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1 Formador: Carlos Lourenço

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Formador: Carlos Lourenço

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A prevenção é meio caminho para se evitar os acidentes.

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ÍNDICE

1- Introdução 4

2 – Destinatários da informação/população alvo 5

3 – Estrutura do manual adoptada 6

4 – Acidentes mais comuns nas crianças 7

5 – Prevenção de acidentes 62

6– Nota final 76

7 – Referências Bibliográficas 77

Anexo 78

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1 - INTRODUÇÃO

O presente trabalho surge no âmbito da avaliação do módulo de Segurança do

Trabalho e a temática escolhida diz respeito à elaboração do manual de primeiros

socorros.

Neste manual pretende-se esclarecer e apresentar os cuidados a ter com os acidentes

mais comuns das crianças, bem como a prevenção de acidentes, os quais devem ser

feitos mesmo por pessoas leigas, até que seja possível uma assistência médica

efectiva. Evidentemente, estes socorros limitam-se a medidas mínimas que

proporcionam à vítima uma situação que possa livrá-la de um agravamento do seu

estado ou mesmo da morte imediata, por asfixia, hemorragia ou choque.

Este pequeno manual, em linguagem acessível, de fácil leitura e manuseio tem como

objectivo sensibilizar/relembrar à comunidade escolar os cuidados a ter perante os

acidentes mais comuns nas crianças.

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2 – DESTINATÁRIOS DA INFORMAÇÃO/POPULAÇÃO ALVO

-Educadores de infância

-Educadores sociais

-Coordenadores pedagógicos

- Professores do 1º ciclo e ensino básico

- Auxiliares de educação

- Animadores sócio-culturais

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3 – ESTRUTURA DO MANUAL ADOPTADA

O presente manual de primeiros socorros, deve servir de instrumento de trabalho,

com informação relevante.

Este manual é formado por duas partes:

- A primeira aborda os acidentes mais comuns nas crianças, dando a conhecer as

suas consequências bem como a actuação do socorrista mediante cada uma;

- A segunda aborda a prevenção de acidentes como parte integrante do primeiro

socorro.

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Ataque de Asma 8

Convulsões Febris 14

Cortes e arranhões 18

Desmaio 21

Engasgamento 25

Farpas 36

Hemorragias 39

Lesões na Cabeça 43

Picada de Insectos 47

Ingestão de Venenos 51

Como aplicar um penso 54

Verificar a circulação 56

Aplicar uma ligadura na mão ou no pé 58

Atar uma alça para o braço 60

4 - ACIDENTES MAIS COMUNS NAS CRIANÇAS

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Durante um ataque de asma, contracções musculares fazem

estreitar as vias aéreas dos pulmões, provocando edema e inflamação

dos revestimentos das mesmas.

Ataques súbitos e dificuldade ventilatória ocorre, por vezes

durante a noite.

Para facilitar a ventilação, os asmáticos crónicos fazem-se

normalmente acompanhar da sua própria

medicação,sobre a forma de aerossol, que eles mesmos

utilizam no caso de sobreviver um ataque.

Relativamente a estes aerossóis, será prudente aconselhar a vitima

a não ultrapassar a dose máxima diária prescrita pelo

medico assistente, ainda que se sinta muito aflita.

Ataque de Asma

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Ataque de Asma (cont.)

A vitima pode mostrar-se muito ansiosa e ter dificuldade em falar;

Dificuldade em ventilar, sobretudo no momento da expiração;

Coloração azulada da face.

Sintomas e sinais

Causas da Asma

Os ataques de asma podem ser provocados pela tensão nervosa ou por uma alergia, se bem que em muitos casos o motivo não seja evidente.

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Sossegar a vitima;

Se possível, fazê-la ventilar ar fresco e colocá-la numa posição que torne a ventilação mais fácil;

Procurar assistência médica, no caso de ataques sucessivos ou prolongados, ou se tiver dúvidas acerca do estado da vítima.

Objectivo do Socorro

Ataque de Asma (cont.)

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1. Acalme a vítima

Sente a vítima numa posição confortável. Por vezes é preferível incliná-la para a frente;

Reconforte-a e acalme-a;

Diga-lhe que respire devagar e profundamente.

Socorro

Ataque de Asma (cont.)

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2. Dê-lhe a medicação

Dê à sua vítima o seu inalador de alívio (habitualmente azul), e peça-lhe que tome a dose.

