#13 - Abril 2011

23
Ano II – Nº 13 – Abril/2011 Pets pelo Mundo Animais no Chile Pet Alerta Remédios perigosos para os animais Pet Comportamento Mutilações pela estética Pet Entrevista Deputado Feliciano Filho

description

Revista Conexão Pet, edição de Abril de 2011

Transcript of #13 - Abril 2011

Page 1: #13 - Abril 2011

Ano II – Nº 13 – Abril/2011

Pets pelo MundoAnimais no Chile

Pet AlertaRemédios perigosos para os animais

Pet ComportamentoMutilações pela estética

Pet EntrevistaDeputado Feliciano Filho

Page 2: #13 - Abril 2011

Caros leitores,

Gostaria de dividir com vocês toda a alegria que é completar um aninho de vida! Foi um ano de muito trabalho, aprendizado e crescimento, e graças a vocês temos mui-to o quê comemorar! A cada edição, temos mais apoio e mensagens positivas a respeito do nosso tra-balho, o que nos leva a crer que estamos trilhando o caminho certo. Muito obrigada por todo o carinho e pelos comentários e sugestões, eles são sempre muito bem-vindos! Parapresenteá-losresolvemosfazeralgumasmodificaçõesnovisualdanossare-vista digital, que acreditamos que deixará sua leitura ainda mais agradável e prazerosa. Neste mês de aniversário, fazemos uma pequena retrospectiva desse início de trabalho, e temos muitos outros temas interessantes: vamos falar da importância da adoção, da vida dos animais no Chile, de uma história de amor envolvendo uma cadela e uma gata e dos riscos de cirurgias desnecessárias em nome da estética. Espero que gostem de mais uma revista preparada com todo o carinho e respeito. Obrigada por fazerem parte desse início da nossa vida! Com certeza nossa caminhada será de muito sucesso e aprendizado!

Grande abraço,

Vivian LemosEditora

[email protected]

Direção e Edição:Vivian Lemos – MTB: 26122/RJ

[email protected]

Criação e Design:Rede Zumbi

[email protected]

Comercial:[email protected]

Sugestões, críticas e dúvidas:[email protected]

A revista virtual Conexão Pet é uma publicação da Múltipla Edições Ltda. Todos os direitos reservados.Para reproduzir nossas matérias contate [email protected]

* Os artigos e anúncios veiculados na revista Conexão Pet são de responsabilidadede seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião do veículo.

Agradecimentos:Benedito Fortes de ArrudaCarlos Leandro Henemann

Feliciano FilhoFlávia Tonim

Gustavo CampeloJacqueline Rapkiewicz

Júlia MariottoJuliana Castro

Lilian RockenbachMarcello RozaPaula Coutinho

Tatiana BérengerThais e Silva

Vanessa Lopes

Editorial Expediente

02

Page 3: #13 - Abril 2011

1 ano de amor aos animais!

Page 4: #13 - Abril 2011

vvvWva

Sumário

13 Capa15 Pet Comportamento17 Colunista Convidado18 Pet Saúde19 Pet Entrevista21 Plantão Vet

Mensagens dos Leitores 05 Pet Notas 06

Celebridades do Bem 07Educação Pet 08

Pets pelo Mundo 09 Pet Alerta 11

Diários de PetSitter 12

04

Page 5: #13 - Abril 2011

Se você tem alguma dúvida, crítica ou sugestão envie sua mensagempara [email protected] e ela pode ser publicada aqui.

Quero parabenizar a equipe, pois a revista é muito boa. Artigos simples, diretos e escla-recedores; continuem assim e sucesso. Um abraço.

Neusa Maria Gonçalves e CastroRibeirão Pires/SP

Parabéns pela revista e pela qualidade das reportagens. Foi um grande prazer fazer a leitura gratuita. Obrigada! Obs: sou bióloga, protetora de animais e co-nheço muitos pets e pessoas que gos-tam de animais.

Cristiane PrazeresSalvador/BA

Quero apenas parabenizar vocês pelo bom trabalho que realizam e pela pro-teção que passam aos animais. Sendo deserdados da sorte e tão abandona-dos é importante que todos sejamos o exemplo de um novo tempo, um tempo de amor e compaixão.

Maria da Luz A. VictaliItaquaquecetuba/SP

Interessante a matéria sobre co-midas perigosas para os animais. É sempre bom estarmos atentos ao que nossos amigos ingerem.

Ricardo NasoliniCampina Grande/PB

Fiquei de boca aberta com a matéria sobre resgate de animais! Realmente as histórias são lindas! Gostaria de parabenizar todas as pes-soasqueparticiparamdamatéria,elasfizerama diferença na vida de animais inocentes.

Carolina RivieraSão Paulo/SP

Muito bonita a reportagem sobre os animais resgatados. Todas as pessoas deveriam ter essa atitude diante de um animal abandona-do.

Marcos André AlvesRio de Janeiro/RJ

A matéria sobre gravidez psicológica es-tava muito esclarecedora e me fez enten-der o que minha cadelinha Suzie passa. Já marquei castração para que ela não passe mais por esse problema, muito obrigada!

Patrícia AlmeidaAraruama/RJ

Mensagens dos leitoresOlá,Sempre acompanhamos sua revista (virtual) e gostaríamos de colocar à disposição nosso site no link “Me Adote”. O nome da entidade é Voluntários Amigos dos Bichos. Obrigada e parabéns pelas excelentes matérias!www.voluntariosamigosdosbichos.com.br

Jovane BottinChapecó/SC

05

Page 6: #13 - Abril 2011

Bombom de pelúciaO chocolate é muito perigoso para cães. Se você ficacompeninhadoseuamigãonaPáscoa,quetal dar um bombom que só vai trazer alegrias a ele? São brinquedos de pelúcia em forma de bombons, que vêm com uma bolinha em seu interior, fazendo com que o brinquedo pule. Disponível em duas versões (Sonho de Vausa e Auro Branco) eles custam R$16,90 cada e estão à venda no Empório Mima Pet.www.mimapet.com.br.

Amor CaninoOs donos apaixonados por seus cães, agora têm mais uma possibilidade de demonstrar o amor por seus animais: decorar a casa com capas de travesseiro que carregam a inscrição I Love My Dog. Oliver e Julieta Mosqueda criaram a peça que está a venda em www.etsy.com/shop/Petette por aproximadamente R$ 51 mais frete. Há estampas com gatos também!

Casa OvoQue tal dar uma casinha superlegal para seus pets que de quebra ainda dá mais estilo à sua casa? Essa é a proposta da pEi Pod, uma casinha em formato de ovo, e em cores superdescoladas. Está à venda no site www.peipod.com e na hora da compra é possível escolher cor da “casca” e da almofada. Estão disponíveis no tamanho pequeno e custam 129 dólares.

Joias AnimaisA empresa Rockin' Doggie criou uma linha de joias para que você possa carregar o carinho que tem para seu pet em qualquer lugar. São treze peças de prata com inscrições como “Amigo Fiel”, “Para Sempre Amado” e “Sempre em Meu Coração”, entre outras (em inglês). Os preços variam de 48 a 66 dólares e as peças podem ser adquiridas em www.rockindoggie.com.

Pet Notas

Divulgação

Divulgação

Divulgação

Divulgação

06

Page 7: #13 - Abril 2011

Celebridades do bem

O vocalista da banda Linkin Park fez questão de exibir suas muitas tatuagens para protestar contra o uso de peles de animais. Bennington participou da campanha Ink not Mink (algo como Tinta, não Mink), da ONG Peta. “Eletrocutar animais e escalpelá-los quando ainda estão vivos não é um ato humano. Pelo fato das pessoas não verem isso, esses coisas acabam ficando fora da mente de todos nós. Precisamos é mostrar respeito por todas as criaturas do mundo”, afirmou o músico.

