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    ESTUDO SOBRE O COMPORTAMENTO ALIMENTAR DE NUTRICIONISTAS DE FOZ

    DO IGUAU (PR) E REGIO COM ENFOQUE EM TRANSTORNOS ALIMENTARES

    Lucineia Schons Mrcia Fernandes Nishiyama

    [email protected]

    RESUMO: Na atualidade, o culto beleza e o esteretipo do que seria um corpo perfeito tm contribudo significativamente para o aparecimento de padres alimentares anormais e possivelmente para o desenvolvimento de transtornos alimentares, atingindo inclusive profissionais que atuam nesta rea e que tm a imagem corporal diretamente relacionada ao seu desempenho profissional. Sendo assim, o objetivo da presente pesquisa foi avaliar o comportamento alimentar de nutricionistas de Foz do Iguau (PR) e regio, por meio do Teste de Atitudes Alimentares (EAT 26) e do Teste de Investigao Bulmica de Edimburgo (BITE), questionrios estes que apontam o risco para o desenvolvimento de distrbios alimentares (anorexia e bulimia nervosa, respectivamente), porm no possuem poder isolado de diagnstico. Participaram da pesquisa 40 profissionais, dessas 52,5% apresentaram sintomas sugestivos de transtorno alimentar caractersticos de anorexia nervosa, enquanto 12,5% apresentaram comportamento sugestivo de bulimia nervosa. Ao correlacionar o estado nutricional, segundo o ndice de massa corprea, com a possvel presena de transtornos alimentares verificou-se que 80% das participantes se encontram na faixa de eutrofia, entretanto 37,5% dessas cultivam o desejo de serem mais magras. Em contrapartida, constatou-se que o tempo de graduao no um fator que interfere de modo significativo no comportamento alimentar das entrevistadas, pois a maioria daquelas que apresentou um padro alimentar inadequado est formada h mais tempo que as demais. Concluiu-se, assim, que mais pesquisas devem ser realizadas para elucidar sobre a prevalncia dessas desordens entre nutricionistas, tendo em vista que essa categoria compe a equipe multidisciplinar que trata de transtornos alimentares. Palavras-chave: IMAGEM CORPORAL, COMPORTAMENTO ALIMENTAR, ANOREXIA NERVOSA, BULIMIA NERVOSA, TRANSTORNOS ALIMENTARES.

    STUDY ON THE FOOD BEHAVIOR OF NUTRITIONISTS IN FOZ DO IGUAU (PR)

    AND REGION WITH FOCUS ON DIET DISTURBANCES

    Currently, worship to beauty and the stereotype of what would be the perfect body has significantly contributed to the origin of uncommon eating patterns and possibly to the development of eating disturbance, attacking even professionals who perform in this area and they are those who have their corporal image directly connected to their professional performance. Therefore, the aim of this present work is to assess the food behavior of nutritionists in Foz do Iguau (PR) and region, through Eating Attitude Test (EAT -26) and of Bulimic Investigation in Edinburgh (BITE), these are questionnaires which draw attention to the risk of diet disturbance development (anorexia and serious bulimia respectively).They dont have isolated diagnostic power, however. 40 professionals

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    took part in the research, out of which 52,5% showed symptoms suggestive of diet disturb typical of serious anorexia, while 12,5% showed suggestive behavior of serious bulimia. When relating nutritional state, according to the corporal mass, and with possible presence of diet disturbance, we veryfied that 80% of the subjects are in the euphoria stage, however, 37,5% of those subjects keep the desire to become thinner. On the other hand, its been veryfied that the graduation time isnt a factor that significantly interferes in the diet behavior of the interviews, cause most of those who showed an inadequate diet pattern have been formed longer than the others. It was concluded thus, that more research must be carried out to elucidate one bigger prevalence of these disorders among nutritionists, with the objective that this category concerns the multidisciplinary team that deals with diet disturbances. Key-Words: corporal image, diet behavior, serious anorexia, serious bulimia, diet disturbances.

    INTRODUO

    Os transtornos alimentares (TA) so sndromes comportamentais, que requerem cada vez

    mais a ateno de profissionais da rea da sade por apresentarem graus significativos de

    morbidade e mortalidade, sendo amplamente estudados nas ltimas dcadas. Entretanto, no so

    descritos como doenas, uma vez que, no se conhece ainda a sua etiopatogenia (CLAUDINO;

    BORGES, 2002; STRACIERI; OLIVEIRA, 2008).

