15 - Homenagem Francisco Zapata - RELET 30 - WEB

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Revista Latino-americana de Estudos do Trabalho, Ano 18, nº 30, 2013, 289-298 Francisco Zapata: o sociólogo do trabalho da América Latina 1 Iram Jácome Rodrigues A obra de Francisco Zapata é vasta e sua atuação intelectual se inicia em meados dos anos 1960 no Chile. Doutorou-se em 1971 na França, sob a orientação de Alan Touraine e atualmente é professor do Centro de Estudios Sociológicos de El Colegio de Mexico. Participa como membro da Academia Mexicana de Investigación Cientifica desde 1991 e exerceu a presidência da ALAST no período 1993-1996. Publi- cou vários livros, além de centenas de capítulos e artigos em periódicos científicos. Nesta apresentação não pretendo fazer um apanhado geral da obra do homenageado, mas destacar alguns aspectos de sua trajetória intelec- tual que são relevantes para a compreensão de sua atuação como soció- logo do trabalho na América Latina. Quero ressaltar inicialmente a influência que sua experiência de trabalho na mina de cobre em Chuquicamata, norte do Chile, no início de 1971, durante o Governo Allende, teve sobre os seus escritos de so- ciologia do trabalho. Naquele momento, de grande efervescência política no Chile, Za- pata foi para o Departamento de Relações Industriais da Companhia de Cobre de Chuquicamata. Em entrevista a Óscar Contreras, em 1994, ele fala do seu envolvimento e das principais dificuldades e questões relati- vas a essa experiência:

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Franscisco Zapata

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  • Revista Latino-americana de Estudos do Trabalho, Ano 18, n 30, 2013, 289-298

    Francisco Zapata: o socilogo do trabalho

    da Amrica Latina1

    Iram Jcome Rodrigues

    A obra de Francisco Zapata vasta e sua atuao intelectual se inicia em meados dos anos 1960 no Chile. Doutorou-se em 1971 na Frana, sob a orientao de Alan Touraine e atualmente professor do Centro de Estudios Sociolgicos de El Colegio de Mexico. Participa como membro da Academia Mexicana de Investigacin Cienti ca desde 1991 e exerceu a presidncia da ALAST no perodo 1993-1996. Publi-cou vrios livros, alm de centenas de captulos e artigos em peridicos cient cos.

    Nesta apresentao no pretendo fazer um apanhado geral da obra do homenageado, mas destacar alguns aspectos de sua trajetria intelec-tual que so relevantes para a compreenso de sua atuao como soci-logo do trabalho na Amrica Latina.

    Quero ressaltar inicialmente a in uncia que sua experincia de trabalho na mina de cobre em Chuquicamata, norte do Chile, no incio de 1971, durante o Governo Allende, teve sobre os seus escritos de so-ciologia do trabalho.

    Naquele momento, de grande efervescncia poltica no Chile, Za-pata foi para o Departamento de Relaes Industriais da Companhia de Cobre de Chuquicamata. Em entrevista a scar Contreras, em 1994, ele fala do seu envolvimento e das principais di culdades e questes relati-vas a essa experincia:

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    en ese contexto me fui a trabajar al norte de Chile, como parte de la Central nica de Trabajadores y con la misin de poner en marcha un programa de lo que se llamaba la participacin de los trabajadores en la administracin de las empresas estatales. La idea en este caso era crear una instancia de negociacin, fuera del mbito sindical, en donde hubiera una representacin de los trabajadores para discutir los proble-mas no laborales. As que me involucr en ese proceso de eleccin de representantes, y en la creacin de esa estructura de representacin en la empresa. Desde el principio esto fue muy difcil, porque los sindica-tos se opusieron frontalmente a esa lnea de participacin obrera, con la idea de que eso poda comprometer al sindicalismo en la estrategia estatal. Vale la pena comentar que los trabajadores del cobre no con-formaban un sector que estuviera muy entusiasmado con la eleccin de Allende. Haba una distancia muy grande, porque los trabajadores del cobre teman perder algunas de sus conquistas sindicales a partir del proceso de nacionalizacin. Eso no ocurri, pero s hubo este tipo de iniciativas para cambiar el eje de la representacin desde el sindicalis-mo a la participacin de los trabajadores. (Contreras, scar F. Una ruta hacia la sociologa del trabajo. Entrevista con Francisco Zapata, Frontera Norte, vol. 6, n. 12, julio/diciembre de 1994, p. 133).

    Zapata registra tambm a importncia que esse perodo teve para sua trajetria intelectual:

    todo esto me sirvi mucho posteriormente, y se refleja en un trabajo que publiqu en Mxico (mi primer trabajo publicado en El Colegio de Mxico), que fue un cuaderno del CES que tiene por ttulo Los mineros de Chuquicamata: productores o proletarios?.(Idem, p. 134-5).