O ator Mickey Rourke ficou conhecido na década de 80 como símbolo sexual, ao participar do filme “Nove e Meia Semanas de Amor”. Depois de um tempo no ostracismo, voltou interpretando tipos durões no cinema. Mas o astro mostrou uma faceta bem menos conhecida: a de amante dos animais. Rourke participou de uma campanha em prol da castração e adoção de animais na Índia.

A atriz Malu Mader é um dos rostos mais conhecidos dos brasileiros. Antes de considerar a carreira artística, Malu sonhava em ser veterinária. A atriz teve uma grande oportunidade de mostrar seu amor aos animais posando para o calendário de 2011 da ONG carioca Suipa. Na imagem, ela aparece com um dos cães da instituição, disponíveis para adoção.

As gêmeas Lisa e Jessica Origliasso, da banda australiana The Veronicas, também participaram de uma campanha contra o uso de peles promovida pela ONG Peta. Além disso são vegetarianas, e declaram sempre comprar cosméticos e outros produtos que não envolvam testes com animais.

Chester Bennington

Malu Mader

The Veronicas

Mickey Rourke

Eles aparecem pelos animaisEm uma cultura tão focada em celebridades como a nossa, nada melhor do que sempre saber quem são aqueles que utilizam sua influência e espaço na mídia para alertar a população sobre os direitos dos animais. Vamos comemorar um ano, conhecendo mais famosos que amam e respeitam nossos amigos animais.

Chester Bennington - Peta

Malu Mader - Divulgação/Malena Ramos

The Veronicas - AFP

Mickey Rourke - PA

07

Page 8: #13 - Abril 2011

É comum nos depararmos com cenas curiosas quando temos a companhia de um animal de estimação em casa. Alguns com-portamentos dos nossos amigos, no entanto, não são considerados normais. Cães que cor-rem atrás do rabo, se lambem em excesso e que arrancam a própria pelagem podem até ser engraçados num primeiro momento, mas com o passar do tempo e o aumento repen-tino da frequência desses comportamentos é um sinal de que o animal está sofrendo algum transtorno comportamental. Cães são animais que adoram brincar, correr, caçar e ter companhia. Suas necessida-des vão muito além de ter comida e carinho à disposição. Infelizmente algumas pessoas ad-quirem um animal somente por status e não estão nem um pouco preocupadas com eles e não oferecem essas estimulações importan-tes aos cães. Passear diariamente com os cães é um dever de todos os proprietários, assim como buscar informação e se preocupar com

o bem-estar animal. Sem desculpas! Esses animais que não recebem as de-vidas estimulações ficam frustrados em seuambiente. Essa frustração gera ansiedade, que aumenta pouco a pouco até se tornar into-lerável. Neste momento os cães criam com-portamentos estranhos, inventam o que fazer, para fugir do stress. Outra causa destes comportamentos é aprendizado pelos donos. Isso mesmo! Os próprios donos, sem querer, acabam ensi-nando os cães a ter tal comportamento. Isso acontece quando as pessoas não estão dan-do atenção ao cão e aí ele “inventa” alguma coisa para chamar atenção como correr atrás do rabo. Os proprietários desavisados acham graça ou chamam atenção do cão. Pronto. O cão acabou de aprender que correr atrás do rabo é legal, pois recebe atenção das pessoas. A melhor forma de prevenir esses com-portamentos é sempre estudar, pesquisar e pedirajudaprofissionalsobrecomoentendere lidar no dia a dia com nossos queridos com-panheiros. Lembrem-se todos os cães precisam de pelo menos um passeio diário. Você já pas-seou com seu cão hoje? Se quiserem enviar perguntas sobre o comportamento de pets, mandem e-mail para [email protected]

*Gustavo Campelo é especialista em comportamento animal e palestrante. Ele é diretor da empresa que leva seu nome, e é especializada em educação e sensibiliza-ção de pets - www.gustavocampelo.com.br

Educação Pet Comportamentos compulsivos: o que fazer?

Por Gustavo Campelo *

O BECO DA ESPERAÇA ABRIGA MAIS DE 300 ANIMAIS

E PRECISA MUITO DA SUA AJUDA!

08

Page 9: #13 - Abril 2011

Já falamos aqui na revista Conexão Pet como é a vida de animais em países de Primeiro Mundo como Alemanha, França e EUA. Agora partimos para nossos irmãos de conti-nente: os chilenos. Será que eles cuidam bem de seus pets? Um dado alarmante sobre a terra de Pablo Neruda é o número de animais abandonados: estima-se que haja cerca de 2,5 milhões de cães abandonados em todo o país, sendo que cerca de 200 mil deles vivem na capital, Santiago. Também parece que nos cuidados com os animais que têm um lar, os chilenos são bem diferentes de nós: “Posso falar pelas pessoas que conheço lá, quase nenhuma tem ca-chorro ou animais de estimação. Creio que é nítido que eles não são muito ligados a ideia de que o cão é o melhor ami-godohomem”,afirmaabrasileiraJuliaMariotto,quemoraem Santiago. Julia também nota a falta de estabelecimentos volta-dos aos cuidados com os animais: “Não há muitos pet shops por onde me movo, que são os setores mais ricos da cidade. A visão que eu tenho são de pet shops com muito menos acessórios luxuosos que no Brasil, somente itens necessá-rios”. No grande terremoto que atingiu o Chile em feverei-ro de 2010 (o tremor atingiu 8,8 pontos na escala Richter e acarretoutsunamis)cercade700milanimaisficaramsemlare acabaram vivendo por conta própria. A Coalizão pelo Con-trole Ético da Fauna Urbana (CEFU), organizou uma campa-nha no Facebook, chamada Socorro Animal Chile, mas mui-to animais ainda continuam desamparados.

Com tantos problemas e um aparente descaso envol-vendo os animais, a Prefeitura de Santiago estuda um pro-jeto de lei que proteja os animais que são abandonados nas ruas da bela cidade. O abandono de animais é tão chocante no Chile, que umacineastasul-africana,VanessaSchulz, rodouumfilmechamado Lost Dogs, que retrata a triste realidade destes animais abandonados à própria sorte. Vanessa agora busca parcerias para terminar seu projeto e mostrar ao mundo a triste vida destes cães solitários. Houve também uma terrível denúncia envolven-do construtoras chilenas. Em janeiro de 2010, a agên-cia Prensanimalista denunciou que a construtora Urbani-za SA pagava alguns motoristas de seus caminhões para que levassem os cachorros que eram abrigados em suas construções e alimentados por seus funcionários para que fossem jogados em rios da região de San Bernardo.