    Frequentemente so considerados tambm quadros clnicos ligados modernidade no

    contexto das sociedades ocidentais e industrializadas, onde o culto beleza est diretamente

    associado imagem de poder e mobilidade social. Decorrentes da interao de fatores pessoais,

    genticos, familiares e socioculturais, so caracterizados pela preocupao intensa com alimento,

    peso e corpo (PENZ; BOSCO; VIEIRA, 2008).

    As pesquisas realizadas apontam o sexo feminino, sobretudo adolescentes e jovens adultas,

    como o grupo mais vulnervel s presses socioeconmicas e culturais associada aos padres

    estticos, onde a magreza um aspecto crescente ligado aos ideais de beleza, levando essas

    mulheres a utilizarem inmeros recursos para controle de peso, tais como dietas altamente

    restritivas ou modismos dietticos, uso de laxantes, diurticos e excesso de exerccios fsicos, sem

    se preocuparem com as consequncias desse comportamento (FIATES; SALLES, 2001; BOSI et

    al., 2004).

    Alm disso, acredita-se que pertencer a grupos profissionais como atletas, bailarinas,

    modelos, atrizes e nutricionistas tornam o indivduo mais suscetvel ao desenvolvimento de um

    transtorno alimentar devido demanda por um corpo muito magro. Por outro lado, ainda no est

    totalmente esclarecido se o ambiente tem influncia desencadeante ou se indivduos predispostos a

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    desenvolverem distrbios dessa natureza tenderiam a procurar tais profisses (KUWAE; LANDIM;

    SILVA, 2004; PASSARINI; KEMMELMEIER, 2006).

    Sabe-se que, o profissional nutricionista est inserido na equipe multidisciplinar que trata de

    distrbios alimentares, sendo o nico profissional capacitado para propor modificaes de consumo,

    padro e comportamento alimentar, aspectos que encontram-se intensamente alterados em um

    paciente com transtorno alimentar (TA), assim o objetivo do tratamento nutricional reverter tais

    alteraes e promover hbitos alimentares saudveis, melhorando a relao do paciente com o

    alimento (LATTERZA et al., 2006; GEATA, 2009).

    Ainda h muita controvrsia sobre os mtodos mais adequados para investigar o risco para o

    desenvolvimento de um transtorno alimentar, mas de modo geral hoje existem instrumentos, que

    so importantes para que o processo de interveno e preveno na populao seja efetivo.

    Entretanto no possuem o poder isolado de diagnstico, sendo inadequado pensar que um escore

    alto representa a presena de um distrbio alimentar, indicando apenas a presena de padres

    alimentares anormais (FREITAS; GORENSTEIN; APPOLINARIO, 2002; STIPP; OLIVEIRA,

    2003; KUWAE; LANDIM; SILVA, 2004; MAGALHES; MENDONA, 2005).

    O Teste de Atitudes Alimentares (EAT-26) e o Teste de Investigao Bulmica de

    Edimburgo (BITE) so os instrumentos autoaplicveis mais utilizados por serem fceis e eficientes

    na avaliao de um grande nmero de pessoas. Esses questionrios apresentam caractersticas

    psicomtricas adequadas e permitem que o indivduo revele um comportamento que, por ser

    considerado vergonhoso, poderia deix-lo relutante em uma entrevista face a face (PASSARINI;

    KEMMELMEIER, 2006; PENZ; BOSCO; VIEIRA, 2008).

    Diante do exposto, o objetivo do presente estudo foi avaliar o comportamento alimentar de

    nutricionistas de Foz do Iguau e regio, principalmente quanto prevalncia de comportamentos

    sugestivos de anorexia e bulimia nervosa atravs da aplicao dos instrumentos EAT-26 e BITE,

    respectivamente, tendo em vista que estas so consideradas as sndromes de maior importncia

    dentro do contexto de distrbios alimentares.

    MATERIAL E MTODO

    Tipo de Estudo:

    Foi realizado estudo descritivo transversal.

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    Local:

    Os testes foram aplicados individualmente durante os meses de agosto a outubro de 2009, na

    cidade de Foz do Iguau (PR) em local determinado pela participante, conforme acordado com a

    pesquisadora, com data e horrio previamente agendados de acordo com a disponibilidade de cada

    profissional e, em alguns casos, foram encaminhados inicialmente via e-mail.

