11 dicas + super toque com diagnóstico e · Já é comprovado que qualquer coisa em excesso gera...

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11 dicas + super toque com diagnóstico e tratamento para virar o jogo na sua vida

Epidemias Comportamentais Contemporâneas

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Doenças e vacinas! Irk!!! Eu não quero saber disso na minha vida... E certamente você também não!

Epa! Já tem uns apressadinhos por aí que devem ter iniciado uma crítica mental: esse não é um assun-to atraente para se discutir em um e-book que pretende sugerir dicas importantes para serem aplica-

das nos doze meses do ano.

Outros já devem ter anunciado em voz alta:

- Se a Leila não quer saber de doença por que começa um livro falando sobre isso?

Okey! Vou explicar logo para você curtir a leitura sem preocupação, mas com muita atenção. Embarque na reflexão proposta neste e-book e verá que aqui estão reunidos toques preventivos e curativos que

podem fazer grande diferença na sua vida.

Vamos lá! Desvie a sua atenção dos males como Ebola, Chikungunya. Tudo bem que, atualmente, nin-guém está livre de se contaminar ou ver de perto essas epidemias da modernidade. E não importa em qual País ou região deste Planeta você faz parte, que religião ou profissão você milita, a sua condição

social... Chegamos num tempo em que a humanidade está vulnerável e se não estiver atenta perecerá.

Estou sempre atenta aos acontecimentos ao meu redor e no mundo. Observo que existem doenças

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mais graves que as patologias físicas, aquelas que enfraquecem o corpo. As doenças emocionais, pro-venientes de comportamentos inadequados que as pessoas têm com os outros e até consigo mesma

são igualmente perniciosas e preocupantes.

Cientistas têm se empenhado para descobrir vacinas múltiplas, que combatem epidemias, mas, como uma estudiosa comportamental observo que a humanidade precisa de uma vacina especial para a era moderna. O seu antídoto é extremamente eficaz, capaz de exterminar males devastadores. Seu nome é

CONSCIÊNCIA.

Embora as epidemias assustem, a realidade mundial seja nebulosa, o Papa Francisco me inspira. Em dezembro de 2014, o sacerdote apresentou à Cúria Romana um discurso tremendamente corajoso.

Refletindo sobre esse pronunciamento, enxerguei uma realidade social e no mundo dos negócios que precisa urgentemente de uma conversão de valores, uma volta para o que é realmente relevante na

vida de cada um de nós.

Então decidi investir tempo, inspiração e conhecimento para reunir neste e-book onze comportamen-tos que vêm tomando conta das pessoas no século XXI. São as epidemias comportamentais que já têm

vacina para a sua total erradicação. Depende apenas de cada um de nós. Vamos conhecê-las?

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Sentir-se imortal ou indispensável

Doença 1

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Doença 1 | Sentir-se imortal ou indispensável

Pessoas acometidas dos sintomas da imortalidade se sentem ”superiores a todos” e não “a serviço de todos”. No

seu discurso, o Papa Francisco recomendou uma visita a um cemitério para observarmos os nomes de tantas pessoas que

talvez acreditassem que eram imortais ou indispensáveis. Os efeitos dessa epidemia são bem inconvenientes. Particular-

mente eu percebi isso no meu próprio comportamento algumas vezes.

Na minha segunda viagem à Índia inclui no meu roteiro uma missão – conhecer a Fundação Vicente Ferrer, loca-

lizada em Anantapur, uma região desértica, com uma população predominante dos chamados intocáveis ou dalits. Para

chegar a essa região o caminho é muito difícil, mas eu estava animada! Quando cheguei vi que a organização ocupava

uma área muito grande e, ansiosa, fui procurar a secretaria. Na busca por informações, entrei em uma sala onde estava

sentado, atrás de uma mesa, o próprio Vicente Ferrer. Por alguns segundos, fiquei parada, sem acreditar, afinal, eu estava

diante de uma pessoa que vem fazendo a diferença na vida de milhões de indianos em estado de miséria. Feliz, pratica-

mente de plumas e paetês, eu me apresentei para dar a minha ‘ajuda-show’!

- Olá, senhor Vicente Ferrer, sou Leila Navarro, do Brasil, e vim para ajudar, eu anuncie eufórica.

Naquela circunstância eu achava que a minha simples intenção já valia como colaboração! Calmo, sem esboçar

emoção, o meu interlocutor simplesmente respondeu:

- Eu não pedi nada para você! O que você veio fazer na Índia?, perguntou.

- Vim à Mumbai conhecer a Terapia do Riso, respondi meio sem graça.

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- As pessoas estão com fome e você diz, sorriam!

- Quero conhecer o trabalho do Sai Baba, argumentei sem muito entusiamo.

- As pessoas estão com fome e você diz, materializem cinzas?

Com essas respostas eu desmontei e comecei a perceber a doença do “sou indispensável” em mim. Diante do meu

embaraço, rapidamente uma voluntária que nos acompanhava se dispôs a apresentar o trabalho realizado na fundação e

sua frase chegou como uma advertência em meus ouvidos:

- Vicente, eu vou levá-la para saber mais a respeito do nosso trabalho.

Sem tempo para qualquer comentário fui conduzida para fora da sala. Gentilmente a voluntária dedicou tempo

para me fazer compreender a complexidade do trabalho realizado na fundação e as necessidades das pessoas atendidas!

Quanto mais eu conhecia o trabalho, mais me dava conta da falta de respeito que tive com a Fundação Vicente Ferrer e

com ele mesmo. Cheguei disposta a ajudar, mas não preocupada em saber quem eles eram, das suas necessidades e como

eu poderia me dispor. Eu estava no meu eu, no meu ego, no salto e achava que a minha presença faria total diferença. Na

verdade, o que eu tinha para oferecer, eles dispensavam!

Ao conhecer tudo que a Fundação havia feito caiu a ficha. Como eu pude achar que uma pessoa que há 40 anos

vinha fazendo um trabalho de base com uma seriedade única poderia receber alguém que chega do Brasil quase que nas

plumas e paetes e diz: “Cheguei!”.

Esse é um exemplo de comportamento que, quem se sente indispensável não percebe. Quem se considera a “últi-

ma cocada” não vê porque não tem visão para o outro. Quem enxerga o outro jamais se considera indispensável.

