1192041338 a Industria de Moldes No Contexto Mundial Europeu e Da Industria Portuguesa

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ÍNDICE ÍNDICE 2

Agradecimentos 4

0. Introdução 5

1. Destaque dos Aspectos Mais Relevantes 6

2. A Indústria de Moldes no Contexto Mundial, Europeu e da Indústria Portuguesa 18

2.1. Universo de empresas 18

2.2. Dimensão média empregadora empresarial – Nível Emprego 21

2.3. Oferta - Capacidade Produtiva Instalada - Tipos de Produtos e Serviços 26

2.4. Procura – Indústrias - Cliente – Volume de Negócios (VN) – Mercados - Alvo de Destino – Países

Concorrentes 36

2.4.1. Sobre as Exportações mundiais 43

2.4.2. Sobre as Exportações ISTMA 44

2.4.3. Sobre as Exportações Portuguesas de Moldes 45

2.5. Importações de Moldes - Mercados de Origem -Taxa de Cobertura Exportações/Importações 50

2.6. Fases do Processo Produtivo 53

2.7. Capacidade de Concepção Técnica e Tecnologia de Produtos e Processos 54

2.8. Caracterização da I&DT e Inovação e Transferência de Tecnologia 55

2.9. Patentes - Marcas 57

2.10. Qualidade, Segurança e Ambiente 58

2.11. Qualificação dos Recursos Humanos e Formação 59

2.12. Custos com Pessoal – Benefícios Adicionais – Horas médias de trabalho – Salário hora médio 60

2.13. Contributo para o PIB - Valor Acrescentado Bruto (VAB) 66

2.14. Rendibilidade Operacional 70

2.15. Níveis de Investimento - Investimento em novas máquinas e instalações mecânicas 71

2.16. Capacidade Financeira - Níveis de Financiamento - Liquidez média 73

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3. Caracterização concorrencial 74

3.1. Diversificação versus Especialização 74

3.2. Barreiras à Entrada de Novos Concorrentes – Concorrentes Potenciais 75

3.3. Barreiras político-económicas 75

3.4. Barreiras jurídico-legais 76

3.5. Barreiras ambientais 76

3.6. Outras barreiras 76

4. Vantagens e desvantagens competitivas – Pontos Fortes e Pontos Fracos 78

4.1. Pontos Fortes 78

4.2. Pontos Fracos 79

4.3. Factores de Competitividade Críticos de Sucesso Determinantes do Negócio, Desafios e

Oportunidades 79

5. Perspectivas de Evolução Futura - Estratégias de Desenvolvimento Potenciais - Tendências em

implementação 81

5.1. Perspectivas de Evolução Futura 81

5.2. Estratégias de Desenvolvimento Potenciais 82

5.3. Tendências em implementação 83

6. Anexos 84

QUADRO I – Dados e indicadores médios das empresas ISTMA (evolução 1998-2003) 84

QUADRO II – Dados das empresas ISTMA 19986-2003 85

QUADRO III – Peso dos Moldes no Comércio Internacional Português 86

QUADRO IV – Principais Mercados de Destino dos Moldes em 2005 87

QUADRO V – Principais Mercados de Origem dos Moldes em 2005 89

QUADRO VI – Portugal entre os 35 principais exportadores e importadores mundiais de Moldes em 2004 91

QUADRO VII – Portugal entre os 35 principais fornecedores de Moldes à U E 92

QUADRO VIII – Saldo da Balança Comercial dos Moldes por tipos de produtos 1996-2005 93

QUADRO IX – Entidades Ligadas à Actividade de Moldes 94

7. Referências e Bibliografia 96

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Agradecimentos A elaboração deste trabalho é destinada a todos os interessados na actividade de moldes

para a indústria e foi possível graças ao fornecimento de dados e à colaboração prestada

pelas seguintes entidades às quais apresentamos os nossos agradecimentos:

� GEE - Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia e Inovação; � CEFAMOL – Associação Nacional da Indústria de Moldes;

� INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial;

� ICEP - Instituto das Empresas para os Mercados Externos;

� OCES – Observatório da Ciência e Ensino Superior; � IPQ – Instituto Português da Qualidade; � CENTIMFE – Centro Tecnológico da Indústria de Moldes e Ferramentas.

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0. Introdução

Com este trabalho pretendeu-se reunir um conjunto de elementos dispersos, alguns deles

sem tratamento, preparando-os para uma melhor leitura pelos interessados, visando dar a

conhecer quantificada e qualitativamente a realidade desta actividade económica, num

período longo de tempo, que se encontre o mais próximo possível do momento actual.

Assim, há séries de dados que se prolongam até ou 2003 ou 2004 ou 2005.

Uma parte da informação estatística internacional que iremos referir, foi reunida a partir dos

dados publicados pela ISTMA – International Special Tooling and Machining Association nos

seus relatórios anuais relativos a um período de 8 anos, compreendidos entre 1996 e 2003,

sobre as empresas suas associadas, conseguindo-se agrupar um conjunto de 9 países com

séries completas de dados que designaremos por “grupo dos 9”, representativo em média de

90% daquele universo (Quadros I e II em anexo), incluindo os países da: América do Norte

(EUA e Canadá); Ásia (Japão e Coreia do Sul); e, Europa (Alemanha, Reino Unido,

Espanha, Portugal e Finlândia). As constatações centrar-se-ão, pela sua maior coerência, no

sub - período 1998-2003. Para os países em que existam dados dispersos serão referidos

esporadicamente em alguns indicadores ao longo do texto, nomeadamente a China pela sua

importância mundial actual ligada à actividade de moldes e às principais indústrias suas

clientes. Dispusemos, também, do fornecimento de elementos das várias entidades referidas

nos agradecimentos.

Deparámo-nos, contudo, com diversas dificuldades de obtenção de dados individualizados

da actividade, o seu tratamento divergente entre as diversas entidades nacionais, e, por

conseguinte, da sua posterior leitura integrada, relacionadas com o valor da produção da

totalidade das empresas e do comércio externo abaixo de um determinado patamar não

estatisticamente tratado, a existência de séries sistemáticas trabalhadas quanto à I&DT e

inovação, sistemas de qualidade, propriedade industrial, empresas e emprego.

Expressamos o desejo que se caminhe para a implementação de um sistema de informação

coerentemente integrado que permita melhorar o conhecimento sobre o possível e desejável

‘cluster’ dos moldes em Portugal e que o trabalho contribua para o melhor conhecimento e

definição das orientações e estratégias para encarar os novos desafios que se colocam, quer

aos empresários desta indústria e das actividades suas fornecedoras, quer às entidades

públicas e privadas ligadas ao desenvolvimento económico empresarial e regional.

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1. Destaque dos Aspectos Mais Relevantes

Dada a extensão do trabalho optámos por realizar uma síntese inicial, dando destaque a

alguns dos aspectos mais relevantes caracterizadores da actividade de moldes no contexto

internacional os quais se encontrarão fundamentados na parte de desenvolvimento do

trabalho.

� Mundialmente, estima-se que existam cerca de 40.000 empresas de moldes. Só a China

possui mais de 20.000.

� A China, os EUA, o Japão e a Alemanha são os principais produtores mundiais de moldes.

� As empresas de grande dimensão predominam no Japão, Alemanha, Espanha e Reino

Unido.

� Estimava-se que a China, em 2000, teria 150.000 trabalhadores, correspondendo a uma

dimensão média de 10 trabalhadores por empresa.

� Verificou-se uma tendência de decrescimento do nº total de empresas (-8,5% ao ano),

característica que foi comum aos diversos países, à excepção, Canadá e da Coreia do Sul

e da China.

� A tendência foi de decrescimento do emprego na ordem dos 5% de média anual e foi

contrariada nos casos não só da Alemanha como do Japão (ISTMA).

� Desde 2002 a Alemanha é o país maior empregador, para além da China.

� Em 2003 os EUA representaram 28% do emprego ISTMA.

� A indústria de moldes em termos mundiais possui sobrecapacidade instalada face à

procura, mais evidenciada nas economias mais desenvolvidas como o Japão, os Estados

Unidos, a Alemanha e outros países europeus.

� A produção mundial de moldes estimada aponta para os 30 mil milhões de Euros em

2005.

� A China verifica um forte crescimento da produção de moldes equivalente a 5,6 mil

milhões de USD em 2003.

� As empresas chinesas de moldes possuem uma importante componente de capital

estrangeiro.

� As empresas portuguesas de moldes são maioritariamente de capitais nacionais.

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� As 32 empresas portuguesas de moldes membros da ISTMA são de pequena e média

dimensão, tal como nos EUA, Canadá e Finlândia, representavam e pesavam:

o 0,3%-0,4% no total de empresas da indústria transformadora nacional;

o 7%-8% das empresas incluídas na divisão Fabricação de máquinas e de equipamentos

n. e.;

o 14%-15% do nº de empresas do grupo de Fabricação de outras máquinas e

equipamento para uso específico;

o ~1% no total das empresas da Região Centro (Marinha Grande) e ~0,3% das empresas

da Região Norte (Oliveira de Azeméis);

o 10,7% das cerca de 300 empresas estimadas para Portugal;

o 77% dos 7.500 trabalhadores estimados;

o uma média de 180 activos por empresa;

o 7 vezes superior à média nacional desta actividade de 25 empregados por empresa;

o ≅ 2,5 vezes a dimensão média da indústria transformadora.

� Portugal situou-se a cerca de 1/3 da média do emprego do “grupo dos 9” ISTMA 2003 com

aprox. 7,5 milhares de trabalhadores e aumentou a sua quota relativa de cerca de 3% para

4% (1996-2003). Isto é, reduziu o emprego em termos absolutos nesse período mas, não

tanto quanto outros países.

� O emprego das empresas portuguesas de moldes localiza-se:

o 63% em 190 empresas da Marinha Grande com uma média de 26 activos por empresa;

o 29% em 86 empresas de Oliveira de Azeméis com uma média de 17 empregados por

empresa;

o 8% disperso, principalmente, por Leiria, Aveiro, Alcobaça, Porto, Lisboa.

� O Pessoal ao Serviço na actividade de moldes pesava, sensivelmente, face ao nº de

trabalhadores existentes em Portugal:

o 0,2% do emprego nacional;

o 0,8%-0,9% do emprego total da indústria transformadora;

o 16%-17% do emprego considerado na divisão Fabricação de máquinas e de

equipamentos n. e.;

o 36%-38% do nº de empregados do grupo Fabricação de outras máquinas e

equipamento para uso específico;

o ~2,4% no total do emprego da Região Centro (Marinha Grande);

o ~0,3% dos empregados da Região Norte (Oliveira de Azeméis).

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� O nível de produção português de moldes com um crescimento médio anual de 7,1% no

período 1990-2005, variou entre os €114,3 milhões em 1990 e os € 320,5 milhões em 2005

(ponto mínimo em valor dos últimos 5 anos) e estima-se que corresponda a uma quota:

o um pouco acima do 1% da produção mundial de moldes;

o 0,5% da produção total da indústria transformadora;

o 12,4% da produção envolvida na divisão Fabricação de máquinas e de equipamentos

ne;

o 1/3 da produção 2004 do grupo Fabricação de outras máquinas e equipamento para uso

específico.

� A produção portuguesa exportada – cerca de 90% da produção total -, pesou em média

1,1% nas exportações nacionais na última década, atingindo o mínimo em 2005 com 1% e

ocupava, em 2004, a:

� 9ª posição no ranking das exportações mundiais de moldes com uma quota de

3,6%;

� 3º país europeu maior exportador de moldes em 2004;

� 5º lugar 2003-2005 no grupo dos principais países fornecedores de Moldes à U E – 24

(excluindo Portugal) com uma quota de 3,7%, 4,1% e 4,8% em cada um dos anos;

� Assinala-se que a China entre 2004-2005 reforçou a sua capacidade de fornecimento ao

mercado comunitário, atingindo uma quota de 4,6%, muito próxima da de Portugal (4,8%).

Se considerássemos a soma dos fornecimentos da China com os da China Hong-Kong

então, a 5ª posição ser-lhe-ia atribuível em vez de o ser a Portugal.

� Os concorrentes exportadores com quotas de mercado da U E 2004-2005 mais próximas

da de Portugal foram, para além da China, a Áustria e a República Checa.

� Não obstante, Portugal comprou ao exterior o equivalente a 0,7% das importações

mundiais de moldes, sendo o 26º. país importador em 2004.

� A actividade de moldes nacional, entre 1990 e 2005, tem acentuado a sua dependência

face às importações, facto que se regista pela deterioração da taxa de cobertura das

importações pelas exportações nacionais, mais notória no período 2002-2005, tendo sido

o ano de 2002 o pior dos anos considerados com uma cobertura pouco superior a 500%

face ao melhor com cerca de 800% em 1996.

� O ritmo de crescimento médio anual das exportações ISTMA de moldes por país foi de

+3,2%.

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� Entre 1990 e 2005 registou-se em Portugal uma variação do nível das exportações, tendo

quase que triplicado o seu valor (a preços correntes) nesse período a um ritmo médio

anual de crescimento superior a 7%. Este abrandou para os 5% ao ano considerando o

intervalo 1996-2005.

� Houve uma mudança significativa no destino das exportações portuguesas de moldes

observando-se uma maior concentração na zona geográfica U E (25) em desfavor da

diversificação dos mercados para outras zonas geográficas de países terceiros como os

EUA/Canadá/América Latina, Ásia e países europeus não comunitários

� Relativamente a Portugal na U E (25) as grandes alterações de quota relativa de mercado

1996- 2005 deram-se com:

o os ganhos de quota em França (~+7%), que já era desde 1999 o principal país cliente e

Espanha (+10%);

o as perdas na Suécia (-5,6%) e Holanda (-4,8%).

