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Objetivo Simulado.

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  • 1 CCAcerca da interpretao de que a Histria tem incio coma inveno da escrita, assinale a alternativa correta.a) A inferioridade cultural dos povos desprovidos de

    escrita a principal razo para que no sejam objetode estudo dos historiadores modernos.

    b) A fixao da escrita como ponto de partida da Histriano tem sofrido contestaes, pois todas as culturasconvergem para alguma forma de expresso escrita.

    c) Aqueles que consideram a escrita como o nico critriopara diferenciar a Pr-Histria da Histria possuemuma viso elitista do processo histrico.

    d) A inveno da escrita no pode ser considerada comomarco inicial da Histria, pois esse critrio invalidaria aimportncia da tradio oral presente na Pr-Histria.

    e) Os nicos historiadores que aceitam a escrita comoponto de partida da Histria so os franceses, em razoda influncia da filosofia iluminista.

    ResoluoA historiografia mais recente vem sofrendo forte influncia daAntropologia, a qual contesta a viso tradicional de que a Histriacomeou com a inveno da escrita. Dentro da novaperspectiva, progressos tcnicos como o desenvolvimento daagricultura e o uso dos metais, ou avanos sociais como osurgimento das sociedades urbanas, so to importantes para acompreenso da evoluo humana como a inveno da escrita.Dentro dessa perspectiva, aqueles que defendem ahistoriografia tradicional so considerados elitistas, sob aacusao de menosprezar outros aspectos ligados ao progressoda humanidade que no a escrita.

    2 DDNa noite fatal em que o cavalo de madeira vomitou seucontedo de homens armados, tendo como resultado adestruio da cidade, Eneias conseguiu fugir com ossobreviventes. Seus navios alcanaram o litoral da Itlia,onde um orculo o aconselhou a procurar um localadequado para nele se fixar.

    (Thomaz Bulfinch. O Livro de Ouro da Mitologia.

    Ediouro Editora. Adaptado.)

    O texto acima abordaa) um episdio da mitologia grega sem relao com

    possveis fatos histricos da Antiguidade.b) um acontecimento das lutas entre gregos e troianos

    pelo domnio do comrcio no Mediterrneo.c) a destruio da cidade de Cartago pelo general roma -

    no Eneias, pondo fim s Guerras Pnicas.

    d) a concluso da Guerra de Troia e o incio da aventuraque iria dar origem a Roma.

    e) o final das Guerras Mdicas, quando os gregos con -quis taram a capital do Imprio Persa.

    ResoluoO texto descreve o clebre estratagema utilizado pelos gregospara penetrar na cidade de Troia e destru-la, segundo a narrativada Ilada. Aborda ainda a viagem do heri troiano Eneias, referidana Eneida, que culminou com a fundao da cidade de AlbaLonga, na regio italiana do Lcio. Nessa localidade, segundo atradio romana, teriam nascido os gmeos Rmulo e Remo,fundadores de Roma.

    3 CCA cidade-Estado era um objeto mais digno de devoodo que os deuses do Olimpo, concebidos imagem doshomens. A personalidade humana, quando emancipada,sofre se no encontra um objeto digno de sua devoofora de si mesma.

    (Arnold J. Toynbee. Helenismo: Histria de uma Civilizao. Adaptado.)

    Na Antiguidade Clssica, as cidades-Estado represen -tavam a) uma forma de garantir a participao ampla da popu -

    lao na vida poltica grega. b) um recurso dos gregos para se expandirem por meio

    da fundao de colnias.c) a organizao de sociedades helnicas politica mente

    soberanas. d) uma manifestao da civilizao helenstica no sistema

    poltico grego. e) a heterogeneidade etnocultural das diversas popu -

    laes helnicas.

    ResoluoAs cidades-Estado gregas (plis), apesar de representarem amesma comunidade etnocultural, eram independentes. Essacircunstncia induzia os cidados a se interessarem primor dial -mente pelos assuntos locais, criando um senso de patriotismoque se circunscrevia plis.

    4 AAEnriquecendo os cidados ingleses, o comrcio contri -buiu para torn-los mais livres; e essa liberdade, por suavez, ampliou o comrcio. Pouco a pouco, as foras navaisse fortaleceram, tornando os ingleses senhores dosmares. A grandeza do Estado veio como consequncia.

    (Voltaire. Sobre o Comrcio. In: Cartas Inglesas (1734). So Paulo:

    Abril Cultural, 1984. p. 16. Adaptado.)

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    Cincias Humanas e suas TecnologiasQuestes de 1 a 45

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  • Considerando-se o trecho apresentado e o contexto emque foi escrito, correto afirmar que, para Voltaire,a) o poderio militar dos ingleses estava associado ao

    enriquecimento proporcionado pelo comrcio; essaprosperidade tornou os cidados mais livres e atuantespoliticamente, por meio de sua represen tao noParlamento.

    b) a Inglaterra, apesar da existncia do Parlamento, deviaser vista como um Estado absolutista, cujo fortale -cimento militar visava barrar as pretenses da bur -guesia mercantil ao exerccio das liberdadesindividuais.

    c) a acumulao de capitais proporcionada pelo comrciotornou os cidados ingleses livres; mas, paralela mente,fortaleceu o poder do Estado, dando-lhe condi espara restringir a participao da burguesia na vidapoltica nacional.

    d) o sistema poltico ingls, embora embasado naliberdade dos cidados, devia ser combatido pelosdemais Estados europeus, uma vez que constitua afonte da hegemonia econmica e naval exercida pelaInglaterra.

    e) o xito da Inglaterra no comrcio tornou seus cidadoslivres e aptos a exercer o poder poltico, o que fez dosistema parlamentarista ingls um modelo a serseguido pelos dspotas esclarecidos do sculo XVIII.

    ResoluoNo trecho transcrito, Voltaire associa a liberdade poltica dosingleses e a hegemonia naval da Inglaterra prosperidadetrazida pelo desenvolvimento das atividades comerciais.

    5 DD

    O general Bonaparte no Conselho dos Quinhentos, de Bouchot.

    A ilustrao mostra um episdio do Golpe de 18 Brumrio(9 de novembro de 1799), que elevou ao poder o jovemgeneral Napoleo Bonaparte. O governo do Diretrio foisubstitudo pelo Consulado e a Frana passou a viver sobuma ditadura que em 1804 desembocaria na implantaodo Imprio. A esse respeito, Marx afirmou, em A SagradaFamlia, que o Golpe de 18 Brumrio instaurou um regimeque encerrou o Terror e ps, no lugar da revoluopermanente, a guerra permanente.

    As alternativas a seguir, exceto uma, contm refernciascorretas sobre o regime napolenico. Assinale a alter -nativa incorreta.a) O Imprio Napolenico, embora centralizador e autori -

    trio, incorporou vrias conquistas alcanadas durantea Revoluo.

    b) O Cdigo Civil Napolenico, embora embasado noDireito Romano, modernizou a legislao francesa.

    c) Napoleo empreendeu numerosas campanhas mili -tares bem-sucedidas, mas finalmente veio a serderrotado.

    d) A burguesia sofreu proibies no campo associativo eteve suas conquistas jurdicas e sociais restringidas.

    e) A imprensa francesa foi submetida a uma severacensura, dentro do autoritarismo que caracterizou oImprio.

    ResoluoA burguesia foi a grande beneficiria do Golpe de 18 Brumrioe do governo napolenico, do qual ela seria um dos principaissustentculos (o outro era o Exrcito). Assim sendo, Napoleopreservou a igualdade jurdica estabelecida pela Revoluo, quebeneficiava sobretudo os burgueses, criou o Cdigo Civil einiciou o processo de industrializao da Frana.

    6 BBTinha de haver uma luta. Os estados do Sul e os do Nor -te trabalhavam de maneira diferente, pensavam diferente,viviam diferente. No Norte havia a lavoura em pequenaescala, o transporte por navios, as fbricas que cresciamproduzindo tudo por meio do trabalho branco; no Sul haviaa monocultura com o trabalho negro. Essa luta semanteve latente por 60 anos e finalmente eclodiu com aGuerra Civil.

    (Leo Hubermann. Histria da Riqueza dos Estados Unidos. So Paulo: Brasiliense, 1983. Adaptado.)

    A Guerra de Secesso (1861-65) deu um novo direcio na -mento nao norte-americana, pois a vitria dos nortistasa) ps fim ao movimento racista desencadeado pela

    Ku Klux Klan, contrrio ao processo de modernizaodo pas e defensor da permanncia dos negros no Sul.

    b) integrou economicamente o Sul ao Norte, graas unificao de mercados e ao consumo, pelo Norte, deprodutos sulinos, principalmente algodo.

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  • c) acelerou a industrializao do Sul, proporcionando aosestados da regio condies para assumir a hegemoniapoltica e econmica sobre o pas.

    d) exps o grande dilema americano do Destino Mani -festo, determinando a supremacia da pers pectivaeconmica agrria sobre a industrial.

    e) levou ao fim da escravido e criou condies para aincluso dos negros na sociedade do Sul, com boaspossibilidades de ascenso econmica e poltica.

    ResoluoConcluda a Guerra Civil Norte-Americana, o algodo do Suldeixou de ser direcionado para a Gr-Bretanha (que passou aimportar esse produto do Egito e da ndia), sendo adquirido pelasindstrias txteis do Norte. Esse redirecionamento contribuiupara integrar o mercado interno dos Estados Unidos,consolidando a unidade do pas.

    7 EEAs mulheres so mantidas num trabalho inteiramentemaquinal, no qual s se lhes pede rapidez. Quando digomaquinal, nem imagine que seja possvel sonhar comoutra coisa enquanto se trabalha, e muito menos refletir. Otrgico dessa situao que o trabalho maquinal demaispara fornecer assunto mente; alm disso, im pede qual -quer outro pensamento. Pensar ir menos de pres sa; ora,h normas de rapidez estabelecidas por buro cratas sempiedade e que preciso cumprir, para no ser despedida.

    (Simone Weil. A Condio Operria e Outros Estudos sobre a

    Opresso. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.)

    O texto expressa a) uma defesa do confinamento da mulher s tarefas

    domsticas, dada a explorao desapiedada dostrabalhadores pelo sistema fabril.

    b) uma viso conservadora da sociedade, que noaceitava o direito de a mulher ocupar, nas fbricas, olugar antes destinado apenas aos homens.

    c) a apologia da maquinofatura, capaz de produzir grandequantidade de bens de consumo utilizando um nmeroreduzido de trabalhadores.

    d) uma viso otimista em relao sociedade capitalista,que incorporou a mulher ao mundo do trabalhorespeitando sua dignidade.

    e) uma crtica alienao gerada nos trabalhadores pelosistema fabril, interessado em mant-los como simplespeas do processo produtivo.

    ResoluoO texto faz uma crtica alienao* promovida pelo trabalhofabril que, por meio de sua exigncia quanto produtividade,impede que a operria tenha tempo de realizar qualquerreflexo, limitando sua ateno ao processo mecnico erepetitivo das operaes necessrias para a produo.*O termo alienao deve ser entendido como perda dacapacidade de reflexo, assim como do senso crtico sobre oque ocorre consigo e com a vida ao redor.

    8 DDAta Geral da Conferncia de Berlim

    26 de fevereiro de 1885

    Captulo I Declarao referente liberdade decomrcio na Bacia do Congo.

    Artigo 6 Todas as potncias que exercem direitos desoberania ou uma influncia nos referidos territrioscomprometem-se a velar pela conservao dos aborginese pela melhoria de suas condies morais e materiais deexistncia, bem como a cooperar na supresso daescravatura e principalmente do trfico de negros; elasprotegero e favorecero, sem distino de nacionalidadeou de culto, todas as instituies e empresas religiosas,cientficas ou de caridade criadas e organizadas paraesses fins, ou que instruam os indgenas para lhes fazercompreender e apreciar os benefcios da Civilizao.

