122 anos! Santa Rita do Sapucaí - Gazeta do Vale · portador com carta de Joaquim Inácio...

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Santa Rita do Sapucaí Edição especial - Maio 2014 122 anos! Especial de aniversário

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Santa Rita do Sapucaí

Edição especial - Maio 2014

122 anos!Especial de aniversárioE��e�i�� �� �����rs��i�02 Gazeta do Vale

ExpedienteJornal Gazeta do Vale | Redação: Av. Tiradentes, 250, sl. 1, Centro, Cambuí/MG, CEP 37600-000. Telefone: (35) 3431-3047 | E-mail: [email protected] | www.jornalgazetadovale.com.br | Di-retor geral: Gerson Benedito de Oliveira | Jornalista responsável: Luis Cesar da Fonseca (MTB 09485/JP MG) | Diagramação e arte Final: Marcos Maciel | As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opnião deste veículo de comunicação. As publicidades veiculadas são de res-ponsabilidade das empresas anunciantes. Tiragem: 5.000 exemplares.Área de abrangência do jornal: Santa Rita do Sapucaí.Impressão: PousoGraf - Pouso Alegre/MG - Telefone: (35) 3421-4896

E��e�i�� �� �����rs��i�02 Gazeta do Vale

ExpedienteJornal Gazeta do Vale | Redação: Av. Tiradentes, 250, sl. 1, Centro, Cambuí/MG, CEP 37600-000. Telefone: (35) 3431-3047 | E-mail: [email protected] | www.jornalgazetadovale.com.br | Di-retor geral: Gerson Benedito de Oliveira | Jornalista responsável: Luis Cesar da Fonseca (MTB 09485/JP MG) | Diagramação e arte Final: Marcos Maciel | As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opnião deste veículo de comunicação. As publicidades veiculadas são de res-ponsabilidade das empresas anunciantes. Tiragem: 5.000 exemplares.Área de abrangência do jornal: Santa Rita do Sapucaí.Impressão: PousoGraf - Pouso Alegre/MG - Telefone: (35) 3421-4896

E��e�i�� �� �����rs��i� 03Gazeta do Vale

Hist��ic� �� S�nt� Rit� d� S��uc��Santa Rita do Sapucaí

foi fundada por uma fa-mília de portugueses, Sr. Manoel da Fonseca, sua esposa Dona Genoveva Maria Martins, o �ilho An-tônio e sua �ilha menor Maria Rita, que se insta-laram às margens do Ri-beirão do “Mosquito”.

Saíram eles de Oli-vença, uma dentre tan-tas cidades de Portugal que formavam o “Con-testado”, descontentes com a anexação da terra natal à Espanha.

Desembarcaram na cidade do Rio de Janei-ro e foram ali recebidos por D. João VI que não se esquecera dos servi-ços prestados por Ma-noel da Fonseca, quando da invasão de Napoleão Bonaparte a Portugal.

O casal se instalou em Baependi e ali de-senvolveu um comércio lucrativo, e quando sou-be das terras devolutas às margens do Sapucaí, serviram-se de reco-

mendações do Impera-dor e, vendendo seus bens, rumaram com os filhos e escravos para tomar posse das terras, que ficavam nas mar-gens do Rio Sapucaí. Sempre portando a san-ta de sua devoção (San-ta Rita de Cássia), fun-daram a freguesia que iria celebrar o nome da Santa.

Para cumprir a pro-messa, pedindo um mi-lagre para salvar o che-

fe da família, doaram a santa oito alqueires de terra. Quatro anos após, falecido Manoel da Fonseca, sua Esposa Dona Genoveva conso-lidou a promessa man-dando construir a cape-la onde foi celebrada a primeira missa.

No dia 22 de maio o Pe. Mariano Acciolli ofi-ciava a 1ª missa e in-troduzia a imagem que trouxeram de Portugal, e estava fundada a fre-

guesia de Santa Rita do Sapucaí.

Sapucaí, do Tupi-Gua-rani, signi�ica a terra das Sapucaias. Sapucaia é uma espécie de árvore. Na Praça Santa Rita, próxi-mo à estátua em homena-gem ao Cel. Existe um raro exemplar.

Retrospectivahistórica:

1821 - Doação de oito al-queires feita pelos fun-dadores.1825 - Celebração da pri-meira missa na Capela.1836 - A Capela recebeu prerrogativas de Curato.1839 - Elevação à cate-goria de “Freguesia”.1839 - Elevada a paró-quia e seu primeiro pá-roco foi Pe. Athanásio José Rodrigues.1888 - É elevada a Vila, a 1º de setembro.1891 - Foi instalado na vila o Fórum Cível.1892 - Foi elevada à ci-dade, a 24 de maio (emancipação)

PrefeitosDr. Maximiano Octávio de Lemos

Coronel Joaquim Carneiro de PaivaMajor José Feliciano Marques Pereira

Major Severiano Carneiro de FariaJoaquim Inácio Ribeiro

Doutor Del�im Moreira da Costa RibeiroCel. Gabriel Capistrano Ribeiro de Alckmin

Bernardino José Rodrigues TorresFrancisco de Paula Souza

Francisco Andrade RibeiroJoão Euzébio de Almeida

Francisco Moreira da CostaCoronel Erasmo Cabral

Frederico de Paula CunhaJosé Mendes Vilela

José Carvalho VianaAntenor Pinto de Almeida FilhoHorácio Capistrano de Alckmin

Dr. Pedro Rennó MoreiraDoutor José Alcides Rennó Mendes

Antônio Capistrano de AlckminAntonio Procópio da Costa

Arlette Telles PereiraDr. Antonio Teixeira dos SantosCapitão Paulo Cunha AzevedoRonaldo de Azevedo Carvalho

Walter Luiz BaldoniRogério Toledo Rennó

Paulo Frederico de ToledoCarlos Roberto Brandão

João Batista RezendePaulo Cândido da Silva

Jefferson Gonçalves Mendes

Fonte: Prefeitura de Santa Rita do Sapucaí

E��e�i�� �� �����rs��i�04 Gazeta do Vale

Hist��i� d� f����i� M����r�

Antônio Moreira da Costa nasceu na Vila do Conde, ao Norte de Por-tugal. Era filho de pais pobres e tinha muitos ir-mãos. Resolveu vir para o Brasil. Juntou tudo o que possuía numa peque-na trouxa, tomou um na-vio com destino ao Rio de Janeiro. Pagou sua passa-gem trabalhando como ajudante de cozinha e na-vegou durante 30 dias.

