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a boa notícia no campo Junho / Julho 2014 Estratégias de Suplementação na Seca 2 2 2 3 2 4 Editorial Prezados amigos, Estamos de volta com mais um “Gatú”, trazendo até vocês notícias do agro- negócio. Como estamos em plena seca, na primeira pá- gina trataremos de um as- sunto de grande interesse dos pecuaristas: estraté- gias de suplementação do rebanho no período seco. Na página 2, temos os eventos recentes. Conhe- çam, na terceira página, algumas dicas para manter a produtividade realizan- do o descarte de matrizes, quando necessário. Na pá- gina 4, selecionamos um texto muito interessante, sobre melhoramento gené- tico de Brachiarias e ainda falaremos sobre a raça aus- traliana Droughtmaster. Boa leitura. O final do período de chuvas e o início do período de seca são evidenciados nas fazendas com a mudança das pastagens, que param o rebrote e começam a secar, ficando amareladas. Essa aparência reflete diretamente a qualidade e a oferta de forragem. O potencial produtivo de uma planta for- rageira é expresso pela combinação do solo e influenciado diretamente pela temperatura, umi- dade e incidência de luminosidade. A diminuição da temperatura, com a ausência das chuvas faz com que as plantas aumentem a sua senescência, praticamente cessando o rebrote. Isto leva a uma queda no teor de proteína e energia destas, que é visto na prática com a perda de peso e de condição corporal do gado. A utilização de sais “proteinados” e/ou “ure- ados” (misturas múltiplas) já é uma estratégia utilizada há muito tempo. Existem muitos traba- lhos publicados a respeito, em que são discutidos os fatores que afetam a ingestão voluntária de alimento pelos bovinos. Os pesquisadores lan- çam mão da utilização de ureia em pastagens de pior qualidade e relatam alteração no padrão de digestibilidade e fermentação da fibra, aumen- tando o aproveitamento desta pela microbiota ruminal. Além disso, a ureia aumenta a taxa de passagem do alimento pelo trato gastroin- testinal dos animais, o que leva a um aumento significativo da ingestão de alimento. Isso pode gerar apenas uma situação de mantença para o animal, ou seja, quando não há perda de peso, ou pode levar ao ganho de peso, dependendo da qualidade da gramínea. Já o sal “proteinado”, além da ureia, é acrescido de outros ingredientes, como fontes energéticas e proteicas, levando a um maior ga- nho de peso pelos animais. Os teores de proteína nestes sais são elevados e suas recomendações variam em função da quantidade do suplemento a ser ingerida e dos teores de proteína oriundas de proteína verdadeira ou de ureia. O nível de proteína deste alimento difere em função do nível de nitrogênio não proteico (ureia) e proteico (soja, por exemplo). O nível de nitrogênio não proteico deve ser constante mes- mo com o aumento da ingestão, já que a ureia é limitadora do consumo e, em altos níveis, é tóxica. Já o aumento do teor de proteína verdadeira de uma mistura, normalmente, possibilita aumento no ganho de peso deste animal. O tipo de suplementação a ser utilizado depende da meta de desempenho dos animais de- sejado pelo produtor: O objetivo é manter aquele animal sem perda de peso ou é obter ganho de peso? Qual a meta de ganho? Existem no mercado sais ureados que visam apenas à mantença dos animais e existem sais pro- teinados de baixo (0,1 % do peso vivo/dia) ou alto consumo (0,2 % do peso vivo/dia), que possibilitam pequenos ou grandes ganhos, respectivamente. Deve-se lembrar de que estes produtos são apenas suplementos e que estão diretamente relacionados à oferta e qualidade do pasto em que os animais estão. É preciso, então, haver uma estratégia prévia de diferimento (reserva) de pastagem, onde alguns pastos são fechados no final da estação chuvosa, com o objetivo de ocorrer um rebrote que disponibilize forragem para os animais no período seco. Ao se planejar um diferimento da pastagem, deve-se atentar para a queda do valor nutritivo das gramíneas. A Brachiaria é a pastagem mais uti- lizada nessas situações por atender melhor a essa situação, possuindo uma queda menos acentuada no valor nutritivo. Fonte: rehagro.com.br, resumido e adaptado por Marangatú Sementes. Eventos 3ª Feira de Agronegócios AGROVERDE Eventos Alunos do IFTM visitam a Marangatú Eventos Visitantes importantes da Nicarágua pág. 3 pág. 4 pág. 2 pág. 2 pág. 2 Eventos Visitante importante da Venezuela Gado de Corte: des- carte de matrizes é essencial para manter produtividade nas propriedades Gerando culti- vares de bra- quiárias via melhoramento genético pág. 2 4 Gerando cultivares de braquiárias via melhoramento genético O Brasil conta com clima, solo e topo- grafia que lhe conferem uma aptidão natural para a pecuária a pasto, produzindo o chamado “boi de capim”, sem riscos associados às doenças decorrentes da ingestão de proteína animal pelo gado, como o “mal-da-vaca-louca”, e observando-se o bem estar animal. Este diferencial qualita- tivo do produto brasileiro conquistou espaço nos mercados nacional e internacional, colocando o País como o maior exportador mundial de carne bovina. As pastagens tropicais brasileiras, no entanto, são formadas por poucas varie- dades, e essa baixa variabilidade implica em risco, seja por incidência de pragas ou doenças, ou devido a fenômenos climáticos extremos. Assim, programas