11 ultimato a israel - as 70 semanas

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O ULTIMATO DIVINO A ISRAEL: AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL A importância da profecia das setenta semanas de Daniel 9 é amplamente admitida. Diz o dispensacionalista Alva J. McClain, "Provavelmente, nem um único pronunciamento profético seja mais crucial nos campos da interpretação bíblica, da apologética e da escatologia." 1 Contudo, esta mais expressiva profecia messiânica de toda a Bíblia é também considerada por alguns como sendo "uma das mais difíceis [de compreender] em todo o Velho Testamento". 2 Não obstante, o livro de Daniel testifica da inspiração divina da Bíblia hebraica e da profecia preditiva em particular. Uma avaliação das setenta semanas de Daniel 9 como 490 anos, leva irrevogavelmente à conclusão de que o Messias prometido de Israel já apareceu antes da destruição de Jerusalém em 70 A.D. É compreensivo que o Talmude amaldiçoe aqueles que tentam computar as setenta semanas de Daniel. 3 24 Setenta "setes" estão decretados para o teu povo e a tua santa cidade para finalizar a transgressão, para dar fim ao pecado, para expiar a iniqüidade, para trazer a

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O ULTIMATO DIVINO A ISRAEL: AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL

A importância da profecia das setenta semanas de Daniel 9 é amplamente admitida. Diz o dispensacionalista Alva J. McClain, "Provavelmente, nem um único pronunciamento profético seja mais crucial nos campos da interpretação bíblica, da apologética e da escatologia."1 Contudo, esta mais expressiva profecia messiânica de toda a Bíblia é também considerada por alguns como sendo "uma das mais difíceis [de compreender] em todo o Velho Testamento".2

Não obstante, o livro de Daniel testifica da inspiração divina da Bíblia hebraica e da profecia preditiva em particular. Uma avaliação das setenta semanas de Daniel 9 como 490 anos, leva irrevogavelmente à conclusão de que o Messias prometido de Israel já apareceu antes da destruição de Jerusalém em 70 A.D. É compreensivo que o Talmude amaldiçoe aqueles que tentam computar as setenta semanas de Daniel.3

24Setenta "setes" estão decretados para o teu povo e a tua santa cidade para finalizar a transgressão, para dar fim ao pecado, para expiar a iniqüidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o santíssimo.

25saiba e compreenda isso: Desde a saída do decreto para restaurar e reconstruir Jerusalém até que venha o Ungido, o governante, haverá sete 'setes', e sessenta e dois 'setes'. Ela será reconstruída com ruas e uma trincheira, mas em tempos de tribulação.

26Depois dos sessenta e dois 'setes', o Ungido será cortado e nada terá. O povo do governante que virá destruirá a cidade e o santuário. O fim virá como um dilúvio: Guerras continuarão até o fim, e desolações são decretadas.

27Ele confirmará um concerto com muitos por um "sete', mas no meio deste 'sete' ele porá um fim ao sacrifício e a oferta. E alguém que causa desolação colocará abominações em uma ala do templo até que o fim que está decretado seja derramado sobre ele (Daniel 9:24-27, NIV).

A admoestação de Cristo a Seus apóstolos para ler e compreender "o profeta Daniel" concernente ao "abominável da desolação" em

O Ultimato Divino a Israel: As 70 Semanas de DanielJerusalém (Mateus 24:15) indica que a profecia de Daniel determinou a perspectiva de Cristo quanto ao futuro. Não há dúvida de que Cristo aplicou o assolador que causa abominações de Daniel 9:27, não às atrocidades passadas de Antíoco Epifânio em 167-164 A.C. (como faz 1 Macabeus 1:54vv), mas ao Seu próprio futuro imediato, quando o exército romano destruiria Jerusalém e o templo em Sua geração (ver Luc. 21:20-24). A aplicação contemporânea de Jesus de Daniel 9:26, 27 foi confirmada em 70 A.D. quando os exércitos romanos sob o general Tito colocaram a sua insígnia idolátrica em Jerusalém como uma "abominação" e destruiu o templo.4

A posição de L. F. Hartman de que "a quase-profecia de Daniel 9:26" se refere exclusivamente "ao clima da perseguição aos judeus por Epifânio, quando aboliu os sacrifícios legítimos a Jeová no templo de Jerusalém e erigiu em seu altar a estátua de Zeus Olímpio"5, é respondida por J. G. Baldwin: "Comentaristas que argumentam que Antíoco Epifânio cumpriu essa profecia encontrarão dificuldade para explicar o fato de que ele não destruiu nem o templo e nem a cidade de Jerusalém [como requer Daniel 9:26]".6

Assim Cristo aplicou a profecia das setenta semanas do Messias vindouro e as subseqüentes devastações de Seu inimigo, ao Seu próprio tempo e não ao passado ou ao futuro indefinido. Cristo relacionou a queda de Jerusalém em 70 A.D. com a recusa final de Israel em aceitá-Lo como seu Rei e Salvador (ver Mat. 21:33-43; 23:37, 38; Luc. 19:41-44). Essa correlação entre a vinda do Messias e a destruição tanto da cidade quanto do santuário é a mensagem crucial de Daniel 9:26, 27. A profecia das setenta semanas é basicamente messiânica e anuncia as conseqüências da rejeição do Messias por Jerusalém. É o ultimato de Deus ao Israel nacional.

