138819306 Um Pequeno Resumo Da Historia Do Teatro Brasileiro

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UM PEQUENO RESUMO DA HISTÓRIA DO TEATRO BRASILEIRO Século XVI No início do período colonial, os jesuítas utilizam o teatro para catequizar os índios. O padre José de Anchieta encena seus autos com os nativos e os primeiros colonos. As peças são faladas em tupi-guarani, português e espanhol. Século XVII As apresentações teatrais passam a fazer parte, oficialmente, das comemorações cívicas. O baiano Manoel Botelho de Oliveira, autor de duas comédias em espanhol inspiradas na dramaturgia espanhola, é o primeiro brasileiro a publicar suas peças. Século XVIII A partir da segunda metade do século começam a ser construídas as Casas de Ópera, nome que os teatros recebiam na época. Como dramaturgo se destaca Antonio José da Silva, o Judeu. No entanto, por ter vivido em Portugal desde os 8 anos, não é visto como um ator verdadeiramente brasileiro. Século XIX A comédia afirma-se como gênero dramatúrgico brasileiro por excelência. Seus maiores representantes no período são Martins Pena, considerado o fundador de nossa comédia de costumes; França Júnior, também um autor de costumes; e Arthur Azevedo. Os escritores românticos Gonçalves Dias e José de Alencar incursionam pela dramaturgia. Do primeiro, destaca-se o drama Leonor de Mendonça, e, do segundo, O Demônio Familiar. Século XX A primeira metade do século se caracteriza por um teatro comercial. As companhias são lideradas pelos primeiros atores, que se convertem na principal atração, mais que as peças apresentadas. As exceções acontecem quando um bom dramaturgo, como Oduvaldo Vianna, se alia a grandes intérpretes, como Procópio Ferreira e Dulcina de Moraes. Oduvaldo é ainda o introdutor da paródia brasileira no teatro, atrelada até então a falas aportuguesadas. 1927 O Teatro de Brinquedo apresenta-se no Rio de Janeiro (RJ) com a peça Adão, Eva e Outros Membros da Família, de Álvaro Moreira, líder do grupo. Formado por amadores, o grupo propõe um teatro de elite. É o começo da insurreição contra o teatro comercial considerado de baixo nível. 1938 É lançado no Rio de Janeiro (RJ) o Teatro do Estudante do Brasil, concebido e dirigido por Paschoal Carlos Magno e com um elenco constituído de universitários. A primeira montagem é Romeu e Julieta, protagonizada por Paulo Porto e Sônia Oiticica, com direção de Itália Fausta. 1943 Estréia a peça Vestido de Noiva, de Nélson Rodrigues, encenada pelo grupo amador Os Comediantes, do Rio de Janeiro (RJ). A direção de Zibgniew Ziembinski e os cenários de Santa Rosa marcam o surgimento de um tratamento artístico do espetáculo. 1948 É inaugurado em São Paulo (SP), o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), inicialmente uma casa de espetáculos criada para abrigar os trabalhos de grupos amadores. Dois desses grupos estão à frente da renovação do teatro brasileiro: o Grupo de Teatro Experimental (GTE), de Alfredo Mesquita, e o Grupo Universitário de Teatro (GUT), de Décio de Almeida Prado. No ano seguinte, o TBC se profissionaliza, com a contratação de atores e do diretor italiano Adolfo Celi. Um repertório eclético, constituído de grandes textos clássicos e modernos, e comédias de bom nível, tornam-se a tônica dessa companhia, que, liderada por Franco Zampari em seu período áureo, marca uma das mais importantes fases do teatro brasileiro. O TBC encerra sua atividades em 1964. Outras companhias se formam nos seus moldes: o Teatro Popular de Arte, de Maria Della Costa, a Cia. Nydia Lícia-Sérgio, o Teatro Cacilda Becker e a Cia. Tônia-Celi-Autran. Alfredo Mesquita funda a Escola de Arte Dramática (EAD) em São Paulo (SP), um dos principais centros de formação de atores. 1953 Fundação do Teatro de Arena de São Paulo (SP), por José Renato. Em princípio apenas tentativa de inovação espacial, acaba sendo responsável pela introdução de elementos inovadores na dramaturgia e na encenação brasileiras. A montagem de Eles Não Usam Black-Tie, de Gianfrancesco Guarnieri, em 1958, introduz a luta de classes como temática.

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  • UM PEQUENO RESUMO DA HISTRIA DO TEATRO BRASILEIRO

    Sculo XVI No incio do perodo colonial, os jesutas utilizam o teatro para catequizar os ndios. O padre Jos de Anchieta encena seus autos com os nativos e os primeiros colonos. As peas so faladas em tupi-guarani, portugus e espanhol.

