo assim, o verbo está com propriedade no plural. É que o verbo SER deve manter concordância com o núcleo do adjunto adverbial de tempo. Sintaticamente, “quatro horas” é adjunto adverbial de tempo, sendo “horas” o núcleo do adjunto adverbial de tempo, e “quatro” é adjunto adnominal do adjunto adverbial de tempo. Embora haja literaturas dizendo que “quatro horas” é predicativo, leia “quatro horas” como adjunto adverbial de tempo. Outrossim, ressaltemos que o verbo SER não está concordando com o número de horas. Em verdade, o verbo SER está concordando com o núcleo do adjunto adverbial de tempo, visto que o substantivo tem precedência, sendo o numeral seu adjunto adnominal. Assim, se encontrar em uma prova a afirmação de que em “São quatro horas” não há impropriedade gramatical, pois o verbo SER está concordando com o número de horas, julgue como incorreta tal argumentação. Exemplo: Faz duas semanas, apenas. FAZER, indicando tempo, também é impessoal. Deve ser empregado na 3ª pessoa do singular. Cuidado para não confundir com o verbo FALTAR. Este é pessoal. Assim, devemos escrever, por exemplo, “FALTAM DUAS SEMANAS, APENAS” e FAZ DUAS SEMANAS, APENAS. Na primeira estrutura, “DUAS SEMANAS” é sujeito, enquanto

Page 43: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

43 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

na segunda oração, de fato, “DUAS SEMANAS” é adjunto adverbial. Exemplo: Choveu pouco, ontem. Choveram conflitos durante o jantar. Os verbos que expressam fenômenos naturais apresentam oração sem sujeito, permanecendo na 3ª pessoa do singular. Contudo, em “Choveram conflitos durante o jantar”, temos a flexão na concordância, pois está no sentido figurado. Faz / Fazem dois anos, deixando-nos convictos que os amamos, os gêmeos. (Use o verbo no plural, pois “os gêmeos”é o sujeito do verbo FAZER.) 2) PREDICADO É o que se diz quanto ao sujeito. Tudo menos o sujeito é o predicado. E se a oração não apresentar sujeito, teremos apenas predicado. Neste último caso, predicado já não será o que se diz sobre o sujeito. Classifica-se em predicado nominal, verbal, verbo-nominal. Quem caracteriza o predicado verbal é o verbo principal ( v.t.d./ v.t.i. / v.t.d.i. / vi ); quem caracteriza o predicado nominal é o predicativo do sujeito. Havendo verbo principal e predicativo, temos predicado verbo- nominal. Então: Predicado Verbal expressa uma ação; Predicado Nominal expressa estado; Predicado verbo-nominal expressa ação mais estado. a) Luciana trabalhou pouco. [ predicado verbal ] b) Hortência está animada. [ predicado nominal ] c) Hortência jogou animada.[ predicado verbo nominal d) São duas horas. [ predicado verbal ] e) Elas permanecem na sala. [ predicado verbal ] f) Elas viraram freiras. [ predicado nominal ] g) Elas estão na sala preocupadas. [ predicado nominal ] 3) A TRANSITIVIDADE VERBAL Há orações que apresentam complemento verbal (objeto direto e objeto indireto). Transitivos são os verbos que trazem complemento. A transitividade direta ocorre quando entre o verbo e seu complemento não houver preposição, embora haja casos de objeto direto preposicionado. Já a transitividade indireta se caracteriza pelo emprego de preposição entre o verbo e seu complemento. Havendo objeto direto e objeto indireto, temos a transitividade direta e indireta. E os verbos intransitivos? Intransitivos são os que não trazem complementos verbais. CUIDADO: Existem verbos intransitivos que apresentam preposição, não para formar objeto indireto, mas para

compor adjunto adverbial. Observem os exemplos que seguem: a) Os cientistas descobriram plausíveis soluções. Sujeito V.T.D. Objeto direto Observe que o verbo em uso é transitivo, ou seja, apresenta complemento. Os cientistas descobriram algo. “plausíveis soluções” complementa o verbo DESCOBRIR. Como o complemento não apresenta preposição, a relação entre verbo e complemento se mostra direta. É bom ressaltar que o sujeito praticou a ação de descobrir e “plausíveis soluções” recebeu a ação. Todo complemento verbal direto, ou seja, todo objeto direto tem valor passivo. b) Os cientistas necessitam de novos dados. Sujeito V.T.I. 0bjeto indireto Já nesse exemplo, o verbo vai buscar complemento com o apoio de uma preposição. A preposição “de” caracteriza uma transitividade indireta. Quem necessita, necessita de algo. Justifica-se, assim, a transitividade indireta, pois entre o verbo e seu complemento existe conectivo prepositivo. c) As provas trouxeram complexidades aos candidatos Sujeito V.T.D.I. obj. dir. obj. indir. O que o contexto verbal nos revela? “As provas” trouxeram algo a alguém. Dois são os complementos verbais. Temos o objeto direto e o objeto indireto. O objeto direto é “complexidades”; o objeto indireto é “aos candidatos”. Verifique, candidato (a), que o objeto indireto está constituído por três classes de palavras: preposição, artigo e substantivo. A preposição “a” e o artigo masculino/plural “os” se aglutinam. d) Luciano viajou. Sujeito V.I. A intransitividade se justifica pela ausência de complemento verbal. O prefixo “in” comunica a não transitividade verbal, isto é, o verbo não vai buscar complemento verbal. Intransitivo, portanto, é o verbo que não apresenta complemento verbal ( objeto direto e/ou objeto indireto ). e) A polícia chegou ao morro. Sujeito V.I. adjunto adverbial de lugar f) Ela assiste em Olinda. Sujeito V.I. adjunto adverbial de lugar Os dois exemplos acima demonstram que, às vezes, a palavra verbal traz preposição. Todavia, nesse conectivo prepositivo não constitui complemento verbal. A preposição “a” do verbo CHEGAR e a preposição “em” do

Page 44: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

44

44 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

verbo ASSISTIR ( no sentido de morar, residir ) proporcionam a composição de adjuntos adverbiais de lugar. É necessário esclarecer que também é comum um verbo apresentar preposição para constituir adjuntos adverbiais. Com isso, podemos concluir que nem sempre a preposição vinda do verbo gera complemento verbal indireto. É como se o verbo chegasse à sua estabilidade com o apoio do adjunto adverbial. A TRANSITIVIDADE VERBAL E A INTRANSITIVIDADE VERBAL EM ORAÇÕES RELATIVAS Após a visão básica de transitividade e intransitividade verbal, como aproveitar essa revisão de predicação verbal para aplicá-la em provas públicas? É comum solicitarem transitividade e intransitividade verbal em períodos compostos que tragam pronomes relativos. Toda oração que apresentar pronome relativo é subordinada adjetiva.Por conseguinte, essas orações também são chamadas de orações relativas. E, ao se usar uma oração relativa, é necessário observar se antes do pronome relativo o emprego de preposições é oportuno ou não à norma culta do idioma. Para tanto, basta estar atento na predicação do verbo que estiver integrando a oração subordinada adjetiva. Temos como pronomes relativos: QUE/ QUEM/ QUAL/ ONDE/ CUJO. Confira: g) O livro que necessito proporciona novos conhecimentos. O correto é “... de que necessito...” , pois quem necessita, necessita de algo. Como o verbo necessitar pede a preposição “de”, devemos deslocá-la para antes do pronome relativo “que”. Trata-se de pronome relativo, visto que esse conectivo está sendo usado, de fato, para substituir o substantivo empregado anteriormente. A função do pronome relativo é justamente substituir um termo empregado anteriormente (geralmente um substantivo ou outro pronome). Sua função, portanto, é um recurso gramatical que evita a pobreza de vocabulário, ou seja, impede a repetição literal do termo utilizado anteriormente. No exemplo acima, se o concurso público exigir a função sintática do pronome relativo “que”, devemos afirmar ser objeto indireto, pois a preposição exigida pelo verbo NECESSITAR se desloca para sinalizar seu objeto indireto. h) O cargo o qual me referi traz conforto. “O cargo ao qual me referi traz conforto” é a estrutura que atenda à norma culta da Língua. Assim, o pronome relativo “qual” exerce a função de objeto indireto, tendo a preposição “a” a função de

materializar a transitividade indireta exigida pelo verbo pronominal REFERIR-SE.. Esse pronome “se” deve ser lido como pronome integrante ao verbo. i) Os diretores a quem aludiram são corruptos. { correta a regência da oração relativa } Objeto indireto PARTICULARIDADE DO PRONOME RELATIVO “ONDE” É comum afirmarem que a diferença entre “onde” e “aonde” é que “onde” não indica movimento, e “aonde” indica movimento. Não é bem assim que devemos ler! O “a” aglutinado à forma “onde” é justamente a preposição. Então, se houver necessidade do emprego da preposição “a” na oração subordinada adjetiva, vinda da predicação verbal, que se desloque esse conectivo prepositivo para antes do pronome relativo “onde”. Em “onde”, “aonde”, “donde” e “por onde” não há diferença. Nas quatro exposições temos o único emprego da forma ONDE: só que nas três últimas exposições existem preposições em uso explícito. Acompanhe os exemplos que seguem: j) A casa onde irei é tranqüila. Aonde irei...” é a forma correta, pois o verbo IR pede a preposição “a”, para constituir seu adjunto adverbial de lugar. k) A casa aonde moro é tranqüila Morar não pede a preposição “a” . Assim, como poderia usar “aonde” no exemplo acima? A forma correta é “... onde moro...” Ressaltemos, inclusive, que podemos substituir “onde” por “em que” . Morar solicita a preposição “em”. Como a preposição “em” está inclusa no pronome relativo “onde”, reafirmamos que a substituição de “onde” por “em que” tem procedência. l) A casa donde vim é tranqüila Quem vem, vem de algum lugar. Então, “... donde vim...”é a forma correta. Poderíamos empregar “... por onde vim...” , pois quem vem, vem por algum lugar, também. O verbo CHEGAR pede a preposição “a” para constituir seu adjunto adverbial de lugar “aonde” .Outrossim, também se deve verificar a composição da oração principal, ou seja, a oração que não apresenta pronome relativo, pois a irregularidade gramatical pode estar presente. Verifica-se erro ao não se empregar a preposição “em”fundida com o artigo masculino/singular que antecede o substantivo “apartamento”. VERBO DE LIGAÇÃO

Page 45: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

45 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Sua função é ligar o sujeito ao predicativo do sujeito, sem expressar ação. Geralmente o predicativo comunica uma “qualidade” ou um “estado” do sujeito. Os principais verbos de ligação são: SER / ESTAR / FICAR / PERMANECER / CONTINUAR / PARECER Todavia, é bom ressaltar que verbo de ligação exige o emprego do sujeito e do predicativo do sujeito, sem expressar ação verbal. Se não houver o sujeito ou predicativo do sujeito, o verbo passa a ser intransitivo. CUIDADO: Não é o verbo de ligação que expressa “estado” ou “qualidade”. Tais idéias surgem do predicativo. a) Sílvia está animada. b) Gustavo está animado c)Tânia continua ansiosa. d) Lula está apreensivo. e) Marieta ficou doente. f) As crianças ficaram doentes. Os verbos destacados acima são de ligação. Há sujeito e predicativo empregados nas estruturas frasais. Os predicativos são os núcleos de cada predicado, caracterizando o predicado nominal. Portanto, quem configura o predicado nominal é o predicativo. Cabe apenas aos verbos em uso a função de ligar o sujeito ao estado ou à qualidade atribuídos. Todavia, existem predicativos que não expressam qualidade ou estado. g) As crianças ficaram na sala. h) Mônica trabalhou preocupada. i) Paulo está no quarto. j) São seis horas. l) É noite. m) Hoje é 25 de junho de 2002. Em “As crianças ficaram na sala”, o verbo não é de ligação. Não existe predicativo, embora haja o sujeito. Assim, o verbo FICAR passa a ser intransitivo. Em “Mônica trabalhou preocupada”, embora haja predicativo e sujeito, o verbo TRABALHAR não é de ligação, pois expressa ação. E o verbo de ligação não pode expressar ação. O predicativo do sujeito pode ser empregado com verbos intransitivos e transitivos. Só não haverá predicativo do sujeito se o verbo na frase for impessoal, ou seja, se a oração apresentar sujeito inexistente. Temos, portanto, “Mônica” sendo sujeito; “trabalhou” como verbo intransitivo e “preocupada” sendo predicativo do sujeito. Em “ Paulo está no quarto”, o verbo é intransitivo. O adjunto adverbial “no quarto” auxilia a intransitividade verbal. Como poderia ser de ligação o verbo da oração, se

não existe predicativo? Assim como o verbo ASSISTIR (no sentido de morar, residir) pede a preposição “em” para constituir seu adjunto adverbial, o verbo ESTAR alcança sua intransitividade. DICA: Os comuns verbos de ligação, quando perdem essa propriedade natural,passam a ser intransitivos. O verbo SER ao indicar tempo/hora é impessoal. Sendo impessoal, perdem a identidade de verbo de ligação. Adquirem a intransitividade verbal, mantendo relação com seu adjunto adverbial de tempo. “Seis horas”, “noite” e “hoje” / “25 de junho de 2012 são adjuntos adverbiais de tempo.

TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO

São os termos que acompanham determinadas estruturas para torná-las completas. Ei-los: Objeto direto, objeto indireto, complemento nominal e agente da passiva.

OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO

a) Examinei o relógio de parede. objeto direto b) Distribuí alegria a todos os convidados. obj. dir. objeto indireto c) Vi as crianças que estavam brincando no quintal. Lembra da oração com pronome relativo? Observe que a oração em negrito acima traz o pronome relativo “que” ( conectivo usado para substituir o termo “as crianças” ). Como se classifica essa oração? Oração subordinada adjetiva é sua classificação. Há dois tipos de orações adjetivas: restritiva (não apresenta sinais de pontuação) e explicativa (apresenta sinais de pontuação: vírgula ou travessão). Como não há pontuação antes do pronome relativo “que”, a oração em negrito acima é subordinada adjetiva restritiva. Se puséssemos uma vírgula ou um travessão antes do pronome relativo, ela passaria a ser explicativa. É comum em provas públicas “eles” lançarem a hipótese do emprego ou não emprego da vírgula antes do pronome relativo, questionando o candidato se haveria ou não existiria mudança de sentido. Como a idéia ou sentido das adjetivas está enraizado em sua classificação, com vírgula sua idéia é explicar e, sem o sinal de pontuação, sua idéia ou carga semântica é restringir. Portanto, a alteração de sua pontuação acarretaria em mudança de sentido, não sendo optativa a vírgula, enfim. e) Dependo de maiores informações.objeto indireto f) Obedecemos aos antigos costumes.objeto indireto g) Confiamos nos investigadores.objeto indireto

Page 46: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

46

46 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

h) Preciso de orientações que assegurem sólidos resultados. Nota: Toda oração que apresentar pronome relativo é subordinada adjetiva. Exerce a função de adjunto adnominal. Veremos que os adjuntos adnominais estão sempre contidos em outro termo sintático. Assim sendo, a oração relativa em negrito acima é adjunto adnominal oracional do núcleo do objeto indireto do verbo PRECISAR. Todas as vezes que empregarem uma oração relativa, ela será subconjunto do termo sintático que apresenta o substantivo ou pronome absorvido pelo pronome relativo. Digamos que seja uma maneira regular de “estabelecer” o termo sintático anteposto ao pronome relativo acima. Então, o objeto indireto do verbo PRECISAR é “de orientações que assegurem sólidos resultados” , sendo “orientações” o núcleo do objeto indireto, e “que assegurem sólidos resultados” é o adjunto adnominal oracional do núcleo do objeto indireto. i) Os fiscais a quem confiaram as investigações solicitaram mais documentos. Todo o termo grifado é o sujeito do verbo SOLICITAR, sendo “fiscais” o núcleo do sujeito e, de fato, “os” e “a quem confiaram as investigações” adjuntos adnominais. Trata-se de um adjunto adnominal não oracional e um adjunto adnominal oracional, respectivamente. A oração relativa em negrito é restritiva, mas se fosse explicativa exigiria vírgulas ou travessões após “fiscais” e antes de “solicitaram”. Essa pontuação à qual fazemos alusão hipoteticamente acarretaria em mudança de sentido e, por conseguinte, não deveria ser lida como pontuação facultativa. j) Obedeço às normas que disciplinam o exercício dos bons costumes. “..normas...” = núcleo do objeto indireto. que disciplinam o exercício dos bons costumes.” = oração subordinada adjetiva. Logo, adjunto adnominal do núcleo do objeto indireto. às normas que disciplinam o exercício dos bons costumes.” é todo o objeto indireto do verbo OBEDECER. k) Nas repartições públicas onde Silveira e Antunes trabalham, de fato, há crimes. Sendo “Nas repartições públicas” um termo que indica lugar, temo-lo como adjunto adverbial de lugar. Porém, ao se perceber o emprego do pronome relativo “onde”, faz-se necessário estender a leitura do adjunto adverbial de lugar até a palavra “trabalham”, pois a oração subordinada adjetiva está contida no adjunto adverbial,

uma vez que exerce a função de adjunto adnominal oracional. Como o adjunto adnominal sempre está integrado a outro termo sintático, o adjunto adverbial é definitivamente “Nas repartições públicas onde Silveira e Antunes trabalham”.

OS PRONOMES PESSOAIS E A FUNÇÃO DE OBJETO DIRETO E INDIRETO

Pronomes Pessoais são conectivos usados para substituírem substantivos. Em exames públicos é comum o emprego acentuado de pronomes em textos. O uso de pronomes possibilita questões de semântica, de emprego e de colocação pronominal. Vejamos: Enquanto os pronomes pessoais do caso reto, geralmente, exercem a função de sujeito, os pronomes pessoais do caso oblíquo funcionam como complementos verbais. Os pronomes oblíquos o / a / os / as / me / te / se / nos / vos podem funcionar como objeto direto. Porém, o pronome “lhe(s)” funciona como objeto indireto. Os pronomes em negrito s também podem exercer a função de objeto indireto, dependendo da regência do verbo. a) Encontrei-as ao passar pela esquina. [ objeto direto] b) Vi-os preocupados. [ objeto direto ] c) Não lhe disseram a verdade. [ objeto indireto ] d) Obedeço-te. [ objeto indireto ] e) Vi-te. [ objeto direto] f) Deu-se ares de imponente. [ objeto indireto ] g) Ele feriu-se. [ objeto direto ] h) Vi o rapaz que saiu cedo. [ Vi-o ] O pronome em negrito no colchete representa o Termo grifado. i) Ofereci o livro ao amigo. [ Ofereci-o ao amigo ] j) Ofereci o livro ao amigo. [ Ofereci-lhe o livro ] k) Ofereci o livro ao amigo. [ Ofereci-lho ] O pronome em negrito representa os termos Grifados OBJETO DIRETO INTERNO. Denominação dada ao complemento representado por uma palavra que possui o mesmo radical do verbo ou apresenta a mesma característica significativa: a) Morreu morte natural. A espontaneidade do verbo MORRER é ser intransitiva. Todavia, por termos empregado o substantivo “morte” – que traz a idéia já contida na palavra verbal – o verbo MORRER deixa de ser intransitivo e, de fato, passa a ser

Page 47: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

47 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

transitivo direto. Todas as vezes que um verbo intransitivo apresentar um substantivo que expresse a idéia que o próprio verbo já comunique, não teremos mais uma intransitividade, mas uma transitividade direta,constituindo um pleonasmo na estrutura sintática do período. b) Dormiu o sono dos justos e corajosos. c) Chorava lágrimas de felicidade. d) Ventava o vento da morte.

OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO PLEONÁSTICOS

É a dupla ocorrência da função sintática dos complementos verbais na mesma oração, a fim de enfatizar o significado do termo em referência. a) As crianças, amo-as bastante. O segundo termo em negrito é o pleonasmo. Temos um objeto direto pleonástico, pois o pronome oblíquo representa “As crianças” – que já exerce a função de objeto direto. O pleonasmo é usado para destacar o objeto direto que o emissor usara. b) Ao pobre, não lhe devo. c) Ao comerciante, paguei-lhe a dívida. d) Ao diretor a quem me referi, à semana passada, dei-lhe as devidas atenções.

COMPLEMENTO NOMINAL

Completa advérbio, predicativo, substantivos vindos de verbos transitivos indiretos,substantivos vindos de verbos transitivos diretos (desde que apresentem valor passivo), substantivos abstratos. a) Não às determinações inflexíveis. Complemento nominal [ completa advérbio ] b) Ela é fiel a seus pais. Compl. nominal [ completa o predicativo do sujeito ] c) Sou-lhe grato. [ O sujeito está implícito; “grato” é o predicativo do sujeito implícito; o pronome grifado complementa o predicativo. Logo, “lhe” é complemento nominal por completar o predicativo do sujeito. Como o predicativo do sujeito está constituído por um adjetivo, podemos argumentar morfologicamente, dizendo que o pronome grifado é complemento nominal por complementar um adjetivo ]. d) A necessidade de orientações. [ complemento nominal ] e) Necessitar de orientações [ complemento verbal / objeto indireto] “Necessitar é um verbo transitivo indireto, sendo “de orientações” objeto indireto;“necessidade” é substantivo

vindo de verbo transitivo indireto. Portanto, quando um substantivo vier de um verbo transitivo indireto, teremos objeto indireto. f) A dependência de drogas proporcionou ao infeliz rapaz amarga existência.[ complemento nominal ] g) A produção de leite trouxe expressivo lucro ao fazendeiro. Produzir leite foi oportuno ao fazendeiro. Quando um substantivo vier de verbo transitivo direto, haverá complemento nominal se existir valor passivo; havendo valor ativo, teremos adjunto adnominal. No exemplo acima,“de leite” é complemento nominal, pois mantém relação com um substantivo vindo de um verbo transitivo direto ( produzir ) e o valor é passivo ( Leite é produzido por alguém ). h) O consumo de drogas nas favelas garantiu a violência a todos os moradores. [ compl.nominal ] i) Tenho medo de fantasmas. [complemento nominal ] j) De que os policiais federais, garantiu o porta-voz da presidência, estão preocupados com os crimes acentuados nas fronteiras, não há dúvida. [ O termo grifado é complemento nominal oracional, sendo o termo regente a palavra “dúvida”; o termo em negrito é complemento nominal, sendo o termo regente o predicativo “preocupados”. ] k) A necessidade de obediência às normas de proteção às terras é expressiva. “de obediência” é complemento nominal, sendo o termo regente “necessidade”“às normas de proteção” é complemento nominal, sendo o termo regente “obediência”“às terras” é complemento nominal,sendo o termo regente “proteção” O livro de cuja necessidade tenho custa caro. [ complemento nominal ] O pronome relativo “cuja” no exemplo acima dá início à composição de uma oração subordinada adjetiva restritiva. Lendo a oração relativa, temos: um sujeito implícito para o verbo “tenho”; “necessidade” é o objeto direto do verbo “tenho”; “de cuja” é complemento nominal, sendo seu termo regente a palavra “necessidade” ( .. tenho necessidade do livro ). Assim, além da comum função sintática de adjunto adnominal, o pronome relativo “cujo” pode exercer a função de complemento nominal.