    Nesse estudo, Zapata discute a relao entre processo de trabalho, ao sindical e suas repercusses polticas. Um tema recorrente a com-preenso, no que tange conscincia operria, de que esta est associa-da, primordialmente, s questes do ofcio, quali cao, dignidade pro ssional dos trabalhadores. Diferentemente de certas interpretaes marxistas, sua pesquisa com os trabalhadores em Chuquicamata mostra-va no ser possvel derivar a conscincia operria, pura e simplesmente, do processo produtivo. (Idem, Ibidem). Em outras palavras, esse pro-cesso no era automtico, essa dinmica no era mecnica.

    Para Zapata, a experincia com os trabalhadores mineiros de Chu-quicamata tinha signi cado:

    una verdadera desmitificacin del discurso proletario [de setores] de la izquierda chilena, que en ese entonces, como hoy en da, sostena interpretaciones muy errneas sobre la clase obrera y los sindicatos,

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    basadas precisamente en la supuesta relacin entre el proceso de trabajo y la accin obrera.

    Do mesmo modo constata que, at 1971, os sindicatos mineiros tinham in uncia da Democracia Crist e

    incluso por la derecha, porque en Chuquicamata haba obreros de de-

    recha que votaban por el Partido Nacional. Para sintetizar, fueron dos

    momentos importantes: la cuestin del plan de incentivos y la de hacer

    una ofensiva ideolgico-poltica para cambiar la correlacin de fuer-

    za dentro de los sindicatos (Dos trayectorias de vida em Sociologia:

    dilogos con Pierre Tripier y Francisco Zapata, CONfines, 2/3 enero

    -mayo, 2006, p. 12).

    Em entrevista a Roberto Lima, (Op. Cit., 2011:231-240) essa

    questo retomada como um dos temas centrais de sua trajetria:

    pertenezco y me identifico con una generacin, que de cierta manera

    es muy numerosa y muy importante en la historia de la sociologa latino

    -americana. Esa generacin, de los sesenta y setenta nos comprometi

    con una prctica en la que la parte acadmica termin siendo poltica.

    La generacin de los aos sesenta, los que estudiamos sociologa en los

    aos sesenta, hicimos mucha poltica. Entonces, en mi caso especfico,

    en m caso particular eso se concreta, se materializa en 1971 cuando en

    Chile se nacionaliza el cobre (p. 231).

    Discorrendo sobre as motivaes dos socilogos do trabalho hoje

    e re etindo sobre a sua prpria experincia, Zapata chama a ateno

    para o fato de que a motivao poltica continua existente, embora em

    conjunturas diferentes,

    era una motivacin con un alto componente poltico, nos interesaban

    los problemas del trabajo por las repercusiones que esto tena en la

    accin poltica. Bueno, pues creo que algo hay de esto ahora, pero es

    bastante ms complejo. Yo no he encontrado nunca un estudiante de so-

    ciologa del trabajo que se interese solamente en los aspectos tcnicos

    del trabajo, siempre hay una preocupacin ms all de eso, algo que

    podramos definir muy ampliamente como un compromiso, aunque

    este no sea con una ideologa especfica o con la participacin poltica

    directa (Op. Cit., 1994:142).

    Uma cultura de esquerda foi decisiva para a produo histrica

    e sociolgica de estudos sobre o mundo do trabalho na America Latina.

    No Brasil, por exemplo, o historiador Boris Fausto, em seminrio em

    homenagem ao Prof. Azis Simo, em agosto de 1987, no Departamento

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    de Sociologia da USP, analisando as origens e as caractersticas dos tra-balhos daqueles que estudavam o movimento operrio, o sindicalismo, observava que parte signi cativa da gerao que levou adiante as pes-quisas sobre o movimento operrio e o sindicalismo no Brasil, nos anos cinquenta, sessenta e mesmo setenta do sculo passado, era oriunda, em sua esmagadora maioria, de grupos de esquerda, isto , antigos mili-tantes polticos, e/ou vindos de uma tradio e/ou cultura de esquerda. Francisco Zapata con rma essa percepo para a America Latina.

    Aps o golpe de estado no Chile, em setembro de 1973, a vida pessoal, intelectual e poltica de Zapata sofre uma brusca mudana: ele obrigado a deixar o Chile e se exilar no Mxico. Foi um novo comeo.

    Cuando nosotros salimos de Chile con mi familia, en enero de 1974, y antes de poder entrar a Mxico, porque aqu no se poda entrar sin pedir visa, estuvimos en Lima entre principios de enero y comienzos de febrero de 1974. En Lima, miraba el techo del cuarto donde vivamos y pensaba qu voy a hacer del resto de mi vida? Entonces, ah apare-ci este tema: voy a pensar y reflexionar acerca de los mineros como actores sociales en Chile, en Bolivia y en Per. (Op. Cit., 2006:12). (Grifos meus ).

