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Entrepreneurship Day @AAUMinho junta especialistas mundiais na UM Pedro Silva, de 27 anos e natural de Braga, foi o escolhido para ocupar o topo da hierarquia da praxe na Universidade do Minho. O estudante do segundo ano do curso de Sociologia orgulha-se do título que lhe foi conferido e defende, com convicção, a preservação das tradições académicas. campus entrevista No próximo dia 21 de Março realizar-se-á o Seminá- rio “Entrepreneurship Day@AAUMinho” sob o lema “Oportunidades, consegues vê-las?”. O evento é re- alizado pelo Liftoff (Gabinete do Empreendedor da AAUM) e a UTEN Portugal (Rede Universitária de Tec- nologia Empresarial) Página 07 Página 08 e 09 Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 143 / ANO 6 / SÉRIE 3 TERÇA-FEIRA, 15.MAR.11 www.academico.rum.pt www.facebook.com/jornalacademico www.twitter.com/jornalacademico TAMBÉM A CIDADE DE BRAGA ANDOU “À RASCA” “A praxe na Universidade do Minho prima pelo bom senso e pela responsabilidade” Oito homens em oito ilhas a mostrarem as suas mulheres... cultura Página 16

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Entrepreneurship Day @AAUMinho junta especialistas mundiais na UM Oito homens em oito ilhas a mostrarem as suas mulheres... Pedro Silva, de 27 anos e natural de Braga, foi o escolhido para ocupar o topo da hierarquia da praxe na Universidade do Minho. O estudante do segundo ano do curso de Sociologia orgulha-se do título que lhe foi conferido e defende, com convicção, a preservação das tradições académicas. Página 08 e 09 Página 16

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Entrepreneurship Day @AAUMinho junta especialistas mundiais na UM

Pedro Silva, de 27 anos e natural de Braga, foi o escolhido para ocupar o topo da hierarquia da praxe na Universidade do Minho. O estudante do segundo ano do curso de Sociologia orgulha-se do título que lhe foi conferido e defende, com convicção, a preservação das tradições académicas.

campus entrevista

No próximo dia 21 de Março realizar-se-á o Seminá-rio “Entrepreneurship Day@AAUMinho” sob o lema “Oportunidades, consegues vê-las?”. O evento é re-alizado pelo Liftoff (Gabinete do Empreendedor da AAUM) e a UTEN Portugal (Rede Universitária de Tec-nologia Empresarial)

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Jornal Oficial da AAUMDIRECTOR: Vasco LeãoDISTRIBUIÇÃO GRATUITA143 / ANO 6 / SÉRIE 3TERÇA-FEIRA, 15.MAR.11

www.academico.rum.pt www.facebook.com/jornalacademicowww.twitter.com/jornalacademico

TAMBÉM A CIDADE DE BRAGA ANDOU “À RASCA”

“A praxe na Universidade do Minho prima pelo bom senso e pela responsabilidade”

Oito homens em oito ilhas a mostrarem as suas mulheres...

cultura

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Foi uma geração à rasca aquela que saiu para a rua no passado Sábado. Milhares e milhares invadiram as ruas de onze cidades portuguesas em protesto com a actual situação em que se encontram. Empregos precários e mal remunerados apontavam alguns, enquanto outros batiam-se pela luta por algo que lhe ga-rantisse alguns “trocos” no final do mês.Ainda assim, a situação não é de agora. Lembraram-se agora que o país, neste aspecto, está perto do abis-mo? E o caminho até aqui, aquele onde poderíamos ter feito algo, ter mudado a história, onde estavam estes milhares? Talvez ainda a usufruir de uns subsídios e pensões a mais.Uma geração que agora se diz à rasca já foi apelidada, há uns anos atrás, de “geração rasca” por um ex-deputado do PS e ex-jornalista do Público. E disso, não se lembram? A memória curta e a inexistência dela apoderou-se da manifestação de alguns. Infelizmente.Ainda assim, a situação é incomportável para muitos. Estou perfeitamente solidário com estes.Contudo, deixem-me dar aqui uma nota pessoal. No Sábado foi feito o apelo a Cavaco Silva para resolver a situação (leia-se, demitir o Governo). Apelam à “coerência”, “pacifismo” e “tolerância” de um Presidente da República. Dizem mesmo que este é forte adepto da democracia. Opiniões. Quem não se lembra, nos pri-mórdios dos ataques aos bolsos dos portugueses, das investidas sobre manifestantes na Ponte 25 de Abril? Aí se deviam começar a escrever a história do povo na rua. Não nos deixaram.Não tenhamos ilusões em alguns dos intervenientes da classe política (lá caí novamente no erro de voltar a chamar classe aos políticos).O país segue no caminho “natural” de um país em crise. A situação, por exemplo na vizinha Espanha, é tão grave ou pior que a nossa. Agora é apenas o tempo de acordar. Na rua, com protesto ruidosos ou com opi-niões e contributos construtivos, cabe aos portugueses escolherem o melhor caminho.Deitar tudo abaixo e começar do zero parece-me que não é uma boa opção nesta altura.Se o for, estou enganado e que venha daí a ajuda europeia e depois… “Ai que era melhor estar como está-vamos!”Até para a semana.

