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  • MTRICAS PARA AVALIAO DE DESEMPENHO ORGANIZACIONALBASEADAS EM INDICADORES DA QUALIDADE

    Wilson Ricardo Cardoso Silva*

    Resumo:

    Palavras-chave:

    Abstract:

    Keywords:

    As aceleradas mudanas no mundo dos negcios tm exigido das empresas habilidade e flexibilidade para seadaptar a novos ambientes, dinamismo e rapidez no momento da tomada de deciso e solidez em seu planejamentoestratgico, para que elas possam prosperar. O esforo para atingir patamares mais evoludos de qualidade recai sobre agesto de custos de no-conformidade ou m qualidade. A inexistncia de indicadores de desempenho de qualidade e deprodutividade que retratem o desenvolvimento do processo decisrio dificulta, e muito, a efetiva gerncia das atividadesorganizacionais. Um processo de medio deve ser implantado na empresa com o objetivo de suportar a anlise detendncias de determinados indicadores, que podem subsidiar aes para reverso ou sustentao de tendncias; quepermita a comparao da qualidade e produtividade entre plataformas, metodologias, reas de aplicao, habilidadestcnicas de pessoas e assim sucessivamente. A gerncia fica em posio de monitorar o comportamento dos projetos eprodutos individualmente, analisar resultados, compar-los e verificar a adequabilidade dos respectivos processos enecessidades de implementar melhorias.

    Avaliao Desempenho, Mtricas, Indicadores, Qualidade.

    The rapid changes in the business world of companies have required skill and flexibility to adapt to newenvironments, dynamism and speed at the time of decision making and strength in their strategic planning so that theycan thrive. The effort to reach more advanced levels of quality falls on the management of costs for non-compliance orpoor quality. The absence of performance indicators of quality and productivity that portray the development ofdecision making difficult, and much, the effective management of organizational activities. A process of measurementshould be deployed in the company aiming to support the analysis of trends in a number of indicators that can supportactions to support or reversal of trends, which allows a comparison of quality and productivity between platforms,methodologies, areas of application, technical skills of people and so on. The management is in a position to monitor thebehavior of individual projects and products, analyze results, compare them and verify the adequacy of their processesand needs to implement improvements.

    Performance Assessment, Metrics, Indicators, Quality.

    * Coordenador Pedaggico da Faculdade Integrada Brasil Amaznia - FIBRA, Par, Brasil. Coordenador do Curso deAdministrao da FIBRA - [email protected]

    1. Introduo

    A procura incansvel de novas formas

    para aperfeioar a gesto empresarial e

    melhorar seu desempenho, assim como a

    inadequao das tcnicas e metodologias para a

    rea administrativa e para a gesto da produo

    de bens e servios, faz necessrio a procura de

    novas abordagens que possibilitem obter uma

    va n t a g e m c o m p e t i t i va , a t r av s d o

    aprimoramento das atividades e processos

    chave da empresa, ou seja, direcionando os

    esforos de melhoria para aquilo que realmente

    valorizado pelo cliente externo e interno,

    assim o sucesso financeiro, o sucesso

    operacional e a capacidade de auto-

    aprendizado, alm de outras perspectivas,

    f a z e m n e c e s s r i o u m a d e q u a d o

    monitoramento das mudanas.

    A mudana dentro da empresa

    necessria e inevitvel, a necessidade de

    melhorar nossos processos, produtos e servios

    para obter uma vantagem competitiva

    sustentvel frente a nossos concorrentes vital,

    45Revista Fibra e Cincia - N03/Ano2/Junho/2010

  • inadivel, mas como saber se realmente

    estamos atingindo nossa metas ou como saber se

    as melhorias implementadas esto tendo efeito;

    o que usualmente ocorre no momento de saber

    como estamos fazendo as coisas, que no

    temos a informao suficiente e necessria para

    responder a esta questo; isto pode ser

    comparado, de acordo com Rummler & Brache

    (1994), a lanar um mssil desorientado

    procurando um alvo impreciso, a uma

    velocidade imprevisvel. Assim as medidas de

    desempenho permitem fazer um diagnstico da

    situao presente e prever a situao futura de

    uma organizao, permitindo-lhe agir de forma

    pr-ativa, e definindo estratgias e aes que

    permitam gerar ou manter uma vantagem

    competitiva.

    Segundo Hronec (1994), "as medidas de

    desempenho so sinais vitais da organizao e

    elas qualificam e quantificam o modo como s

    atividades ou outputs de um processo atingem

    suas metas, assim as medidas de desempenho

    respondem pergunta como voc sabe?".

    Na concepo de Moreira (1996), Um

    Sistema de Medio de Desempenho um

    conjunto de medidas referentes organizao

    como um todo, s suas parties (divises,

    departamento, seo, etc.), aos seus processos, s

    suas atividades organizadas em blocos bem

    definidos, de forma a ref letir certas

    caractersticas do desempenho para cada nvel da

    empresa.

    Logo, o objetivo do sistema de medio

    de Desempenho na empresa, estabelecer o

    grau de evoluo, estagnao ou involuo de

    seus processos e atividades; assim como da

    adequao ao uso de seus bens e servios,

    fornecendo informao adequada e no

    momento preciso; a fim de tomar as aes

    preventivas e/ou corretivas que levem

    conquista das metas e objetivos da empresa.

    O desempenho de um produto ou

    servio est definido, segundo Csillag (1994),

    por o conjunto de habilidades funcionais e

    propriedades que o fazem adequvel (e

    vendvel) para uma qualidade especfica. Assim

    vrios produtos ou servios podem servir para a

    mesma finalidade bsica.

    Um produto com desempenho

    apropriado dever obter um nvel de adequao

    ao uso que satisfaa os requisitos, necessidades

    e expectativas dos clientes, assim vrios

    produtos ou servios podem servir para a

    mesma finalidade bsica, mas ter diferentes

    especif icaes, logo estas diferentes

    especificaes vo requer uma diferena nos

    seus projetos a qual se reflete no valor de custo

    dos produtos e servios, por exemplo, dois

    bancos podem oferecer o servio para a

    obteno de cartes de crdito sendo que, um

    deles oferece a possibilidade de personalizar a

    apresentao (carto de afinidade), esta

    alternativa pode agregar ou no custos ao

    projeto, mas segundo a experincia aumenta o

    valor de estima e de qualidade percebida pelo

    cliente.

    2. Que so medidas de desempenho

    3. Desempenho de um produto ou servio

    46Revista Fibra e Cincia - N03/Ano2/Junho/2010

  • 4. Avaliao do desempenho

    5. Gesto do desempenho organizacional

    A proliferao de painis de avaliao de

    desempenho nas organizaes reflete um

    crescimento geral do interesse pelo

    aprimoramento desse tipo de ferramental de

    gesto. Entretanto, os painis de indicadores

    geralmente enfocam assuntos de interesse

    interno, ficando as reas de interesse dos clientes

    inadequadamente integradas ao esquema

    principal, de acordo com Lawton (2002).

    Segundo o mesmo autor, quanto mais integradas

    forem s medies utilizadas pela empresa, mais

    holsticos tendem a tornarem-se, tambm, os

    esforos de aprimoramento organizacional.

    Para Nadler, Hackman e Lawler III

    (1979 apud CHIAVENATO; SAPIRO, 2004,

    p.305), a estratgia organizacional influencia o

    comportamento organizacional de vrias

    formas:

    As decises estratgicas determinam astarefas organizacionais as decises estratgicasdeterminam objetivos, alocao de recursos,tarefas crticas que a organizao deve realizar,produtos, servios, mercados etc. A estratgiaserve para esclarecer o que crtico para aorganizao.