Chegando ao Rio de Janeiro foi trabalhar na loja de um tio. Deses-perado e não se acostu-mando à cidade grande, fugiu de casa. Enquan-to vagava, encontrou uma caravana de mulas guiada por um capataz de um homem de Minas Gerais chamado Carnei-ro Santiago. Seguiu a tropa ajudando, catan-do gravetos, cuidando dos animais. Chegando à Fazenda Água Limpa, o proprietário não queria

aceitá-lo, mas acabou o contratando para cuidar dos porcos. Por ser mui-to honesto e bom de ser-viço, ganhou a confian-ça do patrão, chegando a capataz. Nesta Fazen-da conheceu Maria Cân-dida Ribeiro, sobrinha de Francisco Carneiro Santiago, proprietário da fazenda, que mora-va na Fazenda da Pedra, na vila de Cristina. Casa-ram-se e foram residir na fazenda da Pedra, ti-veram oito filhos.

Certo dia chegou um portador com carta de Joaquim Inácio Ribei-ro, cunhado de Antônio, contando que na vila de Santa Rita estava a ven-da uma ótima fazen-da. Antônio veio então à vila e foi apresenta-do a Antônio Paulino de Souza, cujo cunhado era dono de umas terras às margens do rio Sapucaí e queria vendê-las.

Em Santa Rita, Antô-nio Moreira prosperou. Construiu nas suas terras uma bela casa e foi chama-da de Fazendo do Chalé. Depois de ter �icado rico, construiu a Santa Casa de Misericórdia e antigo cemitério ao lado desse hospital. Trouxe a primei-ra máquina de bene�iciar café no sul de Minas.

Seu filho Francisco fez o asilo dos velhinhos. O outro filho, Tonico, montou a melhor usi-na hidrelética da região. Pedro, o caçula, morreu jovem, mas construiu um belo cinema, que na época era tido como mo-delo, levantou sua resi-dência e uma casa alu-gada para os correios e telégrafos. Seu filho Pe-dro foi prefeito de Santa Rita nos anos cinquen-ta e cuidou do abasteci-mento de água e esgoto da cidade.

(Continua pág. 05)

E��e�i�� �� �����rs��i� 05Gazeta do Vale

A Escola Estadual Del�im Moreira - homenagem àquele que se tornou Presidente da República

Sem falar nos netos de Antônio Moreira: D. Sinhá Moreira, f ilha de Francisco, que criou a 1ª escola de eletrôni-ca do pais. Construiu casas populares com o seu dinheiro e, quem as comprava, pagava 20% do salário do chefe da

família, sem correção monetária.

O outro �ilho, Del�im Moreira, dedicou sua vida à política, chegou a Presi-dente da República. Ama-va Santa Rita e nos deu a ponte de ferro, o magní�ico Grupo escolar que tem hoje seu nome. A 5ª �ilha, Elisa

Moreira da Costa, casou-se com Francisco Andrade.

Exceto Del�im, todos os Moreiras �icaram em boa situação �inanceira. Vieram para cá sob a pro-teção de Santa Rita, foram generosos com os pobres e trabalharam arduamen-te durante suas vidas.

E��e�i�� �� �����rs��i�06 Gazeta do Vale

H���e� M����r� � ��iad�� �� S�nt� Rit�Santa Rita do Sapu-

caí perdeu, em maio des-te ano, uma das pessoas mais queridas e amadas por todos: Hermes Mo-reira, nascido em Bor-da da Mata, mas um san-tarritense de coração e alma.

Filho de pai ferrovi-ário que mais tarde foi transferido pra Santa Rita quando ele tinha 4 anos de idade.

Frequentou a esco-la pela primeira vez aos 6 anos. No ultimo ano do primário a sua mãe o matriculou na escola Santa Terezinha, que era particular e até o tercei-

ro ano ela pagava. Dali pra frente D. Sinhá cus-teou seus estudos.

Trabalhou no bar do Vladas com 14 anos, fi-cava até de madrugada e no dia seguinte, às 7 ho-ras da manhã, estava na escola e mesmo assim, sempre foi o primeiro ou o segundo da turma.

Em 1953, o Chico Moreira comprou um terreno e construiu um campo de aviação e em 12 de outubro, o Mi-nistro da aeronáuti-ca do governo Getú-lio Vargas, Nero Moura pousou em Santa Rita para sua inauguração.

No mesmo dia, Her-mes e mais alguns co-legas foram escolhidos para ir à casa de D. Sinhá Moreira e foram apre-sentados às autoridades como estudantes da ci-dade. Nesse encontro �i-caram sabendo pelos capitães vindos com o Mi-nistro, que havia aberto uma escola que prepara-va alunos para Academia da Força Aérea. A escolha era feita por concurso e as provas seriam em São Paulo. O Capitão pergun-tou se eles gostariam de fazer a prova e eles disse-ram que sim.