Se a vítima for uma criança, pode necessitar de uma câmara expansora fixa ao inalador.

O efeito do inalador deve ser evidente passados alguns minutos.

Socorro

Ataque de Asma (cont.)

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3. Repita a dose

Se o inalador aliviou os sintomas, peça a vítima que repita a dose;

Incentive-a a continuar a respirar lenta e profundamente;

Diga-lhe que informe o médico se o ataque tiver sido excepcionalmente grave.

Ataque de Asma (cont.)

Socorro

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CONVULSÕES FEBRIS

As convulsões que surgem em crianças pequenas devido á febre elevada são conhecidas como convulsões febris.

As crianças com menos de 5 anos têm mais probabilidades de sofrer convulsões, que são raramente perigosas para elas.

Sinais e Sintomas

Costas arqueadas, pernas rígidas e punhos cerrados;

Olhos rolam para cima;

Movimentos involuntários das pernas e dos braços;

Febre elevada.

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CONVULSÕES FEBRIS

Objectivo do Socorro

Baixar a temperatura da criança, protegendo-a de lesões e pedir ajuda médica;

Não usar a força para restringir a criança;

Não meter nada pela boca;

Socorro

1. Proteja a Criança:

Colocando almofadas, cobertores, toalhas ou roupa á volta da criança para a proteger de lesões. Não a desloque enquanto ela está a ter uma convulsão.

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CONVULSÕES FEBRIS

2. Arrefeça a Criança:

Dispa a criança ou retire os cobertores para a arrefecer;

Descendo a partir da cabeça, passe uma esponja embebida em água tépida por todo o corpo da criança;

Não seque a criança; deixe que a água evapore da pele;

Não a deixe ficar com demasiado frio.

Socorro

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Socorro

CONVULSÕES FEBRIS

3. Peça ajuda:

Peça a alguém que chame uma ambulância ou chame-a você.

4. Vigie a vítima:

Vigie a temperatura da criança a intervalos regulares;

Dê á criança a dose adequada de xarope paracetamol quando acabarem as convulsões (deve estar prescrito);

Pare de a arrefecer assim que a temperatura chegue aos 37º graus.

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Cortes e Arranhões

As feridas pequenas, como cortes e arranhões, não sangram muito e requerem tratamento.

No entanto, o importante é limpar a ferida e aplicar um penso esterilizado o mais depressa possível para minimizar o risco de infecção.

Verifique ainda se a vacinação antitetânica da vítima está actualizada e faça com que ela receba um reforço se necessário.

Sinais e Sintomas

Sangue com exsudação;

Dor localizada

Zona arranhada contendo partículas de sujidade e pó.

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Cortes e Arranhões (cont.)

Socorro de Escoriações

1. Limpe a ferida

Sente a vítima e reconforte-a. Mesmo uma queda pequena pode fazer com que a vítima se sinta abalada;

Lave a sujidade do corte ou do arranhão sob água corrente;

Limpe suavemente a ferida á volta dela com uma

compressa de gaze. Mude de compressa sempre que

limpa e limpe de dentro para fora;

Levante qualquer material que se solte, como o vidro,

areia ou metal com o canto da compressa;

Seque a ferida com uma compressa.

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Cortes e Arranhões (cont.)

Socorro de Escoriações2. Cubra a ferida

Para pequenos cortes e arranhões cubra a ferida com um penso rápido.

Para lesões maiores, coloque uma compressa esterilizada e prenda com uma ligadura ou adesivo.

Repouse o membro afectado, de preferência em posição elevado.

3. Importante

Nunca toque no corte ou no arranhão com os dedos para evitar infectá-lo;

Evite usar algodão em rama ou outros materiais fofos para limpar o corte ou um arranhão;

Usar luvas descartáveis e/ou lave bem as mãos quando lidar com fluídos corporais.

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Desmaio

Um desmaio é uma perda momentânea de consciência, não dura mais do que alguns minutos.

Causas

Redução temporária do fluxo sanguíneo que irriga o cérebro; o restabelecimento é normalmente rápido e completo;

Reacção nervosa á dor ou ao susto;

Resultado duma perturbação emocional, de exaustão ou de carência alimentar.

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Sinais e Sintomas

Pulsação lenta e fraca;

A vítima pode estar muito pálida.

Suores.

Desmaio (cont.)

Objectivo do Socorro

Posicionar a vítima de forma a que a gravidade ajude a aumentar o fluxo sanguíneo ao cérebro.