VOZES VERBAIS E O AGENTE DA PASSIVA

a) voz ativa = sujeito pratica a ação b) voz passiva = sujeito sofre a ação

Page 48: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

48

48 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

c) voz reflexiva = sujeito pratica e sofre a ação ao mesmo tempo d) voz recíproca = há correspondência de ações verbais Exemplo: 1) Eu reconheci os criminosos. [ voz ativa ] 2) Os criminosos foram reconhecidos por mim. [ voz passiva analítica ] 3) Reconheceram-se os criminosos. [voz passiva sintética ] 4) Paulo feriu-se. [ voz reflexiva ] 5) Lourdes e Gustavo se amam. [ voz recíproca ] Observação.: A voz passiva pode ser sintética e analítica. Havendo pronome apassivador, temos a voz passiva sintética ( v.t.d. + se / v.t.d.i + se ). Já a voz passiva analítica não apresenta partícula apassivadora. 6) Comunicaram os fatos ao diretor. [ voz ativa ] 7)Comunicaram-se os fatos ao diretor. [ voz passiva sintética ] 8) Os fatos foram comunicados ao diretor. [ voz passiva analítica ] 9) O que se vê é um poço sem fim, o mal em estado puro. Todas as vezes que encontrarmos “o” antes do conectivo “que”, podendo substituir “o” por “aquele” ou “aquilo” , “o” é pronome demonstrativo e “que” é pronome relativo. No exemplo acima, “o” é pronome demonstrativo, pois podemos substituí-lo por “aquilo”. Sendo “que” pronome relativo, temos o início da oração subordinada adjetiva, visto que toda oração subordinada adjetiva é iniciada por pronome relativo. Trata-se a oração grifada acima de uma oração subordinada adjetiva restritiva. Sua voz verbal é passiva sintética ( verbo transitivo direto acompanhado da partícula apassiva “se” ). Já a oração principal “O ... é um poço sem fim, o mal em estado puro” não apresenta voz verbal, pois temos verbo de ligação em sua estrutura. Como teríamos voz verbal se verbo de ligação não expressa ação?

TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO

São aqueles que vão acompanhar substantivos, pronomes ou verbos, informando alguma característica ou circunstância. Ei-los: aposto, adjunto adnominal e adjunto adverbial.

APOSTO

Sua finalidade é explicar, identificar, esclarecer, especificar, comentar ou simplesmente apontar algo, alguém ou um fato. APOSTO EXPLICATIVO: Sônia, a tia de meu tio, viajou. Marília e Dirceu, os noivos da Inconfidência, eram Maria Dorotéia e Tomás Antônio Gonzaga.

APOSTO ENUMERATIVO: Víamos somente três coisas: vales, montanhas, campinas. APOSTO RESUMITIVO: Os pais, os avós, os tios, todos, foram a Portugal. Amor, dinheiro, fama, tudo, passam. APOSTO COMPARATIVO: Meu coração, uma nau ao vento, está sem rumo. APOSTO ESPECIFICATIVO: O poeta Manuel Bandeira proporcionou inovações literárias a nós. O rio Beberibe está sujo. APOSTO DISTRIBUTIVO: Separe duas folhas: uma para o texto e a outra para as perguntas. APOSTO ORACIONAL: Gritou a verdade a todos: que Lourdes é a criminosa.

ADJUNTO ADNOMINAL (PERTO, PERTO, PERTO DO SUBSTANTIVO)

Termo que mantém relação com o substantivo. O substantivo é a classe gramatical que tem precedência em relação às demais palavras, pois é quem dá nome aos seres. Assim sendo, as demais classes gramaticais estão subordinadas ao substantivo. Geralmente exercem a função de adjunto adnominal o adjetivo, o numeral, o pronome e o artigo. a) Os simpáticos rapazes voltaram do clube. Sujeito : “Os simpáticos rapazes” Núcleo do sujeito: “rapazes” Adjuntos adnominais do sujeito: “Os” , “simpáticos” Adjunto adverbial: “do clube” Núcleo do adjunto adverbial: “clube” Adjunto adnominal do núcleo do adjunto adverbial: o artigo “o” que está aglutinado com a preposição “de” b) Todo sábado, estudamos alguns tópicos, caro amigo. Adjunto adverbial de tempo: “Todo sábado” Núcleo do adjunto adverbial de tempo: “sábado” Adjunto adnominal do núcleo do adjunto adverbial de tempo: “Todo” Objeto direto do verbo “estudamos”: “alguns tópicos” Núcleo do objeto direto: “tópicos” Adjunto adnominal do núcleo do objeto direto: “alguns” Vocativo: “caro amigo” Núcleo do vocativo: “amigo” Adjunto adnominal do núcleo do vocativo: “caro”

Page 49: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

49 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

c) A pessoa que estuda vence expressivas fronteiras. Sujeito: “A pessoa que estuda” Núcleo do sujeito: “pessoa” Adjuntos adnominais do núcleo do sujeito: “A” e “que estuda” ( trata-se de uma oração subordinada adjetiva. Como toda oração subordinada adjetiva exerce a função de adjunto adnominal, temos um adjunto adnominal oracional restritivo, sendo “que” o pronome relativo que exerce a função de sujeito do verbo “estuda”. Os adjuntos adnominais estão sempre “dentro”, ou melhor, integrando o termo sintático que o apresenta. Objeto direto: “expressivas fronteiras”. Núcleo do objeto direto: “fronteiras” Adjunto adnominal do núcleo do objeto direto: “expressivas” d) Vi as provas que Sônia fez, à semana passada. O objeto direto do verbo VER é “as provas que Sônia fez, à semana passada”. Observe que o núcleo do objeto direto é o substantivo “provas”, o artigo que está anteposto ao substantivo “provas” é adjunto adnominal do núcleo do objeto direto. Todavia, não existe apenas um adjunto adnominal, pois o termo grifado é uma oração que apresenta pronome relativo (“que” substitui o substantivo “provas”). Lembra? Toda oração que apresentar pronome relativo é subordinada adjetiva, exercendo a função de adjunto adnominal oracional. Como todo adjunto adnominal está contido em uma função sintática maior, devemos incluir a oração subordinada adjetiva como termo sintático que constitui também o objeto direto do verbo VER. e) João Paulo II, que é o Papa, está doente. O termo em negrito acima é adjunto adnominal oracional do núcleo do sujeito do verbo ESTAR. Temos uma oração subordinada adjetiva explicativa. Cuidado: Não é difícil encontrar em questões do provas públicas impropriedade gramatical no emprego da pontuação das orações adjetivas. No exemplo acima, a oração em negrito só pode ser explicativa, pois seu valor é absoluto. Como pensar em restrição, se apenas uma pessoa assume o papado. Toda oração subordinada adjetiva com valor absoluto só pode ser explicativa, devendo ser pontuada com vírgulas ou travessões.

ADJUNTO ADVERBIAL

Termo representado por advérbios, relacionando-se com o verbo, o adjetivo ou com outro advérbio. São classificados pela idéia que comunicam. a) Paulo emprestou o dinheiro sábado passado. [ adjunto adverbial de tempo ]

b) Onde a marcha alegre se espalhou? [adjunto adverbial de lugar ] c) Como acabou o dia? [ adjunto adverbial de modo ] d) Almoçou pouco. [ adjunto adverbial de intensidade e) Por que ele tremia? De medo. [ adjunto adverbial de causa ] f) Venha jantar comigo. [adjunto adverbial de companhia ] g) Com a máquina conseguiu fazer todo o trabalho. [adjunto adverbial de instrumento] h) Talvez ele chegue mais cedo. [ adjunto adverbial de dúvida ] i) Vivia para o trabalho. [adjunto adverbial de finalidade ] j) Viajou de avião. [ adjunto adverbial de meio ] k) Falávamos sobre produtos importados, à mesa. [ adjunto adverbial de lugar ] l) Não permitirei a sua dispensa. [adjunto adverbial de negação ] m) Descendia de nobres. [adjunto adverbial de origem ] n) Sairia sim, naquela manhã. [ adjunto adverbial de afirmação ] o) Comprou um relógio de ouro. [ adjunto adverbial de matéria ] p) A camisa custou vinte reais. [ adjunto adverbial de valor ou de preço ] q) Andava a cavalo, tranqüilamente. [ adjunto adverbial de meio ] r) Trocou uma caneta por um lápis. [ adjunto adverbial de permuta ] s) Sobre a mesa, Senhores e Senhoras, há suficientes provas. [ adjunto adverbial de lugar ]

EXERCÍCIOS

1. A oração sem sujeito caracteriza-se por: a) O sujeito está indeterminado. b) Não se atribui o fato a nenhum ser. c) O sujeito está simplesmente oculto. d) O fato é atribuído a um ser determinado. 2. A oração sem sujeito possui apenas: a) Objeto direto.

Page 50: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

50

50 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

b) Objeto indireto. c) Predicado. d) Sujeito oculto. 3. "Anoitecia silenciosamente." Nesta oração temos: a) Sujeito simples b) Oração sem sujeito. c) Sujeito indeterminado. d) Sujeito oculto. 4. "Será muito cedo?" "Como está calor!" Quais são os sujeitos destas orações? a) Orações sem sujeito. b) cedo / calor. c) muito / como. d) nenhuma das anteriores. 5. Defina o tipo de sujeito desta oração: "Fazia um calor infernal no sertão." a) Sujeito indeterminado b) Oração sem sujeito. c) Sujeito simples d) Sujeito oculto. 6. Defina o tipo de sujeito desta oração: "Faz dez anos que cheguei aqui." a) Sujeito oculto. b) Sujeito simples. c) Sujeito indeterminado. d) Oração sem sujeito. 7. Defina o tipo de sujeito desta oração: "Seriam quatro horas da tarde." a) Oração sem sujeito. b) Sujeito indeterminado. c) Sujeito oculto. d) Sujeito composto. 8. "Aqui não me cheira bem". Neste exemplo temos uma oração sem sujeito, pois: a) Não há sujeito simples. b) Não há um sujeito possível, agente da ação. c) Não há um sujeito composto. d) Nenhuma das anteriores. 9. "Já deve passar de dois anos." Qual é o tipo de sujeito? a) Sujeito oculto. b) Sujeito indeterminado. c) Sujeito simples. d) Oração sem sujeito. 10. "Nunca ninguém acariciou uma cabeça de galinha." Qual é o sujeito e o tipo de sujeito desta oração? a) Nunca ninguém / composto. b) Ninguém / simples. c) Ninguém /indeterminado. d) Nunca / simples.

EXERCÍCIOS II

1. Na oração: “Foram chamados às pressas todos os vaqueiros da fazenda vizinha”, o núcleo do sujeito é: a) todos; b) fazenda; c) vizinha; d) vaqueiros; e) pressas. 2. Assinale a alternativa em que o sujeito está incorretamente classificado: a) chegaram, de manhã, o mensageiro e o guia (sujeito composto); b) fala-se muito neste assunto (sujeito indeterminado); c) vai fazer frio à noite (sujeito inexistente); d) haverá oportunidade para todos (sujeito inexistente); e) não existem flores no vaso (sujeito inexistente). 3. Em “Éramos três velhos amigos, na praia quase deserta”, o sujeito desta oração é: a) subentendido; b) claro, composto e determinado; c) indeterminado; d) inexistente; e) claro, simples e determinado. 4. Marque a oração em que o termo destacado é sujeito: a) houve muitas brigas no jogo; b) Ia haver mortes, se a polícia não interviesse; c) faz dois anos que há bons espetáculos; d) existem muitas pessoas desonestas; e) há muitas pessoas desonestas. 5. Indique a única frase que não tem verbo de ligação: a) o sol estava muito quente; b) nossa amizade continua firme; c) suas palavras pareciam sinceras; d) ele andava triste; e) ele andava rapidamente. 6. Considere a frase: “Ele andava triste porque não encontrava a companheira”, os verbos grifados são respectivamente: a) transitivo direto - de ligação; b) de ligação - intransitivo; c) de ligação - transitivo - indireto; d) transitivo direto - transitivo indireto; e) de ligação - transitivo direto. 7.Na praça deserta um homem caminhava-o sujeito é: a) indeterminado; b) inexistente; c) simples; d) oculto por elipse; e) composto. 8.Na oração:”Anunciaram grandes novidades” - o sujeito é:

Page 51: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

51 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

a) simples; b) composto; c) indeterminado; d) elíptico; e) inexistente. 9. “O toque dos sinos ao cair da noite era trazido lá da cidade pelo vento”. O termo grifado é: a) sujeito; b) objeto direto; c) objeto indireto; d) complemento nominal; e) agente da passiva. 10. “Eu andava satisfeito com o mundo e comigo mesmo”, o período é: a) simples; b) composto por coordenação; c) composto por subordinação; d) composto por coordenação e subordinação; e) composto de duas orações. 11. Na oração “Mestre Reginaldo, o impoluto, é uma sumidade no campo das ciências” - o termo grifado é: a) adjunto adnominal; b) vocativo; c) predicativo; d) aposto; e) sujeito simples. 12. Na expressão: “por todos era apedrejado o Luizinho”, o termo grifado é: a) objeto direto; b) objeto indireto; c) sujeito; d) complemento nominal; e) agente da passiva. 13. Dentre as orações abaixo, uma contém complemento nominal. Qual? a) Meu pensamento é subordinado ao seu. b) Você não deve faltar ao encontro. c) Irei à sua casa amanhã. d) Venho da cidade às três horas. e) Voltaremos pela rua escura ... 14. Assinale a alternativa em que o termo grifado é adjunto adnominal: a) Sua falta aos encontros sufocava o nosso amor. b) Ela é uma fera maluca. c) Ela é maluca por lambada nacional. d) Não tenho medo da louca. e) O amor de Deus é o primeiro mandamento. 15. Em “a linguagem do amor está nos olhos” – os termos grifados são respectivamente: a) complemento nominal e predicativo do sujeito; b) adjunto adnominal e predicativo do sujeito; c) adjunto adnominal e objeto direto; d) complemento nominal e adjunto adverbial; e) adjunto adnominal e adjunto adverbial.

16. “Diga ao povo que fico” é um período: a) simples; b) composto por coordenação; c) composto por subordinação; d) composto por coordenação e subordinação; e) composto de três orações. 17. “Saúde e felicidade são as minhas aspirações na vida” – nessa expressão o sujeito é: a) simples; b) composto; c) indeterminado; d) oculto; e) oração sem sujeito. 18.Na expressão: “Ordem e progresso, esse é o nosso lema” – o sujeito é: a) simples; b) composto; c) indeterminado; d) oculto; e) inexistente. 19. Já na expressão “O prefeito Odorico nomeou Dirceu Borboleta ajudante de ordens” – as palavras grifadas funcionam como: a) objeto direto; b) objeto indireto; c) predicativo do sujeito; d) aposto; e) predicativo do objeto 20. O verbo de “confio este carro à distinção dos senhores passageiros” é: a) transitivo direto; b) transitivo indireto; c) transitivo direto e indireto; d) intransitivo; e) de ligação. 21. Em: “Era inverno e fazia frio” – há duas orações cujos sujeitos são respectivamente: a) inexistente e indeterminado; b) indeterminado e inexistente; c) inexistente e inexistente; d) indeterminado e indeterminado; e) N. R. A. porque ambos são compostos. 22. Qual o período simples? a) Encontrará, talvez, no caminho da vida, asperezas, ingratidões, grosserias, injustiças, brutalidades. . .; b) Quem sabe se não encontrará inimigos cruéis e “amigos” pérfidos; c) Dorme, dorme meu anjinho, que a “Mamã” vela por ti . . .; d) Ela defende-o e protege-o; e) Faz cinco anos que o procuro.

Page 52: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

52

52 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

23. Confiamos no futuro Desconhecemos as coisas do futuro. Temos confiança no futuro - Nas expressões acima, os termos grifados funcionam respectivamente, como: a) objeto indireto; adjunto adnominal; complemento nominal; b) objeto indireto; complemento nominal; objeto indireto; c) objeto indireto; objeto indireto; complemento nominal; d) objeto direto; adjunto adnominal; objeto indireto; e) objeto direto; sujeito; complemento nominal. 24. Em: “faz anos que não chove no sertão” – há duas orações com sujeito: a) simples; b) composto; c) indeterminado; d) inexistente; e) elíptico. 25.Em: “pediram-me papai e mamãe que eu fosse mais audacioso”: a) o sujeito da primeira oração é simples e o da segunda é inexistente; b) o sujeito da primeira oração é composto e o da segunda, é simples; c) o sujeito da primeira oração é indeterminado e o da segunda, inexistente; d) o sujeito da primeira oração é inexistente e o da segunda indeterminado; e) o sujeito da primeira oração é composto e o da segunda inexistente. 26. Em: “À boca da noite a cata-piolhos rezava baixinho . . .” , o sujeito é: a) simples; b) composto; c) indeterminado; d) inexistente; e) oculto. 27. Em qual das alternativas o verbo grifado é de ligação? a) Quando você pára, eu continuo. b) Amélia continua mulher de verdade. c) Esta “droga” de relógio não anda. d) Andei dois quilômetros a pé. e) Nos primeiros dias aprendi as notas musicais. 28.O predicado é nominal em: I - Você acha Cristina bonita, mamãe? II - O mundo podia ser tranqüilo. III - “Zé Mané” não estava embriagado. IV - O guarda noturno permanece atento a todos os perigos. V - Os transeuntes ficaram assustados. a) I - II - III; b) II - III; c) II - IV; d) III - IV - V - II;

e) I - II - IV. 29. Dentre as orações abaixo, uma tem sujeito indeterminado. Qual? a) A nossa casa parecia uma arca de Noé. b) Não iria além de um vice-campeonato. c) As águas trafegam furiosas. d) Atropelaram um boi lá na gentil. e) No lugar só ficou a surpresa. 30. Na oração: “Diziam que ele era igualzinho a meu pai”, o sujeito da primeira oração é: a) simples; b) composto; c) indeterminado; d) inexistente; e) oculto. 31. Dê a função sintática do elemento grifado: “Mestre Cupijó, ouviu-se há dias a sua grande obra”. a) adjunto adnominal; b) sujeito; c) vocativo; d) aposto; e) objeto direto. 32. Em: “o homem não gosta de reconhecer a inevitabilidade de uma morte natural . . .”, a expressão grifada é: a) adjunto adnominal; b) adjunto adverbial; c) complemento nominal; d) agente da passiva; e) sujeito. 33. “Ué, gente: vocês ainda não foram pra sala? !” – o sujeito: a) simples; b) composto; c) indeterminado; d) inexistente; e) oculto. 34. Em: “Bebe que é doce, papai” – a palavra grifada funciona como: a) sujeito; b) aposto; c) vocativo; d) adjunto adverbial; e) adjunto adnominal.

Page 53: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

53 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

ANÁLISE SINTÁTICA II

PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO

O período é composto por coordenação quando tem orações equivalentes, ou seja, as orações que formam o período têm a mesma função (o mesmo valor sintático). São também definidas como orações sintaticamente independentes umas das outras, Relacionadas entre si pelo sentido. O processo de coordenação engloba também a justaposição. Exemplo: João Paulo almoçou, repetiu e gostou. Onde: "João Paulo almoçou" é a primeira oração; repetiu" é a segunda oração; "gostou" é a terceira oração. Classificação: As orações coordenadas são classificadas em Assindéticas e Sindéticas. No exemplo anterior, as duas primeiras orações são assindéticas e a última é sindética. Orações coordenadas assindéticas: São as orações coordenadas que não são introduzidas por conjunção. Devido ao fato de não virem introduzidas por conjunções, devem sempre ser separadas por vírgulas. Exemplo: Cheguei, brinquei, dormi. Chegou , deitou ,dormiu. Orações coordenadas sindéticas São orações coordenadas introduzidas por conjunção. As orações coordenadas sindéticas podem ser: a) Aditivas: serve para ligar simplesmente duas orações ou dois Termos (e, nem, mas também, mas ainda, ora...). Exprime idéia de soma, juntar ou aproximar orações de função e natureza Idêntica; Exemplo: Saiu cedo e voltou tarde. b) Adversativas: exprimem idéia de oposição, restrição ou ressalva e são geralmente iniciadas pelas conjunções (mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto...) Exemplo: Elisa chegou, mas não almoçou. c) Alternativas: exprimem idéia de exclusão ou alternância. Geralmente contém duas conjunções idênticas (ora...ora, ou...ou, quer...quer, nem...não...).

Exemplo: Ora ele chora, ora ele ri. d) Conclusivas: iniciadas principalmente por: logo, portanto, então, pois (após o verbo). Exprimem idéia de conclusão; Exemplo: Penso, logo existo. e) Explicativas: introduzidas geralmente por: que, porque, pois antes do verbo) e exprimem idéia de explicação. Exemplo: Não chores, porque ficarei preocupado.

PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO

Orações subordinadas substantivas a) Oração subordinada substantiva subjetiva: É a oração que funciona como sujeito da oração principal. Para encontrar o sujeito de qualquer verbo, deve-se perguntar a ele “Que é que...?” Existem três estruturas de oração principal que se usa com subordinada substantiva subjetiva: Verbo de ligação + predicativo + oração subordinada substantiva subjetiva. Exemplo: É necessário que façamos nossos deveres. Verbos como convir, constar, parecer, importar, interessar, suceder, acontecer + oração subordinada substantiva subjetiva. Exemplo: Convém que façamos nossos deveres. Verbo na voz passiva + oração subordinada substantiva subjetiva. Exemplo: Foi afirmado que você subornou o guarda. b) Oração subordinada substantiva objetiva direta: É a oração que funciona como objeto direto da oração principal. O objeto direto é o complemento do verbo transitivo direto. Constata-se que um verbo é transitivo direto, colocando-o no seguinte esquema: “Quem...... , ....... algo”; o “algo” funcionará como objeto direto. Por exemplo, o verbo “comprar”: Quem compra, compra algo.