    Quando aplicados pessoalmente os testes foram armazenados em envelopes, juntamente com

    alguns testes em branco e outros j respondidos, depois de preenchidos os questionrios eram

    misturados aleatoriamente no mesmo envelope na frente da participante para evitar qualquer

    desconforto quanto identificao da mesma.

    Os profissionais responderam a dois instrumentos que investigam comportamento alimentar

    de risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares, um deles com foco em anorexia

    nervosa (anexo 1) e o outro especfico para bulimia nervosa (anexo 2).

    Sujeitos:

    A populao pesquisada compreendeu nutricionistas do sexo feminino da cidade de Foz do

    Iguau (PR) e regio, entretanto todas as entrevistas foram realizadas na cidade de Foz do Iguau

    (PR). O grupo formado por 40 profissionais foi dividido em trs para comparao de resultados

    conforme o tempo de graduao, onde se buscou profissionais com tempo de formao entre 1 e 2

    anos, acima de 2 anos e outro grupo acima de 5 anos.

    Esses profissionais foram contatados pela prpria acadmica pesquisadora, sendo alguns de

    seu prprio ciclo social e, outros, atravs de indicao.

    Procedimento:

    Para avaliar o comportamento alimentar os dados foram coletados atravs de dois

    instrumentos: o Teste de Atitudes Alimentares (EAT 26) que investiga fatores de risco

    principalmente para o desenvolvimento de anorexia nervosa (anexo 1) e o Teste de Investigao

    Bulmica de Edimburgo (BITE), que como o prprio nome sugere aponta comportamento de risco

    para o desenvolvimento de bulimia nervosa (anexo 2), ambos so questionrios de

    autopreenchimento.

    O instrumento resumido de EAT 26 desenvolvido e validado por Garner e Garfinkel em

    1979, traduzido para o portugus por Nunes et al. (1994) composto por 26 questes dirigidas ao

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    comportamento alimentar e percepo da imagem corporal do indivduo, com caractersticas tpicas

    de anorexia nervosa. A pontuao pode variar de 0 a 78 e apresenta respostas em escala Likert,

    onde a opo sempre vale 3 pontos, muito frequentemente 2 pontos, frequentemente 1 ponto

    e as demais respostas (s vezes, raramente e nunca) no recebem pontuao, entretanto essa escala

    se inverte na questo nmero 4 (STIPP; OLIVEIRA, 2003; PENZ; BOSCO; VIEIRA, 2008;

    STRACIERI; OLIVEIRA, 2008).

    Quanto classificao dos resultados, obtida atravs da soma dos pontos, considera que

    indivduos com escore igual ou acima de 20 apresentam alto risco para o desenvolvimento de

    transtornos alimentares, enquanto indivduos com escore de 10 a 19 so considerados de baixo risco

    e de 0 a 9 pontos isentos de risco. Assim, atribudo valor positivo (EAT+) para escore maior que

    20 e valor negativo (EAT-) para escore menor que 20 (PASSARINI; KEMMELMEIER, 2006).

    J o instrumento de BITE (Henderson e Freeman, 1987), traduzido por Cords & Hochgraf

    (1993), permite identificar comedores compulsivos e obter dados de bulimia nervosa. constitudo

    por 33 questes, sendo 30 questes dirigidas especificamente a sintomas da bulimia, h variao de

    0 a 30 pontos. Tem como respostas apenas sim ou no, quando a resposta for positiva

    representa a presena do sintoma e por isso vale 1 ponto, enquanto negativa significa a ausncia e,

    portanto, no tem pontuao, entretanto, nas questes 1,13, 21, 23 e 31 essa regra se inverte

    (SOUZA et. al, 2002; MAGALHES; MENDONA, 2005).

    A classificao do teste se d em duas subescalas: de sintomas e gravidade. A escala de

    sintomas considera escore maior ou igual a 20 pontos como risco elevado, escore de 10 a 19 risco

    mdio e escore abaixo de 10 normalidade. A escala de gravidade s utilizada quando o escore de

    sintomas superior a 10 pontos, que indica alto grau de gravidade, enquanto escore de 5 a 9 indica

    estado clnico comprometido, e por fim, escore menor que 5 pontos considerado sem gravidade

    (SOUZA et al., 2002; BOSI et al., 2006).

    Foram utilizados os valores de peso e altura referidos pelo grupo estudado para clculo de

    IMC (ndice de Massa Corprea), valor esse obtido atravs da diviso do peso pela altura ao

    quadrado, classificado de acordo com a Organizao Mundial de Sade (OMS) de 1998. Esse dado

    importante para a anlise de resultados juntamente com os instrumentos que foram utilizados.

