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SÍNTESE DE JORNAIS E REVISTAS 16 DE JUNHO DE 2015 FAÇA PARTE DESSE TIME ASSOCIE-SE (WWW.OESC.ORG.BR) 1

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SÍNTESE DE JORNAIS E REVISTAS

16 DE JUNHO DE 2015

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Inovar ou inovar

Fonte Jornal Folha de São Paulo Editoriais 16/06/2015 às 02h00

Uma tempestade perfeita se arma sobre os setores mais dinâmicos da economia nacional,capturada no vórtice da incapacidade para inovar. À tradicional dependência de tecnologiaestrangeira se soma agora a forte freada na produção, que suspende ou adia muitos planos deinvestimento.

Como a verdade na guerra, as primeiras vítimas da recessão são as atividades de pesquisa edesenvolvimento (P&D). Porém, o país só gerará os melhores produtos e empregos paracompetir no mercado internacional se conseguir modernizar sua indústria, o que nos dias dehoje implica muito mais que apenas importar máquinas novas.

O diagnóstico é tão antigo quanto exasperante: empresas brasileiras aplicam pouco eminovação. Há razões históricas para isso, como longos períodos de reserva de mercado, queanulavam o incentivo para aperfeiçoar produtos imunes à competição internacional.

As estatísticas de investimento em P&D ainda refletem essa deficiência: no Brasil, somente1,21% do PIB, contra 1,98% na China e 4,30% na Coreia do Sul. Pior ainda, menos da metade(44%) dessas inversões em geração de tecnologia se realiza aqui por meio de empresasprivadas, com o restante na conta de instituições estatais; nos concorrentes asiáticos, essaproporção é de 75%.

Ciente dessa situação, o governo federal tenta há anos remediar o problema, prodigalizandoprogramas e linhas de financiamento com escasso resultado. Com a retração da economia,nem o Estado nem a iniciativa privada podem mais contar com novos recursos para apoiar ainovação.

Além disso, a alta nos juros desincentiva a inversão em projetos de risco e longa maturação,como é a regra na geração de tecnologia. Para complicar, a importação de maquinário seencarece com a recente perda de valor do real.

O país, entretanto, não tem alternativa senão inovar. Por difícil que seja, é decisivo utilizarbem, e logo, os instrumentos que restam. O primeiro e mais óbvio é levantar as barreiras edificuldades desnecessárias, como a burocracia.

Para dar um exemplo: no Brasil consomem-se 10,8 anos para obter uma patente, contra 2,6nos EUA. Outro: a criação da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial)veio encurtar os prazos de financiamento para acordos de cooperação entre empresas ecentros de pesquisa, mas precisa ganhar escala mais rápido e mobilizar logo os quase R$ 400milhões anuais à disposição.

Há que reforçar, por fim, a atuação do BNDES. Afinal, seu apoio às pesquisas do Centro deTecnologia Canavieira para melhorar a produtividade do setor de álcool trará provavelmentebenefícios maiores para o país do que a duvidosa política de empréstimos subsidiados paracriar "campeões nacionais”.

Liliana Ayalde: Um novo patamar na relação Brasil-EUA

Fonte Jornal Folha de São Paulo OPINIÃO16/06/2015 às 02h00

Após uma histórica Cúpula das Américas no Panamá, em abril, há um otimismo palpável noOcidente. Pela primeira vez desde 1959, os presidentes de Estados Unidos e Cuba tiveram umdiálogo significativo e, pela primeira vez, a cúpula contou com a participação formal de todosos 35 países do hemisfério.2

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Na ocasião, os líderes encontraram pontos em comum para um futuro compartilhado deoportunidades e desafios. Esse futuro nunca foi tão promissor quanto agora nas relações entreBrasil e EUA. Somos parceiros naturais. Os EUA se beneficiam de uma relação mais forte com oBrasil e o Brasil se beneficia de uma relação mais forte conosco.

Nesse sentido, estamos entusiasmados com a visita da presidente Dilma Rousseff aos EstadosUnidos em 30 de junho. Essa visita elevará nossa relação a um novo patamar trazendobenefícios que irão muito além dos nossos países.

Nossos presidentes definirão uma agenda comum para o futuro, que deve incluir cooperaçãosobre mudanças climáticas; aprofundamento do engajamento comercial; colaboração emciência, tecnologia e inovação; acordos de defesa e segurança e intercâmbios técnicos eeducacionais. A agenda está organizada em torno de três pilares: intercâmbio de pessoas,prosperidade e parcerias.

Intercâmbio de pessoas: A crescente relação entre Brasil e Estados Unidos é definida tantopelas interações entre nossos povos como por atividades oficiais. Os intercâmbioseducacionais, por exemplo, criam, ampliam e intensificam os laços entre brasileiros eamericanos.