Page 54: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

54

54 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Exemplo: Todos desejamos que seu futuro seja brilhante. c) Oração subordinada substantiva objetiva indireta: É a oração que funciona como objeto indireto da oração principal. O objeto indireto é o complemento do verbo transitivo indireto. Constata-se que um verbo é transitivo indireto, colocando-o no seguinte esquema: “Quem...... , ....... + prep. + algo”; o “algo” funcionará como objeto indireto. Por exemplo, o verbo “precisar”: Quem precisa, precisa de algo. Exemplo: Lembro-me de que tu me amavas. d) Oração subordinada substantiva completiva nominal: É a oração que funciona como complemento nominal de um termo da oração principal, que será um substantivo abstrato, um adjetivo ou um advérbio. O complemento nominal é sempre antecedido de uma preposição, logo todas as orações subordinadas substantivas completivas nominais são iniciadas por preposição que provenha de substantivo abstrato, de adjetivo ou de advérbio. Exemplo: Tenho necessidade de que me elogiem. e) Oração subordinada substantiva apositiva: É a oração que funciona como aposto da oração principal. Em geral vem após dois pontos ou, mais raramente, entre vírgulas e explica o sentido da oração principal que deve estar completa sintaticamente. Exemplo: Todos querem o mesmo destino: que atinjamos a felicidade. f) Oração subordinada substantiva predicativa: É a oração que funciona como predicativo do sujeito da oração principal. Sempre surgirá com a seguinte estrutura: sujeito + VL + oração subordinada substantiva predicativa. Exemplo: A verdade é que nunca nos satisfazemos com nossas posses. Nota: As orações subordinadas substantivas podem vir introduzidas por outras palavras, como, por exemplo: • Pronomes interrogativos (quem, que, qual...) • Advérbios interrogativos (onde, como, quando...) Exemplo: Perguntou-se quando ele chegaria. Não sei onde coloquei minha carteira. Orações subordinadas adjetivas a) Orações subordinadas adjetivas Restritivas: são aquelas que delimitam, em um universo de seres, os que

possuem determinadas características. Exercem função de adjuntos adnominais na oração principal e não são isoladas por vírgulas. Exemplo: A vida que é bela foi desprezada. A flor que é amarela foi vendida. b) Orações subordinadas adjetivas explicativas: são aquelas que realçam um detalhe do termo antecedente, que já se encontra definido. Sempre é utilizada a vírgula separando-a da oração principal. Exerce a função de aposto explicativo da oração principal. Exemplo: Meus sapatos, que eram verdes, combinavam com minha blusa. Os EUA, que é a potência Mundial, têm o índice de analfabetismo de 5%." O Brasil, que é um país rico em florestas, sofre com a pobreza e o desemprego. Orações Subordinadas Adverbiais Exercem a função sintática de adjunto adverbial da oração principal. São iniciadas pelas conjunções subordinativas adverbiais e classificam-se de acordo com a circunstância que expressam. Exemplo: O porteiro chegou à noitinha. (O porteiro chegou quando anoitecia). Quando: conjunção de tempo. Oração subordinada adverbial temporal. a) Causais: Exprimem causa, motivo, razão. Exemplo: Ele gritou porque viu um vampiro. Porque: Conjunção subordinativa causal. b) Comparativas: Representam o segundo termo de uma comparação. Muitas vezes, as orações comparativas vêm com o verbo elíptico (subentendido). Exemplo: Nadei como um cão (nada). Como: Conjunção subordinativa causal. c) Concessivas: Exprimem um fato que se concede, que se admite, em oposição ao fato expresso na oração principal. Exemplo: Era simples, embora fosse rico. d) Condicional: Exprimem uma condição, hipótese. Exemplo:

Page 55: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

55 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Estudando desse jeito, você ficará louco. Oração Subordinada adverbial condicional reduzida de Gerúndio. e) Conformativas: Exprimem acordo ou conformidade de um fato com o outro. Exemplo: Como diz o povo, tristezas não pagam dívidas. f) Consecutivas: Exprimem uma conseqüência, um efeito ou resultado. Exemplo: Estava tão distraído que pisou na lama. g) Finais: Exprimem finalidade, objetivo. Exemplo: Marcelo recolheu sua mala para que o intruso se acomodasse. Para que: Locução conjuntiva (faz o papel de uma conjunção). h) Proporcionais: Exprimem proporcionalidade: Exemplo: À medida que se vive, mais se aprende. À medida que: Locução conjuntiva subordinativa proporcional. i) Temporais: Exprimem circunstância de tempo. Exemplo: Mal entrou em casa, tocou o telefone. Observação: As orações subordinadas que exercem idêntica função sintática podem aparecer coordenadas entre si. Exemplo: Teus pais desejam que estudes e que te formes. Orações subordinadas e coordenadas entre si Dois conectivos juntos (e + *): Duas orações subordinadas iguais, a função do "e" é ligar as duas orações idênticas (e - conjunção coordenativa). Orações subordinadas reduzidas As orações subordinadas podem aparecer sob a forma de orações reduzidas, que apresentam as seguintes características: • verbo em uma das formas nominais (gerúndio, particípio ou infinitivo); • não são introduzidas por conectivos (conjunções subordinativas ou pronomes relativos). São classificadas em: a) reduzida de infinitivo:

Exemplo: Meu desejo era viajar para a Grécia. b) reduzida de gerúndio: Exemplo: Encontrei as crianças brincando no jardim. c) reduzida de particípio: Exemplo: Apresentado o resultado, todos discordaram.

FUNÇÕES DO SE

Substantivo: determinado por artigo ou pronome adjetivo Exemplo: O se é uma palavra interessante. Nenhum se apareceu nesta festa. Conjunção subordinativa integrante: liga oração subordinadas substantivas. Exemplo: Não sei se ele chegará tarde. Veja se os convidados já chegaram. Conjunção subordinativa condicional: equivale a caso necessitando adaptações de tempos verbais, mas sem alteração do sentido da frase. Exemplo: Se vocês forem, também vou. Ele ficará reprovado, se não estudar. Pronome integrante do verbo - parte de verbos pronominais: arrepender-se, queixar-se, suicidar-se, apiedar-se, dignar-se, zangar-se, debater-se (=agitar-se) etc. Exemplo: O prisioneiro se ajoelhou na igreja. Maria queixou-se ao professor. Pronome reflexivo: aparece na voz reflexiva = a si mesmo/a, a si próprio. Exemplo: O menino feriu-se com a faca. O médico trancou-se no consultório. Pronome reflexivo recíproco: aparece na voz reflexiva, com idéia de reciprocidade = a si mesmos/as, a si próprios/as. Exemplo: Mãe e filha se beijaram. Os deputados se cumprimentaram amigavelmente. Pronome apassivador: aparece na voz passiva sintética, com verbo transitivo direto - TD, na 3ª pessoa. Neste caso, haverá sujeito paciente e não objeto direto - OD, estando o verbo concordando em número com o sujeito. Exemplo: Aluga-se uma linda casa. = Uma linda casa é alugada.

Page 56: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

56

56 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Alugam-se lindas casas. = Lindas casas são alugadas. Índice de indeterminação do sujeito: aparece na voz ativa. Neste caso, haverá sujeito indeterminado. Dicas para identificação: Com verbo TI na 3ª pessoa do singular. Exemplo: Precisa-se de bons alunos. Com verbo TD na 3ª pessoa do singular + OD preposicionado. Exemplo: Ama-se muito a Deus. Com verbo intransitivo na 3ª pessoa do singular. Exemplo: Vive-se muito bem neste país. Com verbo de ligação na 3ª pessoa do singular. Exemplo: Quando se é jovem, as preocupações não existem. Partícula expletiva ou de realce: pode ser retirada da oração sem prejuízo de sentido. Neste caso, é comum aparecer com verbo intransitivo; havendo, também, sujeito expresso na frase. Exemplo: Ninguém ainda se foi embora. Função Sintática Se = pronome reflexivo. Objeto direto - OD - acompanha verbo transitivo direto - TD: Exemplo: O homem jogou-se do quarto andar. O diretor e o professor cumprimentaram-se. Objeto indireto - OI - acompanha verbo transitivo direto e indireto - TD e TI. Se = para si mesmo (a/s), um ao outro. Exemplo: O rapaz dá-se ares de importância. Os namorados deram-se as mãos. Sujeito de infinitivo - acompanha verbo no infinitivo. Exemplo: A empregada deixou-se ficar à janela - sujeito do verbo ficar.

FUNÇÕES DO QUE

Substantivo comum: é acentuado; determinado por artigo ou pronome adjetivo.

Exemplo: Ele tem um quê encantador. Interjeição: acentuado, indicando emoção. Geralmente, acompanhado do ponto de exclamação. Exemplo: Quê! Ele conseguiu vencer ?! Pronome relativo substantivo: que = o/a qual (s). Exemplo: O homem que é bom deve ser respeitado por todos. Pronome indefinido adjetivo: antecede substantivo, determinando-o = quanto a/s. Exemplo: Que saudades tenho da minha terra! Pronome indefinido substantivo: antecede preposição de + substantivo. Exemplo: Que de encanto há em seu olhar. Pronome interrogativo adjetivo: introduz interrogação, acompanhando substantivo. Exemplo: Que promessas ele fez? Ignoramos que horas são. Pronome interrogativo substantivo: em oração interrogativa direta ou indireta. Exemplo: Que queres? Desconheço que queres. Advérbio de intensidade: antecede adjetivo e equivale a quão. Exemplo: Que bondosa ela era. Reposição acidental: que = de. Exemplo: Tenho que estudar muito. Palavra expletiva ou de realce: dispensável, sem alterar o sentido. Locução expletiva “é que”: Exemplo: Que saudade que tenho da aurora da minha vida! Vocês é que são os mais felizes. Conjunção coordenada aditiva: que = e: Exemplo: A mulher reclama que reclama. Conjunção coordenada adversativa: que = mas, porém... Exemplo: Outro, que não eu, viajará com você. Conjunção coordenada alternativa: idéias alternadas - que ... que = quer ... quer.

Page 57: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

57 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Exemplo: Que perca, que ganhe, a sua indiferença é sempre a mesma. Conjunção coordenada explicativa: idéia de explicação - que = porque. Exemplo: Não grite, que não resolverá o problema. Conjunção subordinada Integrante: inicia as orações subordinadas substantivas. Exemplo: Convém que obedeças ao regulamento. Esperamos que vocês façam boa viagem. Conjunção subordinada causal: idéia de causa - que = porque. Exemplo: Não sairás que chove muito. Conjunção subordinada comparativa: idéia de comparação - que = do que. Exemplo: És mais inteligente que pareces. Conjunção subordinada consecutiva: idéia de consequência - que geralmente precedido de tão, tal, tanto, tamanho. Exemplo: Comeu tanto que passou mal. Conjunção subordinada concessiva: idéia de concessão - que = embora. Exemplo: Ricos que são, hão de aguardar a vez. Mil anos que eu vivesse, não esqueceria aquela mágoa. Conjunção subordinada conformativa: idéia de conformidade - que = segundo. Exemplo: A faxineira, que eu saiba, é muito humilde. Conjunção subordinada final: idéia de finalidade - que = para que. Exemplo: Fazemos votos que descubra o caminho. Conjunção subordinada temporal: idéia de tempo - que = desde que. Exemplo: Chegados que fomos, começamos a trabalhar.

EXERCÍCIOS

1. No período: “... no fundo eu não estava triste com a viagem de meu pai, era a primeira vez que ele ia ficar longe de nós por algum tempo ...”, a oração sublinhada é: a) subordinada substantiva predicativa; b) subordinada adjetiva restritiva; c) subordinada adverbial de lugar;

d) subordinada substantiva subjetiva. 2. Assinale o item em que há uma oração adjetiva. a) Perdão, por Deus, perdão - respondeu o pombo. b) A pombinha, que era branca sem exagero, arrulhava, humilhada e ofendida com o atraso. c) Perdeste a noção do tempo? d) A tarde era tão bonita que eu tinha de vir andando. e) O pombo caminhava pelo beiral mais alto, do outro lado. Um pouco além, gritavam as gaivotas. 3. Em que alternativa, a oração subordinada não é da mesma natureza da que existe em “Quero que vocês escrevam uma composição”? a) “E anunciou que não nos faria cantar.” b) “Esperava um irmão que vinha buscá-la.” c) “Vamos fazer de conta que estamos na aula de Português.” d) “Circulava a história de que ela dormia no sótão do colégio.” 4. Assinale o par de orações grifadas cuja classificação está trocada: a) Vi onde ela estuda. (subordinada substantiva objetiva direta) É sabido onde ela estuda. (subordinada substantiva subjetiva) b) Não chores, porque amanhã será um novo dia. (coordenada sindética explicativa) Não chores porque erraste o problema. (subordinada adverbial causal) c) Descobriu-se por quem o carro foi consertado. (subordinada adjetiva restritiva) Descobriu-se a pessoa por quem o carro foi consertado. (subordinada substantiva subjetiva) d) “Quando você foi embora, Fez-se noite em meu viver (...)” (subordinada adverbial temporal) Perguntei ao professor quando faríamos a prova. (subordinada substantiva objetiva direta) e) “Estêvão ficou ainda algum tempo encostado à cerca na esperança de que ela olhasse (...)” (subordinada substantiva completiva nominal) “A ambição e o egoísmo se opõem a que a paz reine sobre a Terra.” (subordinada substantiva objetiva indireta) 5. LEIA. Vamos até a Matriz de Antônio Dias onde repousa, pó sem esperança, pó sem lembrança, o Aleijadinho. Vamos subindo em procissão a lenta ladeira. Padres e anjos, santos e bispos nos acompanham e tornam mais rica, tornam mais grave a romaria de assombração. Mas já não há fantasmas no dia claro, tudo é tão simples, tudo tão nu, as cores e cheiros do presente são tão fortes e tão urgentes que nem se percebem catingas e rouges, boduns e ouros do século 18. (O vôo sobre as igrejas, Carlos Drummond de Andrade). O “que” do verso 10 apresenta o valor semântico de:

Page 58: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

58

58 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

a) explicação; b) condição; c) conformidade; d) conseqüência; e) lugar. 6. No trecho: “Todos diziam que ela era orgulhosa, mas afinal descobri que não”, a última oração se classifica como: a) coordenada sindética adversativa; b) principal; c) subordinada substantiva objetiva direta; d) subordinada adverbial comparativa; e) subordinada substantiva subjetiva. 7. LEIA. Se o penhor dessa igualdade Conseguimos conquistar com braço forte, Em teu seio, ó Liberdade, Desafia o nosso peito a própria morte! Mas, se ergues da justiça a clava forte, Verás que um filho teu não foge à luta, Nem teme, quem te adora, a própria morte, As orações “Desafia o nosso peito a própria morte”, “que um filho teu não foge à luta” e “quem te adora” classificam-se, respectivamente, como: a) principal, subordinada substantiva subjetiva, subordinada adjetiva restritiva; b) principal, subordinada adverbial temporal, subordinada substantiva objetiva direta; c) principal, subordinada substantiva objetiva direta, subordinada substantiva subjetiva; d) coordenada assindética, subordinada substantiva objetiva direta, subordinada substantiva apositiva. 8. Marque a alternativa que contém oração subordinada substantiva completiva nominal. a) “Como fazem os pelintras de hoje para não molhar os pés nos dias de chuva?” b) “Veio-me a desagradável impressão de que todo mundo reparava nas minhas galochas.” c) “Um dia as galochas me serão úteis, quando eu for suficientemente velho para merecê-las.” d) “No restaurante, onde entrei arrastando os cascos como um dromedário, resolvi me ver livre das galochas.” e) “No centro da cidade um sol radioso varava as nuvens e caía sobre a rua, enchendo tudo de luz, fazendo evaporar as últimas poças de água que ainda pudessem justificar minhas galochas.” 9. Assinale o único exemplo em que não ocorre oração subordinada substantiva subjetiva: a) “Cansativo que seja, urge atravessarmos o campo que banha o Rio Negro antes de anoitecer.” b) “Todo escritor que surge reage contra os mais velhos, mesmo que o não perceba, e ainda que os admire.” c) “Dormiram naquilo, tinham-se acostumado, mas seria mais agradável dormirem numa cama de lastro de couro.”

d) “É preciso que o pecador reconheça ao menos isto: que a Moral católica está certa e é irrepreensível.” e) “Sobre a multiplicidade informe e confusa dos bens da matéria é mister que paire a força ordenadora do espírito.” 10. Somos uma pequena parte do elo, o miolo de envoltórios descomunais que desconhecemos, arrogantes embora, na suposição de que é conosco que Deus se preocupa. A última oração do texto deve ser classificada como subordinada: a) adverbial concessiva; b) substantiva completiva nominal; c) adjetiva restritiva; d) substantiva predicativa; e) substantiva subjetiva. 11. Em “Dentro dela se abrigava a multidão de bárbaros e de estranhos ali recebidos com brandura e carinho” e “Tudo o que era natureza tinha o aspecto sinistro, trágico, desolador (...)”, temos, respectivamente: a) uma oração com sujeito simples; / duas orações com sujeito representado por pronomes (respectivamente, demonstrativo e relativo); b) duas orações, uma com sujeito claro, outra, oculto; / duas orações, tendo a primeira o sujeito simples representado por pronome relativo, a segunda, por um substantivo; c) uma oração com sujeito composto cujos núcleos são bárbaros e estranhos; / duas orações, estando a subordinada com sujeito oculto; d) uma oração com sujeito simples; / uma oração com sujeito representado por pronome indefinido; e) uma oração com sujeito pronominal; / uma oração com sujeito oracional. 12. “Não sei de onde te conheço.” A classificação correta da oração grifada está na opção: a) substantiva predicativa; b) adjetiva restritiva; c) substantiva subjetiva; d) substantiva objetiva indireta; e) substantiva objetiva direta. 13. LEIA Quando uma nuvem nômade destila gotas, roçando a crista azul da serra, umas brincam na relva, outras tranqüilas, serenamente entranham-se na terra. E a gente fala da gotinha que erra de folha em folha e, trêmula, cintila, mas nem se lembra da que o solo encerra, de que ficou no coração da argila ! Quanta gente, que zomba do desgosto mudo, da angústia que não molha o rosto e que não tomba, em gotas, pelo chão havia de chorar, se adivinhasse que há lágrimas que correm pela face e outras que rolam pelo coração! (Guilherme de Almeida) Entre as alternativas abaixo, a única correta é: a) não há oração adverbial no texto em apreço; b) há menos de quatro orações adjetivas no soneto; c) há oração substantiva sem sujeito;

Page 59: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

59 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

d) na oração “que há lágrimas”, o que não é integrante; e) não há pronome demonstrativo no referido texto. 14. - “Hoje, a dependência operacional está reduzida, uma vez que o Brasil adquiriu auto-suficiência na produção de bens como papel-imprensa (...)” A oração grifada no período acima tem valor: a) condicional; b) conclusivo; c) concessivo; d) conformativo; e) causal. 15. LEIA “No entanto parece que os freqüentadores deste cinema Estão perfeitamente deslembrados de que terão de morrer - Porque em toda sala escura há um grande ritmo de esquecimento e equilíbrio.” A última oração do poema tem valor: a) subordinativo, revelando uma idéia de causa; b) coordenativo, traduzindo uma idéia de explicação; c) subordinativo, denotando conclusão; d) coordenativo, traduzindo uma idéia de tempo; e) subordinativo, revelando uma idéia de conseqüência.

CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL

Observe:

As crianças estão animadas. Crianças animadas.

No primeiro exemplo, o verbo estar se encontra na terceira pessoa do plural, concordando com o seu sujeito, as crianças. No segundo exemplo, o adjetivo animadas está concordando em gênero (feminino) e número (plural) com o substantivo a que se refere: crianças. Nesses dois exemplos, as flexões de pessoa, número e gênero se correspondem. Concordância é a correspondência de flexão entre dois termos, podendo ser verbal ou nominal.

CONCORDÂNCIA VERBAL

Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar com seu sujeito. a) Sujeito Simples Regra Geral

O sujeito sendo simples, com ele concordará o verbo em número e pessoa. Veja os exemplos: A orquestra tocou uma valsa longa. 3ª p. Singular 3ª p. Singular Os pares que rodeavam a nós dançavam bem. 3ª p. Plural 3ª p. Plural Casos Particulares Há muitos casos em que o sujeito simples é constituído de formas que fazem o falante hesitar no momento de estabelecer a concordância com o verbo. Às vezes, a concordância puramente gramatical é contaminada pelo significado de expressões que nos transmitem noção de plural, apesar de terem forma de singular ou vice-versa. Por isso, convém analisar com cuidado os casos a seguir. 1) Quando o sujeito é formado por uma expressão partitiva (parte de, uma porção de, o grosso de, metade de, a maioria de, a maior parte de, grande parte de...) seguida de um substantivo ou pronome no plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural. Por Exemplo: A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia. Metade dos candidatos não apresentou / apresentaram nenhuma proposta interessante. Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos dos coletivos, quando especificados: Por Exemplo: Um bando de vândalos destruiu / destruíram o monumento. Observação: nesses casos, o uso do verbo no singular enfatiza a unidade do conjunto; já a forma plural confere destaque aos elementos que formam esse conjunto. 2) Quando o sujeito é formado por expressão que indica quantidade aproximada (cerca de, mais de, menos de, perto de...) seguida de numeral e substantivo, o verbo concorda com o substantivo. Observe: Cerca de mil pessoas participaram da manifestação. Perto de quinhentos alunos compareceram à solenidade. Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últimas Olimpíadas. Observação: quando a expressão "mais de um" se associar a verbos que

Page 60: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

60

60 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Por Exemplo: Mais de um colega se ofenderam na tumultuada discussão de ontem. (ofenderam um ao outro) 3) Quando se trata de nomes que só existem no plural, a concordância deve ser feita levando-se em conta a ausência ou presença de artigo. Sem artigo, o verbo deve ficar no singular. Quando há artigo no plural, o verbo deve ficar o plural. Exemplos: Os Estados Unidos determinam o fluxo da atividade econômica do mundo. Alagoas impressiona pela beleza das praias e pela pobreza da população. As Minas Gerais são inesquecíveis. Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira. Os Sertões imortalizaram Euclides da Cunha. 4) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou indefinido plural (quais, quantos, alguns, poucos, muitos, quaisquer, vários) seguido por "de nós" ou "de vós", o verbo pode concordar com o primeiro pronome (na terceira pessoa do plural) ou com o pronome pessoal. Veja: Quais de nós são / somos capazes? Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso? Vários de nós propuseram / propusemos sugestões inovadoras. Observação: veja que a opção por uma ou outra forma indica a inclusão ou a exclusão do emissor. Quando alguém diz ou escreve "Alguns de nós sabíamos de tudo e nada fizemos", esta pessoa está se incluindo no grupo dos omissos. Isso não ocorre quando alguém diz ou escreve "Alguns de nós sabiam de tudo e nada fizeram.", frase que soa como uma denúncia. Nos casos em que o interrogativo ou indefinido estiver no singular, o verbo ficará no singular. Por Exemplo: Qual de nós é capaz? Algum de vós fez isso. 5) Quando o sujeito é formado por uma expressão que indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o substantivo. Exemplos: 25% do orçamento do país deve destinar-se à Educação. 85% dos entrevistados não aprovam a administração do prefeito.