A Unidade Inseparável das Setenta Semanas

"Setenta 'setes' foram decretados ou determinados por Deus como um período de teste final para Jerusalém e o povo judeu depois que os

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O Ultimato Divino a Israel: As 70 Semanas de Danielsetenta anos de exílio babilônico houvesse terminado (ver Daniel 9:24). Não há dúvida a respeito da duração desse período: setenta vezes sete "anos" ou 490 anos (ver RSV). Nenhum simbolismo de um-dia-por-um-ano precisa ser suposto aqui, porque Gabriel não usa símbolos na sua explanação cronológica detalhada.

G. F. Hasel observa, "Há virtualmente um acordo unânime entre os intérpretes de todas as escolas de pensamento de que a frase 'setenta semanas' ou literalmente 'setenta setes'...significa 490 anos".7

Gabriel explicou a Daniel que a história de Israel dentro desse espaço de 490 anos se desenvolveria em três fases distintas: uma de sete semanas, uma segunda de sessenta e duas semanas e uma terceira de uma semana (ver versos 25 e 27). Contudo, em nenhuma parte o anjo indica uma brecha entre qualquer uma dessas três fases. Sugerir um intervalo de tempo indeterminado entre as sete e as sessenta e duas ou entre as sessenta e duas e a última semana, é uma suposição antinatural que milita contra a unidade e o objetivo expresso das setenta semanas (ver o verso 24).

A pressuposição exegética normal e natural é que as setenta semanas consecutivas são uma unidade inseparável. São apresentadas como uma unidade, assim como os setenta anos de exílio babilônico em Daniel 9:2. E. J. Young conclui, "Se não há justificativa para inserir uma brecha na profecia de Jeremias, que justificativa há para fazê-lo na profecia dos setenta setes? Se houvesse uma brecha a profecia de Jeremias (Jer 25:10), Daniel nunca poderia ter compreendido os anos de cativeiro".8 Conclui Philip Mauro, "Nunca um número específico de unidades de tempo, compondo uma extensão descrita, foi tomado para significar qualquer coisa senão unidades de tempo contínua ou consecutiva''.9 Porque os outros períodos de tempo preditos são consecutivos, a expectação natural pode ser apenas que as setenta semanas de Daniel também são consecutivas.

J. F. Walvoord, contudo, traça um paralelo entre as profecias messiânicas do Velho Testamento e as profecias de tempo de Daniel, a

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O Ultimato Divino a Israel: As 70 Semanas de Danielfim de sustentar a idéia de uma brecha entre a sexagésima nona e a septuagésima semana de Daniel 9. Mas o fato de que os profetas do Velho Testamento normalmente fundiam o primeiro com o segundo advento de Cristo em suas profecias messiânicas sem considerar o intervalo entre os dois (Isaías 9:6; 61:1, 2; Zacarias 9:9, 10) não nos dá apoio para criar uma brecha entre os períodos específicos de tempo em Daniel 9. A unidade cronológica das setenta semanas não é "paralela" a nenhuma promessa messiânica não cronológica, a despeito da afirmação de Walvoord.10

As promessas messiânicas regulares nem sempre pretendem apresentar a ordem histórica adequada dos dois adventos de Cristo, e às vezes, até mesmo a reverte (ver Gênesis 3:15; Zacarias 9:9). Tais exemplos nunca podem servir como argumento para criar uma brecha entre a sexagésima nona e a septuagésima semana profética de Daniel. E. Hengstenberg representa a interpretação clássica da igreja: "As 70 hebdomadas ou 490 anos, está aqui predito como um período que continuará ininterruptamente desde o seu começo até o seu encerramento...O que pode ser mais evidente do que isso? São transcorridas exatamente setenta semanas ao todo, e como alguém pode imaginar que há um intervalo entre 69 e 1 semana, quando juntas elas compreendem 70?"11 A fragmentação dispensacionalista na unidade das setenta semanas destrói a própria finalidade da especificação de setenta semanas consecutivas.

