12 de abril de 2013

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VEREADOR É AMEAÇADO DE MORTE José Raimundo Tramontini Restam 20 vagas para o Rio de Janeiro Página 8 CLIMA QUENTE NA CÂMARA Deves e Cauduro batem boca no plenário Ex-vereador Eldo chama Jonas de ‘bobinho’ Página 9 ALERTA Tubulação ameaça casa no Bairro Santa Clara Página 7 ESPECIAL Homossexualismo volta a ser polêmica Páginas 16 e 17 Frases ameaçadoras foram escritas com um tijolo na calçada da casa de Jonas Caron (PP), em Muçum. Político registrou o episódio na DP de Encantado. Página 13 ACIDENTE GRAVE Batida de frente deixa dois feridos na RS 129 Pág 19 FUTEBOL Amador de Encantado inicia no domingo Página 21

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Veículo do Grupo Encantado de Comunicação

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VEREADOR ÉAMEAÇADO DE MORTE

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JaneiroPágina 8

CLIMA QUENTE NA CÂMARA

Deves e Cauduro batem boca no

plenário

Ex-vereador Eldo chama

Jonas de ‘bobinho’Página 9

ALERTATubulação

ameaça casa no Bairro Santa

ClaraPágina 7

ESPECIALHomossexualismo

volta a ser polêmica

Páginas 16 e 17

Frases ameaçadoras foram escritas com um tijolo na calçada da casa de

Jonas Caron (PP), em Muçum. Político registrou o episódio na DP de Encantado. Página 13

ACIDENTE GRAVEBatida de frente deixa dois feridos na RS 129 Pág 19

FUTEBOLAmador de

Encantado inicia no domingo

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Maria Cegueta

[email protected]

COLUNA 5JORNAL OPINIÃO n 12 de abril de 2013

Pensando na saúde e bem estar da comunidade, e incentivando a prática de exercícios físicos, admi-nistração Municipal de Encantado e o Grupo Encantado de Comu-nicação, promovem no dia 1º de maio a quinta edição do passeio ciclístico pelas ruas da cidade.

A estrutura do Parque Mul-tiesportivo vai receber os par-ticipantes a partir das 9h, onde ocorre o aquecimento orientado pelos monitores do Programa Viver Bem.

A saída do passeio acontece às 9h20min. O roteiro segue pe-las ruas Monsenhor Scalabrini, Tiradentes, Padre Anchieta e Jú-lio de Castilhos. De acordo com os organizadores da atividade, alguns trechos do percurso vão ser realizados na contramão da via, contando com a segurança da Brigada Militar. No decorrer do passeio, está planejada uma parada para hidratação na Praça Centenário e a realização do sorteio de brindes.

O encerramento da atividade acontece na Praça da Bandeira, com a distribuição de picolés,

mateada e sorteio de tablet, televisão 32’ e diversas bicicle-tas. Conforme a organização do evento, na próxima semana, as escolas vão receber a ficha para inscrição no passeio e sorteio dos brindes. Os cupons preen-chidos podem ser entregues an-tecipadamente na Secretaria Mu-nicipal de Educação e Cultura ou na Rádio Encantado AM. Para os adultos que vão participar do passeio, as inscrições podem ser feitas no dia do evento.

A quinta edição do Passeio Ci-clístico de Encantado conta com o apoio da Câmara de Vereado-res, Brigada Militar e erva-mate Sabadin.

A prática do ciclismo traz be-nefícios para a saúde. Quarenta minutos de pedalada queimam cerca de 300 calorias, fortalece o coração e os pulmões, contribui na regularização dos níveis de pressão arterial, triglicérides e colesterol, trabalham os mús-culos do abdômen e também os dos membros inferiores, como glúteos, panturrilha, quadríceps e parte inferior das costas.

5º Passeio Ciclístico de Encantado acontece em maio

Reunião no Grupo Encantado de Comunicação definiu detalhes do Passeio. Secretária Anapaula Gotardi, tenente Paulo Cezar e coordenador da Rádio Encantado AM, Milton Fernando

Henrique Pedersini

PrejuízoDurante a última semana, o condutor de uma motocicleta trafegava no

sentido Nova Bréscia - Encantado quando foi surpreendido por um buraco no meio da pista. Mesmo tentando desviar, foram danificadas as duas rodas da moto, totalizando um prejuízo de R$ 500,00. Outros motoristas também acabaram entrando no buraco.

Henrique Pedersini

Apae

Esta semana, a convite da Direção da Asso-ciação de Pais e Amigos dos Excepcionais, fui visitar a instituição localizada em Encantado, e fiquei impressionado com a estrutura que encontrei, e quero aproveitar para destacar alguns pontos que acho importante dividir com os leitores deste espaço:

1- Sete profissionais especializados estão à disposição dos alunos da escola, além dos professores e funcionários da instituição;

2- Existe uma lavanderia que se tornou uma das fontes de renda da APAE que, lava em torno de sete mil peças por dia, entre unifor-me, botas, bonés e outras peças das empresas Dália, Quinta do Vale, e Frigovale;

3- Existe todo um trabalho de integração no mercado de trabalho de alunos, através da lavanderia, o que torna uma fonte de renda para alguns, que pode ajudar na renda familiar;

4- Está sendo concluído um auditório para 100 pessoas, em breve será inaugurado;

5- As mães terão um espaço para pode-rem ficar na APAE, sem precisar estar junto do aluno, o que pode ajudar no processo de

desenvolvimento da pessoa;6- Aprendi que quanto mais cedo, a partir

de um mês, as crianças portadoras de síndrome de down chegarem para começar o seu desen-volvimento, melhor será o avanço no futuro.

7- Também aprendi que muitos pais escondem o problema, chamam isto de luto, e nada pode ser feito, e as crianças chegam à instituição com 9, 10, 11 anos, o que dificulta em muito o seu desenvolvimento;

8- Existe uma moderna piscina térmica que está à disposição das crianças na APAE;

9- Poderia falar muito mais, pois tem muita coisa, mas quero aproveitar este espaço para deixar um pedido: visitem a instituição, e saiam de lá com o que eu levei de mais importante, o sorriso no rosto de todos, na sua inocência estão fazendo um mundo bem melhor, e nós que não estamos ao lado deles, não temos a consciência de o quanto eles são especiais.

10- Obrigado pelo convite, valeu cada minuto;

11- Quem colabora mensalmente ou eventualmente, pode ter uma certeza, o seu dinheiro está sendo bem aplicado.

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6 JORNAL OPINIÃO n 12 de abril de 2013 GERAL

Diogo Daroit Fedrizzi

Encantado - O superintendente re-gional do Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (Daer), Hildo Mou-rão, criticou os prefeitos e lideranças re-gionais por insistirem na elaboração do novo projeto de duplicação da rodovia que liga Muçum a Venâncio Aires (RSs 129, 130 e 453). Para o engenheiro, que participou de uma audiência pública na tarde de terça-feira (9) na Câmara de Ve-readores de Encantado, os municípios es-tão colocando dinheiro fora para fazer o estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental de uma obra que vai demorar anos para ficar pronta.

Os primeiros levantamentos têm cus-to estipulado em R$ 150 mil. O projeto to-tal supera os R$ 3 milhões. “É muito mais barato e rápido alargar o acostamento da atual estrutura, que já está pronta”, aler-tou. “A duplicação é bem fácil de aconte-cer, mas do jeito que estão encaminhando é apenas um sonho. Os municípios estão se unindo para ver o impacto ambiental. Não precisa ver nada. Não vai ter impacto, porque só se iria alargar a estrada”.

Num primeiro momento, Mourão su-gere alargar o acostamento e transformar as faixas, hoje de 3m50cm, para 4m50cm de largura. “Ajudaria na ultrapassagem. Pegando um metro de cada acostamento, vai sobrar 1m50cm de cada lado. Prote-geríamos o acostamento com tachões vermelhos e, nessa faixa, haveria a pos-sibilidade de pessoas e ciclistas transita-rem”.

Numa segunda etapa do trabalho, o engenheiro fala em alargar 2m50cm de cada lado. “Assim, iríamos ficar com qua-tro faixas, duas para cada sentido, e um acostamento de dois metros”, explica. “Não seria necessário fazer uma estrada totalmente nova, com canteiro no centro, tipo freeway. É muito mais econômico do que considerar a estrada que existe hoje como um único sentido e construir um

trajeto novo para o sentido contrário. Na minha ideia não precisa fazer ponte nova, as atuais seriam ampliadas. Teríamos uma estrada alargada, em seguida du-plicada, com custo muito menor”, relata Mourão, que lamenta não ser convidado pelas lideranças regionais para debater o assunto.

A ideia ganhou eco entre os participan-tes da reunião. O prefeito de Encantado, Paulo Costi, entende que é importante a participação de Hildo Mourão nos encon-tros regionais. Ele salienta que há mais tempo vem falando em buscar um cami-nho alternativo. “Não que não se deva pensar na duplicação, mas ela necessita de um projeto muito mais amplo. Essa al-ternativa de aproveitar o acostamento é mais viável e mais rápida”, comenta Cos-ti, lembrando os diversos contatos com a concessionária Sulvias para tratar da rótula do Trevo Peteba. “Eu sempre soli-citava um tipo de rótula diferente do que se tem hoje. Sempre nos apresentaram algo sofisticado, que levaria mais tempo, ou que nunca fosse feito, como estamos vendo”.

O vereador Adroaldo Conzatti, que já foi diretor do Daer, também é favorável à sugestão de Mourão. “Várias rodovias feitas com alto custo, se bem pensadas, poderiam ser construídas com menor valor. 95% da rodovia é possível duplicar com muito pouco dinheiro, porque é só aproveitar as áreas que tem acostamen-to. Na hora de pique, quem transita pela estrada, não consegue mais ultrapassar”, destacou.