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Socorro

1. Eleve as pernas

Se a vítima desmaiou, eleve-lhe as pernas acima do nível do coração para facilitar a irrigação. Se ela se sentir a desmaiar, mas não desmaiou, peça-lhe que se deite e eleve-lhe as pernas;

Apoie-lhe as pernas com o corpo, com almofadas ou com cobertores.

Desmaio (cont.)

2. Ponha a vítima confortável

Desaperte o vestuário que restrinja os movimentos;

Assegure-se de que a vítima recebe bastante ar fresco. Se está dentro de casa, abra uma janela ou ligue uma ventoinha para o seu rosto.

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3. Trate de eventuais lesões

Procure eventuais lesões que a vítima possa ter feito ao cair;

Trate-as adequadamente.

4. Ajude a vítima a levantar-se

Quando a vítima se sentir melhor, ajude-a a sentar-se muito devagar;

Se a vitima começar a sentir-se de novo a desmaiar, ajude-a a deitar-se.

Desmaio (cont.)

Socorro

Eleve-lhe e apoie-lhe de novo as pernas até ela se sentir totalmente restabelecida;

Ajude-a a sentar-se de novo, movendo-a muito devagar e assegurando-se de que ela já não se sente a desmaiar.

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Engasgamento

Ocorre normalmente quando a via aérea fica parcial ou totalmente

obstruída pela deglutição de um objecto grande ou quando alguma

coisa entra para a traqueia em vez de descer pelo esófago.

O engasgamento pode ser causado por espasmos musculares;

Os adultos podem engasgar-se com pedaços de comida que foram mal mastigados e engolidos á pressa;

As crianças correm um risco maior porque gostam de levar tudo à boca.

Causas do Engasgamento

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Sintomas e Sinais

Sintomas e sinais gerais de asfixia;

A vitima fica incapaz de falar ou de ventilar (respirar) e pode agarrar-se à garganta;

A vitima fica em silêncio;

Engasgamento (cont.)

À congestionamento da cara e do pescoço, as veias ficam salientes;

A vitima tem uma coloração azulada nos lábios e na boca. Pode ocorrer inconsciência na vitima.

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Objectivo do Socorro

Remover o objecto de obstrução e restaurar a ventilação normal;

Promover transporte para o hospital.

Engasgamento (cont.)

Socorro

1. Tratamento nos adultos e em crianças com mais de 7 anos

a) Estimule a tosse:

Peça á vítima que tussa. Isso pode desalojar aquilo que esteja a obstruir a traqueia;

Na criança, procure na boca se aparece alguma coisa.

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b) Dê palmadas nas costas:

Se a vítima ficar mais fraca dobre-a para a frente a partir da cintura;

Coloque-se mais ou menos ao lado e atrás da vítima;

Coloque uma braço á volta da cintura para a apoiar e dê

palmadas fortes entre as omoplatas com a outra mão.

Engasgamento (cont.)

Socorro

Verifique de novo a boca.

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c) Aperte o abdómen

Se a obstrução ainda não tiver sido removida, fique atrás da

vítima.

Aperte o punho de uma das mãos, coloque o lado do polegar

mesmo abaixo da caixa torácica, e coloque a outra mão por cima.

Engasgamento (cont.)

Socorro

Puxe para cima e para dentro com força até cinco vezes.

Verifique de novo a boca.

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d) Repita o tratamento:

Se a obstrução ainda não tiver sido deslocada, dê mais três

conjuntos de palmadas nas costas e de apertos

abdominais.

Se a obstrução permanecer, chame uma ambulância.

Devendo repetir o tratamento enquanto espera.

Engasgamento (cont.)

Socorro

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2. Tratamento nas crianças de 1 a 7 anos

a) Estimule a tosse

Se a criança ainda consegue respirar, estimule-a a tossir. A tosse pode

ajudar a desalojar a obstrução.

Procure na boca se saiu alguma coisa. Provavelmente a criança quererá

cuspi-la.

Engasgamento (cont.)

Socorro

b) Dê palmadas nas costas

Se a criança parar de tossir ou não conseguir respirar, dobre-a para a

frente, coloque-se por trás dela e dê-lhe três a cinco palmadas fortes nas

omoplatas.

Procure de novo na boca se saiu alguma coisa.