de desenvol- vimento de novas forrageiras visam gerar novidades que permitam garantir a pro- dutividade dos rebanhos contornando as limitações do ambiente. Muitas vezes nos perguntam o porquê da demora na liberação de novos cultivares e a resposta está na necessidade de com- provar o valor para ruminantes. Não basta a forrageira se adaptar bem ao solo e clima, produzir massa de forragem e resistir a pragas e doenças. Precisa engordar o boi. Os critérios de seleção têm que ser o de- sempenho animal e a sustentabilidade/ren- tabilidade do sistema. Esse processo pode demorar até dez anos e envolve profissionais na divisão celular, ocorrem anormalidades e sementes chochas) e a grande maioria é apomítica. A possibilidade de poder cruzar braquiá- rias só aconteceu depois de quase 20 anos de estudos básicos, mas abriu um novo cenário para as pastagens tropicais e vem impulsio- nando o mercado de sementes forrageiras, onde o Brasil é líder tanto de produção como exportação. Variedades geradas aqui impac- tam toda a América Latina e já começam a ganhar o continente africano por meio das empresas brasileiras que se internacionali- zaram. Fonte: Cacilda Borges do Valle, publicado em: www.ruralcentro.uol.com.br, adapta- do e resumido por Marangatú Sementes. de diferentes especialidades para que a novo cultivar seja oferecido ao mercado com recomendações de plantio, manejo de formação e de pastejo, resultados de ganho animal, produção de sementes, indicações de resistência a pragas e doenças, além de informações sobre a identificação taxonô- mica e adaptação a biomas para assegurar sua longevidade. Sobre o melhoramento genético pro- priamente dito, este implica, inicialmente, em selecionar os parentais, cruzar, avaliar as progênies (filhos desses cruzamentos), multiplicar as melhores para avaliar com mais detalhes em canteiros maiores e em diferentes regiões do Brasil e, por fim, em ensaios sob pastejo, repetindo-se cada en- saio por pelo menos dois anos, para dar mais segurança quanto a variações climáticas. O objetivo maior do melhoramento genéti- co é combinar características de interesse presentes em parentais distintos. É cruzar “o bom com o bom” para cada vez obter híbridos melhores. No melhoramento ge- nético de braquiária, por exemplo, busca-se a resistência a cigarrinhas-das-pastagens presente no capim Marandu, associada à adaptabilidade aos solos ácidos e pobres da B. decumbens, e o bom valor nutritivo da B ruziziensis. Esses cruzamentos entre espécies nem sempre são possíveis, pois há plantas com diferentes números de cro- mossomos (e se eles não se pareiam bem Para colecionar: Droughtmaster: A Raça Vermelha Australiana para Trópicos Muito Secos A raça bovina Droughtmaster surgiu na década de 30 na região de Queensland, Austrália, a partir do cruzamento do gado Bos indicus (Brahman vermelho) com o Bos taurus (Shor- thorn e Devon). Em termos práticos, considera- -se que esta raça, especialista em carne, veio a partir do cruzamento do Brahman (50%) com Shorthorn (50%), que tem como principal característica sua grande capacidade de adaptação a condições de seca e calor extre- mo, que forma parte do clima australiano, onde nenhum gado europeu puro sobreviveu. A pigmentação vermelha do Drou- ghtmaster tem a fama de protege- -lo contra os raios nocivos do sol, reduzindo a incidência de doenças oculares e foto sensibilidade. As fêmeas podem engravidar a partir dos 14 meses de idade, possuem partos fáceis porque parem crias pequenas e possuem grande longevidade. O macho re- produtor possui excelente libido, muito importante para o manejo andrológico. Esta raça também é conhecida por ser resistente a muitas doenças que afetam outras raças como os carrapatos e hemoparasitas, incluindo a carcinoma ocular. A profundamente do olho embutido ou encapuza- do do Droughtmaster minimiza danos causados por impactos, e oferece certa proteção contra picadas de insetos, bem como a redução da incidência de câncer de olho e conjuntivite. Esta raça tem uma boa qualidade de carne em relação à maciez e marmoreio, considerada um meio termo entre Brahman e Angus, com a diferença de ser mais resistente e conseguir sobreviver em tais condições de calor extremo. Ela também possui uma carcaça bem musculosa e cobertura de gordura ideal, oferecendo um alto rendimento de carne para venda. Estudos recentes indicam que o rendimento de carcaça da raça gira em torno de 58% e o rendimento de carne vendável fica em torno de 76%; com uma cobertura de gordura a excelentes níveis. Tendo como base o Shorthorn, rendimento do marmoreio é maior do que os derivados das raças Bos indicus. Sua docilidade excepcio- nal mantém a cor e o pH da carne em níveis aceitáveis. Ao alcançar as especificações exigidas pelo mercado, em uma idade razoavelmente jovem, os Droughtmasters produzem carne muito macia. A carcaça dos Droughtmasters pode atingir graus 3 e 4 estrelas, sob um sistema de produção padrão, além de uma maturação que pode alcançar classificação 5 estrelas. Na Austrália, tem havido muito boas experiên- cias na produção de F1 do Droughtmaster com Angus, Hereford e Charolês, embora outras raças, especialmente de climas tropicais, pudessem ser utilizadas. Fonte: Perulactea Por Marangatú Sementes jornal portugues.indd 1 jornal portugues.indd 1 18/07/2014 11:44:13 18/07/2014 11:44:13