    (Adaptado.)

    A leitura do texto permite-nos deduzir que elea) demonstra que os interesses voltados para investi -

    mentos financeiros foram a tnica da conferncia.b) caracteriza a cobia dos colonizadores pela abun dncia

    de minerais na regio subsaariana.c) explicita as intenes religiosas do imperialismo,

    evidenciadas na proteo ao dos missionrios.d) revela a ideologia do neocolonialismo europeu, ao se

    referir aos benefcios da Civilizao.e) reflete a preocupao das potncias capitalistas em

    manter a escravido de africanos.

    ResoluoA Conferncia de Berlim, realizada entre novembro de 1884 efevereiro de 1885, tinha como objetivo estabelecer regras paraa ocupao da frica o que resultou em um processo departilha que no respeitaria as diferenas tnicas regionais. Ofoco oficial da reunio foi a explorao da bacia do Rio Congo(ou Zaire), onde Leopoldo II da Blgica criara o Estado Livre doCongo na verdade um domnio pessoal, que somente seriatransferido para o Estado Belga em 1908.

    9 CCO Perodo Entreguerras (1918-39) foi marcado, entreoutros aspectos,a) pelo triunfo do liberalismo poltico e econmico na

    Europa e nos Estados Unidos, como forma de retomaro crescimento do capitalismo, superando os efeitoscatastrficos da Grande Depresso.

    b) pelo confronto entre os Estados Unidos e a UnioSovitica e pela aplicao do Plano Marshall, destinadoa recuperar a economia das naes europeiasdevastadas pela Primeira Guerra Mundial.

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  • c) pelo crescimento do gangsterismo nos Estados Uni -dos, durante a vigncia da Lei Seca, e pela ascensodos totalitarismos de direita em diversos pases daEuropa.

    d) pelo surgimento de novas tendncias artsticas, comoo romantismo e o rococ, evidenciando a perplexidadedos intelectuais diante da brutali dade desencadeadapelo conflito de 1914-18.

    e) pela Belle poque, quando a burguesia europeia,enriquecida durante a Primeira Guerra Mundial,ostentou uma vida luxuosa que contrastava com amisria das massas russas.

    ResoluoNormalmente, o Perodo Entreguerras entendido como ummomento de crise do liberalismo: do ponto de vista poltico, coma ascenso de regimes fascistas na Europa e a consolidaosovitica na Rssia; do ponto de vista econmico, a partir daGrande Depresso, iniciada em 1929 com o crack da Bolsa deValores de Nova York, que levou diversas naes a adotarprticas intervencionistas.De 1920 a 1933, os Estados Unidos viveram sob a vigncia daLei Seca (Prohibition Act), emenda constitucional que proibiua fabricao e venda de bebidas alcolicas. Essa medidafavoreceu o crime organizado, multiplicando as gangs quecontrabandeavam bebidas ou as produziam clandestinamenteno prprio pas.

    10 CCUma famlia isolada mudava-se de suas terras. O paipedira dinheiro emprestado ao banco, e agora o bancoqueria as terras. A companhia quer tratores em vez depequenas famlias nas terras. Se esse trator abrissecompridos sulcos em nossa prpria terra, a gente gostariado trator, gostaria dele como gostava das terras quandoainda eram da gente. Mas esse trator faz duas coisasdiferentes: abre sulcos nas terras e expulsa-nos dela. Noh quase diferena entre esse trator e um tanque deguerra. Ambos expulsam os homens que lhes barram ocaminho, intimidando-os, ferindo-os.

    (John Steinbeck. As Vinhas da Ira. 1972.)

    O trecho transcrito est relacionado coma) o perodo anterior crise de 1929, caracterizado por

    altos ndices de emprego e tambm de consumo.b) a Segunda Guerra Mundial, geradora de uma crise eco -

    nmica que abalou as sociedades europeias.c) a Grande Depresso, que assolou os Estados Unidos

    em consequncia da Crise de 1929.d) a depresso de 1873, marcada pelo colapso econ mico

    da socie dade norte-americana.e) uma crise cclica do capitalismo, provocada pelo dese -

    quilbrio entre subproduo e superconsumo.

    ResoluoA Grande Depresso que se seguiu Crise de 1929 provocou,primeiro nos Estados Unidos e depois em outros pasescapitalistas, uma onda de recesso e desemprego. A rigor, acrise na agricultura norte-americana, relatada no trechotranscrito, comeou antes de 1929, mas seus efeitos (perda depropriedades e paralisao da produo) iriam prolongar-se umpouco alm da implantao do New Deal, ocorrida em 1933.

    11 AA

    A publicidade acima recorre a ideias e valores dosmovimentos de contestao e de crtica de costumes,ocorridos em sociedades europeias e americanas incluindo o Brasil na dcada de 1960. Tais movimentosdiziam respeito, entre outros aspectos,

    a) contestao do establishment capitalista e burgus,bem como condio feminina de ento.

    b) mecanizao do trabalho domstico, como forma desubordinar as mulheres sociedade patriarcal.

    c) modernizao da identidade feminina, com o objetivode valorizar os atributos estticos das mulheres.

    d) massificao dos hbitos de consumo, igualandohomens e mulheres como alvo da publicidade.

    e) ao conformismo pequeno-burgus, evidenciado naacomodao da juventude ao ambiente familiar.

    ResoluoExpresses como Chega de opresso!, Passeata a favor deodd! e Liberdade para as mulheres!, utilizadas na publicidadeapresentada, referem-se ao esprito contestatrio, libertrio efeminista dos movimentos de rebeldia do perodo. Entretanto,outras frases, como Guerra total contra a sujeira!, Outrosdetergentes so a favor do inimigo! e Odd contra a subversodas panelas!, refletem a polarizao poltica do perodo, de -corrente da Guerra do Vietn e da implantao de regimesditatoriais no Cone Sul.

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  • 12 BBAo contrrio da Amrica Espanhola, a Amrica Portuguesano apresentou, de incio, abundncia de metaispreciosos. Na falta de riquezas minerais, foi o acar que,em termos econmicos, tornou viveis os primeirospassos da colonizao no Brasil. Sobre a produo deacar nos engenhos coloniais brasileiros no sculo XVI,assinale a alternativa correta.a) A existncia do solo de massap, ideal para o cultivo

    da cana-de-acar, fez com que as capitanias situa dasnos atuais Nordeste e Centro-Oeste do Brasil setornassem os principais polos econmicos da colnia.

    b) A organizao da produo aucareira no Brasil estavavoltada para o atendimento da crescente e rentveldemanda do mercado europeu, no atendida suficien -te mente pelos engenhos situados nas ilhas portu -guesas do Atlntico.

    c) O poder patriarcal do senhor de engenho se restringiaaos limites de sua propriedade, estando as reas exter -nas a ela submetidas s leis e normas da Coroa Portu -guesa, aplicadas na colnia por meio de um forteaparato militar e judicirio.

    d) Os senhores dos engenhos coloniais, em comparaocom os bares do caf do sculo XIX, tratavam seusescravos com menos brutalidade, pois os consi -deravam mercadorias de custo elevado e de difcilreposio.

    e) A alta cotao do acar no mercado internacionalpropiciou um grande acmulo de riquezas na colnia,alm de logo superar, em volume e em valor, asexportaes de produtos originrios de Portugal.

    ResoluoA lavoura canavieira do Brasil Colnia desenvolveu-se dentro dosistema de plantation, baseado na monocultura, no latifndio,no escravismo e no direcionamento para o mercado externo.No obstante, quem mais lucrou com a comercializao desseproduto foram os flamengos (holandeses), responsveis por seufinanciamento, refinao e distribuio na Europa.

    13 CCA Companhia de Jesus, criada na Espanha em 1534, nocontexto da Contrarreforma, teve atuao importante noprocesso colonizador da Amrica Portuguesa. Acercadessa atuao, correto afirmar quea) os jesutas foram responsveis pela fundao dos

    primeiros centros urbanos do Brasil, como So Vicente,So Paulo e Salvador, em cujos arredores foram organi -zados aldeamentos indgenas regidos pelo sistema deservido coletiva.

    b) os jesutas se destacaram na educao e catequesedos grupos indgenas brasileiros, adaptando a doutrinacatlica s crenas dos nativos e criando um sincre -tismo religioso que teria considervel influncia naformao cultural do povo brasileiro.

    c) um de seus instrumentos mais importantes foi aeducao, tanto em relao sociedade colonial, pormeio da fundao de colgios, como em relao catequese dos indgenas, por meio da organizao dealdeamentos ou misses.

    d) os jesutas vieram para o Brasil como o brao religiosoda Coroa Portuguesa, dentro da Contrarreforma; assim,coube-lhes a incumbncia de catequizar e aculturar osindgenas, de forma a adapt-los ao trabalho agrcola aservio dos bandeirantes.

    e) os jesutas, por terem uma organizao baseada nahierarquia e na disciplina, foram eficientes auxiliaresnas aes militares destinadas a capturar indgenas, afim de convert-los f catlica.

    ResoluoAt serem expulsos pelo marqus de Pombal, em 1759, osjesutas dominaram o sistema educacional do Brasil Colnia,fundando diversos colgios. Tambm na catequese dos ndios,que constituiu sua atividade mais notria, os jesutas recorreramao ensino como meio de aculturar os indgenas e convert-los f catlica. Alis, coerentes com essa misso catequizadora,os padres inacianos foram ardorosos defensores dos nativoscontra a ao escravizadora dos colonos.

    14 BBDe todas as colnias inglesas, a melhor o Reino dePortugal.

    (Dito popular portugus sculo XVIII, citado por

    F. M. P. Teixeira, em Brasil: Histria e Sociedade.)

    Assinale a alternativa que explica a afirmao anterior. a) As relaes econmico-comerciais entre Inglaterra e

    Portugal estavam baseadas no Pacto Colonial, cujaprtica assegurava vultosos lucros aos ingleses.

    b) Os lucros auferidos com a minerao de ouro no Brasileram, em sua maioria, transferidos para a Inglaterra,devido ao deficit da balana comercial portuguesa.

    c) O declnio do setor manufatureiro txtil em Portugal,decorrente do embargo espanhol, tornou a economialusa dependente da importao de tecidos ingleses.

    d) A Revoluo Industrial Inglesa somente foi possvelgraas importao de matria-prima barata, prove -niente do Brasil e repassada s fbricas inglesas.

    e) Portugal e Inglaterra eram parceiros no comrcio comas ndias, sendo o transporte martimo realizado pornavios ingleses, nos termos do Ato de Navegao.

    ResoluoCom o fim da Unio Ibrica, Portugal passou a dependereconomicamente da Inglaterra inicialmente, devido concesso de emprstimos pelos ingleses; depois, por fora deuma balana comercial cada vez mais deficitria, sobretudo apartir da assinatura do Tratado de Methuen (1703). Ao longo dosculo XVIII, parte desse deficit foi coberta com o ouro do Brasil,que assim contribuiu para a realizao da Revoluo IndustrialInglesa.

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  • 15 CCNa ltima dcada do sculo XIX, o Exrcito Brasileirodestruiu o arraial sertanejo de Canudos. A Revolta deCanudos pode ser entendida como uma manifestao dea) hesitao dos mandatrios polticos em desencadear

    medidas repressivas contra a agitao camponesa.b) tenso social no campo, agravada pela expulso de tra -

    ba lhadores por jagunos a servio dos fazendeiros.c) resistncia da populao sertaneja contra a estrutura

    agrrio-latifundiria e as medidas repressivas oficiais.d) descontentamento dos fanticos contra a deteno de

    Antnio Conselheiro pelas autoridades locais.e) rebeldia dos camponeses contra as medidas governa -

    mentais de combate s secas que afligiam o serto.ResoluoEmbora as autoridades o acusassem de ser um foco monar -quista, o Arraial de Canudos constitua, antes de tudo, umacomunidade sertaneja que procurava escapar opresso dosfazendeiros e a certas medidas da recm-proclamada RepblicaBrasileira, como a cobrana de impostos e o casamento civil.

