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    CONTABILIDADE DE CUSTO

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    Didatismo e Conhecimento1

    CONTABILIDADE DE CUSTO

    FUNES DA CONTABILIDADE DECUSTOS, FINANCEIRA E GERENCIAL.

    A CONTABILIDADE DE CUSTOS, A FINANCEIRA EA GERENCIAL.

    Na prtica, faz-se muitas vezes uma distino entre aContabilidade Gerencial e a Contabilidade Financeira.

    A Contabilidade Gerencial mensura e relata informaes -nanceiras, bem como outros tipos de informaes, que ajudam osgerentes a atingir as metas da organizao. Isto compreende osseguintes objetivos:

    1- Formulao das estratgias gerais e dos planos de longoprazo, incluindo desenvolvimento de novos produtos e investi-mentos em ativos. Frequentemente envolve a elaborao de rela-trios especcos;

    2- Decises de alocao de recursos com nfase no produto eno cliente, tanto quanto no preo. Envolve relatrios sobre a ren-tabilidade dos produtos ou servios, categorias demarcas, clientes,canais de distribuio, etc ;

    3- Planejamento e controle dos custos das operaes e ativi-dades, envolvendo relatrios sobre receitas, custos, ativos e exigi-bilidade das divises, fbricas e outras reas de responsabilidade;

    4- Mensurao da performance e avaliao das pessoas,

    abrangendo a comparao dos resultados obtidos com os planeja-dos, podendo ser atravs de medidas nanceiras nanceiras.A Contabilidade Financeira se concentra nos demonstrativos

    dirigidos ao pblico externo que so guiados pelos princpios con-tbeis geralmente aceitos, ou seja, tem como objetivos a adequa-o com a regulamentao externa e as exigncias legais de publi-cao dos demonstrativos, baseados em normas e estatutos tpicosque prescrevem os mtodos contbeis a serem seguidos.

    Por m, a Contabilidade de Custo mensura e relata as infor-maes nanceiras e nonanceiras relacionadas a aquisio e aoconsumo de recursos pela organizao.

    Ela fornece informao tanto para a contabilidade gerencial

    quanto para a contabilidade nanceira. De forma mais especca,a Contabilidade de Custos tem as seguintes tarefas:

    Determinar custos e lucro para um perodo contbil; Calcular os valores de inventrio, para os propsitos de cus-

    to e preo e, as vezes,controlar as quantidades fsicas; Auxiliar e participar na elaborao e execuo de oramen-

    tos;Estabelecer mtodos e procedimentos que permitam contro-

    le e, se possvel, reduo ou melhoria dos custos;Prover a Administrao com informao relacionada com

    problemas que envolvem escolha entre dois ou mais cursos alter-nativos (processos analticos).

    CUSTO: CONCEITO, CLASSIFICAO,SISTEMAS, FORMAS DE PRODUO,

    FORMAS DE CUSTEIO, SISTEMAS

    DE CONTROLE DE CUSTOSE NOMENCLATURAS APLICVEIS ACUSTOS.

    CUSTO

    o consumo das aplicaes de recursos. O custo ocorrepela requisio da matria-prima, do material de consumo, peladepreciao das mquinas e equipamentos. o consumo de umbem ativo em funo do processo produtivo.

    CUSTO POR FACILIDADE DE RASTREAMENTO

    Custos Diretos

    So os que podem ser diretamente (sem rateio), apropriadosaos produtos, bastando existir uma medida de consumo (quilos,horas de mo de obra ou de mquina, quantidade de fora con-sumida etc.). Em geral, identicam-se com os produtos e variamproporcionalmente quantidade produzida.

    So aqueles que podem ser apropriados diretamente aos pro-dutos fabricados, porque h uma medida objetiva de seu consumonesta fabricao.

    Exemplos:

    1- Matria-prima. Normalmente, a empresa sabe qual aquantidade exata de matria-prima que est sendo utilizada paraa produo de uma unidade do produto. Sabendo-se o preo damatria-prima, o custo da resultante est associado diretamenteao produto.

    2- Mo de obra Direta. Trata-se dos custos com os traba-lhadores utilizados diretamente na produo. Sabendo-se quantotempo cada um trabalhou no produto e o preo da mo de obra, possvel apropri-la diretamente ao produto.

    3- Material de embalagem4- Depreciao de equipamento, quando utilizado para

    produzir apenas um tipo de produto.5- Energia eltrica das mquinas, quando possvel saber

    quanto foi consumido na produo de cada produto.

    Custos Indiretos

    So os que, para serem incorporados aos produtos, necessitamda utilizao de algum critrio de rateio. Exemplos: aluguel, ilumi-nao, depreciao, salrio de supervisores etc.

    Na prtica, a separao de custos em diretos e indiretos, almde sua natureza, leva em conta a relevncia e o grau de diculdadede medio. Por exemplo, o gasto de energia eltrica (fora) , porsua natureza, um custo direto, porm, devido as diculdades demedio do consumo por produto e ao fato de que o valo obtidopor rateio, em geral, pouco difere daquele que seria obtido comuma medio rigorosa, quase sempre considerado como custoindireto de fabricao.

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    CONTABILIDADE DE CUSTO

    So os custos que dependem de clculos, rateios ou estimati-vas para serem apropriados em diferentes produtos, portanto, ques so apropriados indiretamente aos produtos. O parmetro utili-zado para as estimativas chamado de base ou critrio de rateio.

    Exemplos:

    1. Depreciao de equipamentos utilizados na fabricaode mais de um produto.

    2. Salrios dos chefes de superviso de equipes de produ-o.

    3. Aluguel da fbrica.4. Gastos com limpeza da fbrica.5. Energia eltrica que no pode ser associada ao produto.

    CUSTOS POR COMPORTAMENTO

    Custos xos

    Custos Fixos so aqueles cujo total no varia proporcional-mente ao volume produzido. Por exemplo: aluguel, seguro de f-brica etc.

    Um aspecto importante a ressaltar que os custos xos soxos dentro de determinada faixa de produo e, em geral, no soeternamente xos, podendo variar em funo de grandes oscila-es no volume de produo.

    Observe que os custos xos so xos em relao ao volumede produo, mas podem variar de valor no decorrer do tempo. Oaluguel da fbrica, mesmo quando sofre reajuste em determinadoms, no deixa de ser considerado um Custo Fixo, uma vez queter o mesmo valor qualquer que seja a produo do ms. Outros

    exemplos: impostos predial, depreciao dos equipamentos (pelomtodo linear), salrios de vigias e porteiros da fbrica, prmiosde seguros etc.

    Custos Variveis

    So os que variam proporcionalmente ao volume produzido.Exemplos: matria-prima, embalagem.

    Se no houver quantidade produzida, o custo varivel sernulo. Os custos variveis aumentam medida que aumenta a pro-duo.

    Outros exemplos: materiais indiretos consumidos, deprecia-o dos equipamentos quando esta for feita em funo das horas/

    mquinas trabalhadas, gastos com horas extras na produo etc.

    CUSTOS DE TRANSFORMAO

    Representam o esforo empregado pela empresa no processode fabricao de determinado item (mo de obra direta e indireta,energia, horas de mquina etc.) No inclui matria-prima e outrosprodutos adquiridos prontos para consumo.

    CUSTOS PRIMRIOS

    a soma simples de matria-prima e mo de obra direta. No o mesmo que o custo direto, que mais amplo, incluindo, por

    exemplo: materiais auxiliares, energia eltrica etc.

    CUSTOS POR FUNO

    Materiais Diretos

    So os materiais que se incorporam (se identicam) direta-mente aos produtos. Exemplos: matria-prima, embalagem. Mate-riais auxiliares tais como cola, tinta, parafuso, prego etc.

    Mo de obra direta

    Representa custos relacionados com pessoal que trabalha di-retamente na elaborao dos produtos, por exemplo, o empregadoque opera um torno mecnico. A mo de obra direta no deve serconfundida com a de um operrio que supervisiona um grupo detorneiros mecnicos.

    Como regra prtica, podemos adotar o seguinte critrio: sem-pre que for possvel medir a quantidade de mo de obra aplicada adeterminado produto mo de obra direta, caso contrrio, havendo

    necessidade de rateio, mo de obra indireta.Na medio da mo de obra direta, podem surgir diculdadese, principalmente, certos custos, que levam as empresas a tratargastos de mo de obra, que por sua natureza so diretos, como cus-tos indiretos. Evidentemente, o custo dos produtos car distorci-do, cabendo empresa um estudo de custo-benefcio para decidirqual o tratamento mais adequado.

    H que se lembrar, ainda, que o clculo do custo da hora demo de obra (quer direta, quer indireta) deve levar em contatodos os encargos sociais, como IAPAS, FGTS, 13 salrio etc., etambm deve ser feito um ajuste para considerar as horas efetiva-mente trabalhadas e o tempo improdutivo decorrente de frias, mde semana remunerado, feriados etc.

    Terminologia Bsica

    O objetivo principal da Contabilidade de Custos a apuraodos custos dos produtos vendidos. Para tanto, ela possui o seguinteesquema bsico:

    Separao entre Custos e Despesas; Apropriao dos Custos Diretos diretamente aos produtos Apropriao dos Custos Indiretos que pertencem, identica-

    damente, aos Departamentos, separando os gerais; Rateio dos Custos Indiretos gerais e da Administrao aos

    diversos Departamentos, produtivos ou de servios; Escolha da sequencia de Rateios adequada, como forma de

    distribuio dos custos acumulados dos Departamentos de Servi-os, aos demais Departamentos;

    Apropriao dos Custos Indiretos dos Departamentos deProduo criteriosamente ao produto.

    A partir de tal esquema, torna-se possvel a apurao do Cus-to do produto. Contudo, noexiste um conceito universalmenteaceito ou uma padronizao legal para a palavra custos. Ela empregada atravs de vrios termos para ns operacionais, comopodemos vericar abaixo:

    Custo: o valor de bens ou servios consumidos na pro -duo de outros bens e servios. Ex: Matria-prima utilizada nafabricao de um produto.

    Despesa: o valor de bens ou servios consumidos direta ouindiretamente na produo de outros bens e servios num determi-nado perodo. Ex: Comisso de Vendas um gasto que se torna nomesmo momento em uma despesa.

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    CONTABILIDADE DE CUSTO

    Uma das maiores diculdades em geral a distino entreCusto e Despesa. Do ponto de vista didtico, todos os gastos rea-lizados dentro da fbrica na fabricao do produto so custos. Oresto despesa.

    Gasto: comumente denido como sacrifcio nanceirocom que arca a entidade visando a obteno de bens ou servios,mediante a entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmen-te dinheiro). S existe o gasto no momento que existe o reconhe-cimento contbil da dvida assumida ou da reduo do ativo utili-zado no pagamento, ou seja, na passagem do bem ou servio paraa propriedade da empresa. O gasto implica desembolso e pode serum custo, despesa ou investimento.

    Desembolso: o pagamento resultante das aquisies dosbens ou servios, podendo ocorrer antes, durante ou depois daaquisio, portanto defasado ou no do gasto.

    Investimento: So gastos ativados em funo da utilidadefutura de bens ou servios obtidos. A matria-prima um gastocontabilizado temporariamente em investimento circulante; a m-quina um gasto que se transforma em investimento permanente.

    Perda: o valor dos bens ou servios consumidos de formaanormal e involuntria. As perdas decorrentes de fatores externosse transformaro em despesas e a de fatores da atividade produtivaem custos.

    Desperdcio: o consumo intencional, que por algumarazo no foi direcionado produo de um bem ou servio.

    Um gasto pode transformar-se de investimento para custo oudespesa, ou diretamente para custo ou despesa.