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Braga europeuO Sp. Braga está a fazer um percurso exemplar na Europa. Apesar de ser afastado da Cham-pions, saiu de cabeça erguida. Bateu o Arsenal e agora o gigante do Liverpool na “pedreira”. Este é um resultado que só está ao al-cance de alguns. Para mais tarde recordar.

Discurso de Cavaco SilvaUm Presidente da República deve, acima de tudo, manter-se afastado das guerrilhas com par-tidos. O seu discurso incendiário apenas teve uma mensagem... O ataque ao Governo. Mas é isto que se pede à mais alta figura do Estado Português? Houve quem gostasse, eu achei de mau tom.

“Povo”“E o povo pá!” Parece ser esta a expressão mais utilizada nos últimos dias. Seja por causa dos “Homens da Luta”, seja pelas manifestações de uma “Geração à rasca”, o que é certo é que o povo está na rua. Veio falar, gritar e reinvidicar por uma qualidade de vida mais justa.

NO PONTOEM ALTA EM BAIXO

DA

NIEL V

IEIRA

DA

SILVA // daniel.silva@

rum.pt

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Terça-feira, 15 Março 2011 / N143 / Ano 6 / Série 3 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Ana Lopes, Ângela Coelho, Bruno Fernandes, Carlos Rebelo, Cátia Alves, Cláudia Fernandes, Cláudia Rêgo, Daniela Mendes, Diana Sousa, Diana Teixeira, Diogo Araújo, Eduarda Fernandes, Eduardo Rodrigues, Fabiana Oliveira, Filipa Barros, Filipa Sousa, Franscisco Vieira, Goreti Faria, Goreti Pêra, Inês Mata, Iolanda Lima, Joana Neves, José Lopes, Lucilene Ribeiro, Maria João Quintas, Mariana Flor, Neuza Alpuim, Patrícia Painço, Rita Vilaça, Sara Pestana, Sofia Borges, Sónia Ribeiro, Sónia Silva, Tânia Ramôa e Vânia Barros // COLABORADORES: Cátia Castro, Elsa Moura e José Reis, // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva e Luís Costa // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: [email protected] // TIRAGEM: 2000 exemplares

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LOCAL

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josé reis

[email protected]

PAD não quer dizer mais do que PAD. Ou melhor, a sigla PAD pode ser um conjunto de coisas que, no fundo, querem dizer aquilo que nós quiser-mos que elas sejam... Confu-so. Pois, PAD começou por ser pensado como a designação para “peixe:avião Discos” por ter nos elementos da banda as cabeças pensantes desta nova plataforma de promoção e edi-ção musical. Mas depressa se

percebeu que esta designação “podia ser muito limitativa” e pensou-me em deixar na liber-dade da imaginação de cada um “a desconstrução da sigla”, como nos revelou Luís Fernan-des, músico, em entrevista re-cente ao programa “Português Suave” da Rádio Universitária do Minho. A PAD surgiu há poucas semanas enquanto ob-jecto materializado, mas na cabeça dos músicos sempre es-teve a ideia de ajudar a mudar o panorama actual (e difícil) de edição de música no nosso país. “Sentimos e sabemos como as

coisas acontecem em Portugal. Muitas bandas não tiveram a oportunidade que nós tivemos (enquanto peixe:avião) e a ideia é ajudar a que novos projectos possam aparecer e mostrar a sua música”, destaca.