� Nos Países Terceiros, relevamos a perda portuguesa de quota relativa de mercado 1996-

2005:

o nos EUA (-9%);

o no Brasil (-4%);

o em Israel (-3%).

� Os 4 países de destino - França, Alemanha, Espanha e EUA -, concentraram 60% das

exportações de 2005 e, apenas, 11 mercados justificaram mais de 80% das vendas da

indústria de moldes nacional no exterior.

� Os principais países clientes que absorveram entre 70%-65% das exportações

portuguesas 2004 e 2005 de moldes foram França (21%-23%), Alemanha (18%-16%),

Espanha (12%-14%), Reino Unido (10%-6%), EUA (9%-7%), o qual perdeu a posição de

2º. 1996 e 1º.1997 país cliente.

� A Suécia que foi em 1996 o 4º maior país cliente de Portugal com 9,5% de quota de

exportação nacional passou para a 6ª posição 2005 com 3,9%. Portugal foi o 2º maior

fornecedor de MIBP da Suécia em 1996 e 2002.

� A Espanha, embora melhor posicionada como país cliente de Portugal, baixou a sua quota

relativa.

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� Em termos globais, entre 1997-2001, os “Moldes para Injecção de Borracha ou Plástico”

(MIBP) tiveram a principal quota de produto exportado com 43% de peso no comércio

internacional de moldes e produto importado de 42%. Em Portugal a quota de exportação

de MIBP esteve acima do dobro desta actividade (86,5% das exportações2004 de moldes).

� No contexto mundial a produção portuguesa exportada de MIBP foi de 5% ou seja na 7ª

melhor posição relativa, no qual se destacam o Japão, a Alemanha, a Itália, os EUA e o

Canadá.

� Conjuntamente, os moldes para borracha ou plástico com os moldes para metais

justificaram em média cerca de 98,1% do valor da produção média nacional com destino à

exportação na última década e 96,7% da quantidade medida em toneladas.

� A tendência nacional nos últimos 10 anos tem sido no sentido da diminuição da produção

para exportação dos moldes para borracha ou plástico, tendo atingido um mínimo em

2005. Essa diminuição tem sido +/- compensada pelo aumento da produção dos moldes

para metais.

� A elevada concentração nos MIBP para exportação teve um peso médio de 92,5% 1996 - 2005

em valor e 89,2% em tonelagem.

� Os preços médios anuais por tonelada das duas principais famílias de moldes produzidos

em Portugal para exportação tiveram uma progressiva redução ao longo dos 10 anos.

� As quantidades tiveram um ritmo médio de crescimento superior ao do crescimento em

valor com impactos nos preços médios na ordem dos -3,5% ao ano.

� O preço médio em 10 anos do mix de produtos das famílias NC 8480 - Moldes foi de 24,1

milhares Euros por tonelada.

� Os principais saldos comerciais médios deficitários com o exterior 1996-2005 englobam nos

10 anos as famílias de produtos Placas de Fundo para Moldes, Modelos para Moldes e

Moldes para Matérias Minerais.

� As principais taxas de cobertura médias da década englobam as duas principais famílias

de produtos nas quais Portugal se distingue ou sejam os Moldes para Borracha ou

Plástico com 809,1% e os Moldes para Metais ou Carbonetos Metálicos com 410,1%.

� A tendência nacional nos últimos 21 anos (1984-2004), quanto às indústrias clientes, tem

sido para a perda de significado dos moldes para brinquedos, electrónica e

telecomunicações, electrodomésticos, utilidades domésticas, embalagem e material

eléctrico, em favor da concentração nos moldes de precisão destinados aos componentes

para a indústria automóvel.

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� As tendências são de crescimento previsível para a indústria automóvel, localizando-se os

principais mercados de maior probabilidade de expansão na Ásia, Europa de Leste e na

América do Sul.

� A dependência dos moldes directa e indirecta, em Portugal, face à indústria automóvel

significou 60% da produção de 2004. Comparativamente, em França a dependência foi de

apenas 46%.

� Os países que em 2001 mais veículos ligeiros exportaram foram a Alemanha, Japão,

Canadá, Bélgica e Luxemburgo, EUA, México, Espanha e Coreia do Sul. O México foi o 4º

maior exportador de veículos pesados e a França ocupou a 6ª posição. Surgiram como

novos exportadores de automóveis, no ranking dos 15 principais, a República Checa e a

China com tendência a manterem-se neste grupo.

� Os países que mais importaram componentes automóveis foram os EUA, Canadá,

Alemanha, Espanha, México, Reino Unido e França.

� Atendendo aos dados dos destinos das exportações portuguesas de moldes,

aparentemente, entre os potenciais mercados clientes ligados aos veículos menos

directamente explorados por Portugal encontrar-se-ão o Japão, México e a Coreia do Sul.

� A mudança na área do Material Eléctrico, Electrónico e de Telecomunicações é em muito

explicada pelo grande crescimento de países exportadores mundiais concorrentes como o

México, China, Malásia, Taiwan, Coreia do Sul e Filipinas. A China está nos 1ºs. lugares

na exportação de Material Eléctrico e Electrónico, tendo crescido tantas vezes quantos os

anos do período 1990-2001.

� A alteração na indústria cliente de Electrodomésticos teve uma redução do seu peso

relativo. Mais uma vez os países asiáticos concorrentes, China, Tailândia e Indonésia,

com destaque para o primeiro, explicarão a perda de importância desta indústria em

Portugal entre 1994 e 2004.

� São mais visíveis os impactos registados de crescimento do consumo de plásticos face ao

PIB na Turquia, México, Índia e Brasil, correspondendo a mercados com reduzida

penetração da actividade portuguesa de moldes.

� O Volume de Negócios (VN) total médio por trabalhador1998-2003 foi de 94.754 €,

caracterizando-se por:

o uma oscilação média no intervalo [81.999 – 106.714] €;

o um mínimo para Portugal em 2003 ou sejam ~2/3 da média ISTMA (59.080 Euros).

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� Quanto ao VN de moldes em Portugal constatamos que:

o houve um crescimento médio anual de 7% do VN /trabalhador 1998-2002 (ISTMA), ano a partir

do qual inverteu a tendência anterior;

o o VN /trabalhador rondou os 50.000€ 2004 o que representou face à realidade nacional:

� cerca de metade da média portuguesa [93.991€];

� menos de 60% da média da indústria transformadora [83.759€];

� ~2/3 da média da Fabricação de máquinas e de equipamentos n. e. [71.080];

� ~80% da média da Fabricação de outras máquinas e equipamento para uso

específico [57.262];

� 2% do VN da Região Centro;

� 0,3% do VN da Região Norte.

� A maioria das empresas não possui capacidade de investigação e desenvolvimento

próprios, recorrendo para esse efeito às entidades específicas do sistema científico e

tecnológico, sempre que os seus clientes o exijam.

� Dependem bastante, quanto à capacidade de desenvolvimento dos processos produtivos,

da técnica e tecnologias implícitas incorporadas nas máquinas e equipamentos adquiridos,

normalmente importados e desenvolvidos a montante pelos fornecedores de bens de

equipamento e software computacional, componentes e de materiais especializados.

� No ranking das 50 entidades maiores investidoras em I&D em Portugal destacaram-se

algumas ligadas aos moldes como sejam:

o Grupo Simoldes em 1999, 2001, 2003 (engloba as empresas Simoldes Plásticos, IMA –

Indústria de Moldes de Azeméis, Lda., Simoldes Aços, Lda.);

o Iberomoldes, S A em 1999;

o CENTIMFE – Centro Tecnológico da Indústria de Moldes e Ferramentas em 1999.

� Na actualidade o CENTIMFE desenvolve e participa num conjunto de projectos,

destacando-se o projecto de I&DT em parceria, de âmbito comunitário, designado

HIPERMOULDING, a decorrer desde 2004, financiado pela U E, que tem como

participantes nacionais, a CEFAMOL, o CENTIMFE e 2 empresas, a LN Moldes e a

Intermolde e participantes da Holanda, Bélgica, Polónia, Reino Unido e Espanha.

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� Havia 94 empresas e entidades com actividade declarada relacionada com a fileira dos

moldes (fornecedores de equipamentos e ferramentas, I&D, concepção, produção,

comercialização e outros serviços) que possuíam certificação do sistema de garantia da

qualidade pela NP EN ISO 9001:2000 à data de 30 de Junho de 2006, registadas no

IPAC – Instituto Português de Acreditação. Duas das empresas de moldes possuíam

certificação pela NP EN ISO 14001:2004.

� O peso dos Custos com Pessoal, entre 1996-2003, no “grupo dos 9” face ao respectivo

Volume de Negócios foi inicialmente de 42,5% e no final de 42%,tendo um decréscimo

médio anual de - 0,2% e mais acentuado entre 1998-2003 ou seja, de -0,9%.

� Considerando as práticas de cada um dos países ISTMA, verifica-se que em 2003 os

Custos com Pessoal tiveram um peso na estrutura de Custos face ao VN maiores na

Finlândia (62%), Itália (48,6%), EUA (48,4%) e Alemanha (45,7%) e menores na Coreia do

Sul (18%), Malásia (22,1%), Estónia (35,3%), Canadá (37,6%) e nas Filipinas os dados de

2001 apontam para os 16,6%.

� As empresas portuguesas membros da ISTMA representaram Portugal a um nível de 42%

na proximidade da média e perto de países como a Eslovénia (42,5%) e a Austrália

(42,3%) e Reino Unido (41,8%), Espanha (39,5%) e Suíça (38%).

� A média ISTMA para Portugal foi consideravelmente superior ao nível de incorporação de

Custos com Pessoal no Volume de Negócios ocorrida em termos nacionais que foi de:

o 16% na Indústria Transformadora;

o 23% nas Máquinas e Equipamentos n.e. ;

o 30% na Fabricação de Outras Máquinas e Equipamento para Uso Específico.

� Ocorreram tendências de redução dos Custos com Pessoal face ao VN na Alemanha,

Japão, Eslovénia, Suécia Holanda, França, Suíça, Canadá, Taiwan e Coreia do Sul.

� Ocorreram tendências de aumento dos Custos com Pessoal face ao VN na Finlândia,

Itália, EUA, Argentina, Portugal e Reino Unido.

� As horas médias de trabalho normal anual por trabalhador no “grupo dos 9” ISTMA em

2003 foram de 1.887. A Coreia do Sul liderou com o máximo de 2.326 h (+23% em relação

à média) e a Alemanha esteve no extremo oposto com 1.554 h (-18% em relação à

média).

� Portugal em 2003, estava nas 1.840 horas (98% da média 1998-2003).

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� O salário - hora médio ISTMA no período 1996-2003 flutuou, consoante se trate de um

moldador ou de um designer, entre a média dos €12,93 e €14,80.

� Os extremos do salário - hora médio por país em 2003 foram máximos na Suíça,

Alemanha e EUA e mínimos na Estónia, Coreia do Sul. Nas Filipinas os valores de 2001

apontam para os € 2,11 e € 2,09.

� Portugal esteve abaixo da média (€ 9,62 e € 10,20) e muito próximo dos níveis de 2001 da

Argentina.

� O peso dos benefícios adicionais representou 42,2% das remunerações e foi

tendencialmente crescente à taxa média anual de +1,8% entre 1998-2003.

� Em Portugal os benefícios adicionais foram de 52% e estiveram no intervalo [45% - 52%]

no período 1998-2003.

� A produção de moldes nacional teve em termos médios os seguintes contributos

económicos no período 2000-2004:

o 0,25% para o PIB português;

o 0,46% para a Indústria Transformadora nacional;

o 11,0% para a Indústria de Máquinas e Equipamentos n.e.(CAE 29);

o ~30 % para a Fabricação de Outras Máquinas e Equipamento para Uso Específico

(CAE 295).

� O VAB por trabalhador no ‘grupo dos 9’ ISTMA cresceu entre 1998/2003 a um ritmo médio

anual de + 2,1% situando-se nos 94.754 €.

� Portugal foi, comparativamente, o país que teve a menor das produtividades por

trabalhador na actividade de moldes, no conjunto considerado, correspondendo a:

o 30% da produtividade do Japão;

o 36% da produtividade dos EUA;

o 46% da produtividade da Espanha;

o 47% da produtividade da Alemanha;

o 48% da produtividade do Reino Unido;

o 57% da produtividade da Finlândia;

o 69% da produtividade da Coreia.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 15 de 97

� A produtividade por trabalhador das empresas de moldes portuguesas membros da

ISTMA foi inferior à média nacional, situando-se nos:

o 74% da Indústria Transformadora;

o 86% das Máquinas e Equipamentos n.e. .

� O VAB por trabalhador face ao volume de negócios por trabalhador foi em média de 59%

no ‘grupo dos 9’ ISTMA, evoluindo a uma taxa anual de 0,65%.

� As empresas ISTMA portuguesas decresceram o seu VAB face ao volume de negócios

por trabalhador, passando dos 52% em 1998 para os 45% em 2003, possuindo a 2ª das

mais fracas posições relativas face às médias 1998-2003 dos outros países do ‘grupo dos

9’ como sejam:

o 66% da Finlândia;

o 65% dos EUA;

o 64% do Japão;

o 63% do Canadá;

o 63% da Espanha;

o 62% do Reino Unido;

o 56% da Alemanha;

o 42% da Coreia.

� A rendibilidade operacional face ao volume de negócios no período 1998-2003 no ‘grupo

dos 9’ foi em média de 7,4%, com uma taxa de crescimento médio anual de quase 3%.

� As empresas portuguesas membros ISTMA, bem como as espanholas, tiveram uma

rendibilidade operacional próxima da média.

� A Coreia destaca-se com a melhor das rendibilidades operacionais relativas na ordem dos

12,3% e a Finlândia com a pior.