1% do eleitorado aceita a mudança. 1% dos alunos faltaram à prova. Quando a expressão que indica porcentagem não é seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o número. Veja: 25% querem a mudança. 1% conhece o assunto. 6) Quando o sujeito é o pronome relativo "que", a concordância em número e pessoa é feita com o antecedente do pronome. Exemplos: Fui eu que paguei a conta. Fomos nós que pintamos o muro. És tu que me fazes ver o sentido da vida. Ainda existem mulheres que ficam vermelhas na presença de um homem. 7) Com a expressão "um dos que", o verbo deve assumir a forma plural. Por Exemplo: Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encantaram os poetas. Se você é um dos que admiram o escritor, certamente lerá seu novo romance.

Atenção: A tendência, na linguagem corrente, é a concordância no singular. O que se ouve efetivamente são construções como: "Ele foi um dos deputados que mais lutou para a aprovação da emenda". Ao compararmos com um caso em que se use um adjetivo, temos: "Ela é uma das alunas mais brilhante da sala." A análise da construção acima torna evidente que a forma no singular é inadequada. Assim, as formas aceitáveis são: " Das alunas mais brilhantes da sala, ela é uma." " Dos deputados que mais lutaram pela aprovação da emenda, ele é um".

8) Quando o sujeito é o pronome relativo "quem", pode-se utilizar o verbo na terceira pessoa do singular ou em concordância com o antecedente do pronome. Exemplos: Fui eu quem pagou a conta. / Fui eu quem paguei a conta. Fomos nós quem pintou o muro. / Fomos nós quem pintamos o muro.

Page 61: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

61 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

9) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural. Por Exemplo: Vossa Excelência é diabético? Vossas Excelências vão renunciar? 10) A concordância dos verbos bater, dar e soar se dá de acordo com o numeral. Exemplos: Deu uma hora no relógio da sala. Deram cinco horas no relógio da sala. Observação: caso o sujeito da oração seja a palavra relógio, sino, torre, etc., o verbo concordará com esse sujeito. Por Exemplo: O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas. 11) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum sujeito, são usados sempre na 3ª pessoa do singular. São verbos impessoais: Haver no sentido de existir; Fazer indicando tempo; Aqueles que indicam fenômenos da natureza. Exemplos: Havia muitas garotas na festa. Faz dois meses que não vejo meu pai. Chovia ontem à tarde. b) Sujeito Composto 1) Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo, a concordância se faz no plural: Exemplos: Pai e filho conversavam longamente. Sujeito Pais e filhos devem conversar com frequência. Sujeito 2) Nos sujeitos compostos formados por pessoas gramaticais diferentes, a concordância ocorre da seguinte maneira: a primeira pessoa do plural prevalece sobre a segunda pessoa, que por sua vez, prevalece sobre a terceira. Veja:

Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão. Primeira Pessoa do Plural (Nós) Tu e teus irmãos tomareis a decisão. Segunda Pessoa do Plural (Vós) Pais e filhos precisam respeitar-se. Terceira Pessoa do Plural (Eles) Observação: quando o sujeito é composto, formado por um elemento da segunda pessoa e um da terceira, é possível empregar o verbo na terceira pessoa do plural. Aceita-se, pois a frase: "Tu e teus irmãos tomarão a decisão." 3) No caso do sujeito composto posposto ao verbo, passa a existir uma nova possibilidade de concordância: em vez de concordar no plural com a totalidade do sujeito, o verbo pode estabelecer concordância com o núcleo do sujeito mais próximo. Convém insistir que isso é uma opção, e não uma obrigação. Exemplos: Faltaram coragem e competência. Faltou coragem e competência. 4) Quando ocorre ideia de reciprocidade, no entanto, a concordância é feita obrigatoriamente no plural. Observe: Abraçaram-se vencedor e vencido. Ofenderam-se o jogador e o árbitro. Casos Particulares 1) Quando o sujeito composto é formado por núcleos sinônimos ou quase sinônimos, o verbo pode ficar no plural ou no singular. Por Exemplo: Descaso e desprezo marcam / marca seu comportamento. 2) Quando o sujeito composto é formado por núcleos dispostos em gradação, o verbo pode ficar no plural ou concordar com o último núcleo do sujeito. Por Exemplo: Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um segundo me satisfazem / satisfaz. No primeiro caso, o verbo no plural enfatiza a unidade de sentido que há na combinação. No segundo caso, o verbo no singular enfatiza o último elemento da série gradativa. 3) Quando os núcleos do sujeito composto são unidos por "ou" ou "nem", o verbo deverá ficar no plural se a

Page 62: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

62

62 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

declaração contida no predicado puder ser atribuída a todos os núcleos. Por Exemplo: Drummond ou Bandeira representam a essência da poesia brasileira. Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta. Quando a declaração contida no predicado só puder ser atribuída a um dos núcleos do sujeito, ou seja, se os núcleos forem excludentes, o verbo deverá ficar no singular. Por Exemplo: Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Olimpíada. Você ou ele será escolhido. (Só será escolhido um) 4) Com as expressões "um ou outro" e "nem um nem outro", a concordância costuma ser feita no singular, embora o plural também seja praticado. Por Exemplo: Um e outro compareceu / compareceram à festa. Nem um nem outro saiu / saíram do colégio. 5) Quando os núcleos do sujeito são unidos por "com", o verbo pode ficar no plural. Nesse caso, os núcleos recebem um mesmo grau de importância e a palavra "com" tem sentido muito próximo ao de "e". Veja: O pai com o filho montaram o brinquedo. O governador com o secretariado traçaram os planos para o próximo semestre. Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se a ideia é enfatizar o primeiro elemento. O pai com o filho montou o brinquedo. O governador com o secretariado traçou os planos para o próximo semestre. Observação: com o verbo no singular, não se pode falar em sujeito composto. O sujeito é simples, uma vez que as expressões "com o filho" e "com o secretariado" são adjuntos adverbiais de companhia. Na verdade, é como se houvesse uma inversão da ordem. Veja: "O pai montou o brinquedo com o filho." "O governador traçou os planos para o próximo semestre com o secretariado." 6) Quando os núcleos do sujeito são unidos por expressões correlativas como: "não só...mas ainda", "não somente"..., "não apenas...mas também",

"tanto...quanto", o verbo concorda de preferência no plural. Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o Nordeste. Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a notícia. 7) Quando os elementos de um sujeito composto são resumidos por um aposto recapitulativo, a concordância é feita com esse termo resumidor. Por Exemplo: Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da apatia. Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante na vida das pessoas. Outros Casos 1) O Verbo e a Palavra "SE" Dentre as diversas funções exercidas pelo "se", há duas de particular interesse para a concordância verbal: a) quando é índice de indeterminação do sujeito; b) quando é partícula apassivadora. Quando índice de indeterminação do sujeito, o "se" acompanha os verbos intransitivos, transitivos indiretos e de ligação, que obrigatoriamente são conjugados na terceira pessoa do singular. Exemplos: Precisa-se de governantes interessados em civilizar o país. Confia-se em teses absurdas. Era-se mais feliz no passado. Quando pronome apassivador, o "se" acompanha verbos transitivos diretos e indiretos na formação da voz passiva sintética. Nesse caso, o verbo deve concordar com o sujeito da oração. Exemplos: Construiu-se um posto de saúde. Construíram-se novos postos de saúde. Não se pouparam esforços para despoluir o rio. Não se devem poupar esforços para despoluir o rio. 2) O Verbo "Ser" A concordância verbal se dá sempre entre o verbo e o sujeito da oração. No caso do verbo ser, essa concordância pode ocorrer também entre o verbo e o predicativo do sujeito.

Page 63: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

63 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

O verbo ser concordará com o predicativo do sujeito: a) Quando o sujeito for representado pelos pronomes - isto, isso, aquilo, tudo, o - e o predicativo estiver no plural. Exemplos: Isso são lembranças inesquecíveis. Aquilo eram problemas gravíssimos. O que eu admiro em você são os seus cabelos compridos. b) Quando o sujeito estiver no singular e se referir a coisas, e o predicativo for um substantivo no plural. Exemplos: Nosso piquenique foram só guloseimas. Sujeito Predicativo do Sua rotina eram só alegrias. Sujeito Predicativo do Sujeito Se o sujeito indicar pessoa, o verbo concorda com esse sujeito. Por Exemplo: Gustavo era só decepções. Minhas alegrias é esta criança. Observação: admite-se a concordância no singular quando se deseja fazer prevalecer um elemento sobre o outro. Por Exemplo: A vida é ilusões. c) Quando o sujeito for pronome interrogativo que ou quem. Por Exemplo: Que são esses papéis? Quem são aquelas crianças? Como impessoal na indicação de horas, dias e distâncias, o verbo ser concorda com o numeral. Exemplos: É uma hora. São três da manhã. Eram 25 de julho quando partimos. Daqui até a padaria são dois quarteirões.

Saiba que: Na indicação de dia, o verbo ser admite as seguintes concordâncias: 1) No singular: Concorda com a palavra explícita dia. Por Exemplo: Hoje é dia quatro de março. 2) No plural: Concorda com o numeral, sem a palavra explícita dia. Por Exemplo: Hoje são quatro de março.

3) No singular: Concorda com a ideia implícita de dia. Por Exemplo: Hoje é quatro de março.

e) Quando o sujeito indicar peso, medida, quantidade e for seguido de palavras ou expressões como pouco, muito, menos de, mais de, etc., o verbo ser fica no singular. Exemplos: Cinco quilos de açúcar é mais do que preciso. Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido. Duas semanas de férias é muito para mim. f) Quando um dos elementos (sujeito ou predicativo) for pronome pessoal do caso reto, com este concordará o verbo. Por Exemplo: No meu setor, eu sou a única mulher. Aqui os adultos somos nós. Observação: sendo ambos os termos (sujeito e predicativo) representados por pronomes pessoais, o verbo concorda com o pronome sujeito. Por Exemplo: Eu não sou ela. Ela não é eu. g) Quando o sujeito for uma expressão de sentido partitivo ou coletivo e o predicativo estiver no plural, o verbo ser concordará com o predicativo. Por Exemplo: A grande maioria no protesto eram jovens. O resto foram atitudes imaturas. Como impessoal na indicação de horas, dias e distâncias, o verbo ser concorda com o numeral. Exemplos: É uma hora. São três da manhã. Eram 25 de julho quando partimos. Daqui até a padaria são dois quarteirões.

Saiba que: Na indicação de dia, o verbo ser admite as seguintes concordâncias: 1) No singular: Concorda com a palavra explícita dia. Por Exemplo: Hoje é dia quatro de março. 2) No plural: Concorda com o numeral, sem a palavra explícita dia. Por Exemplo: Hoje são quatro de março. 3) No singular: Concorda com a ideia implícita de dia. Por Exemplo: Hoje é quatro de março.

e) Quando o sujeito indicar peso, medida, quantidade e for seguido de palavras ou expressões como pouco, muito, menos de, mais de, etc., o verbo ser fica no singular.

Page 64: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

64

64 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Exemplos: Cinco quilos de açúcar é mais do que preciso. Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido. Duas semanas de férias é muito para mim. f) Quando um dos elementos (sujeito ou predicativo) for pronome pessoal do caso reto, com este concordará o verbo. Por Exemplo: No meu setor, eu sou a única mulher. Aqui os adultos somos nós. Observação: sendo ambos os termos (sujeito e predicativo) representados por pronomes pessoais, o verbo concorda com o pronome sujeito. Por Exemplo: Eu não sou ela. Ela não é eu. g) Quando o sujeito for uma expressão de sentido partitivo ou coletivo e o predicativo estiver no plural, o verbo ser concordará com o predicativo. Por Exemplo: A grande maioria no protesto eram jovens. O resto foram atitudes imaturas.

EXERCÍCIOS

1. Para que se respeite a concordância verbal, será preciso corrigir a frase: a) Têm havido dúvidas sobre a capacidade do sistema de saúde cubano. b) Têm sido levantadas dúvidas sobre a capacidade do sistema de saúde cubano. c) Será que o sistema de saúde cubano tem suscitado dúvidas sobre sua eficácia? d) Que dúvidas têm propalado os adversários de Cuba sobre seu sistema de saúde? e) A quantas dúvidas tem dado margem o sistema de saúde de Cuba? 2. As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas na frase: a) Não se imputem aos adolescentes de hoje a exclusiva responsabilidade pelo fato, lastimável, de aspirarem a tão pouco. b) A presença maciça, em nossas telas, de tantas ficções, não nos devem fazer crer que sejamos capazes de sonhar mais do que as gerações passadas. c) Se aos jovens de hoje coubesse sonhar no ritmo das ficções projetadas em nossas telas, múltiplos e ágeis devaneios se processariam. d) Ficaram como versões melhoradas da nossa vida acomodada de hoje o vestígio dos nossos sonhos de ontem.

e) Ao pretender que se mobilize os estudantes para as exigências do mercado de trabalho, o professor de nossas escolas impede-os de sonhar. 3. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para preencher corretamente a lacuna da frase: a) Para que não …… (restringir) o sonho de um jovem, as imposições do mercado de trabalho devem ter sua importância relativizada. b) Seria essencial que nunca …… (faltar) aos adolescentes, mesmo em nossos dias pragmáticos, a liberdade inclusa nos sonhos. c) Entre as duas hipóteses que …… (examinar), considera o autor que o elemento comum é redução da capacidade de sonhar. d) Não se …… (delegar) às escolas a missão exclusiva de preparar os jovens para sua inserção no mercado de trabalho. e) É pena que …… (faltar) aos jovens a referência dos sonhos que seus pais já tenham alimentado em sua época de adolescentes. 4. As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas na construção da seguinte frase: a) Atribuem-se a picos de tensão ou raios ocasionais a causa de muita perda de informações, que se julgavam preservadas numa memória eletrônica. b) Diferentemente do que ocorre com livros muito antigos, que se vêm revelando muito resistentes, os de hoje ressentem-se do uso constante. c) Caso deixassem de haver as grandes bibliotecas de hoje, é possível que os homens do futuro não pudessem interpretar plenamente a nossa cultura. d) Confia-se a um suporte eletrônico incontáveis informações, mas não se podem avaliar com segurança quanto tempo permanecerão disponíveis. e) Ainda que só venha a restar da nossa época algumas boas bibliotecas, elas serão suficientes para dar notícia do que pensamos e criamos. 5. Indique a alternativa em que haja ERRO de concordância: a) Terminadas as aulas, os alunos viajaram. b) Esta maçã está meia podre. c) É meio-dia e meia. d) Dinheiro, benefícios pessoais, chantagens, nada podia corrompê-lo. e) Ajudaram no trabalho amigos e parentes. 6. “O estudo e a experiência ___________ davam-lhe a calma com que resolvia os problemas que lhe _____________”. a) acumulados / apresentava. b) acumulados / apresentavam. c) acumulada / apresentavam. d) acumulado / apresentavam. e) acumulada / apresentava.

Page 65: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

65 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

7. “Se _________ mais tarefas a executar ____________ mais elementos na equipe de trabalho”. a) houvessem / deveriam existir. b) houvesse / deveria existir. c) houvessem / deveria existir. d) houvesse / deveriam existir. e) houvessem / deveriam existirem. 8. “No dia marcado ___________-se as provas, a que ___________ de _________ apenas dois por cento dos candidatos”. a) realizou / deixou / comparecer. b) realizou / deixaram / comparecer. c) realizou / deixou / comparecerem. d) realizaram / deixou / comparecerem. e) realizaram / deixaram / comparecer. 9. “Não _______ ainda sete horas, e já _________ muitas pessoas que ___________ o início do expediente”. a) seriam / haviam / aguardava. b) seriam / havia / aguardavam. c) seria / haviam / aguardava. d) seria / haviam / aguardavam. e) seria / havia / aguardavam. 10. “Não ___________ condições para se ____________ os trabalhos; mesmo que as _____________, era tarde”. a) havia / recomeçarem / houvesse. b) haviam / recomeçarem / houvessem. c) haviam / recomeçar / houvesse. d) haviam / recomeçar / houvessem. e) havia / recomeçar / houvessem. 11. “__________ três meses que não ___________ os pássaros”. a) faziam / via-se. b) fazia / viam-se c) fazia / se viam d) fazia / se via e) faziam / se viam 12. “______________ épocas em que não __________ levantamentos; praticamente, não __________ dados atualizados na secretaria”. a) houve / se fez / havia. b) houve / se fizeram / havia. c) houveram / se fez / tinha. d) houveram / se fizeram / haviam. e) houve / se fizeram / existia. 13. Considere as seguintes formas verbais: 1. havia recebido 2. tinha recebido 3. estava recebendo 4. iria estar recebendo Na frase “Todas as notícias daquele dia foram redigidas a partir dos documentos que a direção do jornal recebera do ministério público”, a forma verbal grifada pode ser

substituída, mantendo-se a relação de sentido temporal e sem prejuízo à obediência à língua culta, por: a) 4 apenas b) 1, 2 e 3 apenas. c) 3 e 4 apenas. d) 1 e 4 apenas. e) 1 e 2 apenas. 14. Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas da frase abaixo: “Nesse campo ___________ muitas teorias, algumas __________ apresentadas do que outras, mas não perfeitas”. a) existe / melhores. b) existe / mais bem. c) existem / mais bem. d) existem / melhores. e) existe / melhor. 15. Assinale a alternativa que contém as formas adequadas ao preenchimento das lacunas. “___________ dez horas que se ____________ iniciado os trabalhos de apuração dos votos sem que se ___________ quais seriam os candidatos vitoriosos”. a) fazia / haviam / previsse. b) faziam / haviam / prevesse. c) fazia / havia / previsse. d) faziam / havia / previssem. e) fazia / haviam / prevessem.

CONCORDÂNCIA NOMINAL

A concordância nominal se baseia na relação entre um substantivo (ou pronome, ou numeral substantivo) e as palavras que a ele se ligam para caracterizá-lo (artigos, adjetivos, pronomes adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Basicamente, ocupa-se da relação entre nomes.

Lembre-se: normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um termo da oração, e o adjetivo, como adjunto adnominal.

A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as seguintes regras gerais: 1) O adjetivo concorda em gênero e número quando se refere a um único substantivo. Por Exemplo: As mãos trêmulas denunciavam o que sentia. 2) Quando o adjetivo se refere a vários substantivos, a concordância pode variar. Podemos sistematizar essa flexão nos seguintes casos: a) Adjetivo anteposto aos substantivos:

Page 66: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

66

66 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo. Por Exemplo: Encontramos caídas as roupas e os prendedores. Encontramos caída a roupa e os prendedores. Encontramos caído o prendedor e a roupa. - Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de parentesco, o adjetivo deve sempre concordar no plural. Por Exemplo: As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar. Encontrei os divertidos primos e primas na festa. b) Adjetivo posposto aos substantivos: - O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo ou com todos eles (assumindo forma masculino plural se houver substantivo feminino e masculino). Exemplos: A indústria oferece localização e atendimento perfeito. A indústria oferece atendimento e localização perfeita. A indústria oferece localização e atendimento perfeitos. A indústria oferece atendimento e localização perfeitos. Observação: os dois últimos exemplos apresentam maior clareza, pois indicam que o adjetivo efetivamente se refere aos dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo foi flexionado no plural masculino, que é o gênero predominante quando há substantivos de gêneros diferentes. - Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o adjetivo fica no singular ou plural. Exemplos: A beleza e a inteligência feminina(s). O carro e o iate novo(s). 3) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo: a) O adjetivo fica no masculino singular, se o substantivo não for acompanhado de nenhum modificador. Por Exemplo: Água é bom para saúde. b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for modificado por um artigo ou qualquer outro determinativo. Por Exemplo: Esta água é boa para saúde. 4) O adjetivo concorda em gênero e número com os pronomes pessoais a que se refere. Por Exemplo: Juliana as viu ontem muito felizes.

5) Nas expressões formadas por pronome indefinido neutro (nada, algo, muito, tanto, etc.) + preposição DE + adjetivo, este último geralmente é usado no masculino singular. Por Exemplo: Os jovens tinham algo de misterioso. 6) A palavra "só", quando equivale a "sozinho", tem função adjetiva e concorda normalmente com o nome a que se refere. Por Exemplo: Cristina saiu só. Cristina e Débora saíram sós. Observação: quando a palavra "só" equivale a "somente" ou "apenas", tem função adverbial, ficando, portanto, invariável. Por Exemplo: Eles só desejam ganhar presentes. 7) Quando um único substantivo é modificado por dois ou mais adjetivos no singular, podem ser usadas as construções: a) O substantivo permanece no singular e coloca-se o artigo antes do último adjetivo. Por Exemplo: Admiro a cultura espanhola e a portuguesa. b) O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo antes do adjetivo. Por Exemplo: Admiro as culturas espanhola e portuguesa. Observação: Veja esta construção: Estudo a cultura espanhola e portuguesa. Note que ela provoca incerteza: trata-se de duas culturas distintas ou de uma única, hispano-portuguesa? Procure evitar construções desse tipo. Casos Particulares

É proibido - É necessário - É bom - É preciso - É permitido

a) Essas expressões, formadas por um verbo mais um adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a que se referem possuírem sentido genérico (não vier precedido de artigo). Exemplos: É proibido entrada de crianças. Em certos momentos, é necessário atenção. No verão, melancia é bom. É preciso cidadania. Não é permitido saída pelas portas laterais.