(Continua na pág. 7)

E��e�i�� �� �����rs��i� 07Gazeta do ValeAlguns dias depois Si-

nhá Moreira comprou as passagens e avisou que eles deveriam partir no dia 5 de janeiro para fazer as provas.

Assim eles foram. Ao chegar em São Paulo havia um senhor esperando, Dr. Walter de Carvalho, geren-te do Banco Nacional na ca-pital paulista, a pedido de D. Sinhá

Fizeram as provas e vol-taram para Santa Rita para esperar o resultado.

Hermes passou e quan-do chegou em São Paulo fez outros exames médicos e depois deveria fazer um psicotécnico no Rio. Como não tinha nenhum dinheiro pediu ajuda ao Dr. Walter que prontamente o ajudou.

Em 1965, Hermes foi

para Pirassununga, onde trabalhou como chefe de manutenção e instrução. Casou-se no mesmo ano com Regina, natural de Santa Rita, com quem teve três �ilhas.

Em 1976, fez o curso do Estado Maior no Rio. Em 1978, tornou-se diretor de ensino na Base Aérea de São Paulo. Em 1979, passou a comandar a Base Aérea de Belo Horizonte e três anos mais tarde foi nomeado sub comandante da Base de Na-tal. Em 1984, fez o curso de política estratégica aero-espacial na Escola do Esta-do Maior e no ano seguinte tornou-se vice chefe da Ae-ronáutica no Gabinete Pre-sidencial. Foi designado Adido da Aeronáutica em

Paris, onde morou até 1989.Quando retornou ao

Brasil, Hermes tornou-se Vice Chefe da Secretaria de Inteligência da Aeronáuti-ca e Chefe do Centro de Co-municação social. Em 1990, foi nomeado Brigadeiro pelo Presidente da Repúbli-ca. Dois anos depois foi sub chefe do Enfa, hoje Minis-tério da Defesa. De 92 a 93 foi comandante do 5º Co-mando Aéreo Regional em Porto Alegre. Em 1996 mu-dou-se para Brasília, onde ocupou o cargo de subche-fe de ensino aéreo.

Após 46 anos de FAB, ocupando altos cargos, em 1997, Hermes entrou para reserva e voltou para Santa Rita, onde faleceu no dia 9 de maio, aos 77 anos.

E��e�i�� �� �����rs��i�08 Gazeta do Vale

Estaçã� F��r��i��i� – �� c��í��l�

�ist��i� d� �ida��A estação de Santa

Rita do Sapucaí foi inau-gurada em 1894, primi-tivamente num prédio de madeira. Em 1918 ela tinha o nome de Affon-so Penna (Minas Gerais, de Roberto Capri, 1918), mas o nome voltou a San-ta Rita do Sapucaí não muito tempo depois.

“Meu avô conta que, em Santa Rita do Sapucaí, cida-de onde nasceu e cresceu, a diversão nas décadas de 1930 e 1940 era ver o trem passar. Durante a revolu-ção de 1932, uma multidão se aglomerava na estação para ver as tropas minei-ras em direção a São Paulo e, na volta, o trem com pri-sioneiros paulistas. Quan-do o trem de prisioneiros parava na estação, sempre as pessoas se aproxima-vam, levando algum tipo de mantimento e aproveitan-

do para perguntar de algum amigo ou parente ‘do lado de lá’. A oportunidade que mais atraiu gente para a es-tação, durante a revolução, foi a passagem do bispo de Pouso Alegre, preso. Duran-te toda a década de 1930 e, principalmente com o início da Guerra, em 1939, a diver-são dele, então com 27 anos, era ir ao cinema e, à noite, ir para a estação, a �im de es-perar os jornais que vinham no trem da noite. Lembra

ainda que as oportunida-des que mais atraiam gente para a estação eram as che-gadas de pracinhas, ao �im da guerra: um primo dele pracinha, assustou-se com a recepção, que incluía fo-gos de arti�ício - e antes do trem chegar à estação, pu-lou do carro, indo correndo se esconder em casa” (Rena-to Philippini, 03/2004).

Extraído de www.estacaofer-rovias.com.br

E��e�i�� �� �����rs��i� 09Gazeta do Vale

G��p� �� Es�� ��ro� P�p� Lé�ua� - P�e��nç�

c�ns�na�� n� c����ida��O Grupo de Escotei-

ros Papa Léguas, de San-ta Rita do Sapucaí, no úl-timo dia 27 de fevereiro de 2014, completou 9 anos de Fundação. O grupo, que nasceu de uma iniciativa da então Associação de Mora-dores da Nova Cidade, em meados de 2004, cresceu e conseguiu sua indepen-dência, tornando-se de Uti-lidade Pública Municipal (em 2005) e Estadual (em 2012), tornando-se uma

Entidade de Referência em Santa Rita do Sapucaí.

O grupo atual desenvol-ve atividades educativas, sociais, religiosas, �ilantró-picas, com crianças, ado-lescentes e adultos, contri-buindo com a formação de cidadãos para uma socie-dade mais justa e humana, tendo como base o Projeto Educativo da União dos Es-coteiros do Brasil.

Atualmente conta com 60 membros registrados e

possui a sua sede própria, à Rua João Carlos de Al-cântara, 854, Bairro Fer-nandes, e está de portas abertas para receber vo-luntários com idade de 7 a 100 anos, todos os sába-dos, a partir das 14hs.

Mais informações sobre o G.E. Papa Léguas poderão ser conseguidas em nosso Blog: www.escoteiropapa-leguas.wordpress.com e ou pelo e-mail: [email protected].