Os EUA se orgulham de terem recebido 33 mil brasileiros por meio do programa Ciência semFronteiras. Para ampliar o intercâmbio em ambas as direções, a iniciativa 100 Mil Unidos pelasAméricas, do presidente Obama, incentiva americanos a aprender português e estudar noBrasil. Na visita da presidente Dilma, espero que possamos ter novos acordos que fortaleçamainda mais nossa relação na área educacional.

Prosperidade: O comércio é um dos principais fatores que promove a prosperidade. Os últimosquatro anos foram marcados pelos mais altos níveis de comércio bilateral da história,ultrapassando US$ 100 bilhões anuais. Em 2014, os EUA foram o maior mercado para aexportação de bens manufaturados brasileiros, resultando em milhares de empregosqualificados e bem melhor remunerados no Brasil.

Os EUA também são a maior fonte de investimento estrangeiro direto no Brasil, com muitas denossas empresas operando aqui há mais de um século. As empresas brasileiras também estãoampliando investimentos e parcerias nos EUA, fazendo com que a nossa relação econômicaseja mutuamente benéfica, aumentando o crescimento econômico, empregos eoportunidades.

Mas queremos ir além. Trabalhando juntos de forma mais estreita, facilitando o comércio,cooperando em regulamentações comerciais, simplificando a realização de negócios, tantoaqui como nos EUA, poderemos alcançar e crescer mais.

Entre quinta (18) e sexta-feira (19), o Fórum de CEOs Estados Unidos-Brasil se reunirá emBrasília. Presidentes de empresas, americanos e brasileiros, formularão recomendações queserão apresentadas a Obama e Dilma antes da reunião em Washington. Nossos governos jáestão trabalhando com as empresas participantes do fórum para propor iniciativas em áreascomo energia, inovação e infraestrutura.

Parcerias: Brasil e Estados Unidos têm muito em comum e nenhuma divergênciaincontornável.

O leque de questões que podemos tratar juntos é diverso e sofisticado: mudanças climáticas;operações das forças de paz da ONU; segurança alimentar; pandemias globais; assuntosregionais, como Cuba e Venezuela; Irã, Síria e Coreia do Norte; direitos humanos;desarmamento e não proliferação; fóruns multilaterais, por exemplo, as Nações Unidas; defesae segurança; e combate e desmantelamento de grupos terroristas, como o Estado Islâmico.

Acredito que quanto mais próximos do Brasil trabalharmos, quanto mais ampla e profunda fora nossa agenda, maior será a possibilidade de divergências. Mas estou confiante de que serãodivergências saudáveis entre parceiros estratégicos.

O convite de Obama a Dilma reafirma a importância do Brasil para nós, como povo, economia,parceiro estratégico e líder global. O que o Brasil faz e diz é importante e repercute

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mundialmente. Essa visita é uma oportunidade para renovar e elevar essa relação vital eprofícua.

Inverter a lógica

FONTE O Estado de S. PauloJosé Paulo Kupfer16 Junho 2015 às 03h 00

A necessidade é a mãe da invenção, mas também pode ser a madrasta das reformas. Obrigadoa enfrentar um ajuste fiscal rigoroso, o governo - aí entendido como o conjunto dos Poderesconstituídos -, em lugar de revisar o sistema tributário existente, sabidamente injusto, emtermos sociais, e conhecidamente disfuncional, em termos econômicos, ensaia criar novostributos ou reintroduzir alguns outros derrubados no passado, em nome do equilíbrio dascontas públicas.

Com uma carga tributária tão elevada quanto mal distribuída, não há espaço nem econômiconem político para a criação de novos tributos, mas, ao contrário, existe uma enorme avenidapara a revisão e o ajuste do sistema existente. O caminho mais racional da reforma, porém, é oque menos entusiasma os governantes - estejam eles no Executivo ou Legislativo. Entende-se apreferência do governo por um ajuste baseado em aumento de tributos, à medida que cortesde despesas ou reformas nas normas existentes produzem conflitos distributivos maisdisseminados do que estocadas em grupos específicos.

Também não é difícil entender, à luz dessas circunstâncias, a atração por aumento de tributoscom base em mecanismos tributários do tipo CPMF, cuja arrecadação deriva da cobrança deum porcentual quase irrisório sobre cada movimentação financeira. Contribuições dessanatureza combinam recolhimento automático e não declaratório - portanto, de baixíssimocusto e altíssima eficiência - com uma mordida aparentemente indolor, tão pequeno é oporcentual recolhido em cada transação. Além disso, colateralmente, operam comoferramentas poderosas de fiscalização e combate à sonegação em geral, alcançando inclusive osetor informal da economia.