    A experincia de Chuquicamata foi o ponto de partida para um conjunto signi cativo de trabalhos que marcam as preocupaes de Fran-cisco Zapata: livros, artigos, cursos, seminrios e debates se produziram sobre relaes de trabalho, desenvolvimento econmico e democracia; relaes entre Estado, democracia e classes trabalhadoras; greves e sis-tema corporativo; trabalhadores e sindicatos na Amrica Latina; questo democrtica e a esquerda latino-americana; o trabalho na nova e velha economia; mulheres trabalhadoras em uma empresa automobilstica, en-tre outros temas.

    Um tema recorrente nos seus estudos a re exo sobre trabalho e

    sindicalismo na Amrica Latina. O autor identi ca na trajetria histrica do movimento sindical latino-americano, trs diferentes perodos: uma fase heroica, uma fase institucional e uma fase que chama de perodo excludente.

    Zapata pergunta Como foi possvel brotarem organizaes sin-dicais em sociedades to escassamente diferenciadas, nas quais a estru-tura produtiva e os centros produtores aproximavam-se mais ao modelo de enclave [?]. (Zapata, 1991:98). A resposta estaria na luta anti-im-perialista que ocorria no continente. Em alguma medida, esse con ito

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    funcionou como justi cativa para as demandas propugnadas pelos tra-balhadores e, ao mesmo tempo, atribuiu ao capital estrangeiro a respon-sabilidade pela explorao (Idem). A luta contra o imperialismo, na-quele momento, foi fundamental para a formao de uma identidade de classe e, de outra parte, o discurso marxista, ao de nir um adversrio, criou as bases para dar uma coerncia a esse processo. importante, no entanto, ressaltar, como analisa Zapata, que a solidariedade alcanada por esta luta ocorreu mais como resultante das formas elementares de coeso comunitria que de uma conscientizao ideolgica (Idem, 98-99). A ideologia, naquele momento, no desempenhou um papel to sig-ni cativo em decorrncia da distncia notria entre o aparecimento dos sindicatos e a criao dos partidos polticos de base operria (p. 99). E o que caracterizava o sindicalismo latino-americano, nesse perodo, era a sua autonomia, combatividade e sua ligao ao enclave mineiro, agroindustrial ou porturio. (p. 99).

    A segunda fase, segundo Zapata, diz respeito ao processo de ins-titucionalizao sindical. Em particular, no caso do Mxico e do Chile, esse fenmeno ocorre nos anos 1920-30 do sculo passado. A principal caracterstica deste perodo foi a ascenso ao poder de setores das clas-ses mdias e os pacotes de leis sociais que em alguns pases, assu-miram a forma de legislao do trabalho. (idem: 100). No Brasil, esse movimento ocorreu nos anos 1930-40 e, em 1943, foi promulgada a CLT (Consolidao das Leis do Trabalho).

    Para o conjunto da Amrica Latina, esta fase se caracteriza pela interveno do Estado na economia, surgimento de uma burguesia indus-trial com base em nanciamentos estatais e, no mbito do sindicalismo, por um conjunto de normas estatais que levam perda de autonomia dos sindicatos e, paradoxalmente, ao aumento da sindicalizao (Idem: 100). Em outras palavras, isso ocorreu como expresso da presso coletiva exercida pelos trabalhadores sobre a estrutura poltica e, [tambm], foi o resultado de um processo de cooptao induzido pelo novo Estado... em formao (p. 101).

    Para Zapata, esse movimento incluiu o sindicalismo no sistema poltico e, ao mesmo tempo, demonstrou a debilidade da negociao coletiva como mecanismo de promoo das reivindicaes (p. 101). Dadas as condies do desenvolvimento do capitalismo e do Estado na Amrica Latina, a obteno das demandas baseou-se na capacidade de presso poltica do movimento sindical antes que no seu poder de nego-

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    ciao frente aos empresrios (Idem). Mas, o perodo da institucionali-zao do sindicalismo latino-americano se signi cou, em um primeiro momento, lig-lo ao Estado coincidiu, tambm, com um conjunto de medidas de polticas pblicas voltadas para os direitos das classes tra-balhadoras.

    Por m, Zapata descreve a terceira fase de sua caracterizao his-trica, que denominou de fase excludente. Esta fase se caracterizaria pela quebra do nexo anteriormente tecido entre modelo de acumulao e marco institucional, com a abolio ou o congelamento das disposies legais que regulamentavam a ao sindical. (101) o perodo das dita-duras militares no continente que fecharam as portas negociao pol-tica e buscaram limitar a relao capital-trabalho negociao coletiva, [ao mesmo tempo em que] eliminaram os espaos de ao poltica aos quais os sindicatos haviam tido acesso na fase anterior. (Idem). Esse processo teria levado os sindicatos, de um lado, a aumentar as relaes com seus representados e, de outro, a desenvolver uma atuao mais pragmtica e menos ideolgica. Em alguma medida, esses so alguns dos ingredientes que levaram ao surgimento do chamado novo sindica-lismo no Brasil, nos anos 1970 2.