DUPLICAÇÃO MUÇUM/VENÂNCIO AIRES

Superintendente do Daer sugere projeto mais barato e rápido

Hildo Mourão reuniu-se com prefeitos e vereadores em Encantado nesta semana

* Mourão revelou que as obras de recuperação e sinali-zação das estradas dependem de renovação do contrato de conservação. “Pode levar al-guns meses ainda, espero que seja renovado antes do inver-no”. Ele afirmou que o Daer já realizou trabalho de colocação de placas e pintura em quase todas as estradas. “Gastamos R$ 500 mil em tachões nas curvas da ERS 332”, disse.

* O engenheiro mostrou-se favorável à colocação de quebra-molas nas rodovias. “Lombada eletrônica é defi-ciente. Às vezes força a dimi-nuição da velocidade, às vezes não. Quebra-mola é barato e pega desde o santo até o bandi-do”, disse. Ele sugeriu que os prefeitos interessados em instalar este tipo de redutor devem encaminhar um abaixo-assinado à regional do Daer. Sugeriu ainda que os prefeitos municipalizem os trechos de estradas estaduais próximos à zona urbana, onde há núcleos habitacionais. “A prefeitura as-

sume a responsabilidade desse trecho, pode determinar até a velocidade”, explicou.

* Além do prefeito de Encantado, os gestores de Roca Sales, Doutor Ricardo e Relvado também acompanharam a audiência. Adroaldo Dacro-ce, de Relvado, questionou o engenheiro sobre a conclusão da obra de asfaltamento entre Encantado e Relvado. Conforme Mourão, 68% do trabalho está concluído. “Era para terminar em junho, foi pedido mais quatro meses de prazo. Mas como tem inverno pela frente, acredito que antes do Natal deve estar pronto”.

* Nélio Vuaden, de Roca Sales, fez um apelo para asfal-tar o trecho de sete quilôme-tros entre Roca Sales e Colinas. O prefeito também pediu atenção especial do órgão em relação ao recapeamento do asfalto entre a Polícia Rodovi-ária Estadual e a ponte sobre o Rio Taquari. “Após chuvas esse trecho torna-se basicamente

buracos, interferindo nas con-dições de trafegabilidade dos veículos e na segurança das pessoas”, afirmou. O engenhei-ro afirmou que a previsão é realizar um coscerto no local. “Devemos realizar uma remo-ção profunda do material onde abrem buracos e, depois, fazer um micro asfalto dentro do tre-cho. Isso deve ocorrer dentro do contrato de conservação das estradas”, disse.

* O superintendente do Daer criticou a colocação de flores e o excesso de terra nos canteiros das rodovias, que segundo ele, atrapalham a visibi-lidade dos motoristas. “Estrada não é jardim. Todo defundo fresco gosta de flores. Nossas estradas não precisam de flores, precisam estar seguras”.

* Mourão alfinetou os engenheiros recém-formados, com cursos de pós-graduação. “Deveriam ficar uns cinco anos vendo como se faz estrada depois de se formar. Eles só têm a teoria”.

“O Daer permite fazer quebra-mola. A Sulvias vai

dizer que não está no contra-to nem tem orçamento”,

HILDO MOuRãO

Mourão (primeiro à direita) quer participar dos debates sobre a duplicação

OUTROS MOMENTOS DA AUDIêNCIA

Diogo Daroit Fedrizzi

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7JORNAL OPINIÃO n 12 de abril de 2013ENCANTADO

Diogo Daroit Fedrizzi

Encantado - A casa de Álvaro Paulo Zotti e Marta Tischer pode cair. O alerta foi feito pelo Corpo de Bombeiros de Encanta-do no dia 26 de outubro 2008, após socor-rer a família de uma inundação, no terreno dos fundos, que por pouco não invadiu a residência localizada na Rua Barão do Rio Branco, 105, no Bairro Santa Clara.

A precária tubulação que sai da RS 129, nas proximidades do acesso à As-sociação Baldo, e atravessa o subsolo da sala e da cozinha, numa extensão de 30 metros, se rompeu com a força da água, largando lama, pedras e lixo no pátio. Na-quele dia choveu muito.

Há cinco anos, o casal convive com o medo de uma tragédia. Até hoje vem procurando ajuda para solucionar o pro-blema que, nesse caso, seria desviar a canalização. Porém, o descaso e o jogo de empurra empurra das autoridades res-ponsáveis se arrastam desde o governo de Agostinho José Orsolin até os últimos anos de mandato de Paulo Costi.

O apelo chegou também à Concessio-nária Sulvias, que administra a rodovia pedagiada, ao Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem (Daer), à Câmara de Vereadores, e, mais recentemente, ao Ministério Público e à Delegacia de Polí-cia. Ao longo desse tempo, Álvaro e Marta convivem com promessas, respostas eva-sivas e transferência de responsabilida-des. “A nossa vida está aqui, não sabemos mais a quem apelar. Será que vai ser pre-ciso minha casa vir abaixo para alguém se sensibilizar?”, questiona a mulher, lembrando o episódio do ano passado, quando uma casa caiu no Rio Taquari no Bairro Lajeadinho.

Marta tem todas as cenas dessa novela anotadas em folhas de caderno e dezenas de imagens das inundações e dos remen-dos no tubo arquivadas no computador. um verdadeiro dossiê.

Ela lembra que em uma das primei-ras vistorias da Sulvias, um funcionário da concessionária chegou a chamar o marido de otário por ter comprado o terreno nes-sas condições. “Mas nin-guém nos avisou que os tubos passavam por aqui. Adquirimos o terreno na imobiliária, a prefeitura deu habite-se, a Caixa li-berou o financiamento. Três engenheiros nos de-ram aval para construir a casa. Estava tudo libera-do. Quando os operários começaram a preparar a fundação, encontraram o tubo. Ficamos apavora-dos”, relata.

uma ação judicial che-gou a ser iniciada contra

a administração municipal, a Sulvias e o Daer. A juíza determinou que fossem fei-tos reparos emergenciais, mas como não foram cumpridos, gerou uma multa para a prefeitura. A mulher conta que em vários momentos, prefeito, vice, secretários, ve-readores, funcionários do Daer e da Sul-vias, estiveram no local. Alguns consertos foram feitos nas emendas dos canos, mas sempre se romperam na primeira chuva forte. Há poucos dias, uma grade foi colo-cada na boca do tubo, por recomendação da juíza, para impedir a passagem de en-tulhos.

“Todos estão a par da situação, reco-nhecem que é um caso grave e prometem resolver o problema. O Daer até se propôs a fazer um acordo com a prefeitura, disse que a melhor saída seria a de dividir a tu-bulação pela margem da rodovia. Todos sempre nos dizem que vão elaborar o pro-jeto, resolver o problema na semana que vem, no mês que vem, e até agora nada”, desabafa. “Meu marido até se dispôs a bancar a obra, mas não liberam o projeto. Sempre procuramos o diálogo, tentamos uns mil acordos, mas não querem resolver, nada dá. Antes dava, agora não dá mais”.

No começo desta semana, Marta pro-curou o Ministério Público, pouco foi ou-vida. Esteve na Delegacia de Polícia para fazer um boletim de ocorrência e a res-posta foi que não adiantaria de nada.

Agora, a preocupação da família au-menta com a construção de um lotea-mento às margens da rodovia. A canaliza-ção da água e do esgoto será direcionada para a tubulação que atravessa o terreno. “Imaginem, o que nos espera! O prefeito Paulo disse que o loteamento não seria li-berado antes de resolver o problema. Mas os terrenos já estão à venda”, revela.

Tubulação atravessa terreno e ameaça casa no Bairro Santa Clara

Há cinco anos, família batalha por ajuda das autoridades e órgãos responsáveis. Até agora, nada de solução

Fotos: Diogo Daroit Fedrizzi

Marta apela para o protesto em busca de ajuda. A pedido da juíza, grade foi colocada no início da tubulação, às margens da RS 129, para evitar passagem de entulho

Tubo arrebentou e água invadiu o pátio da casa Tubulação, que desce pela RS 129 e passa pela casa, já foi remendada várias vezes

“A nossa vida está aqui, não sabemos mais a quem apelar.

Será que vai ser preciso minha casa vir abaixo para alguém se

sensibilizar?”Marta Tischer

Arquivo pessoal

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JORNAL OPINIÃO n 12 de abril de 20138

Restam 20 vagas para o Rio de Janeiro

Diogo Daroit Fedrizzi

Boletins da Jornada na Rádio Encantado AMsegundas, quartas e sextas - 8h30min e 18h30min

Rua Duque de Caxias, 1103, Encantado

Telefone 3751-3748

Matrículasabertas

A coordenadora da Juventude Cristã Muçunense, Anelise Torriani, também estará na Jornada Mundial da Juventude, que acontece de 23 a 28 de julho, no Rio de Janeiro. Ela é uma das organizadoras da excursão que levará os jovens da região para o encontro.

Ainda restam 20 vagas para lotar o ônibus. Até agora, os inscritos re-presentam as cidades de Encanta-do, Muçum, Anta Gorda, Bento Gon-çalves e Vila Flores. Os interessados podem entrar em contato com as Paróquias de Muçum (3755-1269) e Encantado (3751-1127). O valor da inscrição é de R$ 608,00. As des-pesas com transporte devem ficar em R$ 350,00.

Anelise explica que as despe-sas com alimentação, alojamento e transporte, no Rio de Janeiro, estão incluídas no custo da inscrição. A viagem está prevista para iniciar no dia 19 de julho e a chegada dia 21. “As despesas desses dois dias que estaremos no Rio antes da JMJ ficam por conta de cada um”, esclarece.