Na verdade, algum tipo de CPMF já vigorou, não só no Brasil, mas também em outrosemergentes e mesmo em economias maduras, normalmente em resposta a crises fiscaisseveras ou para desestimular ondas de especulação com ativos financeiros. A “taxa Tobin”,sugerida pelo Nobel de economia James Tobin, que incidiria sobre transações financeirasinternacionais, por exemplo, é um tipo de CPMF. Diante das distorções que tributos dessanatureza produzem ao longo do tempo, contudo, nenhuma experiência do gênero sobreviveuem lugar algum.

São muito maiores, sem dúvida, as desvantagens das CPMFs e isso já poderia ser inferido pelasua inexistência em outros países. A suposta aparência de neutralidade esconde uma fileira dedistorções fiscais. A primeira delas diz respeito à ausência de progressividade do tributo que,diferentemente do que poderia indicar a intuição, também incide sobre quem não recorre amovimentações financeiras e é alcançado via repasse do seu custo ao consumo. Sem falar nacumulatividade - a cobrança em efeito cascata ou dupla contagem -, a CPMF, ao incidir,automaticamente e com maior peso nas cadeias de produção mais longas, não permite suaaplicação como ferramenta de política econômica, para estimular ou desestimular setoreseconômicos, função típica dos impostos. Pior do que isso, ao taxar investimento e exportações,afeta a competitividade e a produtividade da economia. No final do processo, nem chega aproporcionar todos os ganhos de arrecadação imaginados. Como contribui para aumentarjuros e dívida pública, ajuda a comer uma parte da receita e, assim, reduz seu efeito líquido.

Localizado nos limites da “curva de Laffer”, segundo a qual, a partir de uma dada cargatributária, altas em tributos produzem, proporcionalmente, menos arrecadação, o sistematributário brasileiro pede mais alívio e simplificação e não mais pressão e complicação como

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fórmula para aumentar a arrecadação. Nosso sistema, regressivo e concentrador de renda,taxa mais quem pode contribuir menos. Inverter essa lógica perversa e, ao mesmo tempo,desburocratizar a cobrança de tributos, é o único caminho eficiente para aumentar aarrecadação sem reforçar a desigualdade social.

Crise externa e inflação

FONTE O Estado de S. PauloCelso Ming15 Junho 2015 às 21h 00

Na última quinta-feira, a presidente Dilma voltou a afirmar em Bruxelas, Bélgica, que aescalada da inflação no Brasil tem duas causas: a crise global e a seca. Errar uma vez nodiagnóstico é coisa da vida. Mas insistir no erro é incompreensível.

Não há como apontar a crise mundial como produtora da inflação nacional. Há cinco anos, ospreços nos países industrializados estão oscilando entre zero e três por cento ao ano, como sepode conferir no gráfico abaixo. O grande risco temido pelos grandes bancos centrais não é ainflação, mas a deflação. Temem a deflação porque ela derruba a arrecadação, aumentaautomaticamente o endividamento e tende a criar ainda mais recessão porque empresas efamílias procuram adiar as compras, uma vez que esperam preços mais baixos à frente.

Se há pressão externa sobre os preços internos é de baixa, e não de alta. As cotações dascommodities vêm mergulhando há três anos e as do petróleo, há um ano. Apenas para manterno ar o argumento escapista, a presidente Dilma alega que a iminência da alta de juros nosEstados Unidos provocou a alta do dólar no câmbio interno, fator que encareceu em reais osprodutos importados.

Essa também é uma desculpa sem pé nem cabeça. A alta do dólar no câmbio interno foiprovocada pela suspensão dos leilões de swap cambial, operações que correspondem à vendade dólares no mercado interno. Essa suspensão ocorreu não para enfrentar os efeitos dareversão das operações de despejo de dólares pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dosEstados Unidos), mas para realinhar as cotações do câmbio aos preços externos. E esserealinhamento teve de ser colocado em marcha porque o câmbio ficou valorizado demais pelaadministração anterior, que manteve a cotação do dólar excessivamente barata comoinstrumento artificial de contenção dos preços.

Sobre a outra insistência, a de que a seca é o outro fator que produz inflação, nem vale a penair mais fundo. No final do ano passado e início deste, a atropelada dos preços do tomate e da

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cebola, por exemplo, foi explicada como efeito da seca. Depois choveu, os preços continuaramdisparando e a explicação é a de que subiram porque choveu. A Califórnia enfrenta há mesesuma estiagem feroz e, no entanto, ninguém nos Estados Unidos culpa a seca pela alta dospreços.