� O nível de investimento médio face ao volume de negócios foi de 10,1% e o nível de

investimento médio em máquinas e instalações mecânicas face ao volume de negócios foi

inferior, correspondendo a 6,8%, considerando os membros ISTMA para os quais existem

dados no período 1996-2000.

� Posteriormente a 2000 o ritmo de investimento médio em máquinas e instalações

mecânicas relativamente ao VN desacelerou nos principais países como a Alemanha,

Canadá, Espanha, Reino Unido e Portugal. A Coreia e a Finlândia contrariaram esta

tendência.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 16 de 97

� A desaceleração média anual do investimento médio em máquinas e instalações

mecânicas 1998-2003 no ‘grupo dos 9’ foi de -6%.

� As empresas portuguesas membros ISTMA destacaram-se, no conjunto de países

considerados ao longo dos anos, por possuírem a maior taxa de investimento atendendo

ao respectivo VN. Em termos de importância relativa seguiu-se o investimento das

empresas espanholas.

� O Canadá destaca-se por possuir uma das melhores rendibilidades operacionais

associada a um dos menores níveis de investimento em máquinas e instalações

mecânicas.

� O diferencial positivo entre o investimento total médio em Portugal e o do ‘grupo dos 9’

ISTMA acentuou-se em 1999 e 2000. Aparentemente, parece existir em Portugal um forte

investimento indirectamente produtivo, maior do que nos restantes países.

� No ano de 1999, altura em que no ‘grupo dos 9’ se começa a verificar o decrescimento do

investimento médio em máquinas e instalações mecânicas, o respectivo investimento em

Portugal tem um comportamento inverso agravando o seu diferencial relativamente à

média nesse mesmo ano e em 2000.

� Aparentemente, também, as empresas portuguesas ISTMA investiram em média mais

34% em factores não directamente produtivos entre 1997-2000 do que o ‘grupo dos 9’.

� O rácio de liquidez média foi de 1,5 no período 1998-2003 no ‘grupo dos 9’ ISTMA, tendo

tido uma tendência de decrescimento médio anual de 1,8%.

� O Canadá apresenta o melhor rácio de liquidez médio e Portugal o pior (inferior a 1) em 3

anos consecutivos (2001-2003).

� O enviesamento da estrutura financeira das empresas portuguesas será explicado pelos

factos a que não devem ser alheios o maior esforço de financiamento do investimento

português face ao dos restantes países e o agravamento da situação de financiamento da

actividade operacional derivado da alteração das condições de recebimento dos clientes.

� A deterioração das condições de gestão financeira das empresas nacionais ISTMA foi

mais grave do que nos outros países onde o rácio de liquidez sofreu deteriorações

pontuais acentuadas como na Suíça, França ou Coreia.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 17 de 97

� A indústria de moldes tenderá para o incremento da sua terciarização e desmaterialização,

mais orientada para o aumento do valor imaterial criado incorporado na cadeia de valor e

no preço do produto, através da oferta de prestação de serviços “Orientação Serviço” aos

clientes, libertando-os dos problemas ligados a:

o Serviços de concepção e desenvolvimento dos moldes para os seus produtos,

interagindo com o encontro de soluções para os próprios produtos;

o Serviços de planeamento e de gestão da manutenção periódica e verificação da

qualidade dos moldes;

o Serviços de gestão da recuperação e reconversão para outras finalidades da matéria-

prima dos moldes caídos em desuso;

o Serviços de formação na utilização e manutenção corrente dos moldes.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 18 de 97

2. A Indústria de Moldes no Contexto Mundial, Europeu e da Indústria Portuguesa

As empresas têm-se distinguido umas das outras, normalmente, pelo seu nível de recursos,

conhecimento e tecnologia de que dispõem que lhes permite a concepção e fabrico de

moldes - ferramenta usada como meio intermédio na produção / formatação posterior de

outros bens -, podendo agrupar-se pela diferenciação do porte:

� Fabricantes de moldes de Pequeno e Médio porte se o peso do molde for < 10 tons.

� Fabricantes de moldes de Grande porte se o peso for � 10 tons.

Tem vindo a desenvolver-se uma maior distinção entre as empresas, atendendo ao tipo de

especialização em moldes:

� algumas, trabalham somente com cavidades ou bases de moldes, polimentos ou moldes

de grande porte;

� outras, em moldes de maior precisão ou em moldes de pequena dimensão.

2.1. Universo de empresas

Destacam-se nos pontos seguintes as características detectadas quanto ao conjunto tratado

de empresas ISTMA.

� O nº de empresas variou entre as cerca de 1.500 registadas em 1997 e as ~800 em 2003.

� Verificou-se uma tendência de decrescimento do nº total de empresas (-8,5% ao ano), a

qual foi superior à constatada no “grupo dos 9” (-6,6%), característica que foi comum aos

diversos países, à excepção do Canadá e da Coreia do Sul.

Page 19: 1192041338 a Industria de Moldes No Contexto Mundial Europeu e Da Industria Portuguesa

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 19 de 97

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1.000

1.100Evolução 1996-2003 Universo Empresas ISTMA

1996 900 53 83 27 25 13 47 15 19 26

1997 1.043 59 82 35 18 13 45 15 23 25

1998 820 84 91 34 17 8 40 15 22 24

1999 803 216 92 38 21 8 42 15 25 19

2000 827 204 92 34 26 13 42 15 20 16

2001 647 44 96 34 10 14 36 15 24 16

2002 506 32 78 38 18 18 38 15 34 18

2003 438 39 128 34 10 7 32 9 26 20

EUA Japão Canadá Alemanha Espanha Reino Unido Portugal Finlândia Coreia Itália

� Os EUA passaram de uma quota de empresas superior a ¾ em 1996 para 60% em 2003.

� Estes, conjuntamente com o Canadá e o Japão representaram 75% a 80% da amostra.

� O peso das empresas portuguesas rondou os 4% do total, assinalando uma média de

sociedades superior à dos restantes países europeus.

� Havia em média 113 empresas de moldes por país tendo os EUA quase o quádruplo

dessa média e Portugal apenas 28%, muito próximo da Alemanha com 30% das

empresas.

� Embora não tenhamos dados totais, a China (não tratada no grupo das empresas ISTMA)

mas, como país integrante dos primeiros maiores produtores mundiais de moldes, onde se

incluem os EUA, Japão e Alemanha, será o país com maior nº de empresas nesta

actividade, sabendo-se que, segundo o mencionado no “Estudo sobre a Utilização da Propriedade

Industrial nos Sectores dos Plásticos e dos Moldes” – INPI, estimava-se já em 2000, que a China teria

18.000 empresas com actividade de fabrico de moldes e ferramentas. Apenas numa das

províncias chinesas existiam em 2002 mais de 6.000 a qual representava cerca de 28% da

sua produção total, o que nos induz a uma segunda estimativa superior às 20.000

empresas.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 20 de 97

A primeira empresa em Portugal de Moldes para matérias plásticas data de 1943, localizada

na Marinha Grande, surgiu a partir das experiências para a produção destes moldes, feitas

desde 1936, muito ligadas aos irmãos, serralheiros e produtores de moldes para vidro, Aires

Roque e Aníbal Abrantes. O primeiro molde de injecção para plástico foi fabricado em 1945.

Em 1953 foi desfeita a sociedade entre os dois irmãos e inaugurada a Aníbal H. Abrantes,

Lda..

Outras empresas produtoras de moldes para plásticos começaram a estabelecer-se,

posteriormente, nas cidades da Marinha Grande e Oliveira de Azeméis.

O crescimento do nº de empresas desta actividade teve um forte impacto na Marinha

Grande, destacando-se a sua característica exportadora e os seus efeitos para a Região

Centro.

� As empresas de moldes pesavam (2004), sensivelmente, face ao nº empresas existentes

em Portugal, atendendo à Classificação das Actividades Económicas (CAE):

o 14%-15% do nº de empresas do grupo 295 - Fabricação de outras máquinas e

equipamento para uso específico;

o 7%-8% das empresas incluídas na divisão 29 - Fabricação de máquinas e de

equipamentos n. e.;

o 0,3%-0,4% no total de empresas da indústria transformadora.

� Atendendo à respectiva região de localização temos que em 2003 as empresas de

moldes:

o da Marinha Grande pesavam ~1% no total das empresas da Região Centro;

o de Oliveira de Azeméis representavam ~0,3% das empresas da Região Norte.

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Referem-se algumas das principais empresas / grupos nacionais que operam nesta

actividade,:

� Grupo Iberomoldes

� Grupo Simoldes

� Moldes de Azeméis, Lda.

� Moldit – Indústria de Moldes, S A

� Afa – Produção de Moldes, S A

� …

Encontra-se no anexo IX uma lista das empresas que compilámos como operadoras nesta

actividade. No entanto, para uma maior actualização, esta pode ser complementada com a

lista de empresas fabricantes nacionais registadas no site da respectiva Associação

Empresarial em www.cefamol.pt .

2.2. Dimensão média empregadora empresarial – Nível Emprego

� Em alguns países como o Reino Unido, Alemanha, Espanha, Japão, Itália e França o nº

médio de trabalhadores aponta para um predomínio de empresas de grande dimensão

(GE - Grandes Empresas).

� Os EUA, embora possuam a maior quantidade de empresas ISTMA, elas têm-se

caracterizado pela média dimensão (PME), tal como no Canadá, Portugal e Finlândia, não

obstante as empresas destes últimos países ainda terem um maior nº médio de

trabalhadores do que as suas congéneres americanas.

� No conjunto do “grupo dos 9”, cada empresa teve uma dimensão média aprox. de 450

trabalhadores, tendo essa dimensão decrescido entre 1998-2003.

� As empresas alemãs tiveram em 2003 uma dimensão empregadora superior ao dobro da

média 1998-2003 do “grupo dos 9”, sugerindo a predominância de grandes empresas.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 22 de 97

� As empresas coreanas em 2003 representaram 1/10 (46) dessa média do “grupo dos 9”,

equivalente, mesmo assim, a quase o dobro da dimensão empregadora empresarial

portuguesa.

� As 32 empresas portuguesas membros da ISTMA em 2003:

o representaram 10,7% das cerca de 300 empresas estimadas para Portugal,

o empregando 77% dos 7.500 trabalhadores (total estimado)

o com uma média de 180 activos por empresa (dimensão média) ou seja,

o 7 vezes superior à média nacional desta actividade (25 empregados por empresa),

o ≅ 2,5 vezes a dimensão média da indústria transformadora.

� Na evolução mais recente da actividade em Portugal (2003-2005) constatou-se uma

variação de:

o -22 empresas (total 276) � 4% de decrescimento médio anual;

o -1.000 trabalhadores ao serviço (total 6.500) � ~7% de decrescimento médio anual.

0

250

500

7501.0001.2501.5001.7502.0002.2502.500 Evolução 1996-2003

Emprego médio por Empresa ISTMA (estimativa)

1996 74 520 137 1.388 270 1.592 126 102

1997 65 527 139 924 400 1.368 129 103

1998 69 302 120 974 683 2.148 145 106

1999 67 111 117 919 506 2.479 130 107

2000 59 123 106 994 386 1.045 132 103

2001 67 592 105 1.109 851 1.209 173 106

2002 76 702 155 1.044 511 702 158 57

2003 86 730 87 1.126 882 532 180 94

EUA Japão Canadá Alemanha Espanha Reino Unido Portugal Finlândia

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� A tendência foi de decrescimento do emprego na ordem dos 5% de média anual e foi

contrariada nos casos não só da Alemanha como do Japão (ISTMA).

� O país ISTMA maior empregador relativo, do “grupo dos 9”, foram os EUA até 2001,

perdendo esse lugar para a Alemanha desde 2002.

� Fora do âmbito ISTMA e conforme referido no “Estudo sobre a Utilização da Propriedade

Industrial nos Sectores dos Plásticos e dos Moldes” – INPI, estimava-se já em 2000, que a

China teria 150.000 trabalhadores, correspondendo a uma dimensão média de 10

trabalhadores por empresa.

� As empresas portuguesas de moldes são maioritariamente de capitais nacionais. As

empresas chinesas de moldes possuem uma importante componente de capital

estrangeiro.

05.000

10.00015.00020.00025.00030.00035.00040.00045.00050.00055.00060.00065.00070.000 Evolução 1996-2003 Emprego Empresas ISTMA (estimativa)

1996 66.254 27.576 11.332 37.484 6.760 20.698 5.924 1.537

1997 68.183 31.089 11.383 32.348 7.205 17.786 5.792 1.551

1998 56.200 25.390 10.932 33.103 11.617 17.184 5.797 1.587

1999 53.970 23.989 10.728 34.908 10.629 19.834 5.472 1.601

2000 48.965 25.175 9.720 33.797 10.039 13.583 5.536 1.552

2001 43.042 26.066 10.039 37.699 8.512 16.930 6.231 1.594

2002 38.610 22.467 12.082 39.669 9.203 12.635 5.992 861

2003 37.675 28.468 11.176 38.281 8.824 3.727 5.753 844

EUA Japão Canadá Alemanha Espanha Reino Unido Portugal Finlândia

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 24 de 97

� O nível de emprego total ISTMA terá tido o seu pico máximo em 1997 com ~267.000

trabalhadores e os mínimos inferiores a 200.000 empregados em 2002/2003 (estimativas

com base no volume de negócios e volume de negócios por trabalhador).

� Os EUA foram responsáveis por 1/3 do emprego em 1996 e 28% em 2003, naquele grupo.

� Este país, mais o Japão e o Canadá representaram, respectivamente, 43% e 49% do

emprego naqueles anos.

� Estes e a Alemanha dominam conjuntamente o mercado de emprego nos Moldes no

“grupo dos 9” com uma quota que passou dos 70% para os 85%.

� Cada um dos países terá em média cerca de 17.000 empregados nesta actividade,

variando num intervalo mínimo - máximo [844 – 38.281], pertencendo essas posições à

Finlândia e Alemanha, respectivamente.

