11/12/2014 é o quanto a Viton 44 pagaria pelo patrocínio ... · Duda Lopes é gerente de novos...

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B O L E T I M 11/12/2014 157 NÚMERO DO DIA R$ 14 mi é o quanto a Viton 44 pagaria pelo patrocínio ao Fluminense na próxima temporada OFERECIMENTO Fim de Flu-Unimed encerra acordo mais antigo do futebol POR DUDA LOPES O patrocínio mais longevo do futebol brasileiro chegou ao fim. Após 15 anos de par- ceria, a Unimed Rio anunciou que deixará o Fluminense. Em comunicado oficial, a empresa afirmou que a decisão aconteceu após “uma revisão na estratégia de marketing” e exaltou o período vitorioso do clube durante a parceria, com títulos do Brasileiro, Estadu- al do Rio e Copa do Brasil. O acordo foi firmado quando o Fluminense vivia o momento mais complicado da história. O time estava na Série C do Cam- peonato Brasileiro em 1999. Já no ano seguinte, conseguiu o acesso à divisão principal graças a criação da Copa João Havelange. Em 2002, o clube voltou a ser campeão carioca. Nesse período, a segura- dora afirma que a exposição da marca ajudou a empresa a atingir a liderança do mercado no Rio de Janeiro, onde fatura cerca de R$ 3 bilhões ao ano. Em novembro, o clube já havia admitido que o patro- cínio sofreria alterações em uma possível renovação. Em situação financeira mais frágil, a seguradora decidira reduzir os valores. Mas, no novo pata- mar de negociação, não houve acordo entre as duas partes. A parceria, no entanto, não andava bem. Neste ano, o presidente da Unimed Rio, Celso Barros, chegou a dar declarações fortes insinuando o fim do patrocínio. O incômo- do era com a falta de diálogo com Peter Siemsen, presidente do Fluminense desde 2010, sobre questões da equipe. A empresa bancava, além do patrocínio, valores de direitos de imagem dos principais joga- dores, como o atacante Fred. Agora, o clube negocia com a Viton 44, dona da marca Gua- raviton, para ocupar o espaço. A empresa deixaria o Botafogo para se associar ao Fluminense.

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B O L E T I M

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157 N Ú M E R O D O D I A

R$ 14 mié o quanto a Viton 44 pagaria pelo patrocínio ao Fluminense

na próxima temporada

O F E R E C I M E N T O

Fim de Flu-Unimed encerra acordo mais antigo do futebol

POR DUDA LOPES

O patrocínio mais longevo do futebol brasileiro chegou ao fim. Após 15 anos de par-ceria, a Unimed Rio anunciou que deixará o Fluminense.

Em comunicado oficial, a empresa afirmou que a decisão aconteceu após “uma revisão na estratégia de marketing” e exaltou o período vitorioso do clube durante a parceria, com títulos do Brasileiro, Estadu-al do Rio e Copa do Brasil.

O acordo foi firmado quando o Fluminense vivia o momento mais complicado da história. O time estava na Série C do Cam-peonato Brasileiro em 1999. Já no ano seguinte, conseguiu o acesso à divisão principal graças a criação da Copa João Havelange. Em 2002, o clube voltou a ser campeão carioca.

Nesse período, a segura-dora afirma que a exposição da marca ajudou a empresa a atingir a liderança do mercado no Rio de Janeiro, onde fatura cerca de R$ 3 bilhões ao ano.

Em novembro, o clube já havia admitido que o patro-cínio sofreria alterações em uma possível renovação. Em situação financeira mais frágil, a seguradora decidira reduzir os valores. Mas, no novo pata-mar de negociação, não houve acordo entre as duas partes.

A parceria, no entanto, não andava bem. Neste ano, o presidente da Unimed Rio, Celso Barros, chegou a dar declarações fortes insinuando

o fim do patrocínio. O incômo-do era com a falta de diálogo com Peter Siemsen, presidente do Fluminense desde 2010, sobre questões da equipe.

A empresa bancava, além do patrocínio, valores de direitos de imagem dos principais joga-dores, como o atacante Fred.

Agora, o clube negocia com a Viton 44, dona da marca Gua-raviton, para ocupar o espaço. A empresa deixaria o Botafogo para se associar ao Fluminense.

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POR ERICH BETING

Será anunciada às 11h des-ta quinta-feira uma parceria entre a NBA (National Baske-tball Association) e a LNB (Liga Nacional de Basquete).

No evento, a NBA será oficia-lizada como nova responsável pela área comercial da LNB, que no Brasil organiza o NBB, torneio equivalente ao Campeo-nato Brasileiro da modalidade.

O escritório brasileiro da NBA vai ser quem buscará patro-cínios para a liga brasileira e, também, montará um plano de licenciamento de produtos, além, de cuidar de outras ati-vidades comerciais do NBB.

A liga americana assumirá uma função que, até a temporada

passada, era exercida pela Glo-bo, que abriu mão do negócio.

O grande desafio será conse-guir ter sucesso comercial com o NBB. Após a saída da Caixa, o principal torneio de basque-te do país não conta com ne-nhum patrocínio, tendo apenas a Spalding como fornecedora de bolas para a competição.

Nos EUA, a NBA teve, na últi-ma temporada, uma arrecadação de US$ 679 milhões com patrocí-nios, segundo a consultoria IEG. Ao todo, a liga tem 20 patrocina-dores, em diferentes categorias. A maior receita, porém, vem do licenciamento de produtos, uma das apostas da parceria no Brasil.