A jovem revela que a expecta-

tiva para a Jornada é a melhor pos-sível. Ela já teve uma experiência internacional no Genfest 2012, que aconteceu em Budapeste, na Hun-gria. O movimento organizado pela Igreja Católica reuniu 12 mil jovens e contou com a participação do Papa Bento XVI. “Nesses encontros con-seguimos manter contato com pes-

soas de diversos países e culturas. Descobrimos que a as dificuldades que passamos, os jovens do mundo inteiro estão passando”, comenta. “Para aqueles que nunca foram a um evento desse tipo, a ansiedade pre-domina. Ter a possibilidade de ver o novo papa, nosso vizinho, é uma alegria”.

Anelise esteve em Budapeste no ano passado

“O maior desafio do Rio”A três meses da JMJ, o Rio de Janeiro começa a se preparar

para receber o Papa e os 2,5 milhões de fiéis, que prometem lotar a Praia de Copacabana e o campo de Guaratiba à espera da benção do novo pontífice. Conforme o site G1, a Rio Eventos, empresa da prefeitura responsável por cuidar dos grandes eventos que a cidade vai sediar, admite que transtornos vão acontecer e considera a realização da JMJ o maior desafio da ci-dade, superando até mesmo a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

Para a prefeitura, o maior desafio será a mobilidade dos jovens até as atividades. “Estamos num processo de revitali-zação e de muitas obras pela cidade. O perfil dos peregrinos e a cultura da Jornada é de caminhada, mas ainda assim vamos ter que trabalhar em regime especial. A prefeitura, o estado e o governo federal vão trabalhar juntos. A exemplo de Madri, que parou para receber a Jornada, o Rio vai parar também. Vamos identificar os corredores em que temos que empenhar os nos-sos esforços”, comenta Maciel.

MegaestruturaOs números da Jornada Mundial da Juventude, que aconte-

ce de 23 a 28 de julho, são grandiosos. um palco de 110 metros de comprimento vai ser construído no terreno de 3,5 milhões de metros quadrados, em Guaratiba, na Zona Oeste. Para dar conta de todo o trabalho, 60 mil voluntários de 150 países foram selecionados.

Palcos com atividades culturais vão ser espalhados pela cidade. Na Vigília e Missa de Envio, atos que contarão com a presença do Papa, em Guaratiba, na Zona Oeste, os peregri-nos vão andar cerca de 13 km até chegar ao Campus Fidei. O terreno será dividido em 37 lotes, com 50 mil pessoas cada um. Cerca de 1,5 milhão de hóstias serão produzidas para todas as celebrações.

Arquivo pessoal

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9JORNAL OPINIÃO n 12 de abril de 2013notícias da

Acompanhe às sessõesTerças-feiras, às 18h Deves e Cauduro travam

primeiro bate-boca do ano

Diogo Daroit Fedrizzi

Encantado - O primei-ro bate-boca de 2013 na Câmara de Vereadores de Encantado envolveu os vereadores Celso Cauduro (PMDB) e Marcelo Deves (PT). Na tribuna, o pee-medebista referiu-se a um pedido de informação en-caminhado pelo petista no dia 11 de março.

No texto, Deves ques-tionava o Executivo sobre o Programa de Planejamen-to Familiar (Paternidade Consciente) desenvolvido pela Secretaria Municipal da Saúde, em parceria com a Câmara, em 2011, e se a Secretaria havia atendido algum pedido para fertili-zação humana e quais eram as famílias beneficiadas.

Cauduro se irritou e, mesmo sem citar nomes,

desabafou. “A pessoa que foi contemplada com a ajuda de R$ 3 mil foi mi-nha esposa. Fomos a úni-ca família atendida. Ela sofre de trombofilia fator 5, abortou várias vezes. O tratamento custava R$ 18 mil. Para um pintor como é meu caso, é muito salga-do”, justificou.

Ele afirmou que na época não tinha sigla par-tidária, nem pretensão política. “Pelo amor de Deus, essa pessoa que fez o pedido de providências teria que ter mais amor ao próximo”.

Petista reageDeves pediu espaço

para falar, mas o pedido foi negado pelo colega. Os dois se exaltaram e come-çaram a falar ao mesmo tempo. O presidente Jonas Calvi interveio e concedeu os dois minutos para o pe-

tista se manifestar, como prevê acordo estabelecido entre os vereadores. “Mes-mo sem citar o nome do Marcelo, todos sabemos que o senhor está se diri-gindo a ele”, argumentou Jonas.

Marcelo Deves alegou que fez o pedido para res-saltar as ações da Secreta-ria de Saúde. “Em momen-to algum foi direcionado ao senhor. Foi para mos-trar que foi feito alguma coisa. Em todas as sessões o senhor traz pedidos de remédios. A função do ve-reador não é pedir Dipiro-na (medicamento). Agora, se o senhor tornou público este fato, agradeça a admi-nistração pelo menos uma vez”, rebateu.

“Eu não tenho medo de ninguém, não adianta colocar escudo na Secre-taria de Saúde”, encerrou Cauduro.

Ex-vereador Eldo chama Jonas de ‘bobinho’O clima ficou tenso até no

final da sessão. Na tribuna, Jonas Calvi disse que, por várias vezes, teve vergonha de fazer parte da legislatura passada. “Essa Câmara mudou muito. Os discursos mudaram. Assumi como presidente e tive que exonerar todos os funcionários, os contratos terceirizados, as assessorias. Pedi ao ex-presidente Eldo (Orlandini) exonerar, mas ele não quis”, disse. De imediato, Eldo, que assistia à reunião da plateia, ficou revoltado, se levantou e pediu direito de resposta. “Você é um bobinho, Jonas”, falou. O ex-vereador disse estar consciente de que fez um bom trabalho à frente do Legislativo. “O Tribunal de Contas realizou a inspeção e não fez nenhum apontamento”, revelou Eldo.

Desde o início do ano, a bancada de situação vem solicitando à Mesa Diretora esclarecimentos sobre os gastos da Câmara nos últimos anos, principalmente, nos períodos em que Cláudio Roberto da Silva e Everaldo Delazeri estavam na presidência. Na terça-feira (9), foi apresentada respos-ta sobre os custos com assessoria ju-rídica. Marcelo Deves (PT) estranhou o valor das despesas com o escritório de advocacia Rodrigues e Garcia. Em 2009 fora pagos R$ 42 mil e, em 2010, R$ 47 mil. “Houve demanda para a contratação desses serviços? De onde é esse escritório?”, perguntou Deves.

A sequência de questionamentos repercutiu na oposição. Na tribuna, o lí-der do PMDB, Cláudio Roberto da Silva, disse que dança conforme a música. “Se a proposta for de construir junto, olhar para frente, sou parceiro. Se a ideia for de denegrir a imagem dos adversários, como estou percebendo, me serve também. Qualquer prazer me diverte. Podemos olhar para frente, como pode-mos olhar para trás”, afirmou.

O peemedebista citou diversas situ-ações polêmicas que movimentaram a política encantadense nos últimos anos. “Podemos falar das circunstân-cias que se deram a compra do moinho da Barra do Guaporé, da auditoria em 2005 no Hospital Santa Teresinha, que gerou a demissão do administrador, das pessoas beneficiadas na última semana de campanha, do telhado da Câmara, das diárias, do nepotismo, do voluntariado, da casa do artesão,

dos professores que tem 40 horas no município e 20 horas no Estado. O campo é vasto, a gente abre a caixa de pandora e deixa acontecer o que tem que acontecer”, comentou.

O líder do governo, Luciano Mores-co (PT) afirmou que a função do verea-dor é ser o mais transparente possível. “Não temos o direito de esconder as coisas das pessoas. use o seu direito de vereador e faça todas as denúncias que têm que fazer. Só peço que as faça com responsabilidade”, disse o petista ao colega Cláudio. “A impressão que dá é o que o senhor determina quando a briga começa e quando termina”.

O presidente Jonas Calvi (PTB) rechaçou a possibilidade de ser intimi-dado pelas declarações de Cláudio. “As pessoas podem pensar que estão nos propondo um acordo de compadres. Nossa função é outra. Pau que bate em Chico, bate em Francisco”, comentou.

Curtas* Na próxima teça-feira (16), às 16h, a Comissão Externa da uTI realiza a primeira reunião.* Apenas um projeto foi apro-vado na sessão desta semana. A matéria garante R$ 14,5 mil para a Liga Encantadense de Futebol Amador organizar o campeonato que começa neste domingo (14).* Celso Cauduro (PMDB) encaminhou mais pedidos de providências, entre eles, a substituição das lâmpadas e verificação da iluminação pú-blica nas imediações da Sede Campestre da Cosuel, no Bairro Lambari. “Sou o vereador das causas pequenas”, afirmou.* A oposição encaminhou um pedido de Informação ao governo questionando se foi gravado o DVD/CD da edição de 2011 do Canto da Lagoa.

Desentendimento entre o presidente Jonas Calvi e o ex-vereador Eldo Orlandini também marcou a reunião

Celso Cauduro (PMDB) e Marcelo Deves (PT)

“Eu danço conforme a música”, diz Cláudio

Fotos: Diogo Daroit Fedrizzi

Maus-tratosGustavo Scatola (PMDB) sugeriu

ao Executivo a elaboração de um Projeto de Lei que estabeleça multa para maus-tratos a animais e sanções administrativas a quem os praticar. “O município terá prazo de um ano para providenciar um abrigo para os ani-mais abandonados ou firmar e ampliar convênios com instituições, ONGs e As-sociações protetoras de animais, além de proceder a castração e campanhas para doação dos animais”, acrescentou o peemedebista.