    As decises estratgicas influenciam odesenho organizacional na verdade, o desenhoorganizacional serve estratgia, o que significaque o desenho funo da estratgia. Mudanasestratgicas implicam mudanas na estruturaorganizacional.

    As decises estratgicas influenciam eso influenciadas por questes de poder naorganizao - a estratgia organizacional estrelacionada com as relaes de poder, poltica econflitos entre pessoas e grupos na organizao.A relao entre estratgia e poder circular, pois, medida que um grupo se torna mais poderoso,ele tambm pode se tornar mais capaz de

    influenciar a determinao da estratgia.A eficcia organizacional determinada

    conjuntamente pelas decises sobre estratgias edesenho organizacional - as decises sobreestratgia e desenho organizacional - em nvelindividual, grupal ou sistmico sointerdependentes e combinam-se paradeterminar quo eficaz ser a organizao.

    Contudo, uma estratgia com elevado

    potencial de sucesso pode falhar se o desenho

    organizacional for mal projetado, se os grupos

    no funcionarem bem ou se as pessoas no

    estiverem motivadas. Da mesma forma, uma

    organizao pode no ser eficaz, mesmo que

    tenha pessoas motivadas e grupos com

    empowerment e se estiver implementando uma

    estratgia inapropriada.

    Assim, o desempenho organizacional reflete

    a estratgia em termos de sua formulao e

    implementao, explicitando sua adequao

    frente s realidades externa e interna da

    organizao.

    Na gesto das organizaes como sistemas,

    Rummler e Brache (1994) alertam para os

    seguintes aspectos essenciais em relao

    medio do desempenho:

    A ausncia de medio impede a plenagesto;

    Sem medio, a identificao dosproblemas prejudicada;

    Sem medio, as pessoas no podemcompreender totalmente o que se espera delas;

    A medio fundamental para que aspessoas tenham maior compreenso daadequao do seu desempenho.

    Sink e Tuttle (1993), aps trabalharem

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    Revista Fibra e Cincia - N03/Ano2/Junho/2010

  • por muito tempo com organizaes excelentes

    que buscavam se tornar organizaes do futuro,

    por meio do projeto, desenvolvimento e

    implantao de esforos de gerenciamento da

    produtividade e qualidade, definiram a gesto do

    desempenho como sendo (p. 36):

    Criar vises do estado futuro que se

    almeja.Planejar avaliar o estado em que a

    organizao se encontra no momento, no quediz respeito viso, criar estratgias para aobteno do estado futuro almejado e reunirforas de modo a caminhar rumo a essa viso.

    Projetar, desenvolver e implantareficazmente intervenes especficas demelhoria que tenham alta probabilidade de fazercaminhar rumo ao estado futuro almejado,principalmente em termos de nveis dedesempenho.

    Projetar, reprojetar, desenvolver eimplantar sistemas de medio e avaliao queinformaro se a caminhada segue na direopretendida e o quo bem ela se desenrola.

    Assegurar-se de que existam sistemas deapoio cultural, de modo que existamrecompensas e estmulos ao progresso,podendo-se manter a excelncia que estobtendo e podendo-se controlar os nveis dedesempenho necessrios para enfrentar a novaconcorrncia.

    Para esses autores, o processo de

    gerenciamento do desempenho , portanto, um

    processo pelo qual essas variveis acontecero

    de modo sistemtico, coerente, persistente,

    paciente e abrangente em toda a organizao. O

    processo de gesto do desempenho em uma

    organizao deve preocupar-se no s com o

    que feito, mas com o modo como feito.

    Sink e Tuttle (1993) mostram uma clara

    separao entre medio e avaliao. Segundo

    eles, a medio um processo no baseado em

    valor. simplesmente o processo pelo qual se

    decide o que medir e se faz a coleta, o

    acompanhamento e a anlise dos dados. Esse

    processo pode e deve ser separado da avaliao,

    que o processo pelo qual padres,

    especificaes, requisitos, valores, julgamentos

    etc. so impostos para determinar o grau em que

    o desempenho satisfaz s necessidades ou

    expectativas dos clientes ou dos processos.

    Assim, o processo de gesto de desempenho

    compreende um sistema aberto, uma vez que a

    organizao est em permanente contato com

    seus ambientes, com um sistema de feedback em

    ciclo fechado, que corresponde ao componente

    de avaliao do processo de medio.

    Para Sink e Tuttle (1993), a gesto do

    desempenho projetada para estimular o

    controle e a realizao de metas de longo prazo,

    de forma a fazer a organizao competir,

    sobreviver e crescer. verificar se a organizao

    est conseguindo concretizar sua viso quanto

    ao que pretende tornar-se. A linha de base, em

    longo prazo, a sobrevivncia e o crescimento,

    pela constante melhoria do desempenho,

    respei tando os va lores e pr inc p ios

    organizacionais. Para o caso empresarial, os

    lucros viriam como consequncia.

    Todo s i s tema de medio do

    desempenho formado por um conjunto de

    indicadores, previamente estabelecidos, que iro

    verificar o alcance, ou no, de determinados

    objetivos organizacionais.

    Para Hronec (1994, p. 4), As medidas de

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    6. Indicadores de desempenho

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  • desempenho devem induzir a estratgia em toda

    a organizao, para que todas as pessoas da

    organizao entendam o que ela , e como seu

    trabalho e desempenho esto vinculados quela

    estratgia geral. Para tanto, necessrio que se

    conheam os inter-relacionamentos entre os

    objetivos da organizao e suas formas de

    medio, de forma que isso possa ser

    administrado e validado (KANJI; S, 2002).

    Segundo o mesmo autor, comumente os

    gestores consomem muito tempo elaborando

    declaraes de misso, mas quase sempre se

    afastam dos detalhes envolvidos no

    desenvolvimento do conjunto de medidas de

    desempenho, simplesmente porque essa no

    uma tarefa fcil. Ela exige o equilbrio entre os

    interesses dos participantes, a compreenso dos

    clientes e seus desejos (tanto internos quanto

    externos) e a identificao dos processos da

    organizao.

    Para Hornec, os indicadores de

    desempenho refletem os sinais vitais da

    organizao. Eles servem para informar s

    pessoas o que esto fazendo, como esto se

    saindo e se esto agindo como parte de um

    conjunto. Os indicadores de desempenho

    comunicam o que importante para toda a

    organizao:

    A estratgia para os nveis;Os resultados alcanados;A eficcia das aes de controle e de

    melhoria.

    Os indicadores de desempenho podem

    ser usados em vrias situaes, tais como

    (WORLD BANK, 1996):

    Planejamento estratgico - para ajudar aclarear os objetivos e a lgica intrnseca;

    Processo oramentrio - para auxiliaruma alocao mais eficiente dos recursos;

    Avaliao dos resultados - para medir oque foi alcanado em relao aos objetivos;

    Marketing e em relaes pblicas - paracomunicar valor para o meio externo organizao;

    Gesto qualidade - para medir asatisfao dos clientes e avaliar a capacidade demelhor-la;

    Benchmarking - para identificar osmelhores desempenhos, de forma a aprender apartir das melhores prticas.

    A guisa de definio, Hronec (1994, p. 6)diz que:

    Para Takashina e Flores (1996, p. 19-20)

    indicadores so formas de representao

    quantificveis das caractersticas de produtos e

    processos.