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Antídoto1

Para combater o mal da imortalidade e do sentir-se indispensável o antídoto certeiro abrange quatro importantes

componentes: a autocrítica, a reflexão, a autoanalise e, ainda, um mais moderno e bastante eficaz, o autocoaching, que

consiste na atitude de se fazer perguntas sempre, pois quem não se atualiza se torna enfermo.

Para treinar essa última habilidade eu sugiro que você comece a se questionar a partir das seguintes questões:

1. Você se acha ou já se achou indispensável? Se sim faça uma reflexão de como chegou a essa conclusão.

2. Você acha que atualmente é possível alguém ser indespensável? Se sim, cite exemplos e analise suas respostas.

Quando eu descobri que sofria do mal do indispensável, escrevi no meu espelho a palavra FINITUDE. A partir

daí todos os dias pela manhã eu lembro que a vida é uma passagem e ninguém é mais importante que ninguém. Se você

identifica sintomas dessa doença na sua vida, incorpore os antídotos sugeridos ou crie suas próprias condições para

combarter esse mal.

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Excesso de trabalho

Doença 2

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Doença 2 | Excesso de trabalho

As pessoas que trabalham enlouquecidamente, os chamados workaholics, deixam de usufruir momentos de lazer,

em companhia das pessoas que amam, de aproveitar uma boa e descontraída leitura, música ou até mesmo “escutar” o si-

lêncio. Elas perdem a melhor parte da vida. Esse comportamento tem levado muita gente à agitação e ao estresse crônico.

Já é comprovado que qualquer coisa em excesso gera desequilíbrio: beber demais, fumar demais, farrear demais,

jogar demais, estudar demais, comprar demais, dançar demais e por aí afora. Mas, há um ponto nevrálgico nessa questão.

Socialmente, quando qualquer uma dessas coisas envolve dinheiro, gera lucro, então é considerado um trabalho rentá-

vel, aceitável e, ainda valorizada socialmente – uma linha tênue que tem levado muita gente a condições desgastantes. É

preciso ficar muito atento.

Antídoto 2

Contra a doença do excesso de trabalho, a vacina apropriada é o equilíbrio. Vamos pensar em uma situação prática

para entender essa questão. Coloque uma corda no chão em linha reta e tente andar em cima dela se equilibrando sem

tirar os pés da corda, um pé na frente do outro... (risos). Essa é uma brincadeira para quebrar a seriedade da questão.

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Para não adoecer cada um de nós precisa equilibrar os diversos setores da vida (saúde física, espiritual, intelectual,

familiar, carreira profissional, lazer, vida social). Esse é um grandioso exercício da vida.

Em certa ocasião li um artigo do consultor Steve Tobak e, com os devidos créditos, sugiro que você reflita sobre

os fatores que, segundo ele, fazem a diferença entre uma vida de satisfações e uma vida de arrependimentos. De acordo

com seus argumentos, ao contrário dos ditos populares, é possível alcançar o equilíbrio entre obrigações e distrações. Ele

defende que cada um de nós tem mais controle sobre isso do que acha que tem. Seguem os cinco fatores citados por ele.

1. Existe um ponto ideal

A teoria é a seguinte: se você trabalha demais e não consegue aproveitar a vida, você é um miserável. Se você só

quer curtir a vida e não trabalha, o resultado é o mesmo. Esses são os extremos. Mas existe o ponto ideal: trabalhar o

suficiente, ganhar dinheiro suficiente e ainda se divertir e curtir a vida. Esse ponto ideal é diferente para cada um, mas a

boa notícia é que ele existe.

2. Tudo depende dos seus objetivos...

Se o seu objetivo é ter uma carreira gratificante e uma boa vida em família, você vai conseguir. Esse é um objetivo

razoavelmente equilibrado. Mas, se por outro lado, você quer fazer algo que gere impacto mundo afora, você vai precisar

sacrificar alguma coisa na vida pessoal para atingir isso. E ainda tem uma terceira opção: se o seu objetivo é aproveitar

todas as festas e trabalhar o suficiente para continuar fazendo isso, não espere ter uma Ferrari estacionada na sua mansão.

Olhe por esse ponto: a vida é feita de escolhas.

3. ...e o quanto você tem se esforçado para alcançá-los.

Algumas pessoas querem ter tudo. Se os seus objetivos são muito “agressivos”, então você provavelmente vai ter

que trabalhar muito e por muito tempo, ou seja, ser disciplinado para alcançar o que quer. E é geralmente nesse caso que

o equilíbrio vai por água abaixo. É preciso entender, gostando ou não, objetivos não significam nada se você não estiver

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conseguindo aproveitar os bons momentos da vida.

4. Gostar do que faz ajuda bastante.

Eu gosto do que faço. Meu trabalho é grande parte do que eu sou e da minha vida. E porque eu trabalhei muito

para atingir meus objetivos quando era jovem, hoje eu posso aproveitar o que eu faço de muitas formas diferentes.

5. Você não precisa ficar conectado 24 horas.

É muito difícil evitar a persistência de checar e-mails,Twitter, Facebook e outras ferramentas, além dos telefone-

mas e mensagens de texto. Isso está relacionado com nossa necessidade de prazer instantâneo, de atenção e outras carac-

terísticas “viciantes” da comunicação que faz parte da cultura de que precisamos estar conectados 24 horas.

Segundo Steve Tobak, todas as pessoas que ele conhece e têm uma vida aparentemente confortável e um bom

equilíbrio são relativamente disciplinadas quando se trata desse assunto. Eles não deixam que os gadgets, as ferramentas

e aplicativos fiquem com o melhor do tempo deles. Esse é o diferencial.

A busca por equilíbrio é altamente subjetiva. É como procurar por um filme que você vai gostar. Você não sabe o

que vai achar dele, até acabar de ver. Em vez de esperar até o fim da sua vida para buscar o equilíbrio, pense nesses cinco

fatores e encontre uma combinação que funcione para você.

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Mexericos

Doença 3

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Doença 3 | Mexericos

Parece uma doença ultrapassada, mas nunca é tarde demais para falar desse mal que assola terrivelmente a huma-

nidade. É a doença dos velhacos que não têm coragem de falar diremanente, falam pelas costas. É preciso criar defesas

contra o terrorismo dos mexericos, uma forma insidiosa de extravasar as frustrações remexendo na vida alheia.