    Os indivduos foram esclarecidos a respeito da pesquisa atravs de contato telefnico,

    pessoalmente e via e-mail. Ao concordarem em participar da mesma foi agendada uma entrevista, e

    aps a assinatura do termo de consentimento livre (anexo 3), os questionrios aplicados pela

    acadmica pesquisadora, foram respondidos pelos profissionais nutricionistas, sob a orientao

    prvia da Prof. Nutricionista Mrcia Fernandes Nishiyama, de maneira aleatria conforme a

    disponibilidade de cada um.

  • 6

    Durante a fase de projeto foi aplicado um teste piloto visando saber o tempo mdio de

    preenchimento dos questionrios, bem como identificar possveis falhas, concluiu-se que o tempo

    mdio necessrio para preenchimento de ambos os instrumentos de 14 minutos, conforme

    algumas literaturas relatam e como ocorreu de fato.

    Anlise dos dados:

    Para a avaliao dos dados, os mesmos foram tabulados atravs do programa Excel 2007.

  • 7

    RESULTADOS E DISCUSSO

    Participaram da pesquisa 40 profissionais nutricionistas da cidade de Foz do Iguau e regio,

    todas do sexo feminino, tendo em vista que 90% dos casos de transtorno alimentar acometem este

    gnero (PASSARINI; KEMMELMEIER, 2006). A distribuio da faixa etria variou dos 22 aos 53

    anos de idade, obtendo assim a mdia de idade de 31,85 anos.

    A amostra foi dividida em trs grupos distintos conforme o tempo de graduao das

    profissionais, como demonstra a figura 1. Das participantes, 10 (25%) concluram o curso de 1 a 2

    anos, 19 (47,5%) h mais de 2 anos e 11 (27,5%) acima de 5 anos.

    25%

    47,5%

    27,5%

    0%

    10%

    20%

    30%

    40%

    50%

    Nm

    ero

    de p

    rofis

    siona

    is

    Tempo de graduao

    De 1 a 2 anos

    De 2 a 5 anos

    Acima de 5 anos

    Figura 1 Tempo de Graduao das participantes.

    Quanto composio corporal, verificou-se que 32 (80%) das participantes se encontram na

    faixa de eutrofia, 2 (5%) na faixa de sobrepeso, 5 (12,5%) na faixa de obesidade grau I e apenas 1

    (2,5%) foi classificada na faixa de magreza grau I (figura 2), conforme os dados de referncia da

    Organizao Mundial de Sade (OMS) de 1998. Para tanto, a mdia do IMC encontrada foi de

    22,52 Kg/ m2.

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    2,5%

    80%

    5% 12,5%

    0,0%10,0%20,0%30,0%40,0%50,0%60,0%70,0%80,0%

    Qua

    ntid

    ade

    Classificao de IMC

    Magreza grau IEutrofia SobrepesoObesidade grau I

    Figura 2 Classificao do estado nutricional conforme IMC.

    Entretanto, quando questionadas sobre qual seria seu peso ideal na opinio de cada uma, 28

    (76%) das entrevistadas demonstraram insatisfao em relao ao seu peso atual, dentre essas 22

    (55%) cultivam o desejo de ser mais magra, uma mdia de 8 Kg de diferena se comparado ao peso

    atual, sendo que 15 (37,5%) desse grupo se encontram na faixa de eutrofia de acordo com o IMC.

    Sabe-se que, embora classificadas separadamente, a anorexia e a bulimia nervosa so

    sndromes que esto intimamente relacionadas por apresentarem psicopatologia comum, onde

    prevalece a ideia que envolve a preocupao excessiva com o peso e a forma corporal (medo

    intenso de engordar), assim, pacientes portadoras dessas sndromes mostram-se sempre insatisfeitas

    com seu peso (BOSI et al., 2006; PENZ; BOSCO; VIEIRA, 2008; SANTOS; MENEGUCI;

    MENDONA, 2008).

    Quanto aos instrumentos aplicados para avaliar o comportamento alimentar das

    nutricionistas entrevistadas, a tabela 1 traz os resultados do EAT 26, que de modo geral aponta

    que 21 (52,5%) das participantes apresentam sintomas sugestivos de transtorno alimentar, enquanto

    19 (47,5%) delas no apresentam sintomas significativos.