E��e�i�� �� �����rs��i�10 Gazeta do Vale

C�i��it�G�r�i�

Francisco Rodrigues Garcia, nasceu em 09 de Março de 1.911, morou por toda a sua vida na Avenida João de Camargo.

Seus pais Antônio Ro-drigues e Conceição Gar-cia de Souza. Seu pai era de Natércia e trabalhava na construção civil.

Dona Conceição era dona de casa e vivia atenta com um dos seus cinco filhos que como ele mesmo dizia, “fazia arte pra burro”.

Chiquito Garcia, como era chamado estudou por três anos e começou a tra-balhar na selaria de um senhor chamado Avelino.

Como seleiro �icou por um ano e meio.Não gostou

da pro�issão e tempos de-pois se interessou por me-cânica de automóveis. Foi aprender o o�ício com um mecânico chamado Carra-ra que era de Pinhal SP.

Por 10 anos Chiqui-to Garcia mexeu com au-tomóveis, o que possibili-tou a ele a aquisição de um Chevrolet, ele adorava au-tomóveis.

Depois de sua expe-riência com automóveis, Chiquito Garcia começou a trabalhar na Cerâmica Regina, onde em três anos aprendeu o bastante para montar, ao lado de dois sócios a Cerâmica Ren-nó, que �icava na Fazenda Rennó. A empresa fabri-cava 10 mil telhas por dia

além dos tijolos e distri-buía seus produtos para toda a região.

Chiquito Garcia deixou a cerâmica, saiu da socie-dade, e ingressou na Pre-feitura Municipal, onde por 20 anos trabalhou como “patroleiro”.

Foi casado por 65 anos com Adol�ina Lúcia Borsa-to Garcia, viveu por mais de 40 anos na mesma casa ao lado da Igreja São Be-nedito, casa essa, constru-ída por ele mesmo.

O casal Chiquito e Dorfina teve dois filhos Iveta e Paulo; 6 netos e 7 bisnetos.

Nosso querido Chiqui-to Garcia faleceu em Janei-ro de 2.005.

E��e�i�� �� �����rs��i�10 Gazeta do Vale

C�i��it�G�r�i�

Francisco Rodrigues Garcia, nasceu em 09 de Março de 1.911, morou por toda a sua vida na Avenida João de Camargo.

Seus pais Antônio Ro-drigues e Conceição Gar-cia de Souza. Seu pai era de Natércia e trabalhava na construção civil.

Dona Conceição era dona de casa e vivia atenta com um dos seus cinco filhos que como ele mesmo dizia, “fazia arte pra burro”.

Chiquito Garcia, como era chamado estudou por três anos e começou a tra-balhar na selaria de um senhor chamado Avelino.

Como seleiro �icou por um ano e meio.Não gostou

da pro�issão e tempos de-pois se interessou por me-cânica de automóveis. Foi aprender o o�ício com um mecânico chamado Carra-ra que era de Pinhal SP.

Por 10 anos Chiqui-to Garcia mexeu com au-tomóveis, o que possibili-tou a ele a aquisição de um Chevrolet, ele adorava au-tomóveis.

Depois de sua expe-riência com automóveis, Chiquito Garcia começou a trabalhar na Cerâmica Regina, onde em três anos aprendeu o bastante para montar, ao lado de dois sócios a Cerâmica Ren-nó, que �icava na Fazenda Rennó. A empresa fabri-cava 10 mil telhas por dia

além dos tijolos e distri-buía seus produtos para toda a região.

Chiquito Garcia deixou a cerâmica, saiu da socie-dade, e ingressou na Pre-feitura Municipal, onde por 20 anos trabalhou como “patroleiro”.

Foi casado por 65 anos com Adol�ina Lúcia Borsa-to Garcia, viveu por mais de 40 anos na mesma casa ao lado da Igreja São Be-nedito, casa essa, constru-ída por ele mesmo.

O casal Chiquito e Dorfina teve dois filhos Iveta e Paulo; 6 netos e 7 bisnetos.

Nosso querido Chiqui-to Garcia faleceu em Janei-ro de 2.005.

Sinhá Moreira, Carminha Moreira

e Glorinha Moreira

Bloco Democráticos – 1935

�1Gazeta do Vale

Bloco Ride Palhaço – 1959

Casa Miranda

Velho Mercado Municipal

Rua Silvestre Ferraz

Fot o� Hist��ica�

E��e�i�� �� �����rs��i�12 Gazeta do Vale

E��e�i�� �� �����rs��i� 13Gazeta do Vale

R�laçã� d� Ina��� c�� � �ida�� � c�ntad��� ����� �� ��po�iç�e�

Eventos integram programação rumo ao Cinquentenário da instituição

1ª turma do INATEL em frente ao Tiro de Guerra

A comunidade de San-ta Rita do Sapucaí é de ex-trema importância para o Inatel - Instituto Nacio-nal de Telecomunicações, que completa 50 anos em 2015. Foi com o essen-cial apoio dos morado-res e autoridades do mu-nicípio que José Nogueira Leite conseguiu fundar,

em 1965, a primeira fa-culdade do Brasil com foco nas Telecomunica-ções. Um processo rápi-do para a época, mas que teve grandes di�iculdades até a consolidação efetiva da cidade como o Vale da Eletrônica. Boa parte des-sa história poderá ser vis-ta ao longo do ano em uma

série de exposições or-ganizadas pelo Centro de Memória do Instituto.