Mexerico parece coisa antiga porque é uma palavra falada pelas nossas avós, mas atualmente temos alguns sinôni-

mos bem pertinentes como fofoca, fuxico, mas, o que eu considero bem atual é a INTRIGA.

Existem duas formas comuns de mexericos:

1. Aquele que pretende ser “discreto” e só se passa ao melhor amigo.

2. Aquele que tem que ser “publicado” para ganhar dimensão de verdade.

Seja de um jeito ou de outro, o mexerico nunca é usado para elogiar. Quando está em ação serve apenas para

manchar ou denegrir a imagem de alguém. No mundo corporativo ele é tão ameaçador quanto na vida social ou fami-

liar. Entre hierarquias e colaboradores ele, em geral, se apresenta camuflado em dois temas bem corriqueiros: salários

com regalias e promoções. Tanto um como outro na versão mexerico são alimentados em troca de subserviência (leia-se

“lambe-botas”) ou troca de favores.

A doença do mexerico é muito comum atualmente na Internet, via redes sociais, que às vezes são verdades, mas,

em grande parte, mentiras que ficam impossibilitadas de se desfazer. A fofoca ou a intriga uma vez liberada pela Internet

pode ser fatal na vida de uma pessoa.

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Antídoto 3

O antídoto contra a doença do mexerico é a assertividade. Para não ser afetado por este mal é importante desen-

volver a competência da assertividade, que é a habilidade de um indivíduo expressar com convicção as suas opiniões em

situações contenciosas sem alterar seus comportamentos e forma de falar, muito menos invadir os direitos de terceiros.

Traduzindo tudo isso com poucas palavras é a habilidade de dizer sim quando deve ser dito sim, e não quando deve ser

dito não... Sim, sim ou não, não. Quem é assertivo não fica no meio termo.

Ainda que muitos pensem o contrário, assertividade não é sinônimo de egoísmo, mas sim de firmeza, autocon-

fiança e empatia. É, na verdade, a ferramenta mais poderosa que temos em nossa mão para agir com clareza, foco e

empatia. Suponhamos que no trabalho, seu companheiro gostaria de trocar o plantão no fim de semana e pede a você

para substitui-lo. Ele insiste e diz que retribuirá o favor, mas você não está com aquele pique que a semana foi cansativa.

O que você diria a ele?

A pessoa dá indícios da falta da assertividade quando não se atreve a dizer a verdade e acaba dizendo “sim” por

medo de enfrentar uma possível resposta incômoda do companheiro. Quanto mais objetivo é uma pessoa, mais fácil será

para todos. Algumas pessoas ilustres, vítimas de ataques do mexerico, fizeram declarações públicas sobre a questão. Veja:

“Agora compreendo algo sobre mim mesmo. Tenho a força do céu e do inferno em mim. Preciso aprender

a equilibrá-las porque são perigosas. Tenho que saber me controlar. Fofocas são apenas palavras pequenas

vindas de mentes pequenas.” Elvis Presley, cantor.

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“Acho que as pessoas que fazem fofocas, as fazem por não terem vida própria.” Ricky Martin, cantor.

“E agora me pedem que fale sobre mim mesmo. nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. Ah!

mas o que querem são detalhes, cruezas, fofocas... Aí vai!”, Mario Quintana, escritor.

A assertividade pode ser adquirida por meio do autoconhecimento. Os benefícios dessa vacina podem certamente

ajudá-lo no alcance de metas já que as pessoas assertivas são mais hábeis em controlar situações complicadas com sere-

nidade.

Agora, imagino que você deve estar se perguntando: como posso exercitar a minha assertividade? É mais simples

do que você imagina! Preste atenção nos toques seguintes:

1 - Escute as solicitações das pessoas à sua volta. A empatia é o passo mais importante para ser assertivo.

2 - Quando necessário se posicionar sobre os mais variados assuntos, explique suas razões, dê sua opinião e apren-

da a dizer sim ou não de acordo com o que realmente considera.

3 - A forma como você argumenta deve ser adequada. A serenidade é muito importante para não obter uma má

reação da pessoa que está falando com você.

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Alzheimer espiritual

Doença 4

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Doença 4 | Alzheimer espiritual

Esquecer que a vida é uma experiência espiritual num corpo material e, independentemente de religião, de cren-

ças, de raça, de culura ou qualquer outra questão, cada um de nós não é apenas um animal racional. Temos em nós algo

mais: a consciência.

Longe de colocar em pauta questões sobre segmentos religiosos. O destaque aqui é a espiritualidade. Até os ateus,

quando param para pensar que Deus não existe, já estão em contato com esse “algo mais”. Não existem méritos ou não

méritos e sim formas diferentes de ver e crer neste algo mais.

Fui criada na Igreja católica, mas sempre me interessei sobre as “muitas verdades”, de onde viemos e para onde

vamos. Com isso me senti atraída pela cabala, o induísmo, o budismo e outras ideias. Mas existe ainda uma ideia que me

encanta e acredito que pode dar sustentação à cura do Alzheimer Espiritual. Trata-se da proposta de George Ivanovich

Gurdjieff, mestre espiritual greco-armênio, que era uma figura enigmática e tinha uma força influente no panorama dos

novos ensinamentos religiosos e psicológicos, mais como um patriarca do que como um místico Cristão. Ele deixou um

legado sobre CONSCIÊNCIA.

Na sua época era considerado “despertador” de homens. Ele partia do pressuposto que os homens estão dormin-

do, são máquinas ambulantes que não sabem o que fazem. Assim, sua proposta defende a divisão dos quatro níveis de

consciência do ser humano.

1. Consciência do sono. Toda pessoa tem um nível de consciência quando dorme.

2. Consciência do despertar. Capacidade de responder aos estímulos à sua volta, ao seu cotidiano usando o básico

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do seu neocortex. É o estado de consciência mais usado e explorado pela maioria das pessoas.

3. Consciência da consciência. É manter-se atento e consciente do que está fazendo no momento presente, seja

em um momento de oração, de meditação, de reflexão em que alguns falam de um eu superior. É como se uma pessoa

assistisse ela própria, mantendo a consciência de si mesma.

4. Consciência do todo. É uma experiência que poucas pessoas conhecem, pois implica atingir a consciência do

todo, sendo um com o todo.