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c) Aplique golpes no tórax:

Se as palmadas não ajudarem, coloque um punho no

fundo do esterno e a outra mão sobre este

Puxe com força para dentro e para cima

cinco vezes.

Veja de novo a boca

Socorro

Engasgamento (cont.)

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d) Aplique golpes do abdómen

Se os golpes no tórax não ajudarem, desloque as mãos para a

parte superior do abdómen.

Pressione fortemente para dentro e para cima até cinco

vezes.

Procure de novo na boca.

Socorro

Engasgamento (cont.)

a) Repita o tratamento Se a obstrução permanecer, repita a sequência três vezes.

Se o objecto continuar alojado, chame uma ambulância. Devendo sempre repetir a sequência enquanto espera.

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Som agudo como guinchos, ou não fazer qualquer som.

Dificuldade em respirar.

Rosto e pescoço vermelhos, depois cinzentos-azulados.

Engasgamento (cont.)

Engasgamento de bebés com menos de 1 ano

a) Dê palmadas nas costas:

Coloque o bebé com a cara para baixo ao longo do seu braço,

com a cabeça apoiada na sua mão.

Dê-lhe cinco palmadas fortes nas costas.

Vire-o para cima e procure dentro da sua boca se saiu alguma

coisa.

Sinais e sintomas:

Socorro

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b) Comprima o tórax:

Se o bebé continuar engasgado, deite-o de barriga para cima e coloque dois dedos no esterno, abaixo do nível dos mamilos.

Engasgamento (cont.)

Engasgamento de bebés com menos de 1 ano

Comprima com força o tórax com os dedos até cinco vezes.

Verifique de novo a boca e remova tudo o que vir.

c) Repita o tratamento:

Se a obstrução permanecer, repita a sequência de palmadas nas costas e compressões

no tórax mais três.

Se a obstrução não for removida depois de feitos todos os esforços chame a

ambulância.

Leve consigo o bebé quando for chamar a ambulância.

Repita a sequência de tratamentos enquanto aguarda pela chegada da ambulância.

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Farpas

Os corpos estranhos enterrados na pele que encontrará com maior frequência serão as limalhas metálicas ou farpas de madeira.

Em geral, podem ser retiradas facilmente com a ajuda de uma pinça. Contudo, se a farpa estiver muito enterrada, ou se for muito grande, procure ajuda médica o mais rápido possível.

Sinais e Sintomas Contacto conhecido com peças de madeira, metal ou vidro;

Indicação visível de um corpo estranho enterrado;

Dor e sensibilidade na zona afectada.

Objectivo do Socorro

Retirar cuidadosamente a farpa.

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Socorro

1. Esterilize a pinça

Limpe meticulosamente a zona infectada com

água morna e sabão.

Esteriliza a pinça aquecendo-a sobre uma

chama.

Farpas (cont.)

2. Puxe a farpa

Agarre a farpa com uma pinça, depois puxe-a em linha recta na direcção oposta à entrada.

Tente não partir a farpa.

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3. Limpe a ferida

Esprema a zona à volta da ferida. Isto ajuda a fazer

sair qualquer sujidade.

Limpe a zona afectada e cubra-a com um penso.

Verifique se a vacina do tétano está actualizada.

Farpas (cont.)

Socorro

4. Cubra a farpa espetada

Se a farpa quebrar ou não sair, coloque compressas de ambos os lados

e uma ligadura sobre elas, evitando exercer pressão.

Procure ajuda de um médico.

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Hemorragia

É uma perda de sangue que pode ser assustadora e fatal. E deve ser parada

o mais depressa possível. Pode ocorrer após uma incisão profunda ou

laceração na pele.

Hemorragia externa grave evidente.

Sintomas e sinais de choque

A vítima queixa-se de sede.

Pele fria e húmida; A face e os lábios tornam-se pálidos.

Pulsação acelera-se mas enfraquece. A vítima fica desassossego e

faladora.

Possível inconsciência.

Sintomas e Sinais

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Objectivo Estancar a hemorragia;

Limpar e pôr um penso na ferida para reduzir a perda de sangue e evitar a infecção;

Levá-lo ao hospital o mais depressa possível.

Hemorragia (cont.)

1. Reduza o fluxo sanguíneo:

Remova ou corte a roupa, se necessário, para expor a ferida;

Cubra a lesão com uma compressa esterilizada, um penso limpo se o

tiver;

Comprima a ferida firmemente durante 10 minutos ou mais tempo se

necessário, até parar a hemorragia.