    Tabela 1. Resultados da avaliao do EAT 26.

    Classificao e pontuao do EAT 26 Nmero de participantes Alto risco - Escore igual ou > de 20 pontos 7,5% Baixo risco - Escore de 10 a 19 pontos 45% Isento de risco - De o a 9 pontos 47,5%

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    Segundo Stipp e Oliveira (2003), apesar do EAT-26 apresentar um baixo poder para

    predizer a anorexia nervosa, o instrumento fornece dados sobre o ndice de gravidade da

    preocupao com a imagem corporal, podendo assim apontar a necessidade de interveno.

    O instrumento de BITE apontou que dentre as entrevistadas apenas 5 (12,5%) apontam

    comportamento sugestivo de bulimia nervosa em diferente escala de escore, a maioria da amostra,

    que corresponde a 35 (87,5%) participantes, no apresentou risco para o desenvolvimento desse

    distrbio conforme tabela 2.

    Tabela 2. Resultados da avaliao do BITE.

    Classificao e pontuao do BITE Nmero de participantes Risco elevado Escore igual ou > de 20 pontos 2,5% Risco mdio Escore de 10 a 19 pontos 10% Normalidade -

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    Dentre as entrevistadas que utilizam um mtodo de purgao visando reduo de peso, 4

    (10%) delas apenas apresentaram comportamento sugestivo de bulimia nervosa conforme a

    classificao do teste de BITE j mencionado. Alm disso, 7 (17,5%) das profissionais entrevistadas

    relataram que j tiveram algum tipo de problema alimentar, dentre essas 4 (10%) fazem parte do

    grupo que apresentou risco para o desenvolvimento de bulimia nervosa.

    Quando se relaciona a possvel presena de transtornos alimentares com o tempo de

    graduao das entrevistadas, percebeu-se que esse fator no teve influncia significativa, tendo em

    vista que das 21 (52,5%) participantes que apresentaram comportamento indicativo de transtorno

    alimentar conforme o EAT 26, 5 (12,5%) delas esto formadas entre 1 e 2 anos, 9 (22,5%) h

    mais de 2 anos, enquanto 7 (17,5%) h mais de 5 anos (figura 4), cabendo salientar que o maior

    grupo pesquisado realmente compreende a faixa que vai de 2 a 5 anos de tempo de graduao.

    12,5%

    22,5%

    17,5%

    0,00%

    5,00%

    10,00%

    15,00%

    20,00%

    25,00%

    Resultados EAT - 26

    De 1 a 2 anosDe 2 a 5 anosAcima de 5 anos

    Figura 4 Avaliao dos resultados do EAT 26 conforme tempo de graduao.

    O mesmo ocorre com o BITE, pois das 5 (12,5%) participantes que apresentaram

    comportamento alimentar sugestivo de bulimia nervosa, 3 (7,5%) delas esto graduadas h mais de

    5 anos, conforme figura 5.

    2,5% 2,5%

    7,5%

    0,00%1,00%2,00%3,00%4,00%5,00%6,00%7,00%8,00%

    Resultados BITE

    De 1 a 2 anos

    De 2 a 5 anos

    Acima de 5 anos

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    Figura 5 Avaliao dos resultados do BITE conforme tempo de graduao.

    Todas as pesquisas realizadas, at o momento, sobre o assunto disponveis na literatura

    foram feitas com universitrias e no com profissionais que j atuam na rea, sendo assim, sempre

    frisada a importncia que questes relacionadas com padro alimentar, sade e esttica tenham um

    tratamento especial durante a formao das futuras nutricionistas para que no se tenha a fixao de

    prticas que levem iniciao e/ou manuteno de distrbios alimentares na populao (SANTOS;

    MENEGUCI; MENDONA, 2008).

    Diante desses resultados, sugere-se que houve o desenvolvimento tardio de um

    comportamento alimentar de risco ou a manuteno do mesmo, acredita-se que isso ocorre devido

    prpria prtica profissional dos nutricionistas, que esto em constante contato com indivduos que

    necessitam de apoio para reduo e/ou manuteno de peso corporal, e que os tm como modelo

    de sade, mas principalmente de beleza, onde a magreza est ligada aos padres de esttica. Essa

    presso poderia contribuir para o aparecimento de padres alimentares anormais quando percebida

    pelo profissional, sendo que em alguns casos essa exigncia parte dele mesmo por vincular sucesso

    profissional sua imagem corporal.