    Na compra de um micro teremos um investimento. Se o microfor utilizado na fbrica, sua depreciao ser um custo. Se for uti-lizado na administrao, sua depreciao ser uma despesa.

    EVIDENCIAO DAS CONTAS

    PATRIMONIAIS, RESULTADOS E CUSTOSNAS DEMONSTRAES CONTBEIS DASINDSTRIAS.

    As Demonstraes Contbeis so uma consequncia da escri-turao e, por isso, nela devem estar respaldadas.

    Em outras palavras, no h demonstrao se no existir es-criturao.

    Da se depreende que qualquer demonstrao elaborada semque a empresa possua Contabilidade formal demonstrao falsae prova de incapacidade tcnica dos prossionais envolvidos, pas-sveis, portanto, de punio pelos Conselhos Regionais de Conta-bilidade.

    BalanceteO balancete de vericao uma relao de todas as contas

    que houve movimentao ou que restaram saldo, extrados dosregistros contbeis em determinada data, geralmente no nal decada ms.

    Um balancete deve conter no mnimo:

    Identicao da empresa; Perodo; Abrangncia; Identicao das contas e respectivos grupos; Saldos das contas, indicando se devedores ou credores;

    Soma dos saldos devedores e credores.

    Para atestar a veracidade de um balancete este deve conternome e assinatura do Contabilista responsvel, sua categoria pro-ssional e nmero de registro no CRC.

    A diferena entre balancete e o balano que no balano ocor-

    re o fechamento das contas de resultado e no balancete no.

    Balano patrimonial

    O Balano Patrimonial a demonstrao contbil destinada aevidenciar, quantitativa e qualitativamente, em determinada data,a posio patrimonial e nanceira da entidade.

    O Balano Patrimonial constitudo pelo Ativo, pelo Passi-vo e pelo Patrimnio Lquido.

    O Ativo compreende as aplicaes de recursos representadaspor bens e direitos;

    Representa todos os bens, direitos e valores a receber de umaentidade. Se uma empresa compra uma mquina, esta representa

    um bem de sua propriedade, portanto um ativo.Por outro lado, se uma empresa paga determinada quantia,

    digamos, pela patente de uma inveno, ela passa a ter o direitosobre essa patente. Assim uma patente representa um direito; logoum ativo.

    Exemplos de ativos: - dinheiro guardado em banco, duplicatasa receber provenientes de vendas a prazo, veculos, imveis, terre-nos, estoque de mercadorias e etc.

    O Passivo compreende as origens de recursos representadaspor obrigaes;

    Representa todas as obrigaes nanceiras que uma empresatem para com terceiros. tudo que deve; as dvidas que ela con -

    traiu.Assim se uma empresa adquire um veculo para pagamento aprazo, a posse do mesmo representa um ativo. Mas por outro lado,a empresa passa a ter uma obrigao para com a pessoa ou empresaque vendeu o veculo.

    Assim, ela passa a ter uma obrigao, que representa um pas-sivo exigvel.

    Exemplos de passivos: duplicatas a pagar, salrios a pagar,aluguis a pagar, encargos sociais a pagar, juros a pagar, impostosa pagar e etc.

    O Patrimnio Lquido compreende os recursos que osscios tm na empresa em determinado momento. resultado dadiferena maior do ativo sobre o passivo e representado pelo:

    Capital Social: valores investidos pelos scios e; Lucros Acumulados: lucros que foram reinvestidos pelos

    scios na empresa.

    DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO(DRE)

    A Demonstrao do Resultado a demonstrao contbildestinada a evidenciar a composio do resultado lquido em umdeterminado perodo, atravs do confronto das receitas, custos edespesas. Nesta demonstrao evidenciada uma das informaesmais importantes aos administradores das empresas, o resultadolquido do perodo, Lucro ou Prejuzo.

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    CONTABILIDADE DE CUSTO

    A Demonstrao do Resultado compreender:

    As receitas e os ganhos do perodo, independentementede seu recebimento;

    Os custos, despesas, encargos e perdas pagos ou incorri-dos, correspondentes a esses ganhos e receitas.A compensao de receitas, custos e despesas vedada.A Demonstrao do Resultado evidenciar, no mnimo, e de

    forma ordenada: As receitas decorrentes da explorao das atividades ns; Os impostos incidentes sobre as operaes, os abatimen-

    tos, as devolues e os cancelamentos; Os custos dos produtos ou mercadorias vendidos e dos

    servios prestados; O resultado bruto do perodo; Os ganhos e perdas operacionais; As despesas administrativas, com vendas, nanceiras e

    outras e as receitas nanceiras; O resultado operacional; As receitas e despesas e os ganhos e perdas no

    decorrentes das atividades ns; O resultado antes das participaes e dos impostos; As provises para impostos e contribuies sobre o re-

    sultado; As participaes no resultado; O resultado lquido no perodo.

    A demonstrao do resultado do exerccio oferece uma sntesenanceira dos resultados operacionais e no operacionais de umaempresa em certo perodo. Embora sejam elaboradas anualmentepara ns de legais de divulgao, em geral so feitas mensalmente

    para ns administrativos e trimestralmente para ns scais.De acordo com a legislao brasileira (Lei n 6.404, de 15 - 12

    - 1976, Lei da Sociedade por Aes), as empresas devero discri-minar na Demonstrao do Resultado do Exerccio:

    A receita bruta das vendas e servios, as dedues dasvendas, os abatimentos e os impostos;

    A receita lquida das vendas e servios, o custo das mer-cadorias e servios vendidos e o lucro bruto;

    As despesas com as vendas, as despesas nanceiras, de-duzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outrasdespesas operacionais;

    O lucro ou prejuzo operacional, as receitas e despesas

    no operacionais; O resultado do exerccio antes do Imposto de Renda e a

    proviso para tal imposto; As participaes de debntures, empregados, administra-

    dores e partes benecirias, e as contribuies para instituies oufundos de assistncia ou previdncia de empregados.

    O lucro ou prejuzo lquido do exerccio e o seu montante porao do Capital Social.

    Setembro 2006

    Item Descrio Valor (R$) %

    1 Vendas 19.350,00 100%

    2 Custo das mercadorias 10.710,00 55,4%

    3 Lucro bruto(1-2) 8.640,00 44,6%

    4 Despesas variveis 1.500,00 7,7%

    5 Margem decontribuio 5.850,00 30,2%

    6 Despesas xas 4.620,00 23,8%%

    7 Despesas nanceiras 350,00 1,80%

    9 Resultado lquido 880,00 4,54%

    Importante:

    Item (1) - Vendas: estes valores so obtidos no relatriode Controle de Vendas Realizadas.

    Item (2) - Custos das Mercadorias: estes valores tam-bm so obtidos no relatrio de Controle de Vendas Realizadas.

    Item (3) - Lucro Bruto: diferena entre as Vendas e oCusto das Mercadorias Os valores que constam na coluna lucrobruto a diferena entre o valor da venda realizada e o custo damercadoria vendida.

    Item (4) - Despesas Variveis: composta pelas des-pesas que variam conforme o volume das vendas, por exemplo:impostos e comisses.

    Item (5) - Margem de Contribuio: a diferena en-tre o lucro bruto menos as despesas variveis, este valor deve sero suciente para cobrir as despesas xas e nanceiras para gerarlucro para a empresa.

    Item (6) - Despesas Fixas: so as despesas necessriaspara o funcionamento da empresa, podemos citar: o aluguel, gua,luz, telefone, salrios e encargos sociais, honorrios e etc.

    Item (7) - Despesas Financeiras: correspondem a jurospagos pela empresa, a ttulos de atrasos em pagamentos, emprs-timos bancrios e etc.

    Item (8) - Resultado Lquido: sendo positivo demonstraque as operaes realizadas pela empresa geraram lucro, quandonegativo revela que as operaes geraram prejuzo empresa.

    DEMONSTRAO DE RESULTADOS DA INDSTRIA

    Suponhamos um caso extremamente simples de uma indstriaque produza um nico produto, de forma continuada, e que tenhaos seguintes movimentos em diversos meses seguidos:

    (Suponhamos ainda que, neste exemplo, o custo unitrio deproduo seja o mesmo nos diversos perodos.)

    a) Primeiro msb) Custos incorridos no ms:c) Matria-prima $9.000d) Mo de obra $4.500e) Energia eltrica $1.500f) $15.000g) Unidades produzidas no ms: 15h) Unidades vendidas no ms: 12i) Estoque nal de unidades prontas para venda (no havia

    estoques iniciais): 3j) Custo unitrio de produo: $15.000 15 un. =

    $1.000

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    CONTABILIDADE DE CUSTO

    k) Preo unitrio de venda (igual para todos os meses):$1.200

    l) Custo das unidades vendidas: 12 x $1.000 = $12.000m) Estoque nal de produtos acabados: 3 x $1.000 =

    $3.000n) Poderamos fazer a demonstrao de resultado desse pri-

    meiro ms da seguinte forma:o) Vendas $14.400p) (-) Custo dos Produtos Vendidos ($12.000)q) Lucro Bruto $2.400Esse o formato-padro ocial, para publicao, em que o

    Custo dos Produtos Vendidos aparece pelo valor total. Mas pode-ramos tambm querer fazer meno detalhada dos custos incorri-dos no ms numa demonstrao de uso interno empresa, e entoteramos:

    Vendas $ 14.400(-) Custos dos produtos vendidosMatria Prima $ 9.000Mo de obra $ 4.500Energia Eltrica $ 1.500Custo de Produo do Perodo $ 15.000(-) Estoque nal de produtos acabados ($3.000,00) $ 12.000Lucro Bruto $ 2.400

    B) SEGUNDO MS:

    - Custos incorridos no ms (Custo de produo do perodo):Matria Prima $ 10.950Mo de obra $ 5.475Energia Eltrica $ 1.825

    $ 18.250

    Unidades trabalhadas no ms (a ltima 19 esta ainda em pro-ces-

    samento estando feita apenas sua quarta parte). 18 Unidades acabadas no ms 18Unidades Vendidas 17Estoques nais Unidades acabadas 4

    Unidades em Elaborao Valor das vendas 17 x $ 1.200 = $ 20.400

    Dos custos de produo do perodo $ 18.250, $ 250 referem--se a unidade parcialmente elaborada. Logo R$ 18.000,00 so oscustos das unidades acabadas.

    No estoque de produtos acabados temos:Unidades no incio do 2 ms 3 ($ 3.000)Recebidas da fbrica no ms 18 (18.000)Disponveis para venda no ms 21 (21.000)Vendidas durante o ms 17 (17.000)Em estoque nal 4 (4.000)

    A demonstrao completa desse segundo ms poderia entoser assim elaborada:

    Vendas $ 20.400(-) Custo dos produtos vendidosCusto de produo no perodo $ 18.250(-) Estoque nal de produtos em elaborao ($250)(=) Custo das Unidades acabadas $ 18.000(+) Estoque inicial de produtos acabados $ 3.000(=) Custo dos produtos disponveis $ 21.000(-) Estoque Final de Produtos acabados $ 4.000 $ 17.000Lucro Bruto $ 3.400

    lgico que esta forma est, do ponto de vista formal,desnecessariamente complexa para uma situao hipottica comoesta, mas a razo a de rmarmos alguns conceitos bsicos: Custode Produo do Perodo,

    Custo da Produo Acabada no Perodo, Custo dos ProdutosVendidos etc. Cada um tem seu sentido prprio, mas no raramen-

    te eles nos trazem confuses. Por isso, vamos procurar elucid-losde vez.