Remodelação de praçasSandra Vian (PP) parabenizou a

Liga Feminina de Combate ao Câncer pelo jantar e palestra com o médico Fernando Lucchese. Ela falou também do trabalho que vem desenvolvendo com as secretarias de Obras e Meio Ambiente na remodelação de praças e

canteiros de Encantado. Sandra citou o exemplo da Praça do Imigran-te e dos canteiros na Rua Padre Anchieta, na subida da Igreja Matriz.

Fiscalização no Trevo do RizziWaldir Grooders (PTB) chamou

a atenção dos motoristas que usam a pista contrária para desviar a lombada eletrônica na RS 129, no Trevo do Rizzi. “Sugiro instalar a fiscalização nos dois sentidos”, disse. O petebista também pediu melhorias no acesso à sede Cam-pestre do Baldo e uma sintonia melhor entre a Corsan e a prefeitura sobre os trabalhos realizados. “Em alguns casos,

não sabemos para quem telefonar”.

SuinofestAdroaldo Conzatti (PSDB) pediu agi-

lidade da administração na preparação do Parque João Batista Marchese para a Suinofest. Ele criticou a condição dos pavilhões. “Aprovamos recursos para algumas melhorias e nada foi feito até agora. Daqui a 60 dias teremos a festa. É preciso mais determinação para fazer. Vamos nos animar”, cobrou. O tucano pediu também rapidez na recuperação do britador. Segundo ele, o equipamento está parado há seis meses aguardando o conserto de uma peça. “Se cada máquina que quebra demorarmos meio ano para arrumar, o mandato vai passar rápido. E como ficam as estradas?”. Conzatti re-velou que interveio na continuidade das atividades da Frigovale em Encantado e negociou a vinda de empresários de Dois Irmãos para garantir o funcionamento da empresa.

Sandra Vian

Cláudio Roberto da Silva

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10 JORNAL OPINIÃO n 12 de abril de 2013 ENTREVISTA

Jornal Opinião - Que mensagem o se-nhor procura transmitir nas palestras?

Fernando Lucchese - Tento passar uma mensagem de otimismo, estímulo, de impulso a todos. Enfocando na felicidade, na perspec-tiva da espiritualidade como apoio à felicida-de. Saúde, espiritualidade, vida longa, todos os aspectos que mobilizam as pessoas. O estilo de vida como mobilizador da felicidade e da longevidade.

JO - O senhor costuma diferenciar ‘esti-lo de vida’ de ‘qualidade de vida’...

Lucchese - Estilo de vida não se deve confundir com qualidade de vida. Qualidade de vida é uma situação mais de conforto. um sujeito que tem boa qualidade de vida tem conforto, tem automóvel, tem casa. Isso é qualidade de vida, não é saúde. Muitas vezes, o sujeito compra um automóvel, caminha muito menos e termina sendo sedentário, tendo outros problemas de saúde. Estilo de vida é uma situação de vida pessoal organi-zada, vida familiar organizada, vida financei-ra, profissão prazerosa, lazer, alimentação organizada e vida espiritual organizada, principalmente. Então, esse conjunto de coisas é que chamamos de estilo de vida. Tenho uma equação para isso: estilo de vida é igual à saúde. Todo mundo que tem esses territórios organizados, tem boa saúde. Isso é a própria felicidade. A felicidade não é um porto de chegada. Você ser feliz um dia, quando tiver tal coisa. Não. Quem espera ser feliz um dia, não vai ser feliz nunca. Tem que ser feliz no transcurso da viagem. Felicidade é a viagem, não é o porto de chegada. E isso leva a longevidade. Então, a minha equação é estilo de vida igual à saúde, que é igual à felicidade, que leva à longevidade. É uma equação que não tem erro. Quem leva isso a sério, termina sendo mais saudável, mais feliz e vive mais.

JO - Pela experiência que o senhor tem, para as pessoas resolverem esta equação é muito difícil?

Lucchese - Há momentos da vida que são paradigmas. Às vezes é o nascimento do filho ou do neto. Às vezes é o primeiro infarto, infelizmente. Às vezes é um pro-blema grave de saúde, ou um problema financeiro, a falência. Esses momentos todos são paradigmas que fazem a pessoa repen-sar sua vida. Essa é a forma mais fácil de se converter para uma vida saudável. Agora, existe uma forma mais difícil, que é aquela de construir no dia a dia essa mudança. Por convicção se convencer e construir no dia a dia. Mudar um pouco por dia e realmente procurar ter vida saudável, um estilo de vida adequado e procurar ser mais feliz. Eu digo mais difícil porque ela não é gerada no

impacto. O impacto, muitas vezes, é suficiente para fazer o sujeito repensar. Ele corre o risco de morte e ele pensa ‘não, minha vida daqui para frente vai ser diferente’. Costumo dizer que a forma mais fácil de parar de fumar é o primeiro infarto. Quando o sujeito está na uTI, é o lugar em que se para de fumar mais facilmente. Mas aí a porta já está arrombada. isso é muito ruim. O caminho é prepararmos todo o dia uma vida mais saudável, mais feliz e mais longa. Isso é uma busca diária. Quando nos convencermos que isso é importante, cer-tamente ali é o momento de virada. Quando a gente se convence que pode melhorar, que

pode incorporar na vida uma alimentação saudável, um exercício. E muitas vezes pode incorporar na vida uma mudança maior. Abandonar coisas que lhe causem problema, abandonar o sofrimento. Sofrimento faz parte do ser humano. Mas não fomos criados para o sofrimento. Vamos incorporando sofrimento ao longo da vida. A criança que nasce chora de frio e de fome. Mas atendidas suas necessi-dades ela sorri. Então, o sofrimento vem com a vida, quando a gente começa a colocar para dentro da gente as mazelas, as dificuldades, as derrotas, os insucessos. Isso tudo termina sendo um entulho que a gente vai carregando

ao longo da vida. E ele é muito pesado, como se fosse uma mochila cheia de pedras, com duas ou três pepitas de ouro dentro. Então, o melhor é desembarcar as pedras e ficar só com as pepitas de ouro, que são os momentos felizes, sem sofrimento. Vencer o sofrimento faz parte da luta diária do ser humano. Isso é uma coisa importante. Cada um deve se perguntar: o que me causa sofrimento? Meu emprego? Mudo de emprego? Vou aprender a fazer outra coisa? Vou me qualificar? É meu problema financeiro? Vamos viver dentro do orçamento? Não vamos gastar mais do que se pode? Vamos trabalhar, nos qualificar para ganhar mais? Então, é buscar soluções que resolvam o sofrimento, isso é fundamental em nossa vida.

JO - Esse conjunto de ações para ter um bom estilo de vida reflete em nosso coração?

Lucchese - O coração é o órgão mais sensível. Ele é um fraco, na realidade, mas se mostra como forte. Porque se tu juntares o esforço que o coração faz ao longo da vida, daria para carregar uma jamanta de 20 tone-ladas do nível do mar até o cume do Everest, oito mil metros de altura. Ele é fraco porque é agredido pelo estresse, pela alimentação, pela competição patológica: dois indivídu-os trabalhando num mesmo projeto e se degladiando diuturnamente, com invejas. Eles morrem mais cedo, estão encurtando a vida, porque o coração não aguenta isso. Isso realmente é o grande problema que vivemos hoje. Estamos vivendo um momento em que já aprendemos sobre isso. Não sabíamos sobre isso. O século 20 foi nefasto para nós. Porque nos ensinou como morremos, mas não nos deu a solução. No século 20, apren-demos sobre infarto, sobre estresse, sobre AVC, sobre câncer. As três causas principais de morte são infarto, AVC e câncer. Isso dá 75%, 80% das mortes. Agora, no século 21 o ser humano se deu conta que tinha pisado nesse laço, tirou o pé do laço e está querendo viver mais. Vemos uma transformação na ati-tude humana. Hoje as pessoas já não entram facilmente em empregos com muito desgas-te. A medicina, por exemplo, as pessoas não aceitam fazer residência médica em especia-lidades complicadas, que têm que trabalhar de noite, com um monte de problemas. Pediatria hoje, por exemplo, a busca por resi-dência é muito baixa. Cirurgia cardíaca, coisa pesada, a busca é baixíssima. Isso tudo está mostrando que estamos, nós seres humanos, mudando nossa atitude em função da vida. O século 20 nos mostrou que essa competição patológica é absolutamente perigosa para a vida humana. Estamos mudando, nos tornan-do cada vez mais seguros da nossa atuação de indivíduos saudáveis. Temos que traba-

O cardiologista Fernando Lucchese esteve pela primeira vez em Encantado na sexta-feira (5). Ele palestrou para 600 pessoas que lotaram o Clube Comercial no Jantar da Liga Feminina de Combate ao Câncer. “Tenho parentes na cidade, a família Pretto. Reencontrei

muitos amigos, muitos pacientes que foram operados por mim”. Ainda no consultório em Porto Alegre, por telefone, minutos antes de se deslocar até Encantado, Lucchese conversou com a reportagem do Grupo Encantado de Comunicação.

80% das mortes são de infarto, AVC e câncer

Dr. LUCCHESE

Diogo Daroit Fedrizzi

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11JORNAL OPINIÃO n 12 de abril de 2013ENTREVISTAlhar por sermos saudáveis, isso é importante.

JO - Em algum momen-to de sua vida, o senhor precisou mudar?