A inflação do Brasil só tem uma explicação: as lambanças do primeiro governo Dilma. Ogoverno gastou demais como estratégia para ganhar as eleições, a infraestrutura foisucateada, a indústria foi desidratada, o investimento despencou, o sistema elétrico foidesarticulado, o salário cresceu muito acima do aumento da produtividade.

No Brasil ainda há quem engula lorotas articuladas por autoridades do governo. Mas repetiresse discurso na Europa pega mal porque, além das mazelas na condução das políticas, expõea falta de honestidade do governo.

Apesar da argumentação capenga, a presidente Dilma pelo menos reconheceu que as coisastêm de mudar: "O Brasil não pode conviver com uma inflação alta", afirmou em Bruxelas.Menos mau. É esperar para ver.

Veja acima a evolução da balança comercial. Graças à exportação de uma plataforma depetróleo, o movimento do ano já apresenta superávit.

É um despropósito a mudança de nome do trecho final da Rua Turiaçu, em São Paulo. Otranstorno para empresas e famílias que operam e moram nos edifícios ali não é desprezível,como acham os vereadores. O Palmeiras, cujo estádio toma um lado da rua, foi homenageado.Mas quanta gente não terá de notificar clientes e conhecidos sobre o novo endereço, mudarcadastros e inutilizar impressos?

Brasileiro procura barganhas no comércio eletrônico

FONTE O Estado de S. PauloMÁRCIA DE CHIARA15 Junho 2015 às 20h 06

Enquanto o varejo tradicional recua e acaba de registrar a primeira queda de vendas no Diados Namorados dos últimos seis anos – 0,5%, segundo Boavista SCPC – o comércio virtualcaminha no sentido oposto. O AliExpress, plataforma de comércio eletrônico para oconsumidor final do grupo chinês Alibaba, acaba de criar uma página na internet de ofertassob medida para o consumidor brasileiro.

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A página “brasileira” do AliExpress será atualizada diariamente, não três vezes por semanacomo na home do site global. Além disso, a empresa também ampliou de 200 para 300 onúmero de ofertas destinadas aos brasileiros. O foco das barganhas são aqueles itens maisprocurados pelos brasileiros, como telefone celular, vestido, relógio, camiseta e blusa.

Nos últimos cinco anos, os brasileiros foram responsáveis por mais de 60 milhões de pedidosno AliExpress. Hoje, a plataforma registra quase 18 mil novos membros do Brasil todos os dias.O AliExpress atua em 290 países e regiões, mas tem dois sites em língua local: no Brasil e naRússia, que são os dois principais mercados da empresa.

Crença

FONTE JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO 16/06/15

A economia e o cidadão brasileiro sofrem no momento com uma saraivada de maldades. Ogoverno corta gastos, inclusive de investimentos, aumenta impostos e tarifas, reduz incentivosfiscais, eleva sem parar a taxa básica de juros e reduz os créditos do BNDES, os únicosacessíveis a taxas civilizadas.

Nenhuma economia pode resistir por muito tempo a uma sequência de medidas desse porte.O desemprego cresce mês a mês, e a indústria já está em recessão há muito tempo. Em abril,considerando a variação anual, houve queda nacional de 7,6% na produção, atingin- do 13 dos15 locais pesquisados pelo IBGE. E os números são assustadores: -20% no Amazonas, -15% noCeará, -13% na Bahia, -11% em São Paulo.

Não há como sair dessa situação e voltar a crescer sem retomar os investimentos, sejam elespúblicos, privados, nacionais ou estrangeiros.

O empresário não investe para amanhã. Pensa no longo prazo. Se a demanda está fraca nomomento, isso não quer dizer que o enorme mercado brasileiro acabou. Está aí, como sempreesteve, e tem tudo para voltar a crescer. É como um bolo: só precisa de fermento, que são osinvestimentos.

Ajuste fiscal é bom e necessário, mas não enche barriga. O que ocorreu na semana passada foium exemplo positivo. O governo lançou um novo pacote de concessões, com previsões deinvestimentos de R$ 198 bilhões no longo prazo. Foi, na prática, o primeiro gesto pós-ajuste.

O caminho é esse, mas há ainda um entrave à frente: os juros. A recessão se aprofunda, e oBrasil continua aumentando sua taxa básica, hoje no nível absurdo de 13,75% ao ano. Trata-sede uma dose exagerada e desnecessária de aperto monetário.

O eminente economista Yoshiaki Nakano disse o seguinte, em artigo no "Valor" da semanapassada: "Se o ajuste fiscal for feito com forte corte de despesas correntes, as expectativas serevertem, a confiança é recomposta e pressões inflacionárias podem ficar contidas. E, compolítica monetária de juros baixos, tanto o consumo como o investimento reagemrapidamente".