Antídoto 4

Para combater o mal do Alzheimer espiritual é preciso exercitar a consciência do momento presente. Você é capaz

de lembrar-se como acordou hoje de manhã? A consciência da consciência, ou atenção plena, consiste simplesmente

em uma atitude permanente de consciência e calma que permite viver plenamente no momento presente, mas embora

pareça bastante simples, muita gente tem dificuldade de colocar em prática.

O mais habitual é levantarmos no piloto automático e iniciarmos uma série de procedimentos sem ao menos nos

dar conta de cada ação. Em segundos realizamos a rotina habitual, ruminamos pensamentos e perdemos a chance de

desfrutar o que existe de belo e positivo ao nosso redor em diversas circunstâncias. Pasme, mas até ao tomar banho, sen-

tindo a sensação da água caindo sobre o corpo, mantendo-se presente naquele momento, o efeito dura mais. Então, que

tal começar a exercitar essa habilidade desde já?!

A partir de agora aproveite seu passado e futuro para viver plenamente o presente nas seguintes condições:

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•Recordar:reviver as emoções positivas experimentadas no passado.

•Saborearomomento:intensificar e prolongar o desfrute da experiência atual.

•Antecipação:olhar em direção ao futuro, esperar com ilusão e fantasiar sobre as boas coisas que nos aguardam

ou podemos realizar.

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Cara de enterro

Doença 5

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Doença 5 | Cara de enterro

Tem gente que levanta com um arrependimento tremendo de não ter morrido. Acorda de mau humor, zangado,

com raiva das coisas que precisa fazer. Outras levantam entusiasmadas, até contentes com o que têm pela frente, mas, na

verdade o que enxergam são possibilidades rotineiras, que não fazem muita diferença.

Ainda hoje, em alguns meios, existe o equivocado conceito de que para uma pessoa transmitir seriedade é preciso

que seja dura e arrogante, a literal cara de enterro. Por outro lado, já é conhecido pela Psicologia que a severidade teatral

e o pessimismo estéril são muitas vezes sintomas de medo e insegurança. Para manter uma conduta ou um padrão de

defesa muita gente mantém a imagem de dureza.

Mas, já ha algum tempo, muitos pequisadores sociais, pensadores e estudiosos já mostram que pessoas alegres,

bem humoradas, que riem de si mesmas convergem essa leveza comportamental às suas competências no trabalho e no

resultado positivo em seus relacionamentos. Diversos estudos e pesquisas estão falando da felicidade associada à pro-

dutividade, então, cara de enterro é um mal que não combina e nem se encaixa mais na dinâmica das relações no século

XXI. Abaixo as caras de enterro crônicas.

Antídoto 5 Doses ilimitadas de felicidade. Baseada em intensas pesquisas, eu desenvolvi o projeto EscolHa da Felicidade (www.

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escolhadafelicidade.com.br). Inicialmente articulado para a educação, hoje seus conceitos vêm circulando também no

meio empresarial levando a felicidade como um antídoto poderoso para combater muitos males, inclusive o cara de

enterro.

O mundo do trabalho vive em constante revolução silenciosa. Há décadas oferece o dinheiro como estímulo, sendo

esse um conceito quase unânime entre empresas/colaboradores. Organizações inovadoras começam a perceber que

esse modelo está ruindo, embora a remuneração seja ainda decisiva, em um mundo transformado pela crise, salários e

bônus já não exercem o mesmo fascínio.

A busca por um propósito maior, a chegada de uma nova geração ao mercado e a reinvenção dos escritórios/negócios

convergem para um ideal há muito negligenciado: a felicidade no trabalho. Entre a teoria dos estudos acadêmicos e a

vida real do cotidiano corporativo é preciso fazer uma série de reflexões sobre o propósito e valores envolvidos porque

a felicidade no trabalho é possível sim. Essa descoberta pode revolucionar a sua empresa – e a sua vida.

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Acumulação, consumo e desperdício

Doença 6

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Doença 6 | Acumulação, consumo e desperdício

Contextualizar algo tão paradoxal parece tarefa difícil, mas, no mundo moderno as pessoas têm a habilidade de

juntar esses três quesitos de uma forma excepcional, mesmo em uma era que vai exigir de cada ser humano saber usar

os recursos de forma sustentável, em todos os níveis: na vida pessoal, profissional e em relação aos recursos de nosso

planeta.

Já é real a necessidade de aplicar o desapego, consumir com eficiência e aplicar as diretrizes da sustentabilidade.

Muita gente, para preencher um vazio existencial do seu coração, só pensa em acumular bens materiais, consumir e nem

percebem o quanto desperdiçam. Vamos conferir se você sofre de algum sintoma dessa doença: responda às questões a

seguir:

•Vocêpercebealgumvazioexistencialnasuavida?

•Sesim,comolidacomessesentimento?

•Desejapermanecerdaformaqueestáoumudarorumodoseucomportamento?Porquê?

•Comopretendefazerisso?

Antídoto 6Para neutralizar a doença da acumulação, do consumo e do desperdício o antídoto é o autoconhecimento. Um aspecto

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relevante dessa vacina é a identificação de pontos fortes e fracos que influenciam as suas atitudes e decisões. No portal

www.leilanavarro.com.br/testes você encontra diversos testes que o ajudarão a descobrir ou redescobrir mais de si mes-

mo. Utilize essa ferramenta. Invista no autoconhecimento e, a partir daí, você terá condições apropriadas para vencer as

suas “debilidades”. Vamos lá! Não fique aí parado pensando nas dificuldades. Reaja!

Tenho outra boa proposta para você encontrar seu próprio antídoto para vencer a doença da acumulação, do

consumo e do desperdício. “Quando tudo não é o bastante”. Esse é um título para um texto que você deve escrever para

si mesmo. Baseado nesse tema abra o seu coração e escreva tudo que ele significa para você. Direcione-se pelos seguintes

questionamentos:

•Dascoisasquevocêanseianavidaoqueérealmentenecessidade?

•Dascoisasquevocêanseianavidaoqueédesejo?

•Oquevocêteráquesacrificarparateroquenecessita?Valeapena?

•Oquevocêteráquesacrificarparateroquedeseja?Valeapena?

•Quantotempoduraasuasatisfaçãodeumdesejorealizado?

•Vocêanseiarealizardesejosparavocêouparaosoutros?

•Quaisascarênciasquevocêdesejasuprircomarealizaçãodosseusdesejos?