Edições já disponíveis

A PAD não é a primeira editora independente da cidade de Bra-ga, na nossa cabeça está ainda o surgimento da Cobra Discos há uns anos atrás, muito por culpa de três do elementos dos Mão Morta.

Mas a PAD é a mais activa ac-tualmente – ou pelo menos aquela que se mostra mais activa por agora. O manifesto de acção da estrutura passa pela “edição e promoção de projectos musicais nacionais ou estrangeiros” que tenham vontade de dar a conhecer a sua música.Há um único requisito: “quali-dade”, destaca Luís Fernandes. Os interessados podem, de res-to, enviar maquetes e pedidos para os endereços que constam no sítio digital www.pad-onli-ne.com. E para abrir as fileiras

pad: a boa música tem uma nova morada...da PAD, já estão disponíveis os EP’s novos de The Astroboy (al-ter-ego de Luís Fernandes, um som marcadamente electróni-co e ambiental) e de Dear Tele-phone (a estreia do novo projec-to de elementos dos peixe:avião e dos La La La Ressonance, com influências de Velvet Un-derground e com uma Nico à altura, personificada pela voz e figura de Graciela Coelho). Uma plataforma que apresen-tará ainda este ano novidades dos Smix Smox Smux, de Old Jerusalem, dos suecos Beast e, quem sabe, dos peixe:avião.

Tânia ramôa

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O Centro Cultural Vila Flor (CCVF), em Guimarães, é o palco da primeira edição do Festival Internacional de dan-ça contemporânea intitulado GUIdance. De 10 a 19 de Mar-ço o público terá a oportunida-de de assistir a espectáculos de companhias de dança de reno-me nacional e internacional. Em entrevista ao ACADÉMI-CO/RUM, José Bastos, direc-tor artístico do CCVF, destaca a importância desta iniciativa, na medida que pretende captar uma audiência eclética che-gando a uma diversidade de

públicos que terá a oportunida-de de contactar com uma diver-sidade estética impar na cidade de Guimarães. O CCVF aproveita o mote de Guimarães 2012 – Capital Eu-ropeia da Cultura para lançar outro projecto-âncora, na mes-ma linha estratégica de outros festivais ligado ao Teatro (Gil Vicente em Maio) e ao Jazz (Guimarães Jazz, Novembro). Torna-se, assim, um projecto a manter a longo prazo, nomea-damente até 2013 - um ano que se espera de afirmação e conso-lidação para o CCVF.José Bastos avança ainda que o objectivo principal é “prolon-gar a coerência programática que se tem vindo a oferecer”, concentrando, no espaço e no

tempo, um conjunto de propos-tas que evidenciam “o acto de programação como acto de me-diação na relação entre o espec-tador e os objectos artísticos”.O cartaz do GuiDance revela-se consistente, oferecendo propostas nacionais e interna-cionais. No dia 16 de Março, Teresa Prima (coreógrafa na-cional) apresenta o seu mais recente projecto, Projecto B – um espectáculo que une ele-mentos performativos de ex-perimentação e sensibilização para a beleza estética da dança. No dia seguinte, Olga Roriz volta a subir aos palcos da sala de espectáculos vimaranense, para apresentar duas criações na mesma noite. Até então, já passaram outros

espectáculos pelo auditório do CCVF como “Rosas danst Ro-sas”, considerado um clássico da dança contemporânea. O encerramento cabe a “Babel” de Sidi Larbi Cherkaoui e Da-mien Jalet,uma obra que explo-ra conceitos relacionados com

contemporaneidade, uma aposta do GUIdance

o multiculturalismo, naciona-lidade e religião. Este contrasta com o espectáculo inicial apre-sentado pela Australian Dance Theatre , “Be Your Self” – uma performance polivalente que explora a individualidade Hu-mana .

