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3 a 6 de novembro de 2009 - Londrina – Pr - ISSN 2175-960X
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COMPARTILHANDO SABERES E PRÁTICAS SOBRE A EDUCAÇÃO
INCLUSIVA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
VIANA, Márcia Rafaella Graciliano dos Santos1 - UFAL – CAPES
SANTOS, Soraya Dayanna Guimarães2 – UFAL – FAPEAL
BARROS, Márcia Lúcia Nogueira de Lima3 – UFAL
FUMES, Neiza de Lourdes Frederico4 - UFAL
INTRODUÇÃO
Várias pesquisas desenvolvidas por integrantes do GEEAMA (Grupo de Estudos e Extensão
em Atividade Motora Adaptada) e do NEEDI (Núcleo de Estudos em Educação e
Diversidade), ambos da Universidade Federal de Alagoas, mostraram a necessidade de
professores da rede regular de ensino da capital alagoana buscarem formação e
conhecimentos na área da educação inclusiva. Percebemos a partir desses estudos5,
especificamente através das falas dos docentes, a insegurança e o medo em lidar com as
deficiências de seus alunos e com as diferenças de maneira geral, alegando que não foram
preparados para essa nova situação durante os seus cursos de graduação.
Esses resultados foram altamente instigantes para os integrantes dos Grupos e constituíram-se
no ponto de partida para a proposição de ações6 que auxiliassem os professores da educação
básica (e mesmos alunos de licenciaturas) a desenvolverem aulas que valorizem a diversidade
de seus alunos. Dentre estas ações, desenvolvemos um curso de curta duração (40 horas) com
o intuito de oportunizar os professores da rede regular de ensino de Alagoas e os futuros
professores (alunos de curso de licenciatura) estar em contato com a temática inclusão no
espaço escolar, como ainda proporcionar-lhes a oportunidade de trocar informações com seus
pares e estarem em contato direto com os conhecimentos produzidos no meio acadêmico7.
1 Mestranda do curso de Educação Brasileira – [email protected] 2 Mestranda do curso de Educação Brasileira – [email protected] 3 Mestre em Educação em Brasileira – [email protected] 4 Prof.ª Drª. PPGE/CEDU/UFAL – [email protected] 5Dentre estes estudos, podemos citar: SANTOS e CAVALCANTE NETO (2007) A prática pedagógica de
professores de Educação Física em turmas com alunos com deficiência física; VIANA e FUMES (2007) A
prática pedagógica dos professores de Educação Física em escolas regulares de Maceió: um olhar sobre a
diversidade; FUMES, VIANA e SANTOS (2008) O fazer pedagógico de professores de Educação Física em
turmas com alunos com deficiência física inclusos; VIANA et al (2009) A inclusão na perspectiva dos
professores de Educação Física: conceitos e preconceitos. 6 A exemplo destas ações podemos citar a criação e realização de um encontro anual que trata sobre a Educação
Inclusiva, atingindo um público de professores, acadêmicos, profissionais de diversas áreas (Psicologia, Serviço
Social, Direito, Ciências Sociais, dentre outros) e familiares de pessoas com deficiência; realização de oficinas
que tratam da temática inclusão, promovidas e direcionada aos alunos das licenciaturas (futuros professores),
entre outras. 7 Uma reflexão crítica, realizada em colaboração com os colegas, é especialmente importante na área da
inclusão. Especificamente, porque as tradições da educação especial levam-nos a conceituar o trabalho de uma
forma relativamente estreita, em que foram excluídas muitas possibilidades que poderiam ter gerado melhores
oportunidades para as crianças com deficiências. Sendo assim, necessário se faz que os professores sejam
apoiados a entenderem, enfrentarem e superarem os limites pedagógicos e atitudinais postos à inclusão escolar
dos estudantes com deficiências (DASMACENO; COSTA, 2008).
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Isto porque acreditamos que o trabalho em parceria é, sem dúvida, o princípio de toda a
prática pedagógica na escola e para que os professores sintam-se parceiros na construção de
uma escola inclusiva.