    16 CCSubitamente, parecia que a esquerda havia ganhadovida. Mais de 1600 sedes locais da 'Aliana NacionalLibertadora' haviam brotado. A plataforma da Alianapedia o cancelamento das 'dvidas imperialistas', anacionalizao das empresas estrangeiras e a liquidaodos latifndios. Os radicalizantes estavam igualmenteativos na direita. Um movimento fascista chamadointegralismo vinha por igual fora.

    (Thomas Skidmore, De Getlio a Castelo)

    O texto refere-se a dois importantes e antagnicosmovimentos polticos, sobre os quais correto afirmarque ocorrerama) na Primeira Repblica e precipitaram a Revoluo de

    1930.b) no governo Jnio Quadros e provocaram a renncia do

    presidente.c) na dcada de 1930 e antecederam o golpe de Estado

    de 1937.d) no Estado Novo e colaboraram para o processo de

    rede mo cratizao.e) no segundo governo Vargas e contriburam para o

    suicdio do presidente.

    ResoluoA Aliana Nacional Libertadora (ANL) e a Ao IntegralistaBrasileira (AIB) foram dois movimentos polticos surgidos nosprimeiros anos da Era Vargas, reproduzindo no Brasil apolarizao ideolgica que ocorria na Europa. A ANL, fundadaem 1935 e fechada pelo governo no mesmo ano, era uma frenteantifascista nucleada pelo PCB (ento na clandestinidade).Quanto AIB, fundada em 1932 e extinta em 1937, foi umpartido de extrema direita liderado pelo escritor Plnio Salgado.

    17 CCFoi a ascenso das classes sociais urbanas, com adeposio do governo Washington Lus em 1930, quecriou novas condies sociais e polticas para a conversodo Estado Oligrquico em Estado Burgus. Esse foi ocontexto em que o governo Vargas, nos anos de 1930-45,passou a pr em prtica novas diretrizes quanto srelaes entre assalariados e empregadores.

    (Octvio Ianni. Estado e Planejamento Econmico no Brasil[1930-1970]. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira,

    1977. p. 34. Adaptado.)

    O texto afirma que o governo Vargas adotou novasdiretrizes para as relaes entre patres e empregados,especialmente aps 1937, quando foi instau rado o EstadoNovo. Nesse perodo, intensificou-se a regulamentaodas relaes entre as classes patronais e os trabalha -dores, no processo de industrializao ento vivido peloBrasil. O esprito dessa interveno estatal se expressa a) na negao de prticas sociais e polticas valorizadas

    pelo fascismo, como o corporativismo e a utilizao damquina de propaganda oficial.

    b) na tentativa de aproximar a poltica trabalhista, cada vezmais, dos integralistas, com vistas a aliciar PlnioSalgado para a chefia do Partido Trabalhista Brasileiro.

    c) na busca da harmonia social por meio do fortaleci -mento do Estado, que passou a tutelar as divergnciase conflitos baseados em interesses particularistas.

    d) na valorizao dos trabalhadores nacionais, objetivandodar-lhes oportunidade de alcanar o poder, conformelegislao que dificultava a admisso de estrangeiros.

    e) no reconhecimento do direito de greve para ostrabalhadores e do direito lockout para os empresrios,com o fito de dirimir conflitos trabalhistas.

    ResoluoO trabalhismo de Vargas, devido a suas caractersticas po -pulistas, era eminentemente paternalista no trato das relaesentre patres e empregados; da a importncia do papelatribudo ao Estado na conduo dessas relaes, como se podedepreender da Consolidao das Leis do Trabalho, posta emvigor em 1943.

    18 BBLeno no Pescoo

    Meu chapu de lado,Tamanco arrastando,Leno no pescoo,Navalha no bolso,Eu passo gingando,Provoco e desafio.Eu tenho orgulhoEm ser to vadio.

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  • Sei que eles falam

    Deste meu proceder.

    Eu vejo quem trabalha

    Andar no miser.

    No samba Leno no Pescoo, o compositor WilsonBatista a) faz uma crnica social sobre a elite intelectual do Rio de

    Janeiro. b) critica o trabalho, exaltando a figura do malandro

    carioca. c) satiriza a poltica trabalhista implementada por Getlio

    Vargas. d) ataca o movimento operrio, de inspirao anarcos -

    sindi calista. e) adverte as pessoas de origem humilde contra os males

    da ociosidade.

    ResoluoNas camadas populares do Rio de Janeiro, os conceitos demalandro e malandragem estavam ligados ideia de notrabalhar regularmente, vivendo de expedientes ou s custas deuma ou mais mulheres. Esse ideal de cio (que na terminologiaoficial era chamado de vadiagem) foi combatido pelotrabalhismo populista de Getlio Vargas, cujo governo seempenhou em exaltar os valores ligados ao trabalho. Nessecontexto, h quem considere a exaltao da malandragem, feitapor certos sambistas, como uma forma de resistncia aospadres comportamentais propostos pelo governo s classespobres.

    19 DD

    Presidente JK (1956-61).

    Presidente Mdici (1969-74).

    Juscelino Kubitschek e Emlio Garrastazu Mdici so duasfiguras representativas das dcadas de 1950 e 1970.Assinale a alternativa que relaciona corretamente oscontextos histricos desses dois perodos.a) JK intervencionismo; Mdici liberalismo.b) JK privatismo; Mdici estatismo.c) JK agrarismo; Mdici caudilhismo.d) JK desenvolvimentismo; Mdici autoritarismo.e) JK militarismo; Mdici populismo.

    ResoluoO quinqunio de JK, sintetizado no slogan Cinquenta anos deprogresso em cinco de governo, caracterizou-se pelodesenvolvimentismo, isto , pela acelerao do desenvolvi -mento econmico, sob superviso do Estado. No planoeconmico, o governo Mdici distinguiu-se pela realizao doMilagre Brasileiro, caracterizado pelos altos ndices decrescimento; paralelamente, porm, foi o governo maisautoritrio e repressivo da ditadura militar brasileira (1964-85).

    20 AAA poltica energtica brasileira adotada no sculo XXconstitui uma demonstrao histrica do papel do Estadocomo agente econmico. Assinale a alternativa queconfirma essa interpretao.a) O governo Geisel firmou acordos com a Alemanha

    Ocidental para a construo de oito usinas em solobrasileiro, destinadas a produzir energia eltrica eproporcionar ao Brasil acesso tecnologia nuclear.

    b) A separao entre solo e subsolo, sendo este ltimopropriedade da Unio, foi instituda pela Constituiode 1934 e representou o mais significativo resultadoda campanha O petrleo nosso.

    c) Diante da elevao dos preos do petrleo, deter -minada pela Opep na dcada de 1970, o Estadobrasileiro abriu mo do monoplio sobre a produopetrolfera nacional e privatizou a Petrobras.

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  • d) O Programa Nacional do lcool (Prolcool) foi criadopelo governo Figueiredo com o objetivo de tornar oBrasil autossuficiente na produo de combustveis, oque foi alcanado nos governos subsequentes.

    e) Nos ltimos anos, o Brasil tem realizado grandesinvestimentos em matrizes energticas alternativas,utilizando tecnologia de ponta e tornando-se um grandeprodutor de energia elica e solar.

    ResoluoO programa nuclear brasileiro foi iniciado pelo presidente Mdici,por meio de um acordo com a empresa norte-americanaWesting House para construo de uma usina nuclear em Angrados Reis, RJ. As dificuldades surgidas na execuo desseprojeto levaram Ernesto Geisel, sucessor de Mdici, aestabelecer com a Alemanha Ocidental, em 1975, um acordopara construo de mais oito usinas nucleares. O fracasso doMilagre Brasileiro, porm, inviabilizou o projeto nuclearbrasileiro atualmente reduzido a trs usinas, todas em Angrados Reis.

    21 DD

    Monumento s Bandeiras (1953), de Victor Brecheret. Parque do Ibirapuera, SP.

    Zumbi dos Palmares (1986), de Joo Filgueiras Lima. Praa Onze, RJ.

    Os monumentos histricos tm relao com a memria,de modo a destacar imagens e valores para a identidadecoletiva de povos e sociedades. As fotos retratammonumentos histricos brasileiros produzidos em pocasdistintas. A comparao entre ambos evi dencia umamudana no conceito de identidade brasileira. No caso,essa mudana pode ser relacionada coma) a transio democrtica. b) a integrao regional. c) a miscigenao racial. d) o pluralismo etnocultural.e) o etnocentrismo africano.

    ResoluoO Monumento s Bandeiras exalta um setor da classedominante em So Paulo no Perodo Colonial: os Bandeirantes,pertencentes aristocracia fundiria e, alm de desbravadoresde terras, inimigos das misses jesuticas, apresadores de ndiose destruidores de quilombos. J Zumbi dos Palmares glorifica osmbolo mximo da resistncia negra escravido, derradeirodefensor do Quilombo dos Palmares. Assim, enquanto oprimeiro monumento enfatiza a viso elitista e at ento oficialda formao social brasileira, o segundo expressa uma mudanaconceitual, direcionada para a valorizao das comunidades nobrancas em nosso processo histrico.

    22 AAA discusso sobre a reviso da Lei da Anistia veio tonadepois que os ministros Tarso Genro (Justia) e PauloVanucchi (Direitos Humanos) defenderam punies atorturadores, sob a interpretao de que estes teriampraticado crimes comuns no perodo da ditadura militar incluindo a prpria tortura. A polmica maior, contudo,surgiu quando o presidente do Clube Militar, general dareserva Gilberto Figueiredo, classificou de desservio aoPas a discusso sobre a reviso da Lei da Anistia.

    (Folha de S.Paulo, 15/8/2008. Adaptado.)

    Sobre a Lei da Anistia, ainda hoje objeto de discussopoltica, correto afirmar quea) foi sancionada no incio do governo Joo Figueiredo, o

    ltimo da ditadura militar, e anistiou tanto os militantespolticos condenados pelo regime autoritrio como osagentes dos rgos de represso.

    b) fez parte de um amplo acordo, do qual participaramsetores de oposio, e garantiu indenizao imediataqueles que foram perseguidos pelos rgosrepressivos do regime de exceo.

    c) o Comit Brasileiro pela Anistia coordenou um amplomovimento popular nesse sentido, mas o CongressoNacional aprovou uma medida paliativa, o que nosatisfez a oposio democrtica.

    d) foi aprovada pelo Congresso Nacional, juntamente coma extino do Ato Institucional n.o 5, apesar da forteoposio dos militares, tanto moderados como dachamada linha dura.

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  • e) foi sancionada pelo presidente Figueiredo com muitasrestries aos militantes das organizaes guerrilhei -ras, o que contrariou os setores mais reacionrios doregime militar.

    ResoluoEmbora o governo afirmasse que a Anistia seria ampla, geral eirrestrita (abrangendo portanto os agentes dos rgos derepresso), ela no foi estendida queles que tivessem sidocondenados por crimes de sangue praticados contra aditadura militar. Todavia, as poucas dezenas de pessoas nessasituao foram libertadas nos meses seguintes promulgaoda Lei da Anistia, com base no princpio da equidade.

    23 DDA vegetao do Brasil padece de um permanente flagelo:o desmatamento. Esse desmatamento pode tambm seconverter na emisso de gs carbnico, como se podeobservar no grfico com dados obtidos, at 1995, pormeio de pesquisas cient ficas e recentemente divulgados.Veja abaixo:

    (O Estado de S. Paulo, 6/5/2012.)