Essas são apenas algumas questões para você pensar e se autoanalisar. Seja realista consigo mesmo e assuma a sua

atual condição. Quando assumimos o que somos, o que não queremos para nós e o que precisamos ajustar na própria

vida fica mais fácil organizar as mudanças.

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Esquizofrenia existencial

Doença 7

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Doença 7 | Esquizofrenia existencial

Quem sou eu? O que tenho feito da minha vida? Por que as coisas boas acontecem com os outros e não comigo?

Se eu ganhasse na loteria tudo seria diferente! O meu chefe me persegue? As coisas são tão difíceis para mim!

Por acaso você se identificou com uma ou mais das interrogações ou afirmações acima? Se sim, você tem sintomas

de que abandonou o autoconhecimento, que propicia a autoestima, a autoconfiança, a autodisciplina e automotivação, e

tem se limitado ao próprio mundo.

A questão da esquizofrenia existencial é que a pessoa cria realidades imaginárias, sofrem, matam e fazem loucuras.

Se enquadram bem nesse quesito os terroristas. Pessoas nessas condições têm miopia generalizada, se deixam ser mani-

puladas e perdem o discernimento.

Não estou declarando que as pessoas estão esquizofrênicas, mas quero fazer um paralelo com certos compor-

tamentos que vêm sendo cada vez mais frequentes entre as pessoas na sociedade, nas empresas, nas famílias. Observo

pessoas com comportamentos bem parecidos aos dos esquizofrênicos: ficam ouvindo pensamentos negativos ou ‘memes’

que se repetem e minam suas energias, não sabem como controlar alguns impulsos, perdem energia e força, criam medos

e perseguições imaginárias de chefes ou colegas, são hostis sem nenhum motivo aparente, etc.

Conheci uma experiência bastante interessante de pesquisadores que perguntaram para três grupos qual o número

de pessoas que morriam assassinadas por dia. O primeiro era formado por pessoas que assistiam três horas de tevê por

dia. No segundo as pessoas assistiam sete horas/dia. E no terceiro as pessoas assistiam mais de doze horas/dia.

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A resposta de cada grupo reflete um comportamento bem interessante. O primeiro disse que morriam 2%, o se-

gundo falou em 4% e o terceiro 8%. Baseado em levantamentos da Organização das Nações Unidas o percentual é de

0,006%. Isso nos leva a concluir que a esquizofrenia existencial tem a ver com o que nos alimentamos intelectualmente.

Antídoto 7Quanto mais investimos em conhecimento, no autodesenvolvimento e numa caminhada mais consciente da pró-

pria vida e ao nosso redor a possibilidade de se tornar um paranoico diminui bastante.

Para combater a esquizofrenia existencial é necessário oxigenar o cérebro e isso acontece quando saímos da “caixa”

(digo, paramos de olhar o próprio umbigo) e nos questionarmos frequentemente. Quer algumas provocações? Leia as

perguntas abaixo, reflita sobre cada uma delas e responda para si mesmo:

1. O que você NÃO deve fazer para ser feliz hoje?

2. Se você ganhasse muito dinheiro hoje, continuaria no mesmo trabalho?

3. Quais são os seus pontos fortes e quais as oportunidades que tem por causa deles?

4. Quais são os seus objetivos para os próximos meses?

5. Quais tarefas na sua rotina são urgentes, mas possuem pouca influência na realização do seu objetivo principal?

6. Quais as coisas na sua vida que você não muda de jeito nenhum?

7. Quais as coisas na sua vida que você tolera, mas mantém porque acredita que elas fazem diferença?

8. Você se sente escravo da comida, da moda, dos exageros? Por quê?

9. O que é felicidade plena para você?

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Somente essa última questão eu dou a resposta: veja menos televisão e responda a todas as questões indicadas

acima (risos). Seja autêntico com você mesmo. Reconheça as coisas que têm enlouquecido a sua vida. Tampe os ouvidos

para o memes que o impedem de escutar a sua essência divina e perceber seus verdadeiros talentos e forças. Deixe de lado

a realidade que não é sua e viva consciente do seu momento presente.

•Quaisascarênciasquevocêdesejasuprircomarealizaçãodosseusdesejos?

Essas são apenas algumas questões para você pensar e se autoanalisar. Seja realista consigo mesmo e assuma a sua

atual condição. Quando assumimos o que somos, o que não queremos para nós e o que precisamos ajustar na própria

vida fica mais fácil organizar as mudanças.

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Mentalidade dura e o excesso de planificação

Doença 8

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Doença 8 | Mentalidade dura e o excesso de planificação

Ter um planejamento de vida é muito importante. Quando investimos tempo para pensar de onde saímos, onde

estamos e para onde desejamos seguir, a possibilidade de coordenar melhor as coisas se amplia. No portal www.leilana-

varro.com.br eu disponibilizo um curso para elaboração de um planejamento estratégico pessoal gratuito e você pode

aproveitar esse instrumento para organizar a sua vida.

Porém, como eu já disse anteriormente, tudo em excesso gera desequilíbrio. Mesmo com a elaboração de um pla-

nejamento é importante exercitar a flexibilidade. A doença da mentalidade dura e do excesso de planificação é gerada

quando a pessoa passa a acreditar que o seu planejamento é a garantia para a vida, que é possível controlar tudo. Quando

isso acontece, ela fica vulnerável às diversidades que naturalmente acontece na vida de cada um de nós.

Falta de flexibilidade remete à perda da serenidade interior, à vivacidade e a audácia. A pessoa se esconde atrás de

papéis, regras, modelos, cargos deixando de ser antes de tudo ser humano.

Antídoto 8Planejar é preciso. Isso não há dúvida. As pessoas bem-sucedidas não garantem as suas conquistas e realizam seus pro-

jetos por sorte ou acaso. O planejamento nos leva a enxergar de forma mais clara e consciente as metas, objetivos e as

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condições necessárias para alcançar cada etapa. A grande questão nos tempos atuais e a necessidade de revisão constante

dos planos. É algo paradoxal o que afirmarei, mas entendo que a vida de cada um de nós deve ser vivida quase como se

não houvesse planos, mas de forma planejada... hehehe. É realmente ambíguo e complexo, mas na prática é bem fácil

para compreender.