� Portugal situou-se a cerca de 1/3 da média do emprego do “grupo dos 9”, representou na

ISTMA 2003 aprox. 7,5 milhares de trabalhadores e aumentou a sua quota relativa de cerca

de 3% para 4% (1996-2003). Isto é, reduziu o emprego em termos absolutos nesse

período mas, não tanto quanto outros países.

� O emprego das empresas portuguesas de moldes localizava-se:

o 63% em 190 empresas da Marinha Grande com uma média de 26 activos por empresa;

o 29% em 86 empresas de Oliveira de Azeméis com uma média de 17 empregados por

empresa;

o 8% disperso, principalmente, por:

- Leiria,

- Aveiro,

- Alcobaça,

- Porto,

- Lisboa.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 25 de 97

� O Pessoal ao Serviço na actividade de moldes pesava (2004), sensivelmente, face ao nº

de trabalhadores existentes em Portugal, atendendo à Classificação das Actividades

Económicas (CAE):

o 36%-38% do nº de empregados do grupo 295 - Fabricação de outras máquinas e

equipamento para uso específico;

o 16%-17% do emprego considerado na divisão 29 - Fabricação de máquinas e de

equipamentos n. e.;

o 0,8%-0,9% do emprego total da indústria transformadora;

o 0,2% do emprego nacional.

� Atendendo à respectiva região de localização temos que em 2003 o emprego na

actividade de moldes:

o da Marinha Grande pesavam ~2,4% no total do emprego da Região Centro;

o de Oliveira de Azeméis representavam ~0,3% dos empregados da Região Norte.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 26 de 97

2.3. Oferta - Capacidade Produtiva Instalada - Tipos de Produtos e Serviços

Os elementos disponíveis sobre esta actividade são normalmente apresentados em

percentagens relativas, sendo difícil a obtenção de dados absolutos, em quantidade e valor,

que possibilitem medir a capacidade produtiva instalada e a respectiva oferta mundial,

mesmo quando se consultam os relatórios da ISTMA. Contudo, existe uma referência de que

o sector em termos mundiais possui sobrecapacidade instalada face à procura, com

potenciais implicações na redução dos preços de venda.

No “Estudo sobre a Utilização da Propriedade Industrial nos Sectores dos Plásticos e dos

Moldes” – INPI é mencionado que “…verifica-se a existência de significativas bolsas de

sobre-capacidades nas economias mais desenvolvidas, incluindo o Japão …, os Estados

Unidos, a Alemanha … e outros países europeus.” Situação bastante justificada pela

“…deslocalização industrial de um nº muito significativo de grandes empresas das indústrias

- clientes para a China, na área da montagem electrónica mas também noutros sectores,

levou a uma redução da procura junto dos fornecedores tradicionais nas economias mais

desenvolvidas.”

Mesmo não sendo possível saber-se o valor da produção mundial de moldes, só para

possuirmos uma ordem de grandeza aproximada, se fizermos uma estimativa, incluindo os

membros ISTMA, a China (com forte crescimento da produção de moldes equivalente a 5,6

mil milhões de USD em 2003) e alguns outros países, os valores apontam para que em 2005

se situe à volta dos 30 mil milhões de €.

� O nível de produção português de moldes variou entre os €114,3 milhões em 1990 e os €

320,5 milhões em 2005, estimando-se que corresponda a uma quota:

o um pouco acima do 1% da produção mundial de moldes;

o 1/3 da produção 2004 do grupo 295 - Fabricação de outras máquinas e equipamento para

uso específico;

o 12,4% da produção envolvida na divisão 29 - Fabricação de máquinas e de

equipamentos n. e.;

o 0,5% da produção total da indústria transformadora.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 27 de 97

� O crescimento médio anual da produção no período 1990-2005 foi de 7,1%.

� O pico de produção máxima ocorreu em 2001 com € 368,8 milhões.

� O exercício de 2005 reflectiu o ponto produtivo mínimo em valor dos últimos 5 anos.

� A produção portuguesa exportada – cerca de 90% da produção total -, pesou em média

1,1% nas exportações nacionais na última década, atingindo o:

o máximo em 2001 com 1,22%;

o mínimo em 2005 com 1%.

� Aquela produção, em 2004, ocupava a:

o 9ª posição nas trocas comerciais mundiais de moldes com uma quota de 3,6%;

o 5ª lugar 2003-2005 no grupo dos principais países fornecedores de Moldes à U E – 24

(excluindo Portugal) com uma quota de 3,7%, 4,1% e 4,8% em cada um dos anos.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 28 de 97

� Não obstante o nível de produção interna, mesmo assim, Portugal comprou ao exterior o

equivalente a 0,7% das importações mundiais de moldes, sendo o 26º. país importador em

2004.

Cada molde é um produto distinto dos restantes porque possui características e

especificidades únicas, sendo de difícil réplica. A produção de moldes é feita, normalmente,

por encomenda do cliente. Excepcionalmente haverá encomendas de vários moldes iguais.

Os tipos de moldes são diversificados consoante a diversidade de matéria-prima utilizada na

produção de outros produtos a que irão servir de forma (metal, vidro, borracha, plástico, …).

Assim, o agrupamento de produtos NC 8480 – “Moldes” pode subdividir-se e conter as

seguintes famílias de produtos:

� Caixas de fundição NC 84801

� Placas de fundo para moldes NC 84802

� Modelos para moldes NC 84803

� Moldes p/metais ou carbonetos metálicos NC 84804

� Moldes para vidro NC 84805

� Moldes para matérias minerais NC 84806

� Moldes para borracha ou plástico NC 84807

Ainda, quanto à sua aplicação de destino poderão agrupar-se em:

� Injecção com gás

� Injecção de baixa pressão

� Injecção de termoendurecidos

� Injecção sobre têxteis

� Termoformagem

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Quanto à estrutura de custos dos moldes, a sua composição incorpora maioritariamente

tempo de mão-de-obra e tempo de máquina. A matéria-prima, o aço, pesa relativamente

pouco nos custos.

A informação por famílias de produtos reporta-se principalmente à realidade portuguesa.

Atendendo a que maioritariamente a produção nacional se destina à exportação poderemos

utilizar a estrutura por tipo de produto produzido para exportação no período 1996-2005 para

identificar aproximadamente a respectiva estrutura de produção por famílias de moldes.

� A produção nacional para exportação caracteriza-se pela elevada concentração nos

“Moldes para injecção de borracha ou plástico” (MIBP) com um peso médio:

o em valor de 92,5% 1996 - 2005 [86,5% 2004 ];

o em tonelagem de 89,2%.

� Conjuntamente, os moldes para borracha ou plástico com os moldes para metais

justificaram em média cerca de 98,1% do valor da produção média nacional com destino à

exportação na última década e 96,7% da quantidade medida em toneladas.

� A maior taxa de crescimento médio relativo anual por família de moldes é atribuível aos

Moldes para Matérias Minerais, se bem que o seu peso relativo no conjunto seja diminuto:

o em valor = +63,5%; e,

o em tonelagem = +48,1%.

� Seguiram-se os Modelos para Moldes com um crescimento médio anual de 32,8% e

18,3% em tons mas, também eles, de importância relativa diminuta.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 30 de 97

� Os totais produzidos para exportação cresceram a uma taxa média anual de 5% em valor,

enquanto, comparativamente, as quantidades tiveram um ritmo médio de crescimento

superior ou seja de ≅�9%, com impactos nos preços médios na ordem dos -3,5% ao ano.

� A tendência nos últimos 10 anos tem sido no sentido da diminuição da produção para

exportação dos moldes para borracha ou plástico, tendo atingido um mínimo em 2005.

Essa diminuição tem sido +/- compensada pelo aumento da produção dos moldes para

metais.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 31 de 97

� O preço médio em 10 anos do mix de produtos das famílias NC 8480 - Moldes foi de 24,1

milhares Euros por tonelada, correspondendo à seguinte estrutura média:

Preço Médio 1996-2005 % composição

o Moldes para Borracha ou Plástico 25,0 (103 €/ton) 89,05%

o Moldes para Metais ou Carbonetos Metálicos 15,8 (103 €/ton) 8,40%

o Modelos para Moldes 20,2 (103 €/ton) 0,88%

o Moldes para Vidros 25,0 (103 €/ton) 0,94%

o Moldes para Matérias Minerais 11,4 (103 €/ton) 0,68%

o Placas de Fundo para Moldes 65,1 (103 €/ton) 0,02%

o Caixas de Fundição 38,3 (103 €/ton) 0,03%

� Os preços médios anuais por tonelada das duas principais famílias de moldes produzidos

em Portugal para exportação tiveram uma progressiva redução ao longo dos 10 anos,

sendo: Preço Médio Preço Médio Taxa crescimento média

Máximo Mínimo anual preço médio por ton.

o Moldes para Borracha ou Plástico 27,8 (103 €/ton) 19,3 (103 €/ton) -3,50%

o Moldes para Metais ou Carbonetos Metálicos 18,2 (103 €/ton) 12,8 (103 €/ton) -2,18%

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 32 de 97

� As Placas de Fundo para Moldes embora tenham o preço médio mais elevado de 65,1

milhares Euros/ton. acabam por pesar pouquíssimo na estrutura de produtos. Aliás este é

um produto em que as necessidades de consumo interno excedem largamente a

exportação.

� Os saldos comerciais médios deficitários com o exterior 1996-2005 englobam nos 10 anos as

seguintes famílias de produtos:

milhares Euros taxa cobertura média

o Placas de Fundo para Moldes -20.897 1,7% o Modelos para Moldes -11.698 66,0%

o Moldes para Matérias Minerais - 9.383 48,1%

o Moldes para Vidro - 617 97,2%

o Caixas de Fundição - 33 88,9%

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 33 de 97

� As taxas de cobertura médias da década superiores a 100% englobam as duas principais

famílias de produtos nas quais Portugal se distingue:

milhares Euros taxa cobertura média

o Moldes para Borracha ou Plástico 2.264.938 809,1%

o Moldes para metais ou Carbonetos Metálicos 117.463 410,1%

� Entre 1997-2001, os “Moldes para Injecção de Borracha ou Plástico” (MIBP) que tiveram a

principal quota de produto exportado com 43% de peso no comércio internacional de

moldes e produto importado de 42%. Em Portugal a quota de exportação de MIBP esteve

acima do dobro desta actividade (86,5% das exportações2004 de moldes).

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 34 de 97

� No contexto mundial a produção portuguesa exportada deste produto foi de 5% ou seja na

7ª melhor posição relativa.

� Entre os principais países fabricantes e exportadores de MIBP estão o Japão, a

Alemanha, a Itália, os EUA e o Canadá com um total conjunto superior a 50%.

Nas análises existentes sobre as exportações mundiais por país, Portugal teve o seguinte

posicionamento no ranking dos maiores exportadores de MIBP:

� 5º país exportador para os EUA em 2002 que foi o 1º importador mundial com 20% (1996-

2002), antecedido pelo Canadá (57%), Japão (19%), Alemanha (4%) e Taiwan(3%), tendo

perdido 2 lugares relativamente a 1996;

� 13º país exportador para o México em 2002 (2º importador mundial com 9% 1996-2002),

perdendo 3 lugares face a 1996, com a entrada da Coreia do Sul (6%), China (2%) e

Singapura (2%);

� 7º país exportador para a Alemanha em 2002 (3º importador mundial com 8% 1996-2002),

ganhando 2 lugares face a 1996 [neste período a República Checa que estava em 8º lugar

passou para 2º retirando essa posição à Itália, embora esta tenha aumentado a sua quota

relativa];

� as exportações portuguesas de moldes para o mercado chinês representaram 0,6% das

exportações 2004 de MIBP, não constando, por conseguinte na lista dos maiores

exportadores para a China que foi o 4º importador mundial, no qual se destacam como

fornecedores o Japão, Taiwan, Coreia do Sul e Hong-Kong com uma quota conjunta de

78% ( Japão, Coreia do Sul e EUA instalaram fábricas na China);

� dadas as perspectivas do crescimento potencial dos mercados como a China, o México e

a República Checa verificamos que em 2004, apenas, tiveram uma expressão de 2,67%

como clientes externos de Portugal nos MIBP;

� os BRIC´s (Brasil, Rússia, Índia e China) de elevado crescimento económico médio

mundial representaram, somente, 3% das exportações nacionais2004, com destaque para a

Rússia com 1,9%.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 35 de 97

Portugal está bem posicionado a nível mundial no âmbito da Indústria de Moldes para

plásticos porque, se distingue pela:

� pela perícia e experiência dos fabricantes de moldes portugueses,

� pelo nível de qualidade,

� pela assistência técnica,

� pelos prazos de entrega,

� pela capacidade tecnológica.

Na actualidade a diferenciação faz-se pela maior oferta internacional de Serviços

complementares de elevado Valor Acrescentado associados à oferta de moldes tendente a

incidir nos vectores recentemente muito valorizados no respectivo sistema de valor e que

são portadores potenciais de elevado valor acrescentado adicional.