Com essa iniciativa, reforçamos a idéia de que por mais que existam possibilidades de debate
sobre o processo inclusivo, não daremos conta se não intervirmos na realidade e que a
universidade não pode ficar distante do que acontece na escola e na sociedade. Deste modo,
os programas de formação precisam incitar o professor (entenda-se também os futuros
professores) a ser capaz de desenvolver estratégias de ensino que respeitem a diversidade de
seus alunos. No entanto, para que isto ocorra os programas devem reconhecer os saberes
trazidos pelos professores, formentar a reflexão sobre a sua prática e assim nela poder intervir.
Sobre isso, Damasceno e Costa (2008, p. 8) discorrem:
Somos capazes de criar condições em espaços de formação que estimulem o
desenvolvimento da sensibilidade nos professores. Assim, os indivíduos
sensíveis estariam mais abertos ao acolhimento da diversidade humana,
reconhecendo-a não como característica que apenas diferenciam os indivíduos,
mas como essência da natureza humana, desenvolvendo assim a tolerância e
aceitação no coletivo social.
Os autores ainda complementam dizendo que uma vez que os professores estivessem
sensíveis à causa da inclusão de estudantes com deficiência na escola regular, estarão atentos
para a condição da fragilidade humana, assim refletindo criticamente sobre a condição da
deficiência, opondo obstáculo a um dos maiores agentes segregadores, ou seja, o preconceito.
Reflexões acerca da formação continuada vêm adquirindo maior relevância ao serem
consideradas as nuances e os contrastes desse processo de formação. Nesta perspectiva,
entendemos que a formação continuada baseada na reflexão sobre a prática docente ou sobre a
investigação de problemas decorrentes da situação de ensino contribui para refletir esta
formação como um processo contínuo de reconstrução identitária (CORREIA, 2007).
Esses programas devem levar em consideração as experiências e expectativas dos professores,
bem como o seu contexto social de atuação. Assim, ouvir os professores falarem sobre suas
preocupações, medos, dificuldades, expectativas e experiências em relação à entrada do aluno
com deficiência leva-nos a compreender a sua atuação, bem como nos permite intervir, de
maneira mais consciente, na sua formação continuada.
Nóvoa (1991, p. 30) expõe: “Esse processo de formação deve fundamentar-se em uma [...]
reflexão na prática e sobre a prática, através de dinâmicas de investigação-ação e de
investigação-formação, valorizando os saberes [...] dos professores”
Ao encorajarmos os professores a explorarem formas de desenvolver a sua prática, de modo a
proporcionarem a aprendizagem de todos os alunos, estamos, porventura, a convidá-los a
experimentarem métodos que, no contexto da sua experiência anterior são estranhos
(DASMACENO; COSTA, 2008). Nesse sentido, se faz necessário que o professor desenvolva
um senso crítico, para que enfrente o desafio, novo para todos, que é ensinar na e para a
diversidade de seus estudantes.
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Estes aspectos supracitados foram os orientadores para a proposição do curso de extensão,
que conheceremos logo a seguir.
ALGUNS ASPECTOS DO CURSO "COMPARTILHANDO SABERES E PRÁTICAS
EM EDUCAÇÃO INCLUSIVA"
O curso foi direcionado a professores da educação básica de escolas regulares de Alagoas que
atuavam com alunos com deficiência inclusos e acadêmicos de cursos de licenciaturas do
Estado. Mais especificamente, disponibilizamos 40 vagas, 30 para professores8 e 10 para
acadêmicos das licenciaturas. Assim, os professores que tinha em suas turmas alunos com
deficiência trouxeram suas experiências práticas e os estudantes da graduação seus anseios,
dúvidas e/ou conhecimentos teóricos a respeito da temática.
