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Devocionais PENTECOSTES

INTRODUÇÃO

Iniciamos hoje, como Igreja, uma jornada de 50 dias em busca do enchimento do Espírito Santo. Sim, “enchimento”, pois cremos que aqueles que confessam Jesus como Senhor e Salvador já des-frutam da Sua presença em sua vida, mas é fato que, como homens e mulheres que amam a Deus, precisamos buscar sermos cheios, ou seja, completamente controlados e totalmente influenciados por Ele. Nestes dias que antecedem o domingo de Pentecostes, iremos mergulhar nas narrativas do livro dos Atos dos Apóstolos, o qual nos conduzirá em nossas devocionais diárias, como parte do processo de busca por mais do Espírito Santo. É importante que você esteja disposto(a) a separar um tempo diário para ler os trechos bíblicos assinalados, meditar nas devocionais propos-tas e dedicar-se à oração, a qual deve ser realizada na solitude e também em nossas atividades especiais que envolverão todos os discípulos(as) da Igreja Central. Nossa sugestão é que você tome nota de todas as percepções que o próprio Espírito há de revelar ao seu coração, como modo de permitir que o Senhor continue falando ao seu íntimo de forma ainda mais notória.

Mas antes de iniciarmos, é importante compreender o que é o Pentecostes. No Antigo Testamento também é chamado de Festa das Semanas ou Festa da Colheita (Lv. 23:15,16; Dt 16:9-12). Era uma festa na qual os israelitas ofereciam a Deus os primeiros frutos da colheita, ou seja, as primícias, dedicando-as ao Senhor em gratidão. É muito interessante perceber que o derramar do Es-pírito Santo aconteceu justamente “ao cumprir-se o dia de Pente-

costes” (At 2:1a), o qual nos permite entender que na festa onde as pessoas traziam suas primícias, foi exatamente onde o próprio Senhor derramou de Sua primícia sobre o Seu povo. É fato que

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não celebramos mais esta festa em nosso calendário cristão, mas o ocorrido certamente não pode passar desapercebido de nossa atenção. A promessa de Jesus do derramar do Espírito Santo ecoa em nossos ouvidos e corações com a mesma força e paixão com a qual os discípulos foram envolvidos e este deve ser o mesmo sentimento que hoje precisamos estar mergulhados também, ser-mos plenos do Espírito Santo até que nos esvaziemos de nós mes-mos, a ponto de sermos usados totalmente para honra e glória de nosso Senhor Jesus Cristo. Iniciemos então esta intencional busca por meio da lembrança das palavras de Jesus aos seus discípulos em Atos 1:8 “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito

Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em

toda a Judéia e Samaria e até os confins da terra.”

Rev. Emerson Patriota

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Devocional 1/50 - Dia 13/abrilLeitura: Atos 1:1-26

À Espera de uma Promessa

As Escrituras relatam que Jesus ressuscitou e permaneceu en-tre seus discípulos por quarenta dias apresentando-se “vivo, com

muitas provas incontestáveis” (At 1:3a) até a Sua Ascensão aos céus. Entretanto, nunca foi de Sua vontade nos deixar órfãos e é neste contexto que Ele nos deixa uma promessa! Mas toda Pro-messa é precedida de uma Espera. Jesus “determinou-lhes que

não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promes-

sa do Pai” (At. 1:4). Foi a primeira reunião de oração dos discí-pulos não dirigida pelo Senhor Jesus. Agora o desafio era deles, de perseverarem unânimes em oração, aguardando a promessa se concretizar. A espera pela qual eles passaram tinha como objetivo criar um só coração e alma, a ponto de coletivamente ansiarem a realização da promessa mais do que qualquer outro desejo de seus corações. A sala de espera de Deus é o lugar no qual cora-ções se prostram em oração e súplicas, e o que começa por pura obediência e expectativa, se desdobra em deleite pela chegada da promessa.

Nestes dias subsequentes, nossa Igreja passará pela experi-ência da espera em oração, da espera pela realização, da espera pela expectativa de um grande mover da parte do Senhor e para isso vamos nos dedicar a buscá-lo de todo o nosso coração, o que nos remete às palavras de nosso Deus em Jeremias, “então, me

invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis

e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.” (Jr 29:12,13)

O Espírito Santo - a terceira pessoa da Trindade - é repre-sentado por inúmeros adjetivos e/ou funções nas Escrituras como, Consolador, Espírito da Verdade, aquele que nos Ensina, aquele que Intercede, aquele que nos Guia, o parakletos, palavra grega que melhor traduzida seria “aquele que anda ao lado”, no sentido

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de suporte, presença fortalecedora ou “advogado”, no sentido de defensor, representante, entre outros. Mas sem dúvidas, um dos mais significativos é a palavra Poder. Foi exatamente assim que Jesus se referiu ao Espírito, “mas recebereis poder ao descer sobre

vós o Espírito Santo…” (At 1:8a). Nos dias de hoje muitos buscam ter poder, porém acabam se comprometendo pois não possuem estrutura emocional, psíquica e nem mesmo física para tanta res-ponsabilidade.

O Poder pode construir ou destruir dependendo de seu en-tendimento e das mãos na qual se encontra, mas aqui no contexto bíblico nos deparamos com um Deus que deseja derramar Poder sob Seus filhos e filhas, com o objetivo de nos empoderar para um grande desafio, sermos testemunhas Dele onde estivermos. Esta promessa nos faz refletir em quão privilegiados somos em receber algo que sabemos que não merecemos, mas Ele nos escolheu para esta linda tarefa, e ao mesmo tempo nos capacita por intermédio do Poder prometido e derramado em Pentecostes. Esta promes-sa ecoa em nossos ouvidos ainda no dia de hoje, a promessa de sermos plenos Nele pelo ação do Espírito Santo. Que possamos experimentar o cumprimento desta promessa em nossas vidas! Prepare-se e clame: Vem Espírito Santo de Deus!

Rev. Emerson Patriota

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Devocional 2/50 - Dia 14/abrilLeitura: Atos 1:1-36

O Cumprimento da Promessa

As promessas de Deus nunca caem por terra sem antes serem cumpridas em sua totalidade. Nosso “Deus não é homem, para que

minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura,

tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumpri-

rá?” (Nm 23:19). Na passagem de hoje somos impactados com o cumprimento da Promessa; esta que tinha sido profetizada pelos profetas do Antigo Testamento e prometida pelo Senhor Jesus aos seus discípulos em seus últimos dias entre nós. Portanto, a expres-são “ao cumprir-se o dia…” nos traz esperança aos corações, pois somente um Deus poderoso é capaz de cumprir com Sua palavra, e este é o Deus a quem servimos!

Mas algumas condições foram necessárias para que a promes-sa se concretizasse, e uma delas foi a Unidade daqueles que a bus-cavam. É interessante observar, nas narrativas bíblicas, o quanto Deus valoriza a unidade de seu povo, o que é novamente demons-trado em At 2:1 é demonstrado mais uma vez que eles “estavam

todos reunidos”, ou seja, todos buscavam, com um só coração, um só desejo, em unidade apesar da diversidade de pessoas, unidade apesar de experiências de vida diferentes, mas a unidade os fez en-xergar além de si mesmos. Deus demonstrou, por meio da entrega de Seu filho na cruz, que foi além de Suas próprias necessidades, se é que podemos pensar que nosso Deus possui necessidades se Ele é autossuficiente em tudo, mas a título de ilustração vamos pensar assim. A Sua doação mostrou que em todo tempo “pensou” em nós, em nossas necessidades.

A Unidade na busca deve gerar em nós este mesmo sentimen-to de empatia, ou seja, experimentar de forma objetiva e racional o que sente o outro indivíduo, envolvendo-se com a necessidade do próximo como se fosse a sua própria. Nos dias subsequentes teremos inúmeras oportunidades de desenvolver em nosso meio a

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real Unidade do corpo de Cristo, por meio da oração, intercessão e comunhão!

Esta Unidade adquirida pelos discípulos foi celebrada antes e também depois do derramar do Espírito Santo. Observe que no verso 8 todos se admiraram pois, mesmo sendo muitos estrangei-ros, ouviam e compreendiam o que os discípulos, cheios do Espí-rito, falavam. Ou seja, a Unidade foi ainda mais evidenciada, alcan-çando a todos de forma uniforme. Alguns comentaristas bíblicos entendem que esta porção das Escrituras relaciona-se com a his-tória da Torre de Babel relatada no livro do Gênesis, a qual relata o juízo de Deus por meio da divisão, em que as pessoas não mais se entenderam, e em grande confusão resolveram se espalhar. Estes são dias nos quais podemos viver como Igreja de Jesus Cristo, esta promessa que foi concretizada por meio de um povo que entende e vive a Unidade, o apego, a empatia que nos são intrínsecas, que deve fazer parte de nosso viver diário como homens e mulheres que se renderam ao senhorio de Jesus Cristo. Devemos ser reco-nhecidos pela nossa Unidade, mesmo sendo pessoas tão diferen-tes, mas com o mesmo objetivo, promover a reconciliação entre as pessoas e, acima de tudo, entre as pessoas e o nosso Deus. Una-se ainda mais a Deus, a você mesmo e ao próximo, pois já se pode ouvir “um som, como de um vento impetuoso”.

Rev. Emerson Patriota

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Devocional 3/50 - Dia 15/abril Leitura: Atos 2:37-47

Corações Compungidos

O texto bíblico que nos norteia na devocional de hoje nos leva a compreender o impacto que vidas dirigidas pelo Espírito Santo possuem na sociedade. William Barclay, comentando sobre esta porção das Escrituras, escreve: “esta passagem nos mostra com clareza cristalina o resultado da cruz”. Primeiramente observamos que todos que ouviram as Boas Novas do Evangelho anunciadas pelo apóstolo Pedro tiveram seus corações compungidos, ou seja, tomados de um forte sentimento de arrependimento, e enterne-cidos perguntaram: “que faremos?”. Nossos corações serão trans-formados ou impactados somente pela ação do Espírito e não por alguma estratégia humana que possamos construir, pois a real transformação acontece apenas no âmbito do coração, o que pas-sar disto serão mudanças comportamentais que duram semanas, ou na melhor das hipóteses, meses e tudo volta a ser como o era antes. Deus, por meio do Consolador, é o único capaz de mu-dar corações a ponto deles gritarem por socorro, e é exatamente neste estado em que o homem e a mulher sentem-se desampara-dos e clamam: “o que faremos?”. O apóstolo Paulo, escrevendo à igreja em Corinto, destaca o elemento escandaloso do Evangelho, aquele exato momento em que o ser humano fica sem saída frente às Boas Nova, conforme 1Co 1:22-25.

A ação do Espírito não se esgota em colocar corações em xeque, mas também em produzir arrependimento de nossas ações pecaminosas, renovando nossas mentes e atitudes para com Deus, para comigo mesmo e para com o próximo. Para alguns, parece utópico e inimaginável como é descrita a Igreja Primitiva, como é chamada por alguns teólogos, descrição que designa apenas a qualidade de ser primeira e não retrógrada ou atrasada. É compre-ensível este ceticismo, pois vivemos numa sociedade individualista, a qual foi denunciada no frequente esforço de conter a pandemia

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de Coronavírus, pois muitos indivíduos se demonstraram egoístas a ponto de pensarem em sua saúde própria, em detrimento do outro. Esta é a beleza de sermos plenos do Espírito, a capacidade dada por Ele de pensar no próximo, capacidade de abnegação a ponto de ser feliz pela felicidade do outro e não pela sua somente. Esta plenitude gera o que é comum e não de um indivíduo, gera o que é compartilhado e dividido e não o que é guardado e es-condido, gera o que é nosso, gera o que é de todos, gera o que é benéfico para toda a sociedade e não apenas para a igreja local. Perceba que a Igreja descrita contava “com a simpatia de todo o povo”, ou seja, eram admirados até por aqueles que não professa-vam a mesma fé.

Em terceiro lugar, a plenitude do Espírito não somente transforma corações e gera atitudes para o bem comum, bem como é alvo do crescimento gerado pelo Senhor (At. 2:47b). A expressão usada, “enquanto isso”, aponta para um sentido passivo, ou seja, novamente não é algo que se possa ser produzido, algo performático, mas sim uma ação de Deus em resposta àqueles que buscam e se permitem ser cheios do Espírito Santo todos os dia, e Cremos que nosso Senhor há de nos enviar uma grande colheita de vidas - vidas que serão impactadas por vidas transformadas! Mas lembre-se, tudo começa com corações compungidos!

Rev. Emerson Patriota

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Devocional 4/50 - Dia 16/abrilLeitura: Atos 3:1-26

Olha para Nós!

No Oriente era costume mendigar na entrada do templo e em santuários religiosos, pois acreditava-se que ali haveria pesso-as mais generosas frente a necessidades dos outros. Os apóstolos seguiam em sua rotina diária de oração, na hora nona, ou seja, por volta das três horas da tarde. Foi então que se depararam com um coxo de nascença que mendigava à porta do templo, numa indica-ção clara de que este homem além de provavelmente ter sofrido de paralisia infantil, também não compartilhava de relacionamento com Deus, pois permanecia do lado externo do templo. É bom lembrar que para o judeu, o Templo era o ponto de encontro entre o céu e a terra, entre o sagrado e o profano, entre Deus e o homem.

Entretanto, este encontro entre Pedro, João e o coxo alterou totalmente este status quo e a pergunta dos apóstolos revela a sua intenção: “Olha para nós!”. Certamente aquele homem esperava uma esmola generosa, pois eram poucos que realmente se impor-tavam com ele, além disso, ao observar aqueles homens, o coxo entendeu que eles não diferiam em nada dos outros e era exata-mente isto que Pedro esperava daquele coxo. Ao sugerir “olha para nós”, a intenção do apóstolo Pedro era demonstrar que neles não havia a menor possibilidade de mudar aquela situação, mas eles “carregavam” uma autoridade que mudaria por completo a vida daquele homem.

Estamos buscando sermos plenos do Espírito Santo nestes dias, e para que isto aconteça, precisamos nos esvaziar de nós mesmos, até que haja espaço somente para o Senhor em nós. Será que se ao perguntarmos às pessoas, “o que eles veem em nós?”, a resposta seria arrogância, orgulho, altivez, ou baixa autoestima, murmuração, etc. O pastor A. W. Tozer escreveu “se Deus tirasse o Espírito Santo deste mundo, boa parte daquilo que a igreja está fazendo prosseguiria como se nada tivesse acontecido e ninguém

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notaria a diferença. A cura acontece restaurando não apenas o físi-co daquele homem, não somente provendo condições para ele tra-balhar e parar de mendigar, mas também restaura sua relação com Deus. Observe que, ao ser curado, aquele homem passa a frequen-tar o Templo, se apega aos apóstolos e testemunha do milagre em sua vida. A cura divina, nas narrativas bíblicas, nunca tiveram um fim em si mesmas, mas sempre apontaram para um propósito maior. Primeiro, a cura abre oportunidades para proclamar o Evan-gelho, e em seguida, o milagre da cura estabelece o propósito de Deus em nossas vidas.

Nunca pense que o milagre vai alcançar apenas o benefici-ário dele, mas o seu alcance é muito maior. Pedro entendeu muito bem esta porta de oportunidade que se abriu e logo proclamou o Evangelho. O milagre também alinha propósitos, pois aquele que era coxo agora “louva a Deus”(v. 8), ou seja, agora ele caminha com Deus e dedica sua vida a seguir Jesus. Certamente, Deus nos dará oportunidades de experimentarmos os Seus milagres, mas nunca nos esqueçamos de que são apenas oportunidades para um pro-pósito ainda maior - compartilhar nossa fé em Jesus e alinharmos nossa vida aos propósitos de Deus. É chegada a hora da sociedade enxergar em nós a plenitude do Espírito Santo, pessoas que vivam o Propósito de Deus em suas vidas.

Rev. Emerson Patriota

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Devocional 5/50 - Dia 17/abrilLeitura: Atos 4:1-22

Temor a Deus: o segredo da ousadia

O coxo foi curado na área interna do templo, local de alta con-centração de pessoas, por isso se fez tão notório. Os líderes polí-ticos e religiosos, ficaram indignados por dois motivos: primeiro, não acreditavam que os mortos pudessem ressuscitar, e esta era a mensagem pregada pelos apóstolos. Segundo, porque entre esses líderes, estavam os ricos aristocratas, que procuravam desenvolver bom relacionamento com os romanos, com a intenção de manter suas riquezas, notoriedade e poder. O governo romano era intole-rante com quem perturbasse a ordem pública, por isso os sadu-ceus entenderam que deveriam impedir os apóstolos de continuar exercendo o ministério, pois temiam perturbação e tumultos nas ruas. Pensando em proteger a própria imagem e a pôr fim ao mo-vimento, rapidamente prenderam a Pedro e a João. Percebemos aqui como o ser humano que busca os seus próprios interesses pode deixar de ouvir a verdade e impedir que ela seja pregada.

Pedro e João foram levados ao sinédrio, que era a corte su-prema dos judeus, composta de setenta e um membros, presidida pelo sumo sacerdote, mas também havia sacerdotes, e todos os sacerdotes eram saduceus. Havia também os escribas, os fariseus, os anciãos e os membros das famílias sacerdotais, pois a função sacerdotal era hereditária e vitalícia, esses eram chamados de prin-cipais sacerdotes. Mais tarde a função deixou de ser vitalícia.

Este relato nos proporciona refletir sobre o ataque do inimigo àqueles que proclamam a Cristo e de como o cristão deve reagir em defesa do Evangelho. Defender a verdade da ressurreição foi um desafio para Pedro e João, pois eram simples pescadores, ho-mens “iletrados e incultos”. Os membros do sinédrio lidavam com eles com desprezo, de fato eram homens sem nenhuma formação técnica ou profissional, para argumentar com homens orgulhosos de seu academicismo. Mas a pessoa que tem Jesus em seu co-

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ração possui integridade verdadeira, e não negocia a sua fé para levar vantagem pessoal.

As ameaças não fizeram os apóstolos desviar do caminho. A convicção do cristão é que as ameaças são situações momentâ-neas, porém as coisas de Deus são eternas. Pedro e João tinham em sua defesa algo incontestável, era impossível negar que o ho-mem fora curado. Nossa maior defesa é o nosso testemunho, as evidências inegáveis do caráter cristão. Quando temos que esco-lher entre obedecer a Deus ou aos homens, não podemos duvidar do caminho que devemos seguir. O problema de muitas pessoas que se dizem cristãs, é que os conselhos deste mundo têm sido re-cebidos muito mais forte do que os conselhos de Deus. O segredo de muitos homens do passado é que tiveram tanto temor a Deus, que nunca tiveram medo do homem. Por isso, para Pedro e João era tão valioso proclamar o que tinham visto e ouvido. Sua prega-ção não eram histórias relatadas por outros, era resultado da real experiência com Cristo. Sendo assim, estavam tão seguros da ver-dade, que estavam dispostos a arriscar a sua vida para proclamar. Oremos para que Deus nos dê a mesma convicção.