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Page 1: 14 ético notícia 20 ho O nocampo ho Boletim Informativo da ...Fonte: rehagro.com.br, resumido e adaptado por Marangatú Sementes. Eventos 3ª Feira de Agronegócios AGROVERDE Eventos

a boanotíciano campoBoletim Informativo da Marangatú Sementes

Junho/Julho

2014

Estratégias de Suplementação na Seca

22232 4

EditorialPrezados amigos,

Estamos de volta commais um “Gatú”, trazendoaté vocês notícias do agro-negócio. Como estamos emplena seca, na primeira pá-gina trataremos de um as-sunto de grande interessedos pecuaristas: estraté-gias de suplementação dorebanho no período seco.Na página 2, temos oseventos recentes. Conhe-çam, na terceira página,algumas dicas para mantera produtividade realizan-do o descarte de matrizes,quando necessário. Na pá-gina 4, selecionamos umtexto muito interessante,sobre melhoramento gené-tico de Brachiarias e aindafalaremos sobre a raça aus-traliana Droughtmaster.

Boa leitura.

Ofinal do período de chuvas e o início doperíodo de seca são evidenciados nasfazendas com a mudança das pastagens,

que param o rebrote e começam a secar, ficandoamareladas. Essa aparência reflete diretamentea qualidade e a oferta de forragem.