Page 67: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

67 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

b) Quando o sujeito dessas expressões estiver determinado por artigos, pronomes ou adjetivos, tanto o verbo como o adjetivo concordam com ele. Exemplos: É proibida a entrada de crianças. Esta salada é ótima. A educação é necessária. São precisas várias medidas na educação.

Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso - Quite

Essas palavras adjetivas concordam em gênero e número com o substantivo ou pronome a que se referem. Observe: Exemplo: Seguem anexas as documentações requeridas. A menina agradeceu: - Muito obrigada. Muito obrigadas, disseram as senhoras, nós mesmas faremos isso. Seguem inclusos os papéis solicitados. Já lhe paguei o que estava devendo: estamos quites.

Bastante - Caro - Barato - Longe

Essas palavras são invariáveis quando funcionam como advérbios. Concordam com o nome a que se referem quando funcionam como adjetivos, pronomes adjetivos, ou numerais. Exemplos: As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio) Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho. (pronome adjetivo) Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio) As casas estão caras. (adjetivo) Achei barato este casaco.(advérbio) Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo) "Vais ficando longe de mim como o sono, nas alvoradas." (Cecília Meireles) (advérbio) "Levai-me a esses longes verdes, cavalos de vento!" (Cecília Meireles). (adjetivo) a) A palavra "meio", quando empregada como adjetivo, concorda normalmente com o nome a que se refere. Por Exemplo: Pedi meia cerveja e meia porção de polentas. b) Quando empregada como advérbio (modificando um adjetivo) permanece invariável. Por Exemplo: A noiva está meio nervosa.

Alerta – Menos

Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem sempre invariáveis. Por Exemplo: Os escoteiros estão sempre alerta. Carolina tem menos bonecas que sua amiga.

EXERCÍCIOS

1. “Meninas, avisem a _________ colegas que vocês _________ é que vão dirigir os ensaios da peça.” a) vossos – mesmos; b) seus – mesmas; c) vossos – mesmas; d) seus – mesma; e) vossos – mesmo. 2. O caso de concordância nominal inaceitável aparece em: a) Nunca houve divergências entre mim e ti. b) Ele tinha o corpo e o rosto arranhados. c) Recebeu o cravo e a rosa perfumado. d) Tinha vãs esperanças e temores. e) É necessário certeza. 3. No trecho “O presidente Fernando Henrique Cardoso viu derrotada (...) a proposta brasileira...” foi feita de modo correto a concordância nominal. O mesmo não se pode dizer sobre a frase: a) Devem ser melhor exploradas em nossa terra os recursos naturais e outras fontes renováveis de energia. b) Nem sempre são reveladas ao conhecimento do público as razões e os procedimentos geradores de problemas ambientais. c) Animais e plantas de determinada região podem ser acidentalmente contaminados pelos gases poluídos da atmosfera. d) É preciso que a construção e o funcionamento de usinas termoelétricas sejam controlados por rigorosas normas de segurança. e) Ainda não foram precisamente avaliadas as vantagens e as desvantagens da utilização do átomo como fonte de energia. 4. Assinale a alternativa correta quanto à concordância. a) Artistas, escritores e desportistas, na Bahia, promove manifestação em favor do candidato. b) Dona flor e seus dois maridos, sucesso de bilheteria, voltam à tela depois de vinte e cinco anos. c) Companhias de cerveja deverão trocar amigos sertanejos e baixinhos por loiras e morenas, as chamadas musas etílicas. d) Com a queda do regime, as mulheres ficaram meias perdidas com as novas regras. e) O roqueiro e a artista conseguiu transformar o evento num grande espetáculo.

Meio - Meia

Page 68: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

68

68 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

5. Em “creio que tal qual aconteceu”, a expressão tal qual não se flexiona. Assinale o exemplo em que há ERRO na concordância de tal qual: a) Eram pessoas tais qual você. b) Era pessoa tal quais vocês. c) Eram pessoas tal qual vocês. d) As duas pessoas sentiram tal qual fascinação. e) Quais leões famintos, tais eram as pessoas na fila da merenda. 6. Indique a frase em que a palavra só deva ficar no singular: a) Eles partiram sós, deixando-me para trás aborrecida e bastante magoada. b) Chegada sós, com o mesmo ar exuberante de sempre. c) Sós, aquelas moças desapareceram, cheias de preocupações. d) Aqueles jovens rebeldes provocaram sós essa motivação. e) Depois de tão pesadas ofensas, prefiro ficar a sós a conviver com essa agressiva companhia. 7. Assinale a opção em que há ERRO de concordância em relação à norma culta da língua: a) O professor qualificou de inaceitável aquelas gírias. b) Valorizem-se os estudos sobre as linguagens especiais. c) Eis as gírias de que se vai tratar nas próximas aulas. d) Segue anexa a documentação pedida sobre a linguagem dos estudantes. e) As gírias ouvidas neste colégio são tais quais as que podemos observar em qualquer grupo de jovens. 8. Tendo em vista as regras de concordância, assinale a opção em que a forma entre parênteses NÃO completa corretamente a lacuna da frase: a) Nem sempre são _________ ao conhecimento do público as causas e consequências dos acidentes nucleares. (levadas) b) Animais e plantas de determinada região podem ser acidentalmente _________ pela radiação atômica. (contaminados) c) Devem ser melhor _________ em nossa terra os recursos hídricos e outras fontes não poluentes de energia. (exploradas) d) É preciso que a construção e o funcionamento de usinas nucleares sejam _________ por rigorosas normas de segurança. (controlados) e) Ainda não foram precisamente _________ as vantagens e desvantagens da utilização do átomo como fonte de energia. (avaliadas)

REGÊNCIA VERBAL

A regência estuda a relação existente entre os termos de uma oração ou entre as orações de um período. A regência verbal estuda a relação de dependência que se estabelece entre os verbos e seus complementos. Na realidade o que estudamos na regência verbal é se o verbo é transitivo direto,transitivo indireto, transitivo direto e indireto ou intransitivo e qual a preposição relacionada com ele.Vamos, então, aos verbos.

Verbos Transitivos Diretos São verbos que indicam que o sujeito pratica a ação, sofrida por outro elemento, de nominado objeto direto. Por essa razão, uma das maneiras mais fáceis de se analisar se um verbo é transitivo direto é passar a oração para a voz passiva, pois somente verbo transitivo direto admite tal transformação, além de obedecer, pagar e perdoar, que, mesmo não sendo VTD, admitem a passiva. O objeto direto pode ser representado por um substantivo ou palavra substantivada, uma oração(oração subordinada substantiva objetiva direta) ou por um pronome oblíquo.Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto direto são os seguintes: me, te, se, o, a,nos, vos, os, as.Os pronomes oblíquos tônicos que funcionam como objeto direto são os seguintes: mim, ti, si,ele, ela, nós, vós, eles, elas. Como são pronomes oblíquos tônicos, só são usados com preposição, por isso se classificam como objeto direto preposicionado.Vamos à lista, então, dos mais importantes verbos transitivos diretos: Há verbos que surgirão em mais de uma lista, pois têm mais de um significado e mais de uma regência. a) Aspirar será VTD, quando significar sorver, absorver. Exemplo: Como é bom aspirar a brisa da tarde. b) Visar será VTD, quando significar mirar ou dar visto. Exemplo: O atirador visou o alvo, mas errou o tiro.O gerente visou o cheque do cliente. c) Agradar será VTD, quando significar acariciar ou contentar. Exemplo: O Gilson ficou agarrando a menina por horas. Para agradar o pai, ficou em casa naquele dia. d) Querer será VTD, quando significar desejar, ter a intenção ou vontade de, tencionar.. Exemplo: Sempre quis seu bem.Quero que me digam quem é o culpado. e) Chamar será VTD, quando significar convocar. Exemplo: Chamei todos os sócios, para participarem da reunião. f) Implicar será VTD, quando significar fazer supor, dar a entender; produzir como consequência, acarretar. Exemplo: Os precedentes daquele juiz implicam grande honestidade. Suas palavras implicam denúncia contra o deputado. g) Desfrutar e Usufruir são VTD sempre.

Page 69: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

69 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Exemplo: Desfrutei os bens deixados por meu pai. Pagam o preço do progresso aqueles que menos o desfrutam. (e não desfrutam dele, como foi escrito no tema da redação da UEL em julho de 1996) h) Namorar é sempre VTD. Só se usa a preposição com, para iniciar Adjunto Adverbial de Companhia. Esse verbo possui os significados de inspirar amor a, galantear, cortejar, apaixonar, seduzir, atrair, olhar com insistência e cobiça, cobiçar. Exemplo: Joanildes namorava o filho do delegado. O mendigo namorava a torta que estava sobre a mesa. Eu estava namorando este cargo há anos. i) Compartilhar é sempre VTD. Exemplo: Berenice compartilhou o meu sofrimento. j) Esquecer e Lembrar serão VTD, quando não forem pronominais, ou seja, caso não sejam usa dos com pronome, não serão usados também com preposição. Exemplo: Esqueci que havíamos combinado sair. Ela não lembrou o meu nome. Verbos Transitivos Indiretos São verbos que se ligam ao complemento por meio de uma preposição. O complemento é denominado objeto indireto.O objeto indireto pode ser representado por um substantivo, ou palavra substantivada, uma oração(oração subordinada substantiva objetiva indireta) ou por um pronome oblíquo. Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto indireto são os seguintes: me, te, se,lhe, nos, vos, lhes.Os pronomes oblíquos tônicos que funcionam como objeto indireto são os seguintes: mim, ti, si,ele, ela, nós, vós, eles, elas.Vamos à lista, então, dos mais importantes verbos transitivos indiretos: Há verbos que surgirão em mais de uma lista, pois têm mais de um significado e mais de uma regência.Verbos Transitivos Indiretos, com a prep. a) Aspirar será VTI, com a prep. a, quando significar almejar, objetivar.. Exemplo: Aspiramos a uma vaga naquela universidade. b) Visar será VTI, com a prep. a, quando significar almejar, objetivar. Exemplo: Sempre visei a uma vida melhor. c) Agradar será VTI, com a prep. a, quando significar ser agradável; satisfazer. Exemplo: Para agradar ao pai, estudou com afinco o ano todo.

d) Querer será VTI, com a prep. a, quando significar estimar. Exemplo: Quero aos meus amigos, como aos meus irmãos. e) Assistir será VTI, com a prep. a, quando significar ver ou ter direito. Exemplo: Gosto de assistir aos jogos do Santos. Assiste ao trabalhador o descanso semanal remunerado. f) Custar será VTI, com a prep. a, quando significar ser difícil. Nesse caso o verbo custar terá como sujeito aquilo que é difícil, nunca a pessoa, que será objeto indireto. Exemplo: Custou-me acreditar em Hipocárpio. e não Eu custei a acreditar... g) Proceder será VTI, com a prep. a, quando significar dar início. Exemplo: Os fiscais procederam à prova com atraso. h) Obedecer e desobedecer são sempre VTI, com a prep. a. Exemplo: Obedeço a todas as regras da empresa. i) Revidar é sempre VTI, com a prep. a. Exemplo: Ele revidou ao ataque instintivamente. j) Responder será VTI, com a prep. a, quando possuir apenas um complemento. Exemplo: Respondi ao bilhete imediatamente. Respondeu ao professor com desdém. a) Caso tenha dois complementos, será VTDI, com a prep. a. Alguns verbos transitivos indiretos, com a prep. a, não admitem a utilização do complemento lhe. No lugar, deveremos colocar a ele, a ela, a eles, a elas. Dentre eles, destacam-se os seguintes: Aspirar, visar, assistir(ver), aludir, referir-se, anuir.Quando houver, na oração, um verbo transitivo indireto, com a prep. a, seguido de um substantivo feminino, que exija o artigo a, ocorrerá o fenômeno denominado crase, que deve ser caracterizado pelo acento grave (à ou às). Exemplo: Assisti à peça das meninas do terceiro colegial. b) Verbos Transitivos Indiretos, com a prep. com: Simpatizar e Antipatizar sempre são VTI, com a prep. com. Não são verbos pronominais, portanto não existe o verbo simpatizar-se, nem antipatizar-se. Exemplo: Sempre simpatizei com Eleodora, mas antipatizo com o irmão dela.

Page 70: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

70

70 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

c) Implicar = será VTI, com a prep. com, quando significar antipatizar. Exemplo: Não sei por que o professor implica comigo. d) Verbos Transitivos Indiretos, com a prep. de:Esquecer-se e lembrar-se serão VTI, com a prep. de, quando forem pronominais, ou seja, somente quando forem usados com pronome, poderão ser usados com a prep. de. Exemplo: Esqueci-me de que havíamos combinado sair. Ela não se lembrou do meu nome. e) Proceder será VTI, com a prep. de, quando significar derivar-se, originar-se. Exemplo: Esse mau-humor de Pedro procede da educação que recebeu. f) Verbos Transitivos Indiretos, com a prep. em:Consistir é sempre VTI, com a prep. em. Esse verbo significa cifrar-se, resumir-se ou estar firmado, ter por base, ser constituído por. Exemplo: O plano consiste em criar uma secretaria especial. g) Sobressair é sempre VTI, com a prep. em. Não é verbo pronominal, portanto não existe o verbo sobressair-se. Exemplo: Quando estava no colegial, sobressaía em todas as matérias. Verbos Transitivos Indiretos, com a prep. por: a) Torcer é VTI, com a prep. por. Pode ser também verbo intransitivo. Somente neste caso, usa-se com a prep. para, que dará início a Oração Subordinada Adverbial de Finalidade. Para ficar mais fácil,memorize assim: Torcer por + substantivo ou pronome. Torcer para + oração (com verbo). Exemplo: Estamos torcendo por você. Estamos torcendo para você conseguir seu intento. b) Chamar será VTI, com a prep. por, quando significar invocar. Exemplo: Chamei por você insistentemente, mas não me ouviu. Verbos Transitivos Diretos e Indiretos a) São os verbos que possuem os dois complementos - objeto direto e objeto indireto. Chamar será VTDI, com a prep. a, quando significar repreender. Exemplo: Chamei o menino à atenção, pois estava conversando durante a aula. Chamei-o à atenção. Observação: A expressão Chamar a atenção de alguém não significa repreender, e sim fazer se notado. Por

exemplo: O cartaz chamava a atenção de todos que por ali passavam. b) Implicar será VTDI, com a prep. em, quando significar envolver alguém. Exemplo: Implicaram o advogado em negócios ilícitos. c) Custar será VTDI, com a prep. a, quando significar causar trabalho, transtorno. Exemplo: Sua irresponsabilidade custou sofrimento a toda a família. d) Agradecer, Pagar e Perdoar são VTDI, com a prep. a. O objeto direto sempre será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa. Exemplo: Agradeci a ela o convite. Paguei a conta ao Banco. Perdoo os erros ao amigo. e) Pedir é VTDI, com a prep. a. Sempre deve ser construído com a expressão Quem pede, pede algo a alguém. Portanto é errado dizer Pedir para que alguém faça algo. Exemplo: Pedimos a todos que tragam os livros. f) Preferir é sempre VTDI, com a prep. a. Com esse verbo, não se deve usar mais, muito mais, mil vezes, nem que ou do que. Exemplo: Prefiro estar só a ficar mal-acompanhado. g) Avisar, advertir, certificar, cientificar, comunicar, informar, lembrar, noticiar, notificar, prevenir são VTDI, admitindo duas construções: Quem informa, informa algo a alguém ou Quem informa,informa alguém de algo. Exemplo: Advertimos aos usuários que não nos responsabilizamos por furtos ou roubos. Advertimos os usuários de que não nos responsabilizamos por furtos ou roubos. Quando houver, na oração, um verbo transitivo direto e indireto, com a prep. a, seguido de um substantivo feminino, que exija o artigo a, ocorrerá o fenômeno denominado crase, que deve ser caracterizado pelo acento grave (à ou às). Advertimos às alunas que não poderiam usar a sala fora do horário de aula. Verbos Intransitivos São os verbos que não necessitam de complementação. Sozinhos, indicam a ação ou o fato. a) Assistir será intransitivo, quando significar morar. Exemplo: Assisto em Londrina desde que nasci.

Page 71: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

71 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

b) Custar será intransitivo, quando significar ter preço. Exemplo: Estes sapatos custaram R$50,00. c) Proceder será intransitivo, quando significar ter fundamento. Exemplo: Suas palavras não procedem! d) Morar, residir e situar-se sempre são intransitivos. Exemplo: Moro em Londrina; resido no Jardim Petrópolis; minha casa situa-se na rua Denise de Souza e) Deitar-se e levantar-se são sempre intransitivos. Exemplo: Deito-me às 22h e levanto-me às 6h. f) Ir, vir, voltar, chegar, cair, comparecer e dirigir-se são intransitivos. Aparentemente eles têm complemento, pois Quem vai, vai a algum lugar. Porém a indicação de lugar é circunstância, e não complementação. Classificamos como Adjunto Adverbial de Lugar. Alguns gramáticos classificam como Complemento Circunstancial de Lugar. Esses verbos exigem a prep. a, na indicação de destino, e de, na indicação de procedência.Só se usa a prep. em, na indicação de meio, instrumento. Exemplo: Cheguei de Curitiba há meia hora. Vou a São Paulo no avião das 8h. Quando houver, na oração, um verbo intransitivo, com a prep. a, seguido de um substantivo feminino, que exija o artigo a, ocorrerá o fenômeno denominado crase, que deve ser caracterizado pelo acento grave (à ou às). Vou à Bahia. Verbos de Regência Oscilante VTD ou VTI, com a prep. a: a) Assistir pode ser VTD ou VTI, com a prep. a, quando significar ajudar, prestar assistência. Minha família sempre assistiu o Lar dos Velhinhos. Exemplo: Minha família sempre assistiu ao Lar dos Velhinhos. b) Chamar pode ser VTD ou VTI, com a prep. a, quando significar dar qualidade. A qualidade pode vir precedida da preposição de ou não. Exemplo: Chamaram-no irresponsável. Chamaram-no de irresponsável. Chamaram-lhe irresponsável. Chamaram-lhe de irresponsável. c) Atender pode ser VTD ou VTI, com a prep. a. Exemplo: Atenderam o meu pedido prontamente Atenderam ao meu pedido prontamente.

d) Anteceder pode ser VTD ou VTI, com a prep. a. Exemplo: A velhice antecede a morte. A velhice antecede à morte. e) Presidir pode ser VTD ou VTI, com a prep. a. Exemplo: Presidir o país. Presidir ao país. f) Renunciar pode ser VTD ou VTI, com a prep. a. Exemplo: Nunca renuncie seus sonhos. Nunca renuncie a seus sonhos. g) Satisfazer pode ser VTD ou VTI, com a prep. a. Exemplo: Não satisfaça todos os seus desejos. Não satisfaça a todos os seus desejos. h) VTD ou VTI, com a prep. de:Precisar e necessitar podem ser VTD ou VTI, com a prep. de. Exemplo: Precisamos pessoas honestas. Precisamos de pessoas honestas. i) Abdicar pode ser VTD ou VTI, com a prep. de, e também VI. Exemplo: O Imperador abdicou o trono. O Imperador abdicou do trono.O Imperador abdicou. j) Gozar pode ser VTD ou VTI, com a prep. de. Exemplo: Ele não goza sua melhor forma física Ele não goza de sua melhor forma física. VTD ou VTI, com a preposição em: a) Acreditar e crer podem ser VTD ou VTI, com a prep. em. Exemplo: Nunca cri pessoas que falam muito de si próprias. Nunca cri em pessoas que falam muito de si próprias. b) Atentar pode ser VTD ou VTI, com a prep. em, ou com as prep. para e por. Exemplo: Em suas redações atente a ortografia. Deram-se bem os que atentaram nisso. Não atentes para os elementos supérfluos. Atente por si, enquanto é tempo. c) Cogitar pode ser VTD ou VTI, com a prep. em, ou com a prep. de. Exemplo: Começou a cogitar uma viagem pelo litoral brasileiro. Hei de cogitar no caso. O diretor cogitou de demitir-se. d) Consentir pode se VTD ou VTI, com a prep. em.

Page 72: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

72

72 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Exemplo: Como o pai desse garoto consente tantos agravos?Consentimos em que saíssem mais cedo. VTD ou VTI, com a prep. por: a) Ansiar pode ser VTD ou VTI, com a prep. por. Exemplo: Ansiamos dias melhores. Ansiamos por dias melhores. b) Almejar pode ser VTD ou VTI, com a prep. por, ou VTDI, com a prep. a. Exemplo: Almejamos dias melhores Almejamos por dias melhores. Almejamos dias melhores ao nosso país. c) VI ou VTI, com a preposição a:Faltar, Bastar e Restar podem ser VI ou VTI, com a prep. a. Exemplo: Muitos alunos faltaram hoje. Três homens faltaram ao trabalho hoje. Resta aos vestibulandos estudar bastante. Na última frase apresentada, não há erro algum, como à primeira vista possa parecer. A tendência é de o aluno concordar o verbo estudar com a palavra vestibulando, construindo a oração assim: Resta os vestibulandos estudarem. Porém, essa construção está totalmente errada, pois o verbo é transitivo indireto, portanto resta a alguém. Então, funciona como objeto indireto e não como sujeito. Nenhum verbo concorda com o objeto indireto. Quando houver, na oração, um verbo transitivo indireto, com a prep. a, seguido de um substantivo feminino, que exija o artigo a, ocorrerá o fenômeno denominado crase, que deve ser caracterizado pelo acento grave (à ou às). Exemplo: Assisti à peça das meninas do terceiro colegial. VI ou VTD Pisar pode ser VI ou VTD. Quando for VI, admitirá a prep. em, iniciando Adjunto Adverbial de Lugar. Exemplo: Pisei a grama para poder entrar em casa. Não pise no tapete, menino!