Rev. Jefferson Emerick de Freitas

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Devocional 6/50 - Dia 18/abrilLeitura: Atos 4:23-37

Uma mudança radical decomo lidar com bens e posses

Diante dos perigos e ameaças, os irmãos da Igreja primitiva foram tomados de profunda convicção do poder de Deus. Para o cristão verdadeiro, em seu coração está a Palavra: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” Por mais que os homens se levantem contra o povo de Deus, Ele sempre prevalecerá. Por certo, esses primeiros cristãos, recordavam de como Jesus foi julgado, como sofreu e como triunfou; e nessa confiança, os discípulos refletiam o seu Senhor, oravam pedindo coragem. Não quiseram lutar com as forças do próprio braço, colocaram a causa nas mãos de Deus. E o resultado é que o dom do Espirito Santo repousou sobre eles, dando força e coragem para testemunhar, mesmo correndo risco de morte. Eles pediram ousadia para proclamar a Palavra e para que sinais e prodígios fossem realizados pelo poder do nome de Jesus. Assim devemos ser cada um de nós, devemos orar pedindo ao Senhor ousadia para pregarmos a Palavra diante do desafio que temos de ganhar 5% do povo londrinense para Jesus.

Mas, além de percebermos ousadia na pregação, eles também oravam pelo Espírito Santo, meditavam no Antigo Testamento e de forma prática compartilhavam a sua fé, pois não se esqueciam de alguém que passava fome, e todos se propunham a ajudar. Sen-tiam-se responsáveis um pelo outro. Se um possuía mais do que o outro, faziam de tudo para compartilhar, não era uma atitude imposta, mas voluntariamente, movidos pelo amor, assistiam os que menos possuíam, de forma que não haviam necessitados en-tre eles. Vale ressaltar os versículos 33-35, que diz: “Com grande

poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor

Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Pois nenhum neces-

sitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas,

vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam

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aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida

que alguém tinha necessidade.”.Entre esses irmãos apaixonados em compartilhar as suas pos-

ses, o evangelista Lucas destaca Barnabé, a razão é que foi um ser-vo dedicado à obra do Senhor. Diante da necessidade de levantar recursos para acudir aos necessitados, vendeu o que possuía e re-partiu com seus irmãos e irmãs. O desprendimento das coisas que são terrenas e passageiras evidencia uma verdadeira conversão.

Recebeu dos apóstolos o nome de Barnabé, que significa fi-lho da consolação. Seu nome revela o seu caráter, pois viam nele atitudes direcionadas pelo Espirito Santo. A Palavra de Deus ocu-pava lugar no coração de Barnabé. É óbvio que este homem é citado no livro de Atos para nos servir de modelo a ser seguido. A presença do Espírito Santo mudou de forma radical a forma de lidar com os bens e as posses. Para os irmãos da igreja primitiva, seus bens estavam disponíveis aos irmãos que precisassem deles. Necessitamos de gente assim no meio da Igreja, um povo disposto a praticar o amor, o cuidado e o encorajamento, e em colocar-se à disposição de um irmão ou de uma irmã, em seus momentos de lutas e tribulações.

Rev. Jefferson Emerick de Freitas

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Devocional 7/50 - Dia 19/abrilLeitura: Atos 5:1-16

Dons a serviço do reino resultaem sinais e prodígios

A motivação que prevalecia no coração dos membros da Igre-ja Primitiva era a de compartilhar tudo o que tinham com os de-mais irmãos. Mas a atitude de Ananias e Safira parece ter gerado um clima de tensão no meio deles. Possivelmente, as palavras exor-tativas de Pedro foram as geradoras dessa tensão, quando disse a Ananias: Por que encheu satanás o teu coração, para que mentisse

ao Espirito Santo, e retivesse parte do preço da propriedade? É impossível que alguém esconda algo do Espírito Santo, Ele revela o profundo e o escondido.

William Barclay foi um escritor, apresentador de rádio e televi-são, pastor da Igreja da Escócia e professor de divindade e crítica bíblica na Universidade de Glasgow, em seu livro comentários do Novo Testamento, conta que, uma vez um pintor da corte pintou o retrato de Oliver Cromwell. Cromwell tinha o rosto desfigurado por verrugas. O pintor, pensando em agradar o grande homem, omitiu as verrugas. Quando Cromwell viu o retrato disse: “Leva-o, e me pinte com verrugas e tudo”. A Palavra de Deus é assim, ela mostra os personagens bíblicos com as suas falhas e virtudes, isso nos faz perceber que a Igreja é formada por gente imperfeita, e que Jesus não veio para os sãos, mas para chamar pecadores ao arrependi-mento, o que não podemos deixar de pregar é o arrependimento, pecado sempre será pecado e não podemos acariciá-lo. Penso que a intenção de Pedro nas palavras dirigidas a Ananias e a Safira era chamá-los ao arrependimento, mas parece que para Ananias e Sa-fira não houve mais tempo, eles caíram e morreram. Deus sempre nos dá oportunidades para o arrependimento, mas por causa do egoísmo do nosso coração, pensamos que vamos sair da situação, como saímos outras vezes. No entanto, chega o momento em que Deus põe um limite à iniquidade, e pode não haver mais oportuni-

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dades para o arrependimento. Para Ananias e Safira, a ganância os levou à morte.

Devemos entender que tudo o que temos e somos, deve ser devolvido para honra e glória do Senhor. Se Deus nos deu uma casa, que tal usá-la para uma célula? Se Deus nos deu um carro, usemos para a glória dEle. Se Deus nos deu dons, usemos para a edificação da Igreja. Enfim, quem foi alcançado pelo Evangelho de Jesus também faz as obras que Ele faria. Peca quem não coloca seus bens, dons e talentos ao serviço do Reino de Deus. Somos mordomos, pois na verdade tudo pertence a Deus, e a prestação de contas do que temos feito com aquilo que é colocado à nossa disposição será feita a Deus e não a homens. Os cristãos primitivos não eram crentes secretos, não se envergonhavam do evangelho, eles colocavam os seus dons a serviço do reino, e o resultado eram sinais e prodígios de sorte que transportavam os enfermos para

as ruas, e os punham em leitos e em macas para que ao menos a

sombra de Pedro, quando este passasse, cobrisse alguns deles. E

muitos foram os que vieram até eles. Que realmente muitas vidas venham a Cristo ao ver em nós o compromisso genuíno com o Senhor. A Igreja existe para fazer conhecido o milagre da graça de Deus.

Rev. Jefferson Emerick de Freitas

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Devocional 8/50 - Dia 20/abrilLeitura: Atos 5:17-42

Dignos de padecer afronta

A insistência dos apóstolos em prosseguir pregando a ressur-reição de Cristo fazia persistir um conflito inevitável com as autori-dades. O sinédrio foi determinante ao dizer que não ensinassem no nome de Jesus, mas os apóstolos insistiam em pregar publicamen-te. Os primeiros líderes da Igreja cristã eram vistos como hereges e perturbadores da ordem pública. O medo dos sacerdotes e sadu-ceus era perder o domínio da paz, se isso acontecesse, poderiam ser vistos como líderes que não sabiam administrar bem e conter o avanço do cristianismo. O risco para eles era perder seus cargos e a sua boa remuneração, pois Roma interviria e eles perderiam o seu prestígio.

Com a intenção de impedir a pregação do Evangelho, lança-ram os apóstolos na prisão pública. Mas, de noite um anjo do Se-nhor abriu as portas da prisão, tirando-os para fora, e lhes disse: Ide e apresentai-vos no templo, e dizei ao povo todas as palavras

desta vida. E eles com ousadia obedeceram, por mais que suas vidas corressem risco eles atenderam à ordem. Eles não titubea-ram questionando se deveriam ou não atender a ordem do anjo, eles sabiam que os discípulos de Jesus não devem argumentar e colocar obstáculos, parece que era prazeroso arriscar-se por amor a Cristo. A experiência com Cristo era tão real que as dificuldades não os impediam, nem os intimidavam a proclamar a verdade do Evangelho.

A persistência em anunciar a verdade fez com que o sumo sacerdote, o capitão do templo e os chefes dos sacerdotes, ficas-sem perplexos com que ouviam e viam. Então foram levados pela segunda vez diante do sinédrio, e Pedro responde que para eles o que mais importava era obedecer a Deus do que aos homens. E diante das principais autoridades reforça a sua pregação: O Deus

de nossos pais ressuscitou a Jesus, o qual vós matastes, suspen-

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dendo-o no madeiro. Deus com a sua destra o elevou a Príncipe

e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e a remissão dos

pecados. E as autoridades planejavam matá-los.No entanto, os apóstolos puderam contar, de forma inespe-

rada, com o auxílio de Gamaliel, que era um fariseu e os fariseus eram homens que valorizavam os detalhes da lei, mas não tinham ganância política. Gamaliel era um homem muito respeitado por todos devido à sua gentileza, cultura e também pela tolerância em lidar com as causas a serem julgadas. Quando Gamaliel viu que o sinédrio julgaria os apóstolos com rigidez, ele interferiu e disse: Dai

de mão a estes homens, e deixai-os, porque se este conselho ou

esta obra é de homens se desfará, mas, se é de Deus, não podereis

desfazê-la. Então, o sinédrio ameaçou os discípulos, mas ouviu o conselho de Gamaliel, deixando-os ir.

O versículo 41 diz que os apóstolos retiraram da presença do

sinédrio, regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer

afronta pelo seu nome. Diante dessa atitude, fica a nós uma per-gunta: será que nós teríamos a mesma atitude? A oposição não intimidou os apóstolos, todos os dias, no templo e nas casas, não

cessavam de ensinar e de anunciar a Jesus Cristo. Peçamos ao Se-nhor a mesma ousadia que esteve sobre os apóstolos para a pro-clamação do evangelho do Senhor.

Rev. Jefferson Emerick de Freitas

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Devocional 9/50 - Dia 21/abrilLeitura: Atos 6:1-15

Problema, prisão e testemunho

A igreja de Jerusalém enfrentava os desafios do crescimento e os apóstolos sentiam no cotidiano as diferentes dificuldades para cuidar e ministrar a todos. Os doze apóstolos ensinavam ao povo a doutrina apostólica conforme Atos 2:42 e evangelizavam os ar-redores de Jerusalém.

Diante dessa situação, os apóstolos convocam toda a comuni-dade dos discípulos para tomarem uma decisão de como deveriam as viúvas e os pobres serem mais bem cuidados. Notemos que Lu-cas, o autor de Atos dos apóstolos, identifica os crentes como dis-cípulos. No tempo do ministério de Jesus, os cristãos eram conhe-cidos como “discípulos”, tanto os doze como os setenta enviados por Jesus. Na igreja primitiva, os doze se tornaram mestres e os novos convertidos eram seus discípulos, como nós o somos hoje.

Em Atos 1:7 lemos: “ Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusa-lém se multiplicava o número dos discípulos...” Então, conforme afirma o vs. 2 “...não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas”. Entenderam que a tarefa principal deles era ensinar e pregar o evangelho da salvação. Desta forma, com a ajuda dos discípulos e discípulas, os doze encontraram a seguinte solução: Nomear sete homens para servirem às mesas. Esses homens teriam que ser qualificados espiritualmente confor-me o vs. 3 “... homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria...” para a realização daquele ministério. Chamamos esses sete homens de Atos 6 de “diáconos”, pois o termo grego “diakoneo” (servir) é usado no versículo 2. Esse termo significa simplesmente “servo”.

Destaca-se nesse estudo a pessoa de Estêvão. Ele era um diá-cono cheio do Espírito Santo que não limitou seu trabalho a apenas servir as mesas, mas também ganhava vidas para Cristo e operou milagres. Até esse momento na igreja, os milagres haviam sido re-

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alizados apenas pelos apóstolos conforme Atos 2:43 e 5:12. Mas o texto de Atos 6:8 afirma que Deus conferiu também a Estêvão esse mesmo poder. O testemunho poderoso desse servo seria o ponto culminante de propagação do Evangelho aos judeus. A partir daí a mensagem seria levada a Samaria e, em seguida, aos gentios (os que não são judeus). Assim Deus abençoava o trabalho de Estêvão no mesmo grau que estava abençoando os feitos dos apóstolos. O evangelista Lucas poucas vezes classifica os milagres e prodígios realizados pelos apóstolos, no entanto, no caso de Estevão, revela que os prodígios e sinais foram grandes.

Satanás primeiramente, incita testemunhas falsas contra Estê-vão perante o Sinédrio, e em seguida instiga o povo a apedrejá-lo até à morte. Estêvão nem sequer precisava falar a fim de teste-munhar, pois o brilho de seu rosto deixava claro a todos que ele era um servo de Deus. Indubitavelmente, os membros do Sinédrio se lembraram do rosto resplandecente de Moisés conforme Êxodo 34:29-30. Era como se Deus estivesse dizendo: “Este homem não é contra Moisés! Ele é como Moisés: Meu servo fiel”!

Rev. Osni Ferreira

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Devocional 10/50 - Dia 22/abrilLeitura: Atos 7:1-53

A presença de Deus navida de Estevão

Em Atos no cap. 7, lemos sobre Estevão, considerado o pri-meiro mártir da igreja cristã. Um homem que viveu de forma ex-traordinária e morreu de maneira exemplar. Estêvão foi um homem cheio de fé, de sabedoria, cheio do Espírito Santo, da graça e do poder de Deus. Embora tenha sido escolhido para a diaconia, ele operou milagres e pregou com autoridade, cumprindo também a diaconia da palavra. Os instantes finais da vida de Estevão são re-latados em Atos cap. 7.

O sumo sacerdote questiona-o sobre o cristianismo, e Estevão defende-se pronunciando uma extensa e articulada fala, fazendo uma retrospectiva da história da redenção e deixando bem claro que era inocente das acusações que foram contra ele acatadas, mas os judeus contrários ao cristianismo decidem levá-lo para fora da cidade e apedrejam-no até sua morte.  

Observando a leitura do cap. 7, podemos notar que o discur-so de Estevão recorda os momentos mais importantes da história de Israel, como o período dos patriarcas; o período do cativeiro; o período do êxodo; a monarquia; a construção do templo e a vinda do Messias, o enviado do Deus triuno. Alguns personagens bíblicos receberam a atenção especial, como Abraão, Moisés, José, Davi e Salomão, culminando no Messias.

Interessante é que em nenhum deles a presença de Deus es-teve limitada a um lugar específico. Um dos atributos de Deus é a onipresença, e saber que Deus está em todo lugar deveria produ-zir em nós um grande temor, pois não há lugar algum onde pos-samos nos esconder dEle. Como onipotente, Ele tem prazer na Sua criação e quer nos abençoar com descanso; como onisciente, ele conhece o que está oculto e sonda até mesmo as profunde-zas dos oceanos e como onipresente, ele está em toda parte, do

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mais profundo abismo, e cercando-nos “por detrás e por diante” (Sl 139.5,8). Deus sempre nos acompanha e nos guia em nossa ca-minhada. Nada foge do controle Dele.

Esse longo discurso de Estêvão é analisado como “uma de-claração sutil e inteligente do evangelho”. Estêvão se dirige em sua defesa ao Sinédrio judaico, ao povo judeu. Ele faz um relato histórico e depois traz uma aplicação prática de vida. Aponta o tempo dos patriarcas, de Moisés e dos profetas, ou seja, o tempo da construção do templo (cap 7.2-53). Da mesma forma que José foi vendido pelos seus irmãos por inveja, Deus o livrou e o ergueu como governador do Egito, Cristo Jesus foi rejeitado e entregue à morte de cruz pelos judeus, mas Deus o ressuscitou, o exaltou e o colocou como Salvador, para trazer e dar arrependimento a Israel e remissão de seus pecados.

Estêvão acusa os judeus de terem perseguido ininterrupta-mente os profetas. Chega agora ao ponto máximo de seu argu-mento, quando maneja a espada da verdade e acusa seus ouvintes de serem homens de dura cerviz. Estêvão denuncia seus ouvintes e os acusa de serem culpados de pecarem contra o Espírito San-to, contra o Messias e contra a lei. William Barclay, especialista no Novo Testamento, destaca o fato de que Estêvão não atenua a cul-pa dos judeus nesse crime horrendo, como fez Pedro (cap 3:17). Em outras palavras, o que levou os judeus a cometerem esse crime não foi a ignorância, mas a desobediência rebelde.

Rev. Rafael Jacomini

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Devocional 11/50 - Dia 23/abrilLeitura: Atos 7:54-60

Cheios do Espírito Santo

Durante a perseguição sofrida pela Igreja no primeiro sécu-lo do cristianismo, surgiram, no meio do povo de Deus, homens cujas vidas foram totalmente dedicadas à propagação do Evan-gelho. Estêvão foi um desses expoentes, homem cheio do Espírito Santo como relata o nosso texto. Em todo o capítulo 7 do livro de Atos se relata sua defesa diante do Sinédrio e ante os religiosos da época que não podiam resistir à sua sabedoria e o Espírito pelo qual ele falava. Possivelmente, Estêvão teria mais a relatar em sua defesa, mas fora interrompido pela fúria de seus espectadores, que segundo o texto, rilhavam os dentes contra ele. Dessa forma, foi covardemente assassinado a pedradas pelos judeus, tornando-se o primeiro mártir da história do cristianismo. 

Desde o capítulo 2, na descida do Espírito Santo sobre os ir-mãos que estavam ali reunidos, a Igreja nasce e passa a ter um pa-pel relevante no seio daquela sociedade. A ousadia e a intrepidez com a qual eles passaram a falar eram latentes na vida dos discí-pulos. Quando pregavam, os milagres e as maravilhas que se eram operadas pelo mover do Espírito na vida da Igreja impactavam a muitos, mas por outro lado, gerava nos “religiosos da época” uma fúria contra aqueles que eram denominados como os da seita do Caminho, nome dado aos Cristãos da época.

A pregação do Evangelho é, foi e continuará sendo o combus-tível pelo qual a Igreja cumprirá o mandamento de Jesus. Antes de ser assunto aos céus no capítulo 1:8 do livro de Atos, o Mestre dá a seguinte ordenança a sua Igreja: “mas recebereis poder, ao descer

sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em

Jerusalém como em toda Judéia e Samaria e até aos confins da

terra. ”  O poder de Deus que tomara conta da Igreja de Cristo na oca-

sião de Atos 2 é o mesmo que operou em Estêvão no final do capí-

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tulo 7 e também é esse que hoje habita em nós, os que herdamos a promessa de Jesus para fazer o que a Igreja primitiva fez com tamanha grandeza. E é pelo poder que há nos filhos de Deus que o Evangelho é pregado, que vidas são convencidas e totalmente transformadas para uma viva esperança. E assim, o exército dos salvos vai tomando posse da Terra e assumindo a incumbência de alistar novos crentes pelo poder da pregação que habita em nós. 

Ser cheio do Espírito Santo é ouvir essa voz para a Evangeli-zação do mundo, sabendo que esse Evangelho é o poder de Deus para salvar todo aquele que crer, é não temer as más notícias e as perseguições que todos aqueles que são chamados terão. Ser cheio do Espírito Santo é ser tomado pela ousadia e a autoridade que Jesus Cristo nos dotou.

Seja cheio do Espírito Santo. Aleluia!

Rev. Fabio Roberto Zambrin

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Devocional 12/50 - Dia 24/abrilLeitura: Atos 8:1-25

Receba cura, libertação e alegria

A morte de Estevão marca o início da perseguição da Igreja, o sangue dos mártires é a semente para a expansão da pregação da Palavra. Vale relembrar que a Igreja iniciou com a participação ape-nas de Judeus, e a partir do capítulo 6 de Atos, vemos o questiona-mento do envolvimento dos gentios. Contudo, no capítulo 8, a bar-reira da expansão da Igreja foi quebrada, e a perseguição provocou a dispersão, os cristãos levavam o Evangelho a outras nações.