  • 12

    CONCLUSO

    Diante dos resultados obtidos, percebe-se que a maioria das profissionais que participou da

    pesquisa se preocupa com questes relacionadas a sua imagem corporal, fato que fica ntido na

    insatisfao demonstrada por elas quanto ao seu peso atual, mesmo quando este se encontra dentro

    dos parmetros adequados.

    Alm disso, os resultados confirmam outros estudos j realizados acerca desse tema, ou seja,

    de que algumas categorias profissionais, neste caso nutricionistas, realmente parecem ter maior

    predisposio para apresentar comportamento alimentar inadequado e, consequentemente, maior

    probabilidade de desenvolver um transtorno alimentar, conforme dados levantados.

    Porm, inegvel que a presso social que visa a um corpo mais magro e a prpria

    formao dessas profissionais so fatores que influenciam no comportamento alimentar dessa

    categoria, pois existe certa cobrana do paciente/ cliente quanto aparncia fsica do nutricionista, e

    muitas vezes dele mesmo diante da sociedade e de si mesmo.

    J o tempo de graduao parece no exercer influncia significativa sobre o comportamento

    alimentar das entrevistadas, pois se esperava que quanto maior fosse o tempo de formao das

    participantes menor seria a probabilidade de apresentar um padro alimentar inadequado, devido ao

    amadurecimento profissional e pessoal que ocorre ao longo dos anos, mas os resultados obtidos

    mostraram o contrrio, gerando certa controvrsia em relao a outras pesquisas realizadas que

    tinha como pblico-alvo universitrias.

    O nutricionista, sendo parte integrante da equipe multidisciplinar que trata de distrbios

    alimentares, no deve apresentar um comportamento alimentar anormal, pois isto poder dificultar

    sua capacidade de tratar distrbios como a anorexia e a bulimia nervosa em outras pessoas.

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    REFERNCIAS

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    Acesso em: 10 mar 2009.

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    STIPP, Luciana Mara; OLIVEIRA, Maria Rita Marques de. Imagem Corporal e Atitudes

    Alimentares: diferenas entre estudantes de nutrio e de psicologia. Sade em Revista. So Paulo,

    v. 5, n. 9, p. 47-51, 2003. Disponvel em: . Acesso em: 08 fev 2009.

    STRACIERI, Adriana Pereira Medina; OLIVEIRA, Thassyana Cecllia de. Fatores de Risco para o

    Desenvolvimento de Transtornos Alimentares em Universitrias. Nutrir Gerais Revista Digital

    de Nutrio. Ipatinga: MG, v. 2, n. 3, 2008. Disponvel em: . Acesso em: 14 fev 2009.

    Vocabulrio Ortogrfico da Lngua Portuguesa/ Academia Brasileira de Letras. 5. ed. So Paulo:

    Global, 2009.

  • 16

    ANEXOS

    ANEXO 1 TESTE DE ATITUDES ALIMENTARES RESUMIDO (EAT 26)

    Idade: _______________

    Tempo de graduao: _________ Teste de Atitudes Alimentares Resumido EAT-26 Respostas: S sempre / MF muito freqentemente / F freqentemente / AV s vezes / R raramente / N nunca 1. Costumo fazer dieta. S( ) MF( ) F( ) AV( ) R( ) N( ) 2. Como alimentos dietticos. S( ) MF( ) F( ) AV( ) R( ) N( ) 3. Sinto-me mal aps comer doces. S( ) MF( ) F( ) AV( ) R( ) N( ) 4. Gosto de experimentar novas comidas engordantes. S( ) MF( ) F( ) AV( ) R( ) N( ) 5. Evito alimentos que contenham acar. S( ) MF( ) F( ) AV( ) R( ) N( ) 6. Evito particularmente alimentos com alto teor de carboidratos (po, batata, arroz etc.). S( ) MF( ) F( ) AV( ) R( ) N( ) 7. Estou preocupada com o desejo de ser mais magra. S( ) MF( ) F( ) AV( ) R( ) N( ) 8. Gosto de estar com o estmago vazio. S( ) MF( ) F( ) AV( ) R( ) N( ) 9. Quando fao exerccios penso em queimar calorias. S( ) MF( ) F( ) AV( ) R( ) N( ) 10. Sinto-me extremamente culpada depois de comer. S( ) MF( ) F( ) AV( ) R( ) N( ) 11. Fico apavorada com o excesso de peso S( ) MF( ) F( ) AV( ) R( ) N( ) 12. Preocupa-me a possibilidade de ter gordura no meu corpo.