A oferta dos tradicionais maiores fabricantes internacionais de moldes passou a comportar a

prestação de uma diversidade de serviços (desenvolvimento num ponto mais à frente) para a

qual as principais empresas produtoras portuguesas iniciaram a sua fase de adaptação no

sentido do aumento da sua capacidade de resposta a novas necessidades dos seus clientes.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 36 de 97

2.4. Procura – Indústrias - Cliente – Volume de Negócios (VN) – Mercados - Alvo de

Destino – Países Concorrentes

A procura de moldes pela Indústria visa que aqueles sirvam de matriz a produtos como:

� Componentes termoplásticos para os sectores Automóvel (Portugal 2005: 60%),

Aeroespacial, Transportes,

� Electrodomésticos (Portugal 2005: 9%) e Utensílios Domésticos (Portugal 2005: 7%),

� Embalagem (Portugal 2005: 7%),

� Electrónica, Informática e telecomunicações (Portugal 2005: 5%),

� Equipamentos para produção de Electricidade (turbinas eólicas, painéis solares, …),

� Equipamentos agrícolas e de irrigação,

� Máquinas, Ferramentas e Utensílios,

� Edifícios e elementos para a conservação de energia,

� Mobiliário,

� Saúde, Farmacêutica e instrumentos de Medicina e moldes para Cirurgia,

� Brinquedos,

A tendência nacional nos últimos 21 anos (1984-2004), quanto às indústrias clientes, tem

sido para a perda de significado dos moldes para brinquedos, electrónica e

telecomunicações, electrodomésticos, utilidades domésticas, embalagem e material

eléctrico, em favor dos moldes de precisão produzidos para servirem de forma aos

componentes para a indústria automóvel.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 37 de 97

As indústrias – alvo de destino dos moldes não são, na actualidade em Portugal,

suficientemente diversificadas, estando muito dependentes da indústria internacional de

plásticos e esta, encontra-se muito concentrada nos componentes para a indústria

automóvel.

� Para termos uma noção, a indústria automóvel teve um crescimento médio anual do valor

do comércio internacional de veículos ligeiros de 7% entre 1986 – 2001 e veículos

pesados de 4% entre 1996-2001, o qual atingiu os 555 mil milhões de USD neste último

ano.

� Os países que em 2001 mais veículos ligeiros exportaram foram a Alemanha, Japão,

Canadá, Bélgica e Luxemburgo, EUA, México, Espanha e Coreia do Sul.

� O México foi o 4º maior exportador de veículos pesados e a França ocupou a 6ª posição.

� Surgiram como novos exportadores de automóveis, no ranking dos 15 principais, a

República Checa e a China com tendência a manterem-se neste grupo.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 38 de 97

� África tem adquirido uma crescente importância como destino das exportações de veículos

ligeiros e pesados produzidos na China.

� Os países que mais importaram componentes automóveis foram os EUA, Canadá,

Alemanha, Espanha, México, Reino Unido e França.

� A Itália posicionou-se em 6º lugar na exportação de componentes automóveis.

� De entre estes, atendendo aos dados dos destinos das exportações portuguesas de

moldes, nos potenciais mercados clientes, aparentemente, menos directamente

abordados por Portugal encontrar-se-ão o Japão, México e a Coreia do Sul.

� As tendências são de crescimento previsível para a indústria automóvel, localizando-se os

principais mercados de maior probabilidade de expansão na Ásia, Europa de Leste e na

América do Sul.

� Não obstante, em Portugal a dependência dos moldes, directa e indirecta, face à indústria

automóvel significou 60% da produção de 2004. Comparativamente, em França a

dependência foi de apenas 46%.

� Outra das constatações das alterações ocorridas nos moldes em Portugal abrange as

Indústrias clientes de Material Eléctrico, Electrónico e Telecomunicações com uma forte

redução do seu peso relativo na estrutura das vendas.

� A mudança é muito explicada pelo grande crescimento de países exportadores mundiais

concorrentes como o México, China, Malásia, Taiwan, Coreia do Sul e Filipinas. A China

está nos 1ºs. lugares na exportação de Material Eléctrico e Electrónico aplicado,

nomeadamente, em TV, fotocopiadoras, PC, telemóveis. Cresceu tantas vezes quantos os

anos do período 1990-2001.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 39 de 97

� A indústria cliente de Electrodomésticos teve uma redução do seu peso relativo mas não

de uma forma tão drástica. Mais uma vez os países asiáticos concorrentes, China,

Tailândia e Indonésia, com destaque para o primeiro, explicarão a perda de importância

desta indústria em Portugal entre 1994 e 2004.

� Seria interessante virmos a deter informação e conhecimento sobre a caracterização das

necessidades dos referidos países quanto a moldes.

� A influência do Consumo Mundial de Plásticos na indústria de moldes tem sido bastante

significativa. A taxa média de crescimento, em termos históricos 1970-1997, do consumo

de plásticos tem sido superior à taxa média de crescimento do PIB de cada um dos 14

países representados na figura abaixo o que, será sintomático e demonstrativo do

crescimento da indústria de moldes para plásticos.

� Onde são mais visíveis os impactos registados de crescimento do consumo de plásticos

face ao PIB são na Turquia, México, Índia e Brasil, correspondendo a mercados com

reduzida penetração da actividade portuguesa de moldes.

Fonte:IEA

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 40 de 97

� O Volume de Negócios (VN) do ‘grupo dos 9’ membros da ISTMA –, onde Portugal se

inclui e para os quais existem dados foi de:

o VN total médio1998-2003 16,5 mil milhões €,

com um máximo de 19,1 mil milhões € e

um mínimo de 13,4 mil milhões € e

uma variação média anual negativa de 4% naquele período;

o VN total médio por país1998-2003 situou-se nos 1,8 mil milhões €,

num intervalo [1,5 – 1,9] mil milhões €,

com um VN máximo para a Alemanha (4.269.087 - 103 €) em 2003 e

mínimo para a Finlândia (57.200 - 103 €);

Portugal representou 18% relativamente à média (339.900 - 103 €);

o VN total médio por empresa1998-2003 foi de 43.172 - 103 €

com um VN máximo para a Alemanha (125.561 - 103 € em 2003) e

mínimo para a Coreia (4.338 - 103 €);

Portugal representou ¼ da média (10.622 - 103 €);

o VN total médio por trabalhador1998-2003 foi de 94.754 €,

a oscilação média situou-se no intervalo [81.999 – 106.714] € com

um mínimo para Portugal em 2003 ou,

~2/3 da média ISTMA (59.080 Euros).

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 41 de 97

� Quanto ao VN de moldes em Portugal constatamos que:

o houve um crescimento médio anual de 7% do VN /trabalhador 1998-2002 (ISTMA), ano a partir

do qual inverteu a tendência anterior;

o o VN /trabalhador rondou os 50.000€ 2004 o que representou face à realidade nacional:

� ~80% da média da Fabricação de outras máquinas e equipamento para uso

específico [57.262],

� ~2/3 da média da Fabricação de máquinas e de equipamentos n. e. [71.080],

� menos de 60% da média da indústria transformadora [83.759€],

� cerca de metade da média portuguesa [93.991€].

o significou cerca de:

� 2% do VN da Região Centro e

� 0,3% do VN da Região Norte.

� A Alemanha e os EUA detinham conjuntamente uma quota de 40% do VN médio 1998 ISTMA

e reduziram o seu peso relativo conjunto em 3% até 2003, pela influência negativa da

evolução da actividade de moldes nos EUA.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 42 de 97

� Também, o Japão tem vindo a reduzir a sua influência relativa, ainda que, conjuntamente

com a Alemanha e os EUA continuem a dominar mais de 50% do VN ISTMA.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 43 de 97

2.4.1. Sobre as Exportações mundiais

No ranking 2004 das exportações mundiais de moldes Portugal detém a 9ª posição com

uma quota de 3,6%. É antecedido pelo Japão, Alemanha, Itália, EUA, Canadá, República

da Coreia, China e China - Hong-Kong.

� Portugal foi o 3º país europeu maior exportador de moldes.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 44 de 97

2.4.2. Sobre as Exportações ISTMA

� O nível médio de exportações face ao VN 1998-2003 no “grupo dos 9” foi de 37,2%, num

intervalo de variação [33,3% e 46,9%].

� Os extremos relativos de exportação do grupo considerado, reportados a 2003,

localizaram-se na Finlândia com o mínimo de 7,5% e em Portugal com o máximo de

89,2%.

� A Alemanha foi, nesse grupo, o maior país exportador em valor absoluto (1,29 mil M €) e

os EUA o menor (893 M €).

� O ritmo de crescimento médio anual das exportações por país foi de +3,2%.

� Portugal tem vindo a aumentar o seu peso relativo na estrutura das exportações do grupo,

passando de 3% em 1996 para 6% em 2003.

� Houve perda de importância relativa por parte do Japão.

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2.4.3. Sobre as Exportações Portuguesas de Moldes

A exportação nacional de moldes iniciou-se em 1955 com destino ao Reino Unido e 25 anos

após, já eram mais de 50 os países de destino destas exportações. Nessa altura existiam 54

empresas operacionais só na zona da Marinha Grande, empregando perto de 2.000

pessoas.

Nos anos mais recentes, a procura tem-se feito sentir em Portugal, cada vez mais, pela parte

de grandes multinacionais da indústria automóvel que seleccionam empresas nacionais para

o fabrico dos seus moldes, destinados a servirem de base a alguns dos seus produtos

associados a grandes marcas internacionais.

� A forte propensão exportadora da actividade de moldes pesou em 2005 cerca de 1% das

exportações portuguesas e nos anos anteriores situou-se ligeiramente acima.

� Entre 1990 e 2005 registou-se uma variação do nível das exportações, tendo quase que

triplicado o seu valor (a preços correntes) nesse período a um ritmo médio anual de

crescimento superior a 7%, este abrandou para os 5% ao ano considerando o intervalo

1996-2005.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 46 de 97

� Em média, nos últimos 10 anos, cerca de 90% do volume de produção tem sido absorvido

por clientes de mercados externos.

� Houve uma mudança significativa no destino das exportações portuguesas de moldes

observando-se uma maior concentração na zona geográfica U E (25) em desfavor da

diversificação dos mercados para outras zonas geográficas de países terceiros como os

EUA/Canadá/América Latina, Ásia e países europeus não comunitários.

� Constatamos que a distribuição das exportações de moldes produzidos em Portugal por

zonas geográficas de destino teve dois períodos distintos:

o Um, entre 1996-1998, em que os moldes tiveram como destinos:

� 60% os países da U E (25);

� 40% os Países Terceiros;

o Outro, 1999-2005, no qual houve:

� um aumento progressivo para 75% da importância relativa do comércio europeu

intracomunitário;

� uma redução sistemática para 25% das transacções com os Países Terceiros.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 47 de 97

� Na U E (25) as grandes alterações de quota relativa de mercado 1996- 2005 deram-se com:

o os ganhos de quota em França (~+7%), que já era desde 1999 o principal país cliente e

Espanha (+10%);

o as perdas na Suécia (-5,6%) e Holanda (-4,8%).

� Nos Países Terceiros, relevamos a perda de quota relativa de mercado 1996- 2005:

o nos EUA (-9%);

o no Brasil (-4%);

o em Israel (-3%).

� Os 4 países de destino - França, Alemanha, Espanha e EUA -, concentraram 60% das

exportações de 2005 e, apenas, 11 mercados justificaram mais de 80% das vendas da

indústria de moldes no exterior.

� Os principais países clientes que absorveram entre 70%-65% das exportações

portuguesas 2004 e 2005 de moldes foram:

o França (21%-23%),

mercado onde Portugal deteve a 2ª posição fornecedora entre 1996-2002;

o Alemanha (18%-16%);

o Espanha (12%-14%),

com Portugal na 3ª posição fornecedora 1996-2002;

o Reino Unido (10%-6%),

com Portugal na 8ª posição dos fornecedores 1996-2002;

o EUA (9%-7%),

o qual perdeu a posição de 2º. 1996 e 1º.1997 país cliente.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 48 de 97

� A Suécia que foi em 1996 o 4º maior país cliente com 9,5% de quota de exportação

nacional passou para a 6ª posição 2005 com 3,9%.

Portugal foi o 2º maior fornecedor de MIBP da Suécia em 1996 e 2002.

� A Espanha, embora melhor posicionada como país cliente, baixou a sua quota relativa que

era de ~15% em 2002.

� Os países com expressão oficial na língua portuguesa pesaram 0,48% na estrutura de

clientes externos de Portugal em MIBP2004:

o Brasil (0,34%);

o Angola (0,12%);

o Cabo Verde e Moçambique (0,01%) cada;

o Guiné-Bissau (0%).

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� Os 20 países que representaram entre 1996-2005 mais de 80% dos mercados clientes de

moldes produzidos em Portugal constam do gráfico anterior, bem como a evolução das

respectivas exportações.

� Como exemplos de mercados abordados com forte crescimento pontual da exportação de

moldes assinalam-se os mercados da Malásia, Polónia e da Rússia que adquiriram

conjuntamente 8,6% e 3,6% das exportações nacionais, em 2004 e 2005.

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2.5. Importações de Moldes - Mercados de Origem -Taxa de Cobertura

Exportações/Importações

� Os EUA mantinham-se em 2004 como o principal país importador com uma quota de

14,8% do total de importações mundiais, seguindo-se a China com 12% e a Alemanha

com 7,9%.

� Em 2005, a Alemanha, a Itália, a Suiça, a França e Portugal foram os primeiros cinco

países fornecedores de moldes à U E.

Assinala-se que a China entre 2004-2005 reforçou a sua capacidade de fornecimento ao

mercado comunitário, atingindo uma quota de 4,6%, muito próxima da de Portugal (4,8%).

Se considerássemos a soma dos fornecimentos da China com os da China Hong-Kong

então, a 5ª posição ser-lhe-ia atribuível em vez de Portugal.

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� Os concorrentes com quotas de mercado da U E 2004-2005 mais próximas da de Portugal

foram, para além da China, a Áustria e a República Checa.

� A taxa de cobertura das importações pelas exportações de moldes no ‘grupo dos 9’ foi

entre 1998-2003 de:

o 402,9% em média

o 630,3% no máximo

o 283,1% no mínimo

� No ano de 2003 o Japão atingiu a taxa máxima de cobertura com 703,2% e a Finlândia a

mínima com 15,3%.

� A taxa de cobertura em Portugal esteve acima da média, rondando os 576% nesse ano.