Entre os dispersos, estava Filipe, que desceu a Samaria, e anunciava-lhes a Cristo. Os samaritanos formavam uma ligação entre os judeus e os gentios porque eram compostos de metade judeus e metade gentios. Mas, estando em Samaria, as multidões eram impactadas pela manifestação do poder de Deus por meio de Filipe, pois os espíritos imundos de muitos possessos saíam gri-tando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos foram curados. E houve grande alegria naquela cidade.

Com a perseguição da Igreja, muitos dos cristãos buscaram refúgio em distritos mais remotos do país, mas os apóstolos de-monstraram sua coragem e se mantiveram firmes, estavam deci-didos a enfrentar qualquer perigo que aparecesse. Mas além de corajosos, eram bondosos, assim conquistaram a credibilidade de muitos. A pregação de Filipe em Samaria mostra que o evangelho de Jesus é para todos os povos, pois os judeus não se davam com os samaritanos, mas Cristo os unia.

Entre os habitantes de Samaria estava Simão, o mágico, na-quela época havia muitos astrólogos, adivinhos e magos, ao que parece, até hoje o mundo não se libertou dos adivinhos e esoté-ricos. Às vezes, dentro das Igrejas evangélicas vemos essa prática acontecendo. Muitos desses mágicos criam em seus próprios po-deres. Ao ver Filipe impondo as mãos e operando milagres, Simão

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ofereceu dinheiro para que lhe fosse concedido o Espírito Santo. A intenção do coração de Simão era o seu próprio poder e prestígio, a exaltação do ego. A busca da própria glória é sempre um perigo, devemos tomar cuidado, pois a única luz que deve brilhar em nós é a luz de Cristo. Precisamos entender que somos os servos e Cristo o Senhor.

Simão viu nos milagres a oportunidade de aumentar os seus lucros, mas um discípulo de Jesus não prega a Palavra com a inten-ção de levar vantagem, às vezes pagamos o preço da perseguição, mas ainda assim não devemos nos intimidar, prosseguimos firmes com coragem e bondade. Os dons do Espirito Santo não são com-prados, recebê-los é resultado do caráter de Cristo em nós. Para compartilhar o Espírito Santo não é necessário ter dinheiro, é pre-ciso possuí-lo. Finalmente, qual foi o resultado da chegada do cris-tianismo a Samaria? Deu aquele povo a mensagem da salvação em Cristo Jesus. Deu-lhes cura e libertação, paralíticos e coxos foram curados e possessos eram libertos. Deu-lhes alegria, o verdadeiro cristianismo traz alegria apesar das circunstâncias. E essa alegria é contagiante.

Por isso nesse dia, creia num Cristo que cura e liberta, clame a Ele que faça sinais e prodígios em sua vida e por meio de você.

Rev. Jefferson Emerick de Freitas

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Devocional 13/50 - Dia 25/abrilLeitura: Atos 8:26-40

Espírito Santo nosso professor!

Compreendes o que lês? Esta foi a pergunta de Felipe ao Eu-nuco - oficial da rainha de Candace - que lia o livro do profeta Isaías em sua viagem, sem, contudo, entender o conteúdo da referida passagem.

A dificuldade do Eunuco em entender as Escrituras ainda hoje é compartilhada por todos aqueles e aquelas que tentam compre-ender o Evangelho sem a ajuda de Deus.

De fato, só o Espírito Santo pode nos revelar os mistérios do Eterno. Somente por Ele somos levados ao reconhecimento do se-nhorio de Cristo sobre nossa vida, nos arrependemos de nossos pecados e abraçamos uma nova história.

O próprio Jesus, falando aos seus discípulos antes de sua morte, afirmou: “- Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.”

Como você já deve saber, somos uma igreja filha da Reforma Protestante do século XVI. Tal movimento, encabeçado por ho-mens como Martinho Lutero e João Calvino, tinha como uma de suas bandeiras o Sacerdócio Universal de todos os crentes, que nada mais era senão o resgate do princípio bíblico de que todo o cristão, uma vez salvo pela graça, batizado no Espírito Santo (e entenda-se aqui batismo como selo, garantia conferida no ato da regeneração em Cristo) poderia ler as Escrituras Sagradas e extrair desse exercício devocional o alimento para a sua fé. Cristo nos fez sacerdotes e Seu Espírito é quem esclarece as nossas mentes e prepara o nosso coração para que a Bíblia não seja mais um livro, antes, se transforme em nossa infalível regra de fé e de prática, com a qual vamos conviver diariamente.

Sim, este contato diário com a Palavra será nosso alimento espiritual, junto com a oração, é claro. Oração e leitura bíblica ali-

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mentam a fé e dão vasão ao Espírito Santo. E Ele é quem inclina o nosso coração para obedecer os princípios divinos e vivermos uma vida de santidade. Paulo escrevendo aos Gálatas afirmou: “Andai no Espírito e jamais satisfareis à vontade da carne” (Gálatas 5:16)

Nossa carne acorda gritando todos os dias, desejando glória e adoração, querendo nos tornar reféns de sua vontade. Por isso, precisamos submeter nosso “eu” à ação maravilhosa do Espírito de Deus, que nos conduzirá ao coração do Pai e gerará em nós o caráter plenamente saudável de Jesus.

“Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimí-veis.” (Romanos 8.26)

Rev. Leonardo Mendes Neto

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Devocional 14/50 - Dia 26/abrilLeitura: Atos 9:1-19

O trabalhar do Espírito Santo

Façamos uma rápida contextualização para nossa melhor compreensão. Saulo era um ferrenho perseguidor dos cristãos. Ao viajar para Damasco, com o objetivo de prender os seguidores de Jesus, o próprio Cristo se revelou a ele.

A experiência foi tão forte que fez Saulo perder a visão por alguns dias, tendo se hospedado na casa de Judas. Quem sabe ainda tentando entender tudo o que havia acontecido e buscando falar com o Deus que lhe tinha aparecido no caminho, Saulo esta-va orando e teve uma visão de que um homem chamado Ananias oraria por ele a fim de que recuperasse a vista.

Pois bem, foi justamente nesse contexto que Ananias entrou na casa de Judas, orou por Saulo, que foi curado e cheio do Espí-rito Santo. Dentre as tantas lições desta passagem, convido você a focar em três delas que saltam aos nossos olhos. A primeira lição é que o Espírito Santo já estava trabalhando na vida de Saulo antes mesmo que ele percebesse. Assim também acontece conosco…”o vento sopra onde quer e como quer”.

A segunda lição é que a oração é um poderoso instrumento para quem almeja intimidade com Deus. Sem ela, seremos sepul-cros caiados, vazios, mortos.

A terceira lição é que o enchimento do Espírito Santo gera algumas características bem específicas nos filhos e filhas de Deus, tais como: quebrantamento, humildade, obediência à voz e ao cha-mado de Deus, exercício da comunhão.

A partir dessas referências, podemos nos perguntar: “como anda minha intimidade com o Espírito Santo? Até que ponto con-sigo enxergar na minha vida estas características que havia em Paulo?

Caso ainda não vejamos essas marcas em nossas vidas, não desanimemos. Se Deus transformou a vida de Paulo e Pedro pelo

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poder de sua Palavra, também transformará a todos nós. Ainda que sejamos os mais improváveis, ainda que duvidemos, ainda que não nos vejamos fazendo certas coisas, como por exemplo, pre-gando o Evangelho, curando enfermos pelo poder do nome Jesus, enfim, tão somente creia, e experimente essa maravilhosa obra que o Senhor fará em seu viver.

Que sejamos cheios do Espírito Santo e vamos aproveitar este devocional para buscar mais de Cristo. Que essa transformação e esse amadurecimento sejam realidade em nossa vida como um processo contínuo e cada vez mais intenso. Lembremo-nos de que o Espírito Santo almeja ter comunhão conosco. Intimidade com Deus não é luxo, mas é necessidade primeira de nossa vida! Que o Senhor Jesus nos abençoe!

Rev. Leonardo Mendes Neto

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Devocional 15/50 - Dia 27/abrilLeitura: Atos 9:20-43

Se Pedro e Paulo foram usadospor Deus, nós também podemos ser!

Estamos diante do texto que relata o início do ministério de Saulo, o qual depois de um tempo recebeu o nome de Paulo. A narrativa também nos apresenta uma história interessante que en-volveu o apóstolo Pedro. Ambos os apóstolos foram tratados por Deus e igualmente usados por Ele. Por certo, nenhum dos dois imaginava, no início de sua caminhada, tudo o que Deus faria neles e por meio deles. É com essa expectativa do agir surpreendente de Deus que iniciamos a presente reflexão.

Segundo o verso 20, Saulo não procrastinou (adiou), não ficou olhando para suas imperfeições e muito menos tornou-se alguém refém das culpas, muito embora tivesse motivos para isso. Pelo contrário, ele tinha certeza de sua salvação, do perdão que Jesus lhe havia dado. Assim, mesmo tendo muita coisa a ser trabalhada, o apóstolo iniciou seu serviço missionário, por meio do qual muitas pessoas foram impactadas e diversas igrejas foram formadas.

Por isso, o sucesso de suas viagens missionárias não era re-sultado do esforço ou da inteligência do apóstolo, antes dependia totalmente da ação do Espírito Santo. Conforme o texto ressalta, todos estavam atônitos ao ouvi-lo, sobretudo, por saberem quem ele era e o que Jesus havia realizado em sua vida.

Na última porção do texto selecionado, encontramos a histó-ria da ressurreição de Dorcas. Aqui, o instrumento usado por Deus para ressuscitar essa mulher foi Pedro. Ao analisarmos os relatos que trazem milagres realizados por Pedro, vemos que o que de fato gerava as maravilhas era, em primeiro lugar, o nome de Jesus (“Não tenho prata e nem ouro…em nome de Jesus Cristo, o Na-zareno, anda.” Atos 3:6); A pregação da Palavra também gerava nas pessoas milagres poderosos, não apenas em seus corpos, mas, sobretudo, em seu caráter (Atos 2 fala da conversão de milhares

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de pessoas); O Espírito Santo, sim, Pedro era um homem cheio do Espírito, que tinha intimidade com o Senhor. A presença do Espírito Santo na vida dos apóstolos garantia os sinais, prodígios e maravilhas.

Mas, antes de trabalhar por meio de Pedro, o Espírito San-to fazia da própria vida desse apóstolo um canteiro de obras. Se tem um homem que foi trabalhado por Deus foi Pedro. De tempe-ramento sanguíneo, ansioso, precipitado, às vezes chegava a ser bruto, passou a ser um homem totalmente dependente do Senhor, obediente ao chamado do mestre, enfim, um homem que mesmo em face da morte dormia tranquilo pela segurança que tinha em Cristo. (Atos 12)

Portanto, façamos algumas perguntas a nós mesmos agora: - Queremos vivenciar milagres? Ansiamos pelo tratamento do Es-pírito? Se sim, coloquemo- -nos à disposição do Senhor e não adie-mos seu chamado. O Espírito Santo nos chama para uma comu-nhão mais íntima. Ele anseia trabalhar em nossa vida. Que nosso coração seja totalmente Dele, para a glória de Cristo Jesus.

Rev. Leonardo Mendes Neto

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Devocional 16/50 - Dia 28/abrilLeitura: Atos 10:1-22

Onde há o Espírito deDeus há paz e entendimento!

Nosso Deus não é Deus de confusão. Tudo aquilo que Ele de-termina necessariamente tem base em sua Palavra. Quando bus-camos intimidade com o Espírito de Deus, nos tornamos mais sen-síveis à sua voz e conseguimos discernir o que o Senhor quer de nós. Afinal, é o Espírito quem sonda o coração do Pai e intercede por nós, sobremaneira, com gemidos inexprimíveis, ensinando-nos a orar e interpretando para nós os anseios do Senhor (conforme Romanos 8:26).

No texto de hoje, o Espírito Santo trabalhou simultaneamen-te em Cornélio e em Pedro, testificando assim a sua vontade, por mais que tudo aquilo parecesse estranho a Pedro. Quão maravilho-so ensinamento temos aqui. Tudo aquilo que é de Deus para nós, necessariamente terá base bíblica e encontrará testificação e con-cordância nas pessoas que amamos e que zelam pela nossa vida.

Todos nós já sabemos de como decisões precipitadas, força-das por um dos cônjuges, por exemplo, pode resultar em sérias crises e até em separação da família, como também, transferimos a culpa para a esposa e vice-versa, porque estamos pensando no momento, e não em toda a história juntos.

Portanto, o critério não é a lógica humana. Aliás, no caso da história envolvendo Cornélio e Pedro, os acontecimentos e direcio-namentos não foram nada lógicos, contudo, refletiram a soberana vontade de Deus revelada pelos instrumentos aqui já mencionados (Palavra e testificação). Deus é especialista em subverter a lógica humana, como por exemplo, ressuscitar uma pessoa! Do ponto de vista humano com mentes treinadas para pensar de forma car-tesiana, eles não conseguem entender! Só o Espírito Santo para gerar esse entendimento.

O resultado da obediência à Palavra e a sensibilidade à testifi-

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cação do Espírito Santo, que também não deixa de ser uma atitude de submissão a Deus, será sempre a paz, a provisão e a alegria.

Fora deste contexto de obediência ao Senhor, dificilmente va-mos experimentar a plenitude, o sentido e o significado com os quais nossa vida foi selada, antes mesmo da fundação do mundo.

Por isso, necessitamos que o mesmo Espírito que convenceu a Pedro a ir até à casa de Cornélio, também nos convença pelo seu incontestável poder. Deus abençoe seu dia.

Rev. Leonardo Mendes Neto

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Devocional 17/50 - Dia 29/abrilLeitura: Atos 10:23-48

Capacitado pelo Espírito Santo

A vida cristã é vivida da dependência e no poder do Espírito Santo, e não na mera capacidade intelectual ou em técnicas de oratória, como já disse E.W. Bounds: “não estamos dizendo que

pregadores não devem estudar; mas estamos dizendo que seu

maior estudo deve ser a Bíblia, e ele estuda melhor a Bíblia quando

mantém seu coração com zelo.” O princípio de toda vida cristã vitoriosa está intimamente relacionado à interioridade do nosso coração quebrantado diante de Deus. O poder do Espírito opera mediante nossa dependência d’Ele.

A grande pergunta é: “Deus é conosco?” Ou estamos apenas fazendo Sua obra na força do nosso braço, e por meio de estra-tégias religiosas aprendidas? “Deus era com Jesus” (At.10:38), e isso fez toda a diferença em seu ministério. Se Deus for conosco, absolutamente nada poderá nos parar, pois o poder do Espírito atuará por intermédio da nossa vida e impactaremos outras vidas com poder. Se Deus for conosco nem mesmo o inferno poderá nos barrar, mas continuaremos avançando, além das adversidades, sofrimentos, frustrações, ou retaliações, afinal, fomos ungido pelo Espírito, para realizar a obra d’Ele. E sua obra é dar vida as cansa-dos e oprimidos.

O Diabo não é um mero espectador da humanidade, antes, pelo contrário, é um agente ativo, e operante, constantemente des-truindo as pessoas, e essa destruição não é algo rápido, ele visa prolongar o sofrimento, como fez com o jovem endemoninhado em Marcos 5. Esse jovem viveu cativo durante muito tempo no cemitério, até que Jesus, fora ao seu encontro e restaurou sua sa-nidade mental, e toda sua vida. Nesse exato momento, há pessoas oprimidas pelas dores da alma, as angústias profundas do ser, ex-perimentando a dor da traição, o casamento destruído, e cabe a

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nós – eu e você, sermos canais do poder do Espírito na vidas deles. Fomos ungidos pelo Espírito Santo, e unção indica capacitação, portanto, não está relacionado aos nossos talentos, mas ao que Cristo faz por meio de quem Ele decidiu usar.

O poder do Espírito mune o cristão com armas espirituais ex-traordinárias, a tal ponto que, pessoas são libertas de espíritos ma-lignos, corações doentes são curados, doenças e as dores da alma são saradas, e o Reino de Deus instala-se no coração! Nós temos o privilégio de viver o sobrenatural de Deus manifestado no dia a dia. Isto mesmo, os milagres, as curas e as pessoas sendo libertas, deve ser algo natural na vida do cristão ungido pelo Espírito Santo. Ao olharmos para toda narrativa do livro de Atos, percebemos clara-mente a manifestação do poder de Deus, ocorrendo enquanto os discípulos andavam pelas ruas!

“Ande por toda parte” (At.10:38) com o coração cheio da vida de Deus, sob a dependência do Espírito, sendo um instrumento de transformação de outras vidas, um portador de mensagem do Reino, e alguém realmente capacitado pelo Espírito, para que o mundo conheça o poder de Cristo, por meio de você!

Rev. Diogo Damião Crotti de Araújo

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Devocional 18/50 - Dia 30/abrilLeitura: Atos 11:1-18

Cuidado com a religiosidade

A religiosidade cristã entra sutilmente na nossa vida e, inde-pendentemente do nosso tempo de conversão, podemos deixar de ouvir a orientação divina, e dar ouvidos a toda nossa tradição religiosa-cultural aprendida dentro da linhagem familiar ou na co-munidade de fé, como é o caso de Pedro, que mesmo tendo um “êxtase, uma visão enquanto orava” (At.11:5), não conseguiu obe-decer a voz de Deus que dizia para comer os animais. Ele não pôde fazer! Sua tradição religiosa falou mais alto!

Inúmeras vezes vivemos como “cristãos” religiosos, aproprian-do-nos de regras e leis morais, como pressuposto fundamental da vida cristã. Nessa aventura religiosa achamos que a nossa vida está pautada no que não podemos fazer e, consideramos isso o ápice da vida cristã. Nesse tipo de mentalidade, frequentar cultos e pro-gramas da igreja, e sempre dizer “não”, parece ser a máxima do relacionamento com Deus!

No entanto, a vivacidade da vida cristã está enraizada no pro-fundo relacionamento com Jesus, ao ouvirmos sua voz, mediante a leitura da Palavra, e substituir as regras religiosas, muitas vezes ininteligíveis – apenas as seguimos, e não sabemos por que, pelos princípios da Sua Palavra introjetados na alma, e compreendidos com a mente e o coração. Sem a religiosidade tornamo-nos cris-tãos do “sim”, e não mais do “não”. Dizemos “sim” à vida, à oportu-nidade, ao amor, à inclusão, à família. Somos daqueles que dizem “podemos”, comemos e tocamos. Não somos conhecidos pelo que não podemos fazer, mas pelo o que podemos!

A espiritualidade do livros de Atos segue a constância do fa-zer para o outro em resposta ao fazer de Cristo por nós e em nós no dia a dia da existência, no lugar comum, no chão da vida, e não na religiosidade estabelecida em dias, meses, anos ou lugares sagrados. Não! A espiritualidade do Espírito é a convocação para

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a espiritualidade encarnacional vivenciada, por meio do caminhar seguro, pleno, convicto de que tudo foi feito em Jesus, e toda nos-sa vida tornou-se uma nova história, abundância de alegria, e a suspensão da culpa gerada pela impossibilidade de praticar im-perativos religiosos. Como diz Paulo em 1Cor.1:20 – “Pois, tantas quantas forem as promessas de Deus, nele está o sim.”