REGÊNCIA NOMINAL

A regência nominal estuda os casos em que um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) exige outro termo que lhe complete o sentido. Normalmente, o complemento de um nome vem iniciando por uma preposição. O fato de um nome ou um verbo exigir determinada preposição ou não exigir prende-se ao uso que os falantes do idioma vão fazendo da língua. Assim, com o passar do

tempo, determinadas formas vão sendo incorporadas pela língua culta, isto é, pela língua gramaticalmente correta enquanto outras formas consideradas incorretas vão sendo rejeitadas, embora continuem, em sua maioria, a ser aceitas pela língua popular usadas por ela. No que se refere à regência nominal, quase não há diferença de usos, se compararmos a língua popular. Por esse motivo - e também pelo fato de ser um assunto pouco exigido nos exames vestibulares- vamos oferecer a você apenas uma pequena lista onde estão relacionados alguns nomes e as preposições que ele exigem.alheio

acostumado a, com afável com, para afeiçoado a, por aflito com, por alheio a, de ambicioso de amizade a, por, com amor a, por ansioso de, para, por apaixonado de, por apto a, para atencioso com, para aversão a, por ávido de, por conforme a constante de, em constituído com, de, por contemporâneo a, de contente com, de, em, por cruel com, para

curioso de desgostoso com, de desprezo a, de, por devoção a, por, para, com devoto a, de dúvida em, sobre, acerca de empenho de, em, por falta a, com, para imbuído de, em imune a, de inclinação a, para, por incompatível com unto a, de preferível a propenso a, para próximo a, de respeito a, com, de, por, para situado a, em, entre último a, de, em único a, em, entre, sobre

EXERCÍCIOS

LISTA I 1. Assinale o erro de regência verbal. a) Ele assistia com carinho os enfermos daquele hospital. b) Não quero assistir esse espetáculo. c) Carlos sempre assistiu em Belo Horizonte. d) Não deixe de assistir àquele jogo. 2. Há erro de regência verbal na opção seguinte: a) Aspirou profundamente o forte odor do café. b) Ela não pode visar o passaporte. c) Todos visam uma vida de paz. d) Ali as pessoas aspiravam à fama. 3. Aponte a frase que apresenta incorreção de regência verbal. a) Mário pagou o carro. b) A moça perdoou a indiscrição do colega. c) Antônio deixou de pagar o ajudante ontem. d) Perdoemos aos que nos ofendem.

Page 73: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

73 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

4. Marque o erro de regência verbal. a) Prefiro estudar que trabalhar. b) À cerveja prefiro o leite. c) Prefiro leite a cerveja. d) Prefiro este nome àquele que ele propôs. 5. Está perfeita a regência verbal na alternativa: a) O professor procedeu a chamada. b) Sua permanência implicará grande prejuízo a todos. c) Devemos obedecer o regulamento. d) Irei na sua casa logo mais. 6. Assinale a frase que não pode ser completada com o que vai nos parênteses. a) Pagarei......alguns empregados hoje à noite. (a) b) Naquela época, meu sobrinho assistia......Belo Horizonte. (em) c) Não implique......o colega. (com) d) Quando morava no campo, aspirava.......ar puro e sentia-se bem. (ao) 7. Está perfeita a regência verbal somente na seguinte alternativa: a) A festa que ele compareceu foi ótima. b) O livro que ele gosta muito desapareceu. c) A empresa por que ele tanto se esforçou acabou falindo. d) O cargo que tu aspiravas já foi preenchido. 8. Nas frases seguintes, todas com o pronome CUJO, há uma com erro de regência verbal. Assinale-a. a) Esta é a criança cujo pai deseja falar-nos. b) Paulo, por cujas atitudes não me responsabilizo, deixou a firma. c) Luís, contra cujas idéias sempre lutei, hoje é meu amigo. d) Está lá fora o homem cujas ideias jamais acreditei. 9. Está correta a regência da frase: a) O filme que assistimos é excelente. b) O emprego que aspirávamos era apenas um sonho. c) O documento que visei era falso. 10. Marque a alternativa em que ocorre erro na substituição por pronome átono. a) Obedeci ao professor. / Obedeci-lhe. b) Encontrei os animais na rua. / Encontrei-os na rua. c) Toquei o seu braço. / Toquei-lhe o braço. d) Visitou a amiga no hospital. / Visitou-lhe no hospital. 11. Só há erro de regência em: a) Não sei onde ele será levado. b) Ali está o comerciante a quem mandei a notificação. c) Nós o trouxemos ontem. d) Responda às questões seguintes. 12. Marque o erro de regência verbal. a) Assistimos, extasiados, o espetáculo. b) Alguém está assistindo o doente? c) Aspirávamos o perfume das rosas.

d) Todos aspiram à paz. 13. Há erro de regência verbal em: a) Eu lhe quero muito. b) Eu o quero muito. c) Paula namorava com alguém daquela família. d) Todos perdoaram ao jovem. 14. Preencha as lacunas e anote a alternativa adequada. Cientifico-.......de que a posse foi adiada. Poucos.......entendem. Meus irmãos.........obedecerão. a) o - o - lhe b) lhe - lhe - lhe c) o - o - o d) o - lhe – lhe 15. ( GAMA FILHO) Assinale a frase em que há erro de regência verbal. a) O desmatamento implica destruição e fome. b) Chegamos na cidade antes do anoitecer. c) Jonas reside na Rua das Marrecas. d) Avisei-o de que devia partir. e) Os ambientalistas assistiram a uma conferência.

LISTA II

1. (IBGE) Assinale a opção que apresenta a regência verbal incorreta, de acordo com a norma culta da língua: a) Os sertanejos aspiram a uma vida mais confortável. b) Obedeceu rigorosamente ao horário de trabalho do corte de cana. c) O rapaz presenciou o trabalho dos canavieiros. d) O fazendeiro agrediu-lhe sem necessidade. e) Ao assinar o contrato, o usineiro visou, apenas, ao lucro pretendido. 2. (IBGE) Assinale a opção que contém os pronomes relativos, regidos ou não de preposição, que completam corretamente as frase abaixo: Os navios negreiros, ....... donos eram traficantes, foram revistados. Ninguém conhecia o traficante ....... o fazendeiro negociava. a) nos quais / que b) cujos / com quem c) que / cujo d) de cujos / com quem e) cujos / de quem 3. (IBGE) Assinale a opção em que as duas frases se completam corretamente com o pronome lhe: a) Não ..... amo mais. / O filho não ..... obedecia. b) Espero-..... há anos. / Eu já ..... conheço bem. c) Nós ..... queremos muito bem. / Nunca ..... perdoarei, João. d) Ainda não ..... encontrei trabalhando, rapaz. / Desejou-..... felicidades.

Page 74: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

74

74 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

e) Sempre ..... vejo no mesmo lugar. / Chamou-..... de tolo. 4. (IBGE) Assinale a opção em que todos os adjetivos devem ser seguidos pela mesma preposição: a) ávido / bom / inconseqüente b) indigno / odioso / perito c) leal / limpo / oneroso d) orgulhoso / rico / sedento e) oposto / pálido / sábio 5. (UF-FLUMINENSE) Assinale a frase em que está usado indevidamente um dos pronomes seguintes: o, lhe. a) Não lhe agrada semelhante providência? b) A resposta do professor não o satisfez. c) Ajudá-lo-ei a preparar as aulas. d) O poeta assistiu-a nas horas amargas, com extrema dedicação. e) Vou visitar-lhe na próxima semana. 6. (BB) Regência imprópria: a) Não o via desde o ano passado. b) Fomos à cidade pela manhã. c) Informou ao cliente que o aviso chegara. d) Respondeu à carta no mesmo dia. e) Avisamos-lhe de que o cheque foi pago. 7. (BB) Alternativa correta: a) Precisei de que fosses comigo. b) Avisei-lhe da mudança de horário. c) Imcumbiu-me para realizar o negócio. d) Recusei-me em fazer os exames. e) Convenceu-se nos erros cometidos. 8. (EPCAR) O que devidamente empregado só não seria regido de preposição na opção: a) O cargo ....... aspiro depende de concurso. b) Eis a razão ....... não compareci. c) Rui é o orador ....... mais admiro. d) O jovem ....... te referiste foi reprovado. e) Ali está o abrigo ....... necessitamos. 9. (UNIFIC) Os encargos ....... nos obrigaram são aqueles ....... o diretor se referia. a) de que – que b) a cujos – cujos c) por que – que d) cujos – cujo e) a que - a que 10. (FTM-ARACAJU) As mulheres da noite ....... o poeta faz alusão ajudam a colorir Aracaju, ....... coração bate de noite, no silêncio. A alternativa que completa corretamente as lacunas da frase acima é: a) as quais / de cujo o b) a que / no qual c) de que / o qual d) às quais / cujo e) que / em cujo

PONTUAÇÃO

Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem para compor a coesão e a coerência textual além de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas. Veremos aqui as principais funções dos sinais de pontuação conhecidos pelo uso da língua portuguesa.

PONTO

1) Indica o término do discurso ou de parte dele. - Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em que se encontra. - Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite. - Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava. 2) Usa-se nas abreviações - V. Exª. - Sr.

PONTO E VÍRGULA ( ; )

1) Separa várias partes do discurso, que têm a mesma importância. - “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; os de nenhum espírito dão pelo pão a alma…” (VIEIRA) 2) Separa partes de frases que já estão separadas por vírgulas. - Alguns quiseram verão, praia e calor; outros montanhas, frio e cobertor. 3) Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos, decreto de lei, etc. - Ir ao supermercado; - Pegar as crianças na escola; - Caminhada na praia; - Reunião com amigos.

DOIS PONTOS

1) Antes de uma citação - Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto: 2) Antes de um aposto - Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde e calor à noite. 3) Antes de uma explicação ou esclarecimento - Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a rotina de sempre. 4) Em frases de estilo direto - Maria perguntou: – Por que você não toma uma decisão?

Page 75: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

75 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

PONTO DE EXCLAMAÇÃO

1) Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto, súplica, etc. - Sim! Claro que eu quero me casar com você! 2) Depois de interjeições ou vocativos - Ai! Que susto! - João! Há quanto tempo!

PONTO DE INTERROGAÇÃO

Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres. “- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Azevedo)

RETICÊNCIAS 1) Indica que palavras foram suprimidas. - Comprei lápis, canetas, cadernos… 2) Indica interrupção violenta da frase. “- Não… quero dizer… é verdade… Ah!” 3) Indica interrupções de hesitação ou dúvida - Este mal… pega doutor? 4) Indica que o sentido vai além do que foi dito - Deixa, depois, o coração falar…

VÍRGULA

É usada para vários objetivos, mas em geral usamos a vírgula para dar pausa à leitura ou para indicar que algum elemento da frase foi deslocado da sua posição canônica.

EXERCÍCIOS

1. A frase em que deveria haver uma vírgula é: a) Comi frutas e legumes. b) Comprei batatas bananas e pastéis. c) Ela tem lábios e nariz vermelhos. d) Não limparam a sala. 2. Indique o erro de pontuação: a) Diga-me quantas horas são? b) Dorme, que eu penso. c) Os soldados agacharam-se, e ele saltou. d) As nuvens, as folhas, os ventos não são deste mundo. 3. Assinale a pontuação errada: a) Falei com ele com tanta segurança, que nem discordou de mim. b) Porque falei com ela, para mim não há mais dúvidas. c) Falei com ela que eu, estaria aqui cedo hoje se tudo corresse bem. d) Falei ao chefe que, se o plano corresse bem, estaríamos salvos.

4. Assinale a alternativa que apresenta redação CORRETA em relação à pontuação. a) O crescimento econômico é o melhor remédio para as doenças do desemprego, mas, por si só também, não é suficiente para reduzir a pobreza e nem as disparidades sociais. b) O crescimento econômico é o melhor remédio para as doenças do desemprego mas, por si só, também, não é suficiente, para reduzir a pobreza e nem as disparidades sociais. c) O crescimento econômico, é o melhor remédio para as doenças, do desemprego mas por si só também não é suficiente para reduzir a pobreza e nem as disparidades sociais. d) O crescimento econômico, é o melhor remédio para as doenças do desemprego, mas, por si só também, não é suficiente para reduzir a pobreza e, nem as disparidades sociais. 5. A pontuação está inteiramente adequada na frase: a) Recebi, via Internet, de um amigo que há muito não vejo, uma série de fotografias da Terra, tiradas de um satélite. b) Tanto os astrônomos antigos como os teólogos, não erravam, na opinião do autor, quando consideravam que, a Terra, essa poeira ínfima, era o centro do universo. c) Nada mais central na casa para os pais, que o lugar onde está o berço do filhinho, nada tendo a ver esse centro afetivo, com o geométrico da casa edificada. d) Será que Niezstche interrompia a cada belo crepúsculo, suas leituras e seus escritos, sobretudo estes que, tanto peso tiveram nas ideias de seu tempo? 6. Os períodos abaixo apresentam diferenças de pontuação. Assinale a letra que corresponde ao período de pontuação correta: a) A vida como, a antiga Tebas, tem cem portas. b) A vida como a antiga Tebas tem, cem portas. c) A vida, como a antiga Tebas, tem cem portas. d) A vida como a antiga Tebas, tem cem portas. 7. Assinale o período de pontuação correta: a) Se alguém vier com perguntas a que você não sabe responder, será mais honesto dizer que vai estudar o assunto. b) Se alguém, vier com perguntas a que você não sabe, responder, será mais honesto dizer que vai estudar o assunto. c) Se alguém vier, com perguntas a que você não sabe responder será, mais honesto, dizer que vai estudar o assunto. d) Se, alguém vier com perguntas, a que você não sabe responder, será, mais honesto, dizer que vai estudar o assunto. 8. Assinale a opção em que o trecho apresenta pontuação correta. a) Em um estado com área de 1,2 milhão de quilômetros quadrados, o segundo maior da Federação brasileira, e com 20% da população - de 7 milhões de habitantes - na capital, já destituída de função produtiva de significação,

Page 76: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

76

76 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

o tema da redivisão territorial deveria ser fundamental. Mas, contrariando a lógica e o bom senso, isso não ocorre no Pará. b) A eventualidade do retalhamento do estado, para a formação de novos estados emerge apenas episodicamente. Quando surge, é tratada como urgência e emergência. Uma vez cessado o risco de mudança, a letargia devolve, o tema, quase à estaca zero, ao ponto de partida. c) À semelhança de quase toda a elite local a imprensa se assustou, mais uma vez com a possibilidade de desmembramento do Pará. Em vez de examinar o problema racionalmente, a mídia, simplesmente se danou a dar gritos de alerta, e a bradar contra a ameaça. d) O mote fundamental da posição contrária ao desmembramento do estado é congênito: quem nasceu no Pará atual, não quer morrer em um Pará diferente. Dificilmente razão desse porte, conseguirá deter o avanço da reivindicação e da mobilização, pela criação de novos estados dentro do que hoje, é área única do Pará. 9. Assinale a alternativa em que o trecho - No entanto, quando a Suprema Corte decidiu ouvir o apelo do caso, em 1980, o panorama da biologia molecular havia mudado radicalmente. - reescrito, encontra-se corretamente pontuado. a) No entanto, em 1980, quando a Suprema Corte, decidiu ouvir o apelo do caso o panorama da biologia molecular havia mudado radicalmente. b) Quando a Suprema Corte decidiu ouvir o apelo do caso, em 1980, no entanto, o panorama da biologia molecular havia mudado radicalmente. c) No entanto, o panorama da biologia molecular havia mudado radicalmente, quando a Suprema Corte, decidiu ouvir o apelo do caso, em 1980. d) Quando, no entanto, em 1980, a Suprema Corte decidiu ouvir o apelo do caso, o panorama da biologia molecular, havia mudado radicalmente. 10. Quanto ao uso da vírgula nos trechos abaixo, assinale a opção que apresenta justificativa de emprego INCORRETA. a) "Hoje, essa visão..." - para separar o adjunto adverbial deslocado. b) "começa a perder força, já que as empresas..." - para separar a oração subordinada da principal. c) "afirma Maria Carlota Boabaid, pedagoga e mestra em Administração de Empresas," - para isolar o aposto. d) "pedagoga e mestra em administração de empresas, que atua na área de Gestão de Pessoas." - para separar a oração subordinada adjetiva restritiva.

SEMÂNTICA

A Semântica é a parte da gramática que trata do sentido das palavras. Assunto explorado em todos os concursos públicos, necessitando-se de cuidados especiais.

DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO

DENOTAÇÃO Emprego de uma palavra com seu sentido original, real, dicionarizado. Exemplo: A menina ganhou uma flor. A palavra flor está empregada com o seu sentido normal, registrado em dicionários: trata-se do vegetal que todos conhecem. Diz-se que ela tem valor denotativo.

Conotação Emprego especial, figurado de uma palavra. Exemplo: A menina é uma flor. A palavra flor, agora, não pode ser entendida como o vegetal que colhemos em determinadas plantas. Na realidade, menina é um ser animal; flor, um ser vegetal. Então, ao pé da letra, uma menina não pode ser uma flor. A frase só pode ser entendida se a desdobrarmos em uma comparação: a menina é bonita como uma flor. Nesta, flor tem valor denotativo. No entanto, quando se diz diretamente, quando se afirma que alguém é uma flor, a palavra flor tem um sentido especial, que extrapola a realidade da palavra. Diz-se, então, que ela tem valor conotativo. Observações: I. A noção de denotação e conotação é muito importante para o entendimento do texto. Pode ser cobrada diretamente, aparecendo as duas palavras, ou de maneira indireta, em questões de compreensão e interpretação de textos. II. Quando a conotação tem base em uma comparação, temos uma figura de linguagem conhecida como metáfora. Exemplo: A jovem tem olhos de pérola. Ninguém pode ter olhos de pérola. Entenda-se: olhos negros e brilhantes como pérolas. Assim, o emprego da palavra pérola constitui um caso de conotação conhecido como metáfora. A linguagem se diz conotativa, figurada ou metafórica. Veja abaixo a famosa frase de José de Alencar a respeito de Iracema. “Iracema, a virgem dos lábios de mel”. A palavra mel tem valor conotativo, pois os lábios de uma pessoa não podem ser de mel. A idéia de doçura contida na palavra mel é transferida para os lábios de Iracema. Assim, mel tem valor conotativo e, ao mesmo tempo, metafórico. Se dissermos: “lábios doces como mel” A palavra passa a ter valor denotativo. Às vezes é difícil perceber que se trata de conotação.

SINONÍMIA

Emprego de sinônimos, isto é, palavras de mesmo sentido. Exemplo: A frase está certa. A frase está correta.

Page 77: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

77 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

ANTONÍMIA

Emprego de antônimos, isto é, palavras de sentido oposto. Exemplo: Resolveu entrar na casa. Resolveu sair da casa. Observações: a) Não existem sinônimos perfeitos. Tudo depende do contexto. Exemplo: Ele é forte. Ele é robusto. O seu forte é a matemática. (não cabe à palavra robusto) b) É claro que todos sabem o que são sinônimos e antônimos. Mas é preferível, em provas, que eles não apareçam. É impossível saber o sentido de todas as palavras. Tudo acaba tornando-se uma grande loteria. Veja a frase abaixo: Exemplo: Era uma jovem pudibunda. Isso apareceu numa prova, há pouco tempo. Você conhece a palavra? A banca do concurso deu como sinônimo pundonorosa. Triste, não é mesmo? c) É necessário melhorar o vocabulário. Leia bastante.Quando desconhecer o sentido de uma palavra, pegue o amigo de todos nós, o dicionário. E procure aprender a nova palavra.

HOMONÍMIA

Emprego de palavras que têm identidade de pronúncia ou de grafia, os chamados homônimos. Homônimos homófonos: mesma pronúncia, grafia diferente. Exemplo: cozer – coser. Homônimos homógrafos Mesma grafia, pronúncia diferente. Exemplo: sobre (^) - sobre (´) apoio - apóio Obs.: Mesmo um tendo acento, as palavras são consideradas homógrafas. Homônimos perfeitos Ou homófonos e homógrafos: mesma grafia e mesma pronúncia. Exemplo: pena (pluma) - pena (compaixão)

PARONÍMIA

Emprego de parônimos, isto é, palavras muito parecidas. Exemplo: O mandato do deputado é de quatro anos. Expediu um mandado de busca. PROCURE GRAVAR OS HOMÔNIMOS E PARÕNIMOS COLOCADOS ABAIXO. SÃO MUITO IMPORTANTES.

absolver - inocentar absorver - esgotar,

consumir

acender - pôr fogo a ascender - elevar-se

acento - inflexão da voz assento - lugar onde se senta

aferir - conferir auferir - conseguir

amoral - sem o senso da moral

imoral - que atenta contra a moral

apóstrofe - chamamento apóstrofo - tipo de sinal gráfico

arrear - pôr arreios arriar - abaixar

asado - com asas, alado azado - oportuno, propício

assoar - limpar o nariz assuar - vaiar

astral - sideral austral - que fica no sul

atuar - exercer atividade autuar - processar

bocal - abertura de vaso bucal - relativo à boca

caçar - perseguir cassar - anular

cavaleiro - que anda a cavalo

cavalheiro - educado

cegar - tirar a visão de segar - ceifar, cortar

cela - cômodo pequeno sela - arreio

censo - recenseamento senso - juízo, raciocínio

cerração - nevoeiro serração - ato de serrar

cervo - veado servo - criado; escravo

cessão - ato de ceder sessão - tempo que dura uma reunião

cesto - pequena cesta, balaio

sexto - ordinal de seis

chácara - propriedade rural

xácara - narrativa popular em versos

cidra - tipo de fruta sidra - tipo de bebida

cheque - ordem de pagamento

xeque - lance do jogo de xadrez

comprimento - extensão

cumprimento - saudação; ato de cumprir

concerto - harmonia; sessão musical

conserto - reparo

conjetura - hipótese

conjuntura - situação; ocorrência

coser - costurar cozer - cozinhar

deferir - conceder, atender

diferir - ser diferente; adiar

degredar - desterrar degradar - rebaixar, aviltar

delatar - denunciar dilatar - alargar

descrição - ato de descrever

discrição - qualidade de discreto

descriminar - inocentar discriminar - separar

despensa - estoque de alimentos

dispensa - ato de dispensar; licença

despercebido - sem ser notado

desapercebido - desprevenido

destinto - desbotado distinto - que sobressai; diferente

destratar - insultar distratar - desfazer

divagar - sair do assunto devagar - lento

elevar - levantar, aumentar

enlevar - encantar, extasiar

emergir - vir à tona imergir - mergulhar

Page 78: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

78

78 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

emigrar - sair de um país imigrar - entrar em um país

eminente - destacado, importante

iminente - prestes a acontecer

empossar - dar posse empoçar - formar poça

encetar - principiar incitar - provocar, instigar

esbaforido - ofegante espavorido - apavorado

esperto - inteligente, vivo experto - perito

espiar - olhar expiar - sofrer castigo

estada - permanência de alguém

estadia - tempo de um navio no porto

estático - parado extático - absorto, em êxtase

estofar - cobrir de estofo estufar - inchar; pôr em estufa

estrato - camada; tipo de nuvem

extrato - que se extraiu

flagrante - evidente; o ato fragrante - perfumado

fluir - correr; manar fruir - desfrutar

incerto - duvidoso inserto - inserido

incipiente - que está começando

insipiente - que não sabe, ignorante

inflação - desvalorização do dinheiro

infração - transgressão

infligir - aplicar (pena ou castigo)

infringir - transgredir

intemerato - puro intimorato - corajoso

lactante - que amamenta lactente - que mama

locador - proprietário locatário - inquilino

lustre - candelabro lustro - cinco anos; brilho

mandado - ordem judicial mandato - procuração

peão -tipo de trabalhador; peça de xadrez

pião - tipo de brinquedo

pleito - disputa; pedido preito - homenagem

prescrever - receitar; expirar (prazo)

proscrever - afastar, expulsar

ratificar - confirmar retificar - corrigir

sortir - abastecer surtir - resultar

subentender - entender o que não estava expresso

subtender - estender por baixo

sustar - suspender suster - sustentar

tacha - tipo de prego taxa - imposto

tráfego - movimento, trânsito

tráfico - comércio

usuário - aquele que usa usurário - avaro; agiota

vestuário - veste, trajo vestiário - local onde se troca de roupa

vultoso - grande, volumoso

vultuoso - com vultuosidade (inchado e vermelho)

CAMPOS SEMÂNTICOS

Diz-se que as palavras pertencem ao mesmo campo semântico quando estão associadas, de alguma forma, pelo sentido.