A primeira delas pode ser visitada até 28 de julho e destaca a Sociedade de Amigos de Santa Rita do Sapucaí, entidade que saía à frente na busca de solu-ções para o desenvolvi-mento da cidade e que teve grande contribuição para a fundação do Inatel. No dia 3 de julho de 1964 o pro-fessor José Nogueira Lei-te fez uma apresentação aos membros da Socieda-de de Amigos sobre o pro-jeto de criação de uma fa-culdade de engenharia de telecomunicações. A ideia foi muito bem aceita e logo se criou uma comissão que buscou apoio no Ministé-rio da Educação e Conse-lho Nacional de Telecomu-

nicações. Menos de um ano depois, em 31 de março de 1965, era realizada a aula inaugural do Inatel.

A exposição reúne do-cumentos, fotos e depoi-mentos que contam sobre essa e outras conquistas que contribuíram para o desenvolvimento do Vale da Eletrônica. A mostra está instalada no Espaço Memória Inatel (2º piso do CICCT, ao lado do Tea-tro Inatel). O horário de visitação é de segunda a sexta-feira das 8 às 18h.

Para este ano ainda es-tão previstas exposições sobre o Clube Feminino da Amizade e de ex-alunos do Inatel. Já para 2015 serão mostrados os pioneiros do Inatel, as visitas ilustres, os projetos e programas do Instituto e produtos lança-

dos por empresas criadas por ex-alunos e que hoje despontam no mercado na-cional e internacional.

O diretor do Inatel, pro-fessor Marcelo de Oliveira Marques, ressalta a impor-tância da cidade, dos colabo-radores, alunos e ex-alunos para o crescimento e con-solidação do Instituto como importante parceiro no de-

senvolvimento do Vale da Eletrônica e do país. “Esses eventos que serão realizados ao longo deste e do próximo ano são uma forma de agra-decer a nossa comunidade educativa, a nossa comuni-dade de Santa Rita do Sapu-caí, pelo muito que já conse-guimos, mas também pelo muito que será conseguido nos próximos anos”.

Exposição conta a história do INATEL

E��e�i�� �� �����rs��i�14 Gazeta do Vale

O h���� ��� ��r�� S�nt� Rit� d� es��r�Ivon Luiz Pinto

Houve uma época em que Santa Rita do Sapucaí, tam-bém, não possuía ilumina-ção urbana. Poucos se aven-turavam a sair à noite, pois as ruas �icavam em completa escuridão e havia mil perigos espreitando o transeunte: atoleiros, buracos, animais soltos como cabras, vacas, ca-valos e porcos. Além disso, havia o perigo de ser assalta-do. Sair à noite, só em emer-gência de vida, buscando os recursos de um médico, far-macêutico ou parteira, e de morte, na busca de um padre para a assistência �inal.

No entanto, quando as famílias saiam à noite, leva-vam um moleque com uma lanterna, o qual ia na fren-te iluminando o trajeto e ca-minhavam fazendo baru-lho para espantar animais e pessoas.

Mais tarde, por volta de 1912, chegou a eletricidade, trazida pelo esforço e audá-cia do senhor Antonio Mo-reira da Costa Júnior.

Filho de Antonio Mo-reira da Costa e dona Ma-ria Cândida Ribeiro, nasci-do em 1 de julho de 1867, na fazenda da Pedra, muni-cípio de Cristina, veio para Santa Rita com os pais e aqui se casou, em 1885, com sua prima Virgilina Carnei-ro Moreira, natural de Pe-dra Branca, atual Pedralva, nascida em 24 de setembro de 1871, �ilha de Joaquim Carneiro de Paiva e de Lídia Carneiro de Abreu.

Homem dinâmico e prós-pero fazendeiro, de olhar an-tecipado para o progresso notou que Santa Rita se res-sentia da falta de luz elétri-ca e, não obtendo apoio nas empresas fornecedoras de energia, que na época eram

poucas e de baixa capacida-de, ele resolveu, por conta própria colocar luz na cida-de. Procurou pela região até que encontrou um local ideal para o empreendimento no município de Natércia, junto à queda d’água São Miguel.

Reuniu a família e anun-ciou que iria para a Alema-nha comprar o maquinário necessário para montar uma hidroelétrica. Disseram que ele era visionário, sonhador e que não ia conseguir.

O equipamento foi des-pachado por navio até o por-to do Rio de Janeiro e daí por estrada de ferro até Cruzei-ro. De Cruzeiro para Santa Rita e, posteriormente Na-tércia, o transporte foi fei-to em carros de boi. Viagem longa, cansativa e cheia de perigos, avançando por ser-ras e atoleiros, na cadencia monótona dos bois.

(Continua na pág. 15)

E��e�i�� �� �����rs��i� 15Gazeta do ValeO prefeito da San-

ta Rita, sabendo que o comboio ia passar por meio da cidade e com medo de esburacar ain-da mais as suas ruas, proibiu seu trânsito ao que Tonico Moreira o desafiou a embargar a passagem.

A montagem no local estava sendo feita por um engenheiro, sob o olhar critico do proprie-tário que o corrigiu di-zendo que estava fazen-do as coisas erradas.

- Eu sou o engenheiro e sei o que estou fazen-do, respondeu.

A usina não funcio-nou, o maquinário foi montado com erros e o engenheiro teve que fu-gir do local.

Corrigido, cuidadosa-mente, veio a funcionar perfeitamente e a rede de fios levada até Santa Rita. Mais tarde a rede elétrica seria estendida à Cristina, Heliodora e a própria Natércia.

E��e�i�� �� �����rs��i�16 Gazeta do Vale

‘O V��� d� E�e�r��ic�’Santa Rita do Sapucaí é

conhecida como o Vale da Eletrônica.

“O Vale da Eletrônica” é um dos principais pólos de desenvolvimento tec-nológico do Brasil, sendo reconhecido nacional e in-ternacionalmente pela alta qualidade de seus produ-tos, que são exportados para diversos países.