Razões Para Dissecar as Semanas

De acordo com Walvoord12, é "de maior importância" para o dispensacionalismo separar a última semana da unidade total das setenta e projetá-la para um futuro indefinido. Reconhecendo que essa "notável" dessecação necessita de algumas razões, MacClain pergunta, "Como tal método pode ser justificado?"13 Ele oferece cinco razões:

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O Ultimato Divino a Israel: As 70 Semanas de DanielPrimeiro, a expressão de Daniel "Depois dos sessenta e dois 'setes',

o Ungido será cortado" (cap. 9:26) indica que a morte do Messias deve tomar lugar antes da septuagésima semana. Ela também ocorre depois das sessenta e duas semanas; conseqüentemente deve cair entre a sexagésima nona e a septuagésima semana! Apenas depois da morte de Cristo e da destruição (mencionada depois) de Jerusalém (verso 26) chegamos à semana final no verso 27. Esta leitura literalista dos versos 26 e 27 é determinada pela idéia de que Daniel necessariamente apresenta uma seqüência estritamente cronológica nessas duas passagens. Tal pressuposição é aceita como um axioma auto-evidente. J. F. Walvoord afirma: "O ungido ou Messias, é cortado depois da sexagésima nona semana, mas não na septuagésima".14 Contudo, esta última frase, "mas não na septuagésima", não aparece em nenhuma outra parte em Daniel 9;26, 27. Essa é uma suposição injustificada de Walvoord. Essa pressuposição tem sido severamente criticada tanto do ponto de vista da análise literária quanto da exegese teológica.15 Quando Daniel anunciou que setenta semanas foram determinadas para o Israel nacional e que o Messias seria "cortado" depois das primeiras sessenta e nove semanas, a pressuposição natural poderia ser apenas que a morte do Messias tomaria lugar em algum período durante a última semana. J. Barton Payne conclui, "O que poderia ser mais naturalmente suposto do que o [cortar do Messias] relacionar-se com a 70ª, semana?"16

O segundo argumento de MacClain é, "No relato da profecia, a destruição da cidade [verso 26] é colocada antes da última semana [verso 27]".17 Por isso, os eventos da septuagésima semana não podem ocorrer antes da destruição de Jerusalém. Por essa razão o dispensacionalismo vê o verso 27 como uma predição acerca de outro inimigo de Deus, o anticristo do fim do tempo, que repentinamente ascenderia mais de dezenove séculos depois da morte de Cristo e depois da destruição de Jerusalém em 70 A.D. Essa argumentação é válida apenas sob a pressuposição de que as frases dos versos 26 e 27 foram estruturadas em um estilo moderno de prosa que descreve os eventos em ordem

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O Ultimato Divino a Israel: As 70 Semanas de Danielestritamente cronológica. Mas estudos recentes (ver a nota 15) têm tornado claro que a leitura literalista dispensacionalista fracassa em reconhecer o estilo poético hebraico de "repetição com elaboração" em Daniel 9:2427, o qual J. B. Payne chama de um "padrão revelacional".18

Esse padrão estilístico aparece também nos versos 24 e 25. Payne argumenta que "Daniel 9:25, 26 não pode ser encarado como subseqüente a 9:24; ao invés disso, os versos 25, 26 retomam [repetem e elaboram] o sumário das setenta semanas inteiras dadas no verso 24." Isso parece bem óbvio e a relação do verso 27 com o 26, também é óbvia. Payne observa: "Que o verso 27 dessa maneira repete o 26, é reconhecido por intérpretes de cada estampa e confirmado pelas correspondências verbais que aparecem, particularmente nas últimas partes dos versos respectivos".19 Com esse reconhecimento, vemos a morte expiatória de Cristo novamente mencionada no verso 27 e agora mais precisamente localizada "no meio" da última semana profética, não numa brecha que não foi citada. Os versos 26 e 27 se relacionam um ao outro de acordo com a estrutura: Messias versus Destruidor (verso 26), Messias versus Assolador (verso 27). O simples estilo poético do paralelismo hebraico nos versos 26 e 27 (que também é arranjo poético do verso 25)20 é a mais meticulosa resposta da exegese gramatical à imposição de uma brecha dissecadora.

Mas permanece a pergunta, a destruição de Jerusalém e do santuário (verso 26) não ocorreu em 70 A.D., quase quarenta anos depois da morte de Cristo e assim fora das setenta semanas de anos? Essa objeção seria válida se a destruição de Jerusalém e do santuário fosse mencionada no verso 24 como um dos seis objetivos preditos da profecia das setenta semanas. Mas não é assim. A época da unção do Messias e de Sua morte expiatória é predita precisamente para ocorrer dentro dos 490 anos, mas a ocasião da destruição de Jerusalém, não. Esse juízo divino foi prorrogado até quarenta anos depois da cruz de Cristo, de maneira que muitos milhares de judeus pudessem ouvir sobre o significado da cruz e serem salvos através da fé e arrependimento.