Segundo os postulados de Vygotsky (2003), o educador, ao compartilhar coletivamente seu
trabalho numa dinâmica de interlocução das situações pedagógicas, em um processo dialético
com seus pares, pode constituir uma práxis voluntária e conscientemente orientada,
pressupondo a internalização de conhecimentos que, até então, ainda não dominava.
Evidencia-se a relevância das interações sociais e das oportunidades em que são discutidas e
partilhadas idéias; das possibilidades de o educador, na interação com o outro (regulação
interpsicológica), e por meio de um processo de regulação externa, refletir sobre a prática, vir
a reelaborar concepções, internalizar novas idéias, novos modos de conceituar a realidade e
redirecionar a atuação (regulação intrapsicológica).
A ênfase na relação dialógica entre professores atuantes e futuros professores pretendia
transformar os debates, durante o curso, em espaços de pesquisa, onde todos se
comprometessem com os avanços e as dificuldades existentes, direcionados pelo
desenvolvimento dos conteúdos, para que fosse desencadeado um processo de reorganização
de idéias e da prática, em um movimento flexível de se voltar um para o outro. Acreditamos
que os professores atuantes com suas experiências práticas e os alunos das licenciaturas com
os conhecimentos teóricos, trabalhando em conjunto com estudiosos do assunto (mestrandos,
mestres e doutores), que se responsabilizaram pelos conteúdos ministrados, poderiam atingir
o objetivo pré-definido: compartilhar saberes e práticas sobre a educação inclusiva.
Pimenta (2005) declara que a tônica dessa ação, refere-se à construção de saberes que se faz
na relação com o outro, num movimento de complementação e reconstrução da prática, no
exercício coletivo de pensar e refletir sobre a complexidade dos fenômenos que emergem do
cotidiano.
Considerando estes aspectos, o curso teve como metas:
- proporcionar aos participantes o reconhecimento sobre o papel social do professor diante do
processo de inclusão;
- oportunizar a descoberta de condições singulares para responder à complexidade das
situações na relação com o aluno com deficiência;
8 Destacamos que o curso não obteve procura suficiente de professores da educação básica para completar as 30
vagas oferecidas. Assim, achamos por bem aceitar um número maior de inscrição de graduandos de cursos de
formação de professores.
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- proporcionar estratégias que propiciem a valorização do potencial individual do aluno,
independente de suas limitações;
- redirecionar a visão sobre as condições de aprendizagem do aluno e as possibilidades de
inclusão no ensino regular;
- propiciar vivências que levem os participantes a perceber a importância do conhecimento
que o professor deve ter sobre seus alunos e suas condições, para que seu trabalho seja mais
dinamizador da aprendizagem.
Como estratégia metodológica foi utilizada aulas expositivas dialogadas, exposição de vídeos,
oficinas e exercícios de simulação. O curso teve 40 horas e os participantes que
compareceram a 75% do tempo, tiveram direito a certificação.
As temáticas abordadas no curso foram selecionadas por ordem de necessidades dos
professores diagnosticadas em eventos anteriores realizados pelo GEEAMA e NEEDI. Tais
temas visaram promover e/ou despertar o interesse nessa área do conhecimento por parte dos
participantes e assim, fazê-los pensar e pôr em prática aulas criativas e que auxiliassem a
valorização das diferenças de seus alunos, dando oportunidades igualitárias a todos de
aprender e ascender durante o processo educativo.
A capacitação ocorreu aos sábados, no turno da manhã e tarde, no campus da UFAL, no
período de maio e junho de 2009.
A equipe responsável pela realização da formação foi composta por: um aluno da graduação,
oito mestrandos do curso de Educação Brasileira, uma professora mestre em educação e uma
professora doutora. A ampla maioria dos ministrantes do Curso tinha experiências na área de
Educação Inclusiva, desenvolvia pesquisas e/ou estava envolvida em projetos de extensão
nesta mesma área. Cabe ainda salientar que o ministrante de cada módulo tinha
conhecimentos aprofundados naquela área.