É isso. Destaco mais dois ensinamentos do professor Nakano. O primeiro é sobre a natureza doajuste fiscal: quando ele se dá pelo aumento de impostos, em geral, redunda em fracasso.

O segundo é sobre o impacto social das políticas públicas de ajuste: quando o governo decidecontrair significativamente seus gastos, é racional articular as políticas monetária e fiscal paraminimizar os custos para a sociedade.

Não pode a autoridade monetária, na busca de credibilidade, impor tamanho sacrifício a todosos setores da economia. O Tesouro gasta R$ 30 bilhões por ano a cada ponto percentual deaumento na taxa de juros. As empresas sofrem com a queda da demanda, a falta de credito eseu alto custo. E os cidadãos ficam assustados com o avanço do desemprego.

Há um ano, mais ou menos, escrevi aqui que o Brasil pode ser um país como os outros,financeiramente civilizado, que controla os gastos públicos correntes, privilegia investimentos

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do governo e oferece crédito ao setor produtivo e às pessoas físicas sem cobrar taxasescorchantes de juros.

Continuo com essa crença.

Para manter conquistas, classe C dá 'reboladas'

Fonte G 1 Thais Herédia16/06/2015, às 11h 26

Quando a crise econômica chega às prateleiras dos supermercados, significa que osdesequilíbrios avançaram para os últimos canais de transmissão da economia. É a fase maisperversa das crises porque atinge diretamente a qualidade de vida das pessoas, especialmentedas classes menos favorecidas. Esse quadro vem sendo forjado há meses, infelizmente. E vaidemorar outro tanto para se dissipar.

As vendas no comércio tiveram queda de 0,4% em abril, o pior resultado para o mês em maisde 10 anos. Na comparação com abril de 2014, a queda chega a 3,5%, um tombo para umaeconomia que viveu desse setor nos últimos anos. Tão importante quanto entender o que estáacontecendo agora é debater sobre como o varejo pode ir tão bem durante tanto tempo e “derepente” desabar.

Aí que mora o detalhe mais importante dessa história. Nos últimos anos, o comércio vendeumuito (de tudo!) porque o governo, sob o comando do ex-ministro Guido Mantega, criou ummundo cor-de-rosa para o consumo com dinheiro barato artificialmente, preços controlados,redução de impostos e muitas “pedaladas” nas contas públicas.

Pois agora que a “cortina caiu”, a classe C terá que dar muitas “reboladas” para manterminimamente as conquistas da última década. Tudo que estava camuflado pela gestãoequivocada de Mantega no primeiro mandato de Dilma Rousseff, aparece agora com a forçad'água represada, com as comportas recém abertas. Estamos todos enfrentando umaenxurrada de reajustes com intensidade estrambólica – caso da conta de luz que chega a 60%em algumas regiões do país – e de tantos outros serviços e produtos que estavamincorporados à vida dos brasileiros.

Um estudo feito em abril pela Plano CDE, uma consultoria especializada no comportamento daclasse CDE, mostra o que a classe média brasileira está fazendo para driblar a crise e nãoperder muito. A pesquisa foi realizada em abril, com 200 famílias de várias regiões do Brasil. Asconclusões do levantamento indicam, entre outras coisas, que houve uma mudança no caráterdas escolhas das famílias.

Será quase impossível escapar de cortes e muitos já estão sendo feitos. A diferença é que oentendimento sobre o que é mais importante mudou: cortam a carne mas não a internet e owi-fi, que têm um papel relevante na vida dos filhos que, aliás, se tornaram os protagonistasdas decisões das famílias, segundo a pesquisa do Plano CDE. As mulheres, líderes da maioriadas famílias, vestiram a capa de caçadoras de promoção, diminuindo a jornada de compras,dando preferência ao atacado e trocando de marcas sem peso na consciência.

Refeição e lazer fora de casa já estão limados. O salão de beleza também foi para o final dalista de prioridades. O consumidor está “rebolando” para não perder. O varejo tambémprecisará se mexer para não afundar com a crise que vai se impor enquanto juros, inflação edesempregos estiverem em alta e o investimento em queda. As famílias estão dando a dica:com a internet mantida, está aberta uma porta para prestação de serviços que possam reporas alegrias da classe média sem que ela tenha que sair do sofá.

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Vendas no varejo caem 3,5% em abril, maior queda desde 2003

FONTE IDIANA TOMAZELLI - O ESTADO DE S. PAULO16 Junho 2015 às 10h 20

RIO - As vendas do comércio varejista registraram novos resultados negativos em abril. Ovolume caiu 3,5% na comparação com o mesmo mês do ano passado, a queda mais intensaneste tipo de confronto desde agosto de 2003.