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O Ultimato Divino a Israel: As 70 Semanas de DanielA terceira razão de Macclain para separar a septuagésima semana é,

"O cumprimento dos tremendos eventos no verso 24 não pode ser encontrado em nenhum lugar da história conhecida''.21 Ele quer dizer que nenhum fim do pecado e nenhum começo da justiça eterna podem ser notados entre o povo judeu. Nenhuma expiação da iniqüidade, nenhum selamento da visão e da profecia, nenhuma unção de uma coisa santíssima é discernível. Porém, tal observação é rejeitada por muitos intérpretes conservadores da Bíblia, porque não alcança o alvo. O verso 24 deve ser compreendido como sendo executado pelo Próprio Ungido em favor de Israel (versos 25-27). A morte e ressurreição de Cristo para um novo sacerdócio efetivaram uma perfeita expiação pelos pecados de Israel e proveu para este uma justiça eterna. Os verdadeiros israelitas foram beneficiados pela Sua morte sacrifical e por isso, foram vestidos com as vestiduras brancas de Sua justiça. O batismo (Sua unção pelo Espírito) e a Sua morte autenticaram a visão profética de Daniel. Sua ascensão ao céu significou a consagração de um novo sumo sacerdócio22

no santuário do céu, manifesto na terra no derramamento da unção do Espírito de Deus no dia de Pentecostes (ver Atos 2:33; Hebreus 7:12, 22; 8:1, 2; 9:23, 24). Dessa forma, E. J. Young declara de Daniel 9:24, 27, "A passagem é completamente messiânica".23 E J. G. Baldwin conclui a sua exegese nessas palavras: "A primeira vinda de Cristo é o ponto focal da visão profética, muito embora a segunda vinda em juízo seja também considerada".24 Esta visão faz justiça a ambos os aspectos da profecia messiânica de Daniel 9:24-27 – o foco central na vida do Messias para cumprir os seis alvos do verso 24, e o juízo divino final derramado sobre o assolador no "fim" (versos 26, 27). O dispensacionalismo nega categoricamente que o primeiro advento de Cristo (Seu batismo, Sua morte e ressurreição) tenha cumprido qualquer dos seis alvos desta magnífica profecia messiânica.

A quarta razão de Macclain para uma interpretação da brecha, é o argumento a partir da analogia com as profecias messiânicas não cronológicas. Isto já foi discutido acima.

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O Ultimato Divino a Israel: As 70 Semanas de DanielO seu quinto argumento: "O próprio testemunho de nosso Senhor

mostra que a Septuagésima Semana ainda está no futuro".25 MacClain baseia esta afirmação na pressuposição de que o futuro assolador referido na segunda parte do verso 27 é o mesmo poder aludido anteriormente no verso como fazendo cessar o sacrifício e a oferta "na metade" da septuagésima semana. Dessa forma ele argumenta que enquanto Daniel colocou a "abominação da desolação" (KJV) exatamente no meio da última semana, em Mateus 24:15, 21, 29, 30, "nosso Senhor a colocou no 'fim', pouco antes de Sua segunda vinda em glória." Ele conclui: "Por isso, a Septuagésima Semana também deve vir ao fim da era presente pouco antes da vinda de Cristo em glória. Esta é a própria interpretação de Cristo, e deveria encerrar a questão".26 MacClain chega a esta conclusão na base de várias pressuposições injustificadas. A primeira é a falha em reconhecer o estilo do paralelismo hebraico nos versos 26 e 27, pelos quais torna-se claro que o verso 27 aborda mais elaboradamente a cerca dos mesmos dois poderes – o Messias e o Seu oponente como faz o verso 26. Não o anticristo, mas o Próprio Messias é predito dando fim ao sistema sacrifical no meio da septuagésima semana, exatamente três anos e meio depois de Seu batismo como o Ungido. O Evangelho de João verifica o cumprimento histórico preciso dessa profecia na vida de Cristo. O período entre o Seu batismo e a cruz foi de exatamente três anos e meio.27

Cristo Pôs Um Fim aos Sacrifícios de Israel?

MacClain insiste que "a morte de Cristo não fez cessar os sacrifícios judaicos. Eles continuaram, de fato, até a destruição de Jerusalém quase quarenta anos mais tarde...Os sacrifícios deveriam ter cessado imediatamente, mas isso não aconteceu''.28 Este raciocínio leva em consideração apenas o ponto de vista humano. Do ponto de vista divino, como relatado no Novo Testamento, a descrição de Daniel desvela uma das mais profundas e decisivas revelações da missão do

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O Ultimato Divino a Israel: As 70 Semanas de DanielMessias. É o próprio alvo da profecia das setenta semanas, o método divino do cumprimento do seis objetivos de Daniel 9:24. A abolição de todo o sacerdócio levítico e do serviço sacrifical já foi anunciado no Salmo 110:1, 4, uma profecia messiânica anterior. Aqui Davi havia declarado que o futuro Governante messiânico também seria "um sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque." O Novo Testamento formula a desafiadora pergunta:

Se a perfeição pudesse ser obtida através do sacerdócio levítico (pois, sobre a sua base a lei foi dada ao povo), por que haveria ainda necessidade da chegada de outro sacerdote - segundo a ordem de Melquisedeque, e não a de Arão? "Pois, quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de lei" (Hebreus 7:11, 12).

Apenas o Próprio Messias poderia legitimamente abolir, de uma vez por todas, o sistema de símbolos que apontava para frente, para o auto-sacrifício expiatório do imaculado Cordeiro de Deus. Ele "fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu" (Hebreus 7:27). "...agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado... Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos" (Hebreus 9:26-28). "Remove o primeiro [sacrifícios e ofertas] para estabelecer o segundo [a vontade de Deus]" (Hebreus 10:9).