A religiosidade pontua características como do “fazer” primei-ro para Deus para que Ele faça a parte d’Ele, as quais são: Obedeça e será aceito; faça boas obras e será salvo. O evangelho ensina o contrário. Cristo nos aceitou, e por isso obedecemos, e fazemos boas obras, porque já somos salvos. Não permita que as influências religiosas façam da sua vida apenas uma rotina de serviço a Deus, porém, sem alegria e manifestação de vida. Religiosidade é cansa-tiva, estéril e não gera fruto, e produz apenas culpa no coração. Já a vida cristã baseada em relacionamento com Jesus produz alegria do Espírito Santo, verdade, vida, esperança, e paz no coração!

Rev. Diogo Damião Crotti de Araújo

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Devocional 19/50 - Dia 1/maioLeitura: Atos 11:19-30

Deus está com você!

No livro de Sara Hagery “Invisível” é narrada a poderosa pre-sença de Deus atuando em sua vida: “O que eu construíra com

Deus em segredo me levou a uma doce parceria com ele, o tipo

de parceria que leva qualquer um nós a causar enorme impacto

neste mundo – não por causa da magnitude do que fazemos ou

como nos sentimos ao fazê-lo, mas por causa de quem ele é para

nós.” Quando Deus está conosco no secreto podemos impactar o mundo!

A jornada cristã é uma aventura de fé, e fé é a confiança ina-balável da presença d’Ele, em todos os momentos e situações. É simples assim, “a mão do Senhor estava com eles”. Ao começar o seu dia, lembre-se desta verdade poderosa, Ele está com você, e nessa certeza caminhe sempre. Seja “parceiro” do Senhor, construa um relacionamento profundo, e seja “cheio do Espírito Santo e de fé” (At.11:24). Sem essas características não será possível vencer os desafios colocados diante de nós.

Somos cheios do Espírito para o propósito de levarmos a mensagem de Jesus com poder e graça. Sem o enchimento do Es-pírito desenvolvemos o espírito do medo e do receio. Ficamos aco-vardados diante das dificuldades, e abrimos mão de fazer a obra d’Ele. Por outro lado, viver sob o governo do Espírito, incendiará nosso coração, e seremos como tochas vivas, compartilhando as Boas Novas.

“Crendo, se converteram ao Senhor” (At.11:21). Eles creram em quê? Na mensagem do evangelho, e não em algum tipo de filosofia ou ideologia, mas no evangelho que é poder de Deus. Portanto, não tenha medo de anunciar essa Palavra de vida. O mundo, sua família e amigos, são terrenos onde podemos plantar a semente que cresce, e dá fruto até cem por cento! Apenas avance no poder do Espírito, e ousadamente, “anuncia-lhes o evangelho do Senhor

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Jesus” (At.11:20) a todos!É impressionante como os cristãos do livro de Atos agem e

reagem às circunstâncias. O texto de At.11:19,20 diz: “Então, os que foram dispersos por causa da tribulação (...) anunciavam a judeus (...) e também aos gregos”. Eles não pararam mediante às dificul-dades, mas aproveitando que foram dispersos, compreenderam a necessidade de pregar as duas etnias: judeus e gentios. Às vezes, diante de alguma necessidade premente, muitos titubeiam na fé, abandonam a Jesus, enclausuram-se em si mesmos, jogam tudo para o alto e param a caminhada cristã. Todavia, os cheios do Espí-rito Santo veem no sofrimento, na perseguição, e nas adversidades oportunidades de pregar a Palavra. Eles não param diante de nada, avançam, como dizemos acima, “não por causa da magnitude do

que fazemos ou como nos sentimos ao fazê-lo, mas por causa de

quem ele é para nós.” Eles sabem quem são e a quem pertencem, e simples e radicalmente, vencem todos as barreiras, para que Cristo seja conhecido de todos.

Deus está com você! Não desista. Continue firme, busque ao Senhor, e seja cheio do Espírito, e compartilhe a mensagem de Jesus!

Rev. Diogo Damião Crotti de Araújo

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Devocional 20/50 - Dia 2/ maioLeitura: Atos 12:1-25

O poder da oração!

“Unir as mãos em oração é o começo de um motim contra

a desordem do mundo”, disse Karl Barth, e ele realmente estava certo. Quando a igreja se une em oração, cadeias são quebradas, como ocorreu com Pedro na prisão: “havia oração incessante a Deus por parte da igreja a favor dele. (...) Então, as cadeias caíram--lhe das mãos.” (At.12:5,7c). O poder da oração sara famílias que estão doentes, traz os filhos desviados da fé ao caminho novamen-te, maridos de dura cerviz e inflexíveis dobram-se diante do nome de Jesus! Há poder na oração feita no nome d’Ele!

A vida de oração também gera intimidade com Deus e tran-quilidade diante das más notícias. Pedro, por exemplo, “dormia en-tre dois soldados” (At.12:6), plenamente confiante no Deus ao qual servia. Nós estamos prontos para descansar, quando situações ad-versas surgem contra nós? Se estivermos vivendo em oração, tam-bém poderemos dormir o sono dos justo, isto é, dos justificados em Cristo, diante de qualquer evento contrário!

Num mundo da hipermodernidade, aprender a descansar é algo fundamental e terapêutico para nossa alma. Estamos envol-vidos com tantas coisas, e nossa agenda está cheia de compro-missos, e até desenvolvendo a síndrome do Burnout, estafados, cansados e sobrecarregados!

É tempo de “dormirmos entres os soldados”, e desfrutar do descanso. Porém, para que isso aconteça, é necessário priorizar a agenda de Deus, e não a nossa. Ou seja, tempo a sós com Jesus em oração deve ser o imperativo do nosso coração visando nossa saúde espiritual. Em tempos rápidos como os de hoje, encontre tempo para orar, e ore incessantemente.

Além do nosso tempo a sós com Jesus, devemos e necessi-tamos do ajuntamento, para orarmos uns pelos outros, e por inú-meros motivos. Não deixe de estar como igreja reunidos para cla-

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mar pelas diversas necessidades. Nós somos frutos da oração de pessoas que nem sabíamos que estavam orando por nós! Pedro dormia, mas a igreja orava. Quantas mães estão de joelhos por seus filhos e maridos, e quantos livramentos já tivemos por conta disso? Comece a orar incessantemente, busque a Deus desespera-damente, como nunca O buscou antes. Clame por misericórdia, ore em todo o tempo, mas desenvolva sua vida de oração e intimidade com Ele!

Andrew Murray em seu livro “Com Cristo na escola da oração”, assim disse sobre a oração incessante: “A fé sabe, com certeza, que

nem uma oração de fé pode falhar em alcançar os céus, mas exer-

ce sua influência, sendo guardada como um tesouro para obter a

resposta no tempo certo para aquele que persevera até o fim.” A oração da igreja nunca falha, não porque Deus está subordi-

nado aos nosso caprichos, mas porque sempre oramos a vontade d’Ele, e em fé, terminamos dizendo: “seja feita a sua vontade”. Isto é confiar no poder da oração!

Rev. Diogo Damião Crotti de Araújo

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Devocional 21/50 - Dia 3/ maioLeitura: Atos 13:1-15

Dependência do Espírito Santo

O texto mostra o envio de Barnabé e Saulo para sua primei-ra viagem missionária, eles foram designados pela igreja de An-tioquia, porém separados pelo próprio Espirito Santo. A primeira lição que aprendemos com a igreja de Antioquia, é ter uma vida de oração e jejum. Precisamos entender que esses dois elementos são essenciais em nossa vida Cristã, e sem eles dificilmente tere-mos a sensibilidade para ouvir a voz de Deus. É por meio da voz do Espírito Santo que a igreja entendeu que deveriam separar e enviar Saulo e Barnabé. Nossas decisões precisam ser norteadas pelo próprio Deus. O importante é ver que o Espírito Santo age em sintonia com a Igreja de Cristo e é impossível tentarmos fazer as coisas de Deus, sem Deus.

Outra lição que aprendemos é que somos capacitados por aquele que nos separou para obra. É por intermédio do Espírito Santo que somos capacitados a fazer a obra que fomos chamados. O ponto é, não importa o nosso grau de escolaridade ou conhe-cimento teológico, seremos sempre capacitados por Ele. Vemos que a igreja ora e jejua por eles, mas é o próprio Espírito Santo que os enviam. Muitas vezes não nos sentimos capazes de realizar a obra de Deus, não nos sentimos aptos para liderar uma célula, ou não nos sentimos preparados para evangelizar nossos amigos. Precisamos entender o que flui de nós não transforma, mas o que flui do Espírito Santo gera mudança e arrependimento. Nenhuma das nossas mensagens, por mais culta que seja, tem poder de con-versão, ela por si só, sem o mover do Espírito, são apenas palavras ao vento, mas quando estamos debaixo da dependência do Espíri-to Santo, ela se torna instrumento de transformação.

Vemos a partir do v.5 que Saulo anunciava a palavra de Deus, usando meios adequados, e métodos que conectassem com a cul-tura local, tudo isso sem perder a essência. John Stott, pastor e

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teólogo britânico, compara em seu livro “Ouço o Espírito, Ouço o Mundo”, a comunicação da igreja com a comunidade, ou seja, a construção de uma ponte que liga a Bíblia ao mundo contem-porâneo. Alguns sermões são profundos teologicamente, mas são como pontes que não levam para lugar algum, pois não toca o coração das pessoas. Stott desafia a sermos como pontes em nos-sa cultura, aquela que traz verdade ao coração humano, que toca profundamente nas feridas da alma, sendo totalmente solidificada na palavra.

Portanto, neste momento, vamos pedir ao Espírito Santo, para nos capacitar, nesta linda missão, que é levar as boas novas aos cativos, àqueles que estão perto de nós. Somente por intermédio Dele, vidas serão transformadas.

Rev. Samuel Rocha

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Devocional 22/50 - Dia 4/ maioLeitura: Atos 13:16-52

Não deixem ascircunstâncias te parar

A pregação do evangelho nos reserva inúmeros desafios. Pau-lo e Barnabé continuaram sua missão de Perge até Antioquia da Pisídia. Esta era uma rota perigosa, onde muitos viajantes eram atacados por saqueadores, sem contar que se tratava de um tre-cho montanhoso.

Alguns dos historiadores vão nos relatar que além dos desa-fios no deslocamento, Paulo já sofria de uma enfermidade, segun-do a tradição mais antiga, seriam enxaquecas terríveis, fruto de uma malária virulenta, e em (2Co12.7.8), ele chama de espinho na carne. Imagina-se que não tenha sido fácil para o Apostolo Paulo, enfrentar caminhos montanhosos com dores de cabeça insuportá-veis, mas todos esses desafios não o impediram de levar o evan-gelho aos necessitados de coração. A vida nos reserva inúmeros desafios, seja, o desemprego, a enfermidades, problemas no casa-mento ou com os filhos e até mesmo problemas dentro da igreja, mas quando olhamos para vida do Apóstolo Paulo, somos encora-jados a permanecermos firmes no propósito do Espírito Santo em nossa vida, pois sabemos que é Ele quem nos sustenta mesmo em meio à enfermidade.

A cidade para onde eles foram, Antioquia da Psídia, estava com fome de Deus, por isso levaram uma palavra de exortação na sinagoga. Paulo então não perde a oportunidade, no v16, é relata-do que ele se coloca em pé e pede silêncio para aqueles homens, e então começa a falar. O que temos feito com as oportunidades que o Espírito Santo tem nos proporcionado para falarmos do amor de Deus? Precisamos ter a sensibilidade para entendermos os desíg-nios de Deus. Há inúmeras situações que acontecem em nosso dia a dia que não são oportunidades para compartilharmos o evange-lho, por exemplo, em uma fila à espera de um atendimento, seja em

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um Hospital ou em um estabelecimento qualquer, ou até mesmo em outras situações inusitadas. Por isso, precisamos praticar a de-pendência do dono da obra, pois é o próprio Espírito Santo que irá abrir portas para falarmos do amor de Cristo e assim como Paulo, não deixe de compartilhar o evangelho.

Paulo aproveita a oportunidade com todas as forças e começa a falar de forma sintetizada a história do povo de Israel, enfatizan-do a graça de Deus, e como no decorrer da história, o Seu amor esteve presente para com a humanidade. A palavra foi tão impac-tante que as pessoas esperavam pela próxima ministração. O V.44 diz que no sábado seguinte afluiu quase toda cidade para ouvir a palavra de Deus. O evangelho sob o poder do Espírito traz arre-pendimento, quebrantamento e despertamento espiritual. Por isso nunca se cale, fale do amor de Deus como se fosse a última coisa a ser feita e você verá com seus próprios olhos a transformação na vida daqueles que o cercam.

Rev. Samuel Rocha

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Devocional 23/50 - Dia 5/ maioLeitura: Atos 14:1-28

Sinais e prodígios:uma grande arma de evangelização

Uma grande arma de evangelização que Jesus nos confiou é o poder de curar, pois todos os que são filhos e filhas de Deus são capacitados a curar. Como está escrito: “...estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem: em meu nome, expelirão demô-nios”. (Mc 16: 17-18)

Paulo e Barnabé seguiram viagem de Antioquia para Icônio, mas devido à grande divisão de pensamento dos judeus e gen-tios, para com Paulo e Barnabé, os missionários, prudentemente fogem para Listra, onde lá anunciam as boas do evangelho com uma abordagem diferente. Se em Antioquia a maneira pela qual anunciavam o evangelho era por meio da mensagem do antigo testamento (sobre as leis de Moisés), em Listra, eles são capacita-dos pelo Espírito Santo a curar. De acordo, com o versículo 8, havia um homem aleijado, paralítico de nascença que ouviu Paulo falar e teve fé para ser curado, saltou e andou!

Naquele momento, a falta de discernimento espiritual tomou conta da multidão. Associaram a cura a Paulo e a Barnabé, tratan-do como divindades, a ponto de queimarem sacrifícios aos pés dos missionários. Mas Paulo e Barnabé, tomados pelo Espírito Santo, rasgaram a suas vestes e saltaram na multidão exortando-os. Tra-zendo-lhes à memória tudo o que o Senhor havia feito nas gera-ções, devolvendo a glória a quem é de direito. Assim como Deus usou a vida de Paulo e Barnabé para operar milagres, Ele agirá em nós e por meio de nós, fazendo obras ainda maiores, desde que, os milagres apontem única e exclusivamente para Jesus, pois toda honra e toda glória pertencem a Ele.

A mensagem e a palavra de Deus não mudaram, o Senhor os capacitou para que o evangelho fosse efetivo e eficaz à realidade e à cultura dos pagãos gentios. Cremos que não há nenhum coração

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tão petrificado ao ponto de rejeitar as boas novas do evangelho. Mas, quais têm sido as nossas armas de evangelização? Como igre-ja assistimos mensalmente os que têm fome, somos uma ponte no mercado de trabalho aos desempregados, trazemos dignidade e esperança aos dependentes químicos e às crianças! Mas, no que cabe a nós, o que nos falta para alcançarmos o coração do nos-so chefe? Daquele amigo que está tão distante dos caminhos de Deus? Dos nossos filhos? Pais? Segundo Hernandes Dias Lopes, pastor presbiteriano e grande teólogo brasileiro, os milagres não são o evangelho, mas abrem portas para ele. Os milagres não são realizados pelos missionários, mas por Deus por intermédio dos missionários. A pregação do evangelho precisa ser em demons-tração do Espírito e de poder. Precisamos pregar não apenas aos ouvidos, mas também aos olhos.

Que o nosso clamor seja por estratégias e visão ao anunciar o reino de Deus, de modo que ele seja prático, eficaz a cada cultura, contexto e coração!

Rev. Samuel Rocha

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Devocional 24/50 - Dia 6/ maioLeitura: Atos 15:1-21

Cuidado com a religiosidade

É perigoso uma igreja presa à religiosidade, e como isso pode nos impedir de avançar. Sabemos que Jesus veio inicialmente para os Judeus, mas os seus não o receberam (Jo1.11), pelo contrário, o crucificaram. Após a ressureição, Jesus deixa aos seus discípulos o que chamamos de A Grande Comissão. Mateus 28:18-20.

Porém, não era este o ensino por parte de alguns homens que desceram da Judeia para Antioquia. Eles pregavam, que a salvação estava ligada à circuncisão, conforme os costumes ensinados por Moisés. Enquanto Paulo e Barnabé compartilhavam as maravilhas que Deus estava fazendo em meio aos gentios, gerava alegria ao coração de alguns, mas também gerava uma grande discussão por causa do partido religioso dos fariseus, que acreditavam que era necessária a circuncisão.

Aqueles homens ensinavam que a fé em Cristo não era sufi-ciente, como se os gentios precisassem de algo a mais para serem salvos, para eles os gentios precisavam primeiramente se conver-ter ao judaísmo e somente depois tornar-se cristãos, não bastava crer em Jesus, precisavam cumprir as leis de Moisés. É como se o sacrifício de Jesus na Cruz não fosse suficiente, e o ser humano precisasse de rituais ou até mesmo cumprir uma série de protoco-los para serem justificados diante de Deus. Mas sabemos que nada além de Jesus pode nos justificar, nada substitui a morte vicária de Cristo. A religiosidade pode se tornar uma armadilha para Igreja, pois ela nos leva a viver uma vida de práticas e hábitos moralistas. Como se fôssemos justificados pelo que fazemos, por exemplo, prática da oração, jejum, voluntarismo na igreja local e boas ações. Todas essas práticas permeiam a nossa vida cristã, porém não são o motivo da nossa justificação. Precisamos entender de uma vez por todas que Deus não nos amará mais por sermos bons, mas é por nos amar demais que Ele nos tornará bons.

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Pedro então se levanta em defesa dos gentios e de forma ca-tegórica diz (11): Cremos que somos salvos pela graça de nosso

Senhor Jesus, assim como eles também”. Em Cristo Jesus, todas as diferenças entre judeus e gentios deixam de existir, pois para Deus não há distinção entre um e outro, para Deus só há distinção entre aquele que crê e o que não crê, pois para sermos salvos, precisamos apenas crer em Jesus como nosso único e suficiente salvador. Partindo deste ponto, podemos aprender que nada que façamos além de crer, podem nos proporcionar a salvação, pois ela é um favor imerecido de Deus para com a humanidade. Em Jesus, o peso da lei é retirado das nossas costas, enquanto aqueles homens tentavam colocar sobre nós o julgo da lei, Jesus olha para nós em sua infinita misericórdia e diz: “filho, eu carrego este peso por amor a você”.

Rev. Samuel Rocha

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Devocional 25/50 - Dia 7/ maioLeitura: Atos 15:22-41

A grande decisão

O capítulo 15 de Atos dos apóstolos é uma peça essencial para o cristianismo. É um divisor de águas na narrativa da igreja de Cristo. Segundo o comentário do pastor e teólogo John Stott, a decisão adotada nesse concílio desatou o evangelho de suas incô-modas vestes judaicas para se tornar a mensagem de Deus a toda a humanidade, dando à igreja judaico-gentílica uma identidade au-toconsciente como povo reconciliado de Deus, o único corpo de Cristo. Após o apostolo Paulo e Barnabé retornarem da primeira viagem missionária e relatarem à igreja de Antioquia como Deus abriria aos gentios a porta da fé, uma nova onda de perseguição surgiu, movida pela cobiça de alguns membros da seita dos fari-seus.