    C) TERCEIRO MS

    Custos incorridos no msMatria Prima $ 10.350Mo de obra $ 5.175Energia Eltrica $ 1.725

    $ 17.250Unidade do perodo anterior terminada neste ms = 0,75Unidades iniciadas e acabadas no ms 16Unidades iniciadas e no acabadas no ms (umaunidade feita at a sua metade) =0,50

    Soma 17,25Unidades Vendidas: 18Distribuio do Custo de Produo do perodoCusto de acabar a unidade iniciada no 2 ms $ 750Custo de iniciar e acabar 16 unidades $ 16.000Custo de fazer a 17 unidade iniciada $ 500

    $ 17.250

    Custos das unidades acabadas no perodoCusto da primeira unidade acabada no ms:recebido no ms anterior $ 250recebido neste para terminar $ 750 $ 1.000Custo das 16 iniciadas e completadas $ 16.000Custo da produo acabada no perodo $ 17.000Estoque nal acabado 4 +17 18= 3

    Demonstrao completa do 3 ms:Vendas $ 21.600

    (-) Custo dos produtos vendidosCusto de produo no perodo $ 17.250(+) Estoque inicial de produtos em elaborao $ 250Soma $ 17.500(-) Estoque nal de produtos em elaborao $ 500(=) Custo da produo acabada no perodo $ 17.000(+) Estoque inicial de produtos acabados $ 4.000(=) Custos dos produtos disponveis $ 21.000(-) Estoque nal de produtos acabados ($ 3.000) $ 18.000Lucro Bruto $ 3.600

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    Didatismo e Conhecimento6

    CONTABILIDADE DE CUSTO

    Custo de Produo do Perodo a soma dos custos incorridosno perodo dentro da fbrica.

    Custo da Produo Acabada a soma dos custos contidos naproduo acabada no perodo. Pode conter Custos de Produo

    tambm de perodos anteriores existentes em unidades que s fo-ram completas no presente perodo.Custo dos Produtos Vendidos a soma dos custos incorridos

    na produo dos bens e servios que s agora esto sendo vendi-dos.

    Pode conter custos de produo de diversos perodos, caso ositens vendidos tenham sido produzidos em diversas pocas dife-rentes.

    Os trs conceitos so bastante distintos e no h nenhuma re-lao obrigatria entre seus valores no que respeita a sua grandeza.Cada um pode ser maior ou menor que o outro em cada perodo,dependendo das circunstncias.

    SISTEMAS DE CUSTEIO: CUSTEIO PORABSORO E CUSTEIO VARIVEL.

    SISTEMAS DE CUSTEIO

    Cada mtodo tem suas vantagens e desvantagens, mas, paraefeitos contbeis, somente o custeio por absoro admissvel. Ocusto padro pode ser adotado na contabilidade, desde que as va-riaes ocorridas sejam ajustadas em perodos mnimos trimes-trais.

    CUSTEIO POR ABSORO

    Custeio por Absoro (tambm chamado custeio integral) o mtodo derivado da aplicao dos Princpios Fundamentais deContabilidade. Consiste na apropriao de todos os custos (diretose indiretos, xos e variveis) causados pelo uso de recursos daproduo aos bens elaborados, e s os de produo, isto dentro dociclo operacional interno. Todos os gastos relativos ao esforo defabricao so distribudos para todos os produtos feitos.

    A aquisio de bens de consumo eventual cujo valor no ex-ceda a 5% do custo total dos produtos vendidos no perodo deapurao anterior poder ser registrada diretamente como custo(RIR/1999, art. 290, pargrafo nico).

    CUSTEIO VARIVEL

    O Mtodo de Custeio Direto, ou Varivel, atribui para cadacusto um classicao especca, na forma de custo xos ou cus -tos varivel. O custo nal do produto (ou servio) ser a somado custo varivel, dividido pela produo correspondente, sendoos custos xos considerados diretamente no resultado do exerc-cio. Gerencialmente, um mtodo muito utilizado, mas, por suarestrio scal e legal, sua utilizao implica na exigncia de 2sistemas de custos:

    1. O sistema de custo contbil (absoro ou integral) e2. Uma sistemtica de apurao paralela, segregando-se

    custos xos e variveis.

    CUSTEIO PADRO

    O custo-padro um custo pr-atribudo, tomado como basepara o registro da produo antes da determinao do custo efeti-

    vo. Em sua concepo gerencial, o custo-padro indica um custoideal que dever ser perseguido, servindo de base para a admi-nistrao mediar e ecincia da produo e conhecer as variaesde custo.

    Esse custo ideal seria aquele que deveria ser obtido pela in-dstria nas condies de plena ecincia e mximo rendimen-to. A Resoluo CFC n 750/93 xou os Princpios Fundamentaisde Contabilidade, dentre os quais aparece o Princpio do Registropelo Valor Original que determina a avaliao dos componentesdo patrimnio pelos valores originais das transaes com o mundoexterior a valor presente em moeda nacional, sendo mantidos naavaliao das variaes patrimoniais posteriores, o que descartaa utilizao do custo-padro para ns de avaliao dos estoques edos custos dos produtos vendidos, posto que este pode divergir da

    transao efetiva.

    AVALIAO DOS ESTOQUES DEPRODUTOS EM ELABORAO, PRODUTOSACABADOS E PRODUO EQUIVALENTE.

    AVALIAO DOS PRODUTOS ACABADOS E PRO-DUTOS EM ELABORAO

    Custeio por AbsoroO custo dos estoques dos produtos em elaborao e acabados

    deve incluir todos os custos diretos como matria-prima, mo deobras direta e outros que se possa medir no produto nal, e os indi-retos como gastos gerais de fabricao, necessrios para colocaodo produto em condies de venda.

    No custeio por absoro, os custos de produo incorridos,diretos ou indiretos, so atribudos ao produto nal, observando--se que:

    a) os custos relativos a matria-prima e materiais diretos seroapropriados com base nos custos apurados da forma mencionadono item 5;

    b) os custos relativos a mo de obra correspondem aos salriose encargos do pessoal que trabalha na produo;

    c) os gastos gerais de fabricao correspondem aos demais

    custos incorridos na produo, tais como: energia, seguros, depre-ciao, almoxarifado, superviso, etc.

    Os custos diretos sero atribudos diretamente a cada produtopronto ou em elaborao e os custos indiretos sero agregados aosprodutos pelo processo de rateio.

    Custeio PadroO custeio padro normalmente utilizado por grandes empre-

    sas, com operaes de grande volume ou com linhas de montagemque envolvem muitas peas.

    Consiste em se apurar um custo pr-determinado para cadaproduto com base nas suas especicaes tcnica e utilizar comoparmetro para produo, registrando as eventuais diferenas parao custo real apurado em contas de variao.

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    Didatismo e Conhecimento7

    CONTABILIDADE DE CUSTO

    A legislao scal aceita que a empresa apure custos com baseem padres preestabelecidos (custo padro ou standard), comoinstrumento de controle de gesto, desde que observado o seguinte(Parecer Normativo CST n 06/1979):

    a) que o padro preestabelecido incorpore todos os elementosconstitutivos do custeio por absoro;b) as variaes de custos (negativas e positivas) sejam distri-

    budas aos produtos de modo que a avaliao nal dos estoquesno discrepe da que seria obtida com o emprego do custo real;

    c) as variaes de custos sejam identicadas em nvel de itemnal de estoque, de forma a permitir a vericao do critrio deneutralidade do sistema adotado de custos sobre a valorao dosinventrios.

    Arbitramento dos Estoques de Produtos Prontos e EmElaborao

    Quando a empresa no se utiliza da contabilidade de custosintegrada e coordenada com o restante da escriturao, deve-se ar-

    bitrar o estoque avaliando nos seguintes critrios, conforme o art.296 do RIR/1999:

    I - Produtos em elaborao:a) por uma vez e meia (150%) o maior custo das matrias-

    -primas adquiridas no perodo-base (sem ICMS/IPI quando recu-perveis);

    b) 80% (oitenta por cento) do valor dos produtos acabados,determinado segundo o critrio do item II;

    II - Produtos acabados:- 70% (setenta por cento) do maior preo de venda do perodo-

    -base, sem incluso do IPI, mas com ICMS incluso (Parecer Nor-mativo CST n 14/1981).

    O arbitramento pode apresentar distores na apurao do re-

    sultado, uma vez que a percentagem de 70% bastante elevado e,nesse caso, supervaloriza o estoque de materiais em processamen-to e de produtos acabados no encerramento do perodo-base.

    Essa supervalorizao, em algumas situaes, poder fazercom que o custo dos produtos vendidos apresente-se negativo. comum o custo dos produtos vendidos apresentar valor negativoquando existir grande quantidade de estoque de produtos acabadosem decorrncia de vendas reduzidas. Neste caso, o custo dos pro-dutos vendidos dever ser considerado igual a zero.

    Apurao do Maior Preo de Venda

    Considerando a avaliao do estoque de produtos acabadospelo critrio do arbitramento, a determinao do maior preo de

    venda, em algumas situaes, tem causado algumas dvidas paravalorizao do estoque.

    Sob o aspecto legal o inciso II do artigo 296 do RIR/1999faz referncia expresso maior preo de venda no perodo deapurao.

    No entanto pode ocorrer que determinado produto no tenhasido vendido dentro do perodo de apurao, neste caso, resta uti-lizar como parmetro o maior preo de venda praticado no perodode apurao imediatamente anterior, ainda que a legislao do Im-posto de Renda seja omissa sobre a questo.

    A questo torna-se mais complexa no caso de produto novo,quando no tenha se realizado a primeira venda, neste caso o quenos parece sensato a utilizao de um preo de produto similarno mercado.

    Caso no exista produto similar, entendemos que o procedi-mento mais adequado seria utilizar o custo dos produtos que foramutilizados na produo mais a margem de lucro normalmente uti-lizada pela empresa.

    A ideia do sco parece ser a de penalizar as empresas que nomantm uma contabilidade adequada de custos, no entanto, sob oaspecto contbil, causas profundas distores de resultado.

    Quebras e Perdas de Estoque

    admissvel no processo produtivo ocorrer quebras eperdas de estoque como o caso de resduos de matria-prima,evaporao de produtos qumicos, etc. Nesse caso, os valoresrelativos a quebras e perdas sero agregados ao custo de produo,sempre que naturais ao processo produtivo, e sero lanados comodespesas ao resultado do perodo, se forem eventuais ou por outrascausas no relacionadas a produo.

    Sucatas e Subprodutos

    As sucatas e os subprodutos so as sobras, pedaos, resduos,aparas e outros materiais derivados da atividade industrial, sendoque a sucata no tem um mercado garantido de comercializao eos preos so incertos, j os subprodutos tm condies de deman-da e preos competitivos.

    Contabilmente, os custos incorridos dos bens sucateados de-vem ser agregados aos custos de fabricao, os estoques geradosde sucata para comercializao, devem ser controlados sicamen-te pela empresa, no entanto no ter valor contbil. Por ocasioda comercializao da sucata, o valor da receita ser reconhecido

    nesse momento no resultado no subgrupo outras receitas opera-cionais.

    Com relao aos subprodutos, por possurem mercado estvele preo de venda previsvel, tais itens devem ser avaliados ao va-lor lquido de realizao e considerado como reduo do custo deproduo do perodo em que foram gerados.

    Por valor lquido de realizao de um subproduto deve serentendido como o valor bruto menos os impostos incidentes sobreessa venda, menos as despesas de comercializao como comis-ses, taxas de entrega, etc.

    Quando a empresa comercializar os subprodutos, ter umvalor efetivo de venda e atribuir como redutor dessas receitas ovalor dos estoques dos subprodutos e a diferena lquida ser re-gistrada como outras receitas/despesas operacionais, conforme ocaso.

    Provises, Ajustes e Redues de Estoques

    Para efeito de apurao do lucro real, conforme o art. 298 doRIR/99, na avaliao de estoques no so admitidas:

    I - redues globais de valores inventariados nem formao dereservas ou provises para fazer face sua desvalorizao;

    II - dedues de valor por depreciaes estimadas ou median-te provises para oscilao de preos;

    III - manuteno de estoques bsicos ou normais a preosconstantes ou nominais.