  • 17

    S( ) MF( ) F( ) AV( ) R( ) N( ) 13. Sei quantas calorias tm os alimentos que como. S( ) MF( ) F( ) AV( ) R( ) N( ) 14. Tenho vontade de vomitar aps as refeies. S( ) MF( ) F( ) AV( ) R( ) N( ) 15. Vomito depois de comer. S( ) MF( ) F( ) AV( ) R( ) N( ) 16. J passei por situaes em que comi demais achando que no ia conseguir parar. S( ) MF( ) F( ) AV( ) R( ) N( ) 17. Passo muito tempo pensando em comida. S( ) MF( ) F( ) AV( ) R( ) N( ) 18. Considero-me uma pessoa preocupada com a comida. S( ) MF( ) F( ) AV( ) R( ) N( ) 19. Sinto que a comida controla a minha vida. S( ) MF( ) F( ) AV( ) R( ) N( ) 20. Corto minha comida em pedaos pequenos. S( ) MF( ) F( ) AV( ) R( ) N( ) 21. Levo mais tempo que os outros para comer. S( ) MF( ) F( ) AV( ) R( ) N( ) 22. As outras pessoas acham que sou magra demais. S( ) MF( ) F( ) AV( ) R( ) N( ) 23. Sinto que os outros prefeririam que eu comesse mais. S( ) MF( ) F( ) AV( ) R( ) N( ) 24. Sinto que os outros me pressionam a comer. S( ) MF( ) F( ) AV( ) R( ) N( ) 25. Evito comer quando estou com fome. S( ) MF( ) F( ) AV( ) R( ) N( ) 26. Demonstro autocontrole em relao comida. S( ) MF( ) F( ) AV( ) R( ) N( )

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    ANEXO 2 TESTE DE INVESTIGAO BULMICA DE EDIMBURGO (BITE)

    1. Qual a sua altura?

    __________________________________________________ 2. Qual o seu peso atual? __________________________________________________ 3. Qual o peso mximo que voc j apresentou? __________________________________________________ 4. Qual o peso mnimo que voc j apresentou? __________________________________________________ 5. Qual , no seu entender, seu peso ideal? __________________________________________________ 6. Como voc se sente em relao ao seu peso: ( ) muito gorda ( ) abaixo do peso ( ) gorda ( ) muito abaixo do peso ( ) mdio 7. Voc tem perodos menstruais regulares? ( ) sim ( ) no 8. Com que freqncia voc, em mdia, faz as seguintes refeies? Todos

    os dias 5 dias/ sem.

    3 dias/ sem.

    1 dia/ sem.

    nunca

    Caf da manh 1 2 3 4 5 Almoo 1 2 3 4 5 Jantar 1 2 3 4 5 Lanche entre as refeies 1 2 3 4 5 9. Voc alguma vez teve uma orientao profissional com a finalidade de fazer regime ou ser orientada quanto sua alimentao? ( ) sim ( ) no 10. Voc foi alguma vez foi membro de alguma sociedade ou clube para emagrecimento? ( ) sim ( ) no 11. Voc alguma vez teve algum tipo de problema alimentar? ( ) sim ( ) no 12. Caso, sim, descreva com detalhes: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 1. Voc tem um padro de alimentao dirio regular? ( ) sim ( ) no

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    2. Voc segue uma dieta rgida? ( ) sim ( ) no 3. Voc se sente fracassando quando quebra sua dieta uma vez? ( ) sim ( ) no 4. Voc conta as calorias de tudo o que come, mesmo quando no est de dieta? ( ) sim ( ) no 5. Voc j jejuou por um dia inteiro? ( ) sim ( ) no 6. Se sim, qual a freqncia? ( ) dias alternados ( ) de vez em quando ( ) 2 a 3 vezes por semana ( ) somente 1 vez ( ) 1 vez por semana 7. Voc usa uma das seguintes estratgias para auxiliar na sua perda de peso? nunca De vez

    em quando

    1x/ sem.