Pets pelo mundo

Como vivem os animais no Chile?Número de animais abandonados na capital, Santiago, impressiona

18 - Divulgação/ Lost Dogs

09

Page 10: #13 - Abril 2011

Mas se você pensa que tudo é crueldade em terras chilenas, está enganado! Sempre há humanos de bom coração dispostos a ajudar e salvar vidas inocentes. Como já relatamos aqui, houve um grande terremoto no Chile em 2010. Muitas pessoas que perderamtudonatragédia,tambémficaramsensibilizadascomasituaçãodosanimaisapós os tremores. Este foi o caso da engenheira Marcela Clemente: “Vemos muitos cachorros de coleira, que são carinhosos e muito bem cuidados, andando pelas ruas. Então, nós os alimentamos e damos abrigo de noite. E eles nos protegem”, conta Marcela, que já ti-nha uma gata, Niña, e uma cadela, Lulu. "Eles se entendem muito bem com os novos hóspedes". Pelo visto, o continente sul-americano ainda tem muito o quê aprender com os países desenvolvidos sobre o respeito aos animais. Assim como no Brasil, Julia Mariot-

to nota que a legislação chilena não é muitoeficazparaprotegernossosami-gos: “Se nota que as leis ambientais e ligadas aos animais não são o forte da justiça chilena”. Esperamos que o Chile, assim como o Brasil e outros países do con-tinente, possam estar mais atentos às necessidades e direitos dos animais e deemumavidadignaaosnossosfieiscompanheiros.

Capital: SantiagoPopulação: 17 milhõesMoeda: Peso ChilenoLíngua: EspanholClima: De montanha (interior), Árido Tropical (litoral N), MJediterrâneo (litoral centro), Tem-perado Oceânico (litoral S).Somente em Santiago há mais de 200 mil cães vivendo nas ruas. A população da capital chi-lena é de 7 milhões de habitantes.

Cães da construtora - O Globo

Câes desabrigados terremoto - Giovana Sanchez/G1

10

Page 11: #13 - Abril 2011

Cuidado: alguns remédios podem matar seu pet!Confira lista com medicamentos perigosos para cães e gatos

Os brasileiros têm uma relação íntima com medicamentos. Sentem-se em casa na farmácia e costumam acreditar piamente nas informações de atendentes de drogarias, que muitas vezes nem farmacêuticos são. Este perigoso hábito, estende-se aos animais de estimação. Acreditando que um remedinho não vai fazer mal, muitos donos prejudicam drasticamente o quadro de saúde de seus pets, ao darem substâncias que são extremamente danosas à sua saúde. Nunca medique seu animal por conta própria! Se o seu pet apresentar algum sinal de mal estar, procure imediatamente o médico veterinário. Algumas substâncias que são inofensivas a seres humanos podem levar um animal a óbito. Confira a relação de medicamentos que não devem ser ministrados, e aqueles que devem ser aplicados com cautela:

Paracetamol ( Tylenol®, Parador® e Acetofen®)

É contraindicado para gatos e deve ser usado com cautela em cães, ou seja, sob super-visão do médico veterinário.Quadro: salivação, cianose (mucosas de coloração azulada), falta de ar e vômitos, edema de face e patas, lacrimejamento e prurido, anorexia (deixa de comer) e depressão, icterícia (mucosas de coloração amarelada) devido as alterações hepáticas (fígado), podendo che-gar a coma e morte.

Acido acetilsalicílico (Aspirina® AAS® Doril® Melhoral®)

É contraindicado para gatos e deve ser usado com cautela em cães, sob supervisão do médico veterinário.Quadro: anorexia, letargia, dor abdominal, vômitos, hematêmese (vômito com sangue), diarreia, melena (fezescomsangue),insuficiênciarenal.Úlcerase/ouperfuraçõesgastrointestinais.

Diclofenaco ( Cataflan® e o Voltaren®)

É contraindicado para CÃES E GATOS!Quadro: Problemas gastrointestinais, como úlceras hemorrágicas no estômago e duodeno, vômitos e diar-reiacomsangue.Depressão,letargia,insuficiênciarenalaguda,podendolevaramorte.

Ivermectina (Mectimax®, ivomec®)

É contraindicado parta cães das raças: raças Collie, Old English Sheepdog, Australian Shepherd e nos cruzamentos destas raças. E devem ser usados com cautela, sob supervisão do médico veterinário

nas raças: Galgo Afegão, Saluki, Whippet, Greyhound e Samoyeda. Também é contraindicado para gatosÉ um parasiticida interno e externo (para controle de pulgas, carrapatos, sarnas, vermes intestinais...), usado frequentemente na clínica de pequenos animais. Não há problema na administração para cães, exceto as raças de cães descritas acima. Para estas, este medicamento é extremamente tóxico.Quadro: ataxia, falta de coordenação, convulsões, hipersalivação, sonolência, depressão, alteração compor-tamental, vômito, diarreia, anorexia.

* Fonte: Médica Veterinária Tatiana Bérenger, autora do blog Dicas Veterinárias (www. dicasveterinarias.com.br).

Pet alerta

11

Page 12: #13 - Abril 2011

Trabalhar com os bichinhos é algo que me traz muita realização e cada clien-te tem sua história, um foi comprado pra agradarofilhoquequeriaumcãozinho,outro foi encontrado na rua e se tornou parte da família, um foi comprado pra fa-zer companhia pro outro cãozinho, outro foi adotado para amenizar a solidão do dono,enfim,sempreprocurosabercomocada um dos meus clientes chegou na-quele lar, isso me ajuda até a escolher a melhor maneira de tratar cada um, com suas carências, manias, ranzincisses etc., mas entre tantas histórias destas vidinhas, em março conheci uma duplinha que me emocionou. Como sempre faço, antes de come-çar com um novo cliente, vou até sua casa para conhecê-lo e seus hábitos e também saber um pouco mais de cada um, assim, antes do feriado de Carnaval fui conhecer uma cachorrinha e uma gatinha que iria cuidar durante quatro dias no feriado e me emocionei com as histórias destas me-ninas! A Kitty é a cachorrinha, uma shitzu preta e branca, extremamente receptiva e amorosa e a Hello é uma gatinha SRD (sem raça definida) preta, muito sapecae curiosa, hoje as duas estão muito bem, amadas e bem tratadas, mas na ocasião em que foram adotadas a vida não era tão legal com elas. A Kitty era matriz de cria-dor de cães, "criador de fundo de quintal" como costumamos falar, após anos tendo ninhadas, uma depois da outra, morando em uma gaiola, sem carinho e sem cuida-dos veterinários, os criadores resolveram quenão iriammaisvenderfilhoteseco-meçaram a se desfazer das matrizes. Quando a atual dona da Kitty fi-cou sabendo desta situação, sem titubear adotou esta menina, quando chegou em seu novo lar ela tinha otite crônica, pro-blemas de pele e pelo, problemas cardí-

acos e um dos olhos sem parte da visão. A maioria das pessoas quando compra ou adota um cãozinho espera que ele não tenha nenhum problema de saú-de, muitas vezes porque já gastou para comprar e não quer ter mais gastos, al-guns até devolvem ou vendem para ou-tro o cãozinho que apresenta problemas, mas a adotante da Kitty foi o oposto, ela fez de tudo pela saúde da pequena,hoje ela toma alguns medicamentos, às vezes tem recaídas nos probleminhas de pele, mas é muito feliz, um amoreco de bichinho, só não gosta muito de outros cães por perto, talvez por ter tido uma

vida toda tendo contato com outros cães somente para reprodução. A chegada da Hello foi uma sur-presa para sua adotante, a gatinha foi en-contrada praticamente morta no meio da rua, e mais uma vez ela não pensou duas vezes, catou a bichinha e levou correndo para o veterinário e, para sua surpresa, a gatinhafilhotedeaproximadamentedoismeses estava com pontos de uma cirur-gia para sua esterilização, uma bebezinha felina, com cirurgia recente, praticamente desfalecida de dor e abandonada no tem-po, com fome, frio, sede e sem nenhum