O potencial produtivo de uma planta for-rageira é expresso pela combinação do solo einfluenciado diretamente pela temperatura, umi-dade e incidência de luminosidade. A diminuiçãoda temperatura, com a ausência das chuvas fazcom que as plantas aumentem a sua senescência,praticamente cessando o rebrote. Isto leva auma queda no teor de proteína e energia destas,que é visto na prática com a perda de peso e decondição corporal do gado.

Autilização de sais “proteinados” e/ou “ure-ados” (misturas múltiplas) já é uma estratégiautilizada há muito tempo. Existem muitos traba-lhos publicados a respeito, em que são discutidosos fatores que afetam a ingestão voluntária de

alimento pelos bovinos. Os pesquisadores lan-çam mão da utilização de ureia em pastagens depior qualidade e relatam alteração no padrão dedigestibilidade e fermentação da fibra, aumen-tando o aproveitamento desta pela microbiotaruminal. Além disso, a ureia aumenta a taxade passagem do alimento pelo trato gastroin-testinal dos animais, o que leva a um aumentosignificativo da ingestão de alimento. Isso podegerar apenas uma situação de mantença para oanimal, ou seja, quando não há perda de peso,ou pode levar ao ganho de peso, dependendo daqualidade da gramínea.

Já o sal “proteinado”, além da ureia, éacrescido de outros ingredientes, como fontesenergéticas e proteicas, levando a um maior ga-nho de peso pelos animais. Os teores de proteínanestes sais são elevados e suas recomendações

variam em função da quantidade do suplementoa ser ingerida e dos teores de proteína oriundasde proteína verdadeira ou de ureia.

O nível de proteína deste alimento difereem função do nível de nitrogênio não proteico(ureia) e proteico (soja, por exemplo). O nível denitrogênio não proteico deve ser constante mes-mo com o aumento da ingestão, já que a ureia élimitadora do consumo e, em altos níveis, é tóxica.Já o aumento do teor de proteína verdadeira deuma mistura, normalmente, possibilita aumentono ganho de peso deste animal.

O tipo de suplementação a ser utilizadodepende da meta de desempenho dos animais de-sejado pelo produtor: O objetivo é manter aqueleanimal sem perda de peso ou é obter ganho depeso? Qual a meta de ganho?

Existem no mercado sais ureados que visamapenas à mantença dos animais e existem sais pro-teinados de baixo (0,1 % do peso vivo/dia) ou altoconsumo (0,2 % do peso vivo/dia), que possibilitam

pequenos ou grandes ganhos, respectivamente.Deve-se lembrar de que estes produtos são

apenas suplementos e que estão diretamenterelacionados à oferta e qualidade do pasto emque os animais estão. É preciso, então, haveruma estratégia prévia de diferimento (reserva) depastagem, onde alguns pastos são fechados no finalda estação chuvosa, com o objetivo de ocorrer umrebrote que disponibilize forragem para os animaisno período seco.

Ao se planejar um diferimento da pastagem,deve-se atentar para a queda do valor nutritivodas gramíneas. A Brachiaria é a pastagem mais uti-lizada nessas situações por atender melhor a essasituação, possuindo uma queda menos acentuadano valor nutritivo.

Fonte: rehagro.com.br, resumido e adaptadopor Marangatú Sementes.

Eventos3ª Feira deAgronegóciosAGROVERDE

EventosAlunos do IFTMvisitam aMarangatú

EventosVisitantesimportantes

daNicarágua

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EventosVisitante

importante daVenezuela

Gado de Corte: des-carte de matrizes éessencial para manterprodutividade naspropriedades

Gerando culti-vares de bra-quiárias viamelhoramentogenético

pág. 2

4Gerando cultivares de braquiárias viamelhoramento genético

OBrasil conta com clima, solo e topo-grafia que lhe conferem uma aptidãonatural para a pecuária a pasto,

produzindo o chamado “boi de capim”, semriscos associados às doenças decorrentes daingestão de proteína animal pelo gado, comoo “mal-da-vaca-louca”, e observando-se obem estar animal. Este diferencial qualita-tivo do produto brasileiro conquistou espaçonos mercados nacional e internacional,colocando o País como o maior exportadormundial de carne bovina.