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    Didatismo e Conhecimento8

    CONTABILIDADE DE CUSTO

    Proviso para Ajuste ao Valor de Mercado

    O inciso II do art. 183 da Lei das S/A, determina que o valordos estoques seja deduzido de proviso para ajust-lo ao valor demercado.

    No entanto, desde 1.01.96, a despesa com a constituio des-sa proviso indedutvel tanto para ns de determinao do lucroreal como das base clculo da Contribuio Social sobre o LucroLquido (inciso IV do art. 298, do RIR/99).

    Estoque de Produtos Rurais

    Os estoques de mercadorias fungveis destinadas vendapodero ser avaliados pelo valor de mercado, quando esse for ocostume mercantil aceito pela tcnica contbil ( 4 do art. 183 daLei das S/A).

    A legislao do Imposto de Renda tambm prev no art. 297do RIR/1999 que os estoques de produtos agrcolas, animais e ex-

    trativos podero ser avaliados aos preos correntes de mercado,conforme as prticas usuais em cada tipo de atividade.No PN CST n 5/86 consta que a faculdade de avaliar o esto-

    que desses produtos ao preo corrente de mercado aplica-se nos aos produtores, mas tambm aos comerciantes desses produtose aos industriais que os utilizam como insumo da produo.

    Entretanto, deve-se observar que:a) se o valor corrente de mercado dos produtos for maior que o

    custo de aquisio ou produo, registrado na contabilidade, a con-trapartida do aumento do ativo em virtude da avaliao do estoquea preos de mercado constituir receita tributvel (ADN COSITn 32/94);

    b) se o valor de mercado dos produtos for menor que o custode aquisio ou produo registrado na contabilidade, a avaliao

    a preos de mercado implicar a constituio de uma proviso quecai na regra geral de indedutibilidade da qual tratamos no itemanterior.

    Compras com Preo a Fixar

    De acordo com o Manual Normas e Prticas Contbeis noBrasil - Fipeca, os estoques relativos a compras com preo axar, geralmente produtos agrcolas, so contabilizados pelo custoestimado, at que seja xado o preo efetivo, quando efetuado oajuste nas contas Estoques e/ou Custo das Mercadorias/ProdutosVendidos, referente parcela j baixada do estoque.

    AVALIAO DOS ESTOQUES DE PRODUTOS COM

    BASE EM CONTABILIDADE DE CUSTOS

    A empresa industrial que mantiver sistema de contabilidadede custos integrado e coordenado com o restante da escrituraopoder utilizar os custos apurados contabilmente para avaliaodos estoques de produtos acabados e em elaborao.

    Sistema de contabilidade de custo integrado e coordenadocom o restante da escriturao.

    Considera-se sistema de contabilidade de custo integrado ecoordenado com o restante da escriturao aquele que, cumulati-vamente:

    a) esteja apoiado em valores originados da escriturao con-tbil (matria-prima, mo de obra direta e gastos gerais de fabri-cao);

    b) permita a determinao contbil do valor dos estoques dematrias-primas e outros materiais,produtos em elaborao e pro-dutos acabados, ao m de cada ms;

    c) esteja apoiado em livros auxiliares, chas, formulrios con-

    tnuos ou mapas de apropriao ou rateio, tidos em boa guarda, ede registros coincidentes com aqueles constantes da escrituraoprincipal;

    d) permita avaliar os estoques existentes na data de encerra-mento do perodo de apropriao de resultados, segundo os custosefetivamente incorridos.

    Periodicidade dos registros contbeis

    Os lanamentos contbeis de custos podero ser feitos men-salmente ou em perodos menores, desde que apoiados em com-provantes e demonstrativos adequados.

    Necessidade da existncia de registro permanente de es-toques

    O sistema integrado de custos pressupe a existncia de con-trole escritural permanente de estoques, sendo incompatvel comesse sistema a avaliao de estoque baseada em contagem fsica.Nas chas de estoque de produtos acabados, as entradas seroavaliadas com base nos valores apurados por meio do sistema decustos, integrado com a escriturao, e as sadas sero avaliadascom base no custo mdio de produo ou pelo custo das produesmais antigas (PEPS ou Fifo), cando o estoque nal, consequente-mente, avaliado com base no custo mdio ponderado de produo

    ou no custo das produes mais recentes, respectivamente (veja ossubitens 4.1 e 4.2).

    ARBITRAMENTO DO VALOR DO ESTOQUE DEPRODUTOS ACABADOS E EM FABRICAO

    Caso a empresa industrial no mantenha sistema de contabili-dade de custos ou o sistema mantido nopossua os requisitos paraser considerado integrado e coordenado com o restante da escri-turao, os estoques existentes no nal do perodo de apuraodevero, obrigatoriamente. ser avaliados de acordo com as regrasexaminadas nos subitens a seguir.

    Produtos acabados

    Os produtos acabados sero avaliados em 70% do maior preode venda vericado no perodo-base,sem a incluso do IPI, quandofor o caso.Saliente-se que, para esse m, o maior preo de vendaser tomado sem a incluso apenas do IPI, no se admitindo a ex-cluso de qualquer parcela a titulo de ICMS.Exemplo:

    Vamos supor que, na contagem fsica, sejam encontradas 80unidades de determinado produto, cujo maior prego unitrio devenda no perodo-base tenha sido R$ 500,00 (sem IPI). Ento, te-mos: Valor Unitrio atribudo ao produto: 70% de R$ 500,00.........................................R$ 350,00Quantidade inventariada: 80 unida-des Valor do Estoque: 80 x R$ 350,00 ...........R$ 28.000,00.

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    Didatismo e Conhecimento9

    CONTABILIDADE DE CUSTO

    Produtos em elaborao

    Os materiais que se encontrarem em processamento no setor de produo (produtos em elaborao) na data de encerramento do pero-do-base devero ser avaliados por um dos seguintes critrios:

    a) uma vez e meia o maior custo de aquisio das matrias-primas adquiridas no perodo-base(excludos o PIS-Pasep no cumulativo, aCons no cumulativa, o IPI e o ICMS, quando recuperveis); ou b) 80% do valor-base para avaliao dos produtos acabados, determinadode acordo com o critrio exposto no subitem 9.1

    Exemplo:I - Avaliao com base no custo da matria-prima. Vamos imaginar que, no encerramento do seu perodo-base, uma indstria tenha em

    andamento uma Ordem de Produo na qual foram empregados 300 kg do material A e 400 kg do material B.Considerando que, durante o perodo-base, o maior custo de aquisio dessas matrias-primas (excludos os impostos recuperveis)

    tenha sido de R$ 30,00 por kg (material A) e R$ 50,00 por kg (material B), teramos:

    Ordem de Produo nAquisio

    Matrias primas empregadas

    RequisioEspcie de

    MaterialQtdade. Unidade

    Maior Custo Unitrio

    de AquisioBase 150% do MC Valor Total QxB

    Xx A 300 Kg 30,00 45,00 13.500,00

    Xx B 400 Kg 50,00 75,00 30.000,00

    II - Avaliao com base no preo de venda do produto acabado.

    Admitindo-se a existncia de 30 unidades de determinado produto em fase de acabamento e considerando-se que o maior prego de ven-da do produto acabado, no perodo-base, foi de R$ 200,00 por unidade(excludo o IPI), teramos: Maior prego de venda do produto acabadono perodo-base (sem IPI): R$ 200,00Avaliao do produto acabado:

    70% de R$ 200,00 .............................R$ 140,00Avaliao do produto em elaborao:80% de R$ 140,00 .............................R$ 112,00

    Quantidade de produtos em elaborao:30 unidades Valor do estoque: 30 x R$ 112,00 ................R$ 3.360,00

    APURAO DO CUSTO DOS PRODUTOSVENDIDOS E DOS SERVIOS PRESTADOS.

    APURAO DO CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS E DOS PRESTADOS.CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS CMV

    A apurao do custo das mercadorias vendidas est diretamente relacionada aos estoques da empresa, pois representa a baixa efetuadanas contas dos estoques por vendas realizadas no perodo.

    O custo das mercadorias vendidas pode ser apurado atravs da equao:CMV = EI + C - EFOnde:CMV = Custo das Mercadorias VendidasEI = Estoque InicialC = ComprasEF = Estoque Final (inventrio nal)

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    Didatismo e Conhecimento10

    CONTABILIDADE DE CUSTO

    CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS - CPVNo caso de produtos (bens produzidos por uma indstria), a

    frmula semelhante ao CMV:CPV = EI + (In + MO + GGF) EFOnde:CPV = Custo dos Produtos VendidosEI = Estoque InicialIn = Insumos (matrias primas, materiais de embalagem e ou-

    tros materiais) aplicados nos produtos vendidos.MO = Mo de Obra Direta aplicada nos produtos vendidosGGF = Gastos Gerais de Fabricao (aluguis, energia,

    depreciaes, mo de obra indireta, etc.) aplicada nos produtosvendidos.

    EF = Estoque Final (inventrio nal)

    COMPOSIO DOS CUSTOS DE PRODUOO 1 do art. 13 do Decreto-Lei 1.598/77 dispe que o custo

    de produo dos bens ou servios vendidos compreender, obri-gatoriamente:

    1) o custo de aquisio de matrias-primas e quaisquer outros

    bens ou servios aplicados ou consumidos na produo, observadoo disposto neste artigo;

    2) o custo do pessoal aplicado na produo, inclusive de su-perviso direta, manuteno e guarda das instalaes de produo;

    3) os custos de locao, manuteno e reparo e os encargos dedepreciao dos bens aplicados na produo;

    4) os encargos de amortizao diretamente relacionados coma produo;5) os encargos de exausto dos recursos naturais utilizados na

    produo.CUSTO DOS SERVIOS VENDIDOS (CSV)Numa empresa de servios, a sistemtica ser semelhante

    anterior, sendo a frmula:CSV = Sin + (MO + GDS + GIS) SOnde:

    CSV = Custo dos Servios VendidosSin = Saldo Inicial dos Servios em AndamentoMO = Mo de Obra Direta aplicada nos servios vendidosGDS = Gastos Diretos (locao de equipamentos, subcontra-

    taes, etc.) aplicados nos servios vendidos;GIS = Gastos Indiretos (luz, mo de obra indireta, deprecia-

    es de equipamentos, etc.) aplicados nos servios vendidos;S = Saldo Final dos Servios em AndamentoExemplo:Calcular o Custo dos Produtos Vendidos de 01 de janeiro a

    31 de dezembro de determinada indstria que apurou os seguintesdados:

    Estoque Inicial (01 de janeiro) 110.000,00

    Compras de Insumos 1.750.000,00

    ICMS sobre Compras 210.000,00Fretes sobre Compras 70.000,00

    Mo de Obra Direta 597.000,00

    Gastos Gerais de Fabricao 790.000,00

    Estoque inventariado (31 de dezembro) 185.000,00

    A DEMONSTRAO DOS CUSTOS DOS PRODUTOS

    VENDIDOS car como segue:

    Estoque Inicial (01 de janeiro) 110.000,00+ Compras de Insumos 1.750.000,00

    + Fretes sobre Compras 70.000,00

    - ICMS sobre Compras (210.000,00)

    + Mo de Obra Direta 597.000,00

    + Gastos Ferais de Fabricao 790.000,00

    - Estoque inventariado (31 de dezembro) (185.000,00)

    = Custo dos Produtos Vendidos 2.922.000,00

    TRATAMENTO CONTBIL E FORMAS DECONTABILIZAO.