    2 a 3x/ sem.

    diariamente

    2 a 3x/ dia

    5 ou + x/dia

    Tomar comprimidos 0 2 3 4 5 6 7 Tomar diurticos 0 2 3 4 5 6 7 Tomar laxantes 0 2 3 4 5 6 7 Vmitos 0 2 3 4 5 6 7 8. O seu padro de alimentao prejudica severamente sua vida? ( ) sim ( ) no 9. Voc poderia dizer que a comida dominou a sua vida? ( ) sim ( ) no 10. Voc come sem parar at ser obrigada a parar por sentir-se mal fisicamente? ( ) sim ( ) no 11. H momentos em que voc s consegue pensar em comida? ( ) sim ( ) no 12. Voc come moderadamente na frente dos outros e depois exagera em particular? ( ) sim ( ) no 13. Voc sempre pode parar de comer quando quer? ( ) sim ( ) no 14. Voc j sentiu incontrolvel desejo para comer e comer sem parar? ( ) sim ( ) no 15. Quando voc se sente ansiosa, voc tende a comer muito? ( ) sim ( ) no

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    16. O pensamento de tornar-se gorda a apavora? ( ) sim ( ) no 17. Voc j comeu grandes quantidades de comida muito rapidamente (no uma refeio)? ( ) sim ( ) no 18. Voc se envergonha de seus hbitos alimentares? ( ) sim ( ) no 19. Voc se preocupa com o fato de no ter controle sobre o quanto voc come? ( ) sim ( ) no 20. Voc se volta para a comida para aliviar algum tipo de desconforto? ( ) sim ( ) no 21. Voc capaz de deixar comida no prato ao final de uma refeio? ( ) sim ( ) no 22. Voc engana os outros sobre quanto come? ( ) sim ( ) no 23. O quanto voc come determinado pela fome que voc sente? ( ) sim ( ) no 24. Voc j teve episdios exagerados de alimentao? ( ) sim ( ) no 25. Se sim, esses episdios deixaram voc sentindo-se mal? ( ) sim ( ) no 26. Se voc tem esses episdios, eles s ocorrem quando voc est sozinha? ( ) sim ( ) no 27. Se voc tem esses episdios, qual a freqncia? ( ) quase nunca ( ) 1 vez por ms ( ) 1 vez por semana ( ) 2 a 3 vezes por semana ( ) diariamente ( ) 2 a 3 vezes por dia 28. Voc iria at as ltimas conseqncias para satisfazer um desejo de alimentao exagerado? ( ) sim ( ) no 29. Se voc come demais, voc se sente muito culpada? ( ) sim ( ) no 30. Voc j comeu escondida? ( ) sim ( ) no 31. Seus hbitos alimentares so os que voc poderia considerar normais? ( ) sim ( ) no

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    32. Voc se considera algum que come compulsivamente? ( ) sim ( ) no 33. Seu peso flutua mais que 2,5 quilogramas em uma semana? ( ) sim ( ) no

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    ANEXO 3 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

    CURSO DE NUTRIO

    TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Ttulo do Projeto: Estudo sobre o comportamento alimentar de nutricionistas de Foz do Iguau (Pr) com enfoque em Transtornos alimentares. Pesquisador Responsvel: Lucineia Schons Este projeto tem o objetivo de avaliar o comportamento alimentar de nutricionistas de Foz do Iguau para verificar se essa classe apresenta risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares e analisando se o tempo de graduao tem alguma influncia nesse comportamento. Para tanto ser necessrio realizar os seguintes procedimentos: aplicar dois instrumentos (questionrios) que investigam comportamento alimentar de risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares, sendo um deles especifico para anorexia e outro para bulimia nervosa. Calcular o IMC (ndice de massa corprea) conforme os dados relatados pelas participantes. Durante a execuo do projeto no haver nenhum procedimento que possa causar risco, dano ou desconforto ao entrevistado. Aps ler e receber explicaes sobre a pesquisa, e ter meus direitos de: 1. receber resposta a qualquer pergunta e esclarecimento sobre os procedimentos, relacionados pesquisa com o acadmico pesquisador pelo telefone (45) 3526-2298, em caso de dvidas; 2. retirar o consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo; 3. no ser identificado e ser mantido o carter confidencial das informaes relacionadas privacidade. Declaro estar ciente do exposto e desejo participar do projeto.

    Foz do Iguau, ______ de ________ de 200__. Nome do sujeito da pesquisa /ou responsvel: ____________________________

    Assinatura: ____________________________________________ Eu, Lucineia Schons, declaro que forneci todas as informaes referentes ao projeto ao participante e/ou responsvel. Pesquisadora: ________________________________________ Lucineia Schons Orientadora da pesquisa: ____________________________________ Mrcia Fernandes Nishiyama