Lucchese - Ah, sim. Acho que todos nós precisamos mudar. Como toda minha geração, no início da vida, eu fumei. Todos fumávamos, era bonito, engraçado, estimu-lante. Todos fumávamos até os 25 anos. E nunca mais colocar um cigarro na boca foi um marco importante. Te-mos tantas outras mudanças que tivemos que fazer. Por exemplo, a própria mudan-ça da espiritualidade. Nós, muito frequentemente como jovens, não valorizamos. E lá pelas tantas começamos a perceber, e eu como médico percebo muito mais, a impor-tância da espiritualidade no auxílio à cura dos pacientes. Estamos indo bem, progre-dindo nessas mudanças. Gra-ças a Deus, minhas mudanças não foram fruto de doenças, foram fruto de observação. Todos nós temos oportu-nidades de ter esses avisos e propiciar mudanças. E a mulher tem mais essa visão. Ela é responsável pela so-breviência da raça humana, já na caverna ela vivia mais do que o homem. E com isso, esses anos fizeram diferença importante, porque permi-tiram que a humanidade sobrevivesse. A mulher tem esse conceito de preservação, de vida saudável. O homem tem muito mais dificuldade. Até brinco que se o homem não tivesse ousadia, ele não sairia de dentro da caverna para buscar alimento. E a família teria morrido. Porque o homem tinha que ser desprendido, enfrentar os animais terríveis da época, e muitas vezes não sobreviver nesse confronto. Estamos vivendo um momento que a mulher assume um papel mais importante na socieda-de, ela está crescendo, temos uma presidente da Repú-blica, mulheres envolvidas em inúmeras tarefas antes exclusivas dos homens, e elas fazem muito bem o que assumem. Vamos ter gran-des momentos em relação ao futuro dessa combinação homem/mulher dirigindo a humanidade.

JO - O senhor falou de infarto, AVC e câncer. As doenças do coração conti-nuam em primeiro lugar no ranking de problemas sofridos pela humanida-de?

Lucchese - A doença cardíaca ainda é a doença número um no mundo. Mas a grande surpresa é que a depressão, segundo a Organização Mundial da Saúde, vai ser em seguida a segunda doença. Eles con-sideram que até o ano 2025 depressão já será a segunda. Se somar doença cardio-

cérebro-vascular, aí temos doença cardíaca e cerebral (Acidente Vascular Cere-bral), aí as coisas aumentam, vamos para mais de 50% das mortes. A doença cardíaca sozinha representa 35% das mortes. Se somar cardio-cé-rebro-vascular vamos a mais de 50%. No Brasil, com sur-presa, a gente vê que o AVC mata mais que o infarto. É uma peculiaridade brasileira. Talvez tenha evoluído mais a prevenção cardiovascular e menos a prevenção do AVC. A gente espera que agora seja o século do cérebro, que se tra-balhe mais sobre a prevenção de doenças cerebrais. Então, se somar coração, cérebro e câncer, aí vamos quase a 80% das mortes. Restando os traumas, acidentes, doenças mais raras. Então, toda a pre-venção tem que ser dedicada ao coração, ao cérebro e ao câncer. Coincidentemente, a prevenção dessas três áreas é igual. O que comemos, o que bebemos, o exercício que não fazemos, a genética, o nosso estresse, o fumo. Tudo isso provoca doenças dos três níveis: coração, cérebro e câncer.

JO - E como o senhor avalia essa situação, que às vezes nos assusta, de pessoas tão jovens enfren-tando essas doenças?

Lucchese - É, a juventude hoje está exposta à compe-tição, talvez tanto quanto a idade adulta. Vejam a disputa pela universidade e a disputa por uma vida saudável. Por exemplo, o jovem ficar fora da droga, hoje, ele tem que ser muito forte. Os apelos são tantos que ele termina sendo levado às drogas quase que empurrado pelos amigos, pe-los colegas. Então, realmente, nós necessitamos apoiar nos-sos jovens para que possam ter uma perspectiva de vida mais tranquila, sem esses desafios que temos diaria-mente. É muito desafio. Acho que deveríamos começar a

pensar em facilitar a vida de nossos jovens. Já tem algu-mas coisa como entrada na universidade, mas mesmo as-sim nossos jovens são muito procurados do ponto de vista de desafios como drogas. Temos que proteger nossos jovens. As famílias hoje são a grande solução para a maior parte dos problemas que estão surgindo. Em famílias bem constituídas, a droga tem mais dificuldade de entrar. E isso é simplesmente uma das áreas que a gente poderia atuar.

JO - Qual tem sido a evolução da medicina nos últimos anos na área da cardiologia?

Lucchese - A cardiologia deu um pulo fantástico. Cos-tumo dizer que a cardiologia está 40 anos à frente da neurologia. A cardiologia hoje corrige praticamente todos os problemas, ou com cirurgia ou por catéter. Por exemplo, os casos mais graves, fazemos transplante de coração com sucesso, e há muitos anos com índice de sucesso bem alto. Do ponto de vista de catéter hoje, em Porto Alegre, temos uma experiência muito boa com o SAMu, que nos traz os infartados. E quando chegam aqui, chegam com menos de uma hora de infarto, e simplesmente é colocado um catéter, aberta a coroná-ria, colocado um estender, e o paciente sai da sala de procedimento sem infarto. Tu interrompe o infarto. Isso foi um avanço fantástico, isso se chama angioplastia pri-mária. Porque é o primeiro procedimento, nem se leva o paciente para a uTI, ele vai direto para a sala de cate-terismo, e de lá já sai sem o infarto. Houve uma mudança muito grande na cardiologia. Hoje é uma especialidade de ponta na tecnologia. Estamos enveredando por caminhos ainda mais complexos. Agora estou terminando de instalar

na Santa Casa, no meu bloco cirúrgico do Hospital São Francisco, um equipamento que faz ao mesmo tempo, cirurgia com bisturi e cirur-gia por catéter, associando bisturi ao catéter. Isso se chama cirurgia híbrida. O bloco cirúrgico da cardiolo-gia está mudando também. usa a radiologia como apoio, usa vídeo-cirurgia como apoio. O diagnóstico melho-rou muito, os medicamentos melhoraram muito. Hoje, hipertensão se trata com um comprimido por dia. Quando o sujeito é muito limitado pela hipertensão e precisa até quatro medicamentos, já está surgindo uma forma de tratar por catéter, fazendo uma desnervação dos rins, sem necessidade de abrir. Já começa a ter sucesso nessa área também. Estamos num avanço fantástico.

JO - Em cima desses avanços na cardiologia, mas ainda com a preocupa-ção do câncer e da depres-são, o senhor acredita que a nossa expectativa vai continuar aumentando?

Lucchese - Sim. Dentro dos limites de órgãos. Por exemplo, temos hoje pacien-tes com 94 anos, quase 70% deles já têm algum grau de alzheimer. Então, a grande maioria desenvolve alzeimer depois dos 90 anos. Mas isso aos poucos vai sendo corrigido. O alzheimer, essa degeneração cerebral, ainda não se tem nenhuma conclusão positiva sobre ela. Não se conhece a causa, nem o tratamento. Mas daqui a pouco se encontra e aí vamos prolongar a vida do cérebro. Já temos hoje no Brasil uma perspectiva de vida de 75 anos. Quem nasce hoje, certamente, vai viver em torno de 84, 85 anos, em média. Mas para ter essa média vamos ter muitos indivíduos centenários, com mais de 100 anos, até 105, 108 anos. Não existe uma

data final para o ser humano, de quanto ele pode sobrevi-ver. A pessoa que viveu mais tempo foi uma francesa que morreu com 123 anos. Foi o único caso de registro. Mas está se vendo o aumento da escalada da longevidade. A nossa geração já vai assistir a algumas mudanças. Nos próximos anos, não tenho dúvida que vamos ter um número de centenários cada vez maior. Hoje, uma universidade dos Estados unidos calcula em torno de 350 mil pessoas vivendo com mais de 100 anos no mundo. É bastante. Só no Japão são mais de 30 mil, que é um país muito longêvo. Mas existem outras áreas longêvas, Medi-terrâneo por exemplo. Acho que nossos filhos que estão nascendo agora vão realmen-te viver muito.

JO - E esse seu talento para a literatura, como despertou isso?

Lucchese - Na realidade, antes de fazer medicina, eu pensava em fazer o Instituto Rio Branco de Diplomacia. Eu me dediquei ao estudo de várias línguas, eu falo várias línguas. Com isso, lá pelas tantas, estava completamen-te envolvido com essa histó-ria de línguas e literatura que o Rio Branco estabelece. Mas no cursinho pré-vestibular ao Rio Branco, numa aula de biologia, eu fiquei conhe-cendo a circulação extracor-pórea, que é essa forma de operar dentro do coração, com o coração sem sangue. É desviar o sangue para poder corrigir os defeitos dentro do coração. Fiquei tão encantado com aquilo que resolvi mudar para medicina. Vim de uma área literária antes, terminei na medici-na e lá pelas tantas me dei conta que poderia usar esses talentos para levar comuni-cação para a sociedade, levar informação para a sociedade. Isso redundou em 16 livros escritos para o público leigo,

mais quatro livros médicos. Tenho mais de dois milhões de livros vendidos. Isso foi uma sequência quase que natural na minha vida. Estou muito satisfeito em poder, nessa fase da vida, me comu-nicar com os pacientes e com as outras pessoas através da literatura.

JO - O livro “Pílulas para viver melhor” foi uma obra fantástica, vendeu milhares de exemplares. Certamente muitas pessoas tiveram acesso e usam essas orien-tações para sua vida...

Lucchese - E tem mais 15 iguais a esse: ‘Desembar-cando o Colesterol, Desem-barcando o diabetes, Pílulas para prolongar a juventude, Comer bem sem culpa, que fiz com o Anônimos Gour-met e com o chargista Iotti. Tem uma série de livros que caíram muito ao gosto do público e que transmitem informações sobre saúde.

JO - Dessas pílulas todas, qual é aquela que o senhor leva para seu dia a dia?

Lucchese - ‘O único compromisso do ser humano com a vida é a busca da felicidade’. Não existe outro. Temos que passar o dia todo batalhando para chegar mais perto dela.

JO - A rotina continua corrida?