Não pode haver um retorno válido ao velho concerto e à adoração do templo terrestre. Cristo finalizou a "sombra" e inaugurou uma "superior aliança" que oferece a Sua justiça como a justiça eterna (ver Hebreus 7:22; cf, 10:12; Romanos 3:22, 25). "Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer" (Hebreus 8:13).

Cristo confirmou o concerto de Deus com Israel quando instituiu a Ceia do Senhor na noite anterior à Sua morte. Tomando o cálice, declarou: "Isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados" (Mateus 26:28). Assim, Cristo confirmou o concerto divino com muitos em Israel por uma semana (sete anos): três anos e meio antes de Sua morte através do Seu

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O Ultimato Divino a Israel: As 70 Semanas de Danielpróprio ministério e três anos e meio pelo ministério de Seus apóstolos em Jerusalém.29

O cumprimento da predição de Daniel de que "no meio deste 'sete' ele [o Ungido de Daniel 9:25, 26] porá um fim ao sacrifício e a oferta" (cap. 9:27), foi maravilhosamente confirmado por um ato do Próprio Deus. Quando Jesus morreu, "Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo" (Mateus 27:51; cf. Marcos 15:38). A morte de Cristo significou o fim do ritual sacrifical do templo de Israel por um ato inequívoco do céu. A legitimidade dos sacrifícios do templo havia chegado ao fim.

Os judeus como um todo não aceitaram essa decisão divina e imediatamente reinstituíram os seus sacrifícios sangrentos. Mas a glória do Shekinah agora havia se afastado de seu templo, por isso ele não era mais o templo de Deus, e Jerusalém não era mais a cidade santa. Ao invés das bênçãos de Deus, a Sua maldição agora repousava sobre a casa deles ("vossa casa", Mateus 23:38; cf. l Tessalonicenses 2:16). Logo a destruição total pelos exércitos romanos deveria ocorrer. "...não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não reconheceste a oportunidade da tua visitação" (Lucas 19:44; cf. 21:20-24). Essa conseqüência fatal da rejeição do Messias por Israel – a destruição de Jerusalém em 70 A.D. – era parte e parcela da profecia de Daniel. Cristo explicou: "Porque estes dias são de vingança, para se cumprir tudo o que está escrito" (Lucas 21:22). Por isso, concordamos com a opinião de G. F. Hasel: "Embora os sacrifícios judaicos não tenham cessado com a morte de Jesus Cristo, os sacrifícios oferecidos após a Sua morte, não poderiam mais ser considerados como legítimos e válidos á vista de Deus (Heb 7:11; 8:13; 9:25, 26; 10:8, 9)".300

Em Que Ocasião Cristo Tornou-Se o Ungido?

MacClain ainda desafia a interpretação messiânica de Daniel 9:26, ao afirmar, "Eles não podem apontar o lugar na história onde ele [o

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O Ultimato Divino a Israel: As 70 Semanas de Danielconcerto do Messias com Israel] começou e nem onde terminou".31 Isto nos leva a considerar o significado do repetido título de "Ungido" empregado por Daniel para o Redentor de Israel.

As primeiras sessenta e nove semanas de anos deveriam chegar "até ao Ungido, ao Príncipe" (Daniel 9:25). Esta é uma das mais explícitas profecias messiânicas da Bíblia hebraica. O Messias é designado pela dupla característica de Ungido e Príncipe, identificando-O como o Messias real ou Rei Sacerdote (cf. Isaías 61:1-3; Zac. 6:13; Sal. 110:4). Os dispensacionalistas regularmente negligenciam a ênfase de Daniel no Príncipe vindouro como o Ungido (cap. 9:25, 26) e selecionam o termo "líder" (verso 25; NVI) como o foco exclusivo dessa profecia de tempo. MacClain aponta para 6 de abril de 32 A.D., como o tempo quando Jesus "ofereceu-Se como o Príncipe e Rei de Israel" em Sua entrada triunfal em Jerusalém, apenas poucos dias antes de Sua crucifixão.32 O fato é, contudo, que Jesus não foi "ungido" nessa ocasião!

A pergunta imprescindível é: Quando Jesus ofereceu-Se como o Ungido? O Novo Testamento responde com inequívoca clareza que "Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder" (Atos 10:38) e proclamou a este Ungido como Seu Filho (ver Marcos 1:9-11; cf. Salmo 2:6, 7) no dia do batismo de Jesus por João Batista. Lucas, o historiador, data o batismo de Cristo no "décimo quinto ano do reinado de Tibério César" (cap. 3:1; ver os versos 2, 3, 21), aparentemente o único evento na vida de Cristo que é historicamente datado no Novo Testamento. O próprio testemunho de Jesus na sinagoga de Nazaré, pouco depois de Seu batismo, confirma essa conclusão. Ele leu a profecia de Isaías 61:1, "O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu" e então comentou, "Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir" (Lucas 4:18, 21). Dessa maneira Cristo Se ofereceu a Israel como o "Ungido", o Messias, imediatamente após o Seu batismo, três anos e meio antes de Sua crucifixão. Em contraste, a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém pretendia claramente chamar a atenção de Israel e do

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O Ultimato Divino a Israel: As 70 Semanas de Danielmundo para o significado redentivo de Sua crucificação iminente em favor de todos os homens.