A nova aposta cultural da cidade de Guimarães tem como pano de fundo a dança contemporânea

Dança contemporânea invade Guimarães até 19 de Março

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CAMPUS

versidade do Minho, Afonsina.O UMplugged pode ser a opor-tunidade para que um grupo de amigos com gosto pela mú-sica se transforme numa ban-da conhecida, realizando um percurso na área com sucesso, tal como aconteceu à banda Let the Jam Roll, que venceu a 6ª edição do UMplugged.As maquetes dos interessados em participar podem ser entre-gues nos Gabinetes de Apoio aos Alunos ou nas sedes da AAUM até dia 16 de Março. As eliminatórias decorrem no dia 22 e 29 de Março e a grande fi-nal no dia 5 de Abril.

riTa Vilaça

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Com o objectivo de promover talentos na área da mistura de música, DJ@UM encerra as inscrições na quarta-feira, dia 16 de Março. Esta activi-dade, promovida pelo Depar-tamento Cultural e Tradições Académicas da Associação Académica da Universidade do

Minho (AAUM), realizou a fes-ta de apresentação no café Car-pe Noctem em Braga e no Café Universitário em Guimarães, no passado dia 9.Segundo Miguel Barros, res-ponsável por este departamen-to, “cada vez mais a mistura da música é do interesse da comunidade académica”, e foi a pensar nesta realidade que a AAUM promoveu a 5ª edi-

dj@um: “there can be only one!”ção desta actividade. De acor-do com o responsável, o DJ@UM “terá continuidade”, pois é “uma actividade com bastan-te receptividade por parte dos alunos”. Apresentado pela marca Burn, o DJ@UM pretende impulsio-nar alunos universitários que tenham especial gosto e talen-to para DJ, “dando-lhes a opor-tunidade de se revelarem nesta

UM prepara-se para mais um UMpluggedDiana sousa

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A 9ª edição do concurso de ban-das de garagem da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) aproxima-se. As inscrições já estão abertas e terminam no dia 16 de Março. O UMplugged deste ano conta com o apoio da BURN e prome-te bons momentos de música e convívio.O UMplugged é um concurso que tem vindo a ser realizado pelo Departamento Cultural e Tradições Académicas da AAUM e que, tipicamente,

conta com uma boa adesão por parte da comunidade estudan-til. Até porque, cada vez mais, a música não é só um hobby dos mais jovens, mas uma possi-bilidade de futuro. O vice-pre-sidente do Departamento Cul-tural e Tradições Académicas, Miguel Barros, deu mesmo conta que, perante uma breve avaliação dos contactos recebi-dos, já são alguns os estudan-tes da academia interessados em participar no UMplugged.Para além do mais, na passada quinta-feira, dia 10 de Março, decorreu a festa de apresen-tação do concurso no bar Ste-

phane que contou com casa cheia. “Os estudantes estavam animados e curiosos em saber como será o UMplugged des-te ano”, disse Miguel Barros. As expectativas em torno da 9ª edição do UMplugged, este ano apresentado pela BURN, são, por isso, elevadas.Este concurso visa a divulga-ção de bandas de garagem, procurando descobrir novos talentos e oferecendo a possi-bilidade, à banda vencedora, de actuar perante um público mais vasto nas Monumentais Festas do Enterro da Gata. A todos os que querem concor-

rer, características como saber cativar e interagir com o públi-co, criatividade e selecção mu-sical são fundamentais. São, aliás, os principais critérios a ter em conta pelo júri respon-sável pela selecção das bandas. E, relativamente ao painel de jurados, o Departamento Cul-tural e Tradições Académicas diz que ainda não há nomes, mas confirma-se a presença de um produtor, um elemento da direcção da AAUM, um ele-mento da Rádio Universitária Minho (RUM), um elemento da BURN e um elemento da Tuna de Engenharia da Uni-

área”, corrobora Miguel.Qualquer aluno inscrito no en-sino superior tem a possibili-dade de se inscrever, sendo que o DJ vencedor deste concurso terá a oportunidade de actuar ao vivo no Enterro da Gata. As maquetes – com 30 minutos e em formato CD - poderão ser entregues no GAA – Gabinete de Apoio ao Aluno, ou nas se-des na AAUM.