Lucchese - Olha, con-tinuo trabalhando muito. Tenho 65 anos. Opero de manhã, dirijo o Hospital da Santa Casa, que é o Hospital São Francisco, e todas as tardes atendo no consultório até de noite. E ainda escrevo, faço conferências, palestras, trabalho em pesquisa na mi-nha área de cirurgia cardíaca, tenho mais de 300 trabalhos publicados. Tem toda minha atividade médica paralela a essa atividade de escrever livros e fazer palestras, que é quase lúdica para mim, é quase uma diversão.

“Como toda minha geração, no início da vida, eu fumei. Todos fumávamos, era bonito, engraçado, estimulante. E nunca mais colocar um cigarro na

boca foi um marco importante”, FERNANDO LUCCHESE

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JORNAL OPINIÃO n 12 de abril de 2013 GERAL12

Encantado - O prédio da Comercial Motopeças e Serviços, antiga Mopese, construído na década de 60, começou a ser derrubado nesta semana. No lugar, será construído um prédio comercial, de cinco andares. Quatro empresários de Encantado estão envolvidos no negócio.

Brasília - O coorde-nador geral do Salão de Turismo dos Vales (Turis-vales), Rafael Fontana, e o vice-presidente da Asso-ciação de Municípios de Turismo da Região dos Va-les (Amturvales) e prefeito de Colinas, Gilberto Keller, estiverem em Brasília na semana passada cumprin-do agendas, acompanha-dos da secretária Estadual de Turismo, Abgail Pereira.

A comitiva esteve com os secretários nacionais de Programa de Desen-volvimento do Turismo, Fabio Mota, e de Políticas do Turismo, Vinicius Lu-mertz, e com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, para apresen-tar e convidar os integran-tes do Executivo Federal para o evento, que ocorre em agosto, no Parque do Imigrante, em Lajeado.

Os três foram rece-bidos pelo secretário Nacional de Programas de Desenvolvimento do Mi-nistério do Turismo, Fábio Mota. Além da apresenta-ção do Turisvales, também trataram dos pleitos de infraestrutura do Vale do Taquari, especialmente para dar andamento na aprovação do projeto de ligação asfáltica “Caminhos do Pão e Vinho”.

Em outro momento, o grupo explanou sobre o Salão do Turismo dos Va-les e apresentou propostas de apoio aos eventos da região e a estruturação de produtos turísticos ao secretário Nacional de Po-líticas de Turismo, Vinícius Lummertz.

Já no Ministério do Desenvolvimento Agrário foram discutidas e traça-das, com o ministro Pepe Vargas, estratégias para o fomento do Turismo Rural e a participação do MDA no Salão, oportunizando espaço para as agroindús-trias familiares venderem seus produtos.

O coordenador geral, Rafael Fontana, destacou nas visitas a importância da realização deste evento

que será referência no in-terior do Estado. Fontana alertou para a oportuni-dade de as regiões (Vales do Rio Pardo e Taquari) mostrarem o potencial turístico. “Estamos em consonância com as ações do MTuR e da SETuR-RS, oportunizando a promo-ção e comercialização dos roteiros e atrativos turís-ticos do Rio Grande do Sul para o mercado nacional e do Mercosul”, disse.

TurisvalesO 1º Salão de Turismo

dos Vales – Turisvales – ocorre nos dias 15, 16 e 17 de agosto de 2013, no Parque do Imigrante, em Lajeado.

O Salão de Turismo dos Vales – Explore Novos Caminhos – terá Feira de Rotas e Roteiros Turísti-cos; Exposição de Equi-pamentos e Serviços para Hotéis e Restaurantes; Atividades Técnicas e Ro-das de Negócios; Festival de Cultura; Gastronomia Regional; e Exposição de Produtos Regionais.

O Turisvales é pro-movido pela Amturvales e a Aturvarp. A realiza-ção do Salão é da Lume Organização de Eventos e conta com as parcerias da Secretaria Estadual de Turismo do RS (Setur-RS), da Prefeitura de Lajeado, da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC-VT) e Emater/RS-Ascar.

O Salão terá como foco principal os negócios e é esperada a presença, além do visitante local, de um público qualificado e específico da área. Está prevista a comercializa-ção de 230 espaços para expositores, sendo que o público alvo são as agên-cias de viagem, operado-ras, companhias aéreas, empreendedores, hotéis, restaurantes, empresas de tecnologia, estudantes, imprensa e visitantes em geral, numa previsão de sete mil visitantes.

Região apresenta o Turisvales em Brasília

Fábio Motta, Abgail, Fontana e Keller

Priscila Rodrigues

Antiga Mopese dá lugar a prédio comercial

Diogo Daroit Fedrizzi

Colinas - Na manhã de ontem (11), a Associação dos Municípios de Turismo da Região dos Vales (Amturvales) realizou a primeira reunião com a nova diretoria, eleita no mês de março.

O encontro coordenado pelo presidente reeleito Vanildo Roman ocorreu na prefeitura e contou com a presença de integrantes do grupo e, também, de alguns departamen-tos já definidos.

O vice-presidente da Associação e prefeito de Colinas, Gilberto Keller, abriu a reunião dando as boas-vin-das aos presentes e falou do desafio em participar da entidade. “Embora já tivesse afinco grande nessa área é um desafio novo estar nessa função. Já colhemos resultados positivos com o turismo, mas é uma área que

ainda precisa crescer e avançar”, diz.Entre as pautas do debate esteve

a mobilização da região para o En-contro Regional RS Mais Turismo, que ocorrerá no dia 29, das 9h às 19h, no Parque Histórico em Lajeado. A atividade, promovida pela Secreta-ria Estadual de Turismo (Setur-RS), acontecerá nas 26 regiões turísticas e tem o objetivo de auxiliar no desen-volvimento e propor a realização de ações específicas para aumentar a sua competitividade. Também na mesma data, ao final do Encontro Regional, será realizado o ato de posse da dire-toria 2013/2015 da Amturvales.

Planejamento Estratégico de Infraestrutura Turística

A principal meta da nova gestão, que ficará à frente da entidade pelos

próximos dois anos, será formatar um planejamento estratégico para o Vale do Taquari.

A partir das necessidades que serão levantadas, junto com cada município, a Associação fará um tra-balho de elaboração e implantação de um Plano Estratégico de Infraes-trutura Turística Regional. “Vamos ouvir todos os municípios. Cada um poderá elencar duas de suas neces-sidades e dizer o que é importante. A diretoria é unânime em dizer que é preciso definir de forma conjunta e congregar todos os envolvidos, para se estabelecer o que se quer para o Vale”, destaca Vanildo Roman.

A meta da nova gestão é, após a realização do levantamento e a ela-boração do plano, levar o documen-to aos Governos Estadual e Federal.

Amturvales se mobiliza para Encontro Regional de Turismo

Nova diretoria se reuniu ontem na prefeitura de Colinas

Caroline Rodrigues

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13JORNAL OPINIÃO n 12 de abril de 2013MUÇUM

Henrique Pedersini

Muçum - Desde o início dos trabalhos da nova legislatura, o clima esteve longe da tran-quilidade. As polêmi-cas vêm se sucedendo semana após semana. Projetos que ficam bai-xados em comissão, pedido de vistas, quei-xas em relação à atual administração são fatos corriqueiros. Sobrou até para o prefeito Lourival Seixas (PMDB), que foi advertido pelo presi-dente da Câmara, André Vianini (PSDB), durante as últimas sessões. As alfinetadas e insinua-ções também aconte-cem frequentemente. Os debates acalorados tomam bom tempo dos encontros nas noites de terças-feiras.

Durante a reunião desta semana, o vere-ador Jonas Caron (PP) externou uma situação que deu origem a uma série de transtornos na vida particular. Na sessão ordinária do dia 2 de abril, utilizando a tribuna, lamentou a forma como foi condu-zido o procedimento referente ao projeto da contratação de um pro-fessor com qualificação em educação infantil para trabalhar na Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Família Feliz.

Na manhã seguinte, por volta das 6h, quan-do saía de casa em dire-ção a Lajeado, foi pego de surpresa com uma mensagem que lhe ame-açava de morte, escrita na calçada de casa com um tijolo. O texto dizia ‘Cuidado! Morte’. “Eu pensei em tirar fotos, mas lembrei a minha fa-mília. Como minha mãe

reagiria ao saber disso, por isso rapidamente apaguei. Preferi preser-vá-los”, recorda.

Indagado sobre a motivação do fato, ele afirma que se trata de conotação política. “In-felizmente somos coa-gidos por cumprir nos-so papel de fiscalizar”, lamenta. Eleito com o maior número de vo-tos (411), considerou o caso como gravíssimo, mas rechaçou qualquer possibilidade de modi-ficar sua postura na casa legislativa por sentir-se intimidado. “Que me matem, pois enquanto eu for vereador minha função vou cumprir”, decretou.

Disse ainda que não teme desagradar quem se utiliza de cargos pú-blicos para externar co-vardia e interesses pes-soais.

O caso foi registrado na Delegacia de Polícia de Encantado. A dele-gada regional Elisabete Barreto Muller também foi informada da situa-ção. O vereador solicitou o apoio da comunidade para que contribua nas investigações a fim de solucionar o caso o mais breve possível. “Qual-quer informação, prova ou mesmo indícios de-vem ser informados às autoridades de seguran-ça”, alertou.

Logo após o pronun-ciamento de Jonas Caron na tribuna, o presidente da casa André Vianini (PSDB) manifestou-se em solidariedade ao co-lega. Vianini reforçou a importância no envolvi-mento da comunidade caso se tenha alguma informação. “É inadmis-sível que isso aconteça com um vereador que vem desempenhando suas atividades plena-mente”, comentou.