    De 1995 a 2012, o desma tamento se intensificou e acolaborao na emisso de gs carbnico deve teraumentado. Com base nos resultados apresentados no grfico, pode-seafirmar:a) A Amaznia era a maior emissora de gs carbnico

    entre os sistemas ambientais avaliados no Brasil.b) Em razo de suas formaes vegetais escassas e

    pouco densas, a caatinga no emitia gs carbnico,quando alterada.

    c) A formao do Pantanal foi incapaz de produzir emis -ses de gs carbnico.

    d) Apesar de no possuir o maior estoque de gs car -bnico original, a Mata Atlntica foi a principal res -ponsvel pelas emisses observadas.

    e) As plantaes e pastos foram responsveis por umtero do gs carbnico emitido no Pas.

    ResoluoEm a, a Amaznia era, at 1995, um meio natural ainda poucoalterado. Em b, ainda que em pequena quantidade, haviaemisso de gs carbnico pela caatinga. Em c, apesar derestritas, as intervenes humanas no Pantanal foram res -ponsveis pela emisso de 36,9% de gs carbnico de seusestoques originais. Em e, as plantaes e pastos foramresponsveis pela emisso de 18% do total de gs carbnico.

    24 BBA crise no crescimento das cidades tem gerado uma sriede artigos, dos quais se retirou o seguinte excerto:

    O processo de reproduo de cidades desiguais, noqual cada vez mais as pessoas com menor renda vo paraas reas mais distantes dos centros, tem se intensificadono Brasil, indo alm das grandes metrpoles, onde adesigualdade se faz mais visvel. Metade da populaobrasileira mora na informalidade, 20% em favelas. E aspequenas e mdias cidades do Pas esto reproduzindoexatamente o mesmo modelo, diz Joo Sette WhitakerFerreira, coordenador do Laboratrio de Habitao e As -sentamentos Humanos (LabHab) da Faculdade de Arqui -tetura e Urbanismo da Universidade de So Paulo(FAU/USP) e autor do livro O mito da cidade-global: opapel da ideologia na produo do espao urbano (Ed.Vozes).

    (Adriana de Lorenzo et al. Cidades em crise. Frum, n. 108.)

    O texto leva-nos a concluir:a) Apenas nas metrpoles, observa-se o processo de

    deslocamento das populaes de baixa renda para asperiferias.

    b) Tanto nas metrpoles quanto nas cidades de portepequeno e mdio, reproduz-se a favelizao da po -pulao.

    c) O percentual de populao favelada ainda pequenono Brasil: apenas 20% da populao total.

    d) O deslocamento da populao de baixa renda dasreas centrais para as periferias um processoinexorvel e necessrio para que as cidades obtenhamo mximo de desenvolvimento de suas estruturascapitalistas.

    e) As favelas so instalaes urbanas regulares, pois soreconhecidas pelas autoridades como um fatoconsumado.

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  • ResoluoA favela uma resposta da populao pobre concentrao doespao urbano pela acumulao capitalista, demonstrando aincapacidade das autoridades em darem uma soluo aoproblema.

    25 CCAcredita-se que, nos prximos cinco anos (a partir de2012), o estado do Par poder se tornar o maior produtorde minrios do Pas, ultrapassando Minas Gerais. Asexportaes de minrios do Par representaram cerca de44% do saldo comercial obtido pelo Brasil em 2011. Omapa abaixo mostra para onde foi o minrio produzido poresse estado:

    (Folha de S.Paulo, 6/5/2012.)

    Na situao apresentada no cartograma, nota-se:a) A China a nica compradora de minrio de ferro do

    estado do Par.b) O Brasil s exporta minrio de ferro para pases

    desenvolvidos.c) A China a maior compradora de minrio de ferro do

    estado do Par.d) A Alemanha a nica compradora de minrio de ferro

    na Europa.e) As compras de minrio de ferro da Amrica Anglo-Sax -

    nica so superiores s da Europa.

    ResoluoO mapa mostra que, alm da China, compram minrio de ferrodo Brasil os EUA, o Canad, a Alemanha, a Frana, a Coreia doSul e o Japo. China e Coreia do Sul no podem ainda serclassificadas como pases desenvolvidos. Na Europa, alm daAlemanha, a Frana tambm importa minrio produzido no Par.As compras da Amrica Anglo-Saxnica equivalem s efetuadaspelos europeus.

    26 AAEntenda a polmica que envolve o Cdigo Florestalbrasileiro:

    ENTENDA O NOVO CDIGO

    O QUE O CDIGO FLORESTAL

    Pea-chave da legislao ambiental brasileira, defineas reas que devem ter a vegetao conservada e as quepodem ser usadas para a agricultura e a pecuria.

    A POLMICA

    Aprovado em1965, o Cdigo Florestal ficou obsoleto.Produtores rurais dizem que ele impede o avano doagronegcio. Ambientalistas argumentam que ele nuncafoi cumprido e que possvel produzir mais semdesmatar.

    REVISO

    Um decreto de 2008 estabeleceu punies paraproprietrios que desrespeitassem o Cdigo Florestal.Depois de 4 anos de vaivm, o Congresso aprovou onovo texto, que agora segue para a sano ou veto dapresidente Dilma.

    (Folha de S.Paulo, 25/4/2012.)

    Pelo que foi dito,a) o novo cdigo, aprovado pelo Congresso Nacional

    em 2012, deve ser aprovado pela Presidncia daRepblica, estando sujeito a veto.

    b) antes do novo cdigo, o Brasil no possua legislaesambientalistas.

    c) os produtores rurais so totalmente contra a criao decdigos florestais, pois essas legislaes atrapalhamsuas atividades econmicas.

    d) os ruralistas so contra o novo cdigo, pois esteestabelece punies que, antes de 2012, jamaisexistiram.

    e) o cdigo florestal teve de ser reformado, pois o anteriorera muito rigoroso e era cumprido risca.

    ResoluoO novo cdigo florestal, aprovado pelo Congresso Nacionalem 2012, possui tpicos polmicos que podero ser vetadospela presidenta como as questes do desmatamento e da re cu -perao das reas de vrzeas de rios, por exemplo.

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  • 27 EEO Brasil, no primeiro semestre de 2012, vive contrastes climticos que podem ser analisados no cartograma a seguir:

    (Folha de S.Paulo, 5/5/2012.)

    Esses contrastes esto relacionadosa) apenas ao excesso ou falta de chuvas.b) apenas ao degelo das guas da Cordilheira dos Andes.c) ao volume excessivo natural dos Rios Solimes e Negro.d) ao excesso de calor do Serto do Nordeste que acaba por influir tambm na Amaznia.e) a uma somatria de fatores como a neve derretida nos Andes, a movimentao atmosfrica e o excesso ou falta de

    umidade.

    ResoluoFatores desfavorveis se adicionam para tornar catica a situao climtica da poro centro-norte do Brasil. Entre eles, apresentam-seos extremos de temperatura e os bloqueios de massa de ar no Nordeste e o excesso de evaporao e o degelo na regio andina.

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  • 28 BBO mapa a seguir mostra os efeitos que determinado fe nmeno atmosfrico pode provocar nas diversas regiesambientais brasileiras:

    (UFRGS)

    O fenmeno que produz tais efeitos a) La Nia, que causa o resfriamento do Oceano Pacfico e altera o clima do continente americano.b) El Nio, que, devido ao aquecimento das guas do Pacfico equatorial, altera a movimentao das massas de ar que

    agem sobre a Amrica.c) o efeito estufa, que provoca o aquecimento da atmosfera e altera o comportamento da evaporao.d) El Nio, que, durante o inverno, aquece o litoral da costa atlntica da Amrica do Sul.e) a camada de oznio, cujo buraco se expandiu da Antrtida para a Amrica do Sul e est alterando a dinmica

    atmosfrica do subcontinente.

    ResoluoO fenmeno El Nio de origem atmosfrico-ocenica e consiste no superaquecimento das guas do Pacfico equatorial. A alteraono funcionamento dos ventos alsios (que cessam de soprar) superaquece a gua do Oceano Pacfico nas proximidades das Filipinasasiticas. Essa bolha de gua quente se desloca em direo Amrica, alterando, durante o percurso, o clima nos continentesasitico e americano.

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  • 29 AADe suma importncia na avaliao das condies de vidade uma sociedade, a taxa de mortalidade infantil refere-se quantidade de crianas que morrem em determinadoterritrio ao longo do primeiro ano de vida. Os grficos aseguir mostram a evoluo da taxa de mortalidade infantilno Brasil e apresentam uma comparao com taxas deoutros pases do mundo:

    (O Estado de S. Paulo, 29/4/2012.)

    A anlise dos nmeros permite afirmar:a) A taxa do Brasil ainda elevada, mas vai diminuindo

    rapidamente, distanciando-se das observadas emregies subdesenvolvidas.

    b) Com a queda ocorrida na ltima dcada (2000-10), ataxa brasileira j se compara s dos pases ricos.

    c) A dcada transcorrida entre 1970 e 1980 foi aquela emque a queda da taxa da mortalidade infantil foi a maior.

    d) Muitas dcadas devero ainda transcorrer para que ataxa brasileira se aproxime das taxas dos pases maisdesenvolvidos.

    e) Taxas de mortalidade infantil inferiores a 4% socorrem em pases europeus, onde a natalidade reduzida.

    ResoluoCom um ndice de 15,6 por mil, a taxa de mortalidade infantilbrasileira distancia-se daquelas observadas em pases subde -senvolvidos como os da frica, por exemplo, onde elas sosuperiores a 120 por mil. possvel que a taxa brasileira consiga,

    nas prximas duas dcadas, aproximar-se daquelas observadasnos pases ricos. A maior queda ocorreu na ltima dcada (2000-10),levando nossa taxa a nveis abaixo dos ndices da ONU (20 pormil).

    30 CCA questo curda ecoa pelo Oriente Mdio. Leia o texto:

    CRISE SRIA TRAZ ESPERANAS

    DE FUTURO MELHOR PARA CURDOS

    KILIS, Turquia Os curdos da Sria, durante tantotempo oprimidos pelo governo do ditador Bashar Assad,esto em geral se mantendo afastados do conflito que jdura mais de um ano no pas, resguardando suas apostasenquanto observam para ver quem vai levar a melhor.

    Assad tem se esforado muito para mant-los afas -tados da luta, pois est ciente de que o apoio dos curdos oposio poderia ser decisivo. Ele promete que cen te - nas de milhares de curdos recebero cidadania, algo quea famlia Assad lhes negou durante quase meio sculo.

    Os curdos tm outras razes para no se envolverem:o movimento oposicionista srio composto em grandeparte pela Irmandade Muulmana e por nacionalistasrabes, dois grupos que tm pouca simpatia pelosdireitos curdos. Alm disso, os curdos preferem se ater sua antiga meta de um Estado prprio.

    (The New York Times, 30/4/2012.)

    Conclui-se quea) os curdos apoiam integralmente a revoluo que se

    instaurou na Sria a partir de fins de 2011.b) o movimento curdo recebido com simpatia pelos

    demais grupos opositores do atual regime srio, comoa Irmandade Muulmana.

    c) o atual governo srio tenta atrair os curdos para seumeio, prometendo cidadania.

    d) os curdos desejam apenas uma maior autonomia.e) atrair o apoio curdo pouco interferiria na resoluo da

    luta pelo poder na Sria.

    ResoluoOs curdos, uma nao sem Estado, com contingentesespalhados pela Turquia, Sria, Ir e Iraque, desejam formar umEstado nacional, mas se deparam com a oposio dos governosdos pases pelos quais eles se distribuem.

