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O Enfermeiro e a Morte

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O Enfermeiro e a Morte

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Os aperfeiçoamentos dos cuidados médicos e a nutrição permitiram que a maioria das pessoas sobrevivam até á velhice.

Mas apesar de todos os avanços da ciência moderna, 100% das pessoas ainda morrem.

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Uma vez no hospital ninguém menciona a possibilidade de a doença ser fatal: a morte é tratada como um segredo criminoso.

Os tradicionais costumes de luto tem vindo sendo abandonados e os rituais de cremação ou enterro perderam muito do seu significado emocional.

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O Enfermeiro e a Morte

Cada geração e cada sociedade desenvolveu as suas próprias soluções para o problema da morte. No entanto, todas as sociedades vêem a morte como uma transição relativamente á pessoa que morre.Os tempos de morte e desolação, são tempos em que as pessoas precisam umas das outras.

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A morte é um facto a viver e como tal faz parte da vida.A morte é algo que desconhecemos, mas em relação á qual profundamente não duvidamos. “ È como a outra face da lua, nunca a vemos mas sabemos que existe, podemos compreender a face que nos é revelada: a vida .”

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Se soubermos assumir que a morte enquadra a nossa existência, podemos concentrarmo-nos melhor na sua vivência quotidiana, equacionando o que fazemos e para que o fazemos.

Durante muito tempo a morte foi considerada como um tabu. Mas a partir da década de 50/60, a morte começou a sair da clandestinidade.

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Antes morria-se em casa, quase ritualmente, hoje morre-se “ cientificamente “, no hospital, ás escondidas da família, rodeado do silêncio “ mortal”, e o morto não entra em casa.

A morte acaba também por estar na mão dos médicos, quando o doente não é deixado morrer naturalmente, antes fica ligado a aparelhos sofisticados que o mantêm artificialmente á vida.

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“ Ao reflectir sobre a morte e ao estar consciente dela, a vida adquire um sentido pleno” Dalai Lama

A morte é natural á vida. Escondendo a morte, estamos de qualquer forma a esconder ou a desvalorizar a vida.

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A morte não é mais que uma passagem para outra vida e que o “ instante da morte é uma experiência única, bela, libertadora que se vive sem medo nem angústia “. Ross

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Algumas vezes questionamo-nos sobre a morte desta ou daquela pessoa. Muitas vezes sentimo-nos embaraçados com o momento da morte, mas sempre nos sentimos solidários com a pessoa no seu processo de morrer.

Consciencializamos também que a morte da pessoa nos confronta com os limites da nossa actuação e por isso algumas vezes nos sentimos “ desfeitos “.

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Chegamos a ter medo da nossa fragilidade perante a morte de outro, não nos fossemos sentir incapazes de lidar com a pessoa e de não saber como gerir a sua revolta, angústia e, mesmo a sua aceitação.Parece haver um contra senso, quando apregoamos o direito á vida, remetemos a pessoa ao esquecimento e recusamos a solidariedade a essa pessoa que se confronta com o seu fim.

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A pessoa, antes de morrer, tentará transmitir aos que a acompanham o essencial de si própria.

O tempo que antecede a morte pode ser simultaneamente o de uma realização da pessoa e da transformação do que a rodeia.

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O Enfermeiro e a Morte

Quando nada mais nos resta a fazer, podemos ainda amar e sermos amados, e muitos moribundos, no instante de deixarem a vida , nos têm lançado esta mensagem: “ não passem ao largo da vida, não passem ao largo do amor”.Devemos nesta fase final, olhar em frente e apoiarmo-nos uns aos outros, em vez de rodearmos a morte de silêncio e solidão.

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“A vida é uma doença incurável que fatalmente acaba sempre e a principal diferença entre nós e os nossos doentes prende-se com a possibilidade deles virem a morrer primeiro...”

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“ É preciso toda a vida para aprender a morrer “

Séneca

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“ A morte é a outra face da vida...”

Autor desconhecido

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“Quem ensinar o homem a morrer, ensiná-lo-á também a viver...”

Montaigne

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Referências Bibliográficas:ARIÈS, Philippe - O homem perante a morte. Mem Martins : Europa América, 2000. ISBN 972-1-01152-5. 341p.

BARROS DE OLIVEIRA, J. H. - Viver a morte - abordagem antropológica e psicológica. Coimbra : Almedina, 1998. ISBN 972-40-1063-5. 256p.

CABRAL DE FRIAS, Cidália De Fátima - A aprendizagem do cuidar e a morte. Loures : Lusociência, 2003. ISBN 972-8383-50-9. 210p.

HENNEZEL, Marie De - Diálogo com a morte. Lisboa : editorial noticias, 1997. ISBN 972-46-0793-3. 173p.

PARKES, Colin Murray et al- Morte e luto através das culturas. Lisboa : Climpesi Editores, 2003. ISBN 972-8449-38-0. 297p.