Vereador afirma ter recebido ameaça de morte

Denúncia foi feita por Jonas Caron (PP) na sessão da Câmara desta semana

Projetos aprovados

Na terça-feira (09) foi realizada sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Muçum. Dois projetos de lei de origem executiva foram aprovados. um deles autoriza a abertura de crédito especial no valor de R$ 21 mil através de um convênio com o governo do Estado. Constitui-se em uma redução no valor a ser recebido pelo Executivo estadual, aplicada através do programa de núcleo de apoio à aten-ção básica.

A outra matéria aprovada autoriza o muni-cípio a firmar convênio com a Amturvales, com o repasse anula de R$ 2,6 mil. Também foram aprovados dois projetos de lei de origem Legis-lativa, que altera artigo da Lei Orgânica crian-do a ficha limpa para os servidores municipais.

Permaneceu baixado em comissão um pro-

jeto atrelado ao que foi aprovado, a contratação emergencial de um professor com habilitação em educação física. De acordo com o convênio assinado com o estado, será realizada essa atividade pelo município. Como o parecer do controle interno não foi enviado, a pauta ficou baixada em comissão.

Indicações

O presidente André Vianini indicou a limpeza da rua Décio Graciolli, no centro da cidade, próximo ao curtume. Vianini pediu que seja melhorado também o sinal da RBS TV na cidade.

O vereador Elton Pezzi solicitou uma cópia detalhada da folha de pagamento, bem como as funções gratificadas, dos servidores da prefei-tura.

“Que me matem, pois enquanto eu

for vereador minha função vou cumprir”,

JONAS CARON

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14 JORNAL OPINIÃO n 12 de abril de 2013 PÁGINA DO DILAMARDilamar dos Passos - [email protected]

SangueO Hemovale, banco

de sangue de Lajeado, que atende a região, está com o estoque abaixo do necessário e faz o alerta a comunidade para doar a fonte de vida.

Reclamação O departamento de

jornalismo do Grupo Encantado de Comunci-cação recebeu a seguinte reclamação: Sou doadora há cerca de 10 anos, ouvi a solicitação na rádio e liguei no Hospital de Encantado onde fui infor-mada que não há previsão para coleta. Na sequência liguei para Lajeado onde fui informada que também não há data para coleta.

Resposta Conforme contato no

Hemovale fomos informa-dos que a coleta ocorre junto ao Hospital Bruno Born, inclusive, aos sába-dos.

Hospital Durante a semana,

assumiu a adminis-tração do Hospital de Muçum, o jovem Artur Riede. Sucesso na nova empreitada, que não será nada fácil.

ROTARy Dia 20 de abril, o Clube Rotariano promove o tra-

dicional “Galeto da Solidariedade.” A partir das 11h serão entregues, no Salão Paroquial, galeto, salada e cuca. Custo de R$ 15,00 meio galeto e R$ 28,00 galeto inteiro.

BENEFICIADO O lucro será destinado ao Hospital Beneficente

Santa Teresinha.

Roca Sales Em entrevista ao

Grupo Encantado de Comunicação, o secretá-rio municipal de saúde de Roca Sales, Gilvane Bronca, destacou que no mês de março foram atendidas, junto à Unidade sanitária, 1.199 pessoas. Roca Sales tem atualmente pouco mais de 10 mil habitantes.

Atendimento Com a ampliação da

unidade desde segunda-feira, a comunidade está sendo atendida pelos pró-ximos 120 dias no centro social e urbano.

RepercussãoUm caderno especial do

Jornal A Hora deu o que falar na Câmara de Verea-dores de Encantado.

ExplicaçõesMuitos questionamen-

tos e defesas foram ditas pela situação e oposição.

ReflexãoSe certo ou errado

esta é a visão de pessoas que não moram em nosso município. Talvez esteja na hora de rever alguns conceitos...

ERS 433Novas datas, prazo de conclusão e novas pro-

messas. A ERS que interliga Relvado a Encantado, segundo o governo do Estado, será inaugurada na metado do ano.

Constatação Se a empreiteira e o governo tiverem vontade

política de inaugurar a obra, com certeza, será uma das plataformas de campanha da reeleição de Tarso Genro.

Reali Por iniciativa do deputado Edson Brum foi

aprovada a denominação de Armando Luis Reali à rodovia.

Ilusão Não se iludam, a rodovia não será entregue à

população este ano. O pior cego é aquele que não quer enxergar.

Putinga O município onde

residem cerca de 4.200 habitantes completou nes-ta semana, dia 8 de abril, 49 anos de emancipação política e administrativa. Só para lembrar, o muni-cípio já foi habitado por mais de 10 mil pessoas.

Enduro a cavalo O CTG Sentinela da

Tradição de Muçum estará realizando mais uma edição do Enduro a Cavalo dia 5 de maio. Inscrições para a Quinta edição com o departa-mento Campeiro.

Câmara de Muçum O presidente da

Comissão de Pare-ceres, Mauro Cipria-ni, solicitou que o assessor jurídico não se fizesse presente durante a discussão dos projetos.

Negativa A solicitação não

foi aceita pelo presi-dente André Vianini

Particularmente Não concordo com

a presença do asses-sor naquele momento de discussão, mas, en-tendo que os projetos deveriam ter uma tra-mitação maior antes da votação. Nenhum vereador tem condi-ções de analisar um projeto em 24 horas.

Evolução Ao menos, as

comissões estão dis-cutindo os projetos e não apenas votando como outrora.

Lei OrgânicaQuem sabe, uma

reforma na Lei Orgâ-nica seria o ideal para corrigir possíveis equívocos.

Ameaça utilizando a tribu-

na, o veredor Jonas Ca-ron denunciou que foi ameaçado de morte. As ameaças estavam escritas na calçada em frente à casa, no bairro Fátima.

Polícia O registro foi

feito na Delegacia de Polícia, que agora tem a incumbência de investigar os fatos.

Cura Este foto cura

qualquer tipo de doença: câncer, gangrena, leptospi-rose, tifo, difteria, diarréia, AIDS e outros.Para quem não conhecia a cor do dinheiro do Ênio, está aí a pro-va. Na foto, Ênio Sartori comprando um número de rifa de Alexandre dos Santos.

UVB O presidente da

uVB e vereador de Iraí, Gilson Conzat-ti, será o entrevis-tado do Panorama

1580 da Rádio Encantado, neste sábado, a partir

das 11h.

MourãoNovo modelo de estrada. Ao invés de buscar a du-

plicação, que com certeza vai demorar 20 ou mais anos, que se faça o asfaltamento também do acostamento. O valor será infinitamente menor. A proposta foi apresen-tada durante a semana pelo superintendente regional do DAER, Hildo Mourão (foto acima).

Duplicação Enquanto isso, os municípios poderiam trabalhar a

duplicação

FaçanhasSirvam nossas faça-

nhas de modelo a toda terra. Nos orgulhamos e enchemos a boca para dizer que somos gaú-chos. Também dizemos que somos o Estado mais politizado da união.

RS x Brasil Em contrapartida, o

governador não cumpre o que assinou quando ministro para com os professores e durante a semana perdemos uma vaga na Câmara Fede-ral a partir da próxima eleição.

Lixo Eletrônico Os poderes públicos devem estar atentos

para um problema cada vez mais frequente. O descarte do lixo eletrônico.

ResponsabilidadeE as empresas fabricantes e que comercia-

lizam eletrônicos devem ser pressionadas a promover o recolhimento desses bens inserví-veis. O que você faz quando sua TV, microcom-putador e impressora não oferecem condições de conserto? E as lâmpadas? O meio ambiente não quer receber esses “presentes”.

Henrique Pedersini

Diogo Daroit Fedrizzi

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PÁGINA DO DILAMAR 15JORNAL OPINIÃO n 12 de abril de 2013REGIÃO

Buscando alternativas sustentáveis para o de-senvolvimento, o prefeito Alvimar Lisot esteve em Brasilia na última semana reunido com o Ministro da Pesca e Aquicultura, Mar-celo Bezerra Crivella. A comitiva esteve represen-tada ainda pelos prefeitos Gilberto Keller, de Colinas, Vanderlei Markus, de Pa-verama, Silvio Pedro Sch-mitz, de Poço das Antas e Aloisio Rissi, de Boa Vista do Sul. O objetivo dos ges-tores foi buscar alterna-tivas que tornem viáveis a pisicultura nos municí-

pios. Na terça-feira (9), os

prefeitos e representantes dos municípios se reuniram em Colinas para dar conti-nuidade ao assunto e desen-volvimento dos projetos.

Doutor Ricardo, acre-ditando no potencial para o desenvolvimento da pis-cicultura, está elaborando projeto para agregar traba-lho e renda às propriedades rurais. Vários produtores já fizeram o pedido para par-ticipar do programa.

Considerando que a aquicultura, o que é pro-duzido na água, é o seg-

mento da produção animal que mais cresce no cenário mundial atual, o município apresenta condições de desenvolver de forma sus-tentável a produção de pei-xes. A intenção é melhorar a estrutura existente e in-crementar a atividade nas pequenas propriedades rurais, construindo tan-ques escavados para a pro-dução de pescado.

O projeto visa incremen-tar a renda familiar, realizan-do capacitações através de cursos de piscicultura, com os temas gerenciamento de piscicultura, tecnologia de

produção e formas associa-tivas na produção aquícola. Temas como associativis-mo, gerenciamento, cadeia produtiva, sistemas de pro-dução, mercado e comer-cialização, tecnologias, qua-lidade da água, entre outros assuntos serão trabalhados com os produtores.

Está prevista a aqui-sição de maquinário que ficará disponibilizado aos seis municípios que farão parte do projeto. Eles fi-carão responsáveis pela organização do tempo de trabalho em cada uma das cidades.