    TRATAMENTO CONTBIL - CUSTOS

    A forma de contabilizao desse procedimento pode ser varia-

    da. Existem desde os critrios mais simples at os mais complexos.Em nosso exemplo visto at agora no h realmente muita com-

    plexidade, mas em outros frente a situao pode tornar-se bemdiferente. Admitindo que a empresa tenha resolvido, continuando

    o exemplo desenvolvido, contabilizar, com base no segundo crit-rio de rateio de CIP (Custos Indiretos de Produo), base do valor

    da Mo de obra Direta, poderamos ter:Critrio Simples: Contabilizao dos Custos pela Contabili-

    dade Financeira em contas apropriadas e transferncia direta paraos estoques medida que os produtos so acabados ou ento s no

    m do perodo, sem registro das fases de rateio:

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    Didatismo e Conhecimento11

    CONTABILIDADE DE CUSTO

    Matria prima consumida Mo de obra sal. Fbrica Depreciao Fbrica

    350.000 120.000 60.000

    Seguros Fbrica Materiais Diversos Fbrica Energia Eltrica

    10.000 15.000 4.000

    Manuteno Fbrica

    70.000

    As Contas de Despesas, por no nos interessarem, cam de fora. Os Custos acima sero distribudos diretamente s contas de estoquescom base no Quadro 5.4 (2 critrio):

    Dbito: Estoques:

    Produto A: $ 170.000

    Produto B: $ 319.500

    Produto C: $ 220.500

    $ 710.000

    Crdito: Custos:

    Matria prima consumida $ 350.000

    Mo de obra salrio fbrica $ 120.000

    Depreciao Fbrica $60.000

    Seguros Fbrica $10.000Materiais Diversos Fbrica $15.000

    Energia Eltrica Fbrica $85.000

    Manuteno Fbrica $70.000

    $ 710.000

    Matria prima consumida Mo de obra sal. Fbrica Depreciao Fbrica

    350.000 120.000 60.000

    350.000(a) 120.000(a) 60.000(a)

    Seguros Fbrica Materiais Diversos Fbrica Energia Eltrica

    10.000 15.000 4.00010.000(a) 15.000(a) 4.000(a)

    Manuteno Fbrica

    70.000

    70.000(a)

    Estoque Produto A Estoque Produto B Estoque Produto C

    (a)170.000 (a)319.500 (a)220.500

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    Didatismo e Conhecimento12

    CONTABILIDADE DE CUSTO

    Talvez se pudesse argumentar que lanamentos to simplicados no fornecem uma boa viso de como foi feita a distribuio dos custos.Entretanto, havendo um bom sistema de banco de dados, as melhores fontes dessas informaes sobre distribuio sero sempre os pr-

    prios arquivos, e no o Dirio e o Razo da Contabilidade.Critrio Complexo: A forma mais complexa para contabilizao dos Custos seria representada pelo registro contbil no mesmo grau do

    detalhamento dos mapas e arquivos de custos.

    a) Dbito: Mo de obra direta $ 90.000Mo de obra indireta $ 30.000

    $ 120.000 Crdito: Mo de obra (Salrio Fbrica)

    Separao de mo de obra $ 120.000

    b) Dbito: Energia Eltrica Direta $ 45.000Energia Eltrica Indireta $ 40.000

    $ 85.000 Crdito: Energia Eltrica Fabrica $ 85.000

    c) Dbito: EstoquesPRODUTO A $ 75.000PRODUTO B $ 135.000PRODUTO C $ 140.000

    $ 350.000 Crdito: Matria prima consumida $ 350.000

    (apropriao da matria prima aos produtos)

    d) Dbito: EstoquesPRODUTO A $ 22.000PRODUTO B $ 47.000

    PRODUTO C $ 21.000$ 90.000

    Crdito: Mo de obra $ 90.000(apropriao mo de obra dos produtos)

    e) Dbito: Estoques

    PRODUTO A $ 18.000PRODUTO B $ 20.000PRODUTO C $7.000

    $ 45.000 Crdito: Energia Eltrica direta $ 45.000

    f)Dbito: EstoquesPRODUTO A $ 55.000PRODUTO B $ 117.500PRODUTO C $ 52.500

    $ 225.000Crdito: Mo de obra indireta $ 30.000

    Energia Eltrica Indireta $ 40.000Depreciao da Fbrica $ 60.000Seguros da Fbrica $ 10.000Materiais Diversos Fbrica $ 15.000Manuteno Fbrica $ 70.000

    $ 225.000

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    Didatismo e Conhecimento13

    CONTABILIDADE DE CUSTO

    As contas cariam:

    Matria prima consumida Mo de obra sal. Fbrica Depreciao Fbrica

    350.000 120.000 60.000

    350.000(c) 120.000(a) 60.000(f)

    Seguros Fbrica Materiais Diversos Fbrica Manuteno Fbrica

    10.000 15.000 4.000

    10.000(f) 15.000(f) 4.000(f)

    Energia Eltrica Indireta Energia Eltrica Direta Energia Eltrica Fab.

    (b)40.000 (b)45.000 85.000

    40.000(f) 45.000(e) 85.000(b)

    Mo de obra Direta Mo de obra Indireta

    (a)90.000 (a)30.000

    90.000(d) 30.000(f)

    Estoque Produto A Estoque Produto B Estoque Produto C

    (c)75.000 (c)135.000 (c)140.000

    (d)22.000 (d)47.000 (d)21.000

    (e)18.000 (e)20.000 (e)7.000

    (f)55.000 (f)117.500 (f)52.500

    170.000 319.500 220.500

    Esta forma de contabilizao segue de perto cada passo do prprio sistema de apurao e distribuio dos Custos e na prtica deve seraconselhada apenas quando da necessidade desses registros contbeis analticos.

    Havendo possibilidade da manuteno de arquivos, essa maneira mais complexa de contabilizao deve ser evitada, pois, alm denormalmente emperrar a Contabilidade Financeira devido ao nmero extremamente grande de lanamentos requeridos, de pouca utilidadeprtica, devido diculdade do manuseio de informaes registradas dessa forma.

    Os mapas extrados dos arquivos so mais fceis de ser entendidos, e no h, inclusive, nem dupla forma de controle, pois a Contabili-dade vai apenas copiar os prprios mapas. Inmeros outros critrios de contabilizao existem, entremeando esses dois extremos vistos.

    CUSTEIO E CONTROLE DOS MATERIAIS DIRETOS:

    CUSTO DE AQUISIO, INVENTRIOS, CRITRIOSDE AVALIAO E IDENTIFICAO DO CONSUMO DE

    MATERIAIS E TRATAMENTO DAS PERDAS.

    NOES SOBRE CUSTEIO E CONTROLE DOS MATERIAIS DIRETOS

    Materiais Diretos

    Os materiais diretos, que so utilizados no processo de produo possuem como base de apropriao seu valor histrico de aquisio,mais durante a utilizao destes materiais alguns problemas so encontrados que so; a avaliao, o controle e a programao, todas estasfunes so de extrema importncia na classicao dos custos de matrias.

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    Didatismo e Conhecimento14

    CONTABILIDADE DE CUSTO

    Quando tratamos dos itens que integram o valor dos materiais, temos uma regra que explica claramente que todos os gastos realizadospara colocao do ativo em condio de uso ou a venda incorporam o valor deste mesmo ativo. Encontramos certas diferenas em relao classicao da armazenagem industrial e comercial, nesta os gastos com armazenagem de mercadoria so despesas e para as indstrias um acrscimo no valor dos itens em estoque alem desta atribuir tal gasto diretamente ao produto. Outra questo importante so os descontos

    nanceiros que so classicados como receitas nanceiras ao invs de reduo de custos, e os descontos e abatimentos so consideradosreduo do preo de aquisio.Existem trs critrios de avaliao de materiais, o preo mdio, PEPS e UEPS.O Preo Mdio o mais utilizado no Brasil, sendo dividido em duas categorias o Mvel e o Fixo.O Preo Mdio ponderado mvel atualiza sue preo mdio aps cada aquisio e o preo mdio ponderado xo utilizado quando a

    empresa calcula o preo mdio no nal do perodo ou quando atribui a todos um nico preo, no aceito pela legislao scal quando forcalculado com base nas compras de um perodo maior que o prazo de rotao de estoque.

    No PEPS O primeiro a entrar o primeiro a sair o material custeado pelo preo mais antigo e cam os mais recentes em estoque, emsua utilizao, com a utilizao do mtodo acaba-se apropriando ao produto o menor valor do material nos estoques.

    O UEPS ltimo a entrar primeiro a sair, apropria-se os custos mais recentes aos produtos feitos e no admitido no imposto de renda.A partir do PEPS encontraram os menores custos dos materiais, no UEPS os maiores e o preo mdio como o prprio nome diz realiza a

    mdia entra os dois mtodos utilizados. de grande importncia a utilizao dos mesmos critrios durante os exerccios obedecendo assimo princpio da consistncia.

    As perdas algo inevitvel quando nos referimos aos materiais diretos, so diferenciadas por perdas normais que so as que j estoprevistas no processo de produo e as perdas anormais que ocorre involuntariamente e diferem das outras perdas por no ser um sacrifciopremeditado sendo tratados como perdas e indo diretamente para o resultado.

    Os subprodutos e as sucatas so materiais que no foram aproveitados durante o processo produtivo e podem gerar recursos nanceirosna empresa, estes possuem tratamento contbil diferenciado.

    Os subprodutos o que no foi aproveitado no processo de produo e possui estabilidade de mercado, de compradores e de preo,mais representam uma mnima parcela no faturamento, as receitas oriundas de suas vendas reduzem o custo de produo sua avaliao deestoque realizada pelo preo de venda e no pelo seu custo devido sua irrelevncia e a sucata diferem dos subprodutos por no possuir umacomercializao estvel, seus itens so vendidos esporadicamente e sua receita classicada como outras receitas operacionais.

    O IPI e o ICMS so os impostos pagos sobre a aquisio de material e contabilizados da mesma maneira, o pagamento destes impostos ressarcido posteriormente pela venda de seus produtos aos seus clientes, nas exportaes os impostos no incidem sobre as vendas maisse obtm o direito de recuperar os impostos pagos nos materiais utilizados na produo dos bens, desta maneira as empresas realiza o inter-mdio entre o pagador nal do imposto e o Governo Federal.

    Os problemas relacionados as altas taxas de inao modica as compras de materiais realizados a prazo, estabelecido um preo e umsobrepreo que adicionado pelo fornecedor.