� Em Portugal a actividade de moldes, entre 1990 e 2005, tem acentuado a sua

dependência face às importações, facto que se regista pela deterioração da taxa de

cobertura das importações pelas exportações nacionais, mais notória no período 2002-

2005, tendo sido o ano de 2002 o pior dos anos considerados com uma cobertura pouco

superior a 500% face ao melhor com cerca de 800% em 1996.

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Instituto Público da Empresa

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� As importações nacionais de MIBP2004 foram de 44,3 milhões € ou sejam, cerca de 71%

dos produtos entrados.

� Os MIBP2004 provenientes de França e Espanha registaram um aumento relativo para

cerca de 60%, contra os 48% de 2002.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 53 de 97

2.6. Fases do Processo Produtivo

O nível de precisão dos moldes é muito exigente pelo que a sua concepção e execução se

torna complexa para que garanta a qualidade dos produtos que vierem a ser moldados a

partir deles.

O processo para obtenção do produto tem envolvido, normalmente as fases de:

� Concepção e desenho do molde assistidos por computador;

� Modelagem com construção do Modelo de molde (em resina, madeira ou plástico) ou

prototipagem rápida e teste;

� Fabricação que pode envolver os processos:

o convencionais de fresagem, torneamento, rectificação, polimento;

o não convencionais de electroerosão;

� Montagem das partes do molde;

� Fabrico de pré-séries para Ensaio e Verificação do funcionamento do molde através de

prensas de injecção;

� Correcção dos moldes testados até atingir o nível de qualidade esperado.

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2.7. Capacidade de Concepção Técnica e Tecnologia de Produtos e Processos

As maiores empresas do sector possuem capacidade de concepção dos moldes e tendem a

aumentar o seu grau de articulação nesse domínio com os seus clientes como forma de

aumentar o valor acrescentado associado ao respectivo produto.

Esta indústria tem tido como preocupação o assegurar o seu nível de desenvolvimento

tecnológico, o correcto planeamento da produção e o controle de qualidade, a modernização

constante dos equipamentos em utilização e o investimento na formação profissional e

qualificação dos seus recursos humanos.

As empresas portuguesas de moldes utilizam máquinas - ferramentas de precisão

inovadoras, controladas informaticamente, sendo frequente a utilização de sistemas

CAD/CAM/CAE na concepção e fabrico de moldes.

Estão adoptados ou em adopção nas empresas do sector os conceitos como Engenharia

Simultânea ou Concorrente e Qualidade Total.

A transmissão recíproca de dados electrónicos entre cliente/fornecedor relacionados com o

projecto e a produção de moldes, tem vindo a fortalecer a relação e a melhorar a

organização.

Contudo, trata-se de uma indústria muito dependente da subcontratação de terceiros.

Uma melhor caracterização com alguns dados quantificados quanto à Capacidade de

Concepção Técnica e Tecnologia de Produtos e Processos podem ser encontrados no

“Estudo sobre a Utilização da Propriedade Industrial nos Sectores dos Plásticos e dos

Moldes” – INPI.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 55 de 97

2.8. Caracterização da I&DT e Inovação e Transferência de Tecnologia

A I&DT na área dos moldes tem evoluído no sentido da utilização de novos materiais ou de

materiais compósitos na realização dos moldes e na forma de conjugação dos seus

diferentes subconjuntos por forma a minimizar as perdas de materiais ou resíduos no fabrico,

bem como o nº de horas de trabalho incorporadas e associadas, suas e do cliente.

A maioria das empresas não possui capacidade de investigação e desenvolvimento próprios

quanto à interacção moldes – produtos a que irão dar origem, recorrendo para esse efeito às

entidades específicas do sistema científico e tecnológico, sempre que os seus clientes o

exijam.

Uma melhor caracterização com alguns dados quantificados quanto à Capacidade de I&DT e

Inovação e Transferência de Tecnologia da actividade de moldes podem ser encontrados no

“Estudo sobre a Utilização da Propriedade Industrial nos Sectores dos Plásticos e dos

Moldes” – INPI, onde se refere que no conjunto das empresas que responderam ao

inquérito é apontado que quanto à ‘engenharia de produto’ e às actividades de I&D, 26% e

12% revelam gastar mais de 5% do seu volume de negócios nessas actividades.

Não obstante, “ … os sectores confessaram dependências ‘muito alta’ e ‘alta’ dos clientes,

…, para o sector dos moldes de 73% e 18%.

Quanto à capacidade de desenvolvimento dos processos produtivos, eles estão bastante

dependentes da técnica e tecnologias implícitas incorporadas nas máquinas e equipamentos

adquiridos, normalmente importados e desenvolvidos a montante pelos fornecedores de

bens de equipamento, verificando-se “… uma elevada utilização de inovações pelas

respectivas empresas, muito embora, genericamente, essas inovações sejam também

provenientes de sectores a montante (fornecedores de máquinas especializadas,

fornecedores de equipamentos e software computacional, fornecedores de componentes e

de materiais especializados …)”.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 56 de 97

No ranking das 50 entidades maiores investidoras em I&D em Portugal destacaram-se

algumas ligadas aos moldes como sejam:

a) Grupo Simoldes em 1999, 2001, 2003 (engloba as empresas Simoldes Plásticos, IMA –

Indústria de Moldes de Azeméis, Lda., Simoldes Aços, Lda.);

b) Iberomoldes, S A em 1999;

c) CENTIMFE – Centro Tecnológico da Indústria de Moldes e Ferramentas em 1999.

O CENTIMFE disponibiliza competências e tecnologias às empresas do subsector no âmbito

de:

� Prototipagem rápida

� CAD – Desenho Assistido por Computador e CAE – Engenharia Assistida por Computador

� Simulação dos Processos de moldação por injecção convencional, injecção com gás e

injecção bi-material

� Simulação do Produto em Serviço

� Engenharia Inversa

� Injecção com fins de investigação, formação e ensaio de moldes

� Maquinação e ensaios nas áreas da fresagem CNC, torneamento CNC, electroerosão por

fio e por penetração

� Integração de tecnologias nas empresas

� Estudos tecnológicos e de materiais

� Reengenharia de processos produtivos

Este Centro tecnológico desenvolve e participa num conjunto de projectos que são

consultáveis no respectivo site www.centimfe.com . Cita-se um deles, o projecto de I&DT em

parceria, de âmbito comunitário, designado HIPERMOULDING, a decorrer desde 2004,

financiado pela U E, que tem como participantes nacionais, a CEFAMOL, o CENTIMFE e 2

empresas, a LN Moldes e a Intermolde e participantes da Holanda, Bélgica, Polónia, Reino

Unido e Espanha.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 57 de 97

Este projecto visa desenvolver as técnicas e tecnologias que possibilitem a obtenção de

moldes para injecção com impactos de:

� maior rapidez e diminuição do tempo de ciclo dos processos de injecção (-35%);

� menor consumo energético (-30%);

� maior durabilidade (+50%);

� menor custo das peças plásticas (-20%);

� melhor controlo e maior qualidade.

2.9. Patentes - Marcas

Uma melhor caracterização com alguns dados quantificados podem ser encontrados no

“Estudo sobre a Utilização da Propriedade Industrial nos Sectores dos Plásticos e dos

Moldes” – INPI, onde em resultado de um inquérito lançado a 163 empresas desta

actividade houve 44 que responderam, tendo-se constatado que:

� “5% das respondentes declara ter recorrido a patentes ou modelos de utilidade,

� 13% a marcas e outros sinais distintivos,

� 10% a desenhos e modelos industriais,

� 3% a direitos de autor e 40% a nomes de domínio”.

Relativamente aos desenhos e modelos industriais:

� “27% das empresas atribui-lhes importância ‘alta’ e

� 32% importância ‘média’.”

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 58 de 97

2.10. Qualidade, Segurança e Ambiente

Quanto ao nível de exigência qualitativa, os moldes de gama alta são feitos com aços de

elevada qualidade, com superfícies perfeitas para uma duração longa, destinando-se à

moldagem de peças com reduzidíssimas margens de tolerância de imperfeições de fabrico,

especificadas e normalizadas.

A melhoria sistemática da qualidade é um dos grandes objectivos – alvo de acções

permanentes, sendo a tendência das empresas, quer por si, quer por exigência dos seus

clientes de obterem a credenciação dos seus produtos e a sua certificação como empresas

fornecedoras de bens intermédios para determinadas indústrias de bens de equipamento e

de produtos finais, com exigências de elevado rigor e precisão.

O IPAC – Instituto Português de Acreditação registava 94 empresas e entidades com

actividade declarada relacionada com a fileira dos moldes (fornecedores de equipamentos e

ferramentas, I&D, concepção, produção, comercialização e outros serviços) que possuíam

certificação do sistema de garantia da qualidade pela NP EN ISO 9001:2000 à data de 30 de

Junho de 2006.

Duas das empresas de moldes possuíam certificação pela NP EN ISO 14001:2004.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 59 de 97

2.11. Qualificação dos Recursos Humanos e Formação

Em Portugal, a formação, qualificação e especialização dos técnicos profissionais tem

constituído uma das medidas desenvolvidas pelo sector de moldes nacional, conjuntamente

com Institutos especializados, a CEFAMOL - Associação Nacional da Indústria de Moldes, o

ICEP, o IAPMEI e o CENTIMFE – Centro Tecnológico da Indústria de Moldes e Ferramentas.

É possível encontrar cursos de, entre outros:

� Pós-graduação em projecto e fabrico de moldes e mestrado em produção de moldes,

ministrados pela Universidade do Minho;

� Bacharelato em Design, Produção e Engenharia de Moldes do ISMAG – Institutos

Superiores da Marinha Grande;

� Técnico de Computação Gráfica;

� Automatização dos processos industriais, tecnologias da produção e qualidade;

� Produção assistida por computação.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 60 de 97

2.12. Custos com Pessoal – Benefícios Adicionais – Horas médias de trabalho – Salário

hora médio

� O peso dos Custos com Pessoal no “grupo dos 9” face ao respectivo Volume de Negócios

teve um decréscimo médio anual de - 0,2% entre 1996-2003 e mais acentuado entre

1998-2003 ou seja, de -0,9%, sendo inicialmente de 42,5% e no final de 42%, com um

máximo de 44% em 1998 e um mínimo de 41% em 2001.

� Considerando as práticas de cada um dos países ISTMA, verifica-se que em 2003 os

Custos com Pessoal tiveram um peso na estrutura de Custos face ao VN:

o maiores na Finlândia (62%), Itália (48,6%), EUA (48,4%) e Alemanha (45,7%);

o menores na Coreia do Sul (18%), Malásia (22,1%), Estónia (35,3%), Canadá (37,6%);

o nas Filipinas os dados de 2001 apontam para os 16,6%;

o As empresas portuguesas membros da ISTMA representaram Portugal a um nível de

42% na proximidade da média e perto de países como a Eslovénia (42,5%) e a

Austrália (42,3%) e Reino Unido (41,8%), Espanha (39,5%) e Suíça (38%);

o A média referida para Portugal foi consideravelmente superior ao nível de incorporação

de Custos com Pessoal no Volume de Negócios ocorrida em termos nacionais que foi

de:

� 16% na Indústria Transformadora;

� 23% nas Máquinas e Equipamentos n.e. (CAE 29)

� 30% na Fabricação de Outras Máquinas e Equipamento para Uso Específico (CAE

295).

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 61 de 97

� Quanto às tendências ocorridas no período nos vários países em termos do peso dos

Custos com Pessoal na estrutura de Custos face ao VN elas foram de:

o Tendência de Redução na

Intervalo amplitude

• Alemanha [49,2% - 45,7%], 3,5

• Japão [48,4% - 42,7%], 5,7

• Eslovénia [46,8% - 42,5%], 4,3

• Suécia [47,1% - 41,7%]; 5,4

• Holanda [45,1% - 41,3%], 3,8

• França [45,0% - 40,6%], 4,4

• Suíça [41,2% - 38,0%], 3,2

• Canadá [45,0% - 37,6%], 7,4

• Taiwan [29,0% - 24,2%], 4,8

• Coreia do Sul [20,9% - 18,0%]; 2,9

o Tendência de Aumento na

Intervalo amplitude

• Finlândia [57,0% - 62,0%], 5,0

• Itália [41,0% - 48,6%], 7,6

• EUA [46,6% - 48,4%], 1,8

• Argentina [42,1% - 43,5%], 1,4

• Portugal [36,0% - 42,0%]; 6,0

• Reino Unido [39,7% - 41,8%], 2,1

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 62 de 97

� As horas médias de trabalho normal anual por trabalhador no “grupo dos 9” em 2003

foram de 1.887.

� A Coreia do Sul liderou com o máximo de 2.326 h (+23% em relação à média).

� A Alemanha esteve no extremo oposto com 1.554 h (-18% em relação à média).

� Portugal encontrava-se em 2003 +/- a meio termo, nas 1.840 h, isto é a 98% da média

1998-2003.

em %

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� O salário - hora médio no período 1996-2003 flutuou, consoante se trate de um moldador

ou de um designer, entre:

o a média dos €12,93 e €14,80;

o o máximo dos €17,21 e €15,21 atingidos no ano 2001;

o o mínimo dos €11,14 e €12,97 verificados em 1996.

� O intervalo de variação média anual no período do salário - hora médio foi de [+2,64% e

+2,98%].

� Os extremos do salário - hora médio por país em 2003 ocorreram:

o máximos

Suíça € 23,49 e € 28,03;

Alemanha € 15,85 e € 20,18; e

EUA € 18,05 e € 19,11;

o mínimos

Estónia € 3,51 e € 4,98;

Coreia do Sul € 5,76 e € 5,73.

o os dados de 2001 indicam para as Filipinas os valores € 2,11 e € 2,09;

o Portugal esteve abaixo da média (€ 9,62 e € 10,20) e muito próximo dos níveis de 2001

da Argentina.