Doutor Ricardo busca apoio para piscicultura

Prefeito Alvimar Lisot esteve em Brasília na semana passada acompanhado de outros gestores

Prefeitos da região com o Ministro Marcelo Bezerra Crivella

Divulgação

Doutor Ricardo - O primeiro Fórum da Agricultura aconteceu na sexta-feira (5) no auditório da Prefeitu-ra. Mais de 90 agricul-tores e prestadores de serviços participaram do evento.

Na primeira pales-tra, o engenheiro Agrô-nomo Daniel Schmits falou sobre a pequena propriedade rural e o desafio da susten-tabilidade ambiental, de como produzir e transformar com planejamento e ações regionais, implantan-do boas práticas nas atividades diárias no meio rural.

O engenheiro, assistente técnico Regional da Emater em Irrigação e armazena-gem, Ricardo Ramos Martins, explanou sobre sua especia-lidade, a Irrigação e Armazenagem, de pro-cedimentos corretos e cuidados com a quali-dade e a importância de produzir produtos saudáveis.

O técnico em Agropecuária da Emater-RS/Ascar de Ilópólis e Presidente do Polo Ervateiro do Alto Taquari, Jurandir José Marques, pautou

o Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da erva Mate, aportando dados da região alta do vale, benefícios, cadeia produtiva, cuidados com a planta, o solo, consumidores, quali-dade entre outros do setor.

O prefeito Alvimar Lisot e o Secretário da Agricultura e Meio Ambiente, Zaquiel Ro-veda, falaram sobre a nova Lei Municipal da Agricultura, com da-dos, valores, previsões e informações sobre a mesma. Os participan-tes tiveram oportu-nidade de deixar sua colaboração durante a explanação. Segundo o prefeito, as informa-ções e sugestões serão levadas ao Conselho Municipal de Desen-volvimento Rural para análise e apreciação.

O coordenador da Emater de Dou-tor Ricardo, Fabiano Zenere, comentou sobre a importância do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural, da escolha dos representantes e suas funções. O secretário Roveda finalizou falan-do da possibilidade da implantação da Feira do Produtor Rural.

Fórum Municipal da Agricultura reúne mais

de 90 pessoas em Doutor Ricardo

Relvado - A Secretaria de Assistência Social pro-jeta diversas atividades. Já estão abertas as inscri-ções para aulas de informática para a terceira idade. Os interessados podem se inscrever junto ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras). Hoje (12) começas as oficinas de pintura para os três primeiros grupos de crianças e adolescentes. Os demais inscri-

tos iniciam as aulas no dia 19.No próximo dia 17, no Salão Paroquial, haverá

encontro do Grupo da Terceira Idade, às 13h30min. A Secretaria de Saúde orientará os idosos sobre a vacinação da gripe. Já no dia 26, às 13h30min, no Cras, está marcado uma reunião com os responsáveis de pessoas com necessidades especiais.

Assistência Social de Relvado agenda atividades

O Programa Cultura por toda parte, do Arte SESC, criado em 2007, promove atividades cul-turais no Rio Grande do Sul, abordando temas formativos e educacio-nais, em torno de três eixos: transversalidade, diversidade e acessibili-dade.

Dentro desse progra-

ma, no mês de abril, o Sesc trará para Relvado a peça de teatro de rua “Vida de cachorro”, do Grupo Circo Peti Poa. O espetáculo será apresen-tado no dia 25 de abril, às 14h30min, na Praça da Harmonia. Em caso de chuva, a apresentação será no Ginásio Munici-pal.

Teatro de Rua em Relvado

Público acompanhou as palestras

Divulgação

Kalé Viana

Doutor Ricardo - O tema alimentação saudável pautou a reunião com as famílias participants do programa Bolsa Família na tarde de segunda-feira (8).

A nutricionista Eliana Giacobbo deu dicas de alimentação saudável, de se alimentar nos horários certos, de verificar a procedência dos alimentos, da importância das verduras, da água e a prática de atividades físicas. “uma boa alimentação tem um significado maior do que apenas garantir as necessi-dades do corpo, está relacionado a valores, ao prazer de comer bem, de confraternizar. Isso independe do lugar onde estamos. Além disso, comentamos sobre cuidados pessoais de higiene que estão ao alcance de todos”. As famílias foram incentivadas a organizar a sua horta e produzir os temperos, verduras entre outras hortaliças para ter a alimentação mais saudável.

Alimentação saudável é tema de reunião do Bolsa Família

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A onda de atividades contra as posições do pre-sidente da CDH começa-ram após a divulgação de entrevistas, vídeos e pos-tagens de mensagens nas redes sociais, que mos-travam Feliciano fazendo declarações, consideradas racistas e homofóbicas.

Diante disso, celebri-dades do cenário nacional utilizaram da prática do famoso “selinho” em pes-soas do mesmo sexo, para demonstrar a sua indigna-ção perante o deputado.

Tudo começou após a atriz Fernanda Monte-negro e Camila Amado trocarem um beijo duran-te uma premiação no Rio. Aderiram à campanha Bruno Gagliasso e Ma-theus Nachtergaele, além das atrizes Fernanda Paes Leme e Fernanda Rodri-gues.

A modelo Yasmin Bru-net e Antônia Morais, irmã de Cléo Pires, também deixaram seu registro. Já a ex-cantora de funk e agora cantora gospel Perlla re-solveu defender o pastor.

DISCRIMINAÇÃOPara o Cabeleireiro da

Casa Nilo Beauty e Colu-

nista Social, Nilo Scheid Junior, declarações de conteúdo preconceituoso não são mais admitidas na sociedade.

Para ele, tudo que envolve discriminação vem da ignorância das pessoas. “Antigamente os gays eram rotulados como escandalosos ligados à prostituição, entre outros adjetivos incoerentes. Hoje, a sociedade acom-panha a evolução. Gays constituem famílias, pagam impostos, ocupam todos os mais diversos cargos profissionais, políticos e sociais. São pessoas dignas, criativas e surpreendentes, que vem ganhando cada vez mais a admiração e respeito da sociedade, predominante-mente heterossexual”.

Nilo afirma que as po-sições de Marco Feliciano, em relação à união de pes-soas do mesmo sexo, vêm da ignorância e de um fervor religioso. Para ele, a sociedade começou a abolir esse tipo de atitude. “Notamos uma comoção e envolvimento nacional e até no exterior, com fotos e declarações repudiando as declarações”.

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HOMOSSEXUALISMODeclarações polêmicas mobilizam

retomada da discussão sobre o temaAs últimas semanas foram marcadas por protestos de pessoas e famosos que promoveram os “célebres” selinhos em colegas do mesmo sexo para apoiar a legalização do casamento gay e pedir a saída do Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), do cargo de

presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos deputados.

Ranieri Moriggi

Há 10 anos, Everson e Nilo vivem em união estável

Arquivo pessoal

“Hoje, a sociedade acompanha a evolução. Gays constituem famílias, pagam im-postos, ocupam todos os mais diversos cargos profissionais, políticos e sociais. São

pessoas dignas, criativas e surpreendentes...”,NILO SCHEID JÚNIOR

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JORNAL OPINIÃO n 12 de abril de 2013ESPECIAL 17

Daniela Mercury assume relacionamento com outra mulherMas quando se achava que as

pressões pela saída do pastor da Presidência da Comissão fossem o centro das atenções, a cantora baiana Daniela Mercury assume seu relacionamento com a jornalista Malu Verçosa, editora da Rede Bahia. “Malu agora é minha esposa, minha família, minha inspiração pra cantar”, publicou a estrela em seu Instagram com fotos ao lado da amada.

Segundo Malu, a intenção era comunicar o casamento que coincidiu com o momento que o Brasil vem pas-sando. “É muito bom que algo pessoal de alguém importante como Daniela

sirva para uma luta em que ela acre-dita e que defende. Em momentos assim, o ato individual, feito em públi-co, torna-se político. Ao declarar seu amor para todos que quisessem saber, Daniela fez política”. Nunca houve boatos sobre sua opção sexual.

Porém, Nilo Sheid Jr, afirma que ninguém vira homossexual de uma hora para outra. “As pessoas nascem assim e cada um sabe o seu momento de “sair do armário” (não gosto desta expressão). Conhecemos homos-sexuais que não assumem e vivem uma vida normal de heterossexual, casados, com filhos”, diz.

Cantora Joelma compara gays a dependentes químicosEm compensação, a cantora Joelma foi

alvo de protestos após conceder uma en-trevista a uma revista semanal. Segundo a publicação, a cantora comparou os ho-mossexuais a dependentes químicos.

Após a repercussão, a vocalista da banda Calypso divulgou um vídeo dizen-do ter sido mal interpretada e que tem “muitos amigos gays” e que “deve muito a eles”. Questionado sobre as declarações, Nilo foi enfático: “Na verdade, quem é a cantora Joelma? Quais suas origens? Qual o nível intelectual de seu trabalho? Não preciso dizer mais nada. Na realidade, não é uma respeitável formadora de opi-nião”, alfineta.

Em união estável, registrada há 10 anos, o cabeleireiro Nilo Scheid Junior, 47 e o fotógrafo Everson Luis Schutz, 28, afir-mam que devido às mudanças, as pessoas sentem a necessidade de evoluir com as transformações do mundo. “Nosso Vale é fantástico para se viver. uma região fértil, geograficamente bem posicionada, onde evolui constantemente, impulsionado por um ensino universitário em franca ex-pansão, comércio moderno e atualizado, na indústria bons conceitos, enfim, um cenário completo que esbanja qualidade de vida a seus moradores e profissionais. Num ambiente assim, devem-se dominar as mentes evoluídas”.

Daniela Mercury

Joelma, da Banda Calypso

Pastor Marco Feliciano

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