O desenvolvimento de tecnologia de ponta tem seus alicerces na e�icien-te estrutura educacional de nível técnico e superior nas áreas de Eletrônica, Informática, Telecomuni-cações e Administração existentes no município.

O sucesso do projeto “Vale da Eletrônica” se deve a vários fatores: à visão de seus idealizadores, ao deci-dido apoio das escolas, dos empresários e da comuni-dade local; à preocupação constante com a qualida-de dos equipamentos que produz; à farta mão-de--obra especializada dispo-nível no município; aos es-forços e desenvolvimento

de tecnologia de ponta feita em conjunto pelas escolas e empresas, e uma e�iciente política de marketing, etc.

A maioria das empre-sas do município atua nas áreas de Eletrônica, Te-lecomunicações e Infor-mática. Isto gerou a ne-cessidade de abrir outras empresas com atividades paralelas, aumentando consideravelmente a ofer-ta de emprego para o povo santa-ritense. Porém, não só de eletrônica vive o “Vale”. Também existem empresas de confecções, mecânica �ina, artes grá-�icas, agropecuária, mate-rial de construção e um di-nâmico comércio.

Como consequência na-tural deste processo foi cria-da a “Associação Industrial de Santa Rita do Sapucaí”, que congrega a maior parte das empresas da cidade.

É importante destacar que a parceria entre a As-sociação e o SEBRAE-MG, tem sido a alavanca para que nossas empresas pos-sam mostrar seus produ-

tos nas principais feiras e eventos do mercado nacio-nal e internacional. Um dos principais objetivos da As-sociação Industrial é trazer para seu seio todas as in-dústrias do município, tra-balhar e oferecer bene�í-cios aos seus associados e à comunidade santa-ritense.

Polo Tecnológico – Apoio ao Empreendedorismo

A Prefeitura desenvolve uma série de ações de apoio ao empreendedorismo, que podem bene�iciar o empre-endedor desde a concepção do projeto até a construção de sua sede própria, como:* Ensino de empreendedo-rismo desde o ensino básico;* Sistema de pré-incuba-ção nas escolas;* Incubadora Municipal de Empresas;* Centro Empresarial;* Doação de terrenos;* Subsídio de aluguéis de empresas;* Infraestrutura básica.

Fonte: Prefeitura de Santa Rita do Sapucaí

E��e�i�� �� �����rs��i� 17Gazeta do Vale

S��h� M����r�E�s� ������ v� �� p��

��� h���n�Falar sobre a vida dessa mulher nos

faz avaliar muitas coisas.Uma vida que teve um propósito e

cumpriu com esse propósito de despren-der de seus bens para criar condições para o bem estar e o desenvolvimento de seu povo. Acima de qualquer vínculo po-lítico, sua preocupação era com a nação.

Com seu jeito mineiro, falando bai-xo, mas ao mesmo tempo de personali-dade forte, essa mulher conseguia, com seu trabalho, encantar presidentes, mi-nistros, deputados, mesmo existindo entre eles discórdias políticas. Seu pro-jeto era maior, ela era uma pessoa que acreditava e justamente essa sua de-terminação contagiava a todos. Ami-gos, operários, padres, trabalharam com muito empenho para ajudá-la na realização de seus objetivos.

A vida não lhe deu �ilhos naturais, mas com certeza ela ainda existe no co-ração de milhares de pessoas que, quan-do crianças, tiveram o privilégio de tê-la como protetora na sua educação escolar.

(Sinhá Moreira – uma mulher a fren-te de seu tempo – de Lilian Fontes)

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Fest� �� S�nt� Rit� �� Cás�i� 2014

�� S�nt� Rit� d� S��uc��Rita Seda Pinto

Pode-se dizer que, des-de quando foi fundada esta cidade, já houve a festa da Padroeira, Santa Rita de Cássia, cuja imagem veio de Portugal na bagagem dos fundadores.

Eu pensava que a ima-gem trazida por Manoel da Fonseca e Dona Geno-veva fosse aquela grande, que �ica no nicho do altar, com anjinhos aos seus pés. Ficava pensando em como conseguiram trazê-la! Mas descobri que a imagem que eles trouxeram é bem me-nor, gordinha, com jeito de italianinha mesmo... E que, para sua maior segurança, �ica dentro de uma redoma de vidro! Você sabia disso?

Voltando ao assunto de festa: começou com pro-cissão, missa em capela im-provisada, almoço, comes e bebes, prendas... Era uma sementinha que foi brotan-do e criando raízes, cres-cendo, evoluindo a cada ano, com a mesma fé e carinho.

Sempre teve duas ver-tentes: a espiritual e a so-cial. A primeira contava com novenas, missas e pro-cissão e tinha os casais fes-teiros, ajudados por vo-luntários nos trabalhos e com ajuda material de todo povo. Os �ieis católicos ado-taram a devoção à santinha italiana, “a santa dos casos impossíveis”, con�iando--lhe seus problemas e sem-

pre recebendo graças por sua intercessão.

Construiu-se uma cape-la provisória, que foi cres-cendo, transformando-se no belo santuário que co-nhecemos hoje. Em 1957 foi trazida de Cássia a sua ima-gem, feita em madeira, có-pia �iel de seu corpo, que após quase quinhentos anos de seu falecimento, conti-nua incorrupto no convento de Cássia, na Itália. Repousa numa urna de madeira e vi-dro, dentro de uma belíssi-ma capela. Portanto, nossa Imagem, urna e capela, são cópia do original.

Nas festas dos anos 50 a 90, o ponto alto das come-morações mundanas eram os leilões de gado, e o de prendas, cartuchos e assa-dos. Este último era feito na praça da Igreja, numa cons-trução de madeira, des-montável, aproveitada a cada ano e enfeitada de co-res diferentes a cada dia da novena.