    Sculo XVII As apresentaes teatrais passam a fazer parte, oficialmente, das comemoraes cvicas. O baiano Manoel Botelho de Oliveira, autor de duas comdias em espanhol inspiradas na dramaturgia espanhola, o primeiro brasileiro a publicar suas peas.

    Sculo XVIII A partir da segunda metade do sculo comeam a ser construdas as Casas de pera, nome que os teatros recebiam na poca. Como dramaturgo se destaca Antonio Jos da Silva, o Judeu. No entanto, por ter vivido em Portugal desde os 8 anos, no visto como um ator verdadeiramente brasileiro.

    Sculo XIX A comdia afirma-se como gnero dramatrgico brasileiro por excelncia. Seus maiores representantes no perodo so Martins Pena, considerado o fundador de nossa comdia de costumes; Frana Jnior, tambm um autor de costumes; e Arthur Azevedo. Os escritores romnticos Gonalves Dias e Jos de Alencar incursionam pela dramaturgia. Do primeiro, destaca-se o drama Leonor de Mendona, e, do segundo, O Demnio Familiar.

    Sculo XX A primeira metade do sculo se caracteriza por um teatro comercial. As companhias so lideradas pelos primeiros atores, que se convertem na principal atrao, mais que as peas apresentadas. As excees acontecem quando um bom dramaturgo, como Oduvaldo Vianna, se alia a grandes intrpretes, como Procpio Ferreira e Dulcina de Moraes. Oduvaldo ainda o introdutor da pardia brasileira no teatro, atrelada at ento a falas aportuguesadas.

    1927 O Teatro de Brinquedo apresenta-se no Rio de Janeiro (RJ) com a pea Ado, Eva e Outros Membros da Famlia, de lvaro Moreira, lder do grupo. Formado por amadores, o grupo prope um teatro de elite. o comeo da insurreio contra o teatro comercial considerado de baixo nvel.

    1938 lanado no Rio de Janeiro (RJ) o Teatro do Estudante do Brasil, concebido e dirigido por Paschoal Carlos Magno e com um elenco constitudo de universitrios. A primeira montagem Romeu e Julieta, protagonizada por Paulo Porto e Snia Oiticica, com direo de Itlia Fausta.

    1943 Estria a pea Vestido de Noiva, de Nlson Rodrigues, encenada pelo grupo amador Os Comediantes, do Rio de Janeiro (RJ). A direo de Zibgniew Ziembinski e os cenrios de Santa Rosa marcam o surgimento de um tratamento artstico do espetculo.

    1948 inaugurado em So Paulo (SP), o Teatro Brasileiro de Comdia (TBC), inicialmente uma casa de espetculos criada para abrigar os trabalhos de grupos amadores. Dois desses grupos esto frente da renovao do teatro brasileiro: o Grupo de Teatro Experimental (GTE), de Alfredo Mesquita, e o Grupo Universitrio de Teatro (GUT), de Dcio de Almeida Prado. No ano seguinte, o TBC se profissionaliza, com a contratao de atores e do diretor italiano Adolfo Celi. Um repertrio ecltico, constitudo de grandes textos clssicos e modernos, e comdias de bom nvel, tornam-se a tnica dessa companhia, que, liderada por Franco Zampari em seu perodo ureo, marca uma das mais importantes fases do teatro brasileiro. O TBC encerra sua atividades em 1964. Outras companhias se formam nos seus moldes: o Teatro Popular de Arte, de Maria Della Costa, a Cia. Nydia Lcia-Srgio, o Teatro Cacilda Becker e a Cia. Tnia-Celi-Autran.

    Alfredo Mesquita funda a Escola de Arte Dramtica (EAD) em So Paulo (SP), um dos principais centros de formao de atores.

    1953 Fundao do Teatro de Arena de So Paulo (SP), por Jos Renato. Em princpio apenas tentativa de inovao espacial, acaba sendo responsvel pela introduo de elementos inovadores na dramaturgia e na encenao brasileiras. A montagem de Eles No Usam Black-Tie, de Gianfrancesco Guarnieri, em 1958, introduz a luta de classes como temtica.

  • Sob a liderana de Augusto Boal, a Arena forma novos atores, adapta textos clssicos realidade brasileira e chega implantao do sistema curinga, no qual desaparece a noo de protagonista, em trabalhos de reviso histrica nacional como Arena Contra Zumbi (1965) e Arena Contra Tiradentes (1967).

    1958 Z Celso Martinez Corra, Renato Borghi, Carlos Queiroz Telles e Amir Haddad, entre outros, fundam um grupo - chamado Teatro Oficina - na Faculdade de Direito do Largo So Francisco, em So Paulo (SP). Seus integrantes passam por uma fase stanislavskiana (interpretao realista criada pelo dramaturgo russo Stanislavski), orientada por Eugnio Kusnet. A pea mais importante desse perodo Os Pequenos Burgueses (1963), de Maxim Gorki.