    Em vrios pases da Amrica Latina, esse momento da ao sindi-cal teria representado o m da capacidade de presso distributivista do sindicalismo (p. 102). O despotismo fabril e a represso poltica dos re-gimes militares, fora do ambiente do trabalho, deixaram os trabalhado-res de mos atadas e restaram apenas demandas no mbito econmico.

    Na verdade, este conjunto de transformaes vai alm dos pases da Amrica Latina e, em alguma medida, dizem respeito a um conjunto mais amplo de sociedades nacionais no Ocidente. Houve uma mudana extremamente forte a partir dos anos 1970 na economia mundial, nas formas de organizao do trabalho e da produo e no mbito da poltica (naqueles pases de capitalismo maduro), que afetaram tanto o sindica-lismo, quanto a vida dos trabalhadores (Rodrigues, 2004).

    Como mostra Zapata (2003), para compreender a encruzilhada vivida pelo sindicalismo na Amrica Latina importante analisar as transformaes tanto no domnio do mercado de trabalho, do proces-so de trabalho e da produo nas empresas, quanto no ambiente polti-co-estatal. E, nesse sentido, o incio dos anos 1980 foi crucial. Aspectos relacionados desregulamentao trabalhista, processos de privatizao e abertura comercial foram questes recorrentes nas dcadas de 1980

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    e 1990. E essa dinmica acarretou uma perda signi cativa da fora do sindicalismo na regio.

    No caso brasileiro, embora acompanhando as principais tendn-cias do sindicalismo latino-americano, a ao trabalhista ganhou con-tornos diferentes e, possivelmente, por essa razo, a crise que se abateu sobre a ao sindical na America Latina tenha tido efeitos diversos. A experincia brasileira se mostrou distinta e at inovadora em vrios as-pectos, principalmente, a partir do nal da dcada de 1970 3.

    Por m, gostaria de a rmar que vejo no Professor Francisco Zapa-ta o socilogo do trabalho, por excelncia, da Amrica Latina; um con-tinente ainda pobre, desigual, pulverizado, com d cits de democracia e de participao dos trabalhadores na sociedade, embora tenha havido avanos recentes, mas desiguais, com respeito diminuio das des-igualdades e da pobreza e ao aumento da participao de amplos setores da populao aos direitos de cidadania.

    A trajetria intelectual exemplar do Prof. Francisco Zapata indica um claro caminho: a compreenso das sociedades, das classes trabalha-doras em suas relaes com as outras classes sociais, indissocivel do compromisso do socilogo e, em especial, do socilogo do trabalho, na luta contra todas as formas de opresso, de injustias e de desigualdades sociais em nossa Amrica Latina.

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    B !

    Contreras, scar. (1994), Uma ruta hacia la sociologia del trabajo. Entre-vista con Francisco Zapata, Frontera Norte, vol. 6, n. 12, p. 131-149, julio/diciembre.

    Fausto, Boris. (1976), Trabalho urbano e Con ito Social (1890-1920). So Paulo: Difel.

    Fouquet, Anne; Irazuzta, Ignacio. (2006), Dos trayectorias de vida en so-ciologa: dilogos con Pierre Tripier y Francisco Zapata. CON nes, 2/3 enero-mayo, p. 11-23.

    Lima, Roberto. (2011), Apuntes de una vida con y en la sociologa: entre-vista con el profesor Francisco Zapata. Sociedade e Cultura, Goinia, v. 14, n. 1, p. 231-240, jan/jun.

    Rodrigues, Iram Jcome. (2004), Crisis of unionism in Latin America? As-pects of the Brazilian experience. Site Labour Again.

    __ . (2011), Sindicalismo e Poltica: a trajetria da CUT (1983-1993). So Paulo: Editora LTr.

    Zapata, Francisco. (1990), Towards a Latin American Sociology of labour. Journal of Latin American Studies, 22, 375-402, May.

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    N

    1 Esta uma verso ligeiramente modi cada do texto apresentado ao VII Congresso Latino-americano de Estudos do Trabalho (ALAST), ocorrido em So Paulo, de 2 a 5 de julho de 2013, na sesso especial de homenagem ao Professor Francisco Zapata. Gostaria de agradecer diretoria da ALAST pela escolha do meu nome para homenage-lo, em especial sua presidente, Profa. Marcia Paula Leite.

    2 Ver, por exemplo, Rodrigues, 2011. 3 Ver, por exemplo, Zapata, 1990, p.385/386.

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