Parece que ouço, ainda, o Sr. Raposo, com seu vozei-rão, anunciar a “rosca rai-nha”, a “leitoa recheada”, “os cartuchos”recheados de doces caseiros, sequi-lhos e doces �inos, que dei-xavam as crianças alvoro-çadas (meus �ilhos até hoje são gamados neles... não podem faltar!). Por sinal, que neste ano as “artistas festeiras” inventaram al-guns cartuchos diferentes, ostentando a �igura de San-ta Rita, ricas bonecas e pa-lhaços. Novidade! Merecem destaque!

Nos antigos leilões, os lances eram dados pelos presentes e a gente tinha o cuidado de nem piscar, pois se �izéssemos um gesto de olhos, de mão ou de cabe-ça, arrematávamos algo que nem de longe desejáva-mos... O martelinho batia e o nome da gente era anun-ciado como arrematador! Tinha que ser esperto!

(Continua na pág. 19)

Leilão de gado da Festa de Santa Rita - Local Praça Santa Rita onde era o prédio da TELEMIG e hoje Oi Celulares!

E��e�i�� �� �����rs��i� 19Gazeta do Vale

A rosca rainha, o pão cheio e o cartucho são exclusividades daqui. . . Marca registrada! Ha-via música no coreto feita pela Lira Santarri-tense. Cada dobrado ca-prichado! Mas tudo isso ficou no passado, hou-ve muita mudança. Ain-da tem assados, roscas, pão cheio, cartuchos enfeitados! Mas são vendidos ou encomen-dados no Centro Pasto-

ral (casa da festa). Ain-da tem leilão de gado, realizado na proprieda-de da Cooperativa San-ta Rita, local privile-giado para tal evento. Temos agora a Barra-ca da Festa, em frente ao Santuário, oferecen-do quitutes deliciosos, de primeiríssima qua-lidade. E com música ao vivo também, mas com as atuais “bandas” de cantores, em solo ou dupla, acompanhados de violões.

A Lira Santarriten-se acompanha a Procis-são que encerra a festa, levando em andor capri-chosamente enfeitado, a padroeira pelas ruas, abençoando os mora-dores, seus fieis devo-tos. O encerramento é uma verdadeira apote-ose: a procissão é mui-to concorrida, os carros de som se colocam em cada esquina para aju-dar o povo a rezar e can-tar, são anunciados os festeiros do ano seguin-te na porta do Santuá-rio e todos se encantam

com a queima de fogos de artifício encerrando a festa. A praça fica lo-tada de fieis daqui e de outras cidades.

E tem as barraqui-nhas visitantes.. . Es-tas são motivo de polê-mica todo ano: animam a festa, trazem novida-des, vendem mais ba-rato, mas trazem in-convenientes. O povo gosta. É o seu shoping a céu aberto! Já fo-ram armadas em diver-sos lugares. Atualmen-te ocupam a Avenida Beira-Rio.. . E tem mais atrações na festa: tren-zinho da alegria, par-que de diversões, bai-les, jantares dançantes, almoço no dia da festa, sorteio de carro e mo-tos, sorteio de prendas, barracas de entida-des e escolas, cada qual com sua especialidade. E mais um punhado de coisas, que a gente só descobre quando par-ticipa da festa! A você, amigo leitor, f ica o nos-so convite: venha feste-jar conosco!

Imagem de Santa Rita

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D�. E���nd�, �m� �id� �e�icad� � �e�i��n�

Edmundo Prado Morei-ra, nasceu em Alfenas e foi registrado em Machado, em 30 de maio de 1901

Estudou as primeiras letras, com os pais Joa-quim Leopoldino de Sou-za Moreira e Eurídice do Prado Moreira na Fazen-da do Jambo, em Macha-do. Iniciou o curso pri-mário em 1912, no Grupo Escolar Cel. José Bento.

Foi transferido a partir de 1913 para Santa Rita do Sapucaí, para estudar no recém formado Institu-to Moderno de Educação e Ensino. Concluiu o curso em 1920.

Realizou exames par-celados no Colégio Pedro II (Externato, no Rio de Janeiro).

A partir de 1920, foi matriculado após sub-meter-se a exame vesti-bular, na Faculdade de Medicina da Universi-dade do Rio de Janeiro.

Cursou a faculdade fre-quentando a enfermaria de Miguel Couto.

Especializou-se em obstetrícia, como interno por 2 anos.

Formou em 1925, depois de defender a tese “ TRANS-FUSÃO DE SANGUE NO RE-CÉM NASCIDO”, recebendo o título de “ DR EM MEDICINA”.

Iniciou sua função de médico em Cachoeira de Mi-nas, onde permaneceu por 1 ano (1926).

Transferiu-se para San-ta Rita do Sapucaí em 1927, onde casou-se com Maria Andrade Moreira em 19 de janeiro de 1.927.

Desta união, Dr Edmun-do teve 5 �ilhos: Eurídice Maria, Edmundo, Eluiz Car-los, Levy e Marilisa.

Iniciou seus atendimen-tos no antigo Hospital Antô-nio Moreira da Costa em fe-vereiro do mesmo ano.

Três anos após, o Hospital fechou as suas portas em es-

tado de verdadeira falência.Designado interventor

pelo então Prefeito, lutou com seus colegas, fazendo quermesses e festas, tam-bém com empenho, conse-guiu verba federal até rea-brir as portas da instituição, reequipando a casa e crian-do a enfermaria para mu-lheres que era inexistente, quitando todas as dívidas.

Com um grupo de co-legas onde o provedor era José Palma Rennó, consti-tuiu uma comissão constru-tora para fazer uma nova sede para o hospital, levan-tando capital, com duas fes-tas de Santa Rita, do qual foi festeiro .