A queda, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi puxada pelaatividade de móveis e eletrodomésticos, que recuou 16% ante abril de 2014. O desempenho,de acordo com o instituto, pode ser atribuído à retirada gradual dos incentivos fiscaisdirecionados à linha branca, à redução da massa de rendimento do brasileiro e ao menor ritmode crescimento do crédito.

Já na comparação com ajuste sazonal, a queda foi de 0,4% em abril ante março - a terceiraseguida e a mais intensa para o mês também desde 2003. Há 12 anos, o recuo neste confrontotambém foi de 0,4%. Até abril, as vendas do varejo restrito acumulam queda de 1,50% no anoe avanço de 0,20% nos últimos 12 meses.

O resultado com ajuste sazonal veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidospelo AE Projeções, que esperavam desde uma queda de 0,50% até uma alta de 1,40%, masabaixo da mediana, positiva em 0,30%. Já no confronto anual, as projeções variavam entrerecuo de 3,50% e queda de 0,40%, com mediana negativa de 1,80%.

O IBGE também revisou dados para baixo. O resultado das vendas do varejo restrito em marçoante fevereiro caiu 1,0%, mais do que a queda de 0,9% apurada inicialmente. Já no varejoampliado, as vendas no mesmo período foram revisadas para queda de 1,8%, ante redução de1,6% na leitura inicial.

Varejo ampliado. Em relação ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material deconstrução e de veículos, as vendas caíram 0,30% em abril ante março, na série com ajustesazonal. Foi o maior recuo para o mês desde 2010. O resultado também veio dentro dointervalo das estimativas colhidas pelo AE Projeções, que iam de queda de 1,50% até alta de1,30%, com mediana negativa em 0,50%.

Na comparação com abril do ano passado, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveramqueda de 8,50% - a maior para um abril em toda a série histórica, iniciada em 2005. Esserecorde negativo foi puxado pelo setor de veículos, cuja queda de 19,5% ante abril de 2014também é maior para o mês na série.

Até o quarto mês deste ano, as vendas do comércio varejista ampliado acumulam queda de6,10% no ano e de 4,10% nos últimos 12 meses.

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Comissão aprova criação da Área de Livre Comércio de São Luís Fonte Resenha ComexData/Agência Câmara 16/06/15

A Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia da Câmara dosDeputados aprovou na última quarta-feira (10) o Projeto de Lei (PL) 180/15, que institui a Áreade Livre Comércio de São Luís (MA). A proposta é do deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB-MA) e recebeu parecer favorável do deputado Beto Salame (Pros-PA). Para Salame, a criação da nova área comercial "poderá atrair a instalação de empresas para omunicípio de São Luís, dinamizando a economia local". Ele explicou que o projeto adotou asmesmas características da Área de Livre Comércio de Boa Vista e Bonfim, no estado deRoraima, criada pela Lei 8.256/91. O principal atrativo para as empresas serão os benefícios tributários previstos no PL 180/15. Oprojeto determina a suspensão dos impostos de Importação (II) e sobre ProdutosIndustrializados (IPI) incidentes sobre todas as mercadorias estrangeiras que entrarem na áreade livre comércio, desde que para beneficiamento e consumo. Também autoriza a isenção do IPI sobre os produtos nacionais ou nacionalizados que foremconsumidos ou beneficiados na área de livre comércio. Além dos incentivos federais, a proposta permite que o governo maranhense conceda isençãoou redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), oprincipal tributo estadual. O projeto determina que a compra de mercadorias estrangeiras armazenadas na zona francapor empresas estabelecidas em qualquer outro ponto do território nacional será considerada,para efeitos administrativos e fiscais, como importação normal. O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado agora pelas comissões deDesenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Finanças e Tributação; e deConstituição e Justiça e de Cidadania.

Egito é destaque como mercado de carne bovina Fonte Resenha ComexData/Agência ANBA 16/06/15

O Egito foi um dos mercados de destaque das exportações brasileiras de carne bovina emmaio. De acordo com informações divulgadas nesta segunda-feira (15) pela AssociaçãoBrasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), as vendas ao país somaram US$ 66,81milhões, um aumento de 165% sobre abril. Em relação a maio de 2014, houve um crescimentode 98,9%, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior(MDIC). O Egito ficou em segundo lugar entre os principais destinos da carne brasileira no mêspassado, atrás apenas de Hong Kong, que importou o equivalente a US$ 86 milhões. Entre osdez maiores mercados, estão mais dois países árabes: Argélia, com compras no valor de US$12,5 milhões; e Emirados Árabes Unidos, com US$ 10,3 milhões. No total, as exportações de carne bovina ao mundo árabe totalizaram US$ 108 milhões emmaio, um aumento de 36,2% sobre o mesmo mês do ano passado, de acordo com os númerosdo MDIC. O diretor-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby, observou que