    Fonseca, Loureno e Allen (1997)

    conceituam como indicador de desempenho a

    entidade que reflete caractersticas mensurveis

    de produtos, servios, processos e operaes

    utilizados pela organizao e serve para avaliar e

    melhorar o desempenho operacional, a

    satisfao dos clientes e acompanhar o

    progresso de todas as atividades em direo a

    metas comuns. Para esses, os objetivos dos

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    Medida de desempenho a quantificao de quobem as atividades dentro de um processo ou seuoutput atingem uma meta especificada. Asmedidas de desempenho devem ser desenvolvidasde cima para baixo, e precisam interligar asestratgias, recursos e processos.

    Quantificao parte importante dessa definio.Para medir algo preciso determinar dimenses,valores ou capacidades. A medio exige o ato de"medir" e deve ser, portanto, confivel e uniforme,baseando-se em fatos e no em opinies, palpitesou intuies.

    49Revista Fibra e Cincia - N03/Ano2/Junho/2010

  • indicadores de desempenho so:

    Medir a satisfao e as necessidades dosclientes;

    Monitorar o progresso da organizao;Analisar estatisticamente os processos

    de produo e de servios;Acompanhar o ritmo das mudanas

    baseadas em planos de melhorias;C o m p a r a r o d e s e m p e n h o d a

    organizao com a concorrncia.

    Para eles, os indicadores de desempenho

    devem distribuir-se nos seguintes grupos

    (FONSECA; LOURENO; ALLEN, 1997, p.

    108-109):

    medem o atendimentoaos desejos, necessidades e expectativas dosclientes. Esta categoria mede a excelncia doproduto ou servio, como visto pelos clientesinternos ou externos;

    medem a velocidade daorganizao, como ela consegue reagir sinfluncias externas, responder aos pedidos dosclientes, s mudanas na concorrncia e smudanas ambientais. Esta categoria mede aexcelncia dos processos de produo e dosservios.

    medem o desempenhofinanceiro da organizao, isto os gastos com opessoal, processo e administrao. Essacategoria mede a excelncia financeira daorganizao.

    Modernamente, encontra-se em Kaplan

    e Norton (1997, p.21) a afirmao de que "se o

    desempenho no est sendo medido, ele no est

    sendo gerenciado". Esses autores acrescentam

    ainda que se a organizao anseia sobreviver e

    prosperar na Era do Conhecimento, ela deve se

    utilizar de um sistema de gesto do desempenho

    alinhado com sua estratgia.

    Segundo Neely e Gregory (1995), o

    sistema de medio de desempenho uma

    tcnica usada para quantificar a eficincia e a

    eficcia das atividades do negcio. A eficincia

    vai tratar da relao entre a utilizao econmica

    dos recursos; levando em considerao um

    determinado nvel de satisfao. Por sua vez, a

    eficcia avalia o resultado de um processo no

    qual as expectativas dos diversos clientes so ou

    no atendidas.

    Para Clark Jr., o sistema de medio do

    desempenho definido como (1995 apud

    RATTON, 1998, p. 51):

    Um sistema de medio tem como

    objetivos (KAPLAN; NORTON, 1996b;

    OLVE; ROY; WETTER, 2001; RATTON,

    1998):

    Comunicar a estratgia e clarificarvalores;

    Identificar e diagnosticar problemas eoportunidade;

    Ajudar e entender os processos;Definir responsabilidades;Melhorar o controle e o planejamento;Mudar comportamento e envolver

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    Da qualidade:

    Do tempo:

    Dos custos:

    7. Sistemas de avaliao do desempenho

    O conjunto de pessoas, mtodos, ferramentas paragerar, analisar, expor, descrever e avaliar dados einformaes sobre as mltiplas dimenses dedesempenho das pessoas, grupos e nveisorganizacionais em seus mltiplos constituintes.

    Um sistema de medio de desempenho umconjunto de medidas referentes organizaocomo um todo, s suas parties (divises,departamento, seo etc.), aos seus processos e ssuas atividades organizadas e bem definidas emblocos, de forma a refletir certas caractersticas dodesempenho para cada nvel gerencial interessado(OLVE; ROY; WETTER, 2001).

    50Revista Fibra e Cincia - N03/Ano2/Junho/2010

  • pessoas.

    A mensurao do desempenho acontece

    h muito tempo. Kaplan e Norton (l996a)

    comentam que, desde o perodo da revoluo

    industrial, as organizaes vm desenvolvendo

    sistemas de medio inovadores, embora

    calcados em medidas financeiras, como foi o

    caso do modelo da DuPont, no incio do sculo

    XX.

    Considerando os trabalhos de Taylor e

    Gilbreth, nas dcadas de 20 e 30, envolvendo a

    medio dos tempos e movimentos na indstria,

    pode-se dizer que foi a que teve incio o uso de

    indicadores de desempenho (JENSEN; SAGE,

    2000).

    Ao longo dos ltimos quase noventa

    anos, diversos sistemas de avaliao do

    desempenho surgiram. Tomando por ponto de

    partida os trabalhos de Rodrigues (2006),

    Ravelomanantsoa; Ducq; Vallespir (2006),

    Anderson e McAdam (2004), Kanji e S (2002),

    Olve, Roy e Wetter (2001), Epstein e Westbrook

    (2001), Rucci, Kirn e Quinn (1998), Otley

    (1999), Brown (1999), Edvinsson (1997),

    Brignall e Ballantine (1996), Hronec (1994),

    Kaplan e Norton (1992), Lynch e Cross (1991),

    McNair, Lynch e Cross (1990), Sink e Tuttle

    (1989), Goldratt e Cox (1986), apresenta-se uma

    comparao entre diversas abordagens utilizadas

    para tratar da sistemtica de medio e avaliao

    do desempenho, desde a viso mais limitada dos

    primitivos modelos exclusivamente financeiros,

    como o caso do modelo Du Pont, at se chegar

    aos casos mais modernos inseridos na

    apreciao dos resultados das organizaes

    candidatas s premiaes da qualidade e

    excelncia da gesto: nos EUA, Malcolm

    Baldrige National Quality Award MBNQA,

    pelo National Institute of Standards and

    Technology - NIST (2006); na Europa, EFQM

    Excellence Award, pela European Foundation

    for Quality Management - EFQM (2006) e no

    Brasil, o Prmio Nacional da Gesto Pblica

    PQGF, pelo Ministrio do Planejamento,

    Oramento e Gesto (2006) e o Prmio

    Nacional da Qualidade PNQ, pela Fundao

    Nacional da Qualidade - FNQ (2006). Assim, o

    Apndice A sintetiza, em cinco pginas, essas

    diversas abordagens, explicitando sua evoluo

    no perodo de 1914 a 2006, detalhando seus

    autores, estrutura de medio e dimenses.

    Para Motomura (1999), medida que os

    gestores se conscientizem de que boas idias no

    suficientes para se ter uma gesto que valorize a

    excelncia, a velocidade e a eficcia, eles devem,

    ento, questionar o que possvel ser feito.

    Esse mesmo autor sugere que um ponto

    chave, na implantao de um modelo de gesto

    que solucione essas questes, a existncia de

    um sistema de indicadores apropriado, que leve

    em considerao a medio do 'fazer acontecer',

    de forma a focar a ateno dos lderes e dos

    membros da organizao em relao situao

    em que essa se encontra, ao nvel de melhoria

    que se tem alcanado, capacidade de inovar e a

    de fazer com que os projetos organizacionais

    obtenham sucesso.