    COMPOSIO DO CUSTO DE AQUISIO DOS MATERIAIS DIRETOS

    O custo de aquisio dos materiais diretos inclui todos os gastos efetivamente incorridos nas operaes de compras, para que os mesmoscheguem ao estabelecimento da empresa compradora. Assim, o custo de aquisio de um material direto :

    Valor Total da Nota Fiscal (= Valor pago ao fornecedor)(+) Frete (se houver)(+) Seguro (se houver)(+) Armazenagem (se houver)(+) Outros gastos (se houver)

    (+) Impostos e taxas no-recuperveis (se houver)(-) IPI (se recupervel)(-) ICMS (se recupervel)= Custo de aquisio

    COMPOSIO DO PRODUTO ACABADO:

    Fatores ou elementos de Produo: MD, MOD & CIF

    CONTROLE DOS MATERIAIS DIRETOS

    O controle de entradas, estocagem e sadas de materiais para a produo, so feitos pelo Almoxarifado atravs de Fichas de Controle deEstoques que, basicamente, tm o seguinte modelo:

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    CONTABILIDADE DE CUSTO

    FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUES

    ESPCIE: UNIDADE:

    DATA HISTRICO ENTRADAS SADAS SALDO

    QTE CUSTOUNIT. CUSTOTOTAL QTE CUSTOUNIT. CUSTOTOTAL QTE CUSTOUNIT. CUSTOTOTAL

    AVALIAO DE ESTOQUES

    Como comum existir em estoques materiais de uma mesma espcie, adquiridos em pocas diferentes e a preos diversos, as empresasgeralmente utilizam um sistema de controle permanente dos estoques, onde o custo desses materiais valorado mediante um dos seguintesmtodos de avaliao de estoques:

    a) PEPS, do ingls,frst-in-frst-out(Primeiro que Entra, Primeiro que Sai) consiste em dar baixa no material estocado a partir dasprimeiras compras, medida que forem requisitadas pelos setores produtivos. Assim, o custo dos materiais transferidos produo ser odas aquisies mais antigas, cando o Estoque Final remanescente avaliado pelo custo das aquisies mais recentes.

    b) UEPS, do ingls, last-in-frst-out(ltimo que Entra, Primeiro que Sai) consiste em dar baixa no material estocado a partir das

    ltimas compras, medida que forem requisitadas. Com efeito, o custo dos materiais transferidos produo ser o das aquisies maisrecentes, cando o Estoque Final remanescente avaliado pelo custo das aquisies mais antigas.

    c) CUSTO MDIO consiste em avaliar tanto a sada dos materiais para a produo como o Estoque Final pelo custo mdio das aqui-sies. O Custo Mdio calculado, toda vez que houver nova entrada no estoque, dividindo-se o saldo do estoque em valor (saldo anterior+ custo da compra atual) pelo saldo em quantidade (quantidade anteriormente estocada + quantidade adquirida), ou seja,

    quantidadeemestoquedosaldo

    valoremestoquedosaldoCM =

    OBS.:1. A legislao scal brasileira estabelece que a avaliao dos estoques deve ser feita com base no custo mdio de aquisio dosmateriais e faculta a utilizao apenas do mtodo PEPS.

    2. A escriturao da Ficha de Controle de Estoques, por qualquer um dos mtodos acima, obedece s seguintes regras:a) Estoque Inicial (saldos oriundos do perodo anterior) lanados na coluna SALDO.

    b) Compras lanadas na coluna ENTRADAS pelo custo de aquisio, excluindo o ICMS e Incluindo o valor correspondente aofrete e outros valores quando houver.c) Devolues de compras lanadas pelo custo de aquisio da compra a que se refere, na coluna ENTRADAS, com sinal negativo

    (representado por parnteses).d) Requisies da Produo lanadas na coluna SADAS.e) Devolues da Produo lanadas pelo custo registrado na respectiva requisio, na coluna SADAS, com sinal negativo.

    Controle de Estoque de Mercadorias: Entrada - compras & Sada - vendas

    Controle de Estoque de Materiais: Entrada - compras & Sada - consumo ou transferncia para produo/processo

    Controle de Estoque de Produtos: Entrada - Transferncia da produo/processo & Sada - vendas

    * O saldo no controle de estoques ser de acordo com o critrio de avaliao que esteja sendo utilizado.

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    Didatismo e Conhecimento16

    CONTABILIDADE DE CUSTO

    Os Estoques sero tambm Inventariados de acordo mtodos:

    Mtodo de Inventrio Peridico atravs de contagem fsica no nal de cada perodo, no existindo controle de estoques.

    Mtodo de Inventrio Permanente atravs de controle permanente de estoques, atravs de contagem cclica, somente para validarou checar os movimentos e os saldos existentes.

    Exemplo : Durante o ms de agosto, ocorreram as operaes abaixo relativas a uma determinada matria-prima, na MAGRO Indstriae Comrcio Ltda.:

    dia 03 aquisio de 100 unidades a $ 150,00 cada.dia 05 transferncia para a produo de 70 unidades para uso no produto X.dia 08 aquisio de 120 unidades a $ 160,00 cada.dia 12 transferncia para a produo de 130 unidades para uso no produto Y.dia 15 aquisio de 80 unidades a $ 170,00 cada.dia 20 transferncia para a produo de 90 unidades para uso no produto Z.Admitindo que no havia estoque inicial no dia 1 de agosto e que todas as aquisies esto lquidas de impostos pede-se escriturar a

    Ficha de Controle de Estoque e elaborar o Mapa de apurao de Custos, pelos trs mtodos de avaliao de estoques.

    FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE MTODO PEPS

    ESPCIE: UNIDADE:

    DATA HISTRICO ENTRADAS SADAS SALDO

    QTECUSTOUNIT.

    C U S T OTOTAL

    QTE UNIT.C U S T OTOTAL

    QTE UNIT.C U S T OTOTAL

    03.08 Compra 100 150 15.000 100 150 15.000

    05.08 Transferncia [X] 70 150 10.500 30 150 4.500

    08.08 Compra 120 160 19.20030120

    150160

    4.50019.200

    12.08 Transferncia [Y]

    30

    100

    150

    160

    4.500

    16.000 20 160 3.200

    15.08 Compra 80 170 13.6002080

    160170

    3.20013.600

    20.08 Transferncia [Z]2070

    160170

    3.20011.900

    10 170 1.700

    TOTAL 47.800 46.100 10 170 1.700

    FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE MTODO UEPS

    ESPCIE: UNIDADE:

    DATA HISTRICO ENTRADAS SADAS SALDO

    QTECUSTOUNIT.

    C U S T OTOTAL

    QTE UNIT.CUSTOTOTAL

    QTE UNIT.C U S T OTOTAL

    03.08 Compra 100 150 15.000 100 150 15.000

    05.08 Transferncia [X] 70 150 10.500 30 150 4.500

    08.08 Compra 120 160 19.20030120

    150160

    4.50019.200

    12.08 Transferncia [Y]12010

    160150

    19.2001.500

    20 150 3.000

    15.08 Compra 80 170 13.6002080

    150170

    3.00013.600

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    Didatismo e Conhecimento17

    CONTABILIDADE DE CUSTO

    20.08 Transferncia [Z]8010

    170150

    13.6001.500

    10 150 1.500

    TOTAL 47.800 46.300 10 150 1.500

    FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE MTODO CUSTO MDIO

    ESPCIE:UNIDADE:

    DATAHISTRICO

    ENTRADAS SADAS SALDO

    QTECustoUnit.

    C U S T OTOTAL

    QTE UNIT.CUSTOTOTAL

    QTE UNIT.C U S T OTOTAL

    03.08 Compra 100 150 15.000 100 150 15.00005.08 Transferncia [X] 70 150 10.500 30 150 4.500

    08.08* Compra 120 160 19.200 150 158 23.700

    12.08 Transferncia [Y] 130 158 20.540 20 158 3.160

    15.08* Compra 80 170 13.600 100 167,60 16.760

    20.08 Transferncia [Z] 90 167,60 15.084 10 167,60 1.676

    TOTAL 47.800 46.124 10 167,60 1.676

    MAPA DE APURAO DE CUSTO DE MATERIAL - PEPSMS: ___________

    DATA DISCRIMINAO OP / CC / PRODUTO TOTALX Y Z

    05/08 Matria-prima 10.500 10.500

    12/08 Matria-prima4.50016.000

    4.50016.000

    20/08 Matria-prima3.20011.900

    3.20011.900

    TOTAL 10.500 20.500 15.100 46.100

    MAPA DE APURAO DE CUSTO DE MATERIAL - UEPS

    MS: ___________

    DATA DISCRIMINAOOP / CC / PRODUTO

    TOTALX Y Z

    05/08 Matria-prima 10.500 10.500

    12/08 Matria-prima19.2001.500

    19.2001.500

    20/08 Matria-prima13.6001.500

    13.6001.500

    TOTAL 10.500 20.700 15.100 46.300

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    CONTABILIDADE DE CUSTO

    MAPA DE APURAO DE CUSTO DE MATERIAL CUSTO MDIOMS: ___________

    DATA DISCRIMINAO

    OP / CC / PRODUTO

    TOTALX Y Z

    05/08 Matria-prima 10.500 10.500

    12/08 Matria-prima 20.540 20.540

    20/08 Matria-prima 15.084 15.084

    TOTAL 10.500 20.540 15.084 46.124

    CUSTEIO, CONTROLE E TRATAMENTO CONTBIL DAMO DE OBRA DIRETA E INDIRETA

    CONCEITO MO DE OBRA DIRETA E INDIRETA

    Mo obra compreende os gastos com pessoal na fabricao de um produto, pode ser classica em Direta e Indireta.Mo de Obra Direta gasto relativo ao pessoal que trabalha diretamente com a linha de produo, sendo possvel averiguar o tempo

    gasto na fabricao.Mo de Obra Indireta Gasto relativo ao pessoal da produo que pode ser rateado entre dois ou mais produtos fabricados.Exemplos: pessoal da manuteno, pessoal da limpeza da fbrica, salrio de supervisor de mais de um produto, etc.Quando for feito o calculo do gasto com mo de obra deve-se incluir no somatrio os seguintes itens:Salrio normal, encargos sociais, adicionais de frias, vesturio, alimentao, transporte, assistncia mdica, salrio famlia, 13 salrio.

    CUSTO DA MO DE OBRA X FOLHA DE PAGAMENTO

    Por folha de pagamento entendemos o procedimento de levantamento dos gastos mensais com pessoal, que incluem salrios e encargos.

    O gasto com folha de pagamento corresponde, via de regra, a despesas (encargos suportados pela empresa).Entretanto, quando se trata de mo de obra utilizada na linha de produo, seu valor no diretamente registrado como despesa, mas incorporado ao custo do produto que est sendo fabricado.

    A questo que se coloca a de se identicar o quanto da folha de pagamento absorvida por cada produto fabricado.Isso demanda iden-ticar o custo de cada trabalhador da linha de produo, vericar o quanto ele trabalhou efetivamente na fabricao do produto e apropriaro respectivo valor.

    A legislao trabalhista brasileira garante um pagamento de, no mnimo, 220 horas de trabalho ao ms, ou seja, o contrato de trabalhoacaba por produzir um custo xo mensal por operrio.

    Nesse caso, a folha de pagamento um gasto xo, quando no excede 220 horas, pois todo ms se repete.Mas isso no implica que a mo de obra direta tambm o seja, pois s pode ser considerada como mo de obra direta a parte relativa ao

    tempo realmente utilizado no processo de produo e de forma direta.O tempo que um operrio deixa de trabalhar impacta o custo de todas as linhas de produtos fabricadas na indstria e no somente aquela

    em que o operrio estaria ordinariamente trabalhando.Se, por exemplo, houver ociosidade, por razes como falta de material, de energia etc., dentro de limites normais, esse tempo no utili-

    zado ser transformado em custo indireto (mo de obra indireta) para rateio.

    Se, por outro lado, esse tempo ocioso ocorrer de forma anormal e o valor envolvido for relevante, os respectivos valores devero sertransferidos para perda do perodo, como no caso de uma greve, em que o valor dos salrios, eventualmente pagos, no est ligado linhade produo sendo despesa.

    A apurao do custo com mo de obra s possvel depois de equacionados dois problemas: quanto tempo foi gasto na produo do bem; qual o custo estabelecido por unidade de tempo.Para resolver o primeiro problema, utilizado um relatrio especco, denominado Apontamento da produo, que registra como foi

    aproveitado o tempo que o empregado cou disposio da empresa e inclui as seguintes informaes: identicao do empregado; identicao do trabalho por ele executado, indicando o(s) produto(s) a ele relacionado(s); tempo efetivamente gasto na elaborao de cada produto; paradas por falta de material, quebra de equipamentos, falta de energia etc.; tempo gasto em outras atividades; outras, de acordo com a organizao da produo.