Venho exercitando processos revisão de planejamentos. Por exemplo, na minha empresa e com minha equipe,

durante anos tivemos a pretensão de planejar cada detalhe do que pretendíamos. Gastávamos horas estabelecendo obje-

tivos, definindo metas, vislumbrando possibilidades, mas o resultado nem sempre era satisfatório. Agora fazemos dife-

rente. Vislumbramos diversas possibilidades para o ano, mas estabelecemos três ou quatro projetos para manter o foco

em três meses e, ainda, deixamos um espaço para novas possibilidades. Poderíamos fazer um planejamento com tempo

menor ou esticar para seis meses, mas definimos para um trimestre e criamos um esboço para o restante do ano, o que

será revisto a cada três meses ou sempre que houver necessidade. Com isso observo que eu e a minha equipe estamos

tranquilos, envolvidos e mais comprometidos. Todos têm um norte e cada um está consciente do seu compromisso, com

a nossa bússola em punho.

Planejar, rever constantemente o planejamento, avaliar e, novamente, planejar, rever e avaliar em períodos mais

curtos sem perder de vista o seu objetivo maior. Esse é o antídoto bastante eficiente para exterminar a doença da menta-

lidade dura e do excesso de planificação .

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Carreirismo ou oportunismo

Doença 9

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Doença 9 | Carreirismo ou oportunismo

Como tenho visto pessoas contagiadas pelo carreirismo ou oportunismo. Elas fazem coisas pela carreira, pelo

sucesso e não por uma causa ou um propósito maior, o que conduz para um vazio existencial. É importante buscar e

estimular todo o tempo a autenticidade. Tem muita gente contaminada com a doença do carreirismo ou o oportunismo

e ainda nem faz ideia disso porque existem sintomas desse mal que passaram a ser considerados “normais”.

Em geral se destaca o carreirismo ou oportunismo de forma mais acentuada na política, mas, na verdade, em todas

as esferas da economia e níveis hierárquicos existem pessoas que buscam vantagens no trabalho por meios não éticos.

Pasmem! Até no meio eclesiástico essa doença tem resistido. Num discurso direcionado à Cúria episcopal, realizado em

dezembro 2014, Papa Francisco alerta sobre o carreirismo na Igreja. Agora imagine! Se no clero acreditamos ter homens

santos, acima de qualquer influência social mundana, como estão as mentes influenciadas por esta doença num mundo

competitivo e capitalista. Socorro!

A doença do carreirismo faz com que as pessoas não sejam comprometidas com os ideais de seus pares ou da em-

presa em que trabalha o que pode ser um veneno terrível para muitas equipes.

Antídoto 9A motivação gera o comprometimento ou o comprometimento gera a motivação? Na prática, mais importante que

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identificar qual aspecto está em primeiro lugar, é ter a consciência que um está intimamente ligado ao outro. Uma pessoa

comprometida assume uma obrigação ou tarefa alheia como se fosse dela própria. Do seu empenho e dedicação nascem

motivos para a ação (motivação) para impulsionar projetos, ideais, sonhos e o desejo de alcançar objetivos. E, quem tem

motivos para a ação torna-se capaz de desempenhar um trabalho da empresa com a mesma seriedade e empenho com

que trataria um assunto pessoal. A falta da motivação e do comprometimento retrai e isola as pessoas, impede que arris-

quem e experimentem novas possibilidades e, ainda, restringe sua expansão.

Um toque importante é que a vida passa, a fila anda e quanto mais comprometidos somos com a nossa vida, a

nossa carreira e os objetivos das pessoas que nos cercam, mais bem-sucedidos seremos. Deixe de olhar apenas para o

seu próprio umbigo e veja ao seu redor quantas possiblidades existem para serem conquistadas. A vida não se resume

nas suas necessidades e nos seus interesses. Agora preste atenção! A única forma de motivação que se sustenta é a que se

origina do nosso interior, da paixão por um objetivo de vida, da vontade de superar desafios, da gratidão ao Universo.

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Rivalidade e vaidade

Doença 10

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Doença 10 | Rivalidade e vaidade

Tenho um desafio para você. Mesmo durante a leitura deste e-book, pare alguns segundos, vá à frente de um espe-

lho e observe a imagem refletida. O que você enxerga? Quem é a pessoa que está por trás da sua retina?

Num primeiro instante parece que é muito fácil responder a essa pergunta, mas, ao fixar os olhos na sua própria

imagem tem muito gente que não permanece durante muito tempo, muito menos consegue ser honesto consigo mes-

mo para responder às perguntas. Aí, sem encarar a própria realidade parte para uma luta insana para conquistar bens

materiais, status, poder, exclusividade, fama... deixando de lado o SER para dar crédito ao TER. Tem gente que coloca a

estética, por exemplo, como principal objetivo de vida deixando em segundo plano muitas vezes até a saúde.

Dinheiro, vaidade e poder têm gerado profundas rivalidades. Tem gente fazendo coisas antes impensadas para

manter uma pose que é apenas superficial. O Facebook é uma realidade moderna que exemplifica esse contexto. Um

número significativo de pessoas tem vida dupla: real e virtual. O mundo está ligado pelas redes sociais – uma teia de

conexões que espalham informações e dão voz às pessoas, mas nem tudo que está lá é o que de fato acontece.

Mas, a rivalidade e a vaidade não se limitam às redes sociais. O mundo real (ou off, como também é conhecido) nas

empresas, nos relacionamentos pessoais, nas sociedades, e por aí vai, tem padecido com esses males e é preciso manter-se

atento para evitar a sua contaminação.

Antídoto 10Encare a sua realidade. Volto a perguntar: quem é você? Quais são os valores que regem a sua essência? Tem muita gente

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que busca tantas coisas na vida e nem sabe qual a razão. Pessoas que se fortalecem em sua própria vontade para que tudo

aconteça do seu jeito e, para isso, passa por cima de outras e colocam de lado valores importantes. Faça uma rápida aná-

lise da sua vida e seus comportantes e responda se você faz parte desse universo.

O antídoto contra a vaidade e a rivalidade é o autoconhecimento. Na verdade, muitos males do universo seriam

exterminados se as pessoas buscassem se conhecer melhor e respeitassem a si próprias. Mas, o grande impasse é como

se conhecer melhor! O portal Exame.com publicou em julho de 2014 uma matéria sobre a importância do autoconhe-

cimento e relaciona dez perguntas interessantes criadas por Jorge Matos, fundador e presidente da Etalent, empresa de

tecnologia especializada na gestão da mudança pessoal e educação do comportamento. Veja abaixo e comece a fortalecer

a competência do autodesenvolvimento na sua vida. Seja honesto consigo mesmo ao responder cada uma das perguntas

abaixo. Aproveite.