amparo de quem passava! A pequena foi medicada, dormiu o dia inteiro e quando acordou sem sentir dor foi para seu novo lar onde foi adotada pela Kitty que teve muitosfilhinhos,masnuncahaviacuida-do de nenhum. Hoje as duas são grandes companheiras uma da outra e desta pes-soa especial que deu novas chances a es-tas vidas! A mensagem que gostaria de dei-xar para todos que leem esta coluna é que quando pensarem em comprar um animalzinho, pensem que na sua cidade existem muitos abrigos e pessoas que re-colhem animais das ruas e encaminham para adoção, a maioria deles não tem raça definida,mas todos têmmuitoamorpradareumpotencialinfinitoparaseremosgrandes companheiros para sua vida, se mesmo assim você quiser comprar um bi-chinho, procure antes saber as condições em que o criador mantém seus animais e não seja conivente com um comércio ondealgumasvidassãosacrificadasparaqueseusfilhotessejamvendidos.Façadaadoção sua primeira opção, procure co-nhecer e ajudar as ONGs, associações e abrigos da sua cidade, denuncie casos de maus tratos, se puder, acolha, cuide e en-caminhe para adoção os animais que você encontra abandonados, eles não são co-locados no seu caminho por acaso, tudo tem uma razão de ser e acontecer e acima de tudo, ame, assuma com o coração, cui-de com todo carinho de seus bichinhos, especialmente quando ficarem idosos eprecisarem mais de você! Estas atitudes só trarão recompensas para suas vidas!

*Jacqueline Rapkiewicz é pet sitter e realiza tra-balhos de dog walker, em Curitiba. Ela também publica o blog:[email protected]

Amigo não se compra, adote!Por Jacqueline Rapkiewicz *

Diários de Pet Sitter

Page 13: #13 - Abril 2011

O primeiro ano de vida é mui-to importante e determinante na vida de qualquer pessoa, animal ou empresa. Conosco não é di-ferente. Esse primeiro perío-

do da nossa trajetória foi marcado por grandesdesafios,muitotrabalhoetam-

bém fortes alegrias. Desde o começo, nossa proposta era focar no bem--estar dos animais, nas suas necessidades e características. Sabemos que nossos companheiros não leem, por isso qui-semos fazer tudo isso embalado em um visual atraente e com informações úteis aos papais e mamães desses pets. Acho que temos sido bem-sucedidos nesta empreitada! O portal Conexão Pet nasceu com o sonho de fazer parte de um mundo em que os animais sejam respeitados e encarados como seres que têm sentimentos, necessidades e que precisam da nossa proteção. Esperamos com o nosso trabalho contribuir para que os animais tenham uma vida mais feliz e mais completa. Sempre procuramos abordar a importância da adoção, da castração e da guarda responsável, todos esses temas sãorecorrentesporqueesperamosquenossosleitoresfixemessas mensagens e possam compartilhá-las com outras pes-soas.

Notamos nesse início de jornada, que nossos leitores são muito participativos, opinativos e que amam verdadei-ramente seus animais. Esperamos que vocês continuem a nos acompanhar e a dizer o que querem ver tanto no portal, como na revista, para que possamos fazer um trabalho cada vez melhor para vocês. Em um ano de vida, a revista digital Conexão Pet au-mentou sua base de leitores e falou de temas como: “Meu Pet é Diferente” (sobre pessoas que tinham como animais de estimação bichos considerados estranhos por muitos – iguanas, aranhas, cobras e até gambá!); “Por que os ani-mais são tão maltratados?” (onde abordávamos as diversas formas de maus tratos aos animais em nos-sa sociedade); “Pets torcedores” (sobre animais que amam ver jogos de futebol, e era época de Copa do Mundo!); “Meu pet envelheceu, e agora?” (relatando cuidados necessários com os animais idosos); “Terapias complementares em pets: meu animal pode?” (sobre as terapias alternativas ao tratamento veterinário convencional); “Doutores da Alegria” (sobre os benefícios que o convívio com os animais traz a nossa saúde); “Os adultos também merecem um lar” (conscientizando as pessoas sobre a im-portância de adotar animais adultos); “Os animais através da História” (sobre o papel que os animais

tiveram no desenvolvimento de nossa civilização); “Pets tec-nológicos” (com gadgets superlegais para nossos animais); “O Sexto Sentido dos animais” (que relatava impressionan-tes casos da percepção aguçada de nossos companheiros); “Resgates Impressionantes” (com histórias emocionantes sobre animais que tiveram suas vidas transformadas por pessoas especiais).

Revista Digital Conexão Pet comemora um ano de sucesso

Capa

É FESTA!

13

Page 14: #13 - Abril 2011

Além dos temas citados acima, nossas edições foram recheadas com muitos outros assuntos que tiveram a finalidade de esclarecer dúvidas dos donos, divertir e conscientizar. Temos também nossosqueridos colunistas: Marúcia de Andrade Cruz, que é médica veterinária, ama os felinos e dá dicas muito importantes para os amantes de gatos; Gustavo Campelo, que é especialista em comportamento animal e sempre dá informações muito relevantes sobre as mais variadas situações que ocorrem com nossos leitores; Jacqueline Rapkiewicz, uma pet sitter queamaerespeitademaisosanimaisqueficamsobseuscuidados,equesempredivideconoscosuasexperiências;eoDoutor Carlos Leandro Henemann, que é um veterinário experiente, e nos ensina muito sobre a relação entre veterinários e donos de pets, e como melhorar cada vez mais o cuidado com os animais. Todasessaspessoasfazempartedessesucessoesãoresponsáveisporinformaçõesdecredibilidadeeconfiançaquevocês recebem a cada mês. Gostaríamos de agradecer também a algumas pessoas que também fazem parte de nossa jornada, seja dando conselhos, ou nos apoiando de qualquer forma: Maria Luiza Reis, Bruno Amaral, Alessandro Alves, Deborah Zeigelboim, Daniele Ueda Knofel, Lionel Falcon, Fabiana Fernandez, Manuel Cortijo. Só temos que agradecer de todo o coração, por serem pessoas especiais e dedicadas ao trabalho que fazem. Mas, sobretudo, gostaríamos de agradecer a vocês, nossos leitores que nos acompanham nas redes sociais, na revista e no portal. Um agradecimento especial por tornarem nosso trabalho possível e mais divertido a cada dia. Todos os nossos esforçossãonosentidodequevocêsfiquemsatisfeitoscomnosso trabalho.Quepossamoscomemoraraindamuitosaniversários juntos!