Exemplo: tristeza, melancolia, pesar/ vinho, leite, refrigerante.

POLISSEMIA

Pluralidade de sentidos de uma palavra. Exemplo: A paixão de Cristo. (o sofrimento) Tinha uma grande paixão por ela. (sentimento forte e desequilibrado) Apresentou-me a paixão de sua vida. (a pessoa por quem se está apaixonado)

COESÃO E COERÊNCIA

Coesão Ligação que existe entre os componentes de um texto. É importante que se conheçam as palavras e expressões que têm a capacidade de ligar termos, orações, períodos, parágrafos. Exemplo: Havia pouquíssimas pessoas trabalhando no balcão, porém fui logo atendido. A conjunção “porém” é adversativa, liga orações de sentidos adversos, contrários. Ela é o elemento conector no período, que apresenta duas idéias contrárias: “haver poucas pessoas atendendo” e “ser logo atendido”. Assim, pode-se afirmar que o texto tem coesão, porque a conjunção “porém” por seu sentido, liga esses dois segmentos Observe, agora, a frase: Exemplo: Havia pouquíssimas pessoas trabalhando no balcão, portanto fui logo atendido. Ora, a conjunção “portanto”, que é conclusiva, não pode fazer a ligação de coisas opostas. Nesta frase, está faltando coesão, isto é, a conjunção não está ligando devidamente os dois segmentos do texto. Coerência Sentido lógico do texto. Quando falta a coesão, normalmente falta a coerência, ou seja, o texto fica ilógico. Exemplo: Estudei muito, apesar disso fui aprovado. Não há coerência na frase, uma vez que não há coesão. “Apesar disso” é expressão concessiva, introduz termos que se opõem ao que se afirmou ou vai afirmar. Para torná-lo coerente, precisamos de uma expressão que indique conclusão ou conseqüência. Assim, poderíamos dizer “Estudei muito, por isso fui aprovado” (portanto, por causa disso, então etc.) Observações: a) A incoerência pode não depender do emprego dos conectivos. Exemplo: Foi à farmácia e, lá, comprou as laranjas que faltavam. Não se compram laranjas em farmácia. b) Qualquer palavra que se refira a outra no texto é coesiva, isto é, promove a coesão textual.

Page 79: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

79 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Exemplo: Cheguei muito cedo ao estádio, pois o jogo só começaria às quatro. Por isso, encontrei-o vazio. Além das conjunções “pois”e”por isso”, que ligam as orações do período, temos o pronome “o”, que se refere a estádio. Nesse caso, estádio é o referente da palavra “o”. Também o adjetivo vazio tem como referente a palavra estádio.

REDAÇÃO

COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAL

São dois conceitos importantes para uma melhor compreensão do texto, além de serem bastante cobrados em provas de concursos. Coesão: harmonia interna entre as partes de um texto. É garantida por ligações, de natureza gramatical e lexical, entre os elementos de uma frase ou de um texto. Coerência: relação lógica entre idéias, situações ou acontecimentos. Pode apoiar-se em mecanismos formais, de natureza gramatical ou lexical, e no conhecimento partilhado entre os usuários da língua.

APRESENTAÇÃO VISUAL DA REDAÇÃO

1) O aluno deve preencher corretamente todos os itens do cabeçalho com letra legível. 2) Centralizar o título na primeira linha, sem aspas e sem grifo. O título pode apresentar interrogação desde que o texto responda à pergunta. 3) Pular uma linha entre o título e o texto, para então iniciar a redação. Obs: O título não é mais obrigatório 4) Fazer parágrafos distando mais ou menos três centímetros da margem e mantê-los alinhados. 5) Não ultrapassar as margens (direita e esquerda) e também não deixar de atingi-las. 6) Evitar rasuras e borrões. Caso o aluno erre, ele deverá anular o erro com um traço apenas. 7) Apresentar letra legível, tanto de fôrma quanto cursiva. 8) Distinguir bem as maiúsculas das minúsculas. 9) Evitar exceder o número de linhas pautadas ou pedidas como limites máximos e mínimos. Ficar aproximadamente entre cinco linhas aquém ou além dos limites. 10) Escrever apenas com caneta preta ou azul. O rascunho ou o esboço das idéias podem ser feitos a lápis e rasurados. O texto não será corrigido em caso de

utilização de lápis ou caneta vermelha, verde etc. na redação definitiva. Observações: 1) Números a) Idade - deve-se escrever por extenso até o nº 10. Do nº 11 em diante devem-se usar algarismos; b) Datas, horas e distâncias sempre em algarismos: 10h30min, 12h, 10m, 16m30cm, 10km (m, h, km, I, g, kg). 2) Palavras Estrangeiras: As que estiverem incorporadas aos hábitos lingüísticos devem vir sem aspas: marketing, merchandising, software, dark, punk, status, office-boy, hippie, show etc. 3) A impessoalidade nos textos dissertativos: Todo texto independentemente do gênero textual a que pertence, pode trazer marcas de pessoalidade ou impessoalidade. Quando o autor se apresenta de modo evidente, manifestando-s como locutor, dizemos que o texto é pessoal. Quando há um esforço da parte do autor em se distanciar do assunto abordado, tratando objetivamente dos fatos, dizemos que o texto é impessoal. Em textos científicos e argumentativos, como a crítica, o editorial, a dissertação, quase se procura escrever com impessoalidade, pois essa característica confere maior credibilidade ao texto, como se ele contivesse verdades universais e indiscutíveis. O texto com marcas de pessoalidade, ao contrário, tende a ser considerado subjetivo e, portanto, menos confiável quanto ao ponto de vista que defende. Leia este excerto de texto argumentativo, que discute a obrigatoriedade do uso de uniforme nas escolas: “Sempre defendi a idéia de que nossos alunos não devem usar uniforme. Acho que, se a sociedade em que vivemos é marcada pelas diferenças, é natural, pelo menos do meu ponto de vista, que na escola essas diferenças apareçam nas roupas, nos penteados. No meu modo de ver, a democracia está nas pequenas coisas do dia-a-dia; nas discussões que tenho com meus filhos em casa, nas decisões que eu tenho de tomar com minha mulher, e está também na liberdade de escolha de meus filhos quanto à roupa que eles vão usar para ir à escola.” Nesse excerto, há várias marcas de pessoalidade do discurso, seja no emprego da 1.ª pessoa e verbos e pronomes (defendi, nossos, vivemos, tenho, meus, eu tenho, minha), seja em expressões, como: Acho que, do meu ponto de vista, No meu modo de ver, é visível o interesse do locutor em relatar a sua visão sobre o assunto, a partir de sua experiência. Trata-se, portanto, de uma visão subjetiva.

Page 80: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

80

80 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Compare o excerto lido com este outro, sobre o mesmo assunto: “Na década de 60, os nossos alunos utilizavam uniforme. Nessa época a escola passou por grandes alterações. Novos métodos de ensino foram implantados. Conceitos como consciência crítica e social, criatividade e respeito a valores comunitários tornaram-se vivos na prática da escola. Optou-se, também, pela não-utilização do uniforme. A prática pedagógica da escola tem sido construída ao longo do tempo: educandos e educadores são os principais agentes dessa construção. Regras e normas são elaboradas e devem refletir a necessidade do grupo, ou seja, estar a serviço desse mesmo grupo. A utilização do uniforme deveria proporcionar benefícios significativos à comunidade escolar.” (Eduardo Roberto da Silva. Pais & Teens) Observe que, em quase todo o texto, o autor trata do tema de forma distanciada. Sua presença é sentida mais diretamente apenas no emprego da expressão “nossos alunos”. No restante do texto, há uma série de mecanismos lingüísticos que tornam a linguagem impessoal. Veja estes trechos: 1) “Nessa época a escola passou por grandes alterações. Novos métodos de ensino foram implantados.” 2) “Conceitos como consciência crítica e social, criatividade e respeito a valores comunitários tornaram-se vivos na prática da escola.” 3) “Optou-se, também, pela não-utilização do uniforme.” 4) “Regras e normas são elaboradas e devem refletir a necessidade do grupo, ou seja, estar a serviço desse mesmo grupo.” Perceba que: No 1º trecho, o autor afirma que a escola passou por grandes alterações. É evidente que ele se refere à instituição como um todo, o que inclui as pessoas, isto é, os profissionais da educação. Em seguida, afirma que “novos métodos foram implantados”. Quem teria implantado esses métodos? No 2º trecho, “consciência crítica e social, criatividade e respeito a valores comunitários tornaram-se vivos” para quem? No 3º, quem teria optado pela não utilização do uniforme? Os diretores de escola, os pais, os professores, os alunos? No 4º, as regras e normas escolares foram elaboradas por quem? Como se vê, o autor do 2º excerto busca conscientemente a impessoalidade do texto. Isso o torna mais objetivo e as idéias defendidas ganham maior credibilidade junto ao leitor.

Assim, se desejamos conferir maior impessoalidade e objetividade aos nossos textos, devemos substituir expressões como: Eu acho, Na minha opinião, No meu modo de ver, Do meu ponto de vista, etc. Por outras como: Convém observar, É bom lembrar, É preciso considerar, Não se pode esquecer, É indispensável, É importante, etc.

DISSERTAÇÃO

Diferença entre tema e título Produzir um texto dissertativo, ou dissertação, consiste em defender uma idéia. É a defesa de uma tese - proposição que se apresenta com o objetivo de convencer quem lê, ou seja, o leitor. Para se alcançar tal objetivo, a organização da dissertação é fundamental. Existem, portanto, algumas instruções, as quais favorecem o ato da escrituração, que você poderá verificar agora. O tema e o título são, com muita freqüência, empregados como sinônimos. Contudo, apesar de serem partes de um mesmo tipo de composição, são elementos bem diferentes. O tema é o assunto, já delimitado, a ser abordado; a idéia que será por você defendida e que deverá aparecer logo no primeiro parágrafo. Já o título é uma expressão, ou até uma só palavra, centrada no início do trabalho; ele é uma vaga referência ao assunto (tema). Veja a diferença entre os dois nos exemplos abaixo: Exemplo: Título: A cidade e seus problemas Tema: A cidade de São Paulo enfrenta atualmente grandes problemas. Exemplo: Título: A criança e a televisão Tema: Psicólogos do mundo todo têm se preocupado com a influência que determinados programas de televisão exercem sobre as crianças Exemplo: Título: As contradições na era da comunicação Tema: Vivendo a era da comunicação, o homem contemporâneo está cada vez mais só.

Page 81: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

81 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Note que o tema, na verdade, como já mencionamos acima, é a delimitação de determinado assunto. Isso é necessário, pois um assunto pode ser muito extenso e, nesse caso, ao abordá-lo, você poderá se perder em sua extensão. Peguemos o assunto "ensino" como exemplo. Há muito o que escrever sobre ele, por isso convém delimitá-lo. Desse modo, obtém-se o tema. Logo, para cada assunto, há inúmeros temas. Da mesma forma, quando os títulos são generalizados, abre-se um leque de temas a serem desenvolvidos. Para o título "A criança e a televisão", por exemplo, podemos definir um outro tema, como "A criança se encanta com os novos programas de TV criados especialmente para elas", ou ainda "Os pais, envoltos com seus problemas, não perceberam ainda o perigo da televisão para as suas crianças". O importante é você usar a criatividade até mesmo no título de sua redação. Pense no título após o rascunho estar ponto, fica mais fácil. Assim, o estudante não se torna escravo do título. Observações: Quando você participar de algum concurso ou teste e tiver de fazer uma dissertação, observe a proposta e/ou instruções. Muitas vezes, já vem explicitado o tema ou título; às vezes, é sugerido apenas o assunto. O item que faltar, cabe a você elaborar. O aspecto estético também é avaliado em qualquer teste. Com relação ao título e ao tema há algumas regras importantes: o título deve ser colocado no centro da folha, logo no início de sua dissertação, com inicial maiúscula; uma linha é suficiente para separar o título do corpo de sua redação. Nada mais deve ser acrescentado, principalmente algo que seja óbvio, do tipo "Título:"; comece diretamente pelo título (expressão escolhida por você para dar nome a sua redação), conforme orientações acima. Exigências do texto escrito Nunca é demais ressaltar a importância do rigor, da precisão e da objetividade em um texto escrito. Enquanto oralmente podemos nos valer de gestos, de expressões faciais, da entonação e do timbre da voz para transmitir o que sentimos, pensamos e julgamos, na escrita dependemos apenas das palavras. Daí a necessidade de uma preocupação com a escolha das palavras e com a maneira de organizá-las na frase. Afinal, o destinatário, não estando presente no momento da elaboração da mensagem, não pode pedir esclarecimentos nem manifestar suas dúvidas.

Assim não nos é dado escolher novas formas para expressar o que tínhamos em mente, como o faríamos se notássemos na expressão do interlocutor um ar de incompreensão ou de discordância. Por isso, não se admite, num texto escrito, ambigüidade, trechos confusos, escolha inadequada do vocabulário, termos desconexos, falta de nexo entre orações e parágrafos, incoerência na exposição de idéias. Afinal, um texto escrito pode ser relido, refeito, repensado, corrigido. E essa vantagem deve ser explorada ao máximo. Leia com atenção o texto a seguir, que aborda de maneira rápida e sucinta alguns aspectos importantes a serem observados quando escrevemos, e depois responda às questões proposta. A lógica pode fugir do texto. Escrever apressadamente, sem raciocinar, torna incompreensível o que se quer dizer. Texto bom e legível é aquele no qual as palavras estão adequadamente dispostas na frase, se possível com elegância e precisão, mas sempre com clareza e objetividade. Uma segunda condição exige que as idéias não deixem margem a dúvidas. Ou seja, atendam aos princípios elementares da lógica. Embora óbvios estes requisitos muitas vezes deixam de ser respeitados, os conceitos se confundem na cabeça das pessoas e o raciocínio nem sempre flui com clareza. Em recente mesa-redonda de televisão, por exemplo, um comentarista pontificava: O jogador precisa aperfeiçoar seu defeito de chutar mal em gol. Isto é, chutar ainda pior? Para ficar no campo de futebol, há pouco tempo, durante o julgamento do jogador Neto, um dos seus defensores proclamou: Hei de gritar com todos os meus pulmões... Só faltou explicar com quantos. O rádio, especialmente, favorece o aparecimento de construções que não se podem considerar um primor de lógica. Afinal, falta tempo para pensar. Por isso, um apresentador razoavelmente articulado repetiu, há dias: Os aposentados que têm o final 7. Evidentemente ele cogitava dos carnês. Muitas vezes, a impropriedade se transforma claramente em erro. Como, por exemplo: O relâmpago atingiu o fio do ônibus. O que atingiu foi o raio.

Page 82: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

82

82 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Da mesma forma, nunca escreva: Havia cem pessoas no féretro. O féretro é o caixão e não o cortejo. Evite ainda a forma: A geada caiu. A geada se forma, não cai (é o resultado do congelamento das gotas de orvalho). Há casos em que se tenta estabelecer uma oposição que não existe, como na frase seguinte: O empresário não conseguiu vender sua televisão, mas, em compensação, também não conseguiu rolar até agora a sua dívida com o Banco do Brasil. A expressão em compensação estaria correta se ele tivesse conseguido rolar sua dívida. Em grande parte das situações, o que existem são orações mal construídas. Uma delas: Vendas de brinquedos continuam devagar. O continuam pede adjetivo (lentas, por exemplo) e não um advérbio como devagar. O problema pode ainda ser uma palavra indevidamente escolhida: O povo não tem credibilidade no governo (pretendia-se dizer confiança, com certeza, e não credibilidade). A turma não tem dinheiro até para tomar chope (a forma correta seria nem para tomar chope). Já se tratou nesta coluna da imprecisão que às vezes os títulos de notícias introduzem. Eis mais dois exemplos: Brasileiros irregulares em Miami já são 8 mil. DETRAN vai reprimir ônibus irregulares. Em ambos os casos, a situação dos brasileiros e dos ônibus é que é irregular. E não eles em si. Enfim, nada que um pouco de raciocínio e bom senso não resolvam. (Eduardo Martins - O Estado de S. Paulo. (in Delmanto, Dileta - Escrevendo Melhor, 8ª série, São Paulo, Editora Ática, 1995.)

CRASE

USO OBRIGATÓRIO

1) Quando houver a preposição “a” antes dos pronomes demonstrativos “aquele(s)”, “aquela(s)”, “aquilo”, há que se colocar o acento grave indicativo de crase sobre o “a” dos pronomes demonstrativos. Exemplo: Não mais obedecerei àquele sujeito. Assisti àquela peça teatral. Não me referi àquilo que você disse.

2) Diante do pronome relativo “QUE” ou da preposição “DE”, quando for fusão da preposição “a” com o pronome demonstrativo “a”, ‘as”, ocorre crase. Estes pronomes são sinônimos de “aquela”, “aquelas”: Exemplo: Essa roupa é igual à que comprei ontem (é igual àquela que comprei). Sua voz é idêntica à de um primo meu. (é idêntica àquela de meu primo). 3) Diante dos pronomes relativos “a qual”, “as quais”, quando o verbo da oração subordinada adjetiva exigir a preposição “a”, ocorre crase. Exemplo: A cena à qual assisti foi chocante. (quem assiste, assiste a algo).

USO FACULTATIVO

1) Diante de pronomes possessivos femininos “minha(s)”, “tua(s)”, “sua(s)”, “nossa(s)”, “vossa(s)”,é facultativo o uso do artigo, então, quando houver a preposição “a”(não acompanhado de s), será facultativa a ocorrência de crase. Exemplos: Referi-me a sua professora. Referi-me à sua professora. Referi-me a suas professoras. Referi-me às suas professoras. 2) Após a preposição “até”, é facultativo o uso da preposição “a”, portanto, caso haja substantivo feminino à frente, a ocorrência de crase também será facultativa. Exemplo: Fui até a secretaria. Fui até à secretaria. 3) Diante de nomes próprios femininos: Exemplo: Demos a Mariana o seu recado. Demos à Mariana o seu recado.

CASOS ESPECIAIS

1) A palavra CASA : a) A palavra “casa” só terá artigo, se estiver especificada. Neste caso ocorre crase. Exemplo: Voltarei a casa antes de todos. (sem crase, pois a palavra “casa” não está especificada) Voltarei à casa de Ronaldo antes de todos. (com crase, pois a palavra “casa” está especificada). b) Com a palavra “casa” sem determinação, quando então, se refere ao próprio lar, não ocorre crase. Exemplo:

Page 83: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

83 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Ele foi a casa pela manhã. Ele foi à casa da esquina. (Com determinação, aparece o acento) 2) A palavra TERRA: a) Significando planeta, é substantivo próprio e tem artigo, consequentemente, quando houver a preposição “a”, ocorrerá crase. Exemplo: Os astronautas voltaram à Terra. (com crase, pois "terra" está caracterizando o planeta) b) Significando chão firme, solo, só terá artigo quando estiver especificada. Neste caso, ocorre crase. Exemplo: Os marinheiros voltaram a terra. (sem crase, pois não está especificada) Irei à terra de meus avós. (com crase, pois está especificada). c) Com a palavra “terra”, quando é o contrário de bordo, não ocorre crase. Exemplo: Os marujos foram a terra. 3) A palavra DISTÂNCIA: a) Diante da palavra “distância”, só ocorrerá crase, se houver a formação de locução prepositiva, ou seja, se não houver a preposição “de”, não ocorrerá crase. Exemplo: Reconheci-o a distância. (sem crase, pois não há a preposição de). Reconheci-o à distância de duzentos metros. b) Com a palavra “distância”, sem especificação, ou seja, sem precisar a distância, não ocorre crase. Exemplo: O guarda ficou a distância. O guarda ficou a grande distância. O guarda ficou à distância de dez metros. Observação: Nos adjuntos adverbiais de meio ou instrumento, há pouco tempo só se admitia o acento indicativo de crase se houvesse ambigüidade na frase. Modernamente, porém, os gramáticos estão admitindo tal acento em qualquer circunstância. Exemplo: Preencheu o formulário à caneta. Paguei à vista minhas compras.

CASOS PROIBITIVOS

1) Quando o a estiver no singular, diante de uma palavra no plural, não ocorre crase. Exemplo: Referi-me a todas as alunas, sem exceção. Não gosto de ir a festas desacompanhado.