Alguns embaixadores do judaísmo desceram de Jerusalém, sem autorização dos apóstolos, conforme v.24, e começaram a perturbar os irmãos de Antioquia e a perverter o evangelho de Cristo, dizendo que os gentios precisavam ser circuncidados para serem salvos. A decisão foi então tomada pelos apóstolos, pres-bíteros e toda a igreja, havendo um consenso entre eles. A ideia aqui era de sugerir abstenção aos cristãos gentios. Aparentemen-te parecia ser uma sábia solução para gerar tolerância recíproca e comunhão, sendo assim, a unidade do evangelho resguardou a unidade da igreja.

Essa decisão foi também de forma escrita, conforme v.23 nos mostra. Os concílios aceitavam as decisões e as registravam por escrito. Essa atitude garantia a validade e a integridade da decisão tomada. A carta escrita às igrejas gentílicas tinha como prioridade mostrar que eles negaram um envolvimento com o partido da cir-cuncisão (v.24). Essa comissão era formada por homens íntegros e fiéis. Nos vs.28 e 29, o evangelho é intransigente com a verdade e sensível à cultura, não negociando a essência. A salvação exclusi-

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vamente pela fé em Cristo era uma verdade integral que não podia ser negociada.

Na segunda viagem missionária, vemos a separação entre Paulo e Barnabé. Não se sabe exatamente por que Marcos aban-dou a viagem. Mas é interessante observar que posteriormente ele se reconciliou com Paulo e o ajudou no ministério. Barnabé con-tinuou com João Marcos e não permitiu que aquela discórdia se tornasse um problema para a Igreja de Antioquia. Barnabé foi um dos líderes da Igreja primitiva, conforme Atos 11:22-25. Ele foi o principal representante da Igreja no Concílio de Jerusalém, mas não usou seu prestígio para fazer com que Paulo fosse repreen-dido. Ao contrário, ele aceitou a situação e continuou servindo ao Senhor com fidelidade.

Os judeus cristãos demonstravam que eram totalmente de-pendentes do Espírito Santo, assim devemos ser nós também. O Espírito exerce uma função importantíssima nas nossas decisões espirituais, a salvação pela graça e pela fé enchia os corações de alegria, pois havia convicção das verdades da escritura. Havia com-preensão que a pregação da Palavra de Deus e o ensino são es-sencialmente importantes. A essência é e sempre será a palavra do Senhor.

Rev. Rafael Jacomini

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Devocional 26/50 - Dia 8/ maioLeitura: Atos 16:1-18

O poder do Evangelho

Paulo e Silas chegaram a Derbe e a Listra. Paulo depois de circuncidar Timóteo, por cautela, sai com ele para comunicar as decisões tomadas pelos apóstolos e presbíteros de Jerusalém e assim fortalecer os irmãos na fé em Cristo. Eles pensaram e toma-ram a decisão de irem pregar a palavra por um lugar, mas o Espí-rito Santo não permitiu e mudou a rota. Paulo recebe uma visão e direção do Senhor para irem por outro caminho para anunciarem a palavra de Deus.

Filipos era uma importante cidade da Macedônia. Paulo fun-dou uma igreja durante sua visita a essa cidade (50-51 d.C.), depois de seguir a direção do Espírito Santo rumo à Macedônia. No sába-do, Paulo fez seu primeiro contato evangelístico com um peque-no grupo de mulheres. Ele nunca aceitou que as barreiras sociais ou culturais o impedissem de anunciar as Boas Novas do evange-lho. Pregando ali, certa mulher chamada Lídia, uma comerciante influente, creu em Jesus. O Senhor é quem toma a iniciativa na conversão de Lídia e quem lhe abre o coração. Não apenas ela é convertida, mas toda a sua casa (v.15). E não apenas sua família é batizada, mas sua casa se transforma na sede da primeira igreja da Europa (v.40). O evangelho começa não apenas alcançando pessoas, mas famílias inteiras. Esse é o poder que transforma, o evangelho da cruz de Cristo. Isso então, abriu o caminho para o ministério naquela região.

Curioso pensarmos: Por que a família de Lídia foi batizada após ela responder com fé às Boas Novas do Evangelho? Certa-mente o batismo é um sinal público da identificação da pessoa com Cristo e com a comunidade cristã. Talvez nem todos os paren-tes de Lídia tenham escolhido seguir a Cristo, porém a família dela tornou-se cristã. O evangelho a alcançou enquanto ela participava de uma reunião de oração e ouvia a Palavra de Deus, o Senhor lhe

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abriu o coração e a levou a ter essa experiência extraordinária.Já nos versos 16 a 18, vemos a habilidade de adivinhar de uma

jovem possessa de espíritos malignos que a possuíam. A adivinha-ção era uma prática comum nas culturas grega e romana. Essa jovem escravizada enriquecia seus senhores interpretando sinais e “lendo a sorte das pessoas”. Eles exploravam a jovem para ob-ter seus lucros pessoais.  Mas o poder do evangelho a alcançou enquanto ela estava nas garras do diabo. Paulo, na autoridade do Espirito Santo, liberta aquela escrava do espírito maligno. Hoje em dia, o diabo mantém muitas pessoas presas no cativeiro. Mas, quando o poder do evangelho chega, os cativos são libertos e sal-vos da escravidão.

A salvação alcança todos os tipos de pessoas. Deus salva pes-soas de lugares diferentes, raças, povos, tribos, línguas, nações e religiões. As muralhas que separam as pessoas são quebradas. Po-bres e ricos, religiosos e místicos, ateus e possessos podem ser alcançados pelo poder dogtx55 evangelho. Jesus é o único Senhor e salvador.

Rev. Rafael Jacomini

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Devocional 27/50 - Dia 9/ maioLeitura: Atos 16:19-40

A presença libertadora

Paulo e Silas estavam pregando em Filipos e confrontando os poderes das trevas. O evangelho pregado por eles abalou as por-tas do inferno. Juntos passaram por muitas cidades, porém foi na estadia deles em Filipos que ocorreu a prisão após terem orado e repreendido o espírito maligno de uma jovem.

Paulo e Silas não estavam sozinhos, permaneciam com eles Timóteo e Lucas. Paulo e Silas após serem presos foram chicotea-dos e colocados em um cárcere da mais alta segurança. Certamen-te estavam completamente debilitados em suas condições físicas. Não obstante desta difícil situação, naquele momento, eles esta-vam com seus corações voltados e rendidos a Deus, pois sabiam que a presença do Senhor era com eles.

Paulo e Silas decidiram então, por volta da meia noite, orar a Deus e cantar louvores a Ele.  Durante esta provação, os outros prisioneiros, certamente sem entender o que levava uma pessoa a louvar, adorar e orar a Deus nessa situação, estavam ouvindo o que eles estavam fazendo. Com toda certeza esse foi um testemu-nho genuíno de vida de dois seguidores de Cristo Jesus. Se o seu Mestre sofreu calado no Calvário, naturalmente seus discípulos en-tendiam que não tinham qualquer direito de reclamar e sim adorar. Não importa qual seja a situação que estamos vivendo, devemos buscar a face de Deus, louvá-lo, adorá--lo e confiar em sua real pre-sença. Seguramente outros poderão ir a Cristo por meio de nosso exemplo. 

A Bíblia no v.26 mostra que de repente houve um violento terremoto, de maneira que os alicerces da prisão foram sacudi-dos. Com isso, todas as portas foram abertas e todas as correntes dos prisioneiros se soltaram. O terremoto é a ferramenta que Deus usa para abrir as portas da prisão e quebrar os cadeados dos cora-ções endurecidos. O propósito de Deus no terremoto era abalar as

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almas dormentes. Aquele terremoto mostrou o poder e a majesta-de do Senhor, bem como a soberania de seus propósitos eternos. Deus mandou um terremoto para abalar o carcereiro e ele se con-verter. O mesmo Deus que abriu o coração de Lídia numa reunião de oração envia um terremoto para abrir o coração do carcerei-ro. O Espírito age de formas diferentes. Paulo e Silas não cantam louvores porque o terremoto ocorreu. Eles não cantam para que aconteça um terremoto. Deus tem suas maneiras de mexer com a estrutura e de alcançar os corações e trazer a liberdade.

Precisamos entender que a fraqueza do vaso ressalta a ex-celência do poder de Deus. Deus é glorificado por meio de va-sos frágeis. A glória não está no vaso, mas no tesouro. É preciso concentrar-se no tesouro, não no vaso. Por isso, o apóstolo Paulo não temia o sofrimento nem as tribulações, pois sabia que Deus guardava o vaso, enquanto este guardasse o tesouro. Somos vasos de barro para que possamos depender do poder de Deus, não de nossas forças. Não seremos abalados se a nossa vida estiver con-centrada no tesouro e não no vaso.

Rev. Rafael Jacomini

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Devocional 28/50 - Dia 10/ maioLeitura: Atos 17:1-15

Viva e pregueo evangelho autêntico

Depois de plantar a igreja em Filipos, colônia romana, Paulo e seus companheiros continuam sua jornada para Tessalônica e Bereia. Depois, Paulo enviou Timóteo de volta àquela cidade, para averiguar como estavam os cristãos naquela terra. Paulo, então, escreveu duas cartas aos irmãos de Tessalônica (1 e 2 Ts), encora-jando-os a permanecerem fiéis e a recusarem-se a ouvir os falsos mestres que tentavam refutar suas convicções cristãs. 

Paulo começa a evangelização da cidade de Tessalônica a partir da sinagoga judaica reunida aos sábados. O apóstolo Paulo, na sua estratégia, usou o tempo certo, o lugar certo, e o meio certo, que foram as Escrituras. Falou a mensagem certa, ou seja, a vida, a morte e a ressurreição de Jesus, para atingir as pessoas certas, que neste caso eram os judeus e gentios piedosos. Nós também, ainda hoje, precisamos ter a percepção ao buscar os melhores meios e os melhores métodos para anunciarmos a melhor mensagem de forma simples e pura, o evangelho de Cristo em sua essência.

O apóstolo explica a eles o conteúdo do verdadeiro evange-lho, com a morte e a ressurreição (17.3). Ele explanou que Jesus é, de fato, o Messias. Não há motivo para duvidar que Paulo tenha feito um relato completo da carreira salvífica de Jesus, do início ao fim, assim precisamos ser nós, pregar e levar fielmente a Palavra de Deus aos perdidos. Pregue a Palavra, pregue Jesus Cristo. Não há evangelho sem a Cruz de Cristo, não há remissão de pecados sem o derramamento do sangue do Cordeiro de Deus.

Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui, certamente a pregação da Palavra em Tessalônica foi eficaz, o evangelho causou grande impacto na vida dos gentios. Em apenas três semanas, ouvimos falar de numerosa multidão convertida. As pessoas transformadas não apenas creram em Cristo, mas entra-

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ram para uma comunhão com seus fiéis ministros. Possivelmente, essas pessoas deixaram a sinagoga e se uniram a Paulo e a Silas na casa de Jasom. Os que são salvos devem ser batizados e discipu-lados em sua caminhada cristã. Não há crentes avulsos, somos cor-po e membros do corpo de Cristo. Estamos ligados uns aos outros.

Partindo de Tessalônica, Paulo e os demais foram para Bereia. O povo bereano tinha fome da Palavra de Deus. Paulo pregou as Escrituras e os judeus de Bereia as examinaram com dedicação. Os judeus de Tessalônica, por inveja, partem para Bereia com o intuito de alvoroçar o povo e perseguir Paulo. Mas ele sabia que sua carreira missionária seria marcada por perigos, perseguições, prisões. Ele entendia que a tribulação produzia angústia, mas mes-mo enfrentando circunstâncias tão adversas era fortalecido pelo Senhor, sabia que não estava sozinho. Sofreu prisões, açoites, ape-drejamento, fome, frio e pressão de todos os lados. Contudo, Deus o assistiu não o deixando fraquejar diante de tantas adversidades. Deus nos conhece, ele sabe tudo o que precisamos.

Rev. Rafael Jacomini

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Devocional 29/50 - Dia 11/ maioLeitura: Atos 17:16-34

O Deus verdadeiro

Os apóstolos de Jesus, ao pregarem o evangelho, costuma-vam andar em duplas. Por exemplo, Paulo andava com Barnabé, ora com Silas; ora com Timóteo, ora com Marcos. Eles se apresen-tavam como discípulos de Cristo. Ensinavam a respeito de Jesus, o Salvador que morreu e ressuscitou, e está vivo; e era desconhecido de muitos judeus e dos gentios.

Os deuses que os apóstolos confrontaram não falavam, não ouviam e não morreram pelos seus. Mas, o Deus Desconhecido de alguns, Jesus, preparou um lugar para nós, um dia vai voltar e nos levar para morar com Ele. Nenhum outro deus tem um plano assim. Cristo possui um plano de salvação para nós. Por isso, os apóstolos falavam do amor Dele, e anunciavam as “Boas Novas”. Foi em uma dessas viagens missionárias que Paulo, Silas e Timóteo estiveram em Atenas, a cidade dos filósofos. Eles não se intimidaram e cum-priram a missão que a eles fora confiada por Cristo. Agora foi a vez dos apóstolos pregarem no Areópago Grego sobre o “Deus Desco-nhecido” anunciado por Paulo. Este é o Deus verdadeiro, que nos ama de uma maneira especial.

Em João 3:16 está escrito “Porque Deus nos ama de tal manei-

ra que deu seu único filho para que todo aquele que Nele crer não

pereça mas tenha a vida eterna”. Paulo declarou o evangelho das boas novas da salvação por meio da graça de Jesus Cristo, levando as pessoas ao arrependimento de pecados. Por meio do agir do Espírito Santo um povo incrédulo, pagão, idólatra e politeísta se arrependeu dos seus atos.

Atenas era uma cidade fundada 3.000 A.C. A sua população gostava de debates filosóficos nas praças, apreciava competir com argumentos filosóficos. Além disso, havia cerca de 30.000 divinda-des espalhados pela cidade. Também havia duas correntes filosófi-cas dominantes, os “epicureus” e “estóicos” (Atos 17:17). Os epicu-

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reus eram materialistas e criam em uma evolução sem criador. Já os estoicos eram panteístas (panteísta é um adorador dos astros e da natureza que Deus criou, mas não se relacionam com o Deus que criou a natureza).

Paulo os levou a refletirem sobre a existência de Deus. Este não poderia ser representado por imagens de pedra ou metal. Deus não é uma energia num cristal, uma coisa, um símbolo. Essas coisas acabam, Deus não. Ele é infinito. Ele é eterno. Ele é o Criador de todas as coisas. Ele fala pela Bíblia, revela-se pelas coisas da criação, e nós falamos com Ele por meio da oração.

O objetivo dos apóstolos foi ANUNCIAR o REINO DE DEUS. A nossa missão também deve ser esta. JESUS deve ser a grande mensagem do evangelho. O Deus que é conhecido por nós precisa ser conhecido de outras pessoas também.

No versículo 24, Paulo leva aquele público a glorificar a Deus, leva a esperança aos gentios. No versículo 30 ele alivia a alma dos ouvintes dizendo a eles que o Deus Criador não leva em conta o tempo da “ignorância”. E, que o Deus Desconhecido desejava se relacionar com eles sem necessidade de outros deuses, agora es-tranhos, por perto. Jesus é o único caminho que nos leva a Deus.

Rev. Vilson Floriano de Souza

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Devocional 30/50 - Dia 12/ maioLeitura: Atos 18:1-28

Não estamos sozinhos

Se alguma vez Paulo tenha pensado em desistir de seu mi-nistério em Corinto, ele logo obteve a resposta na noite em que o Senhor Jesus lhe apareceu em uma visão e disse: “Não temas, mas

persiste em falar e em não ficar calado, porque eu estou contigo

e nenhum homem te assaltará para fazer-te dano; porque tenho

muitas pessoas nesta cidade”. Que visão encorajadora. Qual foi a reação de Paulo àquela visão? Lemos: “Demorou ali um ano e seis

meses, ensinando entre eles a palavra de Deus.” – Atos 18:11.Paulo talvez se tenha lembrado ao se aproximar da cadeira de

juiz, mas por que podia esperar um resultado diferente?  Depois de passar cerca de um ano em Corinto, Paulo obteve uma prova adicional do apoio do Senhor. “Os judeus levantaram-se de comum acordo contra Paulo e levaram-no perante a cadeira de juiz”. Con-siderada por alguns como uma plataforma elevada, feita de már-more azul e branco, e repleta de figuras entalhadas, a bé·ma talvez ficasse perto do centro da praça principal de Corinto.

A área em frente à bé·ma talvez fosse grande o suficiente para reunir um número considerável de pessoas. Descobertas arqueoló-gicas sugerem que a cadeira de juiz ficava a apenas alguns passos da sinagoga e, portanto, perto da casa de Tício Justo. Ao se apro-ximar da bé·ma, Paulo talvez se tenha lembrado do apedrejamento de Estevão, o primeiro mártir cristão. Na época, ele era conhecido como Saulo, havia aprovado “o assassínio dele”. (Atos 8:1) Será que algo parecido aconteceria agora com Paulo? Não, pois Jesus havia prometido: “Ninguém lhe fará mal.” — Atos 18:10.

 Os judeus lançaram a seguinte acusação contra Paulo: “Esta

pessoa, contrário à lei, conduz os homens a outra persuasão na

adoração de Deus.” (Atos 18:13) Os judeus deram a entender que Paulo estava convertendo pessoas ilegalmente. Mas Gálio viu que ele não havia cometido nenhuma “injustiça” e que não era culpado

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de nenhum “ato iníquo”. Gálio não tinha a menor intenção de se envolver nas controvérsias dos judeus. Tanto é que, antes mesmo que Paulo pudesse dizer qualquer coisa em sua defesa, Gálio deu o caso por encerrado.

Os acusadores ficaram com raiva e a descarregaram em Sós-tenes, que talvez tivesse substituído Crispo como presidente da sinagoga. Eles agarraram Sóstenes “e espancaram-no na frente da cadeira de juiz”. — Atos 18:17. Gálio talvez achasse que Sóstenes fosse o líder da turba que se virou contra Paulo e que, portanto, estava tendo o que merecia. Em sua primeira carta a Corinto, escri-ta anos mais tarde, Paulo referiu-se a certo Sóstenes como irmão (1 Cor. 1:1, 2). Será que esse era o mesmo Sóstenes que havia sido espancado em Corinto? Em caso afirmativo, aquela experiência dolorosa talvez tenha ajudado Sóstenes a aceitar o cristianismo.

 Devemos lembrar de que foi depois de os judeus terem re-jeitado a pregação de Paulo que o Senhor Jesus lhe garantiu: “Não temas, mas persiste em falar e em não ficar calado, porque eu estou contigo.” (Atos 18:9, 10). É muito importante termos essas palavras em mente, especialmente quando nossa mensagem não é aceita. Nunca se esqueça de que Deus é por nós e não estamos sozinhos.

Rev. Vilson Floriano de Souza

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Devocional 31/50 - Dia 13/ maioLeitura: Atos 19:1-20

Devemos engradecer onome do Senhor todos os dias

Essa passagem do livro de Atos fala da vida cristã que começa na cidade de Éfeso. Era uma cidade importante – centro religioso, político e comercial. Paulo aproveita deste ambiente multicultural para fundar a igreja cristã na cidade.