14

Page 15: #13 - Abril 2011

Mutilações em nome da estéticaAnimais correm riscos em procedimentos desnecessários para

atender caprichos humanos

Cirurgias plásticas em humanos estão banalizadas e até viraram moda. Há quem se submeta a várias delas ao longo da vida, em busca de um padrão estético imposto pela sociedade de sonhos divulgada especialmente em revistas de celebrida-des. Não estamos aqui para criticar ninguém, até porque o ser humano faz a sua escolha, está ciente dos riscos e das con-sequências a que está exposto em uma cirurgia. E quando es-sas intervenções acontecem em animais que não têm o menos problema com sua aparência? As intervenções mais comuns em animais são: caudec-tomia (corte do rabo), conchectomia (corte da orelha), cordec-tomia (retirada das cordas vocais) e onicectomia (retirada das unhas dos gatos). Alguns procedimentos são feitos não apenas para deixar o animal “mais bonito” (de acordo com a estética humana). Alguns são também realizados para diminuir os ”incômodos” causados às pessoas: é o caso da retirada das cordas vocais e da extração das unhas dos felinos. De acordo com a resolução núme-ro 877, de 15 de fevereiro de 2008, do Conselho Federal de Medicina Veteriná-ria: Art. 7° Ficam proibidas as cirur-gias consideradas desnecessárias ou que possam impedir a capacidade de expres-são do comportamento natural da espé-cie, sendo permitidas apenas as cirurgias que atendam as indicações clínicas. § 1° São considerados procedimentos

proibidos na prática médico-veterinária: conchectomia e cor-dectomia em cães e, onicectomia em felinos. § 2° A caudectomia é considerada um procedimento ci-rúrgico não recomendável na prática médico-veterinária. SeoprofissionalinfringiraResoluçãoelepoderásofrerum processo ético que poderá resultar em advertência, cen-sura,suspensãooucassaçãodoexercícioprofissional.Casoainfraçãosejaporumapessoaquenãoéprofissional,estepodeincidirnocrimedeexercícioilegaldaprofissão. “Todos os procedimentos cirúrgicos, inclusive os mais simples, apresentam riscos. O proprietário deve estar ciente de que o benefício deste procedimento é apenas estético, não influenciandonaqualidadenemnaexpectativadevidadeseuanimal de estimação. Além disso, proprietários que procurem pessoas não habilitadas para o procedimento submetem seus animais a riscos muito maiores de lesões graves e até morte”, alerta o médico veterinário Marcello Roza. As cirurgias, por envolverem anestesia geral, já repre-sentam por si só um grande risco à vida do animal. A cau-dectomia, especialmente em animais maiores, causa dese-quilíbrio e estresse. No caso da conhectomia, há o risco da perda de uma proteção natural. A orelha caída é uma prote-ção para as estruturas internas. Cão sem proteção auricular émaissujeitoa inflamações/infecçõesdeouvido.Acordec-tomia é um dos procedimentos mais cruéis. Por um “piti” do

dono ou de um vizinho, resolve-se extrair as cordas vocais do cão. A onicectomia pode causar deformações e até a amputa-ção da pata do gatinho. Além de todos os riscos já relatados, existe também a possibilidade de infecções, dor no pós-operatório e sofrimen-tos indesejados para o animal. A não ser em casos em que uma amputação seja extremamente necessária (como em apa-recimento de tumores, por exemplo) não mutile seu animal por um capricho ou uma vaidade irresponsável. O veterinário que verdadeiramente atua com ética e ama seus animais, jamais irá fazer procedimentos desnecessários e que ponham em risco a vida do animal: “O CFMV entende, entre outros motivos, que até a edição da Resolução CFMV número 877 muitas dessas intervenções cirúrgicas ditas muti-lantes, em pequenos animais, tinham sido realizadas de forma indiscriminada em todo o País e que muitos procedimentos são danosos e desnecessários, o que fere o bem-estar dos ani-mais.Algunssãoproibidoseoutrosnãorecomendados”,afir-ma o presidente do CFMV, Benedito Fortes de Arruda. Respeite a beleza natural e as características de seu ami-go. Você e ele serão muito mais felizes em uma relação pauta-da pelo amor e livre de preconceitos.

Pet Comportamento

15

Page 16: #13 - Abril 2011

WWW.MEDVEP.COM.BR

Ney Luís PippiPRESIDENTE

VICE-PRESIDENTE Antonio F. P. de Figueiredo Wouk

André Lacerda de A. Oliveira COORD. CIENTÍFICA

Andrigo Barboza de Nardi

Marcello Rodrigues da Roza

Sandro Alex Stefanes

Anestesiologia

Acupuntura

Bem Estar

Cardiologia

Cirurgia

Comportamento

Equinos

Felinos

Fisioterapia

Homeopatia

Laserterapia

Medicina Legal

Medicina Intensiva

Odontologia

Oftalmologia

Oncologia

Ortopedia

Patologia

Reprodução

Selvagens

Videocirurgia

ESPECIALIDADES

PALESTRANTESNacionais

Internacionais

www.congressomedvep.com.br

Confira a grade no site

PREMIAÇÃO PARA OS CINCOS MELHORES TRABALHOS

01 Bolsa Integral para o Curso de Fisioterapia em Pequenos Animais.

01 Bolsa Integral para o Curso de Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais.

01 Bolsa Integral para o Curso de Clínica Médica e Cirúrgica de Cavalos de Esporte.

01 Bolsa Integral para o Curso de Dermatologia em Animais de Companhia Pequenos Animais.

01 Bolsa Integral para o Curso de Clínica Médica de Animais Silvestres e Exóticos Mantidos como Pet.

* **

* **

* **

* **

* **

***

•••

Menos o valor da inscrição Com a condição de fechamento da turma

Caso não tenha fechamento de turma, o premiado deverá escolher outro curso Será concedida apenas uma bolsa por trabalho cabendo ao grupo de autores a decisão do membro agraciado com o prêmio.A preferência de escolha do curso será dada aos trabalhos melhores qualificados de acordo com o julgamento da Comissão Científica do Congresso.

(41) 3039 1100 | (41) 3039 2867

[email protected]

WWW.MEDVEP.COM.BR

REVISTA MEDVEP@MEDVEP

HORÁRIO TEMA

08h30às

09h30

Mercado Pet Atualidades e Perspectivas

09h30às

10h30

Associativismo no mercado PETSerá uma tendência?

10h30às

11h00Intervalo

11h00às

12h00

Atitudes inovadoras paraser bem sucedido

12h00às

12h45

Paradigmas a serem vencidosno século XXI

12h45às

14h00Intervalo

14h00às

18h00

WorkshopRepública dos cães

a confirmar palestrante - ANFAPET

a confirmar palestrante - SEBRAE

a confirmar palestrante - SEBRAE

a confirmar palestrante - SEBRAE

Sergio Villasanti

27 DE JULHO (QUARTA-FEIRA)

HORÁRIO TEMA

08h30às

10h30

Empreendedorismo:você tem essa atitude?

10h30às

11h00

11h00às

12h30

O que impede a maioria daspessoas de ganhar dinheiro

- seja um vencedor

12h45às

14h00Intervalo

14h00às

18h00

WorkshopRepública dos cães

Prof. Gioso - USP

Sergio Villasanti

28 DE JULHO (QUINTA-FEIRA)

HORÁRIO TEMA

08h30às

09h15

Organizando meu esta-belecimento pet paraum fluxo competitivo

09h15às

10h30

O que posso entendercomo qualidade no aten-dimento veterinário e pet?

10h30às

11h00Intervalo

11h00às

11h45

Motivando minha equipe detrabalho de forma produtiva

12h00às

12h45

Diferenciais em estabele-cimentos veterinários: um

desafio surpreendente

12h45às

14h00

Intervalo

14h00às

18h00

WorkshopAnimal Pet Story

Sergio Lobato - PET MARKETING

Sergio Lobato - PET MARKETING

Sergio Lobato - PET MARKETING

Val Santarem

29 DE JULHO (SEXTA-FEIRA)

HORÁRIO TEMA

08h30às

09h45

Aspectos jurídicos e le-gais inerentes a res-

ponsabilidade técnica

09h45às

10h30

Conflitos éticos e ação daCRMV junto aos estabele-

cimentos veterinários

10h30às

11h00

Intervalo

11h00às

12h45

Importância da respon-sabilidade técnica

12h45às

14h00Intervalo

14h00às

18h00

WorkshopAnimal Pet Story

Dr. Sergio Eko - DELEGADO CRMV

Dr. Massaru Sugau - PRES. CRMV-PR

Sergio Lobato - PET MARKETING

Val Santarem

30 DE JULHO (SÁBADO)

Intervalo

Prof. Gioso - USP

Sergio Lobato - PET MARKETING

*Eve

ntua

is pa

lestra

ntes

e te

mas

pod

erão

sofre

r alte

raçã

o at

e o

dia

do e

vent

o, p

orém

man

tend

o-se

sem

pre

o ob

jetivo

cen

tral d

o m

odul

o.