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  • 31 EENaes sob presso: a Coreia do Norte, um dos mais isolados pases do mundo, vez por outra se indispe com acomunidade mundial, notadamente os EUA. Em abril de 2012, ela lanou um foguete que transportaria um satlite decomunicaes. Contudo, ele caiu no mar. Observe o esquema:

    (O Estado de S. Paulo, 14/4/2012.)

    A anlise detalhada do infogrfico permite concluir:a) O alcance do mssil reduz-se rea de entorno da Coreia do Norte, como a China e a Coreia do Sul.b) No h o que temer a respeito dos msseis da Coreia do Norte, pois o pas no possui tecnologia para a construo

    de armas de destruio em massa.c) O nico pas a temer alguma consequncia do armamento da Coreia do Norte so os EUA.d) O mssil foi um projeto conjunto da Coreia do Norte com a China e a Rssia a fim de modernizar as telecomunicaes

    da Coreia do Norte.e) O desenvolvimento de tecnologia nuclear e a capacidade de lanar msseis preocupam toda a rea de entorno,

    chegando at aos EUA.

    ResoluoO elevado grau de isolamento do Estado norte-coreano leva-o a adotar medidas radicais e imprevisveis que preocupam at seusaliados chineses. A ltima tentativa de lanar um suposto satlite de comunicaes levou as autoridades da ONU a crerem que a Coreiado Norte desenvolvia tecnologia de lanamento de msseis intercontinentais armados de ogivas nucleares, tornando-se um risco paz mundial.

    32 DDAlm dos curdos, vrios outros povos enfrentam represso dos pases onde eles habitam, ou exigem o reconhecimentode massacres ocorridos no passado. Leia os seguintes textos:

    Texto 1

    Hoje vivem no Brasil 70 000 armnios e descendentes de armnios, que, como todos os outros imigrantes, forammuito bem acolhidos por esta Ptria-Me. Agra decemos a este pas abenoado a possibilidade de nossos antepas -sados reiniciarem uma nova vida e continuamos coope rando at hoje, j em nossa quarta gerao, para oengrandecimento desta Nao.

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  • Genocdio armnio: No se pode negar.

    No se pode esquecer.

    H que se reconhecer.

    (Panfleto de distribuio interna.)

    Texto 2

    As ltimas palavras dos manifestantes geralmenteincluem uma reivindicao de maior autonomia e umapelo pela volta do Dalai Lama, o lder espiritual tibetanoque est no exlio desde 1959. A tecnologia est fa -cilitando uma conscientizao que se propaga com maisrapidez do que nunca, disse Kate Saunders, diretora decomunicao da Campanha Internacional pelo Tibete, emLondres. No entanto, grupos de exilados dizem que ogoverno tem bastante sucesso nos seus esforos parasufocar as informaes na Regio Autnoma do Tibete,onde a segurana pode ser draconiana e jornalistasestrangeiros so proibidos.

    (The New York Times, 30/4/2012.)

    Os Estados com os quais armnios e curdos estoenvolvidos so, respectivamente:a) Rssia e Azerbaijo. b) Azerbaijo e Monglia.c) Ir e Japo. d) Turquia e China.e) Gergia e Camboja.

    ResoluoOs armnios acusam o Estado turco de ter perpetrado umataque genocida em 24 de abril de 1915, matando 1,5 milhode pessoas, e exigem o reconhecimento do fato para moverprocessos contra a Turquia. J os tibetanos foram invadidos pelaChina em 1949, tendo sido anexados no ano seguinte. Ostibetanos protestam contra a represso chinesa e muitos alme -jam a independncia com o retorno de seu lder, o Dalai Lama.

    33 BBO grfico que se segue mostra a evoluo do PIB chinscomparado com outros PIBs do mundo:

    (Folha de S. Paulo, 14/4/2012.)

    A anlise dos dados permite afirmar:a) O crescimento do PIB chins manteve-se constante ao

    longo dos ltimos doze anos.b) O nvel de crescimento do PIB chins previsto para

    2012, se mantida a tendncia, ser o menor no perodoanalisado.

    c) O crescimento do PIB brasileiro encontra paralelo naevoluo do PIB chins.

    d) Os ndices do Brasil e EUA se assemelham aodesenvolvimento econmico chins.

    e) O crescimento do PIB chins no perodo analisado uma exceo aos crescimentos observados nos de -mais pases do mundo e no influencia no compor -tamento da economia mundial.

    ResoluoA evoluo do PIB chins no perodo considerado bastanteflutuante, superando, num nvel bastante superior, o desem -penho dos PIBs do Brasil, EUA e pases-membros da UnioEuropeia. Pelo fato de a China se constituir, em 2012, nasegunda maior economia mundial, o comportamento do PIBchins influi sobremaneira na economia mundial.

    34 DDDiscorrendo a respeito do crescimento da cidade de SoPaulo, o autor Caio Zinet, no artigo So Paulo: a Capitalda Desigualdade, afirma:

    Por um lado, esse crescimento permitiu que So Paulose tornasse a 4.a maior metrpole do mundo, com umagama incrvel de servios, museus, hospitais e educaode ponta para os mais ricos moradores das regies maisvalorizadas da cidade. Por outro, esse crescimento nose estendeu e no resolveu o problema de milhes detrabalhadores e trabalhadoras que so obrigados a passarhoras no trnsito, em nibus e metr lotados, para chegarao trabalho ou voltar para suas casas. Pessoas que, emsua maioria, moram em favelas, em habitaes precrias,prximas a reas de risco ou de proteo ambiental, ondeno tm acesso a equipamentos pblicos de qualidadecomo hospitais, creches e escolas pblicas. So Paulo hoje uma cidade cindida em duas.

    (Caros Amigos, n. 181.)

    Assim, entende-se quea) So Paulo uma cidade que, em razo de seu grande

    crescimento econmico, conseguiu atingir um patamarde equilbrio social.

    b) os problemas de transporte observados em So Pauloatingem, de forma igual, todas as classes sociais.

    c) os trabalhadores de So Paulo tm uma situao socialprivilegiada por viverem na quarta maior cidade domundo.

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  • d) So Paulo se encontra dividida em duas: a dos ricos,com excelentes condies sociais, e a dos pobres,com sofrveis condies de vida.

    e) o problema das favelas est se erradicando de SoPaulo.

    ResoluoOs desequilbrios econmicos observveis nos pasessubdesenvolvidos, onde a concentrao de renda convive compssimas condies de vida, so plenamente encontrveis nametrpole de So Paulo. Como afirma o autor, a cidade estdividida em duas: a dos ricos e a dos pobres.

    35 BBA crise europeia, que eclodiu a partir de 2010 e atingiudiversos pases, pode ser observada na charge que serefere Islndia:

    (Le Monde Diplomatique, n. 57, abril 2012.)

    Com base na charge e em conhecimentos sobre a criseeuropeia, possvel depreender quea) todos os pases europeus se recusam a pagar a dvida.b) a dvida considerada injusta por muitos povos

    europeus.c) os europeus assumiram dvidas que sabiam que no

    podiam saldar.d) os bancos vo escravizar os povos europeus at o

    pagamento das dvidas.e) os povos no so responsveis pelas dvidas

    assumidas pelo governo.

    ResoluoEm a, os povos concordam em pagar as dvi das, porm exigemmaior justia na cobrana de juros e demais encargos. Em c,tanto os povos quanto os governos dos pases no tinham ideiade que as dvidas evoluiriam para situao que impossibilitaria opagamento. Em d, as exigncias dos credores so pesadas,porm no podem escravizar as popu laes para que saldemas dvidas. Em e, os povos so responsveis na medida em queelegeram os governantes que contraram as dvidas e sebeneficiaram do uso dos recursos empenhados.

    36 EEA crise econmica na qual a Europa se encontra suscitauma srie de anlises como a que se segue:

    A crise por que passa a Europa quase sempreapresentada em termos dos pases que ganham ouperdem: quais Estados endividados foram lanados paraa periferia, com uma correspondente perda de soberania;e quais os membros centrais da UE que, liderados pelaAlemanha, mostraram sua fora. Mas uma ciso demo -grfica potencialmente mais perigosa comea a se abrirna Unio Europeia: a linha que divide no as naesindividualmente, mas sim geraes inteiras. O novoestopim o espectro do desemprego juvenil, que tem opotencial desestabilizador de colocar os europeus jovenscontra os velhos, ou os ricos de hoje contra ospobres de amanh. Por toda a Europa, h a sensaoinevitvel de que as leis demogrficas esto se voltandobrutalmente contra os jovens.

    (Poltica Externa, v. 20, maro/abril/maio 2012.)

    Assim, entende-se:

    I. A crise europeia no envolve apenas o presentemomento, mas tende a se transmitir para as prximasgeraes.

    II. A atual crise envolve apenas aquelas naesperifricas, de economias mais precrias, deixando delado os demais pases-membros da Unio Europeia.

    III. O desemprego juvenil apenas conjuntural e tende adesaparecer no futuro.

    IV. A atual crise colocar frente a frente os atuais jovens,cujas perspectivas so pouco alentadoras, e os idosos,que se beneficiam do Estado de bem-estar social.

    Esto corretas:a) I e II b) II e III c) III e IVd) II e IV e) I e IV

    ResoluoEm II, as naes centrais da Europa (supostamente mais ricas)acabam sendo atingidas indiretamente pela crise das naesperifricas, pois os pases-membros da Unio Europeiafuncionam como um bloco. Em III, a estrutura ocupacional queest se instalando na Europa atual, na qual os jovens passam aconviver com vnculos empregatcios precrios, tem a tendnciade se perpetuar para o futuro, piorando as condies de vidadas vindouras comunidades europeias.

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  • 37 BBPalestinos protestam em frente ao muro levantado porIsrael, no dia do Nakba (desastre), que marca os 64 anosde ocupao.

    (Folha de S.Paulo, 16/5/2012.)

    Com base na foto e em seus conhecimentos a respeitoda questo israelo-palestina, possvel afirmar:a) A construo do muro protege totalmente Israel dos

    ataques terroristas palestinos.b) O muro contestado pelos palestinos, que o veem

    como uma forma discricionria de Israel tolher a livrecirculao deles.

    c) A construo do muro foi autorizada pela ONU comoforma de Israel obstar os avanos palestinos em seuterritrio.

    d) A comunidade internacional apoiou a construo domuro, pois Israel encontrava-se na possibilidade de serexpulso de seu territrio.

    e) S aps a construo do muro, que se observou umareao violenta por parte dos palestinos.

    ResoluoCom cerca de 8 metros de altura, o muro foi construdo porIsrael para evitar atentados palestinos em seu territrio. Eleenvolve parte da regio da Cisjordnia e apresentou certaeficcia na reteno dos atos terroristas (as pessoas-bomba),mas foi criticado pela comunidade internacional por proibir a livrecirculao dos palestinos e a ONU requisitou que ele fossederrubado.

    38 CCO ano de 2012 assistiu a mais uma cheia histrica do RioNegro. Leia a notcia:

    O Rio Negro superou ontem a marca his trica decheia, chegando aos 29,78 metros. A ltima grandecheia em Manaus foi em 2009, quando o rio chegou aos29,77 metros, no dia 1.o de julho. A pre viso do ServioGeolgico do Brasil (CPRM) que o nvel da gua continuesubindo e alcance neste ano 30,13 metros.

    Antes da marca de 2009, o pior perodo de cheia haviasido registrado em 9 de junho de 1953, quando o rio marcou29,69 metros. A maioria dos picos de cheia em Manausaconteceram nos meses de junho e julho. Apenas 6%ocorreram em maio, como agora.

    (O Estado de S. Paulo, 17/5/2012.)