    Para Stankard (2005), a prpria natureza

    humana gera o lado sombrio da medio do

    8. Dificuldades para medir e avaliar

    51Revista Fibra e Cincia - N03/Ano2/Junho/2010

  • desempenho organizacional mediante

    comportamentos defensivos, evitando situaes

    embaraosas devido a resultados aqum do

    desejado pelos gestores. As pessoas que assim se

    sentem ameaadas acabam por agir de forma

    contra-produtiva. As pessoas tentam evitar a

    associao com os maus resultados, lanando

    mo de desculpas pouco comprovveis ou

    atribuindo culpa a outrem. Algo muito

    semelhante aos alertas de Argyris (1994) sobre o

    no envolvimento das pessoas com o

    aprendizado de lao duplo devido a uma

    combinao de razes sociais e psicolgicas,

    contemplando a segurana da no exposio e a

    fidelizao a velhos modelos mentais.

    A falta de conhecimento sobre

    variabilidade tambm contribui para esse lado

    so mb r io, p o i s a s p e s so a s r e a g i r o

    defensivamente, desconsiderando os efeitos

    randmicos ou a baixa significncia nos

    resultados. Essa ignorncia pode levar at a casos

    de falsificao ou manipulao das medies.

    Quando verdades embaraosas sobre o

    desempenho organizacional so tratadas

    predominantemente por reaes defensivas, o

    cinismo passa a dominar e discusses sobre o

    que de fato est errado acabam por cessar,

    fazendo com que o desempenho piore ainda

    mais.

    Em geral, tais comportamentos

    defensivos surgem na forma de falsos conselhos

    construtivos, visando evitar situaes

    embaraosas, principalmente na introduo de

    novos processos de medio. , portanto, nesse

    estgio inicial que mais se deve apoiar a prtica e

    o aprendizado para evitar o desenvolvimento

    desses comportamentos danosos.

    H que se considerar que a comunicao

    internamente organizao um processo

    difcil. Com as falhas de comunicao surgem,

    em geral, expectativas e aes no apropriadas.

    Basta que as pessoas no usem as mesmas

    definies, no sigam as mesmas regras e nem se

    atenham aos mesmos limites. s vezes, porm,

    at usando as mesmas palavras, as pessoas no

    esto se comunicando entre si. Portanto, um

    entendimento claro daquilo que se mede e avalia

    essencial para que a avaliao do desempenho

    cumpra seu papel em favor do aprendizado

    organizacional.

    O u t r o f a t o r q u e d i f i c u l t a o

    entendimento das medies e avaliaes,

    principalmente aquelas de natureza mais

    subjetiva, diz respeito influncia dos interesses

    e conhecimentos de quem as executa.

    De uma forma eminentemente prtica,

    Takashina e Flores (1996) apontam para a

    ocorrncia de armadilhas na gesto do

    desempenho baseada em indicadores, que

    podem ser prevenidas caso evite-se utiliz-los

    para medir:

    Apenas para comparar o previsto contrao realizado, sem levar a Questionamentos;

    Para monitorar, sem foco na melhoria;Para descobrir erros, com objetivo de

    punir;Caractersticas sem associao com a

    estratgia;Para cortar custos, em vez de melhorar a

    qualidade e o desempenho;Caractersticas no importantes;Sem enfoque na satisfao das pessoas;Sem considerar o progresso de forma

    sistemtica e integrada;Sem considerar a variabilidade dos

    ?

    ?

    ?

    ?

    ?

    ?

    ?

    ?

    ?

    52Revista Fibra e Cincia - N03/Ano2/Junho/2010

  • resultados;Sem estabelecer pr ior idades e

    hierarquias das diversas medidas;Um conjunto muito extenso de

    indicadores.

    Uma mtrica um atributo de uma

    entidade que pode ser avaliado. Por exemplo, o

    esforo do projeto uma avaliao (ou seja,

    mtrica) do tamanho do projeto. Para calcular

    essa mtrica, voc precisa somar todos os

    registros do cronograma do projeto. um item

    de dados bruto que usado para calcular uma

    mtrica. No exemplo acima, os registros do

    cronograma so as mtricas originais. Uma

    mtrica original normalmente uma mtrica que

    existe em um banco de dados, mas no

    interpretada isoladamente.

    Cada mtrica composta de uma ou

    mais mtricas coletadas. Consequentemente,

    cada mtrica original deve ser claramente

    identificada e seu procedimento de coleta

    definido.

    As mtricas destinadas a suportar as

    metas de mudana ou realizao frequentemente

    so "geradas primeiro" ao longo do tempo (ou

    iteraes ou projeto). Estamos interessados em

    uma tendncia, no em um valor absoluto. Para

    "melhorar a qualidade" preciso verificar se o

    nvel residual de defeitos conhecidos diminui ao

    longo do tempo.

    As profundas transformaes do

    mercado fazem com que as indstrias busquem a

    qualidade total em todas as etapas do processo

    produtivo e em todos os nveis hierrquicos da

    organizao, orienta conceitos, hbitos e

    procedimentos, que se verifica em escala

    internacional.

    A importncia do estudo baseia-se na

    medio da qualidade atravs do uso de

    indicadores da qualidade, formulado de maneira

    clara e objetiva, visando mostrar como as

    empresas veem a questo de capacitao

    profissional e engajamento da fora produtiva.

    A partir de indicadores gerados, pode-se

    representar ou medir a qualidade, deve-se utilizar

    indicadores em quantidade compatvel com os

    aspectos relevantes do servio. A auditoria da

    qualidade do indicador confere a sua

    conformidade em relao aos pr-requisitos

    para sua gerao, devendo ser efetuada por

    agente independente de que o estabeleceu.

    O padro, essencialmente um referencial

    para comparao, conceitualmente associado

    ao indicador. Tal como o indicador, o padro

    pode ser adotado seguindo uma hierarquizao

    dentro da empresa, desdobrando-se segundo os

    diversos nveis de gerenciamento. Pode ser

    simples, geral ou setorial.

    A palavra qualidade tem um amplo significado e,

    por isso, d margem a inmeras interpretaes.

    Para uns, representa a busca da satisfao do

    cliente. Para outros, alm da satisfao do cliente,

    engloba a busca da excelncia para todas as

    atividades de um processo.

    Alguns indicadores de qualidade podem

    ser inerentes a produtos e servios no mbito de

    uma organizao. Por exemplo, pode-se citar a

    ?

    ?

    9. Mtricas, princpios fundamentais.

    10. Controle da Qualidade

    53Revista Fibra e Cincia - N03/Ano2/Junho/2010

  • eficincia, a eficcia, o respeito ao interlocutor, a

    tica no tratamento de informaes e do pblico,

    a veracidade das informaes transmitidas, a

    rapidez no atendimento.

    De fato, a qualidade pode ser um

    significativo fator de transformao no modo

    como a organizao se relaciona com seu

    pblico-alvo, agregando valor aos servios a ele

    destinados. Pode-se dizer que o termo

    qualidade faz parte do grupo de palavras com

    mltiplos significados, cabendo s organizaes

    identificar os atributos da qualidade fsica dos

    seus produtos e servios do ponto de visto do

    cliente.

    A preocupao com a qualidade surgiu

    no Japo, aps a Segunda Guerra Mundial,

    suscitada pelas orientaes do Dr. W. Edwards

    Deming. Aps a derrota na guerra, os japoneses

    se fixaram na possibilidade de alcanarem, de

    maneira simples, a qualidade e a produtividade.