O curso foi composto pelos seguintes módulos e seus respectivos conteúdos programáticos:
1º Módulo - Introdução à Educação Inclusiva (8 horas). Ementa: discussão das terminologias;
dos modelos de deficiência e de educação da pessoa com deficiência; da base legal da
educação inclusiva.
2º Módulo - O desenvolvimento e a aprendizagem na perspectiva da Educação Inclusiva (4
horas). Ementa: teorias do desenvolvimento humano; teorias da aprendizagem; relação entre
desenvolvimento e aprendizagem.
3º Módulo - Ensino Colaborativo (4 horas). Ementa: definição e fundamentos teóricos do
ensino colaborativo; o ensino colaborativo como estratégias de construção da escola inclusiva.
4º Módulo - Jogos e Brincadeiras na Prática Inclusiva (4 horas). Ementa: conceitos e tipos de
jogos e brincadeiras; as atividades lúdicas e a importância da aprendizagem na promoção da
inclusão, da auto-estima e a da socialização de todos os alunos.
5º Módulo - Introdução às Tecnologias Assistivas (4 horas). Ementa: definição de
Tecnologias Assistivas (TA); o emprego das TA e a inclusão do aluno com deficiência;
recursos tecnológicos (softwares, hardwares, adaptações de acesso ao computador);
adaptações ambientais; recursos para a comunicação; confecção de materiais.
6º Módulo - Introdução à Língua de Sinais (4 horas). Ementa: definição de Língua de Sinais;
a estrutura da língua; sinais básicos na língua brasileira de sinais; a comunicação com
indivíduos surdos e sua inclusão nas salas regulares de ensino.
7° Módulo – Avaliação na educação inclusiva (4 horas). Ementa: aspectos sobre as
modificações ocorridas no processo avaliativo dos alunos a partir da inclusão de pessoas com
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deficiência no âmbito escolar; avaliação numa vertente histórica e conceitual; avaliação em
uma perspectiva construtivista; instrumentos de avaliação.
RESULTADOS
A capacitação em questão contou, especificamente, com a participação de quinze (15)
professores de escolas regulares, sendo que quatro lecionavam em escolas públicas, seis em
escolas privadas e cinco em centros especializados no atendimento da pessoa com deficiência.
Dentre esses profissionais 87% atuavam na capital alagoana e os demais em cidades do
interior.
Um dos requisitos para inscrição dos professores no curso era possuir em suas turmas pelo
menos um aluno com alguma deficiência. Assim, constatamos que 12% dos professores
ensinavam alunos com deficiência auditiva, 35% com alunos com deficiência mental, 12%
com alunos com deficiências múltiplas e 41% não identificaram o tipo de deficiência de seus
alunos.
Dentre os motivos citados pelos professores para participar do curso, encontraram-se: adquirir
conhecimentos; trocar experiências com os demais participantes e capacitar-se para atuar
seguramente com alunos com deficiência inclusos.
Entre os participantes da formação, encontravam-se também 18 acadêmicos das seguintes
licenciaturas: Pedagogia, Ciência Biológicas. Eles eram oriundos de instituições privadas
(CESMAC – Centro de Ensino Superior de Maceió, FITs – Faculdade Integrada Tiradentes,
FRM - Faculdade Raimundo Marinho) e pública da capital alagoana (UFAL – Universidade
Federal de Alagoas).
Cabe destacar que dentre os acadêmicos apenas 39% declararam terem vivenciado momentos
com pessoas com deficiência, sejam esses em estágios, participação em grupo de estudos,
contato com familiares e/ou amigos. Ainda segundo os graduandos, o interesse pela temática
deu-se devido a curiosidade e a necessidade pessoal de aprender a se relacionar com as
pessoas com deficiência, pelo fato de serem futuros professores e por entenderam que deverão
estar preparados para lidar com a diversidade.