    Conhecendo-se a hidrografia da Amaznia e sua relaocom o funcionamento climtico, possvel dizer quea) as cheias do Rio Negro esto acontecendo fora do

    perodo normal.b) as cheias no tm relao com o perodo de chuvas.c) o Rio Negro enche nessa poca do ano, que coincide

    com as chuvas do hemisfrio norte.d) o Rio Negro recebe suas guas principalmente do

    degelo andino.e) as cheias do Rio Negro esto relacionadas com as

    intensas chuvas ocorridas na margem direita da BaciaAmaznica.

    ResoluoA Bacia Amaznica possui o que se chama de regime pluvialcomplexo, pois apresenta dois perodos de cheia: um de abril asetembro, quando as chuvas ocorrem na margem norte(esquerda) do Rio Amazonas; o outro de novembro a maro,quando as chuvas ocorrem na margem sul (direita) do RioAmazonas. As atuais chuvas que provocaram as formidveischeias do Rio Negro se enquadram no primeiro caso.

    39 DDEnquanto na Amaznia as cheias do Rio Negro provocamestragos na cidade de Manaus, no Nordeste as secasdestroem lavouras e reduzem o rebanho no semirido ecausam tambm prejuzos na Zona da Mata. Consi -derando-se o mapa a seguir que mostra a diviso regionaldo Nordeste, possvel inferir:

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  • a) A seca atinge todas as sub-regies indistintamentequando perduram por longo perodo.

    b) Apenas o Serto semirido passvel de ser atingidopela seca.

    c) Quando de grande intensidade, as secas podem atingirat o oeste do Maranho, fronteira com o Par.

    d) Se a seca chegou Zona da Mata, atingiu tambm oAgreste.

    e) As secas ocorrem todos os anos no Nordeste eatingem apenas o Serto.

    ResoluoA cada ocorrncia, as secas podem atingir diferentes sub-regies nordestinas. O mais comum que elas atinjam o Serto,mas, por vezes, chegam ao Meio-Norte e tambm ao Agreste.Mais difcil que elas atinjam tambm a Zona da Mata, regioprxima ao mar que conta com maiores elementos provo -cadores de chuva.

    40 EEA cidade de So Paulo, capital do estado do mesmonome, possui uma posio geogrfica peculiar que vaiinfluenciar diretamente no seu clima. Isso pode serobservado nos esquemas abaixo:

    (Climatologia, Ed. Oficina de Textos.)

    a situao apresentada nas figuras que faz com que SoPauloa) possua um clima tropical de altitude.b) apresente climas mais frios de inverno que cidades

    como Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.c) possua noites mais longas que aquelas situadas em

    latitudes maiores.d) apresente um vero suave.e) possua o mximo de incidncia de sol durante o vero.

    ResoluoObserva-se que, durante o vero, os raios de sol incidemperpendicularmente no solo da cidade, o que lhe garante omximo de luz e calor. O calor s no mais intenso porque acidade tem seu ambiente amenizado pela altitude.

    41 BBO Brasil tem recebido um elevado nmero de migranteshaitianos, que entram no Brasil pelo Acre e acabamchegando cidade de So Paulo. Esse fluxo migrante temrelao com

    I. a crise econmica que assola o Haiti, gerando umaelevada taxa de desemprego.

    II. a destruio de parte do Haiti, observada principal -mente em Porto Prncipe, a capital, devido a um inten -so terremoto ocorrido em 2010. O grande nmero deflagelados encontrou na emigrao uma soluo.

    III. o crescimento econmico do Brasil que atraiu umgrande nmero desses haitianos.

    IV. a ao repressiva que as foras de ocupao da ONU,liderada pelos EUA, exercem sobre a populao,levando muitos haitianos a deixar o pas.

    Est(o) correta(s):a) I e IV.b) I, II e III.c) II e IV.d) todas as alternativas.e) nenhuma alternativa.

    ResoluoEm IV, as foras da ONU que atuam no Haiti ajudam a manter apaz, num pas conturbado, do ponto de vista poltico. Esto sobo comando de militares brasileiros e tm desempenhado tam -bm um papel de ajuda s vtimas do terremoto de 2010.

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  • 42 EEAtente para a notcia:

    ADESO RUSSA OMC

    PODE FAVORECER O BRASIL

    Aps a adeso OMC, a Rssia deve se unir a umgrupo de naes que tm problemas semelhantes naexportao de carne e considera a possibilidade decooperao com o Brasil, Chile e Argentina.

    Tendo ampliado significativamente a produo avcola,a Rssia agora enfrenta problemas na exportao paraseu principal mercado potencial, a Unio Europeia.

    (Gazeta Russa, 16/5/2012.)

    Pertencer OMC significaa) que, s agora, a Rssia pode comerciar com o Brasil.b) que, a partir de sua adeso nesse organismo, a Rssia

    pode ser considerada um pas capitalista.c) que a Rssia s pode comerciar com pases da Unio

    Europeia.d) que a Rssia tambm est apta a entrar na OTAN.e) que agora as atividades comerciais russas podero ser

    julgadas quanto a eventuais pendncias.

    ResoluoA OMC (Organizao Mundial do Comrcio), rgo da ONU comsede em Genebra, Sua, rene dezenas de membros que tmpor propsito incentivar o livre-comrcio mundial. tambm umrgo gabaritado para julgar pendncias no comrcio internacional.

    43 AASeguem-se dois pluviogramas que apresentam diferentestipos climticos:

    (Climatologia, Ed. Oficina de Textos.)

    Comparando-se os dois grficos, possvel dizer:a) Os volumes pluviomtricos so consideravelmente

    maiores no grfico I.

    b) O clima do grfico I mido e frio.c) A amplitude trmica do grfico I maior que a do II.d) Observa-se a influncia da continentalidade no

    ambiente do grfico II.e) O ambiente do grfico I encontra-se numa posio

    latitudinal mais elevada que a do II.

    ResoluoO grfico I apresenta um clima equatorial tpico, com elevadosvolumes de chuva quase que o ano todo e temperaturaselevadas e estveis. J o grfico II o de um ambiente polarcom temperaturas de grande amplitude e negativas a maiorparte do ano e baixssimos ndices de chuva.

    44 BBOs grficos que se seguem trazem algumas informaessobre as populaes de alguns pases europeus:

    (Atlas National Geographic, Ed. Abril.)

    O que se percebe quea) os europeus recuperaram sua populao jovem.b) h um elevado contingente de idosos na Europa.

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  • c) o futuro produtivo da economia europeia est garantidopara os prximos 50 anos.

    d) no h necessidade de se importar mo de obra.e) ser fcil para a populao europeia retomar as taxas

    de natalidade elevadas.

    ResoluoA pirmide europeia com 25 pases-membros da Unio Europeiamostra que as taxas de natalidade decaem acentuadamentee a comparao com o contingente de jovens e idosos de28 pases deixa perceber que eles quase sempre se equivalem.A populao envelhece, no reposta pelos jovens e oseuropeus so obrigados a importar mo de obra.

    45 CCAcerca da polmica das queimadas, leia o texto:

    O FOGO NO CERRADO UM FATOR DE MANEJO?

    COM QUE INTENSIDADE O

    CERRADO NECESSITA SER QUEIMADO?

    (...) Apesar de o fogo ser um agente importante para ocerrado, ele no extensivo a todas as formaes ve ge -tais desse domnio. Queimadas de grandes pro por es,como as que so empregadas por fazendeiros, pre ju di -cam a fauna de mamferos como os tamandus-bandeira,que so rapidamente incinerados devido pe lagem es -pes sa e longa, muito inflamvel. O fogo tambm destrias ma tas-galeria que protegem as drenagens. As queima -das de pequenas extenses so, no entanto, inte gradasao ecos sistema dos cerrados. As gramneas, na ausnciade fogo, podem dominar a diversidade dos cerrados etornar as reas imprprias para a rica fauna do cerrado. Ofogo promove o rebrotamento de vrias esp cies does tra to her bceo, criando hbitats para a ema e oveado-campeiro.

    (Geoecologia. In: Geografia do Brasil. Ed. EDUSP.)

    Conclui-se ento:a) O fogo sempre nefasto para o cerrado, devendo ser

    evitado a todo custo.b) O fogo sempre necessrio, pois beneficia a fauna.c) As queimadas de pequenas extenses podem se

    tornar benficas, permitindo a recuperao de espciesque perderiam espao para as gramneas.

    d) As queimadas promovidas por atividades humanas soas melhores para a recuperao da fauna e flora docerrado.

    e) Apenas a vegetao sofre maiores consequncias douso descontrolado do fogo.

    ResoluoO uso do fogo tornou-se uma polmica entre muitos estudiososdo cerrado tambm pelas consequncias que pode trazer paraos solos do cerrado. Alguns afirmam que a queimada reaviva ossolos; outros dizem que seu uso intensivo pode queimar osnutrientes, ao invs de recuper-los.

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  • ENEM/2012 23

    46 AA(PASUSP) Galileu afirmou que um corpo pesado possuiuma tendn cia de mover-se com um movimento unifor -memente acelerado, rumo ao centro da Terra, de formaque, durante iguais intervalos de tempo, o corpo recebeigual aumento de velocidade. Isto vlido sempre quetodas as influn cias externas e acidentais forem removi -das; porm, h uma que dificilmente pode ser removida:o meio que precisa ser atravessado e deslocado pelo cor -po em queda e que se ope ao movimento com uma re -sis tncia. Assim, h uma diminuio em acelerao, atque final mente a velocidade atinge um valor em que aresistncia do meio se torna to grande que, equilibrando-se peso e resistncia, impede-se qualquer aceleraosubse quente e o movimento do corpo reduz-se a ummovi mento retilneo e uni forme que, a partir de ento, irmanter-se at a chegada ao solo.

    Considere um corpo esfrico em queda, partindo do re -pouso, prximo superfcie da Terra, conforme descritopor Galileu. Se registrarmos sua posio, em intervalosde tempo iguais, obteremos, de acordo com o texto, umatrajetria como a mostrada, de maneira esquemtica, em

    ResoluoNa fase em que o movimento acelerado, as distn ciaspercorridas em intervalos de tempo sucessivos e iguais voaumentando.Na fase em que o movimento se torna uniforme, as distnciaspercorridas em intervalos de tempo suces sivos e iguais tornam-se iguais.

    47 BBTexto: Tempo de reao e freio ABS

    O tempo de reao do motorista de um carro o intervalode tempo entre a viso de um perigo iminente e o ato deacionar o freio.

    O tempo de reao decorre do fato de a ordem para atomada de atitude provir do crebro e o impulso nervosodeve chegar ao p do motorista no ato de frear o carro. Otempo de reao varia de um indivduo para outrodependendo de sua idade, do estado emocional e de suasobriedade.

    Admita que para um dado motorista jovem, saudvel esbrio, o tempo de reao seja de 0,50 s e para o mesmoindivduo, alcoolizado, seja de 1,0 s.

    Quando o carro dotado de freios convencionais, quetravam as quatro rodas e o carro derrapa, o coeficiente deatrito a ser usado o dinmico, cujo valor 0,30, pro -porcionando ao carro uma acelerao de freada demdulo 3,0 m/s2. Para o carro dotado de freios ABS, asrodas so impedidas de travar, os pneus no derrapam eo coeficiente de atrito a ser usado o esttico, cujo valor 0,60, proporcionando ao carro uma acelerao de freadacom mdulo mximo de 6,0 m/s2.

    Considere um carro deslocando-se em linha reta em umplano horizontal com velocidade inicial de mdulo 108 km/h.

    Numa situao I, o tempo de reao do motorista de0,50 s e o carro dotado de freios ABS que vo propor -cionar ao carro a mxima acelerao de freada possvel.Neste caso, o tempo total desde a percepo do perigoat a parada do carro T1 e a distncia percorrida d1.

    Numa situao II, o tempo de reao do motorista de1,0 s e o carro tem freios convencionais, travando asquatro rodas. Neste caso, o tempo total desde apercepo do perigo at a parada do carro T2 e adistncia percorrida d2.