Este capítulo fala dos milagres que Paulo fazia. Bastava, por exemplo, que sobre os enfermos se aplicassem lenços e aventais que houvessem tocado seu corpo: afastavam-se deles as doenças e os espíritos maus saíam. Havia alguns que, como Paulo, invoca-vam o nome do Senhor Jesus sobre pessoas doentes, esperando curá-las. Contudo, o resultado era negativo: eram conquistados pelos espíritos maus que tentavam expulsar!

Os milagres são frutos da fé e não de palavras mágicas! Quan-do acontecem, são obras de Deus, que age por meio de pessoas de fé, com profundas experiências religiosas. São sinais divinos e não obras mágicas! Um charlatão não pode ser instrumento de milagres, um homem de fé sim. Deus tem nos abençoado para ser-mos instrumentos de milagres nas mãos Dele.

Jesus disse que tínhamos que aprender com Ele, pois Ele é manso e humilde de coração (Mateus 11:29). Diante das autorida-des, Ele não ousou se revoltar e foi conduzido ao matadouro como ovelha muda. Deus disse que ninguém deve se gloriar a si mesmo. Devemos nos gloriar de conhecer a Deus e servi-lo, porque Ele é o criador e dono de todas as coisas, o Todo Poderoso. Deus nos ensina na palavra a não sermos sábios aos nossos próprios olhos.

Exaltar a Deus significa colocá-lo em um lugar alto, de respei-to em nossas vidas. Quando exaltamos a Deus, reconhecemos que Ele está acima de todas as coisas e é nosso rei. Temos muitos moti-vos para exaltar a Deus. Ele nos criou, nos ama e cuida de nós. Suas obras são maravilhosas! Quando nos lembramos de quem Deus é e

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proclamamos tudo que Ele fez, estamos exaltando a Deus.Algo que precisamos levar em consideração é a finalidade do

milagre. O milagre não é um fim em si mesmo, mas um meio para que o nome de Cristo seja glorificado, e pessoas que ainda não creem em Jesus, possam crer. A espiritualidade, cuja intenção é enfatizar apenas a cura divina, sem arrependimento de pecados, fé e conversão, não representa a totalidade do evangelho. O evan-gelho, antes de ser uma expressão de cura física, é expressão de cura do coração, da alma sarada, de pecados perdoados, e paz na consciência. Cremos no milagre e sabemos que Deus usa homens e mulheres para curarem em nome d’Ele, todavia, a fé em Jesus deve ser preservada até mesmo se nenhum milagre acontecer.

Não somos daqueles que dizem “preciso ver para crer”, mas somos bem aventurados, que sem ver, cremos, e iremos crer até o fim. Há um tipo de espiritualidade presente na pós-modernidade, cuja intenção é oferecer milagres e curas como um produto a ser comprado diariamente, e isso não é certo. Milagres não são ven-didos e não somos os responsáveis por realizá-los. É a unção de Deus em nós que os produzem, e Ele opera quando e como Ele quer.

Nós cremos em milagres, e vamos orar para as pessoas serem curadas, porém, Deus é soberano em tudo!

Rev. Vilson Floriano de Souza

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Devocional 32/50 - Dia 14/ maioLeitura: Atos 19:21-41

Tomar decisões paracumprir a vontade de Deus

Paulo era guiado pelo Espírito Santo. O homem é responsável pelos seus atos. O cristão precisa ser cheio do Espírito Santo para que suas ações sejam direcionadas por Deus (Atos 13: 9)

Paulo não sabia, mas a decisão de ir a Jerusalém vinha da parte de Deus. O Espírito Santo colocou no seu coração o desejo de ir a Jerusalém. O homem pode realizar a sua vontade: “decidir e mudar a decisão a hora que quiser; principalmente o desejo da carne”, mas quando o desejo é da parte do Espírito Santo ninguém muda. Por isso é importante ser cheio Espírito Santo (Ef 5: 18). Pois somente cheio do Espírito Santo nós vamos entender a vontade e o tempo do Senhor.

Na decisão de ir a Jerusalém, Paulo resolveu também visitar a igreja da Macedônia e as igrejas da Acaia. No seu espírito não só tinha desejo que vinha do Espírito Santo, mas também de sua alma (Pv 16:1). A alma de Paulo desejava visitar e pregar em Roma, mas o plano do Senhor com Paulo em Roma era outro (Atos 23:11). Pau-lo iria pregar em Roma, mas não como visita. As cartas escritas por Paulo atravessou o tempo e chegou a cada um de nós, revelando que o Espírito Santo nos leva a cumprir a vontade de Deus.

Precisamos nos relacionar com o Espírito Santo e crer que Ele nos conduzirá pelo melhor caminho. Não importa a circunstância ou o problema, o Espírito Santo nos direcionará no caminho certo. Espírito Santo está no corpo (igreja). Se você não consegue se re-lacionar com outros membros do corpo, você não vai conseguir se relacionar corretamente com o Espírito Santo.

Por este tempo, houve um grande tumulto por causa dos que seguiam a Jesus. Paulo estava em sua terceira viagem missionária. Nesse tempo, ele era conhecido como o líder de um grupo chama-do “Os do Caminho”. Naqueles dias, aqueles que eram do Caminho

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causavam tumulto. O Caminho é Jesus. Nesta época, existiam muitos que se chamavam deuses, Pau-

lo, orientado pelo Espírito Santo, descreve Deus como “Deus des-

conhecido”, e enfatiza que Jesus como filho de Deus está entre muitos desses deuses “caminhos”, mas Ele é o único Caminho que leva a Deus (Jo 14: 6)

Jesus é a única opção que temos nesta vida. Não encontra-remos uma palavra amiga na internet, na televisão, no rádio, na conversa de rua, na faculdade, nos livros, em qualquer outro lugar, sempre ficará um vazio. Mas o Espírito Santo revela que Jesus con-tinua sendo a melhor opção.

Jesus foi para o Pai e deixou o Espírito Santo para nos conso-lar e dar esperança na vida e na morte (Rm. 8:38-39). Ele Ressus-citou da morte, por isso há Esperança!

Rev. Vilson Floriano de Souza

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Devocional 33/50 - Dia 15/ maioLeitura: Atos 20:1-16

Fé que encoraja

Quando olhamos para a vida de Paulo, vemos um homem que, humanamente falando, teria todos os motivos para desani-mar em sua caminhada de fé. Ele foi um exemplo de regeneração, abdicação e perseverança. Em todo tempo permaneceu focado em apresentar e testemunhar a Cristo Jesus. Esse era sem dúvida o seu maior valor. A salvação que recebera em Cristo, tornou-se sua existência, não se importando com os obstáculos, dificuldades, perseguições que sofria. O seu alvo era sempre o mesmo: Compar-tilhar, ensinar e pregar as Boas Novas.

Quantas vezes, por ver nossos planos frustrados, desejos não realizados, nos entristecemos, queremos abandonar nossa fé, nossos esforços. Ficamos presos aos fracassos muito mais que na esperança. Assim como o Apóstolo Paulo não se prendia às cir-cunstancias que vivia, e hoje é um grande modelo de fé para todos nós, estamos sendo observados em nosso comportamento.

Estamos vivendo em um tempo em que recebemos muitas informações. A qualidade de vida tem sido buscada. Há uma fome por conquistar a felicidade, muitas vezes sem observar o caminho que está sendo traçado. Buscar a felicidade tornou-se quase um direito pessoal. Tudo isso é positivo, desde que tenha respaldo na Palavra de Deus, caso contrário, estaremos andando em volta, sem chegar a lugar algum.

De que maneira temos agido quando estamos diante dos desafios dessa vida terrena? Nossos cônjuges, nossos filhos, nossa parentela, nossos vizinhos, nossos colegas de trabalho, têm testifi-cado em nós uma fé viva, apesar das oposições? Esse é um grande segredo para atrairmos pessoas a Cristo! Com certeza, essa fé pre-enchia o coração do Apóstolo Paulo. Essa fé não só o sustentava, mas encorajava as pessoas à sua volta. Sua intensa comunhão com o Senhor o capacitava a instruir e a fortalecer os seus discípulos.

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Sua fé era ousada, sem limites. A Palavra de Deus declara que por ocasião da longa exposição do evangelho por Paulo, um jovem caiu da janela e faleceu. Isso não constrangeu o Apóstolo que vai até o rapaz, abraçou-o e declarou-o vivo. Não está regis-trado qualquer pânico, desespero, ou alvoroço, o que encontramos é que depois disso, a pregação continua até o amanhecer do dia.

Que essa seja a nossa meta. Que o nosso coração permita ser guiado e transformado pelo Senhor, desejando uma fé convicta e encorajadora!

Miss. Marlene Rocha Molina

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Devocional 34/50 - Dia 16/ maioLeitura: Atos 20:17-38

Um coração abnegado

Estamos diante de um grande líder, mas, sem dúvida, um ex-celente discípulo, um autêntico cristão! Sua intimidade com o Espí-rito Santo testifica que os seus dias não seriam bons. Havia tribula-ções aguardando pelo Apóstolo Paulo, e até mesmo estava sendo preparado para nunca mais voltar a ver os amigos daquele lugar. Mesmo assim, seu coração continuou firmado, olhando para o alvo, e se dedicando à obra pela qual o Senhor o chamara. Seu coração estava totalmente abdicado de suas vontades e convicto de que havia cumprido sua missão para com todos que estivera em seu caminho. Sentia-se pleno, e seu desejo era ir até o fim proclaman-do o evangelho e testemunhando da graça de Deus.

O Apóstolo Paulo aproveita o tempo que lhe resta com seus amigos de Ministério, instruindo-os para que se tornem vigilantes contra os homens maus que distorcem a verdade para atrair pes-soas a se afastarem do evangelho; para que não sejam cobiçosos, desejando o que é do outro; a terem um coração doador para com os necessitados. Por fim, colocam-se de joelhos, oram e choram diante da realidade prevista à separação que sofreriam, sem retor-no.

Que grandes lições podemos contemplar na vida desse servo de Deus. Muitas vezes temos a tendência de acharmos que esses homens da Bíblia tinham algo de especial e, por isso, dedicavam--se de modo especial provocando tais exemplos para os cristãos vindouros. Na verdade, queremos desculpas para dizermos a nós mesmos o quanto deixamos de nos entregar, de vivenciar de fato a nova vida que Cristo nos oferece. Mantemos um padrão raso, qua-se superficial de relacionamento com Cristo e nos acomodamos com isso.

Amados e Amadas, temos necessidade de avançar sem medo, sem reservas, de mergulhar nas águas do Espírito e confiar que

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o caminho já está traçado. Deus já preparou a sua história! Ainda que enfrente desafios gigantes, inesperados, se confiar, o Senhor o levará a contemplar os seus feitos e o levantará como um ins-trumento de louvor na terra. Ele honrará, saciará e mostrará sua fidelidade.

Devemos abandonar as reclamações e murmurações que nos fazem agir como crianças mimadas, egoístas, e nos dedicarmos in-teiramente a uma vida de piedade, amando os perdidos, ensinando e testificando do que esse tão grande Amor de Deus, revelado em Cristo Jesus, é capaz de fazer, se tão simplesmente crermos.

Quando estamos determinados a fazer do jeito de Deus, custe o que custar, Deus se levanta para interferir, e seja para a vida ou seja para a morte, você estará seguro! Creia!

Miss. Marlene Rocha Molina

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Devocional 35/50 - Dia 17/ maioLeitura: Atos 21:1-16

Sustentado por obedecer a Deus

A Palavra de Deus nos diz que o Senhor nada fará sem antes revelar aos seus servos, os profetas (Amós 3:7). Vemos claramen-te neste texto essa verdade se apresentando na vida do Apósto-lo Paulo. O tempo todo, Deus levantando seus servos e servas, e, compartilhando da palavra de conhecimento de Deus sobre o que haveria de vir sobre a vida do homem de Deus.

As revelações não eram nada agradáveis, nem diferentes. To-das testificavam que haveria lutas, perseguições e prisões aguar-dando pelo servo de Deus. Mas Paulo, cheio da Graça que o sus-tentava, não se perturbava com isso, pelo contrário, se alegrava em padecer ou sofrer por amor a Cristo.

Creio que precisamos retomar nossa postura de verdadeiros servos de Cristo. Por muito pouco, por uma simples negativa ao fa-larmos do amor de Cristo a alguém, nos sentimos feridos em nos-so orgulho próprio, e abandonamos a missão. Achamos que não devemos misturar religião com amizades, nos acovardamos, nos afastamos dos objetivos e como desculpas dizemos que, melhor é manter a paz com todos.

Quantas vezes, o Espírito Santo nos chama a visitar uma pes-soa, uma família. Dar um telefonema a alguém, somar na vida de alguém em momentos de dificuldade, mas somos impedidos por pré-conceitos, vergonha, orgulho, medo de sermos contrariados. Enquanto isso, a obra de Deus caminha em passos lentos. Até quando vamos permanecer vivos?

O Apóstolo Paulo entendeu muito bem sobre quem ele já não era. Ele diz em Gálatas 2:20: “Assim já não sou eu quem vive, mas Cristo é quem vive em mim. E essa vida que vivo agora, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se deu a si mesmo por mim”. Ele já não existia. Tudo que ele sofria ou vivia, considerava para Cristo, por isso se alegrava. Tudo podia vencer pois vencia

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com Cristo.Ah, quanto precisamos alcançar esse nível de entendimento

para podermos nos entregar nessa dimensão! Como a igreja de Cristo seria diferente, se tão simplesmente buscássemos esse lu-gar! O mundo olharia para nós e correria ao nosso encontro para conhecer Aquele que em nós habita.

Mas, ainda há tempo, enquanto o Espírito Santo está habitan-do em nosso coração, há chance de nos deixarmos levar por Ele, ouvindo a Sua voz e provarmos da singularidade que é viver para Cristo.

Precisamos desejar e deixar morrer o nosso eu, a fim de que Cristo apareça e Reine! Se o Apóstolo Paulo viveu nessa dimensão, conseguiremos viver também!

Miss. Marlene Rocha Molina

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Devocional 36/50 - Dia 18/ maioLeitura: Atos 21:17-40

Disponibilidade do servo

Até onde pode chegar a disponibilidade do servo para ser aceito? Mais uma vez ficamos impressionados com a abdicação do Apóstolo Paulo, quando se submete a algo que em seu entendi-mento, já não fazia parte de seus valores.

A partir do momento que reconhecemos a Obra da Cruz como Redenção, Perdão, Salvação e Libertação, já não há necessidade de se submeter a nenhum sacrifício. Todo sacrifício fora feito por Cristo Jesus em nosso lugar.

Mesmo o Apóstolo Paulo crendo nessa verdade, sujeita-se a passar pelo ritual da purificação, para juntar-se ao entendimento daquele povo e alcançar um lugar, com o fim de que a obra de Deus não parasse. No entanto, quando ainda estava no prazo da purificação (sete dias), uma multidão alvoroça-se contra ele, arras-ta-o para fora do templo e tentam matá-lo.

Queridos irmãos, até onde devemos investir nosso caminhar com uma pessoa, ou um grupo de pessoas, quem sabe famílias, colegas de trabalho, vizinhos, pessoas com muito dinheiro e muita cultura, ou pessoas simples? Qual o preço que pagamos para al-cançarmos essa pessoa a Cristo? Temos buscado exercitar a Sobe-rania do Espírito Santo para governar nossas atitudes e nos fazer compreensíveis ao coração das pessoas?

Mesmo tendo sido avisado pelo Espírito Santo que passaria por tribulações (Atos 20), Paulo não deixou de contribuir, na opor-tunidade que teve, em mostrar que a sua essência em tudo era apresentar as virtudes de seu Mestre. Seu alvo era glorificá-lo. Não importou com o tamanho do esforço que teve que fazer, o que importava era continuar proclamando e testemunhando a Cristo!

Como temos agido quando de antemão sabemos a intenção de nossos inimigos? Nos afastamos, nos armamos, ou vamos nos fazer de tolos para confundir os tolos até que chegue a providên-

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cia Divina?Sim, o Senhor não falhará! Mais cedo do que imaginamos, Ele

se levantará, como um Pai para defender seus filhos, ou simples-mente para se revelar aos seus filhos. Nem sempre o que o Pai nos diz é bom, mas, com certeza, seja o que for que venhamos a en-frentar, Ele ficará conosco. Não somos filhos bastardos. Certamen-te Sua presença e Seu amor fará parte da nossa história.

Devemos confiar que o Deus ao qual servimos é o Deus que tudo vê. Ele não está alienado às nossas lutas e provações.

Façamos a nossa parte e aguardemos a manifestação do nos-so Senhor e Salvador!

Miss. Marlene Rocha Molina

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Devocional 37/50 - Dia 19/ maioLeitura: Atos 22:1-21

A soberania de Deusna transformação de uma pessoa

Neste texto, encontramos o apóstolo Paulo descrevendo a sua própria história antes da conversão, a sua experiência neste pro-cesso de mudança, o projeto de Deus em sua nova vida e suas lutas interiores em obedecer a Deus em relação a sua missão aos gentios. A defesa de Paulo, como já conhecemos, transmite inúme-ras lições para nós.

Quem era Paulo, ou melhor, Saulo de Tarso? Era um homem extremamente capacitado, instruído aos pés de Gamaliel foi um doutor da Lei que ocupava uma posição importante como mem-bro do Sinédrio, Paulo foi alguém educado para ser um rabino, o seu zelo era tão extremo que perseguia aos cristãos incansavel-mente. Ao pensar sobre este pano de fundo, fico profundamente maravilhado e estarrecido pela veracidade da transformação na vida desse homem.

Todos nós temos a nossa experiência e história de conver-são, por isso oramos pelas pessoas, do nosso convívio e até fora, para que elas tenham as escamas dos olhos retiradas e conheçam de fato este Deus Soberano que é Amor incondicional. Ficamos ansiosos e preocupados se, aqueles que são alvos de nossas in-tercessões irão de fato render-se a Cristo Jesus. Em algumas oca-siões, achamos que pelo muito falar, uma pessoa poderá alcançar a salvação, tendo acesso às verdades eternas. Na realidade, nosso evangelismo a estas pessoas deve ser em testemunho de vida e oração.

Nosso texto ensina que quando Deus quer fazer algo em al-guém, não importa quem seja, sua condição acadêmica ou social, Ele age e pronto, simples assim. Paulo não procurou Jesus, o pró-prio Cristo foi ao seu encontro. É claro que Deus já tinha um motivo

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para este encontro (Atos 9:16), aquele que ferozmente perseguiu os cristãos, agora deveria, em defesa da fé, sofrer, provando a au-tenticidade de sua conversão e a veracidade do cristianismo.

Toda iniciativa de salvação vem de Deus. Jamais alguém con-seguirá pelo seu próprio esforço chegar-se a Deus, por isso as sa-gradas escrituras nos ensinam que: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus;” (Efésios 2:8). A Salvação é um Dom irrevogável de Deus (Romanos 11:29). Paulo estava indo para Damasco para prender os cristãos, quando foi derrubado por Jesus. Uma luz ofuscou seus olhos a ponto de deixá--lo cego. Este é o processo.

