15 - influencia das cores na feitiçaria

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    CAPTULO 15

    A influncia das cores

    na feitiaria

    PERGUNTA: Explicam-nos certas pessoas entendidasem feitio que as prprias cores podem ativar ou enfraque-

    cer o ritual de enfeitiamento, conforme peculiar entre os

    africanos. Isso no ser tola crendice?

    RAMATIS: de senso comum que todas as vibra-es e impresses gravadas no ter, conforme a modulaoou freqncia com que possam ser recepcionadas ou ativa-das, podem transformar-se em diversos fenmenos como ele-

    tricidade, cor, luz, calor, som, magnetismo, odor, onda hert-ziana.Todas as cousas, atravs do duplo etrico, esto supe-rimpregnadas de ter-fsico emanado do prprio planeta;motivo por que qualquer gesto ou movimento, fato ou pen-samento, repercutem sua vibrao, harmnica ou desarmo-nicamente, no seu campo de influncia.

    Em face dessa correspondncia vibratria entre as coisase seres atravs do fluido etrico universal, os feiticeiros utili-

    zavam-se das vibraes das cores no exaustivo processo deenfeitiamento coletivo, embora tal recurso fosse mais psico-lgico e menos tcnico. Eles usavam as cores como excitado-res de convergncia e concentrao das foras mobilizadaspelos presentes, a fim de aproveitarem a grande influncia davibrao do psiquismo e at do atomismo dos objetos.Enquanto os feiticeiros tribais obtinham resultados proveito-sos no seu malefcio selvtico, servindo-se de cores mais fsi-

    cas, como o amarelo primrio revigorante ou o vermelho-excitante, os magos brancos conseguiam sublimar o campo

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    Magia de Redeno

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    emotivo dos presentes aos ritos de magia tergica ou terapu-tica, mobilizando as cores balsmicas, sedativas e agradveis,como o azul-celeste, verdeseda ou o rosa-lils.

    PERGUNTA: Mas isso no seria apenas crendice?

    RAMATIS: Inmeras lendas e crendices do passadohoje so prticas cientficas, embora disciplinadas por leisconhecidas da Cincia. Certas lendas, supersties e crendices,quando so desvestidas das suas excrescncias inteis, reve-lam um mecanismo cientfico ou processo que se enquadraperfeitamente nos experimentos sensatos da cincia moderna.

    A lenda esposada pelos ndios mexicanos e praticada sobdemorado cerimonial de cores excitantes, em que o milho verdeera submetido a extico ritual e depois recolhido sob determina-da fase da Lua, para gerar o mofo de uso no curandeirismo dapoca,hoje uma realidade cientfica no advento semelhante dapenicilina. Sem dvida, os laboratoristas modernos obtm apenicilina independente de fases lunares favorveis, sem proferirpalavras mgicas ou grunhidos misteriosos.Mas a verdade que

    os ndios mexicanos j conheciam tal propriedade teraputicado mofo e obtinham os mesmos resultados, malgrado nadasaberem da tcnica da cincia atual.

    Os acadmicos sorriam ceticamente dos antigos lavradores,que para livrarem-se dos parasitas das couves usavam cascas deovo enfiadas em paus e distribudas pelo terreno lavrado. Noentanto, mais tarde verificaram que as borboletas, atradas pelaalvura das cascas, ali punham ovos, mas as larvas, no podendo

    equilibrar-se na sua superfcie lisa, caam e morriam sem teremefetuado a postura direta sobre as couves.A lendria trepanaoque os silvcolas praticavam na cabea do enlouquecido, parafazer sair o Diaboque o maltratava, hoje fundamento cient-fico no tratamento de certo tipo de alienao mental da moder-na Psicocirurgia de lobotomia pr-frontal, descoberta e pratica-da pelo mdico portugus Egas Moniz.Trata-se da aplicao deuma agulha oca e uma faca sem corte, no rompimento dos neu-

    rnios, entre o tlamo e o lobo pr-frontal, a fim de eliminarangstias, fobias, raivas e crises obsessivas.

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    Ramatis

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    Certas cores usadas em cerimnias exticas dos povosprimitivos, em que o vermelho e o amarelo simbolizavam oselementos da natureza e conseguiam excitar os presentes e

    os danarinos, at lev-los a uma histeria coletiva, hoje soobjeto de cuidadoso estudo nos seus efeitos cromoterpicossobre o sistema nervoso e endocrnico. 1

    PERGUNTA: Naturalmente, isso seria apenas suges-

    to psicolgica. No ?

    RAMATIS: As cores fascinam e influem nos seres huma-nos, variando apenas quanto sensibilidade psquica de cada

    criatura,pois, alm de sua repercusso propriamente fsica,elastambm atuam despertando novas disposies mentais e emo-tivas, agradveis ou desagradveis, excitantes ou depressivas.

    A civilizao ainda conserva os seus tabus no uso dascores e conhece, subjetivamente, os seus efeitos psquicos, poisenquanto prefere o preto para o luto, o roxo para a mortalhaou enfeites de caixes de defuntos, elege o branco para o trajede noiva, das crianas, na primeira comunho e quaisquer fes-

    tividades que simbolizam o expluir sadio da vida! As corestraem o temperamento e a alma dos povos, pois as naesmais belicosas ostentam o vermelho na confeco de suasbandeiras, enquanto pases sem ambies guerreiras, como oBrasil, revestem o seu pavilho nacional apenas com o verde,amarelo, azul e branco, num admirvel simbolismo identifica-dor da esperana, intuio, fraternidade e paz! 2

    PERGUNTA: Que dizeis dos povos selvagens, que usa-vam certas cores para espantar os espritos?

    1 Vide o captulo Medicina, na obra A Vida no Planeta Marte, de Rama-

    tis; idem, captulos Escola e Educaoe Religio, onde se verificam vrias apli-caes de cores aprimorando o sentimento e o pensamento marciano.

    2 H um excelente e esotrico trabalho sobre a bandeira brasileira deautoria da Sr Hilda Leite de MacGuire, 6100 Camron, Box 59O-APO SanFrancisco 96.323, USA, em que se verifica, realmente, a extraordinria combina-o das cores e smbolos, a retratar a misso do Brasil no mundo! Esse magnficotrabalho pode ser solicitado Sra Iracy Leite de Almeida, Caixa Econmica Fede-ral de Pernambuco, Av. Guararapes Recife, Pernambuco.