Por isso, justamente depois do Seu batismo, Cristo anunciou a Israel, "O tempo está cumprido" (Marcos 1:15). Concordamos, por essa razão, com a conclusão de J. B. Payne: "Aqui, [no batismo de Cristo] surge uma consumação Messiânica que encontrou cumprimento na história e que se ajusta à cronologia [de Daniel 9:25]".33 É preciso enfatizar que Jesus tornou-Se o Messias predito em Seu batismo, apenas a fim de cumprir a missão divina sêxtupla descrita em Daniel 9:24. Esse alvo foi basicamente alcançado em Sua morte expiatória na cruz, exatamente três anos e meio mais tarde. Esta era, evidentemente, a "metade" da septuagésima semana de Daniel 9:27. Na cruz, pouco antes de morrer, Cristo clamou em triunfo para o Pai, "Está consumado" (João 19:30). Sua missão como descrita em Daniel 9:24, foi completada. Desde que o objetivo da profecia das setenta semanas é tão intensamente messiânico, "a principal ênfase não está sobre o começo e o fim deste notável período, mas sobre os poderosos eventos que deveriam ocorrer dentro dele, eventos que operaram a nossa paz com Deus".34

A Exegese Literal da Septuagésima Semana de Daniel Elimina a Hipótese da Brecha

O fato estabelecido de que a profecia das setenta semanas de Daniel foi escrita em estilo poético de paralelismo sintético35 deveria ser considerado como um guia hermenêutico em uma exegese literária responsável. As pressuposições doutrinárias nunca podem invalidar ou negar a verdade da exegese literária. A aplicação do estilo de paralelismo em Daniel leva à interpretação messiânica, em perfeita harmonia com as testemunhas do Novo Testamento quanto ao significado da cruz de Cristo para o concerto de Israel e os seus cultos. Por isso, não há necessidade de inovar uma aplicação forçada ao anticristo com a dissecação sem precedentes de um período de tempo profético.

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O Ultimato Divino a Israel: As 70 Semanas de DanielA devastação de Jerusalém e do seu santuário pelo governante

romano é descrita duas vezes:A cidade e o Lugar Santo serão destruídos pelo povo do governante

que virá. O fim virá como uma inundação: guerras continuarão até o fim, e desolações foram decretadas (Daniel 9:26b; NVI).

E numa ala do templo será colocado o sacrilégio terrível, até que chegue sobre ele o fim que lhe está decretado (Daniel 9:27b; NVI).

Todos os comentaristas conservadores concordam que Daniel prediz a destruição de Jerusalém e do seu templo pelo governante romano como cumprida pelo general Tito em 70 A.D. Este é o cumprimento literal de Daniel 9.

O dispensacionalismo, contudo, declara com certeza dogmática que Daniel se refere a "um futuro príncipe romano" que é idêntico ao "pequeno chifre" dos capítulos 7:8 e 8:23, ao homem do pecado de 2 Tessalonicenses 2:1-9, e à besta de Apocalipse 13:10. Ele fará "um falso concerto" com o futuro Estado Judaico por "uma semana" (de anos) para permitir-lhes "o restabelecimento do sistema sacrifical judaico".36 Depois de três anos e meio, o príncipe romano repentinamente "romperá o seu tratado com o povo judeu", porque "pela sua própria natureza, o Homem do Pecado será violentamente anti-semita." Então, "ele realmente se assentará no templo de Deus e demandará as honras e a adoração devidas ao Próprio Deus".37 Pelos três anos e meio seguintes, esse anticristo romano trará desolação e tribulação ao povo judeu "até ao fim" (Daniel 9:26). Este é o "tempo de angústia para Jacó" (Jeremias 30:7). Cristo também apontou para esse período na história futura de Israel quando advertiu aos judeus acerca da vinda do "abominável da desolação" e a "grande tribulação" em Mateus 24:15-21. A. MacClain arrazoa:

Desde que agora é uma questão histórica que Jerusalém foi destruída em 70 A.D. pelo povo romano,...segue que '"o príncipe que virá"...é algum grande príncipe que ascenderá do Império Romano.38

Esta interpretação sofre de três fraquezas básicas, como demonstra a crítica de J. Barton Payne:

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O Ultimato Divino a Israel: As 70 Semanas de Daniel(1) Ela quebra a seqüência das setenta semanas ao introduzir um

intervalo antes da sua última parte.(2) Ela assume uma elaboração de concerto pelo anticristo sem

precedentes.(3) Ela transforma um príncipe romano do passado em um futuro

representante do diabo.39

Enquanto Daniel apresenta uma profecia da vinda do destruidor de Jerusalém, o dispensacionalismo disseca essa declaração profética em duas profecias diferentes: uma acerca do povo romano no ano 70 A.D. e a outra, a respeito do anticristo do fim do tempo, "o governante". Contudo, é bem óbvio que "o povo" e "o governante", juntos pertencem ao exército e seu general. Isto fica evidente a partir de uma simples exegese literal. O salto do exército romano em 70 A.D. para o anticristo do fim do tempo de outras profecias bíblicas, já não é mais exegese literal, mas uma exegese dogmática forçada. E. J. Young responde a essa dissecação dispensacionalista de Daniel 9:26:

A ênfase do verso 26 não está sobre um príncipe do povo, mas sobre o povo que pertence ao príncipe... Em outras palavras, ele deve ser seu contemporâneo, ainda vivo quando eles estiverem vivendo...O povo que destruiu a cidade e o príncipe que deveria vir...são contemporâneos. De outra maneira, a linguagem não faz sentido...Por isso, essa posição de que um futuro príncipe romano fará um concerto com os judeus deve ser abandonada.40

Está claro que Daniel 9:26 encontrou o seu cumprimento literal na história de Israel: um cumprimento literal no batismo de Cristo (Sua unção) e a morte expiatória (o ser cortado). Um cumprimento literal na subseqüente destruição de Jerusalém e do santuário pelos exércitos romanos liderados por Tito em 70 A.D. Essa maldição foi conseqüência de Israel ter rejeitado o cumprimento dos seis alvos da profecia das setenta semanas na vida do Messias. A frase final de Daniel 9:27 diz (na tradução da NASB):

E na asa das abominações (virá) alguém que desola, mesmo até uma completa destruição, algo que é decretado, é derramado sobre aquele que desola.

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O Ultimato Divino a Israel: As 70 Semanas de DanielEsse juízo de "uma completa destruição" pelo decreto divino sobre

o desolador de Jerusalém está em paralelo com as anteriores descrições dos juízos de Deus decretados sobre a Assíria e Jerusalém (ver Isaías 10:22-25; 28:21, 22). Em Daniel 9:27, Deus decretou guerra e desolações "até ao fim" para Jerusalém depois que Israel havia rejeitado o Messias. Ele também decretou que uma destruição completa será derramada sobre o próprio desolador (Daniel 9:27). Esta última frase parece ser uma clara referência ao Dia do Juízo Final, o que o Novo Testamento basicamente chama o segundo advento de Cristo. Contudo, se a versão King James for preferida, a qual traduz as palavras "sobre aquele que desola" como "sobre o desolado", então o ponto focal do juízo apenas intensifica a natureza permanente da maldição divina sobre o templo e sobre Jerusalém.41 A profecia messiânica de Daniel 9, faz com Israel o teste definitivo: ou permanecer uma teocracia divina ao aceitar Cristo como o Messias, ou ser julgado pelo Próprio Cristo.

Referências Bibliográficas1. A. J. McClain, Daniel's Prophecy of the 70 Weeks (Grand Rapids,

Mich.: Zondervan, 1940), p. 9.2. E. J. Young, The Prophecy of Daniel: A Commentary (Grand

Rapids, Mich.: Wm. B. Eerdmans Pub. Co., 1949), p. 191.3. Sanhedrim 97b (Soncino ed), p. 659.4. Ver G. R. Beasley-Murray, em The New International Dictionary of

New Testament Theology, ed. C. Brown (Grand Rapids, Mich.: Zondervan, 1976), vol. l, pp. 74, 75. F. F. Bruce, Israel and the Nations. (Exeter, England: Paternoster Press, 1973), p. 224, refere-se ao costume romano de ofertas e sacrifícios.

5. L. F. Hartman, The Book of Daniel, The Anchor Bible, vol. 23 (Garden City, N. Y.: Doubleday, 1978), p. 252.

6. Joyce G. Baldwin, Daniel: An Introduction and Commentary (Downers Grove, Ill.: Inter-Varsity Press, 1978), p. 171; ver também p.

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O Ultimato Divino a Israel: As 70 Semanas de Daniel174. Cf. G. McCready Price, The Greatest of the Prophets (Mountain View, Calif.: Pacific Press, 1955), p. 244, que aponta para Mateus 22:7.

7. G. F. Hasel, "The Seventy Weeks of Daniel 9:24-27," Insert D, Ministry, May 1976, p. 5. Duas observações contextuais corroboram para esta conclusão: (1) Daniel estava pensando sobre tempo em termos de anos apenas (Cap. 9:2); (2) No capítulo 10:2 Daniel adiciona à expressão "três semanas" as palavras "de dias" (em hebraico) para distinguir estas três semanas como semanas ordinárias, em contraste aparente com semanas-ano do capítulo 9.