O acordo NBA e NBB também não interfere nos contratos de

direitos de transmissão das duas. Globo, na TV aberta, e Sportv, na fechada, são os detentores dos direitos de transmissão do NBB. O acordo é gerido pela liga brasileira, que neste ano abriu mão de ter jogos aos finais de semana para garantir transmis-sões no Sportv ao vivo em dias fixos (terças e quintas-feiras).

O negócio não implica, tam-bém, na participação do NBB dos eventos que a NBA já tem no Brasil (torneios 3x3, amistoso de pré-temporada e o projeto social “Basquete sem fronteiras”).

A gestão comercial do NBB é o início dos negócios entre as ligas. Há a possibilidade de, no futuro, outros tipos de parceria, como uma que envolva a área técnica.

NBA assume gestão comercial da Liga Nacional de Basquete

Duda Lopes é gerente de novos negócios da Máquina do Esporte

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O fim da parceria entre Fluminen-se e Unimed deve preocupar, e mui-to, os torcedores do clube. A situa-ção é parecida com o que aconteceu com outras grandes parcerias no futebol brasileiro. E que, invariavel-mente, deixa o time em grave crise.

O melhor exemplo é do Palmeiras que, assim como o Fluminense, vi-via má fase antes da parceria. Com a Parmalat, vieram grandes jogado-res, e títulos passaram a ser rotina. Quando a parceira saiu, o rebaixa-mento foi uma questão de tempo.

O mesmo aconteceu com Corin-thians, Vasco e Flamengo entre as décadas de 1990 e 2000. O cenário é sempre igual pós-parceria: debanda-da de jogadores e situações financei-ra e estrutural caóticas de “legado”.

A grande questão é que parcerias dão um conforto impróprio a um clube de futebol. Há anos, o Flumi-nense não precisa de um planeja-mento para aumentar suas receitas, já que arcar com times campeões não era uma necessidade latente.

Hoje, o clube não tem uma rede de

patrocinadores, uma gama grande de sócios, uma base de ganhos sus-tentáveis. Sua receita de 2013 foi de R$ 125 milhões, abaixo dos princi-pais clubes do país. E a dívida é três vezes o faturamento. Na estrutura, ainda se tenta colocar um CT em pé.

A Série C não criou uma revolução no Fluminense. Ao encontrar uma solução imediata, seguidas gestões foram acomodadas, como nos rivais.

Há tempo para mudar o cenário. Mas o Flu terá que fazer em 2015 mais do que fez nos últimos 15 anos.

Fluminense repete erros de outros clubes com suas longas parcerias

POR REDAÇÃO

Adam Silver, principal dirigente da NBA, criticou os jogadores por se manifestarem, durante jogos da liga, contra a impunidade policial após a mor-te do camelô negro Eric Garner.

Derrick Rose e LeBron James usaram no aque-cimento em jogos do torneio uma camisa preta com os dizeres: “Não posso respirar”, última frase dita por Garner antes de morrer sufocado, ao ser detido pela polícia. O júri convocado para exami-nar o caso decidiu não indiciar o agente por falta de provas, o que causou revolta popular.

“Respeito Derrick Rose e todos nossos jogado-res, que têm o direito de expressar seus pontos de vista. Mas gostaria que eles respeitassem nos-sas regras sobre uniforme”, criticou Silver, numa referência ao fato de as vestimentas não serem produzidas pela Adidas, patrocinadora da NBA.

A fabricante, porém, não deve fabricar a camisa-manifesto.

Os dirigentes en-saiaram uma punição, mas decidiram não agir após o protes-to de Rose ganhar adesões. Na última segunda-feira, dois jogadores do Cleveland Cavaliers, incluindo o badalado LeBron James, e quatro do Brooklyn Nets, usaram a camiseta. Na terça-feira, foi a vez de Kobe Bryant liderar a ade-são do Los Angeles Lakers à manifestação.

“Não importa de que raça você é, o que se tra-ta é de mostrar à família [de Garner] que estamos com eles e que devemos ser melhores”, disse LeBron James, após o jogo de segunda-feira.

DA REDAÇÃO

NBA critica astros pelo uso de camisas protestando contra a morte de camelô

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POR DUDA LOPES

O sufista Gabriel Medina deve fazer sua estreia no Mundial de Surfe nesta quinta-feira, após sua primeira apresentação ser adiada pela ASP, a associação internacio-nal da modalidade, graças às on-das altas. No Brasil, quem quiser assistir a busca do brasileiro pelo título nas praias do Havaí pode-rá recorrer ao YouTube, opção que o Google tem divulgado em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Desde o dia 8, o canal de vídeos do Google já faz trans-missões ao vivo do torneio, o Pipe Masters. Nesse primeiro momento, aconteceu a triagem, que selecionou surfistas para a chave principal do torneio.

Para divulgar a transmissão,

o Google tem usado publici-dade em espaços públicos no Rio de Janeiro e em São Pau-lo, como pontos de ônibus.

Nas últimas semanas, a empre-sa já tem apostado em peso na estratégia para divulgar canais do YouTube, mas sem relação com o esporte. A empresa escolheu três nomes de maior audiência para a promoção da própria marca.

No Brasil, só a ESPN tem os direitos de transmissão, para a TV fechada, do Mundial. Como nenhuma emissora de TV aberta fará a transmissão do Mundial, o YouTube e a ASP iniciaram a di-vulgação da exibição do torneio.

A aposta no esporte pelo You-Tube vem desde 2010. Naquele ano, o site de vídeos fechou com

a Liga de Críquete da Índia para testar a nova possibilidade. A ideia surgiu após o sucesso na transmissão de shows musicais, que atraem grande audiência.

YouTube aposta em Medina para turbinar transmissão do surfe