� Agrupando os países por intervalos de salário - hora médio em 2003 temos:

Intervalo países

o < €5,00 Estónia, Filipinas

o [€ 5,00 - €10,00[ Coreia do Sul

o [€10,00 - €15,00[ Portugal, Itália, Japão

o [€15,00 - €20,00[ Finlândia, Malásia, EUA, Canadá, Espanha, Reino Unido, Austrália

o [€20,00 - €25,00[ Alemanha

o > €25,00 Suíça

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 64 de 97

� O peso dos benefícios adicionais representou 42,2% das remunerações e

foi tendencialmente crescente à taxa média anual de +1,8% entre 1998-2003.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 65 de 97

� Os benefícios adicionais em 2003 foram:

o mais elevados

Itália 101,0%,

Alemanha 75,6%,

Finlândia 71,4%;

o mais reduzidos

Coreia do Sul 12,0%,

Japão 12,7%,

Canadá 22,4%;

o em Portugal de 52% e estiveram no intervalo [45% - 52%] no período 1998-2003.

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 66 de 97

2.13. Contributo para o PIB - Valor Acrescentado Bruto (VAB)

Não possuímos dados desta actividade económica com um nível de desagregação suficiente

para possibilitar medir e comparar o seu peso e contributo para a economia mundial e

europeia.

� A produção de moldes teve em termos médios os seguintes contributos económicos no

período 2000-2004:

o 0,25% para o PIB português;

o 0,46% para a Indústria Transformadora nacional;

o 11,0% para a Indústria de Máquinas e Equipamentos n.e.(CAE 29);

o ~30 % para a Fabricação de Outras Máquinas e Equipamento para Uso Específico

(CAE 295).

Contributos da produção de Moldes para o PIB / Indústria Transformadora / Sector de Máquinas e Equipamentos n.e.

0,00%

1,00%

2,00%

3,00%

4,00%

5,00%

6,00%

7,00%

8,00%

9,00%

10,00%

11,00%

12,00%

13,00%

Peso Produção Moldes / Ind.Máq. e equip. ne (CAE 29) 9,44% 10,30% 10,01% 9,75% 10,29% 12,44% 12,76% 12,51% 11,90%

Peso Produção Moldes / Indústria transformadora 0,37% 0,39% 0,41% 0,43% 0,44% 0,53% 0,53% 0,52% 0,51%

Peso Produção Moldes / PIB 0,24% 0,25% 0,24% 0,24% 0,245% 0,285% 0,265% 0,261% 0,256%

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

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� O VAB por trabalhador no ‘grupo dos 9’ ISTMA cresceu entre 1998/2003 a um ritmo médio

anual de + 2,1% situando-se:

o nos 94.754 €;

o com um máximo médio de 106.714 € e

o um mínimo médio de 81.999 €.

� Portugal foi, comparativamente, o país que sempre teve a menor das produtividades por

trabalhador na actividade de moldes, no conjunto considerado, correspondendo a:

o 30% da produtividade do Japão;

o 36% da produtividade dos EUA;

o 46% da produtividade da Espanha;

o 47% da produtividade da Alemanha;

o 48% da produtividade do Reino Unido;

o 57% da produtividade da Finlândia;

o 69% da produtividade da Coreia.

� A produtividade por trabalhador das 32 empresas de moldes portuguesas membros da

ISTMA foi inferior à média nacional, situando-se nos:

o 74% da Indústria Transformadora;

o 86% das Máquinas e Equipamentos n.e. (CAE 29).

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VAB por trabalhador em cada país ISTMA 1998-2003

10.000

25.000

40.000

55.000

70.000

85.000

100.000

115.000

[1.000 €]

1998 53.841 70.732 81.950 53.484 39.896 44.235 22.439 23.299 48.109

1999 57.122 75.905 93.181 58.038 64.068 52.033 25.139 29.549 49.952

2000 56.267 86.090 110.652 67.421 67.956 45.575 27.550 34.704 48.438

2001 55.611 84.704 99.504 64.831 66.087 56.476 29.590 33.726 46.000

2002 56.744 72.418 86.655 55.790 57.662 61.568 30.047 61.652 45.200

2003 62.711 56.395 67.272 61.378 57.324 73.115 26.560 50.134 43.300

Alemanha EUA Japão Canadá Espanha Reino Unido Portugal Coreia Finlândia

� O VAB por trabalhador face ao volume de negócios por trabalhador foi em média de 59%

no ‘grupo dos 9’ ISTMA, evoluindo a uma taxa anual de 0,65%.

� As empresas ISTMA portuguesas decresceram o seu VAB face ao volume de negócios

por trabalhador, passando dos 52% em 1998 para os 45% em 2003, possuindo a 2ª das

mais fracas posições relativas face às médias 1998-2003 dos outros países do ‘grupo dos

9’ como sejam:

o 66% da Finlândia;

o 65% dos EUA;

o 64% do Japão;

o 63% do Canadá;

o 63% da Espanha;

o 62% do Reino Unido;

o 56% da Alemanha;

o 42% da Coreia.

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� A distinção dos outros países em relação a Portugal é explicada, em parte, pelo maior

nível de incorporação da prestação de serviços e acréscimo de valor para além do

fornecimento do produto.

� De facto, esse acréscimo de valor resultante dos serviços prestados aos clientes permite

situar Portugal, em média e salvo algumas empresas de excepção, num dos patamares

inferiores da seguinte classificação do valor acrescentado no fornecimento de moldes:

1. Fornecedor como fabricante e montador com “Orientação Serviço”

� Peso dos Serviços > Peso do Produto

elevada oferta de serviços industriais de engenharia, estudos e soluções informáticas

não directamente associados ao produto;

2. Fornecedor como subcontratado de funções

� Peso do Produto ≅≅≅≅ Peso dos Serviços; �

3. Fornecedor como subcontratado de capacidade

� Peso do Produto > Peso dos Serviços

fraco nível de oferta de serviços complementares ou associados ao produto.

� Tem-se constatado que as empresas da indústria portuguesa de moldes têm evoluído do

patamar 3 para o 2, sendo pouco expressivo, ainda, o salto qualitativo para o nível 1 (ver

ponto Outras Barreiras).

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Realização: Branca Soares - RGE – Rede de Gabinetes de Empresa do IAPMEI - Outubro 2006 Página 70 de 97

2.14. Rendibilidade Operacional

� A rendibilidade operacional face ao volume de negócios no período 1998-2003 no ‘grupo

dos 9’ foi em média de 7,4%, com uma taxa de crescimento médio anual de quase 3%.

� As empresas portuguesas membros ISTMA, bem como as espanholas, tiveram uma

rendibilidade operacional próxima da média.

� A Coreia destaca-se com a melhor das rendibilidades operacionais relativas na ordem dos

12,3% e a Finlândia com a pior.

Rendibilidade Operacional Média / Volume Negócios 1998-2003(membros ISTMA)

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

(%)

% ROLI / VN 5,45 5,65 5,65 10,53 7,45 6,78 7,47 12,33 5,17

Alemanha EUA Japão Canadá Espanha Reino Unido Portugal Coreia Finlândia

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2.15. Níveis de Investimento - Investimento em novas máquinas e instalações mecânicas � O nível de investimento médio face ao volume de negócios foi de 10,1% e o nível de

investimento médio em máquinas e instalações mecânicas face ao volume de negócios foi

inferior, correspondendo a 6,8%, considerando os membros ISTMA para os quais existem

dados no período 1996-2000.

� Posteriormente a 2000 o ritmo de investimento médio em máquinas e instalações

mecânicas relativamente ao VN desacelerou nos principais países como a Alemanha,

Canadá, Espanha, Reino Unido e Portugal. A Coreia e a Finlândia contrariaram esta

tendência.

� As empresas portuguesas membros ISTMA destacaram-se, no conjunto de países

considerados ao longo dos anos, por possuírem a maior taxa de investimento atendendo

ao respectivo VN. Em termos de importância relativa seguiu-se o investimento das

empresas espanholas.

� O Canadá destaca-se por possuir uma das melhores rendibilidades operacionais

associada a um dos menores níveis de investimento em máquinas e instalações

mecânicas.

� A desaceleração média anual do investimento médio em máquinas e instalações

mecânicas 1998-2003 no ‘grupo dos 9’ foi de -6%.

Investimento Médio / Volume NegóciosInvestimento Médio em Máquinas e Instalações Mecânicas / Volume Negócios

(membros ISTMA)

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

(%)

Investimento / VN 1996-2000 9,6 10,3 12,6 10,2 15,1 10,3 7,0 7,2 6,8 11,4

Investimento M&IM / VN 1996-2000 6,32 6,68 7,94 8,00 10,90 6,32 4,80 5,62 4,58

Investimento M&IM / VN 1996-2003 5,53 4,84 6,94 7,36 9,79 7,04 5,13

Alemanha Canadá Espanha Reino Unido Portugal Coreia Finlândia França EUA Itália Japão

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� O diferencial positivo entre o investimento total médio em Portugal e o do ‘grupo dos 9’

ISTMA acentuou-se em 1999 e 2000. Aparentemente, parece existir em Portugal um forte

investimento indirectamente produtivo, maior do que nos restantes países.

� No ano de 1999, altura em que no ‘grupo dos 9’ se começa a verificar o decrescimento do

investimento médio em máquinas e instalações mecânicas, o respectivo investimento em

Portugal tem um comportamento inverso agravando o seu diferencial relativamente à

média nesse mesmo ano e em 2000.

Comparação Investimento Médio / Volume Negócios de Portugal com média do 'grupo dos 9'

Investimento Médio em Máquinas e Instalações Mecânicas / Volume Negócios com média do 'grupo dos 9' (membros ISTMA)

456789

10111213141516171819

(%)

% Invest.médio / VN Portugal 10,0 15,0 16,0 16,6 18,0

% Invest.médio / VN 'gr9' 7,6 10,2 12,0 11,3 10,3

% Invest.médio M&IM / VN Portugal 8,00 10,00 11,00 11,50 14,00 7,00 8,50 8,30

% Invest.médio M&IM / VN 'gr9' 5,36 6,61 7,84 7,56 7,32 5,99 5,14 5,74

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

� Aparentemente, também, as empresas portuguesas ISTMA investiram em média mais

34% em factores não directamente produtivos entre 1997-2000 do que o ‘grupo dos 9’.

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2.16. Capacidade Financeira - Níveis de Financiamento - Liquidez média

� O rácio de liquidez média foi de 1,5 no período 1998-2003 no ‘grupo dos 9’ ISTMA, tendo

tido uma tendência de decrescimento médio anual de 1,8%.

� O Canadá apresenta o melhor rácio de liquidez médio e Portugal o pior (inferior a 1) em 3

anos consecutivos (2001-2003).

O enviesamento da estrutura financeira das empresas portuguesas será explicado pelos

factos a que não devem ser alheios:

o o maior esforço de financiamento do investimento português face ao dos restantes

países;

o o agravamento da situação de financiamento da actividade operacional derivado da

alteração das condições de recebimento dos clientes. “… a situação que era vulgar do

cliente pagar à cabeça uma proporção substancial do preço do molde, alterou-se no

sentido do pagamento posterior, por vezes algumas semanas após a entrega” (“Estudo

sobre a Utilização da Propriedade Industrial nos Sectores dos Plásticos e dos Moldes” – INPI).

Evolução Rácio Liquidez países ISTMA 1996-2003

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

1996 1,83 1,08 1,39 1,10 1,14 1,00 1,30 1,45

1997 1,71 1,07 1,72 2,23 1,67 1,10 1,10 1,00 1,20 1,16 2,24

1998 2,13 1,19 1,66 2,35 2,15 1,45 1,10 1,53 1,00 1,21 0,79 2,60

1999 2,72 1,10 1,81 3,10 1,50 1,39 1,10 1,33 1,00 1,04 1,62 0,80

2000 2,52 1,18 1,89 3,10 1,48 2,15 1,05 0,94 1,00 1,10 1,34 2,20

2001 2,30 1,00 1,70 2,80 1,10 1,50 0,70 1,20 1,00 1,30 0,90

2002 1,40 1,80 2,10 3,60 1,40 1,10 0,70 1,20 1,00 1,10 1,10

2003 1,20 1,80 1,60 3,20 1,30 1,00 0,70 1,00 1,20 0,90

Alemanha EUA Japão Canadá EspanhaReino Unido

Portugal Coreia Finlândia Itália França Suíça

� A deterioração das condições de gestão financeira das empresas nacionais ISTMA foi

mais grave do que nos outros países onde o rácio de liquidez sofreu deteriorações

pontuais acentuadas como na Suíça, França ou Coreia.

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3. Caracterização concorrencial

3.1. Diversificação versus Especialização

Desde o início deste século que as empresas francesas de moldes se estão a posicionar

para que a sua maioria se qualifique com uma oferta diversificada de nível superior de valor

acrescentado. Espera-se que o peso do produto venha a ser, apenas, uma pequena parcela

do VN, no qual a diversificação da oferta de serviços relacionados será um factor - chave

para o sucesso.

Como informação adicional indica-se que, segundo um estudo do Sessi - Ministère de

l’Économie des Finances et de l’Industrie de la France, este país, como um dos países

europeus maiores produtores de moldes e modelos, no qual os moldes para injecção de

borracha e plástico pesam 72%, quase tanto quanto em Portugal, as empresas do sector

caracterizavam-se por:

� serem 209 as que tinham mais de 20 empregados;

� 75% de pequena dimensão;

� com menos de 50 trabalhadores;

� estarem fortemente implantadas nas zonas de transformação de matérias plásticas;

� representarem 11.400 assalariados;

� possuírem um nível de 53% de valor acrescentado;

� 11% de exportações;

� uma taxa de rendibilidade média de 5%; e

� capacidade de autofinanciamento média face ao investimento de 120% entre 1990-1998;

� terem um crescimento muito assente no sector cliente de matérias plásticas e de borracha

para os fabricantes da indústria automóvel;

� seguindo-se os moldes para peças metálicas e para o vidro e matérias minerais com 8%

cada;

� o peso da actividade de modelagem ser de 11%;

� terem um elevado nº de empresas com uma subcontratação industrial superior a 85% do

seu volume de negócios.