As pastagens tropicais brasileiras, noentanto, são formadas por poucas varie-dades, e essa baixa variabilidade implicaem risco, seja por incidência de pragas oudoenças, ou devido a fenômenos climáticosextremos. Assim, programas de desenvol-vimento de novas forrageiras visam gerarnovidades que permitam garantir a pro-dutividade dos rebanhos contornando aslimitações do ambiente.

Muitas vezes nos perguntam o porquêda demora na liberação de novos cultivarese a resposta está na necessidade de com-provar o valor para ruminantes. Não basta aforrageira se adaptar bem ao solo e clima,produzir massa de forragem e resistir apragas e doenças. Precisa engordar o boi.Os critérios de seleção têm que ser o de-sempenho animal e a sustentabilidade/ren-tabilidade do sistema. Esse processo podedemorar até dez anos e envolve profissionais

na divisão celular, ocorrem anormalidadese sementes chochas) e a grande maioria éapomítica.

Apossibilidade de poder cruzar braquiá-rias só aconteceu depois de quase 20 anos deestudos básicos, mas abriu um novo cenáriopara as pastagens tropicais e vem impulsio-nando o mercado de sementes forrageiras,onde o Brasil é líder tanto de produção comoexportação. Variedades geradas aqui impac-tam toda a América Latina e já começam aganhar o continente africano por meio dasempresas brasileiras que se internacionali-zaram.Fonte: Cacilda Borges do Valle, publicadoem: www.ruralcentro.uol.com.br, adapta-

do e resumido por Marangatú Sementes.

de diferentes especialidades para que anovo cultivar seja oferecido ao mercadocom recomendações de plantio, manejo deformação e de pastejo, resultados de ganhoanimal, produção de sementes, indicaçõesde resistência a pragas e doenças, além deinformações sobre a identificação taxonô-mica e adaptação a biomas para assegurarsua longevidade.

Sobre o melhoramento genético pro-priamente dito, este implica, inicialmente,em selecionar os parentais, cruzar, avaliaras progênies (filhos desses cruzamentos),multiplicar as melhores para avaliar commais detalhes em canteiros maiores e emdiferentes regiões do Brasil e, por fim, emensaios sob pastejo, repetindo-se cada en-saio por pelo menos dois anos, para dar maissegurança quanto a variações climáticas.O objetivo maior do melhoramento genéti-co é combinar características de interessepresentes em parentais distintos. É cruzar“o bom com o bom” para cada vez obterhíbridos melhores. No melhoramento ge-nético de braquiária, por exemplo, busca-sea resistência a cigarrinhas-das-pastagenspresente no capim Marandu, associada àadaptabilidade aos solos ácidos e pobresda B. decumbens, e o bom valor nutritivoda B ruziziensis. Esses cruzamentos entreespécies nem sempre são possíveis, poishá plantas com diferentes números de cro-mossomos (e se eles não se pareiam bem

Para colecionar: Droughtmaster:A Raça Vermelha Australiana para Trópicos Muito Secos

AraçabovinaDroughtmaster surgiu na décadade 30 na região de Queensland, Austrália,a partir do cruzamento do gado Bos indicus(Brahman vermelho) com o Bos taurus (Shor-thorn eDevon). Emtermospráticos, considera--se que esta raça, especialista em carne, veioa partir do cruzamento do Brahman (50%)com Shorthorn (50%), que tem como principalcaracterística sua grande capacidade deadaptação a condições de seca e calor extre-mo, que forma parte do clima australiano,

onde nenhum gado europeu purosobreviveu.A pigmentação vermelha do Drou-ghtmaster tema famade protege--lo contra os raios nocivos do sol,reduzindo a incidência de doençasoculares e foto sensibilidade.As fêmeas podem engravidar apartir dos 14 meses de idade,possuem partos fáceis porqueparem crias pequenas e possuemgrande longevidade. O macho re-produtor possui excelente libido,muito importante para o manejoandrológico.Esta raça também é conhecida porser resistente a muitas doenças