    Logo aps a antolgica montagem de O Rei da Vela (1967), de Oswald de Andrade, o grupo evoluiu para uma fase brechtiana (interpretao distanciada desenvolvida pelo alemo Bertolt Brecht) com Galileu Galilei (1968) e Na Selva das Cidades (1969), sempre sob a direo artstica de Z Celso. Com a obra coletiva Gracias Seor, inicia-se a chamada fase irracionalista do Oficina. Uma nova relao com o espao e com o pblico reflete as profundas mudanas pelas quais o grupo passa. Essa fase se encerra com As Trs Irms (1973), de Tchecov.

    1964 O Grupo Opinio entra em atividade no Rio de Janeiro (RJ), adaptando shows, musicais para o palco e desenvolvendo um trabalho teatral de carter poltico. Responsvel pelo lanamento de Z Keti e Maria Bethnia, realiza a montagem da pea Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come, de Oduvaldo Vianna Filho e Ferreira Gullar.

    1968 Estria Cemitrio de Automveis, de Arrabal. Este espetculo e O Balco, de Genet, ambos dirigidos por Victor Garcia e produzidos por Ruth Escobar, marcam o ingresso do teatro brasileiro numa fase de ousadias cnicas, tanto espaciais quanto temticas.

    Dcada de 70 Com o acirramento da atuao da censura, a dramaturgia passa a se expressar por meio de metforas. Apesar disso, Fauzi Arap escreve peas que refletem sobre teatro, opes alternativas de vida e homossexualidade. Surgem diversos grupos teatrais formados por jovens atores e diretores. No Rio de Janeiro (RJ), destacam-se Asdrbal Trouxe o Trombone - cujo espetculo Trate-me Leo retrata toda uma gerao de classe mdia - e o Pessoal do Despertar, que adota esse nome aps a encenao de O Despetar da Primavera, de Wedekind. Em So Paulo (SP), surgem a Royal Bexiga''''s Company, com a criao coletiva O Que Voc Vai Ser Quando Crescer; o Pessoal do Vtor; sado do EAD, com a pea Vtor, ou As Crianas no Poder, de Roger Vitrac; o Pod Minoga, constitudo por alunos de Naum Alves de Souza, que se lanam profissionalmente com a montagem coletiva Folias Bblicas, em 1977; o Mambembe, nascido sob a liderana de Carlos Alberto Soffredini, de quem representam Vem Buscar-me Que Ainda Sou Teu; e o Teatro do Ornitorrinco, de Cac Rosset e Lus Roberto Galizia, que inicia sua carreira nos pores do Oficina, em espetculos como Os Mais Fortes e Ornitorrindo Canta Brecht-Weill, de 1977.

    1974 Estria de Macunama, pelo grupo Pau Brasil, com direo de Antunes Filho. Inaugura-se uma nova linguagem cnica brasileira, na qual as imagens tem a mesma fora da narrativa. Com esse espetculo, Antunes Filho comea outra etapa em sua carreira, frente do Centro de Pesquisas Teatrais (CPT), no qual desenvolve intenso estudo sobre o trabalho do ator. Grandes montagens suas fazem carreira internacional: Nelson Rodrigues, o Eterno Retorno; Romeu e Julieta, de Shakespeare; Xica da Silva, de Lus Alberto de Abreu; A Hora e a Vez de Augusto Matraga, adaptado de Guimares Rosa; Nova Velha Histria; e Gilgamesh; Vereda da Salvao, de Jorge Andrade.

    1979 A censura deixa de ser prvia e volta ter carter apenas classificatrio. liberada e encenada no Rio de Janeiro (RJ) a pea Rasga Corao, de Oduvaldo Vianna Filho, premiada num concurso do Servio Nacional de Teatro e, em seguida, proibida.

    Dcada de 80 A diversidade o principal aspecto do teatro dos anos 80. O perodo se caracteriza pela influncia do ps-modernismo, movimento marcado pela unio da esttica tradicional moderna. O expoente dessa linha o diretor e dramaturgo Gerald Thomas. Montagens como Carmen, Electra com Creta e Quartett apresentam um apuro tcnico indito. Seus espetculos do grande importncia cenografia e coreografia. Novos grupos teatrais, como o Ponk, o Boi Voador e o XPTO, tambm priorizam as linguagens visuais e sonoras. O diretor Ulysses Cruz, da companhia Boi Voador, destaca-se com a montagem de Fragmentos de Um Discurso Amoroso, baseado em texto de Roland Barthes. Outros jovens encenadores, como Jos Posi Neto (De Braos Abertos), Roberto Lage (Meu Tio, o Iauaret) e Mrcio Aurlio (Lua de Cetim), tm seus trabalhos reconhecidos. Cac Rosset, diretor do Ornitorrinco, consegue fenmeno de pblico com Ubu, de Alfred Jarry.