1. Como o mundo funciona e como viver melhor nele?

2. O que eu tenho de melhor?

3. O que me faz feliz?

4. Estou maximizando meus talentos e trabalhando meus pontos fracos?

5. Qual a minha essência e onde me sinto melhor?

6. Estou no caminho certo?

7. Tenho clareza das lacunas em relação ao meu trabalho?

8. Aonde quero chegar?

9. Possuo um plano de desenvolvimento estruturado?

10. Qual a minha visão de futuro?

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Indiferença e o desamor

Doença 11

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Doença 11 | Indiferença e o desamor

Como é desanimador encontrar pessoas que só pensam nelas mesmas. Pessoas que perderam a sinceridade, o

calor das relações humanas e, por inveja ou astúcia, sentem alegria em ver o outro cair ao invés de ajudá-lo a se levantar.

Entre as todas as doenças apresentadas neste e-book eu considero a indiferença e o desamor as piores. Quando

“desamamos” o outro, deixamos de amar a nós mesmos. Somos indiferentes. Humberto Maturana, um neurobiólogo

chileno, afirma que o amor é o elemento estrutural da fisiologia humana: “O amor é a emoção que constitui o domínio

de condutas em que se dá a operacionalidade da aceitação do outro como legítimo outro na convivência, e é esse modo

de convivência que focamos quando falamos do social”.

Esse mal tem gerado crimes, abusos e acidentes que acontecem em espaços públicos diariamente, mas cada vez

menos impressionam o cidadão comum, que muitas vezes passa ao lado destas situações sem demonstrar o menor sen-

timento de preocupação.

Na canção Monte Castelo, Renato Russo faz uma advertência importante sobre o amor. “Ainda que eu falasse a língua dos homens/E falasse a língua dos anjos/Sem amor eu nada seria/É só o amor, é só o amorQue conhece o que é verdade/O amor é bom, não quer o mal/Não sente inveja ou se envaidece...”

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Antídoto 11

Simplesmente preste atenção ao seu redor e ame o outro como a si mesmo.

O mundo moderno se apresenta como um tempo de muita correria, interesses próprios e o remédio é manter-se

atento às coisas que acontecem ao seu redor. Diria até que devemos exercitar a compaixão e nos colocarmos no lugar do

outro. Quando exercitamos isso, deixamos de olhar friamente para as situações e passamos a buscar soluções para o bem

comum. Preste atenção a tudo que está ao seu redor e exerça influências positivas por todo lugar que passar.

A pessoa que deseja experimentar o amar, deve se colocar na vida de maneira mais amorosa e tolerante. Quando

se está pronto para perdoar e cooperar, em vez do confronto, todos aqueles que são parte de nossa experiência começam

a desfrutar de paz e de um sentimento de prosperidade.

A violência somente pode ser detectada com muito mais frequência onde existe falta de amor e inteligência. A

existência do mal diminui onde há educação, amizade e amor. O ato de amar é a oportunidade de cada um de nós nos

tornarmos um ser humano melhor e isso não se restringe ao relacionamento amoroso e ainda vai muita além de condi-

ções, afinidades e parentescos. Dependência, apego, o medo de perder, o controle não é amor. Quem ama confia, respeita

o outro como um legítimo outro e para legitimar o outro tenho que primeiro me legitimar e me amar.

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+ super toque

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Já perguntaram para você o que gostaria de ter feito na vida e não fez?

Se sim, o que você respondeu? Se nunca fizeram essa pergunta, eu faço agora e sugiro que você reflita sobre isso.

Isso, você mesmo! Não deixe passar essa oportunidade. Não importa a sua idade, as experiências vividas até aqui, a sua

condição socioeconômica ou qualquer outro fator. A pergunta é dirigida ao ser humano que você é, a pergunta é voltada

à sua essência.

Enquanto fui construindo cada linha desse e-book, além das observações que eu tenho feito nas mais variadas

circunstâncias com as pessoas, eu mesma fui refletindo sobre o meu posicionamento, as minhas próprias experiências, as

atitudes, os meus sonhos e projetos. Como é bom fazer um reconhecimento mental e eliminar tudo que não serve mais...

Olha. Preste atenção a um toque simples, mas poderoso. Fazer faxina no guarda-roupa é tão eficiente quando faxina

mental. Os dois juntos podem gerar benefícios que você nem imagina.

Já me perguntaram o que eu gostaria de ter criado e escrito para transformação da humanidade, mas alguém che-

gou primeiro e registrou! Uau, essa é uma pergunta ousada e instigou meus neurônios... Depois de pensar algum tempo

cheguei à conclusão que gostaria de ter criado as 20 regras da Qualidade de Vida Interior, do pensador Gurdjieff, citado

anterioremente, que, para mim, resume o bem viver e previne todas as doenças. Segundo ele, “uma boa vida tem como

base o sentido do que queremos para nós em cada momento e daquilo que realmente vale como principal”.

Gurdjieff já falava no início do século passado sobre autoconhecimento e na importância de saber viver bem. Ele

traçou regras de vida e elas foram colocas em destaque no Instituto Francês de Ansiedade e Estresse, em Paris. Dizem os

“experts” em comportamento que quem consegue assimilar pelo menos 10 regras certamente já aprendeu a viver com

qualidade de vida interna. Então, vamos conhecer quais são elas.

1. Faça pausas de dez minutos a cada duas horas de trabalho, no máximo. Repita essas pausas na vida diária e pense em você, analisando suas atitudes.

2. Aprenda a dizer não sem se sentir culpado ou achar que magoou. Querer agradar a todos é um desgaste enorme.

3. Planeje seu dia, sim, mas deixe sempre um bom espaço para o imprevisto, consciente de que nem tudo depende de você.

4. Concentre-se em apenas uma tarefa de cada vez. Por mais ágeis que sejam os seus quadros mentais, você se exaure.

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5. Esqueça, de uma vez por todas, que você é imprescindível. No trabalho, em casa, no grupo habitual. Por mais que isso lhe desagrade, tudo anda sem a sua atuação, a não ser você mesmo.