Socorro

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41

2. Deite a vítima:

Se a hemorragia não parar, deite a vítima numa superfície firme, mantendo a lesão elevada.

Desaperte o vestuário á volta.

Hemorragia

Socorro

3. Faça um penso seguro:

aplique a ligadura sobre a ferida não demasiado apertada.

Se o sangue ensopar o penso, cubra-o com um segundo penso. Se

continuar mude-os (não se deve retirar a primeira compressa).

4. Peça ajuda

Peça a alguém que chame uma ambulância ou chame-a você

mesmo.

(cont.)

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5. Vigie a vítima:

Observe sinais de choque

Verifique a respiração, a pulsação e o grau de consciência de 10 em

10 minutos.

Hemorragia

Socorro

(cont.)

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Lesões na cabeça

As lesões na cabeça provocam, por vezes, danos ou perturbações no cérebro.

Nestes casos, podem surgir distúrbios ou perdas de consciência resultantes de

concussão ou compressão, ou decorrentes de lesões associadas a outras

situações não evidenciadas.

Por isso, é essencial que se faça um exame cuidadoso á vítima.

Estas pancadas directas na cabeça que provoquem feridas ou

equimoses podem ser acompanhadas de facturas no crânio.

Este tipo de lesões resulta normalmente de: quedas, particularmente no caso de

pessoas idosas, doentes ou

intoxicados; acidentes rodoviários, acidentes no trabalho nas profissões de

elevado risco, como é o caso dos construtores civis ou mineiros.

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Sinais e Sintomas

Perda momentânea ou parcial da consciência, enquanto a vítima está

inconsciente pode ventilar;

Ventilação pouco profunda;

Palidez da face;

Pele fria e húmida;

Pulso rápido e fraco.

Lesões na cabeça (cont.)

Durante a recuperação:

O acidentado pode sentir náuseas e mesmo vómitos, nas 24 a 48 horas subsequentes á

lesão.

Ao recuperar a consciência:

O acidentado pode não se recordar de quaisquer acontecimentos ocorridos no período

imediatamente anterior ou posterior ao acidente.

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Objectivo do Socorro

Socorrer o estado de inconsciência e quaisquer ferimentos visíveis e

procurar ajuda médica.

Lesões na cabeça (cont.)

Socorro

1. Trate as feridas visíveis

Se houver uma ferida no couro cabeludo, recoloque retalhos de pele.

Pressione a ferida com uma compressa para controlar a hemorragia.

Mantenha a pressão pelo menos 10 minutos até a hemorragia ter parado.

Prenda uma ligadura à volta da cabeça para segurar a compressa.

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2. Avalie a vítima

Verifique se está consciente, fazendo perguntas

simples e directas em voz audível.

Se ela responder às perguntas, deite-a em posição

confortável, depois transporte-a para o hospital.

Lesões na cabeça (cont.)

Socorro

Se a vítima não reagir, peça a alguém que chame uma ambulância.

Se precisar de deixar uma vítima inconsciente sozinha para fazer a

chamada, coloque-a na posição de segurança.

3. Vigie a vítima

Vigie a respiração, a pulsação e o grau de consciência de 10 em 10

minutos até chegar a ambulância.

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Picada de insectos

As picadas de abelhas, vespas ou vespões são dolorosas mas pouco

perigosas. Pode haver dor aguda seguida de inchaço, ulceração e comichão

temporários.

O seu objectivo é procurar sinais de choque anafilático, remover o ferrão,

cobrir a ferida e reduzir inchaço.

Sinais e Sintomas

Ferrão na pele

Área inchada

Dor localizada

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Socorro

1. Tratar picadas na pele:

a) Remova o ferrão:

Se houver um ferrão na ferida, retire-o com a unha ou com um

cartão de crédito.

Não agarre o saco de veneno com os dedos ou com uma pinça pois

a pressão pode fazer com que mais veneno seja infectado.

Picada de insectos

b) Trate a ferida:

Lave a ferida com a água e sabão e seque-a.

cubra a ferida com um penso rápido.

Aplique uma compressa fria por cima para reduzir a dor e o

inchaço.

Aconselhe o ferido a procurar ajuda médica se os sintomas

persistirem .

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49

c) Trate a ferida

Lave a ferida com a água e sabão e seque-a.

Cubra a ferida com um penso rápido.