    A partir da, a experincia de sucesso dessa nao

    comeou a ser implementada em outros pases.

    O Controle de Qualidade o conjunto

    de atividades destinadas a verificar e assegurar

    que todos os seus processos sejam validados at

    que o mesmo cumpra com a qualidade

    preestabelecida. O Controle de Qualidade no

    deve se limitar s operaes transacionais, mas

    abranger todas as decises relacionadas

    qualidade do produto ou servio.

    Um sistema de Controle de Qualidade

    (QMS - Quality Management System) um

    sistema que destaca as polticas e procedimentos

    necessrios para a melhoria e controle das

    diversas atividades-chave e processos

    desenvolvidos por uma organizao.

    Segundo Shiba (1997), O TQM um

    sistema em evoluo para a melhoria contnua de

    produtos e servios a fim de aumentar a

    satisfao do cliente frente s rpidas

    transformaes do mercado. Quatro reas de

    conceitos e prticas so comuns s

    implementaes de maior xito do TQM. Estas

    representam as quatro revolues no

    pensamento administrativo.

    A primeira revoluo est relacionada

    nfase aos clientes e satisfao de suas

    necessidades. As empresas devem ser capazes de

    reagir rapidamente s mudanas das

    necessidades dos clientes, concentrando seus

    recursos limitados em atividades que o

    satisfaam, ou seja, a compreenso e a satisfao

    dos clientes so a melhor e nica maneira de

    atingir sucesso nos negcios. Para isso, o TQM

    d nfase a um conceito chamado , que

    se concentra na satisfao do cliente como

    objetivo do trabalho em contraste com o antigo

    conceito de , que se concentra no

    produto. Dentro do conceito de est

    funo dual do trabalho tanto nos processos

    produtivos em si quanto nos processos de

    melhoria.

    A segunda revoluo est relacionada

    melhoria contnua dos processos. Este objetiva a

    elevao da qualidade dos produtos. Esta nfase

    nos processos denominada de gerenciamento

    por processo e consiste na percepo de que os

    resultados provm dos processos, sendo

    10.1. Anlise do Modelo de Gesto da

    Qualidade TQM (Total Quality

    Management)

    market in

    product out

    market in

    54Revista Fibra e Cincia - N03/Ano2/Junho/2010

  • consequncia dos mesmos. O TQM utiliza a

    expresso melhoria contnua para transmitir a

    ideia de melhoria como um processo de

    resoluo de problemas e se baseia nas melhorias

    sistemticas e iterativas.

    Para realizar esta melhoria contnua, o

    modelo VW utilizado. Ele utiliza os ciclos

    PDCA (planejar, executar, verificar e atuar) e

    SDCA (padronizar, executar, verificar e atuar)

    para a resoluo de problemas atravs do

    controle de processo, da melhoria reativa e da

    melhoria proativa e se baseia nas sete

    ferramentas bsicas e nas sete novas ferramentas

    da qualidade. Os ciclos PDCA se referem s

    melhorias proativas ou iterativas e ao controle de

    processo. Nestes, so realizados pequenos ciclos

    de melhoria de forma constante, simbolizando o

    princpio da iterao na resoluo de problemas,

    efetuar melhorias por etapas e repetir o ciclo por

    vrias vezes com o objetivo de atingir nveis de

    desempenho cada vez mais altos. J os ciclos

    SDCA se referem s melhorias reativas e tm

    como objetivo realizar a melhoria de um

    processo considerado ruim atravs do

    estabelecimento de um novo padro.

    J a terceira revoluo est relacionada

    com a participao total, ou seja, o TQM se

    caracteriza por ser um movimento em massa, no

    qual todos os funcionrios devem ter

    conscincia da importncia do TQM e de sua

    metodologia, alm de estarem envolvidos com a

    satisfao do cliente e com atividades de

    melhoria contnua. Assim, o trabalho dos

    funcionrios possui dupla funo: o trabalho

    dirio e o de aperfeioamento. Isto realizado

    atravs dos ciclos PDCA e SDCA j

    mencionados. Alm disso, a forma de

    organizao do trabalho deve ser focada no

    trabalho em equipes interfuncionais, sempre

    realizando as duas funes do trabalho.

    Para que o TQM seja implantado com

    sucesso, necessria a elaborao de uma

    estratgia de mobilizao. Uma estratgia efetiva

    deve possuir trs componentes: envolvimento

    do diretor-pres idente, estratgias de

    sensibilizao e infra-estrutura organizacional.

    Alm disso, o TQM pode ser dividido

    em trs fases. A primeira fase a de orientao, a

    qual enfatiza o estabelecimento de objetivos e o

    estabelecimento da organizao, determinando

    novas estruturas organizacionais. Isto

    realizado atravs do esclarecimento da razo da

    implementao do TQM aos funcionrios e a

    criao de uma nova organizao para planejar e

    auxiliar o TQM dentro da organizao

    tradicional. Alm disso, a alta gerncia aprende

    uma noo mais ampla sobre o TQM.

    A segunda fase a de atribuio de

    poder, que marcada pelo incio do treinamento

    e promoo do TQM, visando a atingir todos na

    companhia. Assim, h a difuso em larga escala

    de histrias de sucesso e do ensino ativo atravs

    de treinamento em toda a organizao. Este

    modelo chamado de bola de neve. Nesta fase

    os funcionrios devem receber as ferramentas

    para aplicar o TQM e devem ser encorajados a

    utiliz-las e a se envolver no esforo por

    qualidade.

    A terceira fase a de alinhamento, na

    qual as atividades devem ser dirigidas com o

    objetivo de sincronizar e alinhar o TQM j

    iniciado e em desenvolvimento com os objetivos

    55Revista Fibra e Cincia - N03/Ano2/Junho/2010

  • de negcios e as prticas da companhia. Alm

    disso, deve haver uma organizao paralela

    organizao formal, cujo objetivo o

    desenvolvimento de novas prticas e padres

    para a organizao hierrquica do trabalho

    dirio.

    Finalmente, a quarta revoluo se refere

    ao entrelaamento social. Entende-se por

    ent re l aamento soc ia l a re l ao de

    compar t i lhamento de exper incias e

    aprendizados entre as empresas. Como o TQM

    um experimento social e organizacional

    continuado nas empresas, as suas prticas so

    aprendidas atravs da tentativa e do erro.

    Portanto, torna-se importante a comunicao

    entre as empresas para compartilhar estas

    informaes visando economia de tempo e de

    recursos. Para que a difuso social do TQM seja

    possvel, so necessrios trs fatores.

    O primeiro fator uma infra-estrutura

    p a r a a p o i a r o en t r e l a amen to e a

    intercomunicao entre empresas. O segundo

    fator se refere abertura utilizando casos reais.

    Esta enfatiza a necessidade de divulgao de

    mtodos de TQM bem sucedidos. Isto pode ser

    feito atravs de publicaes em livros, revistas e

    outros veculos de comunicao que permitam

    uma grande difuso destes mtodos entre as

    empresas. Por sua vez, o terceiro fator est

    relacionado com os agentes de mudana ou

    catalisadores. A utilizao de fortes agentes

    externos tem um papel importante na

    implementao do TQM e na mudana da

    empresa. Estes possuem conhecimento

    suficiente, personalidade ou prestgio para

    funcionar como catalisadores das mudanas.