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o avanço coincide com o período de formação de estoques de alimentos para o mês doRamadã nos países árabes. Em nota, o presidente da Abiec, Antônio Jorge Camardelli, declarou que no segundo semestreserão retomadas as vendas para a Arábia Saudita, que impôs um embargo à carne brasileira nofinal de 2012. Conforme a ANBA noticiou na sexta-feira (12), representantes da Autoridade Saudita paraAlimentação e Medicamentos (SFDA, na sigla em inglês) estiveram no Brasil e visitaramfrigoríficos, laboratórios e tiveram reuniões com autoridades brasileiras. Com base no queviram e ouviram, os técnicos deverão recomendar a retomada das importações. As exportações totais de carne bovina do Brasil somaram US$ 467,8 milhões em maio, umaumento de 2% em relação a abril. Em comparação com maio de 2014, porém, ocorreu quedade 24%.

No acumulado de janeiro a maio, as vendas de carne bovina brasileira às nações árabestotalizaram US$ 425 milhões, um crescimento de 7% sobre o mesmo período do ano passado. No total, as exportações brasileiras do produto renderam US$ 2,2 bilhões nos cinco primeirosmeses de 2015, uma redução de 20,77% em relação ao intervalo de janeiro a maio de 2014.

Brasil pode importar mais eletricidade

Fonte Resenha ComexData/Agência ANBA 16/06/15 O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Luiz Eduardo Barata, disse nestasegunda-feira (15) que a importação de eletricidade de países vizinhos pode ser ampliada paraevitar a falta de energia no Brasil. "Vamos começar a trabalhar desde já para não sermossurpreendidos no verão, como ocorreu no começo deste ano." Barata lembrou que os níveisdos reservatórios das usinas tiveram queda significativa devido a estiagem do último ano. Entre os países que podem fornecer energia ao Brasil em caso de crise, o secretário citou aArgentina e o Uruguai. "Temos agora [com o Uruguai] no Rio Grande do Sul uma interligaçãoforte, que será concluída em julho. O Uruguai aumentou bastante o parque [energético] e teminteresse no fornecimento dos excedentes", acrescentou. Em fevereiro, a Aneel fez alterações nas regras para contratos internacionais de compra evenda de energia elétrica. Até então, os agentes importadores e exportadores tinham direitode fazer apenas um contrato por mês. Publicada a decisão, o prazo passou a ser semanal. Asmudanças, que vigoraram até este mês, tinham por objetivo viabilizar compras emergenciaisde energia.

Endividamento das famílias é o maior em 10 anos, diz Banco Central

FONTE CÉLIA FROUFE - AGÊNCIA ESTADO15 Junho 2015 às 12h 43

BRASÍLIA - As famílias brasileiras nunca estiveram tão endividadas com o sistema financeironos últimos 10 anos como agora, conforme apontam dados do Banco Central sobre o tema. Demarço para abril, o volume de dívidas passou de 46,20% para 46,30%, o maior porcentualdesde janeiro de 2005, quando começa a série histórica da instituição. Até então, a taxa mais

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elevada havia sido registrada em fevereiro, de 46,24%. O cálculo leva em conta o total dasdívidas dividido pela renda no período de 12 meses.

O BC destaca que, desde março, tanto essa série quanto a de comprometimento de rendaforam recalculadas para incorporar as alterações na série da Massa Salarial AmpliadaDisponível (MSAD), do IBGE. As séries também passaram a considerar as mudançaspromovidas pela própria autarquia na nota de crédito.

Os dados do BC revelam que o segmento responsável pela elevação foi o de imóveis. Issoporque o total de endividamento das famílias, excluindo-se as dívidas com o setorhabitacional, apresentou leve baixa de março (27,73%) para abril (27,61%). Esta é a terceiradesaceleração consecutiva do indicador e revela que é o patamar mais baixo desde janeiro de2009, quando estava em 27,37%. Na época, as economias do Brasil e do mundo sentiam osefeitos da crise financeira internacional iniciada em meados de 2008.

Ainda segundo o BC, o comprometimento de renda das famílias com o Sistema FinanceiroNacional (SFN) ficou em 21,98% em abril - praticamente estável em relação à taxa de 21,97%vista um mês antes e de 21,98% de fevereiro. O dado é ajustado sazonalmente e leva emconsideração a parcela de renda mensal que será destinada ao pagamento das dívidas daqueleperíodo.