CARGA HORÁRIA: 32 horasINVESTIMENTO: R$ 300,00VAGAS: limitadas em 180

REVISTA MEDVEP

Acessórios | Equipamentos | Estética | Higiene | Lançamentos | Livros | Medicamentos | Nutrição

Page 17: #13 - Abril 2011

O que é ser um protetor de animais? Por Lilian Rockenbach*

Hoje em dia a pro-teção animal virou um modismo. Muita gente acha bacana dizer que é “Protetor de Animais”, mas o que é exatamente ser um “Protetor de Ani-mais”? Para começar gos-taria de esclarecer que proteger animais não é chamar uma ONG ou li-gar para um protetor in-dependente quando um

animal está sendo mal tratado. Proteger animais também não éficarnocomputadorapenasrepassandopedidosdeajuda,nem se sentir no direito de exigir e cobrar que pessoas ligadas à causa façam o que você considera certo fazer. Estas são ape-nas formas de divulgar ações e necessidades ligadas à causa, e não a proteção em sua essência. Em primeiro lugar é importante saber que protetores de animais são pessoas iguais a você, eles trabalham, estudam, possuemfamília,filhos,quintalpequeno,moramemaparta-mento em alguns casos, mas decidiram arregaçar as mangas e fazer a diferença. Um dia desses, eu ouvi que “ser protetor deanimaiséumapostolado”,eissosignificavocêdedicarsuavida, seu tempo e seu dinheiro a uma causa que muito prova-velmente “nunca” lhe trará nenhum retorno material. Consiste também em mudar seus hábitos alimentares (parar de consu-mir carne), hábitos de diversão (rodeios, vaquejadas, touradas, feiras de exposição, de exploração, de competição etc.), hábi-

tos de consumo (roupas de origem animal como casacos de pele etc.), hábitos em geral. O “protetor de animais” muda sua visão em relação à vida, passa a respeitar toda forma de vida, passa a lutar pela defesa dos direitos dos animais, pela castração, pela adoção, por leis mais rígidas e que os defendam, pela conscientização da população, contra a exploração animal em todas as suas formas, contra o comercio de animais etc. Ninguém muda estes hábitos facilmente, nenhuma pes-soa que conheço, amanheceu e disse: a partir de hoje sou um protetordeanimaisevoudeixardefazertudooquefizami-nha vida inteira. A vontade de ajudar nos impulsiona a levan-tar e ir, com o tempo criamos cada vez mais a consciência em relação aos assuntos relacionados à causa, nossos hábitos são mudados aos poucos e gradativamente. É uma luta pessoal contra nós mesmo, e em alguns casos, contra nossos familia-res que não conseguem entender e aceitar essa mudança. Ser um “protetor de animais” é ter responsabilidade so-cial de maneira totalmente independente da caridade. Promo-ver a conscientização em relação ao respeito dos animais é uma das bandeiras mais importantes da causa, fazer com que as pessoas enxerguem que o animal tem uma vida que precisa ser respeitada, é uma batalha constante. Os animais existem da mesma maneira que todos nós, possuem suas individuali-dades e não estão aqui para nos servir. Os defensores dos animais devem ser felizes com sua bandeira, devem se orgulhar do que fazem. Se defender ani-mais te trouxer algum tipo de angústia, talvez seja a hora de repensar e mudar de causa. Os animais precisam de pesso-as sensatas, que estejam sempre empenhadas em apren-der, que estejam dispostas a tentar mudar o mundo, mas se conseguirem mudar apenas a pessoa que está ao seu lado, jáfizerammuitomaisdoque99%dapopulação.Osanimais não podem se defender, eles só têm a nós, seres humanos, para defendê-los, e exatamente por isso temos que nos manter equilibrados para fazê--lo, e fazer com prazer, paixão e de maneira otimista. Pessoas agressivas e desacreditadas, não apenas na causa animal, mas em todas as causas, geralmente não conseguem atingir seus objetivos na sociedade, pois não conseguem desenvolver o potencial necessário para valorizar a causa que defendem. Tenha sempre à frente, e como refe-

rência, pessoas inseridas na causa e que desenvolvam um tra-balho baseado na seriedade e, acima de tudo, idoneidade. Fuja dos falsos protetores, pessoas que estão inseridas na causa tentando tirar benefícios materiais ou prestígio. Acredite em você e em seus objetivos, arregace as mangas e faça, não te-nha projetos alimentados apenas pela esperança, estabeleça objetivos e metas, faça você também a diferença. Pense qual a melhor forma de ajudar os animais, quais os seus pontos for-tes, se você gostaria de trabalhar com resgates, com adoção, com maus tratos, com educação, contra exploração etc. Acre-dite em você, e dê o seu melhor. Abrace uma causa, qualquer causa, mas faça-o com responsabilidade e de coração aberto. Mude seus conceitos, abandone os preconceitos e faça a diferença. “Existem três tipos de pessoas: As que fazem acontecer, as que deixam acontecer e as que perguntam o que aconte-ceu?” (John Richardson Jr.).

* Lilian Rockenbach é membro eleita, em Assembleia de Protetores, da Comissão de Protetores da cidade de São Paulo (CPA16), trabalha na As-sessoria do Deputado Feliciano Filho, é protetora de animais e autora do blog http://lilianrockenbach.blogspot.com.

Colunista Convidado

17

Page 18: #13 - Abril 2011

Caminhada seguraEvite passear com seu cão nos horários mais quentes do dia

Quantas vezes você já ouviu falar que um “cão can-sado” é um cão feliz? Este pé inclusive um dos lemas do encantador de cães, Cesar Millan. Atividade física faz bem aos cães e os deixa mais relaxados, mas na hora das cami-nhadas e dos exercícios é preciso prestar atenção às tempe-raturas. Levar seu amigão para andar em um calor intenso pode acarretar sérios problemas para sua saúde: “Não é legal que tanto cães quanto gatos se exponham ao calor intenso, principalmente em passeios. Este fato pode cau-sar desidratação e queimaduras em coxins (dedinhos do animal) devido ao asfalto estar quente. Além disso, há um stress térmico, como o heat stroke (hipertermia), que é quando ocorre um aumento abrupto da temperatura do animal, promovendo a desnaturação proteica que já é pre-judicial. Quando um homeotermo é exposto a um estresse pelo calor, a resposta inicial é vasodilatação, que aumenta ofluxosanguíneonapeleenosmembros.Seavasodilata-çãoapenaséinsuficienteparamanteratemperaturanor-mal, aumenta-se o resfriamento por evaporação, através da sudorese, da respiração ofegante ou de ambos, levando a uma desidratação e ao colapso circulatório. Isso pode acar-retar a morte do animal” explica a médica veterinária Va-nessa Lopes, responsável técnica do laboratório veterinário Mundo Animal. Por isso, alguns cuidados são essenciais: procure sair com seu pet antes das 10h ou após as 17h; leve sempre água para reidratar o pet e alguns parques e praças têm um sistema de “chuveirinhos” que molham a superfície do ani-

mal. “Isso também o ajuda a manter o resfriamento da pele. Em alguns casos, animais que tenham focinhos, orelhas e patas rosas, ou seja, com menos melanina que outros, é indicadotambémautilizaçãodefiltrosolarespecíficoparacães e gatos, para promover uma proteção da região e evi-tar doenças cutâneas ou até mesmo um futuro melanoma”, afirmaVanessa. Caso você tenha tomado todos esses cuidados, e

mesmo assim note que seu amigão está cansado, espe-cialmenteemdiasmaisquentes, fiqueatento! “Descanseum pouco com o animal, dê água, algum soro eletrolítico para reposição de vitaminas, sais minerais etc., coloque-o na sombra e retorne do passeio”, recomenda Vanessa. Passear com seu amigo é a maior diversão, mas res-peite seus limites e nunca saia com ele com o “sol a pino”. Torne esse momento agradável para você e seu pet e crie assim laços ainda mais fortes entre vocês!