que afetam outras raças como os carrapatos ehemoparasitas, incluindo a carcinoma ocular.Aprofundamentedoolhoembutidoouencapuza-do do Droughtmaster minimiza danos causadospor impactos, e oferece certa proteção contrapicadas de insetos, bem como a redução daincidência de câncer de olho e conjuntivite.Esta raça tem uma boa qualidade de carne emrelação à maciez e marmoreio, consideradaum meio termo entre Brahman e Angus, coma diferença de ser mais resistente e conseguir

sobreviver em tais condições de calor extremo.Ela tambémpossui umacarcaçabemmusculosae cobertura de gordura ideal, oferecendo umalto rendimento de carne para venda.Estudos recentes indicam que o rendimentode carcaça da raça gira em torno de 58% e orendimento de carne vendável fica em tornode 76%; com uma cobertura de gordura aexcelentes níveis.Tendo como base o Shorthorn, rendimento domarmoreio é maior do que os derivados dasraças Bos indicus. Sua docilidade excepcio-nal mantém a cor e o pH da carne em níveisaceitáveis.Ao alcançar as especificações exigidas pelomercado, emuma idade razoavelmente jovem,os Droughtmasters produzem carne muitomacia. A carcaça dos Droughtmasters podeatingir graus 3 e 4 estrelas, sob um sistema deproduçãopadrão, alémdeumamaturaçãoquepode alcançar classificação 5 estrelas.NaAustrália, tem havidomuito boas experiên-cias na produção de F1 do Droughtmaster comAngus, Hereford e Charolês, embora outrasraças, especialmente de climas tropicais,pudessem ser utilizadas.

Fonte: Perulactea

Por Marangatú Sementes

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Eventos Gado de Corte: descarte de matrizes é essencialpara manter produtividade nas propriedades

Areposição anual do rebanho dereposição anual do rebanho de 3matrizes é importante para mantera produtividade nas propriedadesa produtividade nas propriedades A

rurais. Isto deve ser com o descarte dosanimais improdutivos, que falharam emmais de uma estação de monta e aindaos considerados “velhos”, ou seja, pertode diminuir a fertilidade. A recomenda-ção é que todo ano sejam repostos 30%dos animais.Apesquisadora da EmbrapaGado de Corte (Campo Grande, MS),

Alessandra Nicácio, explica que, alémda idade do animal, o descarte deveconsiderar vários critérios como: falhareprodutiva, temperamento da vaca e,no caso de se trabalhar com inseminaçãoartificial, deve-se avaliar se o animaltem uma condição ginecológica favorá-vel à técnica.

“Normalmente, o descarte é feitodepois do diagnóstico de gestação, quedetecta as vacas que falharam. Então,faz-se a análise do histórico do animal,se já falhou outras vezes.Tem proprieda-de que a vaca falha um ano e já édescar-tada mesmo sendo jovem ainda, o queé chamado de pressão de seleção”, diza pesquisadora. Segundo ela, essa vacaque falha um ano não é necessariamenteuma vaca improdutiva, então ela podeaté ser vendida para outra propriedade

Foto: Marangatú Sementes

Foto: Marangatú Sementes

Foto: Marangatú Sementes

Foto: Campo Agrostologico de Marangatú. Por Marangatú Semillas.

Foto: Marangatú Sementes

ao invés de ser enviada para o abate.Quanto antes for feito o diagnóstico degestação, mais rapidamente pode serrealizado o descarte, evitando-se que oanimalfique mais tempo na propriedade.Algumas propriedades realizam o diag-nóstico mais tardio, junto ao período dadesmama (convencionalmente quando obezerro tem entre seis e oito meses), oque é interessante porque a vaca consi-derada velha, que teve o último bezerro,

já pode ser descartada. “Adecisão sobreo momento do descarte é mais uma de-cisão administrativa de quando é melhorpara a organização da propriedade”,destaca Alessandra.