    Desta forma, a divulgao das

    informaes e o entrelaamento social so

    fundamentais para o sucesso do TQM. Alm do

    foco dado s atividades, o TQM pode ser

    ensinado como um sistema para aprender novas

    habilidades para o benefcio da sociedade.

    O TQM pode ser ensinado como um

    sistema para aprender novas habilidades para o

    benefcio da sociedade. Portanto, ele surge como

    um sistema de aprendizado movendo

    indivduos, equipes, companhias e naes na

    orientao habilitao e, consequentemente,

    auto-inovao.

    Hronec apoia seu Sistema de Medio de

    desempenho em trs categorias de medidas: a)

    Qualidade - quantifica a excelncia do produto

    ou do servio; b) Tempo - quantifica a

    excelncia do processo; c) Custo quantifica o

    lado econmico da excelncia.

    H um relacionamento entre estas

    categorias de medidas: o relacionamento entre o

    custo e qualidade que correspondem a valor

    para o cliente e entre qualidade e tempo que o

    servio. Hronec descreve trs nveis de

    mobilizao das medidas de desempenho na

    organizao: humano (as pessoas que executam

    as atividades, orientadas por um conjunto de

    medidas de desempenho), processo (a srie de

    atividades que consomem recursos e fornecem

    um produto aos clientes da empresa, sejam

    internos ou externos) e organizao

    (compreendendo os nveis de desempenho das

    pessoas e do processo).

    10.2. Modelo proposto por HRONEC

    56Revista Fibra e Cincia - N03/Ano2/Junho/2010

  • O modelo prope uma matriz quantum

    de medio de desempenho, descrito na Tabela 1

    a qual faz um cruzamento das categorias de

    medidas de desempenho (qualidade, tempo e

    custo) com os trs nveis de mobilizao das

    mesmas (humano, processo e organizao).

    Segundo Hronec (1994), o modelo

    quantum de medio de desempenho representa

    "um contexto para mostrar onde as pessoas se

    enquadram no processo de desenvolver,

    implementar e utilizar as medidas de

    desempenho. Permite e encoraja a comunicao

    durante o processo".

    O modelo quantum de medio de

    desempenho consiste em quatro elementos

    distintos:

    leva em conta a lideranada empresa, os interessados e as

    melhores prticas do ambiente;do apoio

    implementao das medidas dedesempenho por meio da comunicao.Utiliza-se, para tanto, tcnicas det r e i n a m e n t o , r e c o m p e n s a s e"benchmarking";

    consiste emidentificar e entender os processoscrticos da empresa e, aps, estabeleceras medidas de desempenho do output,controlar e monitorar as atividades-chave, definindo as medidas de processoe sua implementao;

    o modeloquantum proporciona feedback param e l h o r i a c o n t n u a , p a r a oestabelecimento de novas metas e para oajuste da estratgia.

    A medio de desempenho um

    processo contnuo e no um evento, e seu

    objetivo impulsionar a empresa para o

    desempenho quantum, otimizando seu valor e

    servio para os interessados.

    Segundo Hronec (1994), "esse modelo

    pode ser usado em cada nvel, em cada parte da

    organizao. Cada rea precisa de sua prpria

    estratgia, suas prprias metas, medidas de

    output e assim por diante".

    Quanto aos nve is em que o

    desempenho mensurado, o autor destaca,

    primeiramente, a organizao, que compreende

    os nveis de desempenho dos processos e dos

    indivduos. O nvel referente aos processos

    consiste em uma srie de atividades que

    consomem recursos e fornecem um produto aos

    clientes da empresa, sejam eles internos ou

    externos. O ltimo nvel descrito os indivduos

    refere-se s atividades desenvolvidas pelos

    colaboradores no ambiente de trabalho.

    DESEMPENHO QUANTUM

    1) Os geradores:

    2) Os facilitadores:

    3) O processo em si:

    4) A melhoria contnua:

    SERVIOConfiabilidade

    CustoTempo

    FlexibilidadeInputs

    EmpatiaMaleabilidade

    VelocidadeCompetncia

    VALORQualidadeOrganizao

    Processo

    Pessoas

    OperacionalEstratgicoCredibilidadeMaleabilidadeCompetncia

    AtividadesRemuneraoDesenvolvimentoMotivaoFlexibilidadeProdutividadeResponsividadeMaleabilidade

    ResponsividadeConformidadeCredibilidade

    57Revista Fibra e Cincia - N03/Ano2/Junho/2010

  • No modelo Quantum, o conjunto de

    medidas de desempenho denominado Famlia

    de Medidas, que envolve as medidas: valor,

    servio, custo, qualidade e tempo. Para melhor

    entendimento oportuno descrever os

    relacionamentos existentes entre as categorias

    de medidas, agrupadas, na viso de Hronec

    (1994), da seguinte forma: custo/qualidade e

    qualidade/tempo, categorias estas vinculadas s

    dimenses valor e servio, respectivamente.

    O relacionamento entre custo e qualidade

    corresponde ao valor para os clientes, isto ,

    quando os clientes recebem um produto de alta

    qualidade, a um custo bastante razovel ou

    baixo, esto recebendo um alto valor. J o

    relacionamento entre qualidade e tempo diz

    respeito a um servio, ou seja, quando os clientes

    recebem, em curto espao de tempo, um

    produto de alta qualidade, creem estar

    recebendo um servio de alto nvel.

    O objetivo pesquisar empiricamente o

    uso e as prticas de medio de desempenho

    para suportar a concepo de mtodos de

    diagnstico, desenvolvimento, implementao e

    formas de uso de sistemas de medio de

    desempenho que forneam informaes para

    apoiar a tomada de deciso nas atividades de

    planejamento, controle e melhoria do

    desempenho organizacional.

    Essa iniciativa busca, ainda, estimular a

    simplificao e a qualificao constante do

    acesso aos servios e informaes prestados em

    organizaes empresariais, garantindo sempre

    com foco no cliente. Tambm busca promover o

    monitoramento e o planejamento contnuo das

    atividades e polticas da empresa como forma de

    garantir o seu contnuo aprimoramento atravs

    da metodologia e suas heursticas.

    Apresentar os ind icadores dedesempenho de processos produtivoscontnuos, identificando a importncia de suaaplicao atravs da reviso metodolgica e suasheursticas;

    Basear-se em sistemas indicadores quesejam coerentes com os objetivos estratgicosestabelecidos pela empresa.

    Fornecer as informaes necessrias esuficientes, como suporte ao processo decisrio.

    Na maioria das empresas brasileiras de

    prestao de servios, percebe-se a ausncia de

    iniciativas de avaliao ou mecanismos de

    mensurao de seu desempenho quanto

    convenincia para o cliente. O projeto

    desenvolvido visa atender essa necessidade, bem

    como contribuir de forma indireta com a

    adequao destes servios s demandas de uso

    por meios eletrnicos.

    A ausncia de uma prtica dessa natureza

    faz com que as empresas tenham dificuldades na

    percepo do alinhamento das suas iniciativas

    com as necessidades reais do cliente, empresas e

    outros segmentos sociais. A inexistncia de

    processos estruturados de avaliao impede

    11. Objetivos

    11.1. Objetivo Geral

    11.2 Objetivos Especficos

    12. Soluo proposta para o problema daavaliao de desempenho

    12.1. Problema

    ?

    ?

    ?