Pet Saúde

18

Page 19: #13 - Abril 2011

Política AnimalDeputado Feliciano Filho fala sobre suas

ações para defender os bichos

O Deputado Estadual Feliciano Filho, do PV, faz da cau-sa animal a sua principal bandeira. Em 2004, foi o vereador mais votado em Campinas (SP). Ele é autor da Lei 12.916/08, que acabou com a matança indiscriminada de cães e gatos em Centros de Controle de Zoonoses, Canis Municipais e Congê-neres do estado de São Paulo. Ele ocupou o cargo de Presidente da Comissão Perma-nente de Defesa do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) de 2007 a 2009, é coordena-dor da Frente Parlamentar de Defesa e Direito dos Animais e também coordena o grupo de trabalho sobre animais silves-tres, composto por representantes dos Poderes Executivo, Le-gislativo, Judiciário e entidades de defesa dos animais. Além das atividades políticas, Feliciano também apre-senta o programa “Planeta Bicho”, que é veiculado semanal-mentepelaafiliadadoSBT,aTVB,naregiãodeCampinasedolitoral paulista. Feliciano também é fundador da UPA- União Protetora dos Animais de Campinas. Em entrevista exclusiva à revista Conexão Pet, o depu-tado fala sobre sua ligação com os animais e o que faz para melhorar a vida daqueles que não podem se defender:

Conexão Pet - Quando o deputado percebeu sua afeição pe-los animais, ainda na infância?Feliciano Filho - Sim. Meu pai tinha fazenda e desde criança fui criado com animais ao meu redor. Costumo dizer que pro-tetor de animais nasce e morre protetor. CP - Quando iniciou sua militância em defesa dos animais?FF-Semprefiztrabalhospontuaisderesgates.Foramtantosque daria para escrever um livro! Mas sempre tive um sonho de

desenvolver um trabalho macro, no sentido de atingir as cau-sas do problema e não apenas as consequências. Mas como eu trabalhava muito, acabava postergando este sonho. Até o dia 17 de abril de 2001, quando o destino fez com que mi-nha cachorra Aila fosse perdida em Campinas. A procura pelo animal conduziu-me até o Centro de Controle de Zoonoses local, onde me deparei com cenas de pura crueldade. Cerca

de 150 animais dividiam o espaço em condições precárias de infraestrutura e sobrevivência. Além disso, a carrocinha trazia mais cães, cujos destinos seriam o extermínio na câmara de

gásoutornarem-secobaiasparaexperimentoscientíficosemuniversidades. Naquele instante encontrei minha missão na vida. Sentindo-me impotente com a complexidade do sistema, ergui forças para reverter a situação. Como ativista, conquistei melhorias emergenciais mudando o paradigma daquele órgão municipal. Fundei a UPA - União Protetora dos Animais - en-tidade referência que atua na região de Campinas. Na época, a ONG foi fundada com objetivo inicial de doar os animais do CCZ, que antes estavam condenados a morrerem na câmara de gás, que foi lacrada por minha intervenção junto à secreta-ria municipal de Saúde.

CP - Qual o papel do protetor independente para a melhoria das condições de vida dos animais?FF - O papel é trabalhar pelo bem estar dos animais. Principal-mente daqueles, que na ausência do Poder Público ou distan-tes da abrangência de uma ONG de proteção animal, precisam de ajuda. Ou seja: dar muito mais força à causa.

CP - Como funciona o atendimento que o Deputado disponi-biliza aos protetores?FF - Como deputado atendo às solicitações dos protetores no meugabinete,nosentidodefiscalizaroPoderPúblicoeins-tituirprogramasdecastraçãoeidentificaçãogratuitadosani-mais dos animais nos municípios, em convênio com o Governo do Estado. Já como ativista e fundador da UPA (ONG atuante em Campinas), realizamos convênios com clínicas veterinárias para atendimento a preço reduzido dos animais da população carente e de baixa renda. Também realizamos ações de resgate que podem ser conferidas através dos websites: www.upani-mais.org.br e www.programaplanetabicho.com.br.

CP- Quais são suas maiores conquistas até hoje pela causa animal?FF - A minha maior conquista foi a Lei 12.916, sancionada em 2008. A referida legislação proibiu que todos os CCZs e Canis Municipais do Estado de São Paulo exterminassem cães e ga-tosparafinsdecontrolepopulacional.ALeiinstituiuaindao"cão comunitário", além de criar base jurídica para a instalação deprogramasdecastraçãoeidentificação.Estesprocedimen-tos se constituemna formamais eficiente ehumanitáriadecontrole populacional dos animais.

Pet Entrevista

19

Page 20: #13 - Abril 2011

CP-Qualéomaiordesafiodeumpolíticobra-sileiro na militância pelos direitos dos animais?FF-Osdesafiossãovários.Umdeleséquepar-te do meu tempo na ALESP é gasto na confec-çãodeprojetosquebeneficiemosanimais.Jáno outro período de tempo, eu passo lutando contra projetos de outros deputados que, se aprovados, prejudicarão muito os animais. Na maioria das vezes, estes projetos não são con-feccionados por maldade, mas por total desco-nhecimento da causa animal.

CP-Aoflagrarumcasodemaustratosaani-mais de que forma o cida-dão deve proceder?FF - Quando o fato estiver ocorrendo, acione a Polí-cia Militar. Quando o fato já estiver ocorrido, vá até a delegacia mais próxima e registre um Boletim de Ocorrência (BO). Inclua evi-dências, testemunhos e ob-servações que comprovem a situação. Pegue a cópia do registro e retorne à delega-cia alguns dias depois e diga que quer repre-sentar o BO.

CP - De que forma a população pode colaborar para uma qualidade de vida mais digna para os animais?FF - Em primeiro lugar respeitando. Dando ca-rinho, amor e atendendo suas necessidades básicas, tais como: boa alimentação, água fres-ca, banhos periódicos, aplicação de vacinas e remédios antiparasitas. Leve ainda seu animal para passear. Dê espaço e abrigo arejado, mas que o proteja contra o sol excessivo, a chuva e o frio. E o mais importante: IDENTIFIQUE SEU ANIMAL. Caso não haja um programa de iden-

tificaçãovisualemseumunicípio,váatéopetshop mais próximo da sua casa e coloque no seu animal uma plaquinha com o telefone para contato. As pessoas tem uma tendência a achar queoanimalnuncaseperderá,mas70%dosanimais que estão nas ruas foram perdidos.