    O relatrio acima resolve o problema de identicao do tempo em que o empregado esteve:

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    Didatismo e Conhecimento19

    CONTABILIDADE DE CUSTO

    envolvido na produo: relativo, diretamente, produode produto especco: mo de obra direta;

    relativo produo de vrios produtos: mo de obra indireta;dedicado a atividades no relacionadas diretamente com

    a produo, mas necessrias a ela: outros custos indiretos de fa-bricao; envolvido com atividades estranhas produo e anor-

    mais: despesa.No Brasil, os encargos sociais so de grande magnitude, em

    relao ao salrio, sendo necessria sua incluso no custo horrioda mo de obra direta, como: descanso semanal remunerado, f-rias, 13 salrio, licenas etc.

    A maneira mais fcil de calcular o valor da mo de obra diretaseria vericar o gasto total que cabe empresa por ano e dividiresse valor pelo nmero de horas de trabalho em que o empregadoefetivamente se encontra disposio, alcanando o valor mdioda hora de trabalho do empregado.

    O descanso semanal e as frias no so tempos no dedicados produo, sendo um nus necessrio contratao de um empre-gado. Portanto, tm o efeito de uma majorao do custo da horado empregado.

    Saliente-se que diferente a situao de uma parada por que-bra de equipamento ou falta de material ou energia, pois, nessassituaes, o empregado poderia estar sendo utilizado.

    Assim, o custo horrio do empregado no majorado, mas ashoras paradas so consideradas como perda (ou CIF).

    Repare, ainda, que outros encargos, INSS patronal, FGTS e13, suportados pela empresa tambm causam impacto no custohorrio do empregado, no sentido de sua majorao.

    O INSS, a cargo do empregado, e o IRRF no tm qualquer

    inuncia no custo horrio do empregado, pois so valores queno so suportados pela empresa, mas pelo empregado.Assim, conclui-se que: frias e 13 so includas no custo das horas MOD; ausncias por falta de energia, material ou acidentes podem

    ser classicadas como: CIF, se normais; perdas se anormais.

    Mo de obra direta

    A Mo de Obra Direta (MOD) faz parte do gasto relativo aopessoal e caracterizada por:

    trabalho direto na produo; possibilidade de vericao do exato tempo despendido

    na elaborao do produto.Portanto, a MOD consiste em gasto cujovalor passvel de apropriao ao produto, sem necessidade dequalquer custeio.Exemplos:

    Um operrio que faz operaes em apenas um tipo de pro-duto, entre os vrios fabricados pela indstria. O gasto relativo shoras de trabalho desse operrio deve ser classicado como mode obra direta,

    Um operrio que faz operaes em mais de um tipo de pro-duto, entre os vrios fabricados pela indstria, porm trabalha, emseparado, um produto de cada vez.

    O gasto relativo s horas de trabalho desse operrio tambmdeve ser classicado como mo de obra direta, pois possvelidenticar perfeitamente o nmero de horas trabalhadas por este

    operrio em cada produto.

    Mo de obra indireta

    So classicados como Mo de Obra Indireta (MOI), os gas-tos relativos ao pessoal da produo que NECESSITAM DERA-TEIO PARA APROPRIAO AO PRODUTO.

    Exemplo:Um supervisor responsvel pelo trabalho de vinte operrios,

    que trabalham em quatro mquinas (cinco operrios por mquina),sendo que cada mquina utilizada para confeco de um produtodiferente.

    O salrio e os encargos deste supervisor devem ser classi-cados como MOI, pois inexiste forma objetiva de apropriao docusto a qualquer um dos produtos, devendo ser usado algum crit-rio subjetivo para esta alocao (rateio).

    So, tambm, exemplos de MOI: os gastos com pessoal e lim-peza da fbrica e os gastos com pessoal de manuteno de mqui-nas.

    Repare que esse pessoal no trabalha diretamente na elabora-

    o de um produto, mas presta um servio necessrio confecode todos os produtos fabricados pela indstria, sendo o custo dossalrios e dos encargos) deste pessoal classicado como MOI, poisinexiste forma objetiva de apropriao do custo a qualquer um dosprodutos, devendo ser usado algum critrio subjetivo para esta alo-cao (rateio).

    Tempo ocioso

    O tempo ocioso de um operrio, mesmo que ele trabalhe ape-nas em operaes relativas a um produto, deve ser classicadocomo MOI e no como MOD, porque os gastos relativos a essetempo, no colaborando para diretamente para qualquer produto,so gastos alocveis na fabricao de todos os demais produtos.

    Exemplo: um operrio que faz operaes em apenas um tipo de produ-to. O gasto relativo s horas de trabalho desse operrio deveria serclassicado como mo de obra direta. Entretanto, considere queesse operrio esteja ocioso por conta de manuteno preventiva noequipamento que ele utiliza.

    Nesse caso, o gasto deve ser classicado como mo de obraindireta, pois no poder ser alocado ao produto, devendo ser ra-teado, segundo algum critrio subjetivo, por todos os produtos fa-bricados pela indstria. Observao: a mo de obra indireta integraos Custos Indiretos de Fabricao CIF.

    CUSTEIO, TRATAMENTO CONTBIL,TAXAS DE APLICAO, ANLISE DAS

    VARIAES E CONTROLE DOS CUSTOSINDIRETOS DE FABRICAO.

    CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAO

    . Custos IndiretosMateriais, mo de obra e todos os demais custos de produo

    que no podem ser apropriados diretamente s unidades de custea-mento (produtos, servios, departamentos, centros de custo, reasde responsabilidade ou qualquer unidade referencial polarizadorade valores considerados custos).

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    Didatismo e Conhecimento20

    CONTABILIDADE DE CUSTO

    . Classicao

    O custeamento da produo industrial se apoia sobre funda-mentos contbeis essenciais, aplicveis em qualquer circunstn-cia, tanto na atividade industrial, na prestao de servios ou nocomrcio de mercadorias.

    Para melhor e mais aprofundado entendimento dos mtodos etcnicas de custeamento, sua aplicao e utilidade, imprescind-vel que sejam conhecidos os fundamentos que norteiam sua apli-cao atividade industrial.

    O custo sempre direto ou indireto em relao a determinadoproduto. Por outro lado, s h custo indireto quando a empresa fa-brica mais de um produto. Se a empresa fabrica apenas um produ-to, todos os custos de produo estaro, evidentemente, associadosquele produto. Existem casos em que a empresa, mesmo produ-zindo um s produto, classica seus custos em diretos (mo deobra e matria-prima) e em outros custos de produo (demaiscustos de fabricao), como objetivo de enfatizar os primeiros,face sua relevncia.

    Somente os custos podem ser classicados em diretos ou indi-retos j que se relacionam com os produtos. As despesas no admi-tem, portanto, essa classicao. Os custos Indiretos de Fabricaoso todos os custos de produo no facilmente e/ou no econo-micamente associveis a determinado(s) produto(s). Em virtudedisso, normalmente, eles so considerados no total e rateados aosdiversos produtos ou unidades de custeamento.

    Os custos indiretos so alocados mediante rateio.A apropriao s unidades de custeamento, portanto,somente

    possvel mediante utilizao de algum artifcio ou mtodo declculo, geralmente uma diviso proporcional fundamentada emcritrios de rateio com bases previamente denidas.

    Os custos indiretos costumam envolver itens empregados emgrande nmero, mas de pequeno custo unitrio, pelo que o tra-tamento globalizante acima justicado. Em alguns casos, a as-sociao de determinado custo com certo produto at possvel(devendo ser feita sempre que o custo for relevante no valor totaldo produto custeado). Porm, por vezes esse, um controle muitoespecial, pode ser oneroso para a empresa (superior ao benefcio aser gerado), nesse caso prefervel no se fazer tal controle, consi-derando o custo como indireto.

    Especicamente, quando se trata de delimitar procedimentostecnicamente compatveis com a atividade industrial, h de se con-siderar que so demandadas consideraes prprias a tal condicio-namento.

    imprescindvel, porm, sempre considerar a utilizaoe direcionamento desse acervo procedimental para extrairinformaes e dados analticos provenientes, em especial, docusto de aquisio das matrias primas, prprios da atividadeindustrial. So exemplos de custos indiretos: O aluguel da fbrica,os materiais indiretos, a mo de obra indireta, etc.

    TAXA PREDETERMINADA DOS CUSTOS INDIRE-TOS DE FABRICAO

    Vimos da possibilidade de apropriao dos Custos Indiretosde Fabricao, bem como de alguns critrios de alocao utiliza-dos. Estes processo somente se efetiva aps levar em consideraoa produo realizada, ou seja, apenas quando encerrado o exerc-cio. Contudo, vamos imaginar que os gestores queiram conhecere/ou acompanhar os custos dos produtos durante o ms, de formaa se saber quanto custou uma ordem de produo concluda.

    Com isso teriam que simular algumas estimativas apoiadasnos custos incorridos at o momento, correndo o risco inclusivede sazonalidades (despesas que ocorrem em perodos especcos).Entretanto, s teriam a certeza de uma apropriao correta uma vez

    apurados os totais do perodo (custo e produo).Uma alternativa comumente utilizada a chamada:

    Taxa Predeterminada de Custo Indireto, ou simplesmenteTaxa CIF, que se baseia em nmeros estimados e normalmentecalculada antes do incio do perodo para aplicar os custos indire-tos s ordens de produo durante o perodo. O processo utilizado o de rateio dos Custos Indiretos de Fabricao, e os critrios maisutilizados so:

    - Horas de Mo de Obra Direta- Horas MquinaA frmula de clculo bem simples:

    TAXA PREDETER-MINADA DE CUS-

    TO INDIRETO=

    Total Estimado do Custo Indiretode fabricao

    Quantidade Total Estimada doCritrio de Alocao

    Desta forma, obtm-se a Taxa CIF para se aplicar a produode um perodo. Por exemplo, suponhamos que uma fbrica estimepara o ano, um montante de Custos Indiretos de

    Taxa CIF = $ 3.000.000 = $ 1.500 h/m

    2,000

    Fabricao de $ 3.000.000 e um montante de Horas Mquinade 2.000 horas. Portanto, a Taxa CIF prevista para o perodo :

    A partir desta informao, basta se aplicar a Taxa CIF a umaordem de produo, cujo produto se utilize de uma quantidade es-pecca de horas em uma mquina durante a produo.

    A Taxa CIF pode ser aplicada tambm aos Produtos em Pro-cesso. Basta para isso calcular (utilizando-se do exemplo ante-rior) o custo Hora Mquina (Taxa CIF) pela quantidade de horasque o Produto em Processo se utilizou.

    Algumas diferenas certamente iro incorrer, como apura-o real do Custo Indireto de Fabricao ser maior que o estima-do (custo subaplicado) ou menor (custo superaplicado) ao longodo perodo, resultando portanto em saldos devedores ou credoresna conta Custos Indiretos de Fabricao. Neste caso, o tratamentopode ser dado das seguintes formas:

    Faz-se o encerramento, considerando em Custo dos Produ-

    tos Vendidos; Efetuar um rateio entre Custos dos Produtos em Processo,

    Custos dos Produtos Acabados e Custos dos Produtos Vendidos,na proporo dos Custos Indiretos ocorridos nestas contas (mais

    indicado, inclusive para aspectos scais no Pas).

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    Didatismo e Conhecimento21

    CONTABILIDADE DE CUSTO

    CONTROLE DO PADRO RELATIVO AOS CUSTOSINDIRETOS DE FABRICAO

    Controle do padro

    O controle dos padres de MOD e MD, vistos at agora, eramfeitos com base na comparao entre o custo efetivo e o custo--padro ajustado quantidade produzida.

    Saliente-se que no foi utilizado, para ns de comparao, ocusto-padro inicialmente previsto.

    Ora, o que a empresa precisa saber por que houve diferenase uma das importantes diferenas , justamente, devida diferenaentre a quantidade de produo inicialmente esperada e aquelaefetivamente produzida.