    58Revista Fibra e Cincia - N03/Ano2/Junho/2010

  • igualmente o registro de informaes e

    pareceres que possam melhorar e facilitar a vida

    do cliente no que se refere obteno de

    servios por meios eletrnicos, bem como a

    realizao de anlises comparativas, que

    qualifiquem de forma estruturada a evoluo

    desses servios.

    Os indicadores relativos ao Projeto,

    esto agrupados em quatro categorias: Escopo

    (1), peso 0,40; Tempo (2), peso 0,20; Custo (3),

    peso 0,10; e Qualidade (4), peso 0,30. Esta

    ponderao se justifica pela maior importncia

    atribuda s categorias Projeto e Recursos

    Utilizados. A atribuio do conceito final do

    projeto levar em conta a importncia relativa de

    cada um dos itens de avaliao.

    1- Escopo2- Tempo3- Custo4- Qualidade

    12.2. Metodologia adotada no trabalho

    Indicadores e Padres de Qualidade -Dimenses

    =

    100

    .pxMp

    59Revista Fibra e Cincia - N03/Ano2/Junho/2010

  • Em funo da ponderao, prope-se uma correspondncia entre conceitos e valores numricos da

    seguinte forma:

    Assegura que tudo o que foi prometido seja entregue e que no haja muitas

    mudanas durante a execuo 40%

    O projeto a ser oferecido, vivel.

    Assegura que as tarefas sejam executadas no tempo previsto 20%

    O projeto tem incio e fim definidos.

    Dimenso 1: Escopo -

    Dimenso 2: Tempo -

    Conceito Valor NumricoA timo 5B Bom 4C Regular 3D Ruim 2E Insuficiente 1

    Indicadores RequisitosNecessidade

    de bens e servios.Tarefa

    trabalho, visando cumprir uma etapa de um processo.Objetivos Diz respeito a um fim que se quer atingir.Metas Resultados a serem alcanados num determinado perodo ou em

    determinada atividade.Riscos Assegura que os riscos sejam identificados, analisados e administrados.

    Conceito Requisito NveisDesempenho

    A Atendimento satisfatrio a todos os itens enfatizados 5B Atendimento pelo menos trs dos itens enfatizados 4C Atendimento pelo menos dois dos itens enfatizados 3D Atendimento pelo menos um dos itens enfatizados 2E Nenhum das situaes anteriores 1

    Indicadores DescritoresPrazo Espao de tempo durante o qual deve realizar-se alguma tarefa, atividade

    etc.

    Conceito Requisito NveisDesempenho

    A Alcanou objetivos/metas dentro perodo tempoproposto

    5

    B Alcano satisfatoriamente o cronograma 4C Alcanou parcialmente o cronograma 3D Alcanou insuficientemente o cronograma 2E Nenhum das situaes anteriores 1

    60Revista Fibra e Cincia - N03/Ano2/Junho/2010

  • Dimenso 3: Custo

    Dimenso 4: Qualidade -

    Assegura que o oramento seja cumprido 10%

    O projeto cumpriu com os recursos e o desempenho estimado.

    Assegura a conformidade com o que foi solicitado 30%

    O projeto atendeu o nvel de qualidade desejada

    Indicadores RequisitoRecursos Qualquer meio que possa levar a atingir um resultado: fisiologia, estados,

    pensamento, estratgias, experincias, pessoas, eventos ou bens.Reserva/Capacidade

    Quantidade de materiais (matrias -primas e demais insumos) que umsistema produtivo consegue processar (transformar em produtosacabados) em determinado perodo de tempo.

    Oramento Estimao, avaliao, fixao ou determinao de qualquer valor. Emtermos financeiros, o ato de previso da receita e fixao das despesas.

    Conceito Requisito NveisDesempenho

    A Atendimento satisfatrio a todos os itens enfatizados 5B Alcano satisfatoriamente pelo menos dois dos itens

    enfatizados4

    C Alcanou parcialmente pelo menos um dos itensenfatizados

    3

    D Atendimento insuficiente dos itens enfatizados 2E Nenhum das situaes anteriores 1

    Indicadores RequisitoConformidade Indicao ou julgamento de que o produto, as atividades ou servios

    atendem s exigncias da especificao do projeto.Eficincia uma questo de consumo de recursos. Relaciona o consumo previsto

    com o consumo efetivo dos mesmos.Eficcia Relaciona o resultado o btido com o esperado; diz respeito realizao

    efetiva das coisas certas pontualmente e com os requisitos de qualidadeespecificados.

    Produtividade Define a relao entre o que gerado pelo sistema organizacional eaquilo que entra no sistema.

    Conceito Requisito NveisDesempenho

    A Atendimento satisfatrio a todos os itens enfatizados 5B Atendimento pelo menos trs dos itens enfatizados 4C Atendimento pelo menos dois dos itens enfatizados 3D Atendimento pelo menos um dos itens enfatizados 2E Nenhum das situaes anteriores 1

    61Revista Fibra e Cincia - N03/Ano2/Junho/2010

  • 12.3. Clculos da mdia ponderada dos pesos

    Mp= Mdia ponderada dos pesosX = notasP = pesos

    Diagnstico dentro dos nveis de desempenho:4,5 3,5 e < 4,5 2,5 e < 3,5 1,5 e < 2,5

    < 1,5

    A- timo 4,5B- Bom 3,5 e < 4,5C- Regular 2,5 e < 3,5D- Ruim 1,5 e < 2,5E- Insuficiente < 1,5

    Graus de exigncia e requisitos essenciaisC o mnimo

    13. Melhoria do Processo Atravs de Indicadores da Qualidade e Produtividade

    O conceito mdio dos indicadores denominado 'Mp' uma mdia ponderada dos nveis dedesempenho preliminares das dimenses. No clculo da mdia ponderada, multiplicamos cadavalor do conjunto por seu "peso", isto , sua importncia relativa. A mdia aritmtica ponderadade um conjunto de nmeros cuja importncia relativa ("peso") respectivamente

    calculada da seguinte maneira:

    Projeto com alto potencial.Projeto comprometido com os objetivos. orientado para os resultados.Projeto importante para a rea.Projeto com deficincia, demanda maior acompanhamento.Projeto com falta de informaes objetivas.

    A conceituao final do Projeto obtida com base nos critrios a seguir apresentados:

    O conceito que se exige para que se possa autorizar a implantao do Projeto.

    Apesar dos grandes benefcios que podem ser obtidos com a utilizao de um programa de

    mtricas para o gerenciamento dos projetos e produtos de software, o fator humano um item

    extremamente sensvel que deve ser levado em considerao e que, se negligenciado, pode conduzir ao

    fracasso tentativas bem intencionadas de medies.

    O princpio bsico que norteia as regras, que deve orientar o comportamento tico da gerncia

    e das equipes de desenvolvimento, fundamenta-se no que podemos considerar um axioma enunciado

    pcncccc ...,3,2,1

    npppp ...,,3,2,1

    =

    p

    pxMp

    .

    62Revista Fibra e Cincia - N03/Ano2/Junho/2010

  • por Edward Deming (Out of the Crisis, MIT Press, 1986 ): "85% dos problemas que ocorrem nos

    processos da empresa so de responsabilidade da gerncia". Consequentemente, jamais se devem

    avaliar desempenhos individuais e sim enfocar processos e produtos.

    Um mtodo da qualidade utilizado para implementao de melhoria contnua no processo o

    Ciclo PDCA. O P (Planejar) o Planejamento da mudana no processo, o D (Do - Agir) a execuo

    da mudana planejada, o C (Check - Acompanhar) a verificao dos resultados obtidos pela ao

    executada e o A (Act - reagir) a deciso de mudar, baseada nos dados analisados.