8. Young, The Prophecy of Daniel, p. 216.9. Philip Mauro, The Seventy Weeks. and the Great Tribulation

(Boston: Hamilton Bros., 1923), p. 95. Ele refere-se aos 430 previstos para Israel em Gênesis 15:13 e Gálatas 3:17; os sete anos de fartura e os sete anos de fome para o Egito em Gênesis 45:6; os quarenta anos para Israel em Números 14: 34; e a ressurreição de Jesus em três anos.

10. J. F. Walvoord, The Return of the Lord (Grand Rapids, Mich.: Zondervan, 1971), p. 77.

11. E. W. Hengstenberg, Christology of the Old Testament (Grand Rapids, Mich.: Kregel, 1956), vol. 3, p. 143.

12. J. F. Walvoord, The Rapture Question (Grand Rapids, Mich.: Zondervan, 1957), p. 24.

13. McClain, Daniel's Prophecy of the 70 Weeks, p. 33.14. Walvoord, The Rapture Question, p. 25.15. A importância hermenêutica da estrutura literária, com suas formas

poéticas de paralelismo e chiasmo, em Daniel 9: 24-27 é trazido à luz em três valiosos estudos: J. Doukhan, "The Seventy Weeks of Daniel 9: Na Exegetical Study", AUSS 17:1 (Spring 1979): 1-22; W. H. Shea, "Poetic Relations of the Time Periods in Daniel 9:25," AUSS 18:1 (Spring 1980): 59-63; J. B. Payne, "The Goal of Daniel's Seventy Weeks," JETS 21:2 (June 1978): 97-115.

16. Payne, "The Goal of Daniel's Seventy Weeks," p. 109.17. McClain, Daniel's Prophecy of the 70 Weeks, p. 35.18. Payne, "The Goal of Daniel's seventy Weeks," p. 109.

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O Ultimato Divino a Israel: As 70 Semanas de Daniel19. Ibid. Ver especialmente Doukhan, "The Seventy Weeks of Daniel

9," pp. 12-14.20. Ver Shea, "Poetic Relations of Time Periods in Daniel 9:25," pp.

59-63.21. McClain, Daniel's Prophecy of the 70 Weeks, p. 35.22. Ver Doukhan, "The seventy Weeks of Daniel 9," pp. 1-12,

especialmente p. 12.23. Young, The Prophecy of Daniel, p. 221.24. Baldwin, Daniel: An Introduction and Commentary, p. 177.25. McClain, Daniel's Prophecy of the 70 Weeks, p. 39.26. Ibid., p. 40.27. Ver SDBAC, vol. 5, "Chronology of the Gospel of John," pp. 192,

193, 229-231; Payne, Encyclopedia of Biblical Prophecy, p. 387.28. McClain, Daniel's Prophecy of the 70 Weeks, p. 52.29. Ver Payne "The Goal of Daniel's seventy Weeks," p. 109; também

em sua Encyclopedia of Biblical Prophecy, p. 388.30. Hasel, "The Seventy Weeks of Daniel 9:24-27," p. 17.31. McClain, Daniel's Prophecy of the 70 Weeks, p. 52.32. Ibid., p. 26. Esta data pode ser identificada a partir de uma

transformação complicada de anos lunares para anos solares, o qual é rejeitado como incorreta em detalhes por outros escritores dispensacionalistas. Ver Hasel, "The Seventy Weeks of Daniel 9:24-27." 33. Payne, "The Goal of Daniel's Seventy Weeks," p. 101. Payne aponta as 69 semanas ou 483 anos a partir do decreto de Artaxerxes para Esdras em 458 A.C. até o batismo de Cristo no outono do ano 26 A.D. Adventistas do Sétimo Dia preferem as datas de 457 A.C. até 27 A.D. como mais acuradas; ver Hasel, "The Seventy Weeks of Daniel 9:24-27." 34. Young, The Prophecy of Daniel, p. 221.

35. Doukhan, "The Seventy Weeks of Daniel 9," pp. 1-22; Shea, "Poetic Relations of Time Periods in Daniel 9:25," pp. 59-63.

36. NSRB, p. 913; McClain, Daniel's Prophecy of the 70 Weeks, p.61.37. McClain, Daniel's Prophecy of the 70 Weeks, p. 61.38. Ibid., p. 50.

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O Ultimato Divino a Israel: As 70 Semanas de Daniel39. Payne, Encyclopedia of Biblical Prophecy, pp. 388, 389. Ver a

discussão mais detalhada através de P. Mauro, The Seventy Weeks and the Great Tribulation, pp. 92-94.

40. Young, The Prophecy of Daniel, pp. 211, 212; cf. Mauro, The Seventy Weeks and the Great Tribulation, p. 78. W. H. Shea (Andrews University), numa monografia não publicada, prefere a possibilidade da seguinte exegese que a frase, "e o povo de um príncipe que há de vir" em Daniel 9:26 refere-se ao povo judeu, porque eles causaram a destruição de Jerusalém ao rejeitarem a Cristo como seu Rei.

41. E. J. Young e J. B. Payne preferem a versão do Rei Artur (KJV) de Daniel 9:27.

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