Aquele que é alcançado pelo Logos eterno encarnado, Je-sus, é impactado pelo poder de Deus tendo sua vida radicalmente mudada. Todos aqueles que vivem o inchaço do orgulho farisaico serão derrubados por terra para ouvir a voz de Cristo, tendo suas mentes cativas, numa atitude de obediência à fé, humilhando-se voluntariamente a este tão grande Amor.

Mesmo em meio a uma multidão insana, a defesa de Paulo ecoou como um testemunho do Poder de um Deus Soberano que o transformou e o usou como um proclamador das boas novas. Para Deus, não existe coisa impossível. Creia n’Ele, descanse n’Ele e certamente Deus completará a boa obra que Ele começou.

Rev. André Torres

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Devocional 38/50 - Dia 20/ maioLeitura: Atos 22:22-30

Coragem

Quando o apóstolo Paulo menciona “gentios” e fala sobre sua comissão de anunciar o evangelho a eles, os judeus que o ouviam gritaram: “Tire tal homem da terra, porque não convém que ele viva!” (vs. 22). O Chamado de Paulo era específico, pregar as boas novas aos gentios e não aos judeus a quem o Messias pertencia, essa declaração ultrapassava tudo quanto os judeus podiam rece-ber, jamais haviam ouvido isso nas sinagogas, por isso ficaram tão irados com esta ideia de que o Messias anunciado por Paulo era o “odiado” Jesus. Adam Clarke, um teólogo britânico do século XVII, disse que quando os Judeus entenderam que Deus os rejeitara e que em lugar deles chamariam os gentios como seu povo peculiar, isso tornou-se difícil demais para suportarem. Eu e você seremos usados por Deus para coisas extraordinárias, e que quase sempre exigirá de nós resiliência. No caso de Paulo, temos aqui um homem transformado, enfrentando flagelos por amor a Cristo. Certamente isso irá acontecer com todos os discípulos e discípulas de Jesus.

As verdades mencionadas por Paulo são tão impactantes que o oficial romano o livra da multidão ensandecida, porém curioso, aplica-lhe açoites para descobrir o porquê as pessoas estavam as-sim. Mesmo sabendo que tudo isso poderia acontecer com ele, o apóstolo aproveita cada oportunidade, cada sofrimento para ar-mar o palco onde a verdade eterna seria proclamada através da ressurreição de Cristo. Com isso, Paulo queria atingir a nação gen-tílica mais poderosa da época. Os romanos, por serem gentios, não poderiam entrar no templo, por isso o local de toda esta epopeia foi a Torre de Antônia, local escolhido por Paulo para ser julgado pelo sinédrio. Além disso, nessa época do ano, todos os membros do concílio estavam presentes em Jerusalém por causa da festa do Pentecoste.

Até neste ponto, vemos a ousadia e a perspicácia na procla-

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mação de Paulo. Deus está à procura de homens e mulheres que, ao receberem o chamado, vão até as últimas consequências por amor a Cristo. Esta porção bíblica épica me faz pensar nas possibi-lidades infinitas (por que não dizer eternas) em usar seus eleitos e eleitas na edificação do Reino de Deus.

Alguns colherão ministérios medianos por não discernirem o tempo de Deus para uma determinada situação. Deus em sua onis-ciência levantará outros para que Sua obra seja executada. Exami-ne-se a você mesmo e responda: Até que ponto quero participar da edificação do Reino de Deus? Muitos encontram--se escondi-dos em suas zonas de conforto, apoiados de suas conquistas fi-nanceiras, administrando as situações de uma forma que não lhes custe nada. Me perdoe a franqueza!

Ao ler sobre este episódio descrito pelo evangelista Lucas, percebo que Paulo, de fato, sentiu na pele, gastando a sua vida, expondo-se por amor àquele que o resgatou das trevas para sua maravilhosa luz. (Colossenses 1:13). Seja por meio de uma célula, um testemunho, na empresa ou em qualquer lugar, aprenda a apro-veitar todas as oportunidades. Peça ao Espírito Santo sabedoria, estratégias, permitindo que Deus o use ou a use para Sua Glória.

Rev. André Torres

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Devocional 39/50 - Dia 21/ maioLeitura: Atos 23:1-25

Eu tenho um chamado

Com toda boa consciência. É assim que Paulo apresenta a sua defesa expondo suas ações e nova fé aos eminentes Juízes de Is-rael. Essa fé em Cristo produzia inúmeras tribulações para o apos-tolo, porém não o intimidava em nada. Consciência era a expres-são favorita de Paulo que empregava este vocábulo para indicar a percepção íntima que nos capacita saber quando agimos certo ou errado (Romanos 2:15). Sua vida não era mais pautada pelas cir-cunstâncias terrenas, após a transformação, sua conduta não era mais egoísta e materialista, ele sempre levava em conta a vontade de Deus.

Cada um de nós, a exemplo do apóstolo Paulo, devemos pe-dir a Deus, por meio do enchimento do Espírito Santo uma boa consciência. Paz com Deus, mesmo correndo risco de morte. Dian-te de um cenário desfavorável para Paulo, humanamente falando (vss.3 – 9), no vs. 10 uma baderna se generalizou entre os juízes presentes, sem motivos e sem qualquer propósito definido como também havia acontecido com a multidão. Imediatamente, Claudio Lísias, comandante romano providenciou a retirada de Paulo enca-minhando-o para a fortaleza. As Escrituras Sagradas nos mostram muitos servos de Deus sendo ajudados pelo próprio a Deus por meio de visões e experiências sobrenaturais.

Não foi diferente com Paulo, no vs. 11, o Senhor diz para ele ter

bom ânimo, uma ajuda e tanto! Deus nos fornece o equipamento espiritual necessário (2 Coríntios 10: 4-5) para darmos continuação à nossa vida, para buscarmos a realização dos nossos alvos e até mesmo para aprendermos as lições que necessitamos para o de-senvolvimento do nosso homem interior (Efésios 3:16). Tudo isso nos leva estar em conformidade com Cristo que é o grande alvo da existência humana. Às vezes passamos por momentos tão difí-ceis que temos a certeza de que não iremos conseguir transpor as

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dificuldades, é nesse momento que recebemos ajuda divina para fortalecimento da nossa fé.

Esta visitação extraordinária na vida do apóstolo, dava garan-tias de que o seu desejo de ir para Roma se cumpriria e que os judeus não poderiam lhe fazer mal algum.

Quando temos esta convicção de que o Senhor está ao nosso lado, o milagre da renovação das forças espirituais se desenvolve em nosso interior, somos tomados de uma coragem sobrenatural para ir em lugares onde nunca fomos, para falarmos as boas novas a pessoas que nunca iriamos imaginar. Ao lermos a história de Pau-lo, sentimos, cada vez maior a intensidade da presença de Deus ao seu lado por meio de todos os perigos, não para salvá-lo “do” peri-go, mas para salvá-lo “no” perigo. Essa era a única modalidade de segurança que Paulo esperava, a segurança que o fazia atravessar espiritualmente os perigos com coragem.

. Quem não o conhecia poderia pensar que sua vida era um desastre e que de certa forma, inconscientemente estava tendo “sorte”, na realidade, é que o Senhor simplesmente sempre estava ao lado dele. Deus está sempre ao seu lado! Esta porção bíblica nos ensina que existem situações em nossa vida são decretos divi-nos, produzidos simplesmente pela vontade de Deus e que influen-ciam diretamente nosso destino. Seja encorajado (a) pelo Senhor!

Rev. André Torres

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Devocional 40/50 - Dia 22/ maioLeitura: Atos 23:26-35

O cuidado de Deus

Paulo tinha um destino a cumprir, nada poderia ser bem su-cedido contra ele enquanto tal destino não fosse finalizado. Todos nós que fomos alcançados pela salvação em Cristo Jesus estamos protegidos por Deus.

O que nos garante o sucesso no cumprimento da missão é es-tar mergulhado na Graça de Cristo Jesus. Todos os corações estão na mão de Deus, e são abençoados os que depositam sua confian-ça n’Ele e lhes entregam seus caminhos. Deus tem o controle da história em Suas mãos. Mesmo que todos os detalhes circunstan-ciais de Paulo fossem negativos, o apóstolo descansava na Provi-dência de Deus!

Não encontramos a palavra Providência na Bíblia, porém, esta palavra é usada para o ensinamento bíblico de que Deus é o Gover-nador sempre presente na criação. A palavra prover é encontrada na palavra providência e não se refere somente à provisão, mas ao controle, à direção. Significa que nada acontece por acontecer. Foi assim na história do apóstolo Paulo, é assim na sua vida, você crê?

Outro aspecto do cuidado (providência) de Deus é a preser-vação. No vs. 35 do nosso texto, Paulo estava detido no pretório de Herodes, residência oficial dos governadores romanos, uma for-taleza. Paulo estava sob a “custódia militar” e foi neste tempo que ele encontrou algum tempo para descansar e entregar-se à oração, livre dos seus inimigos.

A provisão é o cuidado de Deus no dia-a-dia; são aquelas coi-sas que precisamos no dia-a-dia, seja do ponto de vista material, emocional ou espiritual. Esta provisão é a manutenção diária, na maioria das vezes, acontece de uma forma direta, precisamos ter convicção absoluta de que tudo acontece pela vontade e para a vontade de Deus. Filipenses 4.19 – E meu Deus, segundo a Sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vos-

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sas necessidades. Na humilhação, na honra, na fartura, na fome, na abundância, na escassez, Deus nos fortalece em toda e qualquer situação como podemos ver no Salmo 121. É uma proteção contí-nua.

Em Mateus 6.26 somos ensinados que Deus cuida de nós e considera que temos muito mais valor do que a criação de modo geral. Esse cuidado diuturno devotado a nós pelo Senhor Deus deveria ser mais bem valorizado. Esse cuidado deve ser um fa-tor motivador para a vida humana, e fundamental para derrotar a ansiedade. Em outras palavras, a ansiedade é desnecessária por causa do nosso Pai. Como filhos que conhecem a seu Pai, e sabem não só do que ele é capaz, mas de suas boas intenções para co-nosco, filhos de Deus, deveríamos desenvolver a mesma confiante tranquilidade das aves.

A confiança plena em nosso Pai celestial dissipa a ansiedade. Quanto mais O conhecemos, mais confiamos Nele. Se o seu con-ceito de Deus está correto e você o vê como seu Possuidor, Con-trolador e Provedor, e, além disso, seu Pai amoroso. Você sabe que não tem nada com que se preocupar (Mt 7.9-11). É nesta confiança que Paulo está alicerçado.

Observe as numerosas evidências ao seu redor do cuidado abundante de Deus para com você. Com amor!

Rev. André Torres

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Devocional 41/50 - Dia 23/ maioLeitura: Atos 24:1-9

Perseguidos por uma justa causa

Paulo está preso, após chegar em Jerusalém, acusado den-tre outras coisas de profanar o templo, permitindo a entrada de gentios naquele local. A maldade e as mentiras contra o Apóstolo eram tamanhas, que para ser condenado por crimes que nunca co-meteu, tiveram a ousadia de levarem consigo um certo orador por nome Tértulo, de fala persuasiva, que acusa o Apóstolo de forma veemente diante do Governador Félix.

Sabemos que durante nossa caminhada na vida cristã, as agruras e tribulações parecem vir no pacote. Seguir a Jesus como um fiel discípulo e propagar o Evangelho acaba por nos tornar alvos perseguidos por aqueles que não querem que os valores do Reino de Deus sejam disseminados no seio da sociedade.

O próprio Jesus passou por isso de forma intensa durante todo seu ministério entre os religiosos de sua época. Ele mesmo nos alerta sobre isso quando diz: “No mundo tereis aflições. Jo 16:33b” Dietrich Bonhoeffer, em seu clássico livro intitulado Disci-pulado, nos ensina da seguinte forma: “aqueles que seguem a Je-

sus se distinguirão do mundo no modo de julgar e agir; serão, por

isso, hóspedes indesejáveis. Por causa da justiça, os discípulos se-

rão perseguidos. Em lugar de reconhecimento pela palavra e obra

que realizarão no mundo, receberão apenas rejeição.”No mundo moderno, os relatos são frequentes. Vez por outra

recebemos em grupos de aplicativos e em redes sociais, fotos e vídeos, em que cristãos são humilhados, expostos ao ridículo e até mesmo assassinados de forma covarde por aqueles que querem praticar a justiça e o agir de acordo com as tradições fundamen-talistas de suas crenças que estão na contramão do que se é ensi-nado no Evangelho. Por fim, como legítimos discípulos de Cristo, entendemos que o sofrimento tem sido por uma justa causa. O próprio Jesus declarou que serão bem-aventurados aqueles que

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são perseguidos por causa da justiça e por amor do seu nome. Se em nossa vida cristã não estamos nos deparando com aqueles que nos afrontam e de forma injusta promovem dissensões contra os filhos Deus, assim como sofreu o Apóstolo Paulo, algo de errado tem com a fé que temos professado e o evangelho que temos pre-gado e vivido.

A vida cristã é, foi e sempre será envolta de desafios e dos momentos de dificuldade, ninguém está imune, nem os apóstolos e pais da Igreja estiveram e nem nós estaremos, isso resultará sem-pre na perseverança que por fim resultará numa fé genuína e forti-ficada para mantermos nossos olhos sempre adiante. Perseguidos, porém, não desamparados, sigamos firmes e focados no propósito de levar o Evangelho para que em breve possamos desfrutar de presença perene do Salvador do Mundo, Jesus Cristo!

Rev. Fábio Roberto Zambrin

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Devocional 42/50 - Dia 24/ maioLeitura: Atos 24:10-27

Perfeitos e perfeitamente aptos

Diante das acusações injustamente sofridas pelo Apóstolo por parte de Tértulo e da comitiva que o acompanhava, Paulo agora recebe do Governador Félix, que lhe faz um sinal para que falasse o direito de se defender do que estava sendo acusado. Com poucas palavras e salientando fatos recentemente ocorridos, ele refuta os argumentos de sua acusação e evoca sua fé no Deus que servia e sua crença em tudo que estaria de acordo com a lei e os escritos dos profetas.

Falar de convicções de fé e dos pilares do cristianismo, sem salientar o que representa as Sagradas Escrituras, é como tentar segurar um bocado de água com as próprias mãos. Em questão de segundos, qualquer esforço feito se esvai pelo vão dos dedos dei-xando-nos vazios e completamente vulneráveis. A Confissão de Fé

de Westminster demonstra essa suma importância para o cristia-nismo, quando revela o valor que representa as Escrituras: trata-se da ÚNICA REGRA DE FÉ E PRÁTICA. Há verdades inerentes que acentuam ainda mais a importância desse livro para os cristãos, são eles: infalibilidade, suficiência e inerrância. Em outras palavras, as Escrituras jamais falharão, elas não contêm erro de qualquer natureza e são suficientes, sendo assim, não necessitam que se tire ou acrescente absolutamente nada em seu conteúdo.

A Bíblia não “contém” a Palavra de Deus, como creem alguns que se deixaram levar pelos ventos do liberalismo teológico, ela é única e exclusivamente o modo pelo qual o Senhor falou, fala e falará aos seus filhos, desde agora até à eternidade.

Paulo havia sido muito bem instruído por Gamaliel, um dos Mestres de sua época, e conhecia profundamente a lei e os profe-tas, em suas 13 epístolas espalhadas pelos 27 livros que compõem o Novo Testamento, isso é enfatizado por ele frequentemente, isso é percebido com facilidade em todos os seus escritos, como na

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carta endereçada a Timóteo, na qual diz: “Toda Escritura é inspi-

rada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a cor-

reção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus

seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra. II Tm 3:14-17.”

A vida cristã prática e saudável tem em seu bojo inúmeros afazeres, dentre eles destacam-se a prática da leitura e da medita-ção nas Escrituras. Comumente percebemos a falta de zelo nessa prática para os cristãos da modernidade.

A Igreja do século XXI precisa criar o apreço e a dedicação pelo estudo das sagradas letras. Seguindo o exemplo do Apóstolo Paulo, devemos nos exercitar com esmero nesse labor a fim de que essas palavras produzam homens perfeitos e perfeitamente aptos para tudo que o Mestre os deixou incumbidos. “Examinai as Escri-

turas, por que julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que

testificam de mim. Jo 5:39.”

Rev. Fábio Roberto Zambrin

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Devocional 43/50 - Dia 25/ maioLeitura: Atos 25:1-12

Sabedoria e prudência

Dois anos depois, o Governador já havia mudado, antes era Félix, agora é Pórcio Festo, que para manter o apoio dos judeus, atendendo aos interesses daqueles que queriam ver o Apóstolo em apuros, o manteve encarcerado. E trazendo Paulo à sua pre-sença, agora propõe a ele que fosse enviado a Jerusalém para que lá fosse julgado. Esse desejo do governador é mencionado no Vs 3, no qual fica clara a intenção dos judeus de armar emboscada a fim de ceifarem a vida do Apóstolo.

As acusações contra Paulo eram gravíssimas, embora fossem todas falsas, eram dignas de morte quando havia a condenação do culpado pelo Império Romano (Governador). E no texto supra-mencionado, vemos que o Apóstolo estava de consciência limpa e se fosse para morrer, estaria também preparado. Vale destacar aqui a prudência de Paulo, sabendo que em Atos 23:11, Paulo está na fortaleza de Jerusalém quando o Senhor aparece para ele e diz: “Coragem! Pois do modo que deste testemunho a meu respeito em

Jerusalém, assim importa que também o faças em Roma.” Paulo poderia, enquanto lhe fora proposto, ser julgado em Je-

rusalém, desdenhar do Governador dizendo: “Deus disse que vou dar testemunho em Roma, então pode me mandar para onde qui-ser, pois ninguém pode me matar, se Deus já disse que estarei em Roma!”.Mas Paulo não agiu assim.

O fato de Deus prometer proteger alguém não deve tirar des-se a prudência. Quando Deus diz que guardará a sua casa, não impede que você coloque uma fechadura na sua porta. O fato de saber que Deus guarda sua vida, não isenta ninguém de fazer se-guro de vida ou do seu próprio veículo. A saúde está boa, não é motivo para que se cancele o plano que se paga mensalmente. Fé em Deus e prudência são valores conciliáveis, devem sempre caminhar juntos. O apelo a César foi prudente a Paulo, para que

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não fosse levado a Jerusalém e no caminho sofresse uma tentativa de assassinato por parte daqueles que o perseguiam desde a sua conversão. (At.25:3).

Prudência e sabedoria estão sempre de mãos dadas, as deci-sões que temos que tomar em várias áreas de nossa vida precisam sempre dessa boa dose de ambos os ingredientes. Mais adiante, veremos que a aplicação delas surtirá os melhores efeitos para o futuro. Não nos fartemos dessa busca sem cessar, assim nos man-teremos sóbrios quando o dia da aflição nos sobrevier. Vale lem-brar aqui as palavras do grande Rei e sábio, Salomão: “Quão me-

lhor é adquirir a sabedoria do que o ouro. E quão mais excelente é

adquirir a prudência do que a prata. Pv.16:16.”

Rev. Fábio Roberto Zambrin

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Devocional 44/50 - Dia 26/ maioLeitura: Atos 25:13-27

Ele ressuscitou!