    Ciclo de Projetos PDCA

    Em cada uma destas atividades so definidas sub-atividades que e produtos que as compem:

    MetasObjetivosNecessidade de InformaesFatores Crticos de SucessoProblemas e Oportunidades

    Criao de medidas, padres e coleta de dados

    Acompanhar o andamento fsico e financeiro dos projetos e serviosVerificao dos projetos com desvio de estimativas de prazosVerificao dos projetos com desvio de estimativas de custoAnlise de Impacto (avaliar as variaes de qualidade, produtividade e aspectos de custos dos

    processos de desenvolvimento e gesto do software, em funo de mudanas no ambiente)Anlise de Tendncias (comportamento futuro dos principais atributos do processo de

    planejamento de projetos, desenvolvimento de software e gesto de produto)

    Figura 1:

    Planejar:

    Agir:

    Acompanhar:

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    Planejar

    AgirReagir

    Acompanhar

    63Revista Fibra e Cincia - N03/Ano2/Junho/2010

  • ??

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    Comparao entre plataformas e tecnologias

    Incentivar / PremiarTreinarAlocar / Realocar RecursosModelar o Ambiente de DesenvolvimentoEliminar os problemas antes deles te eliminarem

    implantao de uma Metodologia que pode ser graficamente apresentada como a figura a

    seguir, possui quatro fases que se interagem continuamente. Isto , Aps a deciso, definio e

    Implantao de um processo de medio de software, o processo de definio dos indicadores

    realizado de modo a atender as necessidades atuais de negcio. Porem, esta necessidade no pode ser

    visto como uma atividade que feita uma nica vez. As necessidade evoluindo e novos indicadores

    preciso ser criados. A Utilizao de dados histricos para o planejamento e controle dos projetos

    fundamental e a base alimentada continuamente com os dados que vo sendo extrados dos projetos

    em andamento e dos finalizados.

    Metodologia para implantao de Mtricas de Desempenho

    A partir da Base Histrica so extradas informaes baseadas nos indicadores para suportar o

    processo gerencial de melhoria contnua. Portanto, os principais objetivos da utilizao dos

    indicadores propostos so:

    Melhorar a qualidade do processo;Aumentar a produtividade do processo;Melhorar a qualidade;Auxiliar gerentes a planejar e a controlar os projetos;Promover a melhoria contnua do processo.

    Reagir:

    Figura 2:

    A

    1Implantar processo

    de medio

    2Definir indicadores

    4Implantar aes parapromover a melhoria

    contnua dos processos

    3Utilizar dados histricos

    para a gesto da melhoriado processo

    64Revista Fibra e Cincia - N03/Ano2/Junho/2010

  • Para implantar a melhoria contnua no

    processo de desenvolvimento de software,

    indispensvel uma gerncia eficaz dos parmetros

    quantitativos do processo que resultam em

    informaes de controle [Metodologia para

    Melhoria do Processo - Claudia Hazan (5)].

    Portanto, para manter-se um processo de software

    sob controle deve-se instituir um processo de

    medio eficaz, visando a coleta de dados para os

    indicadores, os quais sero utilizados para manter

    o processo sob controle.

    Uma organizao deve identificar quais

    so as maiores reas de riscos e focalizar as

    oportunidades de melhoria para corrigir ou

    minimizar os fatores de risco, dando prioridade s

    melhorias com base nos seguintes fatores

    estratgicos de sucesso, crticos para a organizao

    na perspectiva do negcio: [JONES, 1997].

    Reduo do tempo de entrega para omercado;Reduo dos custos;Melhoria na preciso das estimativas decustos e cronogramas;Uso otimizado de novas tecnologias;Uso eficiente de consultores e contratosde terceirizao.

    A coleta de dados histricos de

    desempenho (cronogramas, custo, qualidade e

    produtividade) deve ser uma das primeiras aes

    dentro do processo de melhoria contnua com a

    finalidade de obter-se uma base de comparao.

    Utilizam-se os dados do processo tanto para

    analis-lo quanto para modific-lo no sentido de

    prevenir problemas e melhorar a eficincia.

    Esses dados histricos daro subsdios

    para a criao de indicadores de desempenho

    financeiro, qualidade e produtividade que

    retratem o desenvolvimento de sistemas de

    informao No esforo de implantao de uma

    nova mentalidade voltada para a qualidade e

    produt iv idade , no admis s ve l o

    desenvolvimento de sistemas atravs de

    'feeling', onde questes como: qual a

    produtividade da rea de informtica, qual a

    capacidade de produo, qual conjunto de

    ferramentas possibilita a maior produtividade,

    quais so os indicadores de qualidade existentes,

    qual caminho devo adotar, desenvolver ou

    comprar um pacote e customiz-lo, so

    simplesmente deixadas de lado ou respondidas

    sem suporte de uma base quantificvel.

    Medies operacionais devem ser

    utilizadas a fim de permitir: a anlise de

    tendncias de determinados indicadores, que

    podem subsidiar aes para reverso ou

    sustentao dessas tendncias; a anlise de

    impactos na introduo de novas tecnologias

    sobre a qualidade e produtividade, que pode

    auxiliar na deciso sobre quais combinaes de

    elementos de tecnologia garantem melhores

    resultados; a anlise de atributos, que permite a

    comparao da qualidade e produtividade entre

    plataformas, metodologias, reas de aplicao,

    habilidades tcnicas de pessoas e assim

    sucessivamente.

    Ao final deste trabalho, conclui-se que a

    proposta aqui apresentada no uma soluo

    definitiva para os problemas de gerenciamento e

    tomada de deciso sobre Administrao de

    ?

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    14. Consideraes Finais

    65Revista Fibra e Cincia - N03/Ano2/Junho/2010

  • P r o j e t o s , m a s q u e e s p e r a p r ovo c a r

    questionamentos e reflexes dos quais outras

    propostas surgiro como complemento deste

    trabalho e outras mais revolucionrias ainda.

    O tema abordado se justifica pelo fato de

    que um grande nmero de empresas ainda no

    valoriza o processo de avaliao de desempenho

    como ferramenta de gesto, de forma que se

    procurou enfatizar os fundamentos para uma

    proposta sistematizada de avaliao de

    desempenho.

    Para termos um resultado eficaz na

    aplicao do processo de avaliao, necessrio

    que todos estejam envolvidos e, principalmente,

    comprometidos, de modo que no se estabelea

    uma perspectiva nica e exclusiva de promoes.

    Na prtica, as organizaes precisam

    alcanar melhores resultados atravs da sintonia

    fina e melhoria de seus processos de avaliao do

    desempenho para saber onde a performance est

    falhando e quais so as razes das eventuais falhas.

    Os superiores no podem mais ser a nica fonte

    de informaes sobre o andamento da empresa,

    necessrio ter mltiplas fontes, isto , diferentes

    vises.

    Dessa forma, faz-se necessria a gesto do

    conhecimento organizacional em gerenciamento

    de projetos por meio da captao, formalizao,

    disseminao de informaes e conhecimento de

    forma estruturada e suportada por recursos

    tecnolgicos. Assim, o aprimoramento dos

    processos deve ser continuamente realizado por

    meio do registro e disseminao do aprendizado

    organizacional, da adoo de melhorias e do

    desenvolvimento do nvel de Maturidade e

    Capacidade Organizacional.

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