6. Abra mão de ser o responsável pelo prazer de todos. Não é você a fonte dos desejos, o eterno mestre de cerimô-nias.

7. Peça ajuda sempre que necessário, tendo o bom senso de pedir às pessoas certas.

8. Diferencie problemas reais de problemas imaginários e elimine-os porque são pura perda de tempo e ocupam um espaço mental precioso para coisas mais importantes.

9. Tente descobrir o prazer de fatos cotidianos como dormir, comer e tomar banho, sem também achar que é o máximo a se conseguir na vida.

10. Evite se envolver na ansiedade e tensão alheias enquanto ansiedade e tensão. Espere um pouco e depois retome o diálogo, a ação.

11. Família não é você, está junto de você, compõe o seu mundo, mas não é a sua própria identidade.

12. Entenda que princípios e convicções fechadas podem ser um grande peso, a trave do movimento e da busca.

13. É preciso ter sempre alguém em que se possa confiar e falar abertamente ao menos num raio de cem quilôme-tros. Não adianta estar mais longe.

14. Saiba a hora certa de sair de cena, de retirar-se do palco, de deixar a roda. Nunca perca o sentido da importân-cia sutil de uma saída discreta.

15. Não queira saber se falaram mal de você e nem se atormente com esse lixo mental; escute o que falaram bem, com reserva analítica, sem qualquer convencimento.

16. Competir no lazer, no trabalho, na vida a dois, é ótimo… para quem quer ficar esgotado e perder o melhor.

17. A rigidez é boa na pedra, não no homem. A ele cabe firmeza, o que é muito diferente.

18. Uma hora de intenso prazer substitui com folga três horas de sono perdido. O prazer recompõe mais que o sono. Logo, não perca uma oportunidade de divertir-se.

19. Não abandone suas três grandes e inabaláveis amigas: a intuição, a inocência e a fé!

20. E entenda de uma vez por todas, definitiva e conclusivamente: “Você é o que se fizer ser!”

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Toques Finais

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Amplieosantídotosqueexistememvocê

Dinheiro, influência, indicações, opinião alheia, nada disso gera a matéria-prima para os antídotos necessários. A consciência da sua realidade e o empenho para mudar o que é necessário oferecem os recursos para viver com mais equilíbrio e mais realizações.

Descubra o seu sentido de vida

Essa descoberta o ajudará a enfrentar qualquer eventualidade, pois quando temos claro e forte o sentido de nossa existência, o nosso propósito, diante de uma eventulidade difícil, a insegurança é anulada e passamos a entender cada oportunidade como um aprendizado. O propósito de vida nos coloca desafios. Ao invés de aceitar derrotas, afiamos nossos talentos, revemos nossas metas, criamos estratégias e seguimos em frente, pois o sentido de vida é o norte para alcançar objetivos, mesmo que seja necessário atravessar mares, montanhas e desertos. Mesmo que na caminhada seja necessário “descansar” um pouco (e isso sugere parar para aprender ou exercitar alguma lição), o sentido de vida gera força e faz avançar com foco em um propósito maior.

Um forte abraço, Leila Navarro

Se este e-book de alguma maneira abriunovos horizontes para a sua vida, compartilhe-o. Conhecimento e generosidade nunca são demais e são atributos importantíssimos para o crescimen-

to e de cada um de nós.

CONECTE-SE

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Leila NavarroHá mais de 15 anos no mercado de palestras, Leila Navarro con-

quistou sólida carreira no Brasil e no exterior. Suas palestras já

foram assistidas na Espanha, Chile, Uruguai, Panamá, Japão,

México, Peru, Paraguai, Colômbia, Angola e Portugal. Nos últi-

mos anos tem feito apresentações trimestrais na Espanha e em

Portugal. No Brasil, segundo a Revista Veja, integra o ranking dos

20 mais notáveis palestrantes brasileiros.

Leila Navarro é palestrante pioneira no lançamento de recurso

moderno, tecnológico e inovador, o APP Motive-se, um aplica-

tivo motivacional completo! Além dos constantes convites para

entrevista em programas de tevê, rádio e mídias virtuais e im-

pressas, ela é colunista do Programa Tribuna Independente, da

Rede Vida, e do Programa Palavras Amigas, da Rádio Globo BH.

Em 2014, como líder-coach, Leila Navarro leva um grupo de pes-

soas para uma Viagem Sabática na Índia, uma experiência para

vivenciar a diversidade. Em 2013 foi eleita Top5, na categoria

palestrante, do Prêmio Top of Mind Estadão RH, o Oscar do RH,

o mais prestigiado e desejado prêmio do mercado. No mesmo

ano foi homenageada Empreendedora em RH, em cerimônia de

Certificação e Premiação dos Melhores Fornecedores para RH,

realizada pela Gestão RH. Entre os prêmios que conferem des-

taque à sua carreira também está o Prêmio de 100 fornecedores

de RH – Categoria palestrante do ano (2005 e 2009).

Leila Navarro é idealizadora do Projeto EscolHa da Felicidade,

um conceito inovador para todos os segmentos organizaciona-

is e níveis hierárquicos que traz à luz a felicidade como atitude

interior. Constante pesquisadora e estudiosa sobre o comporta-

mento humano, a profissional tem quinze livros publicados, entre

eles, “Talento para ser Feliz”, “Talento a prova de crise”, “O pod-

er da superação”, “Confiança, a chave para o sucesso pessoal e

empresarial” e “Confiança, o diferencial do líder”, os dois últi-

mos desenvolvido a quatro mãos com o consultor espanhol José

María Gasalla, Leila Navarro mantém como base da sua carreira a

inovação, a confiança, a sustentabilidade, o comprometimento e

a capacidade de manter todos esses quesitos em altos níveis de

satisfação e felicidade.

• Graduada na área da saúde pela Universidade de São Paulo (USP)

• Especialista em Medicina Comportamental (UNIFESP)

• Habilitada na Metodologia CPS - Creative Problem Solving (CPSI – Buffalo – USA)

• Participou do Training Course of Solving Human & Organizational Problems for Brazil, no Japão.

• Tem diversas certificações nacionais e internacionais em Programação Neurolinguística (PNL) e Developmental Behavioural Modelling (DBM)

• É habilitada em Gestão de Talentos pelo ESADE

• Especializada em Coaching Efectivo com Modelado DBM pela AE-COP (Associação Espanhola de Coaching e Consultoria de Processos).

• Na Espanha é colaboradora acadêmica na ESADE Business School e professora convidada na Universidade de Barcelona (UB).