    Na dramaturgia predomina o besteirol - comdia de costumes que explora situaes absurdas. O movimento cresce no Rio de Janeiro (RJ) e tem como principais representantes Miguel Falabella e Vicente Pereira. Em So

  • Paulo (SP) surgem nomes como Maria Adelaide Amaral, Flvio de Souza, Alcides Nogueira, Naum Alves de Souza e Mauro Rasi. Trair e Coar S Comear, de Marcos Caruso e Jandira Martini, torna-se um dos grandes sucessos comerciais da dcada. Lus Alberto de Abreu criador de peas como Bella, Ciao e Xica da Silva - um dos autores com obra de maior flego, atravessando tambm os anos 90.

    1987 A atriz performtica Denise Stoklos desponta internacionalmente em carreira solo. O espetculo Mary Stuart, apresentado em Nova York, nos Estados Unidos, totalmente concebido por ela. Seu trabalho chamado de teatro essencial porque utiliza o mnimo de recursos materiais e o mximo dos prprios meios do ator: o corpo, a voz e o pensamento.

    Dcada de 90 No campo da encenao, a tendncia visualidade convive com um retorno gradativo palavra por meio da montagem de clssicos. Dentro dessa linha tem destaque o grupo Tapa, com Vestido de Noiva, de Nlson Rodrigues, e A Megera Domada, de William Shakespeare. O experimentalismo continua e alcana sucesso de pblico e crtica nos espetculos Paraso Perdido (1992) e O Livro de J (1995), de Antonio Arajo. O diretor realiza uma encenao ritualizada e utiliza-se de espaos cnicos no-convencionais - uma igreja e um hospital, respectivamente. As tcnicas circenses tambm so adotadas por vrios grupos. Em 1990 criado o Parlapates, Patifes e Paspalhes. A figura do palhao usada ao lado da dramaturgia bem-humorada de Hugo Passolo, um dos membros do grupo. Tambm ganha projeo a arte de brincante do pernambucano Antnio Nbrega. O ator, msico e bailarino explora o lado ldico na encenao teatral, empregando msicas e danas regionais. Outros nomes de destaque so Bia Lessa (Viagem ao Centro da Terra) e Gabriel Villela (A Vida Sonho).

    No final da dcada, ganha importncia o diretor Srgio de Carvalho, da Companhia do Lato. Seu grupo realiza um trabalho de pesquisa sobre o teatro dialtico de Bertolt Brecht, que resulta nos espetculos Ensaio sobre o Lato e Santa Joana dos Matadouros.

    1993 O diretor Z Celso reabre o Teatro Oficina, com a montagem de Hamlet, clssico de Shakespeare. Z Celso opta por uma adaptao com enfoque na situao poltica, econmica e social do Brasil.

    1998 Estria Domstica, de Renata Melo, espetculo com forte influncia da dana. Essa encenao d seqncia ao trabalho iniciado em 1994, com Bonita Lampio. Sua obra se fundamenta na elaborao da dramaturgia pelos atores, por meio do estudo do comportamento corporal das personagens.

    1999 Antunes Filho escreve Fragmentos Troianos, baseada em As Troianas, de Eurpides. Pela primeira vez, o diretor monta uma pea de um dramaturgo grego. Essa montagem resultado da reformulao de seu mtodo de interpretao, alicerado em pesquisas de impostao da voz e postura corporal dos atores.

    2000 Ganham fora grupos independentes de jovens atores e diretores, com montagens crticas e manifestos sobre suas linhas de trabalho, preocupados em tratar de questes polticas e da realidade social. Dentro dessa orientao, a Companhia do Lato estria a pea A Comdia do Trabalho.

    Depois de 25 anos sem atuar, a atriz Berta Zemel retorna aos palcos com o espetculo Anjo Duro, dirigido por Luiz Valcazaras - uma colagem de textos a respeito da vida e do trabalho de Nise da Silveira, psicoterapeuta que revolucionou o tratamento de deficientes mentais. O ousado texto do escritor Oswald de Andrade, O Rei da Vela, conhecido pela montagem histria do Grupo Oficina e considerado um emblema do tropicalismo nos anos 60, ganha nova montagem sob a direo de Enrique Diaz. O ator Herson Capri marca presena na pea La Barca D''''Amrica, monlogo de autoria do italiano Dario Fo, Prmio Nobel de Literatura. 3129-4039. Fonte: http://www.criacaoteatralvolkswagen.com.br/2004/textos.php?id=3

    Sculo XVISculo XVIISculo XVIIISculo XIXSculo XX19271938194319481953195819641968Dcada de 7019741979Dcada de 801987Dcada de 901993199819992000