Com o intuito de saber a relevância e significado dos módulos para os participantes da
formação, buscamos aplicar questionários que nos desse esse feedback e nos proporcionasse
também avaliar o desenvolvimento dos conteúdos. Assim, pudemos diagnosticar satisfação na
fala dos mesmos. Como nos mostra os seguintes recortes:
Os conteúdos abordados foram muito bons, relevantes, motivante para a prática
profissional, significativos. Repleto de discussões e reflexões. Além de
proporcionar interação e colaboração com pessoas que vivenciam a inclusão em
escolas (Estudante 1).
Os módulos tiraram todas as dúvidas que eu tinha. Percebi que melhorou meu
desempenho e colaboração em sala de aula. Foi muito bom, proveitoso e criativo.
Estou muito feliz (Professora 3).
Em todos os módulos aprendemos muito uns com os outros, ou seja, não
sabemos tudo, e a cada módulo eu aprendia mais. As dinâmicas, os trabalhos em
grupos, a troca de conhecimento, a interação com os colegas, foram muito
proveitos também (Estudante 5).
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Todos os métodos, conteúdos foram bem abordados e bem utilizados. Eu aprendi
inúmeras coisas: como deve ser trabalhado o ensino-aprendizagem dentro da sala
de aula; o importante desenvolvimento que a escola inclusiva deve ter; que
devemos saber lidar com a diversidade; como trabalhar em sala de aula de forma
que não canse os alunos (Professor 6).
Estou muito satisfeita com o que foi exposto e trabalhado no curso de formação.
È importante construir uma rede envolvendo os atores que fazem parte da escola
para que no fim seja alcançado o sucesso escolar. Foi repassada uma exposição
de conhecimentos científicos, além de muitas atividades práticas envolvendo a
formação de grupos, o diálogo e a reflexão (Professora 8).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi marcante perceber que a parceria estabelecida entre os participantes da formação e a
equipe de professores ministrantes do curso, concretizou essa proposta formativa,
desenvolvendo uma relação mais próxima de todos com a temática trabalhada. A formação
criou oportunidades nas quais uns aprenderam com os outros, propiciando possibilidades de
ultrapassarem as barreiras que comprometiam o entendimento de como lidar com a
diversidade dos alunos e acima de tudo, acreditar nas possibilidades de transformação da
educação.
Entendemos ser necessária a existência de iniciativas como essa, de elaboração e
desenvolvimento de programas de formação continuada para profissionais da educação, uma
vez que, por estarem trabalhando no contexto da diversidade, esses docentes devem se
preparar para desenvolver ações que contribuirão para uma prática pedagógica interativa,
atendendo às demandas do alunado que se apresentam bastante diversificadas, “onde as
dificuldades, deficiências e limitações precisam ser reconhecidas, mas não devem conduzir ou
restringir o processo de ensino, como habitualmente acontece” (PFDC, 2004, p.42). Além
disso, quando na escola algumas classes recebem alunos com algum tipo de deficiência, é
necessário, que os professores trabalhem de uma forma cooperativa, interdisciplinar,
participem do planejamento de ações e de estratégias com vistas a possibilitar a aprendizagem
desses alunos, dentro de um enfoque inclusivo.
Porém, na maioria das vezes, não é oportunizado momentos como os citados aqui, que visem
fazer os professores refletirem, experimentarem, socializarem e recriarem suas práticas. A
nosso ver, esses momentos são extremamente relevantes por facilitarem e conscientizarem o
professor sobre sua vivência cotidiana no ambiente escolar, proporcionando condições para
que barreiras atitudinais, pedagógicas e físicas existentes frente à inclusão sejam derrubadas
ou nem mesmos construídas.
REFERÊNCIAS
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Regular /Ministério Público Federal: Fundação Procurador Pedro Jorge de Melo e Silva
(Organizadores) / 2ª ed. ver. e atualiz. – Brasília: Procuradoria Federal dos Direitos do
Cidadão (PFDC), 2004.
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Currículo, Espaço em Litígio?. João Pessoa: AEPPPC, 2007. v. III. p. 1-9.
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A inclusão na perspectiva dos professores de Educação Física: conceitos e preconceitos. In: I
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psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 2003.