Era costume na época que novos governadores fossem visi-tados por outros políticos ilustres. Aqui, o Rei Agripa e sua esposa Berenice chegaram a Cesareia a fim de saudar a Festo. Durante essa visita, Festo expõe a Agripa o caso do famigerado preso, por nome Paulo. E enquanto fala ao Rei sobre o Apóstolo, o Governa-dor menciona que ele fazia menção de “um certo morto, por nome

Jesus a quem Paulo afirmava estar vivo.”Estamos nos aproximando da data mais importante da histó-

ria do cristianismo. Dia em que todo cristão celebra a Ressurreição de Jesus Cristo. Uma rápida análise dos textos inerentes a esse tema nos Evangelhos nos remete à visita das mulheres naquela manhã de domingo ao túmulo onde Jesus de Nazaré havia sido sepultado. Ele não está aqui, ressuscitou, como tinha dito! Essas foram as palavras do anjo que guardava o sepulcro, que disse algo ainda mais relevante àquelas duas mulheres: “Ide, pois, depressa e

dizei aos discípulos que ele ressuscitou dos mortos e vai adiante

de vós...Mt 28:7a.”O imperativo é muito claro, Ide! O anjo não pede nada, ele

manda que as mulheres anunciem que Jesus está vivo! E elas o fazem, mesmo que esse relato não tivesse importância para época. O testemunho de mulheres não era considerado. Por esse moti-vo, Pedro vai até o sepulcro para constatar o que havia realmente ocorrido. Ele constata o que tinha ouvido das mulheres: “Ele não

estava mais no sepulcro.” Muitos anos mais tarde, Paulo está em Cesareia, preso, sen-

do inquirido por muitas autoridades por afirmar que JESUS ESTÁ VIVO, e por esse motivo, foi acusado de semear divisões entre os judeus, profanar o Templo, dentre outras inverdades que ao final de sua trajetória acabaram por lhe custar a própria vida. A res-surreição de Cristo é o pilar, o fundamento de toda a fé cristã. É o

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penhor que todo filho de Deus recebeu do próprio Jesus. É nossa esperança que aquilo que é corruptível será revestido de incorrup-tibilidade.

Não haveria cristianismo se esse relato não fosse verdade. Esse mesmo Paulo quando escreve aos Coríntios deixa isso evidente: “E,

se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé. I Co 15:14.” Assim como é um fato histórico a ressurreição do Senhor Jesus, essa verdade trata-se também do penhor para ressurreição de todos os que partem dessa vida com o Senhor, como continua Paulo: “Visto que a morte veio por um homem, também por um

homem veio a ressurreição dos mortos. Porque, assim como, em

Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em

Cristo. I Co 15:21-22.” Ele vive, Ele vive, Ele vive! Feliz Ressurreição!

Rev. Fábio Roberto Zambrin

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Devocional 45/50 - Dia 27/ maioLeitura: Atos 26:1-23

Proclamando o Evangelho

Quando o rei Agripa concedeu a permissão para falar, Paulo deu graças por estar diante de um homem que era versado dos costumes, e nas leis dos judeus. Mesmo Agripa recebendo o seu trono de Roma para defender os interesses de Roma, ele compre-endia os judeus e também defendia seus interesses. Em seguida, Paulo começa sua oratória pronunciando ao rei e diante de todos que se encontravam no recinto que ele estava sendo julgado por causa da sua esperança nas profecias acerca do Messias prometi-do, remetendo ao Pentateuco. Na sequência, relatou ao rei de que forma ocorreu seu encontro com  Jesus Cristo no caminho para Damasco e quais as instruções que Senhor lhe deu.

Ele diz que seu encontro foi real e que Jesus Cristo verdadei-ramente é o filho de Deus, e que Nele se cumprem as leis e as pa-lavras dos profetas. Paulo conta com detalhes seu passado, revela sua conversão genuína em Cristo Jesus e nos traz uma reflexão. Ele reconhece que enquanto fariseu, foi um inimigo declarado do cristianismo.

Esta era a sua reputação e estilo de vida no princípio dos seus tempos; e havia toda classe de situações que serviam de barreiras para que ele fosse cristão. Aqueles que têm sido mais sistemáticos em sua conduta antes de se converterem observarão depois que há muitos motivos para se humilharem, até por coisas que antes pensavam que deviam ser feitas.

Ser cristão é viver os mandamentos Dele, Amá-lo como Se-nhor. João 14:21 “Aquele que tem os meus mandamentos e os

guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado

por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele.” Ser cristão é entendermos o sacrifício vicário de Cristo Jesus. João 3:16 “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho

unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a

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vida eterna”.Paulo não perdeu a oportunidade de levar o evangelho mes-

mo em um momento que ele deveria se preocupar com sua defesa junto ao rei Agripa, ele observou a situação, e com sua oratória baseando-se no antigo testamento, falou a todos como o plano re-dentor de Cristo Jesus o alcançou e poderia alcançá-los também.

Jesus Cristo nos chama para alcançarmos todos aqueles que ainda não se renderam a Ele.

Rev. Carlos Roberto Cruz

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Devocional 46/50 - Dia 28/ maioLeitura: Atos 26:24-32

Loucura para os que se perdem

Festo, que era o procurador da Judéia nomeado por Nero, in-terrompe a defesa de Paulo, dizendo que esta linha de pensamento não podia ser acompanhada por um homem de mente sã. Era níti-do que Paulo era um homem de vasto conhecimento, porém para Festo, ele devia estar louco para acolher tais ideias sobre a ressur-reição dos mortos. Paulo explicou que estava em pleno domínio de suas faculdades mentais e que falava a verdade. Para que esta certeza fosse confirmada, ele interpelou para o rei Agripa para dar testemunho de sua sobriedade tão como sanidade do que acabara de dizer. Ativou a lembrança de Agripa que a morte e ressurreição de Jesus não lhe eram ocultas, pois não aconteceram em algum lugar escondido onde ninguém as pudesse ver.

“27Acreditas, ó rei Agripa, nos profetas? Bem sei que acredi-

tas. 28Então, Agripa se dirigiu a Paulo e disse: Por pouco me per-

suades a me fazer cristão.Agripa portanto desviou-se do apelo de

Paulo, respondendo, Por pouco me persuades a me fazer cristão!” Por pouco pode significar em pouco tempo ou resumindo. A me fazer cristão pode significar  tornar-se cristão ou fazer-se passar por cristão. Agripa não estava a ponto de se tornar um cristão. Sua observação pode ser uma sarcástica defesa diante do apelo de Paulo: “Você acha que com tão pouco tempo poderá fazer de mim

um cristão!” Entretanto, a tradução acima sugerida (de F.F. Bruce) faz Agripa repetir o apelo de Paulo, replicando que este não o fará passar por cristão a fim de persuadir Festo sobre a correção da posição do prisioneiro.”Comentário bíblico Moody.

É nosso dever, em todas as situações, falarmos a verdade, so-mente a verdade e nada mais do que a verdade, e então, não pre-cisaremos nos preocupar pelas severas críticas dos homens. Os seguidores solícitos e esforçados do Evangelho têm sido constan-

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temente desprezados por crerem em tais doutrinas e em tais fatos admiráveis, e por professarem a mesma fé de Paulo. A experiência como a deles é necessária para todos nós, qualquer que seja o ní-vel social, e para a sua salvação temos que reconhecer Jesus Cristo como nosso único e suficiente salvador.

Os apóstolos, os profetas e o próprio Filho de Deus foram ex-postos a esta acusação; ninguém deve comover-se por isto quan-do a graça divina os tem tornado sábios para a salvação. O rei Agripa percebeu que havia sentido para o cristianismo. Seu enten-dimento e o seu juízo durante pouco tempo foram convencidos, mas o seu coração não foi convertido. Sua conduta e temperamen-to eram muito diferentes da humildade e espiritualidade do Evan-gelho. Muitos dos que estão quase persuadidos a ser religiosos não estão completamente convencidos, estão submetidos a fortes convicções de seu dever e da excelência dos caminhos de Deus, ainda que não procurem as suas convicções.

Rev. Carlos Roberto Cruz

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Devocional 47/50 - Dia 29/ maioLeitura: Atos 27:1-26

Diante das tempestades

Após a leitura deste texto, fica um questionamento, o porquê de Lucas ter narrado com tantos detalhes sua viagem de navio e seu naufrágio, em detrimento aos demais incidentes, possivelmen-te mais significativos na vida de Paulo. Lucas utilizou 44 versos para contar esta história envolvente. Paulo não estava indo para Roma da maneira que planejara inicialmente, mas Deus esteve com ele por todo o caminho, e isto se tornou claro para os incrédulos. Paulo interveio quatro vezes durante a viagem. Sua primeira in-tervenção foi enquanto estavam ancorados em Bons Portos, na ilha de Creta. Ele foi contrário a navegar para Roma nas condições climáticas do inverno que havia começado. O problema era que o porto não era adequado para se atracar por lá durante o inverno.

Uma vez que o navio transportava prisioneiros, o centurião que era o responsável pela viagem, mais do que inclusive o capitão ou o proprietário do barco, decidiu ir em frente. Isto se provou ser um grande erro. Os ventos eram contrários e o medo de naufrágio era tão grande e real que tiveram que amarrar cordas em torno do navio para que não se despedaçasse. As coisas estavam muito ruins e todos perderam a esperança.

Depois veio uma segunda intervenção de Paulo. Ele disse a to-dos que um anjo de Deus lhe tinha assegurado de que iriam chegar a Roma e não haveria nenhuma perda de vida. Isto deve ter sido um real encorajamento tanto para a tripulação quanto para os sol-dados. Isso também mostra que Paulo estivera orando pelas vidas dos que estavam a bordo do navio.

Podemos comparar a nossa vida cotidiana, como uma viagem em alto mar, alguns momentos tranquilos e outros turbulentos. Foi Jesus quem permitiu que o vento soprasse. Se Jesus o enviou, Ele não vai deixar seu barco afundar, mesmo que você seja um mari-nheiro de primeira viagem.

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Deus lhe direciona para algum lugar, e o mar está tranquilo, depois de um determinado tempo, começa a ficar turbulento. Tudo está calmo até que chega uma notícia, um fato, uma conversa. En-tão a brisa suave torna-se uma tempestade. Aquela confiança que você tinha no Senhor pode ficar abalada e sua vida começa a ba-lançar como um barco. Onde posso atracar o meu barco? Somente existe um porto seguro, e Ele se chama Jesus Cristo.

Rev. Carlos Roberto Cruz

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Devocional 48/50 - Dia 30/ maioLeitura: Atos 27:27-44

Em Cristo, vencemosas circunstâncias

Paulo, em sua segunda intervenção na história, assegurou a todos os que estavam a bordo que, apesar da situação de cala-midade, não haveria mortes, somente o navio afundaria. Quator-ze dias depois, as palavras de Paulo se cumpriram. Ainda debaixo de uma forte tempestade e com o navio completamente à deri-va, os marinheiros sentiram que estavam próximos da terra firme, possivelmente porque podiam ouvir o barulho da rebentação das ondas. Depois de sondarem a profundidade por diversas vezes, e temendo que o navio se chocasse contra as rochas ao longo da costa, eles lançaram quatro âncoras da popa para reduzir a veloci-dade do navio; enquanto isso, pediam desesperadamente aos seus deuses que o dia logo amanhecesse.

No início da viagem, o texto relata que o centurião tratou Pau-lo de modo amigável, porém não havia motivos algum para con-fiar em seu julgamento. Após duas semanas, no entanto, as coisas mudaram. Paulo já havia conquistado o respeito do centurião, com sua intervenção profética sobre o naufrágio que se aproximava de seu cumprimento.

Paulo, observando a conduta de todos a bordo, os adverte a se alimentarem, caso contrário, não teriam forças suficiente para nadar e chegar à terra firme. A Providência de Deus não nos eximi de fazer o que normalmente seria nossa obrigação. Ao longo dessa narrativa, mantém-se uma sensatez entre a garantia de Deus quan-to à segurança daqueles homens e os esforços deles para assegu-rar que isso acontecesse.

Com a alvorada se aproximando, os marinheiros avistaram a terra, uma baía onde decidiram encalhar o navio. Porém, o navio nunca chegou à praia. Em vez disso, atingiu um banco de areia e acabou se partindo pela força das ondas. O plano dos soldados

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de matar os prisioneiros para evitar que fugissem foi interrompi-do pelo centurião, principalmente por causa de Paulo. No fim, nin-guém perdeu a vida, exatamente como Deus havia prometido.

Desejando manter Paulo vivo, o centurião proibiu os soldados de matar os prisioneiros. O que isso revela sobre o testemunho e o caráter de Paulo? Ele nos deixa um grande ensinamento, mesmo que a situação seja adversa, o mundo conspire contra a sua vida na tentativa de frustrar os seus sonhos e os desígnios de Deus, Jesus Cristo veio para exatamente quebrar esses estigmas, para que se cumpra o plano Dele.

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a

toda criatura.” Marcos 16:15

Rev. Carlos Roberto Cruz

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Devocional 49/50 - Dia 31/ maioLeitura: Atos 28:1-15

Demonstração de bondade

Dois terços desse capítulo é utilizado pelo evangelista Lucas para abordar dois incidentes nos quais o apóstolo Paulo desen-volve a habilidade de sua liderança. Ele trata nos vs. 3-6 acerca da terrível experiência em ser picado pela víbora, e que pela graça especial do Pai, nada lhe aconteceu, uma vez que as pessoas do local esperavam que Paulo não resistiria e morreria. Nos vs. 7-9, Lucas registra o extraordinário ministério de Paulo sendo usado para curar as pessoas enfermas de Malta.

As pessoas que moravam em Malta eram descendentes dos fenícios que lá habitavam já por alguns séculos. Ali eles prosperam com os seus negócios. A história explica que os fenícios navega-vam em seus navios mercantes por toda aquela região e usavam os excelentes portos de Malta como um lugar de segurança. Na verdade, a palavra Melita (Malta) nas línguas semitas, faladas no dialeto fenício pelos habitantes das ilhas, pode ter sido a tradu-ção da expressão um “lugar de refúgio”. O vs. 2 diz: “Os bárbaros trataram-nos com singular humanidade, porque, acendendo uma fogueira, acolheram-nos a todos por causa da chuva que caía e por causa do frio”.

O episódio da víbora nos faz lembrar a experiência de Paulo em Listra conforme o texto de Atos 14:6-18. O povo achou que a justiça, uma de suas deusas, havia encontrado esse prisioneiro notório que deveria ter se afogado, mas, de algum modo, havia escapado. Quando Paulo, após ser picado pela serpente, não in-chou e não morreu, acharam que ele deveria ser um deus! Essa é a conclusão dos que julgam pelas aparências. A víbora foi um instrumento usado pelo inimigo para tirar Paulo do seu caminho. A tempestade também não afogou o apóstolo, mas quem sabe cairia numa armadilha não percebida. Como servos e servas do Senhor, devemos sempre estar alertas, pois a serpente ou o leão pode nos

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atacar em qualquer momento! Paulo agora se vê diante de grandes desafios das enfermi-

dades que muitas estavam sofrendo. Orando por elas clamou ao Deus Todo Poderoso a sua misericórdia, e muitos foram curados, incluindo o pai de Públio que estava muito doente, conforme o vs. 8. Foi a oração da fé e pela imposição das mãos que veio o mila-gre na vida daquele homem. Sabemos que os milagres são meios eficazes de levar as pessoas ao conhecimento do Senhor Jesus. Ali foi um tempo precioso e milagroso. Paulo tinha o grande sonho de ir a Roma para pregar ali. Conforme o vs. 15, quando Paulo en-controu seus irmãos de Roma, ele começou a dar graças a Deus e ganhou coragem, enquanto prosseguia em sua viagem àquela cidade. Percebeu que Deus fora fiel à sua palavra, enviando-o à ca-pital do Império Romano. Nunca podemos nos esquecer da grande verdade, de que o cristão nunca está sozinho. Precisamos sempre nos lembrar que há uma nuvem imperceptível de testemunhas ao nosso redor. Ter a certeza de que Deus está onde quer que esteja-mos. Os cristãos podem ter convicção de que Ele estará conosco sempre. Mt.28:20.

Rev. Osni Ferreira

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Devocional 50/50 - Dia 31/ maioLeitura: Atos 28:16-31

PAULO EM ROMA

A grande preocupação de Paulo era com o seu testemunho aos judeus em Roma. Por quase dois dias, os irmãos acompanha-ram o apóstolo naquela cidade, mas tiveram que se separar, pois Paulo tinha de ficar sob custódia. Lucas relata que “foi permitido a Paulo morar sozinho, com um soldado guardando-o”. No vs. 30, Lucas acrescentou que Paulo morou numa casa alugada pelo tem-po que durou sua prisão, isto é, dois anos. Contudo, foi acorrentado (vs.20) e um soldado o guardava. Como Paulo era também cida-dão romano e tinha alguns privilégios isso pode ter influenciado as autoridades para que lhe permitissem morar nessa casa alugada.

Não haviam recebido qualquer instrução especial sobre o apóstolo, mas sabiam que a “seita cristã” estava sendo criticada em vários lugares. At.28:21,22. Quando lemos a epístola de Paulo aos Romanos, temos a impressão de que os judeus em Roma ha-viam interpretado incorretamente alguns dos seus ensinamentos conforme Rm.3:8; 14:1. O apóstolo deixou claro que seu apelo a Cesar não deveria ser interpretado como uma acusação contra sua nação. Na verdade, era prisioneiro por amor a seu povo e à” espe-rança de Israel”. Em Roma, ele não tinha conhecimento das acusa-ções que os judeus locais poderiam apresentar perante César. Ele intrepidamente reuniu os líderes judeus, para tentar descobrir se eles estavam a par do seu caso. De modo sutil, o apóstolo também os preparou para que ouvissem o evangelho, que era o seu maior alvo.

Lucas está interessado em relatar que Paulo havia pregado para um grande número de judeus na capital. Ele é fiel ao seu pro-pósito de escrever o livro de Atos conforme o capítulo1:8. O foco está novamente em Paulo, que aproveita a oportunidade para pre-gar o evangelho desde manhã até à noite. Ele tinha energia abun-dante para falar durante horas sem interrupção conforme At.20:7,11.

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Isso nos lembra que Jesus e seus discípulos certa vez foram rode-ados por uma multidão e não tiveram como comer, fato registrado em Mc.3:20. O apóstolo, apaixonadamente, dedica-se explicando as Escrituras e mostrando Cristo na lei e nos profetas. Desta forma, havia procurado persuadir seus ouvintes judeus de sinagoga em sinagoga e agora compartilhava a Palavra com os líderes de várias sinagogas em Roma. Como resultado, alguns foram persuadidos e outros não. Quando os líderes judeus deixaram a casa de Pau-lo, ainda discutiam entre si, mas ele havia testemunhado fielmente aos judeus em Roma e em seguida falaria aos gentios.

Lucas descreve Paulo como um personagem líder. Na verda-de, ele compõe uma história, não de Paulo, mas da propagação do evangelho. Assim o médico historiador conclui o Livro de Atos, mostrando que Paulo apresentara os ensinamentos de Jesus aber-tamente e sem impedimento. Lucas escreveu Atos para estimular a Igreja em todas as eras, a ser fiel ao Senhor e a levar o evangelho aos confins da terra. A partir da casa alugada de Paulo, o evange-lho se espalhou até aos confins do mundo. E depois de sua liberta-ção, ele continuou suas viagens a favor do evangelho.

Rev. Osni Ferreira

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