A novilha torna-se primípara após oprimeiro parto. Esse animal ainda estáem fase de crescimento e, portanto, nãoalcançou seu peso adulto e, durante operíodo de pós-parto, tem uma neces-sidade nutricional maior. Devido a essascircunstâncias, as primíparas costumamter uma taxa de prenhez mais baixa, oque pode levar à conclusão de que elatenha falhado e deva ser descartada.“Desse modo, a propriedade só terá no-vilhas, vacas velhas e as primíparas queemprenharam. Então é preciso tomarcuidado com o critério de descarte deprimíparas para que não se faça tanta

pressão de seleção nessa categoria. Oideal é não descartar logo na primeirafalha, mas dar a essa vaca outra chancepara emprenhar novamente”, explica apesquisadora.

A partir do momento que a vacatem o segundo parto, ela é consideradamultípara. O período ideal entre umparto e outro é de 12 meses. De acordocom Alessandra, para a multípara, casoocorram duas falhas seguidas, ela pode

ser descartada da propriedade, consi-derando já ser um animal adulto e compeso ideal.

No rebanho de matrizes, a recomen-dação é que 30% sejam de novilhas,visando não causar grande impactoquando elas se tornarem primíparas. Apesquisadora acrescenta que quando aintenção é aumentar o rebanho, o idealé colocar mais de 30% de animais oudiminuir o descarte, sempre mantendoos 30% de novilhas. “O que não se podefazer é colocar muitas novilhas, pois noano seguinte haverá um número muitogrande de primíparas. Por exemplo, seforem colocados 50% de novilhas, no anoseguinte o índice de prenhez será maisbaixo”, enfatiza.

Fonte: www.uagro.com.br

Coordenador:José Roberto da [email protected] Responsável: Marcos [email protected]

Rodovia Anhangüera Km 313Caixa Postal 636 - CEP 14001-970 Jardim Jóquei ClubRibeirão Preto/SP – BrasilTel.: 55 16 3969 1159

Apoio Técnico: Beatriz CostaAfonso Aguiar NettoImpressão: São Francisco Gráfi ca e Editora Ltdagrafi [email protected]

Foto: Por Marangatú Sementes.

3ª Feira deAgronegóciosAGROVERDE

Alunos do IFTM visitama Marangatú

Visitantes importantesda Nicarágua

Visitante importante daVenezuela

Entre os dias 07 e 10 de maio, a Ma-rangatú Sementes esteve presente naterceira edição da Feira de Agrone-

gócios da Cooperativa Agropecuária Valedo Rio Verde (AGROVERDE), em CampinaVerde/MG. Esta cooperativa é uma impor-tante parceira da Marangatú na região doTriângulo Mineiro.

Um grupo de alunos do Instituto Fe-deral do Triângulo Mineiro (IFTM),campus de Uberaba/MG, visitou a

Unidade de Beneficiamento de Sementesda Marangatú no dia 29 de maio. Na oca-sião, os alunos tiveram a oportunidade deconhecer todas as etapas de produção eo laboratório de análises de sementes. Nomesmo dia, também visitaram um campode produção de sementes de Brachiariadecumbens, em Cássia dos Coqueiros/SP.

Em março, um grupo de empresáriosda Nicarágua veio ao Brasil especial-mente para visitar as instalações da

Marangatú. Este grupo foi acompanhadopelo Sr. Pedro Gonzalez, colaborador denosso parceiro naquele país - Formunica.Os visitantes foram recebidos pelo Sr.Marcio Meirelles e cumpriram uma extensaagenda em Ribeirão Preto.

Em junho, recebemos a visita da Sra.Gabriela Diaz, Gerente Executiva& Financeira da Agrícola Tanausu,& Financeira da Agrícola Tanausu,

2Venezuela. Tanausu Agrícola é o distribui-Venezuela. Tanausu Agrícola é o distribui-2dor exclusivo dos produtos Marangatú nador exclusivo dos produtos Marangatú na 2Venezuela.Venezuela.2A visita foi concluída no campo agros- A visita foi concluída no campo agros-2tológico da Marangatú, juntamente com atológico da Marangatú, juntamente com a 2Eng. Juliane Salum.Eng. Juliane Salum.2jornal portugues.indd 2jornal portugues.indd 2 18/07/2014 11:44:1618/07/2014 11:44:16