CP - Gostaria de deixar alguma mensagem aos leitores da Conexão Pet?FF - Sou deputado, ativista e apresentador do programa de TV Planeta Bicho. E se eu pudesse escolher entre todas as atividades que faço, op-taria pelos resgates que faço diariamente. Tem

dia que resgato um animal-zinho atropelado que está deitado no acostamento de uma rodovia há dias em so-frimento. Seja com fratura exposta, com a mandíbu-la quebrada, com protusão ocular, sem água e sem co-mida, no sol e na chuva, en-fim,commuitador.Quandoo resgato, ele olha para mim com olhar de sofrimento e depois não o vejo mais, pois

ele é encaminhado para uma clínica veterinária e depois para o Centro de Recuperação da UPA. Porfim,éadotado.Omeureencontrocomesteanimal acontece apenas após três ou quatro meses,quandovougravarofinalfelizdelepararegistrar no programa. O animal sempre avança na produção feliz e lambe meu rosto. Ou seja: ele nunca esquece o dia do resgate e quem o salvou. Não há nada no mundo que recompen-se mais. Faça o bem! Pois quando fazemos o bem para um animal, este bem é muito maior a nós mesmos!

“Se eu pudesse escolher entre

todas as atividades que faço, optaria

pelos resgates que faço diariamente”

Page 21: #13 - Abril 2011

A escolha do pet idealPor Carlos Leandro Henemann*

Imaginemos a seguinte situação... nossa personagem hipotética, um pai, um namorado ou mesmo uma pessoa comum decide comprar um cão para fazer companhia ou para presentear alguém, e como já era fã do Snoopy e do Charllie Brown decide-se

previamente pela raça beagle sem ao menos conhecê-la... Então encontra em um pet shop, um cão macho da raça beagle, que foi concebido através de décadas de seleção genética para ser: um cão de coloração tricolor, porte pequeno, ter orelhas grandes, ter o peso padrão 10,0 Kg, ter corpo musculoso, ser ágil, ter como atividade principal a caça, ou seja, suporta intensa atividade física, mesmo com muito exercício sempre sobra energia para roer, cavar, morder... Este alguém, normalmente o namorado, que nem sequer consultou a namorada sobre a possibilidade de dar um cão para ela, ou então um jovem casal que após alguns meses de casamento optou por um cão para fazer um test drive antes de encomendarosfilhos...Consumidopelodesejo,influenciadopelo vendedor que promete maravilhas (coisas como: ele não late, não solta pelo, não vai crescer, não urina fora do local, defecapoucoesemcheiro...desconfiemseomilagreémuitogrande, sendo praticamente um cão de pelúcia) e comovido pelo olhar de "pidão" do cãozinho, nossa personagem compra e leva para o apartamento... Ouaindaocompradorpodeterfilhose“compra”umcãoparaproporcionaratividadeparaseusfilhos.Achandoqueumcãovai“acalmar”edrenaraenergiadosfilhos.Doce ilusão,pois além das crianças destruindo a casa, acrescentaram o mestredabagunça...umfilhotedecão!!!Aquelelindofilhotinhovaicomeçaraferver,poisapenas

comendo e dormindo durante o dia todo ele é praticamente incansável, armazenando energia para gastar durante todo o tempo em que ele fica sozinho e em poucas horas deaclimatação na nova casa ele vai naturalmente encontrar o que fazer... Começando pelos sapatos, cantos de móveis planejados, fiosdetelefone,cartelasdemedicamentos,cestode lixodobanheiro, aquele tapete persa da sala de estar que além de ser roído será o novo sanitário do cão... Dia após dia, os donos chegam eufóricos para ver como se portou aquela bolinha de pelos e o que ele destruiu durante o dia, ao chegar a casa começam a contabilizar os prejuízos e aparecem os primeiros sinais de arrependimento... Alguns meses se passam e o cão está com oito meses e o lindo animal chegou à puberdade e vai inevitavelmente começar a marcar seu território urinando sistematicamente poucasquantidadesportodososcantosdacasaecomoficasozinho não há quem o faça entender que em determinados

locais não pode urinar... Se este cão tiver sorte, seus donos a esta altura já terão trocado o apartamento por um sobrado e ocãovaificarforadacasa,maspermanecerácomafamília... Caso contrário, poderá ser doado para qualquer pessoa, que também não saberá lidar com a situação e o "passará" para frente ou mesmo será abandonado na rua, em um terreno baldio ou mesmo na estrada... Como ocorre com a grande maioria.Bem, o que queremos com este texto, que se não fosse tão triste seria ao menos engraçado, ao menos o início? Tenho certeza quealguémaoleristovaiseidentificar,nãonecessariamentepela raça, mas por alguma passagem no texto. A ideia principal é que ao assumir a guarda de um ser vivo, que vai viver algo em torno de 12 anos ou mais, totalmente dependente de nós, devemos fazer a escolha certa, ou pelo menos o mais perto do ideal.

Plantão Vet

21

Page 22: #13 - Abril 2011

Nós médicos veterinários somos habilitados e orientamos na indicação sobre qual animal ou raça é o mais indicado para suas necessidades, seu espaço, seu tempo, cuidados com pelagem, nutrição e problemas mais frequentes de cada raça. Não podemos simplesmente comprar um cão e depois nos arrependermos e trocá-lo como se fosse um objeto, uma camisa ou algo que o valha. Nossa experiência mostra que cães que passam por vários donos no início de suas vidas tendem a ter problemas comportamentais quase sempre permanentes. A escolha do pet ideal é uma decisão que tem que ser aceita por todos os envolvidos (moradores

da casa), cão auxilia na formação de conceitos de responsabilidade e o “lidar com a perda” para crianças, mas sem a devida base educacional a criança não aprenderá nada e teremos crianças com medo de animais, animais vítimas de maus tratos e eventualmente abandonados. Alguns itens devem ser levantados antes de decidir que espécie ou raça é mais adequada. Verificarseascriançastêmalergia.Searaçacresce

além do espaço disponível. Se há tempo disponível para que o animal receba os devidos cuidados. Se o pet escolhido está dentro do orçamento, por exemplo, cães pequenos de pelo curto gastam menos em comparação a cães de mesmo tamanho de pelo longo. Animais adoecem e além dos custos com médico veterinário há os medicamentos. Cães com artrose, cardiopatas ou diabéticos necessitam de tratamentos contínuos e onerosos. Cães de grande porte consomem naturalmente mais ração e proporcionalmente mais medicamentos. Cães e gatos perdem pelo o tempo todo, seja de pelo curtooulongo,istoéfisiológico,normalenatural,não existindo medicamento que seja capaz de

impedir a queda dos pelos. Desta forma o médico veterinário é o profissional indicado paraprestar este tipo de consultoria caso necessitem de auxílio nesta difícil escolha, minimizando a chance de experiências desastrosas.

OBS: A raça beagle utilizada para ilustrar o texto não é animal descontrolado ou ruim, apenas não é uma raça recomendada para iniciantes, pois na média a raça é extremamente inteligente, a ponto de “fazer o que quer”, para os iniciantes há outras raças mais fáceis de treinar. Para finalizar: “Acompra de um animal pode tornar a vida difícil e trabalhosa por isto não pode ser tomada por um impulso ou sem as devidas ponderações”.

* Carlos Leandro Henemann é Médico Veterinário (CRMV-Pr 4244) pela UFPR, pós-graduado em Clínica Médica e Cirúrgica pela UTP, e em medicina felina pela Qualittas, com Aperfeiçoamento em anestesia inalatória pela Unig e em Ortopedia Veterinária pela Anclivepa-PR. Atua na clínica Alles Blau, em Curitiba.www.allesvet.com.br

Page 23: #13 - Abril 2011

[email protected]

(41) 3016-4843