    Assim, surge uma dvida: como controlar essa diferena?Repare que a diferena entre a quantidade de produo es-

    perada e a efetivamente produzida diz respeito otimizao dautilizao dos recursos da empresa. De uma forma terica, seria

    desejado que a indstria operasse com 100% de sua capacidadetodo o tempo.Entretanto, na prtica, isso no ocorre e, assim, h desperdcio

    de recursos. Esses recursos compem o CIF (Custos Indiretos deFabricao).

    Portanto, deve haver, alm dos controles de MD e MOD, con-troles especcos para a variao de CIF.

    Como todos os padres vistos at agora (para MD e MOD),os padres relativos aos CIF devero ser compostos por um fatorfsico e um fator de valor.

    Ocorre que, pela especicidade do CIF, o fator de valor, re-lativo ao padro, deve ser decomposto em dois subfatores: um decusto e um de capacidade.

    Desta forma, o padro de CIF se decompe em:

    fator fsico do padro do CIF: padro de ecincia no traba-lho, padro de tempo gasto por unidade produzida;fator de valor dopadro do CIF (custounitrio): determina-

    do pela razoentre:padrode custos (gastos CIF) totais;padro de quantidade (padrode capacidade deproduo).O padro de custos CIF decorrente de um conjunto enorme

    de itens, incluindo valores internos e externos empresa, como,por exemplo,

    o aluguelda fbrica;o volume de atividades,decorrente do planejamento estrat-

    gico daempresa; eos padres de tempo (ecincia), decorrentes das tcnicas

    deproduo.

    A variao dos CIF (diferenas entre CIF padro e CIF efeti-vo) deve ser analisada com a explicitao dos motivos que levarama essas diferenas e a identicao do respectivo responsvel.

    Ocorre que, pela complexidade dos componentes do CIF, hmais de uma maneira de analisar a diferena em tela. Cada maneirarevela, de forma peculiar, os fatores que ensejaram a diferena.

    Cada uma dessas maneiras denominada de mtodo. So trsmtodos: bivariao, trivariao e tetravariao.

    A seguir, encontram-se apresentadas as principais caracters-ticas de cada mtodo.

    Mtodo da Bivariao, a utilizao desse mtodo resulta naapresentao de apenas dois motivos para a existncia da diferenano CIF, ou seja, duas parcelas componentes da diferena, conhe-cidas como:

    variao controlvel;variao de volume. Mtodo da trivariao: a utilizao desse mtodo resulta na

    apresentao de trs motivos para a existncia da diferena no CIF,

    ou seja, trs parcelas componentes da diferena, conhecidas como:variao de gasto;variao de capacidade ociosa;variao de ecincia. Mtodo da tetravariao: resulta na apresentao de quatro

    motivos para a existncia da diferena no CIF,ou seja, quatro par-celas componentes da diferena, conhecidas como:

    variao de gasto;variao de capacidade ociosa;variao de ecincia varivel;variao de ecincia xa.

    Mtodo da bivariao

    Com a utilizao do mtodo da bivariao, calculam-se osmontantes de variao controlvel e de variao de volume, relati-vos diferena CIF padro/real.

    Variao controlvel

    A variao controlvel corresponde diferena entre CIF pa-dro e CIF real, porm somente parte relativa aos custos vari-veis componentes do CIF. A responsabilidade pela parcela variveldo CIF do Departamento de Engenharia de Produo.

    Como a anlise se concentra na parte varivel do CIF, consi-dera-se que o CIF xo ca inalterado em seu valor inicialmenteprevisto e calcula-se:

    CIF varivel total realizado (=) ao CIF real total () CIF or-ado xo; e

    CIF varivel padro ajustado (valor previsto) (=) valor dahora trabalhada (inicialmente previsto) (x) de horas previstas(ajustado produo realizada).

    Variao de volume

    A variao de volume o valor que a empresa perdeu porno ter utilizado toda sua capacidade de produo para amortizarCIF xo.

    Com CIF xos de R$30.000,00, era possvel trabalhar 300horas. Cada hora no trabalhada corresponde a uma perda de

    R$100,00.Assim, como foram trabalhadas efetivamente o equivalente a250 horas, a perda foi de R$5.000,00.

    Mtodo da trivariao

    O mtodo da trivariao permite que a diferena CIF (padroreal) seja explicitada pelo clculo dos montantes de:

    variao de gasto; variao de capacidade ociosa; variao de ecincia.Variao de gasto.A variao do gasto consiste na variao do CIF varivel ajus-

    tado s horas reais e de responsabilidade do Departamento de

    Engenharia de Produo.

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    Didatismo e Conhecimento22

    CONTABILIDADE DE CUSTO

    Variao de capacidade ociosaA variao de capacidade ociosa consiste na variao do CIF

    decorrente das despesas xas, ajustadas s horas reais. A no uti-lizao de capacidade ociosa de responsabilidade da cpula ad-ministrativa.

    Variao de efcincia

    A variao de ecincia responsabilidade do Departamentode Engenharia de Produo e consiste na diferena entre a quanti-dade de horas reais e aquelas inicialmente previstas (padro), ajus-tadas produo real.

    Mtodo da tetravariao

    O mtodo da tetravariao permite que a diferena CIF (pa-dro/real) seja explicitada pelo clculo dos montantes de:

    variao de gasto; variao de capacidade ociosa; variao de ecincia xa; variao de ecincia varivel.

    fcil perceber que as duas primeiras parcelas do mtododa tetravariao (variaes de gasto e de capacidade ociosa)so idnticas quelas apuradas no mtodo da trivariao.

    Adicionalmente, as duas ltimas parcelas desse mtodo (va-riaes de ecincia xa e de ecincia varivel) so a explicita-o da variao de ecincia (vista no mtodo da trivariao) emduas partes.

    Portanto, o mtodo da tetravariao quase igual ao mtododa trivariao, apenas com a diviso da ltima parcela do mtododa trivariao em duas.

    Variao de gasto

    A variao do gasto, assim como no mtodo da trivariao,consiste na variao do CIF varivel ajustado s horas reais e de responsabilidade do Departamento de Engenharia de Produo.Abaixo, encontra-se memria de clculo da apurao da variaode gasto.

    ANLISE DAS VARIAES NOS CUSTOS INDIRE-TOS DE FABRICAO

    Podemos dividir a variao total de Custos Indiretos de Fabri-cao (CIF) em variao de Volume e variao de Custos, sendoque esta ltima pode ainda ser dividida em variao de ecincia ede custos propriamente dita.

    Avariao de volume d-se em funo dos custos xos e originria da produo Real diferente, em quantidade, do volumede produo-padro.

    A de ecincia provm da diferena de utilizao de in-sumos ou fatores de produo daquele que seria desejvel peloPadro para determinada quantidade produzida.

    E a de custos representada pelo comportamento dos CIF,acima ou abaixo do que deveriam, j considerado o volume Realde produo.

    A variao especca dos custos da empresa pode ser sepa-rada da variao geral de preos. A variao de volume s existeno custeio por Absoro. Todas essas variaes podem ser anali-sadas ou por unidade ou no seu total.

    CRITRIOS DE RATEIO EDEPARTAMENTALIZAO DOS CUSTOS.

    RATEIO

    Representa a alocao de custos indiretos aos produtos emfabricao, segundo critrios racionais. Exemplo: depreciao demquinas rateada segundo o tempo de utilizao (h/m) por produtoetc. Contudo, dada a diculdade de xao de critrios de rateio,tais alocaes carregam consigo certo grau de arbitrariedade.

    A importncia do critrio de rateio est intimamente ligada manuteno ou uniformidade em sua aplicao. Devemos lembrarque a simples mudana de um critrio de rateio afeta o curso deproduo e consequentemente afetar o resultado da empresa.

    FORMAS DE RATEIO DOS GGF Gastos Gerais de Fa-bricao

    Uma vez determinado o critrio ou base de rateio, a execuodo rateio consiste numa regra de trs simples.

    Exemplo: Suponhamos que temos que ratear gastos com ma-terial indireto que totalizaram R$ 20.000,00 entre trs produtos, A,B, C, e que a base de rateio seja gasto de matria-prima incorridaem cada produto conforme abaixo:

    PRODUTO MATRIA PRIMA

    A 50.000,00

    B 125.000,00

    C 75.000,00

    TOTAL 250.000,00

    O rateio do material indireto para o produto A ser: R$ 20.000esto para $ 250.000,00, assim como, X est para R$ 50.000,00,logo:

    x = 50.000 x 20.000 = R$ 4.000,00250.000

    Produto B Produto CLogo: 20.000 = 250.000, Logo 20.000 = 250.000,

    X 125.000 75.000

    X = 20.000 x 125.000 = R$ 10.000,00 x = 20.000 x 75.000 = R$ 6.000,00250.000 250.000

    Outra forma de efetuar o rateio seria estabelecer a porcenta-gem de cada produto em relao ao critrio de rateio e multiplicara porcentagem pelo valor a ser rateado. Veja quadro a seguir:

    ProdutosCritrio de rateio = gastocom matria-prima

    %Material Indi-

    reto(% x 20.000)

    A 50.000 20 4.000

    B 125.000 50 10.000

    C 75.000 30 6.000

    Total 250.000 100 20.000

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    Didatismo e Conhecimento23

    CONTABILIDADE DE CUSTO

    H mais uma maneira de efetuar a distribuio dos custos in-diretos. Toma-se o valor do mesmo e divide-se pelo valor total doparmetro de rateio. Multiplica-se a seguir pelo valor do parmetrocorrespondente a cada produto.

    Assim:

    Valor do custo indireto 20.000,00

    (+) Valor total do gasto com matria-prima 250.000,00

    (=) R$ de custo indireto por R$ de matria-prima 0,08

    PRODUTO A R$ 50.000 x 0,08 = R$ 4.000,00PRODUTO B R$ 125.000 x 0,08 = R$ 10.000,00PRODUTO C R$ 75.000 x 0,08 = R$ 6.000,00

    Como se percebe, qualquer que seja a forma de efetuar o ra-

    teio, chega-se sempre ao mesmo resultado. Cabe decidir qual delaslhe mais conveniente.

    DEPARTAMENTALIZAO E CENTRO DE CUSTOS

    O objetivo desta fase construir um programa para o sistemade custos, observando a metodologia proposta. Porm para tal, necessrio compreender o conceito de departamentalizao e decentro de custos, vericando a estrutura e o sistema de controle daentidade, podendo para tal utilizar-se um questionrio de avaliaoou de um visita in loco.

    DEPARTAMENTALIZAO

    A departamentalizao a diviso da empresa em reas dis-tintas, de acordo com as atividades desenvolvidas em cada umadessas reas.

    Dependendo da nomeclatura utilizada nas empresas, essasreas podero ser chamadas de departamentos, setores, centros,ilhas outras.

    Departamentalizao a diviso da empresa em departamen-

    tos, com a fnalidade de melhor compreender a estrutura da enti-

    dade e, assim, racionalizar a alocao dos custos.

    Departamento uma unidade operacional representada porum conjunto de homens /ou mquinas de caractersticas semelhan-tes, desenvolvendo atividades homogneas dentro da mesma rea.

    Sendo este conceito aplicado a qualquer espcie de empresa (in-dustrial, comercial, servios etc).

    Em uma indstria, por exemplo, existem uma gama muitogrande de departamentos, sendo que para a contabilidade de custosinteressa apenas aqueles ligados aos produtos fabricados e aos queprestam servio de daqueles.

    Desta forma, h a necessidade de dividi-los em departamentosPRODUTIVOS E AUXILIARES.

    DEPARTAMENTOS PRODUTIVOS

    - So os dep