Picada de insectos

Aplique uma compressa fria por cima para reduzir a dor e o inchaço.

Aconselhe o ferido a procurar ajuda médica se os sintomas

persistirem .

Socorro

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50

b) Peça ajuda

Chame a ambulância

Picada de insectos

2. Tratar picadas na boca

a) Reduzir inchaço

Dê á vítima um copo de água fria para beber aos goles ou gelo para

chupar, para reduzir o inchaço

Socorro

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51

A Ingestão de produtos químicos tóxicos ou de plantas venenosas, ou ainda

a ingestão excessiva de drogas recreativas ou medicinais podem causar

envenenamento.

Procure assistência médica imediata e dê aos serviços de emergência o

máximo de informação possível sobre o envenenamento, incluindo o tipo de

substâncias ingerido, a quantidade e a hora.

Ingestão de venenos

Sinais e Sintomas

Dor no abdómen ou no tórax;

Náuseas, vómitos e diarreia;

Dificuldades em respirar;

Tonturas;

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Socorro

1. Obtenha informações

Se a vítima estiver consciente pergunte-lhe que veneno ingeriu.

Procure sinais de frascos ou de embalagens á volta da vítima.

Ingestão de venenos

2. Peça auxílio:

Chame uma ambulância.

Diga ao telefonista o que a vítima tenha ingerido.

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3. Vigie a vítima

Vigie a respiração, a pulsação e a consciência de 10 em 10 minutos até

chegar o auxílio.

Procure sinais de deterioração.

Se for envenenamento por álcool, cubra a vítima com um cobertor.

Ingestão de venenos

Socorro

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Como aplicar um penso

1. Aplique a compressa

Lave bem as mãos e calce luvas descartáveis, se possível.

Escolha um penso com uma compressa que cubra uma área 2,5 cm maior do

que os bordos do ferimento.

Desenrole a ligadura até que a compressa fique visível, deixando uma

pequena ponta solta num dos lados e um rolo de ligadura do outro. Coloque

o penso directamente sobre o ferimento.

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2. Ligadura no lugar

Segure o penso passando a ponta mais curta da ligadura uma

vez mais á volta do penso e do membro.

Continue a segurar a ponta mais curta e passe o rolo de

ligadura á volta do penso e do membro. Continue a desenrolar

até tapar a compressa.

Como aplicar um penso

3. Prenda a ligadura:

Até as pontas da ligadura por cima do penso.

Verifique a circulação e, se necessário, solte um pouco a ligadura e volte a aplicar.

Se o sangue passar para fora, aplique um segundo penso sobre o primeiro. Se

molhar o segundo penso, remova ambos e recomece.

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Verificar a circulação

1. Aplique pressão:

Imediatamente após ligar um membro, verifique a

circulação nos dedos das mãos ou dos pés abaixo da

ligadura.

Aperte a unha ou a pele até a zona ficar pálida, depois

liberte a pressão. A cor deve voltar de imediato.

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2. Solte a ligadura

Se a cor da pele não voltar logo, a ligadura está

demasiado apertada e deve ser folgada.

Desenrole algumas voltas da ligadura. Espere que a

pele volte a ganhar cor, depois volte a aplicá-la mais

solta. Verifique de novo.

Verificar a circulação

3. Vigie a vítima

De 10 em 10 minutos, procure nos dedos sinais de pouca circulação tais

como pele pálida, fria ou dormente. Desaperte a ligadura e volte a aplicá-la

se necessário.

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Aplicar uma ligadura na mão ou no pé

1. Comece no pulso:

Coloque a ponta da ligadura no lado interno do

pulso na base do polegar ( ou do tornozelo numa

ligadura para o pé ); prenda a ponta dando uma

volta direita ao pulso.

Puxe a ligadura em diagonal sobre as costas da

mão da vítima na direcção do dedo mínimo.

Passe a ligadura sob e sobre os dedos de forma a

que o bordo superior toque mais ou menos a meio

do dedo indicador.

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2. Repita as camadas:

Passe a ligadura em diagonal sobre as costas

da mão, depois á volta do pulso e de novo

sobre a mão na direcção do dedo mínimo.

Continue, cobrindo dois terços da camada

anterior a cada nova volta.

Quando a mão estiver coberta, dê duas

voltas directas á volta do pulso (ou do

tornozelo) e prenda a ligadura e volte a

aplicá-la se necessário.

Aplicar uma ligadura na mão ou no pé