Fez intensa campanha pelo “Jornal Correio do Sul” e acompanhou a comissão levantando mais capital, participou da confecção da planta da casa e orientou na compra de equipamentos para o novo hospital.

(Continua pág. 21)

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D�. E���nd�, �m� �id� �e�icad� � �e�i��n�

Edmundo Prado Morei-ra, nasceu em Alfenas e foi registrado em Machado, em 30 de maio de 1901

Estudou as primeiras letras, com os pais Joa-quim Leopoldino de Sou-za Moreira e Eurídice do Prado Moreira na Fazen-da do Jambo, em Macha-do. Iniciou o curso pri-mário em 1912, no Grupo Escolar Cel. José Bento.

Foi transferido a partir de 1913 para Santa Rita do Sapucaí, para estudar no recém formado Institu-to Moderno de Educação e Ensino. Concluiu o curso em 1920.

Realizou exames par-celados no Colégio Pedro II (Externato, no Rio de Janeiro).

A partir de 1920, foi matriculado após sub-meter-se a exame vesti-bular, na Faculdade de Medicina da Universi-dade do Rio de Janeiro.

Cursou a faculdade fre-quentando a enfermaria de Miguel Couto.

Especializou-se em obstetrícia, como interno por 2 anos.

Formou em 1925, depois de defender a tese “ TRANS-FUSÃO DE SANGUE NO RE-CÉM NASCIDO”, recebendo o título de “ DR EM MEDICINA”.

Iniciou sua função de médico em Cachoeira de Mi-nas, onde permaneceu por 1 ano (1926).

Transferiu-se para San-ta Rita do Sapucaí em 1927, onde casou-se com Maria Andrade Moreira em 19 de janeiro de 1.927.

Desta união, Dr Edmun-do teve 5 �ilhos: Eurídice Maria, Edmundo, Eluiz Car-los, Levy e Marilisa.

Iniciou seus atendimen-tos no antigo Hospital Antô-nio Moreira da Costa em fe-vereiro do mesmo ano.

Três anos após, o Hospital fechou as suas portas em es-

tado de verdadeira falência.Designado interventor

pelo então Prefeito, lutou com seus colegas, fazendo quermesses e festas, tam-bém com empenho, conse-guiu verba federal até rea-brir as portas da instituição, reequipando a casa e crian-do a enfermaria para mu-lheres que era inexistente, quitando todas as dívidas.

Com um grupo de co-legas onde o provedor era José Palma Rennó, consti-tuiu uma comissão constru-tora para fazer uma nova sede para o hospital, levan-tando capital, com duas fes-tas de Santa Rita, do qual foi festeiro .

Fez intensa campanha pelo “Jornal Correio do Sul” e acompanhou a comissão levantando mais capital, participou da confecção da planta da casa e orientou na compra de equipamentos para o novo hospital.

(Continua pág. 21)

E��e�i�� �� �����rs��i� 21Gazeta do Vale

E, também, pelo Jor-nal Correio do Sul, onde foi colunista por vários anos, fez campanhas em prol do desenvolvimento da cidade.

Indicou as Irmãs de Providência para a dire-ção religiosa e enferma-gem do hospital.

Criou um substituto para o fórceps (Laço Obsté-trico), realizando 32 inter-venções com pleno êxito.

Atuou como obstetra, auxiliar de cirurgia e clí-nico geral por 63 anos.

Atendeu também por vários anos como clínico geral e obstetra no Sin-dicato Rural, onde mon-tou uma pequena farmá-cia com amostras.

Foi médico de higie-ne da prefeitura e seus vencimentos eram credi-tados à Caixa Escolar da Escola Normal.

Foi nomeado profes-sor do curso de formação de professoras, dos cur-sos de história, filosofia da educação e sociolo-gia educacional da Esco-la Normal de Santa Rita do Sapucaí, por 25 anos, onde foi vice diretor e di-retor (por 2 anos).

Manteve o curso de segundo grau de forma-ção de professor, forne-cendo material aos alu-nos.

Fez parte da comis-são construtora do Club Santarritense e como tal promoveu festas para le-vantamento de capital necessário para a sua construção

Atuou no campo po-lítico pelo partido PSD e foi candidato a deputa-

do estadual, não obten-do êxito.

Na década de 70, após ficar viúvo, casou-se com Stella Paiva.

Da segunda núpcias, Dr. Edmundo teve mais 3 filhos, sendo eles Stella, Luiz Edmundo e Lucas.

Foi vereador por 2 le-gislaturas.

Foi membro da Socie-dade dos Amigos de San-ta Rita do Sapucaí, auxi-liando na campanha para a criação do INATEL. Foi homenageado pela As-sociação de Medicina de Minas Gerais no seu jubi-leu de ouro, em 1975.

Foi também homena-geado pela sociedade lo-cal e recebeu o título “de cidadão santarritense”, conferido pela prefeitura.

Foi membro da Aca-demia Santarritense de Letras.

Hoje a maternidade do Hospital Antônio Mo-reira da Costa, leva o seu nome.

Dr Edmundo foi ho-menageado também, ten-do o seu nome em uma rua no Bairro Jairo Grillo

Dr. Edmundo PradoMoreira

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Fot o� Hist��ica�

Turma do Magistério da Escola Normal Sinhá Moreira

Alunos de Educação Física na Escola Normal Sinhá Moreira nos anos 50

Des�ile de 7 de setembro da Escola Nossa Senhora de Fa-tima. Nesta foto podemos ver a saudosa professora Santi-nha Mendes e o loirinho atrás da porta bandeira é o Wagner ‘Gaiola’ Matragano

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