Salário em empresas é menor que na administração pública

Fonte Revista Exame AGÊNCIA BRASIL16/06/2015 ÀS 10H 54

As entidades empresariais pagam salários médios mais baixos do que órgãos da administraçãopública e as entidades sem fins lucrativos.

A conclusão está no Cadastro Central de Empresas (Cempre) de 2013 divulgado hoje (16) peloInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e que analisa informações cadastrais eeconômicas de empresas e outras organizações formalizadas no país incluídas no CadastroNacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), da Secretaria da Receita Federal.

As entidades empresariais respondem por 89,9% do conjunto analisado pelo Cempre, as daadministração pública são 0,4% do universo da pesquisa e as entidades sem fins lucrativos9,7%.

Apesar disso, em 2013, os salários médios pagos pelas entidades empresariais ficou em R$1.889, enquanto na administração pública a média foi R$ 2.987 e nas demais entidades R$2.016.

Para o pesquisador do IBGE e gerente da pesquisa, Francisco Marta, uma das explicações paraa diferença é que, entre os empregados em empresas, há maior número de pessoal ocupadosem nível superior.

“Se comparado com administração pública e entidades sem fins lucrativos, há concentraçãomaior de pessoal ocupado [em empresas] sem nível superior, isso responde um pouco essavariável do salário médio ser mais baixo nessas entidades empresariais. Elas são muitoformadas por atividades em segmentos como alojamento, alimentação, atividadesadministrativas, comércio que tem um peso muito grande nesse segmento”, explicou.

Francisco Marta destacou ainda que os órgãos da administração pública empregam 17,5% dopessoal ocupado total, mas predominam os empregados com curso superior.

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Page 13: 16 de junho de 2015

“A justificativa pelos salários mais altos é que elas estão inseridas em atividades que estãopreponderantemente em área de regulação e de fiscalização e que também possuipredominância maior de pessoas com nível superior, então, isso explica um pouco essadiferença entre as entidades empresariais e as da administração pública”, completou.

O gerente da pesquisa revelou também que entre 2012 e 2013 a participação dos assalariadossem nível superior na variação do pessoal ocupado assalariado ficou em 60,2%, enquanto acontribuição dos com nível superior atingiu 39,8%.

Na diferença salarial, a pesquisa indicou que 57% do pessoal ocupado assalariado são homense 43% mulheres mas, segundo o pesquisador, há uma tendência de aumento no número demulheres.

“De 2012 para 2013 ficou em 4,2% para mulheres e 3,1% para homens de aumento naparticipação. O que a gente pode constatar é que a participação feminina na variação depessoal ocupado assalariado é superior à masculina e a tendência tem mostrado isso. Nósúltimos cinco anos a gente tem verificado que a tendência no crescimento na participaçãofeminina no pessoal ocupado assalariado tem sido, constantemente, com tendência decrescimento”, contou.

Nas empresas há um predomínio de emprego de homens na mão de obra. Em 2013, aparticipação masculina ficou em 62,3% e a feminina em 33,7%. O comportamento, no entanto,se inverte na administração pública e nas entidades sem fins lucrativos.

“Homens participam na administração pública apenas com 41,1%, enquanto as mulheres são58,9% e nas entidades sem fins lucrativos a participação masculina é 44,9% e das mulheres,55,1%”, disse. Francisco Marta explicou que o motivo é o tipo de atividade.

“As entidades empresariais são tradicionalmente formadas por mão de obra masculina, comoindústria e construção, enquanto na administração pública tem muita participação na saúde ena educação, que é tradicionalmente ocupada por maior participação feminina. Isso respondeum pouco as diferenças em termos de participação por sexo”, revelou.

O gerente da pesquisa informou que ainda não é possível fazer avaliação específica com ospercentuais do nível de escolaridade entre homens e mulheres, porque o cadastro não temainda este tipo de cruzamento de informações, mas o IBGE está estudando a inclusão destetipo de análise.

“Estamos em estudos para poder fazer este cruzamento, mas não temos variáveis cruzadasentre sexo e nível escolaridade. Futuramente a gente vai apurar, mas no momento a gente sóconsegue isso separadamente. Participação feminina e masculina com ou sem nível superior”,esclareceu, acrescentando, que o órgão vai tentar incluir esta análise na pesquisa do Cempredo ano que vem.

A divulgação do Cempre é anual e desde 2008 inclui informações sobre a participação pordiferença de sexo. A pesquisa avalia dados nas áreas da indústria, construção, comércio eserviços com base na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho eEmprego, além de informações do próprio IBGE.

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