    Cincias da Natureza e suas TecnologiasQuestes de 46 a 90

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  • Os grficos no esto em escala correta.

    As razes r1 = e r2 = valem respectivamente

    a) 2 e 3 b) 2 e 2 c) 1,5 e 3d) 3 e 2 e) 3 e 3

    Resoluo1) Clculo do tempo de freada:

    V = V0 + t

    0 = V0 a tf

    Situao I: t1 = (s) = 5,0 s

    Situao II: t2 = (s) = 10,0 s

    2) Clculo do tempo total:

    T = TR + tf

    Situao I: T1 = 0,50 s + 5,0 s = 5,5 s

    Situao II: T2 = 1,0 s + 10,0 s = 11,0 s

    3) Clculo da distncia percorrida:

    s = rea (V x t)

    d1 = (5,5 + 0,50) (m) d1 = 90,0 m

    d2 = (11,0 + 1,0) (m) d2 = 180 m

    48 EE(FGV-SP) Fazendo parte da tecnologia hospitalar, oaparelho representado na figura capaz de controlar aadminis trao de medicamentos a um paciente.

    Regulando-se o aparelho para girar com frequncia de0,25 Hz, pequenos roletes das pontas da estrela,distantes 6,0 cm do centro desta, esmagam a mangueiraflexvel contra um anteparo curvo e rgido, fazendo comque o lquido seja obrigado a se mover em direo aogotejador. Sob essas condies, a velocidade escalarmdia imposta ao lquido em uma volta completa daestrela , em m/s:

    Dado: = 3

    a) 2,5 102 b) 4,2 102 c) 5,0 102

    d) 6,6 102 e) 9,0 102

    Resoluo(I) Clculo do perodo T de um dos roletes da pea em forma

    de estrela:

    T = T = (s)

    (II) Durante um perodo, o lquido contido na man guei ra

    empurrado, deslocando-se de um compri mento equivalente

    a 2R. Logo:

    V = = V = (m/s)

    Da qual:

    d2d1

    T2T1

    Adote g = 10,0 m/s2 e no considere o efeito do ar.

    V0tf = a

    30,0

    6,0

    30,0

    3,0

    T2 11,0r1 = = = 2T1 5,5

    30,0

    2

    30,0

    2

    d2 180r2 = = = 2d1 90,0

    T = 4,0s1

    0,25

    1f

    2 . 3 . 6,0 . 102

    4,0

    2R

    T

    st

    V = 9,0 . 102 m/s

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  • 49 BB(VUNESP) O esporte o conjunto dos exercciosfsicos que se apresentam sob a forma de jogos,individuais ou coletivos, dando vez competio, epraticados de acordo com regras pr-estabelecidas paracada uma de suas modalidades. As leis e conceitos daFsica esto sempre presentes na prtica esportiva.

    Para o jogo de basquete, a cesta fixada a 3,10 m acimado solo. Um jogador com os braos esticados lana a bolaque, em movimento parablico, acerta a cesta. Considereos dados da figura, despreze a resistncia do ar e adoteg = 10 m/s2, sen 53 = 0,80 e cos 53 = 0,60.

    O mdulo da velocidade inicial do lanamento vale, emm/s, a) 7,5 b) 10 c) 15 d) 20 e) 25

    Resoluo1) x = V0x T

    9,0 = 0,60 V0 T

    2) y = V0y t + t2

    0,75 = V0 . 0,80 . 5,0 .

    0,75 = 12

    = 11,25 V02 = 100

    50 CC(FAPERP) Um aluno que gostava muito de astro nuticaresolve explicar, a pedido de seu professor, o prin cpio defuncionamento de foguetes no espao afir mando oseguinte: No espao sideral, por ser um espa o vazio(vcuo), no possvel um foguete fazer curvas muitomenos acelerar, pois o princpio da ao e reao no fun -cionar pela simples razo do espao vazio no poderreagir sobre a nave tal qual faz o ar atmos frico. Ao ouvira explicao do aluno, o professor afirmou estar erradapelo seguinte motivo:a) O espao sideral no totalmente vazio e, assim, o gs

    ra refeito aplica fora de reao no foguete, acelerando-o.b) Um foguete acelera no espao sideral por inrcia, no

    sendo necessrios motores para aceler-lo.c) A propulso do foguete se faz pela reao que o gs

    ejetado pela cmara de combusto aplica nesta.d) A propulso do foguete se faz pela troca de fora entre

    o gs ejetado pela cmara de combusto e o aratmosfrico at atingir o espao sideral, onde noacelerar mais, mas o princpio da ao e reaocontinua valendo.

    e) No espao sideral, no se aplica a lei da ao e reao,porque os corpos no tm peso.

    ResoluoNo caso, a lei da ao e reao aplicada entre a cmara decombusto (que faz parte do foguete) e os jatos ejetados.

    51 DDNa figura, representamos a brisa martima e a brisaterrestre, que so resultados de processos de con vecotrmica.15

    T = V0

    y2

    225V0

    2

    15V0

    1125V0

    2

    V0 = 10 m/s1125V0

    2

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  • Durante o dia, a gua, que tem elevado calor espe cficosen svel, esquenta menos que a areia. O ar junto areiaes quenta mais, torna-se menos denso e sobe, gerandouma regio de baixa presso. A diferena de presso oca -siona uma brisa que vai do mar para a terra (item (A) dafigura).

    Durante a noite, a gua esfria mais lentamente que aareia, isto , o ar junto gua fica mais quente que o arjunto areia, e o processo se inverte ocasionando a brisaque vai da terra para o mar (item (B) da figura).

    Do exposto, podemos concluir quea) o sentido de deslocamento do ar o mesmo durante o

    dia ou durante a noite.b) a gua esfria mais rapidamente que a areia.c) quando a temperatura do ar aumenta, ele se torna mais

    denso.d) a regio mais aquecida uma zona de menor presso,

    e a regio mais fria uma zona de maior presso.e) o sentido da brisa o da regio de baixa presso para

    a regio de alta presso.

    Resoluoa) Falsa.

    As brisas martima e terrestre tm sen tidos opos tos.b) Falsa.

    A gua esquenta e esfria mais lenta mente que a areia,porque tem calor especfico sensvel maior.

    c) Falsa.Quando a temperatura aumenta, o ar se torna menos densoe por isso sobe.

    d) Correta.Na regio mais aquecida, o ar menos denso e sobe,ocasionando a zona de baixa presso e a con sequente brisa.

    e) Falsa.O ar se desloca da regio de alta presso para a regio debaixa presso.

    52 DD(FMJ-SP) Aps receber seu novo freezer para cervejas,o dono de um bar no litoral decide test-lo inicial mentevazio, para verificar se de fato ele atinge a tem peraturade 3C, temperatura medida corretamente por umtermmetro no corpo do aparelho. Depois de avaliar oacabamento interno, fecha a porta e aguarda o resfria -mento, que realmente atinge a temperatura desejada.

    Sem perder tempo, decide colocar garrafas e latinhas pararesfriar.

    Ao tentar abrir a porta do freezer, verifica que ela oferecegrande dificuldade em ser aberta devido queda depresso em seu interior. A diferena de presses, internae externa, faz surgir sobre a porta uma fora resultantede intensidade, em kN, aproximadamente, igual aa) 2,0 b) 4,0 c) 6,0 d) 9,0 e) 12,0

    Dados:

    temperatura do ambiente em que est o freezer = 27C;

    presso no litoral = 1,0 . 105 Pa;

    considerar o ar um gs ideal e que a vedao da portafuncione perfeitamente.

    Resoluo

    1) p = = k T

    p1 = k (27 + 273) = k 300

    p2 = k (3 + 273) = k 270

    = = 0,90

    2) p = p1 p2 = p1 0,90 p1p = 0,10 p1 = 1,0 . 104 Pa

    3) F = p . AF = 1,0 . 104 . 150 . 60 . 104 N

    n R T

    V

    270300

    p2p1

    p2 = 0,90 . p1

    F = 9,0 . 103 N = 9,0 kN

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  • 53 DD(ENADE) A segunda lei da Termodinmica pode serusada para avaliar propostas de construo de equipa -mentos e verificar se o projeto factvel, ou seja, se real mente possvel de ser construdo. Considere a situa -o em que um inventor alega ter desenvolvido um equi -pamento que trabalha segundo o ciclo termodinmico depotncia mostrado na figura. O equipamento retira 800 kJde energia, na forma de calor, de um dado local que seencontra na temperatura de 1000 K, desenvolve umadada quantidade lquida de trabalho para a elevao deum peso e descarta 300 kJ de energia, na forma de calor,para outro local que se encontra a 500 K de temperatura.A eficincia trmica do ciclo dada pela equaofornecida.

    = = 1

    (MORAN, M. J., SHAPIRO, H. N. Princpios de Termodinmica para

    Engenharia. Rio de Janeiro: LTC S.A., 6. ed., 2009.)

    Nessa situao, a alegao do inventor a) correta, pois a eficincia de seu equipamento de

    50% e menor do que a eficincia terica mxima.b) incorreta, pois a eficincia de seu equipamento de

    50% e maior do que a eficincia terica mxima.c) correta, pois a eficincia de seu equipamento de

    62,5% e menor do que a eficincia terica mxima.d) incorreta, pois a eficincia de seu equipamento de

    62,5% e maior do que a eficincia terica mxima.e) incorreta, pois a eficincia de seu equipamento de

    62,5% e menor do que a eficincia terica mxima.

    Dado: o rendimento mximo de uma mquina trmicaque opera entre as temperaturas absolutas T1 e T2 comT1 < T2, dado por:

    Resoluo1) O rendimento mximo entre duas temperaturas, T1 e T2,

    dado por:T1 = 500 KT2 = 1 000 K

    mx = 1 = 1

    2) O rendimento da mquina proposta dado por:

    M

    = 1

    M

    = 1

    M

    = 1 = = 0,625 (62,5%)

    Tal mquina no pode existir porque o seu rendimento maior que o mximo permitido entre as temperaturas de500 K e 1 000 K.

    54 DD(FGV-SP) As linhas de metr so construdas tanto sobo solo quanto sobre este. Pensando nas variaes detemperatura mxima no vero e mnima no inverno,ambas na parte de cima do solo, os projetistas devemdeixar folgas de dilatao entre os trilhos, feitos de aode coeficiente de dilatao linear 1,5 105C1. Emdeterminada cidade britnica, a temperatura mximacostuma ser de 104F e a mnima de 4F. Se cada trilhomede 50,0 m nos dias mais frios, quando feita suainstalao, a folga mnima que se deve deixar entre doistrilhos consecutivos, para que eles no se sobreponhamnos dias mais quentes, deve ser, em centmetros, dea) 1,5 b) 2,0 c) 3,0 d) 4,5 e) 6,0

    Resoluo

    1) = c = . 108C = 60C

    2) L = L0

    L = 50,0 . 102 . 1,5 . 105 . 60 (cm)T1mx = 1 T2

    5001 000

    T1T2

    1mx = (50%)2

    QCQH

    300800

    58

    38

    1M > 2

    59

    F9

    c5

    L = 4,5cm

    WcicloQH

    QCQH

    ENEM/2012 27

    ENEM_PROVA1_25_8_PROF_ALICE 09/08/12 13:04 Pgina 27

  • 55 CC(UEAP) Os governadores da Amaznia Legal reuniram-senos dias 15 e 16 de outubro de 2009 em Macap para oVI Frum de Governadores. Na ocasio, foi elaborada acarta de Macap, que priorizou a incluso da Reduo deEmisses de Desmatamento e Degradao (REDD) naproposta do governo brasileiro apresentada na 15.a Con -ferncia das Partes das Naes Unidas sobre MudanaClimtica, no ms de dezembro, em Copenhague, naDinamarca, contem plando as florestas tropicais commecanismos de mercado compensatrios e no com -pensatrios por desmatamento evitado. Espera-se, comisso, que o Amap possa finalmente usufruir dascompensaes pela manuteno de suas florestas.