2) Em locuções com palavra repetida. Exemplo: Os adversários estavam cara a cara. 3) Antes de palavra masculina. Exemplo: Eles chegaram a cavalo. 4) Antes de verbo. Exemplo: Estava prestes a chorar. 5) Antes de: a) Artigo indefinido, claro ou oculto. Exemplo: Aspirava a uma posição melhor. (Aspirava a um emprego melhor) jamais assisti à peça tão fraca. (a uma peça tão fraca / a um filme tão fraco) b) Pronome indefinido. Exemplo: Chegaram a alguma ilha do interior. (Chegaram a algum município do interior) c) Pronome pessoal, inclusive o de tratamento. Exemplo: Diga a ela que voltarei. Já tinha pedido isso a Vossa Senhoria. Observação: Os pronomes de tratamento Senhora, Senhorita, Madame e Dona (este último quando acompanhado de substantivo) admitem o acento de crase. Exemplo: Dirigiu-se à senhorita Denise. d) Esta e essa. Exemplo: Diga a verdade a essa funcionária. e) Antes de nomes de vultos históricos. Exemplo: Referiu-se a Joana d’Arc. Observação: Com determinação, aparece o acento. Exemplo: Referiu-se à valente Joana d’Arc. f) Antes de Nossa Senhora e Maria Santíssima. Exemplo: Farei uma prece a Nossa Senhora. ATENÇÃO: Cheiro a pinga - significa cheirar, sentir; Cheiro à pinga - significa ter cheiro de pinga. OBSERVAÇÕES FINAIS a) Há duas expressões parecidas com a palavra hora. Exemplo: Das oito às dez horas (as horas do relógio) De oito a dez horas (idéia de duração)

Page 84: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

84

84 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

É errado dizer “de oito às dez horas”, como normalmente se encontra por aí. b) Veja as expressões abaixo, igualmente parecidas. Exemplo: Meu colega vivia à toa. (à toa − locução adverbial de modo) Ele é um homem à-toa. (à-toa − adjetivo) PARA NÃO ESQUECER MACETES 1) VOU A, VOLTO DA, CRASE HÁ. VOU A, VOLTO DE, CRASE PRA QUÊ? 2) ESTOU EM – SEM CRASE 3) ESTOU NA – COM CRASE 4) TROQUE A PALAVRA MASCULINA POR UMA FEMININA, CONTRAINDO AO ....CRASE 5) ENCAIXAR PARA.... USO FACULTATIVO diante de nomes próprios femininos; diante de pronomes possessivos femininos; com até a. USO PROIBIDO diante de masculino; com singular e plural; diante de verbos; palavras repetidas; diante das palavras casa, terra e distância não-determinadas; diante de pronomes de tratamento que não especifiquem o gênero. USO OBRIGATÓRIO diante de horas; diante de moda ou moda de - subentendida ou não; locuções adverbiais femininas; com as palavras casa, terra e distância determinadas;

EXERCÍCIOS

1. Agradeço ( _ ) Vossa Senhoria ( _ ) oportunidade para manifestar minha opinião ( _ ) respeito. a) a – a – a; b) à – à – a; c) à – a – a; d) a – à – a; e) à – a – à. 2. Assinale a frase com erro de regência:

a) o deputado presidiu a reunião até o fim; b) proibimos os alunos de usar os cadernos para fazer a prova; c) certificamos nossa família de vossa decisão; d) paguei os operários no sábado; e) atendemos ao seu desejo. 3. “Peço __ senhora que estude, uma __ uma, as questões submetidas __ aprovação”: a) à - a - à; b) a - a - à; c) a - à - à; d) à - à - à; e) à - à - a 4. Há uma opção em que não se atendeu ao emprego da crase. Indique-a: a) A cem milhas horárias você encontrará um posto à direita, a meia hora daqui; b) Às brutas entrou porta a dentro; c) Responda à sua senhoria com a consideração a que está acostumado; d) Saiu-se à mãe, esta se parece à avó; e) Dispostas a ouvi-la, postaram-se à porta de sua casa. 5. “Dê ciência ___ todos de que não mais se atenderá___ pedidos que não forem dirigidos ___ diretoria”: a) a - a - a; b) a - à - a; c) a - a - à; d) à - à - a; e) à - a - a. 6. Marque a frase em que o “a” deva ser craseado: a) Ele atacou o adversário a tiro; b) Maria não foi a aula hoje; c) João fez uma viagem a Mato Grosso; d) Conversei com a diretoria do colégio sobre esse assunto; e) O adversário atacou a cacetadas. 7. “ ___ hora prevista, todos se dirigiram ___ sala principal para assistir ___ cerimônia”. a) a - a - a; b) a - à - a; c) à - à - à; d) há - à - à; e) há – a – a . 8. Assinale a frase em que o “a” sublinhado deve receber o acento de crase: a) Obedeça as regras de trânsito; b) Encontraram-se face a face; c) Dirijo-me agora a Vossa Excelência; d) É uma campanha digna, a cuja disposição me ponho; e) Peço a você que não deponha o candidato. 9. “Para ganhar mais dinheiro, Manoel passou

Page 85: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

85 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

___entregar compras ___ domicilio ___ segundas-feiras”. a) a - a - as; b) a - a - às; c) a - à - às; d) à - a - as; e) à - à - às. 10. Que expressões completariam as lacunas? “Não me refiro _____ estava sentada, mas sim______ pessoa ______ tu também te referias”. a) a que - à - que; b) aquela que - à - que; c) àquela que - à - à que; d) à que - a - à que; e) à que - à - a que. 11. “Foi obrigado ____ embarcar no trem que saia ____onze horas, mas mostrou ____ todos seu descontentamento”. a) a - as - à; b) às - as - a; c) a - às - a; d) à - às - a; e) a - às - à. 12. “A disciplina naquela escola podia ser comparada___ dos militares, mas nem por isso permitia tranqüilidade____ professoras”. a) a - a; b) à - às; c) a - as; d) a - às; e) a - as. 13. Aponte a frase em que o “a” ou “as” não deve levar sinal indicativo de crase: a) Dirijo-me apressado àquela farmácia; b) Refiro-me àquele rapaz que foi teu colega; c) Àquela hora todos já se tinham recolhido; d) Quero agradecer àquele rapaz as atenções que me dispensou; e) Fui para aquela praça, mas não à encontrei ! 14. Na frase: “Tende a satisfazer as exigências do mercado”, substituindo-se “satisfazer” por “satisfação”, tem-se a forma correta: a) Tende à satisfação as exigências do mercado; b) Tende a satisfação as exigências do mercado; c) Tende a satisfação das exigências do mercado; d) Tende a satisfação às exigências do mercado; e) Tende à satisfação das exigências do mercado. 15. “ ______ tarde, dirigi-me ______ casa, embora______ hora todos já estivessem ____ dormir”: a) À - à - àquela - a; b) A - a - aquela - à; c) À - à - àquela - a; d) À - a - aquela - à; e) À - a - àquela - a.

RESUMÕES

ANÁLISE SINTÁTICA I

Sujeito:ser de quem se fala. Simples Claro: 1 núcleo Composto: 2 ou + núcleos Oculto/elíptico/desinencial/simples não-claro: não se vê, mas se sabe quem é ( eu/tu/ele ou ela /nós/vós Indeterminado: não posso identificá-lo. Partícula SE ( índice de indeterminação do sujeito - verbo intransitivo, preposição, voz ativa) ou verbo na 3ª pessoa do plural

FUNÇÕES DO SE

Pronome reflexivo – Jogou - se no chão. Pronome recíproco – Beijaram-se. Pronome Apassivador – voz passiva – Sujeito paciente - Vendem-se roupas usadas Índice de indeterminação do Sujeito ( IIS) – Preposição- voz ativa – Necessita-se de dinheiro. Conjunção condicional – Se vieres, avise-me Inexistente ou or. Sem suj: 1) verbos que denotam fenômenos da natureza; 2) verbos de tempo; 3) haver no sentido de existir Predicado: tudo que se diz a respeito do sujeito. Lembre-se de que com suj. oculto, indeterminado ou inexistente tudo é predicado. Verbal: ação ( VT ou VI) O núcleo é o verbo Nominal: estado ( VL) o núcleo é o nome (PS) Verbo-nominal: ação + estado ( VI ou VT + Pred. Suj ou Pred.Objeto ) Verbo intransitivo: sentido completo ( Atenção : ir, vir, chegar são sempre VI) Verbo transitivo: precisa de complemento . (VTD – VTI – VTDI) Objeto direto: s/ preposição Objeto indireto: com preposição

Page 86: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

86

86 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Objeto direto preposicionado: apresenta preposição ( olhar regência do verbo) Objeto direto pleonástico: há 2 objetos idênticos ( pleonasmo- repetição desnecessária) Objeto indireto pleonástico: há 2 objetos... Verbo de ligação: liga o sujeito a sua característica, chamada de Predicativo do Sujeito = PS Não esquecer: Predicativo do objeto dá característica ao objeto = PO Aposto: explica, não pode apresentar verbo. (pontuação) Vocativo: usa-se para chamar, invocar. Vem separado na oração por vírgula. Agente da passiva: age contra o sujeito na voz passiva. Adjunto adverbial: modifica o verbo, o adjetivo ou ele mesmo. Pode ser de: tempo, lugar, afirmação, negação, causa, instrumento, preço, modo, intensidade, dúvida, matéria, assunto, meio... Adjunto adnominal ( concreto ou abstrato - ativo): está junto ao nome para caracterizá-lo: artigo, numeral, pronome, adjetivo (* locução adjetiva) Complemento nominal (abstrato - passivo): completa um nome, é essencial: abstrato + preposição + não-pratica a ação

ANÁLISE SINTÁTICA II

FRASE: sentido completo. ORAÇÃO: frase com verbo. PERÍODO: cada oração constitui um período. COORDENAÇÃO: orações independentes. Chegou, olhou, sentou e não gostou. SUBORDINAÇÃO: orações dependentes. Prometo que te darei um presente. ORAÇÕES COORDENADAS ASSINDÉTICAS: sem conjunção. SINDÉTICAS: com conjunção. Podem ser classificadas em: ADITIVAS: somam informações. Exemplo: Trabalho e estudo.

ADVERSATIVAS: idéias contrárias. Exemplo: Trabalho muito e ganho pouco. ALTERNATIVAS: idéias alternadas, opção... Exemplo: Trabalho ou estudo. EXPLICATIVAS: explicam, dão o motivo. Exemplo: Trabalho, pois preciso. CONCLUSIVAS: concluem, idéia de resultado. Exemplo: Trabalha, logo pode pagar os estudos. CUIDADO: Pois – antes do verbo –explicação Pois – depois do verbo - conclusão. ORAÇÕES SUBORDINADAS 1) SUBSTANTIVAS – indicam um substantivo – falam de algo. O “QUE” ou “SE” são conjunções integrantes. SUBJETIVA: função de sujeito. Não há sujeito na oração principal. Exemplo: É preciso que ele venda o carro. OBJETIVA DIRETA: suj. na or. Principal + verbo com sentido incompleto. Exemplo: Quero que sejas feliz. OBJETIVA INDIRETA: suj. na or. Principal + verbo + preposição. Exemplo: Necessito de que me ajudes. PREDICATIVA: suj. na or. Principal + verbo de ligação. Exemplo: A verdade é que te amo. COMPLETIVA NOMINAL: suj na or. Principal + verbo + complemento + nome + preposição. Exemplo: Tenho certeza de que virás. APOSITIVA: suj. na or. Principal. Verbo+ pontuação. Exemplo: Vou te dar um aviso: que fiques longe de mim. 2) ADJETIVAS – indicam característica. a) RESTRITIVA: restringem – não têm pontuação. O que é pronome relativo e tem função sintática de sujeito ou objeto ou complemento nominal. Exemplo: Os homens que trabalham têm condições de constituir família.

Page 87: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

87 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

FUNÇÃO DO QUE- Sujeito b) EXPLICATIVA: função de explicação. Apresenta pontuação. Exemplo: As mulheres, que são seres sensíveis, choram muito. 3) ADVERBIAIS – indicam circunstâncias para a ação. CAUSA – anterior a ação – indica o motivo. Exemplo: Como te amo, posso te perdoar. CONSECUTIVA: posterior a ação – indica um resultado. Exemplo: Trabalhei tanto que consegui comprar um carro novo. TEMPORAL: indica tempo. Exemplo: Quando chegou, mostrou seu carro novo. FINAL: apresenta um objetivo, uma finalidade. Exemplo: Para ser feliz, apaixonou-se. CONCESSIVA- idéia absurda, uma exceção. Exemplo: Mesmo te conhecendo bem, não irei te ajudar. PROPORCIONAL: indica quantidade, proporção. Exemplo: Quanto mais leio, mais fico curiosa CONFORMATIVA: indica conformidade. Estar de acordo. Exemplo: Segundo nos disse a professora, esta matéria é fácil. CONDICIONAL: idéia de condição. Exemplo: Caso ele me ligue, sairei com ele. COMPARATIVA: comparação. Exemplo: Ela gritava como uma louca. CONCORDÂNCIA NOMINAL O adjetivo concorda com o substantivo em gênero e número. Homem honesto. Mulher bondosa. Em adjetivos compostos, apenas o segundo elemento varia. Olho verde-claro. – olhos verde-claros.

Os adjetivos compostos indicativos de cor não variam se o último elemento for substantivo. Automóvel verde-folha. – automóveis verde-folha. Camiseta azul-turquesa. – Camisetas azul-turquesa. Se o plural for de substantivos antônimos, o adjetivo irá ao plural obrigatoriamente. Amor e ódio eternos. Preto e branco monótonos. O adjetivo concordará com os substantivos mais próximos quando o sentido exigir. Relógio e mamão saboroso. Geléia e pão torrado. Caderno e caneta azul. O adjetivo não varia quando os substantivos forem sinônimos. Idéia e pensamento fixo. Reconhecimento e gratidão profunda. Quando o sujeito for representado pela expressão um e outro ou nenhum nem outro, o adjetivo irá ao plural, mas o substantivo ficará no singular. Um e outro aluno bons. Nem um nem outro cidadão brasileiro. Quando dois ou mais numerais no singular fizerem referência ao mesmo substantivo, o substantivo ficará no singular ou no plural indiferentemente, se os dois numerais vierem precedidos de artigo. A primeira e a segunda série. (ou séries) O segundo e terceiro andar. (andares) Se apenas o primeiro numeral vier precedido de artigo, o substantivo ficará no plural. A primeira e segunda séries O segundo e terceiro andares. Os adjetivos mesmo, próprio, anexo, incluso, quite e obrigado concordam com o substantivo a que se referem em gênero e número: Seguem anexos os pedidos de hoje. Envio-lhe inclusas as notas fiscais. Os rapazes estão quites com o serviço militar? Será a greve um crime de leso-patriotismo? Muito obrigada disse-me ela mesma. Anexo, quando com preposição em se torna advérbio, e portanto é invariável. – Mando em anexo o arquivo. Mesmo é advérbio quando tiver o sentido de realmente, de fato. Ele virá mesmo pedir desculpas? Os filhos dele são mesmo uns atrevidos

Page 88: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

88

88 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

As palavras bastante, muito, pouco, meio, caro e barato variam, quando empregadas como adjetivo, mas permanecem invariáveis quando empregadas como advérbio. Todos perceberam que ele estava bastante feliz. Muitas velas, muitos remos, curta vida, longo mar. Nas lojas do centro, sempre se encontram produtos baratos. Com a inflação ninguém consegue vender roupas barato. As palavras menos e alerta são advérbios invariáveis. Há menos coisa para se comprar. Os soldados estão alerta. A palavra só pode ser adjetivo ou advérbio. Como adjetivo significa sozinho, e é palavra variável. Quando é advérbio, só significa apenas, somente e é invariável. Eles preferiram ficar sós Não estudamos só a primeira lição A locução a sós é invariável – Os noivos ficaram a sós. O adjetivo possível varia de acordo com o artigo que precede as palavras mais, menos indicativas de grau superlativo. Eu trouxe as mais geladas cervejas possíveis O professor passou aos alunos os exercícios o mais fáceis possível. As informações que lhes dava era o menos inquietante possível. As expressões é proibido, é necessário, é bom, é preciso, etc, podem variar ou não. São invariáveis se o sujeito não estiver determinado por artigo. É necessário disposição para estudar. É preciso calma para uma boa jogada. Mas estas expressões são invariáveis, concordando com o sujeito em gênero e número, se o sujeito estiver determinado por artigo. É proibida a saída de alunos durante as aulas. Serão proibidas as ausências e os atrasos. Se a palavra meio for utilizada como adjetivo, sinônima de metade, ela varia de acordo com o substantivo. Meio quilo de melancia Meia melancia CONCORDÂNCIA VERBAL Regra geral: sujeito composto posposto = plural (ex: Paulo e Elias foram) / anteposto = singular ou plural (ex: Foi/foram Paulo e Elias)

SINGULAR Sujeito composto por “nem um nem outro”, “um ou outro”, “é muito”, “é pouco”, “é mais de”, “é menos de”, “é tanto” = quantidade, “mais de um” (ex: Mais de um faz), “um dos que”, “algum de”, “uma parte de” Sujeito composto por coletivo (ex: Uma porção viu o que aconteceu)· Sujeito composto, ligado por “com” = companhia / “ou” = exclusão/sinonímia (ex: Paulo ou Eugênio vai, Paulo com Eugênio vai) Obs: verbo antes = mais próximo 3

ª PESSOA DO SINGULAR

Sujeito composto por “quem” / “qual” (ex: Qual de vós é? Sou eu quem diz) Verbo + índice de indeterminação do sujeito “se” (Precisa-se de motoristas) Obs: Pregam-se botões ( VOZ PASSIVA SINTÉTICA). Verbos impessoais = haver/fazer/estar/ir - tempo/existir/temperatura Exemplo: Faz/há três dias que ele saiu, fazia dez horas, fazia dez graus. Obs: Locuções verbais = transmissão de impessoalidade Exemplo: Vai haver muitos testes ainda. Hão de existirem / hão de fazer = ênfase Exemplo: Vai haver muitas pessoas Existir/acontecer = pessoais Exemplo: Existem muito motivos O sofrimento, as desilusões, as traições da vida, nada/tudo faz (“resuminadora”) APOSTO RESUMITIVO. MAIS PRÓXIMO OU PLURAL Sujeito composto posposto Exemplo: Foi/foram Paulo e João Sujeito composto por “não só... mas também”, “não só... como”, “bem como” Exemplo: Não só eu, mas meus filhos, estou/estamos com gripe. Luís, bem como seus irmãos, foi/foram a missa Sujeito composto por “tanto... como”, “tanto...quanto” Exemplo: Tanto o marido como a mulher mentiram, tanto você quanto seus amigos estão certos ANTECEDENTE DO SUJEITO Sujeito composto por “que” Exemplo: Fui eu que resolvi PLURAL

Page 89: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

89 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

Sujeito composto anteposto Exemplo: Paulo e João foram Ligados por “como” Exemplo: O jovem como o idoso são sensíveis Sujeito composto por “quantos de” Exemplo: Quantos de nós serão aceitos Pronomes pessoais diferentes: a 1

a. prevalece sobre a 2

a.

e 3a. e a 2

a. sobre a 3

a

Exemplo: Eu, tu e ele somos / Tu e ela sois Sujeito ligado por “com” = cooperação / “ou” = inclusão, antonímia, retificação Exemplo: A viúva com os filhos saíram Obs: Já não se fazem mais casas como antigamente SINGULAR OU PLURAL Sujeito composto por “um e outro” Exemplo: Um e outro ficou/ficaram Sujeito composto por “a maioria”, “a maior parte de” / “grande parte de” / “alguns de” / “um grande número de” / “muitos de” + nome no plural Exemplo: A maior parte dos alunos viajou/viajaram Sujeito composto por “um dos que” Exemplo: Sou um dos que foi/foram Sujeito composto por “cerca de”, “mais de”: concorda com o numeral Exemplo: Mais de um morreu, cerca de vinte escaparam Sujeito composto por porcentagem ou fração Exemplo: Vinte por cento sobreviveu/sobreviveram, um terço foi “Tudo”, “isso”, “aquilo”, “o que” + verbo ser + nome plural Exemplo: Tudo é/são flores

GABARITO

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

1-D 6-C 11-E 16-C 21-C 26-B

2-C 7-B 12-C 17-B 22-D 27-B

3-B 8-E 13-A 18-E 23-B 28-D

4-E 9-A 14-A 19-A 24-D 29-D

5-D 10-B 15-D 20-A 25-B 30-C

ORTOGRAFIA

1-D 3-A 5-C 7-D 9-D

2-B 4-D 6-D 8-A 10-D

ACENTUAÇÃO

1-E 3-D 5-C 7-C 9-A

2-E 4-D 6-B 8-B 10-B

MORFOLOGIA

1-A 4-A 7-E 10-B 13-B

2-A 5-E 8-E 11-D 14-C

3-D 6-B 9-D 12-A 15-D

ANÁLISE SINTÁTICA I

1-B 3-B 5-B 7-A 9-D

2-C 4-A 6-D 8-B 10-B

ANÁLISE SINTÁTICA I

1-D 7-C 13-A 19-E 25-B 31-C

2-E 8-C 14-C 20-C 26-A 32-C

3-A 9-E 15-E 21-C 27-B 33-A

4-D 10-A 16-C 22-A 28-D 34-C

5-E 11-D 17-B 23-A 29-D

6-E 12-E 18-B 24-D 30-C

ANÁLISE SINTÁTICA II

1-D 4-C 7-C 10-B 13-C

2-B 5-D 8-B 11-A 14-E

3-B 6-C 9-B 12-E 15-A

CONCORDÂNCIA VERBAL

1-A 4-B 7-D 10-A 13-E

2-C 5-B 8-E 11-C 14-C

3-A 6-B 9-B 12-B 15-A

CONCORDÃNCIA NOMINAL

1-B 3-A 5-C 7-A

2-C 4-C 6-B 8-C

REGÊNCIA VERDAL

1-A 4-C 7-C 10-E 13-E

2-D 5-C 8-A 11-C 14-E

3-A 6-B 9-B 12-B 15-E

REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL LISTA I

Page 90: 1.1 BANCO DO BRASIL - Língua Portuguesa

90

90 LÍNGUA PORTUGUESA | EVOLUÇÃO CONCURSOS www.evolucaoconcursos.com | (48) 3025-1166

1-B 4-A 7-C 10-D 13-C

2-C 5-B 8-D 11-A 14-A

3-C 6-D 9-C 12-A 15-B

LISTA II

1-D 3-C 5-E 7-A 9-E

2-D 4-D 6-E 8-E 10-D

PONTUAÇÃO

1-B 3-C 5-A 7-A 9-B

2-A 4-B 6-C 8-A 10-D

FIGURAS DE LINGUAGEM

1-E 3-A 5-B 7-C 9-D 11-B

2-E 4-D 6-D 8-A 10-C 12-D

CRASE

1-A 4-C 7-C 10-E 13-E

2-D 5-C 8-A 11-C 14-E

3-A 6-B 9-B 12-B 15-E

OBSERVAÇÃO: Caso encontre alguma questão que não esteja de acordo, favor entrar com recurso através do e-mail [email protected], informando curso; disciplina; número da questão, número da página e o esclarecimento.