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3.2. Barreiras à Entrada de Novos Concorrentes – Concorrentes Potenciais

As principais barreiras à entrada de novos concorrentes relacionam-se com a falta de:

� conhecimento e domínio das relações fornecedor - cliente e dos canais de distribuição;

� domínio da técnica e tecnologia da concepção e produção de moldes ao nível dos moldes

mais exigentes e sofisticados;

� condições de competitividade pelos custos de custos da mão-de-obra e de capacidade de

investimento permanente induzida pela obsolescência tecnológica muito rápida dos

equipamentos.

Poderão vir a constituir barreiras futuras à entrada o não fornecimento ao cliente de uma

oferta completa produto-serviços relacionados.

As novas empresas concorrentes potenciais na actividade de moldes situam-se,

principalmente, nos mercados:

� U E relativos aos novos Estados-Membros da Europa Central;

� Fora da U E, salientando-se a China e o México.

3.3. Barreiras político-económicas

Poderão vir a surgir barreiras político-económicas à entrada de novos concorrentes ou à

expansão de alguns dos actuais países concorrentes que pratiquem concorrência desleal em

resultado do não cumprimento mínimo das recomendações da:

� OMT – Organização Mundial de Trabalho;

� OMC – Organização Mundial de Comércio.

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3.4. Barreiras jurídico-legais

As barreiras jurídico-legais de limitação à entrada de novos concorrentes na actividade de

moldes poderão resultar por via indirecta do conjunto de regras, normativos e especificações

impostas pelo nível de conformidade, qualidade e segurança exigíveis à fabricação,

desempenho e utilização dos bens a que os moldes irão dar origem.

3.5. Barreiras ambientais

As barreiras ambientais poderão colocar-se quanto à reciclagem dos moldes usados no final

da sua vida útil e à exigência de reutilização dos materiais subjacentes.

3.6. Outras barreiras

Entre as barreiras técnicas e de capacidade de resposta às necessidades dos clientes

incluem-se o possuir ou não possuir:

� Capacidade de oferta pró - activa de moldes que garantam ao cliente a exequibilidade de

determinadas funcionalidades das peças necessárias ou potencialmente produzíveis via

moldes;

� Capacidade de se diferenciar através da inovação do produto molde:

o materiais alternativos, leves, resistentes,

o potencialmente recicláveis,

o com redução de custos de movimentação e transporte,

o multifuncionais,

o …

� Capacidade de oferta de serviços de manutenção de moldes em tempo e a preços

competitivos;

� Capacidade de concepção, modelagem e prototipagem de moldes média e altamente

complexos;

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� Capacidade financeira para a:

o cobertura de investimentos em I&D e em equipamentos para a produção de moldes

com precisão e complexidade e elevada tonelagem;

o prática de diferentes e melhoradas condições de gestão do financiamento operacional;

� Capacidade de organização e funcionamento em rede no sistema e cadeia de valor;

� Capacidade de utilização de sistemas informáticos de conexão:

o cliente – fabricante,

o concepção – prototipagem - fabrico – qualidade,

o assistência pós-venda;

� Capacidade de domínio da relação cliente - fabricante e dos canais de distribuição em

cada um dos mercados de intervenção;

� Capacidade de avançar para uma tipologia de oferta baseada numa maior intervenção no

sistema de valor, de forma a ultrapassar o nível de expectativas preponderante de sector

que espera ser subcontratado;

� Capacidade de obtenção de ganhos de produtividade.

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4. Vantagens e desvantagens competitivas – Pontos Fortes e Pontos Fracos

A concorrência tem-se feito sentir através dos baixos preços da mão-de-obra incorporada

nos moldes, nomeadamente através de países do Sudeste Asiático.

Esta situação tem despoletado uma alteração das preferências dos sectores clientes em

desfavor dos fornecedores europeus.

A resposta à concorrência de fora da U E tem-se baseado na criatividade, no ‘know-how’ e

capacidade técnica de concepção e resposta a produções complexas, no tempo de resposta

aos clientes e na qualidade da mão-de-obra reflectida na qualidade dos moldes produzidos

que irão dar origem às séries de produtos que lhes estão subjacentes.

O sector de moldes português ao estar muito dependente da indústria de plásticos fica,

também, muito dependente do nível de concretização dos factores - chave daquela.

Os factores de constrangimento ao desenvolvimento da indústria portuguesa de moldes para

plástico estão considerados e reflectidos nos pontos fortes e fracos determinantes e nos

factores críticos de sucesso a seguir enunciados (fonte GEPE – Perspectivas 2000-2020).

4.1. Pontos Fortes

� Existência de fabricantes nacionais de referência

� Boa Qualidade do produto;

� Bom domínio tecnológico;

� Boa qualificação dos recursos humanos;

� Alguma capacidade de evolução para serviços integrados.

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4.2. Pontos Fracos

� Escassez de recursos humanos e financeiros em I&D e inovação;

� Forma de actuação empresarial normalmente passiva;

� Fraco conhecimento do mercado e domínio comercial por parte das empresas nacionais;

� Escasso poder de negociação;

� Baixa produtividade em comparação com empresas de moldes de outros países;

� Fraca articulação em termos de fileira;

� Incipiente associação a grupos internacionais fortes;

� Fraco nível de associativismo e estabelecimento de parcerias nacionais e internacionais;

� Fraco aposta na oferta de soluções integradas;

� Fraca organização, adopção das TIC, participação em sistema de comercialização,

logística e marketing e internacionalização.

4.3. Factores de Competitividade Críticos de Sucesso Determinantes do Negócio,

Desafios e Oportunidades

A tendência futura da actividade de moldes será de crescimento dado que a indústria de

plásticos:

� consome, apenas cerca de 4% de petróleo na sua produção, não obstante o provável

aumento do custo da sua matéria-prima, o petróleo;

� denota crescentes aumentos de eficiência nos consumos desta matéria-prima (p.e. a

indústria automóvel da Europa Ocidental tem feito poupanças dada a cada vez maior

leveza dos componentes para os veículos);

� verifica redução dos impactos ambientais negativos (emissões CO2 e maior recuperação

dos plásticos em final de vida).

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É previsível como factores críticos de sucesso para os moldes a tendência de associativismo

e o estabelecimento de parcerias como forma de encontrar e dispor de capacidades

múltiplas de resposta quanto à tecnologia, inovação, dimensão, sistematização da

organização e complexidade dos moldes que introduzam melhorias substanciais na indústria

face à concorrência asiática ou americana ou latino-americana ou japonesa.

As ameaças que determinam a situação actual da actividade de moldes pode ser encarada

como um desafio e uma oportunidade para a criação de condições gerais para um ambiente

favorável conducente a:

� Aumento da intensidade dos investimentos em I&D e inovação e desenvolvimento da

aplicação das TIC e tecnologias ambientais;

� Aposta na qualificação de recursos humanos e desenvolvimento de novas competências;

� Aposta acentuada na oferta de soluções integradas através da gestão do produto em todo

o seu ciclo de vida e da prestação de serviços;

� Modificação da forma de actuação empresarial pela adopção de estratégias empresariais

pró – activas e utilização de práticas de actuação responsáveis activas e muito activas;

� Incremento significativo das parcerias e estabelecimento de redes de cooperação com

empresas nacionais e de outros países e multinacionais;

� Adopção de formas de organização, de logística, de comercialização e de marketing

integradas e conjuntas;

� Intensificação de formas de internacionalização mais sofisticadas;

� Redução do grau de dependência quanto ao produto e a mercados;

� Diversificação para nichos de mercado de fraca oferta mundial e mercados emergentes.

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5. Perspectivas de Evolução Futura - Estratégias de Desenvolvimento Potenciais -

Tendências em implementação

5.1. Perspectivas de Evolução Futura

Historicamente a evolução da produção de moldes tem sido crescente, encontrando-se em

desenvolvimento uma nova fase de organização desta indústria com o objectivo de que esta

se venha a destacar pela maior incorporação de serviços associados a prestar aos clientes.

Para Portugal, segundo as projecções 2000-2020 do GEPE, no cenário mais desfavorável, a

indústria em geral decrescerá o seu peso estrutural no PIB do conjunto das actividades

económicas, devendo ocorrer, em contrapartida, um crescimento da actividade dos serviços.

No entanto, observar-se-ão tendencialmente até 2020 crescimentos do VAB das indústrias

Química, Borracha e Plásticos, Bebidas, Alimentares, Cerâmica, Pasta, Papel e Artes

Gráficas e Outros Materiais de Construção.

O crescimento médio anual em volume para a indústria metalomecânica, nos cenários

optimista (A) e pessimista (B) do GEPE prevê-se que será tendencialmente inferior ao

verificado anteriormente (1986/95 e 1995/99) mas, normalmente superior à variação

esperada para a Indústria e para o PIB até 2020.

Será esperada, também em Portugal, uma maior incorporação de serviços ligados aos

produtos industriais.

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5.2. Estratégias de Desenvolvimento Potenciais

A indústria de moldes tenderá para o incremento da sua terciarização e desmaterialização,

mais orientada para o aumento do valor imaterial criado incorporado na cadeia de valor e no

preço do produto, através da oferta de prestação de serviços aos clientes, libertando-os dos

problemas ligados a:

� Serviços de concepção e desenvolvimento dos moldes para os seus produtos, interagindo

com o encontro de soluções para os próprios produtos;

� Serviços de planeamento e de gestão da manutenção periódica e verificação da qualidade

dos moldes;

� Serviços de gestão da recuperação e reconversão para outras finalidades da matéria-

prima dos moldes caídos em desuso;

� Serviços de formação na utilização e manutenção corrente dos moldes.

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5.3. Tendências em implementação

A empresa francesa percursora no domínio da oferta integrada de serviços relacionados com

os moldes em conjunto com o Ministério francês da Indústria publicaram os resultados da

experiência levada a cabo dos quais se extraíram alguns excertos como demonstrativos das

futuras tendências de serviços a serem adoptados pela concorrência, enunciados no

parágrafo seguinte.

Seguindo as fases do processo ligado ao produto moldes enumeram-se os exemplos de

potenciais serviços a prestar no futuro ao cliente:

Produção

Comercial

Logística

Assistência

Pós-Venda

Concepção

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6. Anexos

QUADRO I – Dados e indicadores médios das empresas ISTMA (evolução 1998-2003)

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QUADRO II – Dados das empresas ISTMA 19986-2003

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QUADRO III – Peso dos Moldes no Comércio Internacional Português

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QUADRO IV – Principais Mercados de Destino dos Moldes em 2005

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QUADRO V – Principais Mercados de Origem dos Moldes em 2005

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QUADRO VI – Portugal entre os 35 principais exportadores e importadores mundiais de

Moldes em 2004

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QUADRO VII – Portugal entre os 35 principais fornecedores de Moldes à U E

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QUADRO VIII – Saldo da Balança Comercial dos Moldes por tipos de produtos 1996-2005

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QUADRO IX – Entidades Ligadas à Actividade de Moldes

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7. Referências e Bibliografia

1. Site www.centimfe.pt

2. Site www.cefamol.pt

3. Perspectivas 2000-2020 – GEPE

4. Dados Sectoriais em Portugal – GEE - MIE

5. Dados Estatísticas das Empresas em Portugal por NUT – GEE – MIE

6. Dados sobre o Comércio Internacional - ICEP

7. Site www.min-economia.gee.pt

8. Le 4 Pages des Statistiques Industrielles - Boletim nº 124 de Nov 1999 do Sessi - Ministère

de l’Économie des Finances et de l’Industrie de la France

9. Études - Orientation service des entreprises industrielles – édition du Ministère de l’Économie

des Finances et de l’Industrie de la France avec la participation de Ernst & Young

10. ‘La Sous-Traitance en chiffres – Métaux, Plastiques, Électronique‘ – édition 2000 du SESSI

– Service des Études et des Statistiques Industrielles du Ministère de l’Économie, des

Finances et de l’Industrie de la France

11. Site www.plasticseurope.org

12. Site www.istma.org

13. Site www.istma-europe.com/istma-europe/

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14. Site http://www.oces.mctes.pt/

15. Site www.ipac.pt

16. Estudo de Tendências de Evolução – Principais Indústrias Clientes da Indústria de Moldes

Portuguesa – João Meneses – CEGEA – Centro de estudos de Gestão e Economia Aplicada

do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa – Edição CEFAMOL –

Associação Nacional da Indústria de Moldes

17. Estudo de Caracterização e Análise de Tendências da Indústria de Moldes na China –

CISEP - Centro de Investigação sobre Economia Portuguesa - Edição CEFAMOL –

Associação Nacional da Indústria de Moldes

18. Estudo de Mercados Emergentes – Países da Europa Central e de Leste – Leonor Sopas –

CEGEA - Centro de estudos de Gestão e Economia Aplicada do Centro Regional do Porto

da Universidade Católica Portuguesa – Edição CEFAMOL – Associação Nacional da

Indústria de Moldes

19. Estudo de Mercados Emergentes – As Repúblicas do Báltico - Leonor Sopas – CEGEA -

Centro de estudos de Gestão e Economia Aplicada do Centro Regional do Porto da

Universidade Católica Portuguesa – Edição CEFAMOL – Associação Nacional da Indústria

de Moldes

20. Estudo sobre a Utilização da Propriedade Industrial nos Sectores dos Plásticos e dos

Moldes – INPI - Colecção Leituras de Propriedade Industrial – Vol.II