    Para combater a degradao ambiental, o uso de satlitesconstitui uma importante ferramenta nesta atividade, poispermite o monitoramento de reas de desmatamento eidentificao de focos de queimadas. As imagens dossatlites so obtidas a partir da medio da radiao que refletida pela vegetao.

    Sobre a radiao refletida de volta ao espao pela vege -tao, observada por satlites, pode-se afirmar: a) A radiao visvel que incide na vegetao integral -

    mente absorvida e reemitida em forma de radiaoinfravermelha.

    b) A vegetao absorve integralmente a radiao inciden -te e a potencializa em forma de alimento.

    c) A radiao refletida pela vegetao predominan -temente de cor verde.

    d) A radiao que incide sobre a vegetao tem velo -cidade de propagao constante em qualquer meio.

    e) Toda radiao refletida pela vegetao no visvel.

    Resoluoa) Falsa.

    Se fosse verdade, a vegetao no seria visvel.b) Falsa.

    Idem ao item (a).c) Verdadeira.

    A radiao refletida caracteriza a cor da vegetao, que verde.

    d) Falsa.A velocidade da luz depende do meio de propagao.

    e) Falsa.

    56 DDA etiqueta a seguir vem colada a um refrigerador.

    De acordo com os dados da etiqueta, sabendo-se que ocusto do kWh de R$ 0,32, analise as proposies aseguir:

    (I) O refrigerador deve funcionar, em condies ideais,sob tenso eltrica de 127 V.

    (II) O custo mensal da energia eltrica gasta pelorefrigerador de R$ 16,32.

    (III) A potncia do refrigerador de 51,0 kW.

    Somente est correto o que se afirma em:a) I b) II c) III d) I e II e) II e III

    Resoluo(I) Verdadeira.

    Indicado na etiqueta.(II) Verdadeira.

    O consumo mensal de energia eltrica de 51,0 kWh e ocusto de 51,0 . R$ 0,32 = R$ 16,32.

    (III) Falsa.

    Pot = = 0,071 kW = 71 W51,0 kWh

    30 . 24 h

    E

    t

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  • 57 BB(VUNESP FAMECA) Numa instalao eltrica, osfusveis tm o importante papel de proteger osequipamentos de possveis sobrecargas de energia,capazes de danific-los. A figura mostra o esquemasimplificado de uma instalao, cujos equipamentos sodescritos a seguir com suas respectivas caractersticasnominais e protegidos por um fusvel de 25 A.

    Chuveiro: 200 V 4 000 W

    Lmpada: 100 V 100 W

    Torneira eltrica: 200 V 1 200 W

    As chaves, os fios de ligao, o gerador e o fusvel soideais.

    A respeito desse circuito, so feitas as seguintesafirmaes:

    I. Se fecharmos simultaneamente as chaves Ch1 e Ch2,o fusvel queimar.

    II. A resistncia eltrica de cada lmpada vale 100 .III. O chuveiro pode ser ligado simultaneamente com a

    torneira eltrica sem danificar o fusvel.

    IV. Se substituirmos o fusvel do circuito por outro de30 A, poderemos ligar simultaneamente as chavesCh1, Ch2 e Ch3 sem danificar o fusvel.

    correto o contido, apenas, ema) I e II. b) II e IV. c) II e III.d) I, II e III. e) I, III e IV

    ResoluoI. Falsa.

    Com Ch1 e Ch2 fechadas estaro no circuito: o chuveiro(4 000 W) e duas lmpadas (200 W).A potncia total ser de 4 400 W.P = U I

    4 400 = 200 I

    O fusvel no queimar.

    II. Verdadeira.

    P = R =

    R = () = 100

    III. Falsa.A potncia ser:P = 4 000 W + 1 200 W = 5 200WP = U I 5 200 = 200 II = 26 A e o fusvel queimar

    IV. Verdadeira.A potncia total ser:P = 4 000 W + 200 W + 1 200 WP = 5 400 WP = U I 5 400 = 200 I

    Se o fusvel foi de 30 A, ele no queimar.

    58 DD(ETEC SP) Pequenos consumos podem parecer boba -gem, mas quando somados se tornam grandes gastos.

    Para ajudarmos o nosso planeta e tambm economi zar -mos o nosso salrio, devemos desligar os aparelhos e noos deixar no modo de espera, conhecido por stand by.

    Pensando nisso, considere a situao: um determinado DVD tem potncia de 20W em stand by: admita que esse DVD permanea, em mdia, 23 horas

    por dia em stand by; 1kWh de energia equivale ao consumo de um aparelho

    de 1000W de potncia durante uma hora de uso(1kWh = 1000W . 1h);

    o preo de 1kWh R$ 0,40.

    Conclui-se que o gasto anual, em mdia, desse aparelhoem stand by , mais prximo, dea) R$ 7,00 b) R$ 19,00 c) R$ 38,00d) R$ 67,00 e) R$ 95,00

    Resoluo1) E = Pot . t

    E = 20 W . 23 h . 365 = 167 900 Wh

    E = 167,9 kWh

    2) 1 kWh ............ R$ 0,40167,9 kWh ............ C

    I = 22 A

    U2

    P

    U2

    R

    100 . 100

    100

    I = 27 A

    Adote: 1 ano = 365 dias

    C = R$ 67,16

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  • 59 CC(FAPERP) O vento solar uma espcie de plasma quesai constantemente do Sol em todas as direes, muitotnue, mas extremamente veloz, atingindo entre 300 km/se 800 km/s. esse vento solar que alimenta as aurorasboreais e que governa todo o clima espacial em nossosistema solar.

    Disponvel em:

    .

    Sabendo-se que o plasma do vento solar formado porprtons, o mdulo da fora magntica que atua sobre umdestes prtons, com velocidade de mdulo 500 km/s, aopenetrar perpendicularmente no campo magntico daTerra, cujo mdulo vale 1,0 . 105 T, :

    a) 1,6 x 1014 N b) 5,0 x 1020 N

    c) 8,0 x 1019 N d) 3,2 x 1010 N

    e) 8,0 x 1010 N

    Adote: e = 1,6 . 1019 C para a carga elementar.

    Resoluo

    F = q V B

    F = 1,6 . 1019 . 500 . 103 . 1,0 . 105 (N)

    60 EEOs dnamos so geradores de energia eltrica utilizadosem bicicletas para acender uma pequena lmpada. Paraisso, necessrio que a parte mvel esteja em contatocom o pneu da bicicleta e, quando ela entra emmovimento, gerada energia eltrica para acender almpada. Dentro desse gerador, encontram-se um m euma bobina.

    O princpio de funcionamento desse equipamento explicado pelo fato de que aa) corrente eltrica no circuito fechado gera um campo

    magntico nessa regio.

    b) bobina imersa no campo magntico em circuitofechado gera uma corrente eltrica.

    c) bobina em atrito com o campo magntico no circuitofechado gera uma corrente eltrica.

    d) corrente eltrica gerada em circuito fechado porcausa da presena do campo magntico.

    e) corrente eltrica gerada em circuito fechado quandoh variao do campo magntico.

    ResoluoPara que ocorra o fenmeno de induo eletromagntica com aproduo da corrente eltrica induzida, deve haver uma variaodo fluxo magntico concatenado com o circuito (Lei de Faraday Neumann).Uma das maneiras de variar o fluxo magntico a variao docampo magntico.

    61 CCO texto-base da Rio + 20 reafirma compromissos dosobjetivos do milnio de reduzir pela metade, at 2015, apopulao sem acesso gua e ao saneamento bsico.

    O esquema representa um processo simples de dessali -nizao da gua salgada.

    Com relao a esse processo, incorreto afirmar:a) Por ao da radiao solar que atravessa o teto de

    vidro, a gua do tanque evapora.b) No teto de vidro, o vapor de gua condensa-se e,

    devido inclinao do vidro, a gua lquida recolhidanos tanques laterais.

    c) O processo pode ser comparado a uma destilaofracionada da gua salgada.

    d) A eficincia desse processo depende da intensidadeda radiao solar.

    e) Uma desvantagem da aplicao desse processo emgrande escala a lentido de obteno de guadessalinizada.

    ResoluoO esquema mostra que a gua salgada ao receber raios solaressofre uma evaporao. O vapor-dgua ao atingir o teto de vidrotransparente sofre liquefao obtendo-se gua dessalinizada.Esses eventos so parecidos com o processo de destilaosim ples da gua salgada, portanto, tal processo no pode sercomparado com uma destilao fracionada da gua salgada.

    F = 8,0 . 1019 N

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  • 62 EEAmnia uma substncia gasosa de grande utilidade paraa sociedade em geral. Para atender as indstrias e asatividades que dependem da amnia como matria-prima, necessrio um processo industrial rentvel para a suaobteno. o caso do processo Haber-Bosch, que utilizao nitrognio e o hidrognio como reagentes, de acordocom o seguinte equilbrio:

    N2 (g) + 3 H2 (g) 2 NH3 (g)

    A figura apresenta a porcentagem em mols de amnia,em equilbrio, na mistura gasosa obtida a partir de N2 eH2 para temperaturas no intervalo de 400C a 600C e adiferentes presses.

    De acordo com a informao apresentada, corretoafirmar:a) A sntese da amnia pelo mtodo de Haber-Bosch

    um processo endotrmico.b) Para uma mesma temperatura, quando a mistura

    reacional comprimida, a percentagem em mols deamnia obtida menor.

    c) Se ocorrer um aumento de presso no sistema tem -pe ratura constante, o equilbrio deslocar-se- no sen -tido inverso.

    d) O uso de um catalisador otimiza o processo, porquedesloca o equilbrio no sentido de formao da amnia.

    e) Se ocorrer uma diminuio de temperatura no sistema presso constante, a percentagem em mols deamnia obtida ser maior.

    ResoluoPor meio do grfico fornecido, temos: a percentagem em mols de NH3 no equilbrio diminui com

    a temperatura, indicando que a reao direta exotrmica(H < 0).

    a percentagem em mols de NH3 no equilbrio aumenta coma presso aplicada no sistema, evidenciando que a reaodireta tem contrao de volume.

    Se ocorrer uma diminuio de temperatura no sistema presso constante, a percentagem em mols de amniaobtida ser maior.Nota: catalisador no desloca equilbrio qumico.

    63 DDNo tratamento de certas guas destinadas ao consumohumano, necessrio adicionar-lhes sulfato de alumnio.O excesso de alumnio precipitado sob a forma dehidrxido de alumnio (Al(OH)3).O valor mximo recomendvel da quantidade de on alu m -nio de uma gua para consumo humano 1,85 . 106 mol L1.

    Selecione a alternativa que permite calcular, em mg mL1,o valor mximo recomendvel de on alumnio de umagua para consumo humano.

    Dado: massa molar do alumnio: 27 g mol1.

    a) 1,85 x 106 x 27 x 103 x 103 mg mL1

    b) mg mL1

    c) mg mL1

    d) mg mL1

    e) mg mL1

    ResoluoClculo da concentrao do on alumnio em mg mL1:

    M = 1,85 . 106 mol . L1

    1 mol 27 g

    1,85 . 106 mol x

    x = 1,85 . 106 . 27 g

    1g 103 mg

    1,85 . 106 . 27 g y

    y = 1,85 . 106 . 27 . 103 mg

    1 L 103 mL 1,85 . 106 . 27 . 103 mg1 mL z

    z = mg

    mg . mL1

    1,85 x 106 x 103 x 103

    27

    1,85 x 10