As eliminatórias estão já agen-dadas para os dias 24 e 31 de Março na cidade de Braga, con-tando cada uma com quatro candidatos. A final terá data no dia 7 de Abril, no mesmo local das eliminatórias. Aos parti-cipantes exige-se criatividade, técnica e boa interacção com o público. Para mais informa-ções, o regulamento encontra-se disponível no site da AAUM.

elo estudantil diz que regime fundacional será a privatização da UMreDaCçÃo

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Na passada quinta-feira, o movimento Elo Estudantil, da Universidade do Minho, jun-tou-se no campus de Gualtar, em Braga, para protestar, mais uma vez, contra os cortes nas bolsas de estudo dos estudan-tes, os aumentos dos preços das senhas de cantina e ainda contra a eventual passagem da Universidade do Minho a fun-

dação.Francisca Goulart, porta-voz do movimento Elo Estudantil, afirma que “os alunos não es-tão a ser devidamente informa-dos relativamente à eventual passagem da Universidade do Minho a Fundação”, apesar dos vários debates abertos realiza-dos na Universidade do Minho ao longo das últimas semanas. Preocupados com a eventual passagem da UM a Funda-ção, os jovens do movimento

defendem que “este regime fundacional é o mesmo que privatizar a Universidade”, e comparam o caso a outras ins-tituições de Ensino Superior que já procederam à passagem a fundação.Numa concentração com pou-co mais de uma dezena de estudantes, o grupo lançou al-gumas palavras de ordem e de contestação face às decisões do Governo no que ao Ensino Su-perior respeita.

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CAMPUS PÁGINA 05 // 15.MAR.11 // ACADÉMICO

sónia ribeiro

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A Escola de Economia e Gestão (EEG) comemorou o 29º ani-versário, no passado dia 10 de Março. A cerimónia integrou a entrega das Cartas de Curso, Prémios Escolares, Prémio de Investigação e Docência, para além da inauguração da expo-sição de fotografia “Memórias para o futuro da EEG” e da Aula aberta com Luís Palha, membro do Conselho de Ad-ministração do Grupo Jeróni-mo Martins. Para José Rocha, presidente da EEG, estes 29 anos “represen-tam a geração de uma escola que começou com meia dúzia de pessoas e que, hoje, é a se-

gunda escola da universidade”. A liderança e as relações inter-nacionais em várias áreas de investigação, bem como os três Centros de Estudos com nível de excelência foram apontados como as mais valias da EEG.José Rocha reconheceu o pro-blema do ambiente externo, deixando o desejo de reforçar as relações com associações industriais e comerciais e, com isso, a projecção a nível inter-nacional.

Necessidade de ligação com o tecido empresarialAntónio Cunha, reitor da Uni-versidade do Minho (UM), des-tacou a importância da EEG para a instituição, ao operar em quatro áreas de competitivida-de crescente. Na sua opinião,

“o futuro da EEG tem de ser construído” a partir da supera-ção das dificuldades e do em-penhamento de toda a escola em torno dos seus projectos e do colectivo.Para António Cunha, “a im-portância estratégica de uma unidade orgânica advém da importância dos projectos”, mas também da sua exequi-bilidade, considerando que na EEG há “qualidade de projec-tos que têm possibilidade de serem concretizados”. Contu-do, apontou a necessidade de estabelecer uma ligação mais forte com o tecido industrial, que neste momento é “inferior ao espectável”. A EEG “deve re-forçar a sua posição nacional e internacional” para obter um “reconhecimento externo”, jus-

tificou. O reitor da Universidade do Minho reconheceu ainda o em-penho e trabalho da presidên-cia, docentes e não-docentes na racionalização dos recursos, oferta de cursos pós-laboral e notas de entrada dos projectos. E mostrou-se “convicto de que o futuro da UM continuará a ser construído com os contri-butos e sucessos da escola”.

Aposta em investigação e projectosPara Fernando Alexandre, vice-presidente da EEG, os pré-mios atribuídos não são um incentivo, porque só servem de estímulo quando se está para-do. “Já passamos a fase inicial, estamos numa trajectória as-cendente”, defendeu. Na sua

opinião, os prémios têm “um objectivo estratégico, que é o de tornar clara a aposta da EEG em investigação e projectos” e de reconhecer as pessoas que se destacaram nestas áreas e que “elevam a fasquia de qua-lidade da EEG”. De acordo com Fernando Ale-xandre, “os prémios vão mui-to para além das fronteiras da EEG e da UM”, têm impacto a nível nacional. O vice-presidente da EEG des-tacou ainda as notas elevadas dos alunos que entram apara a EEG e que escolhem a UM para se graduarem, bem como o trabalho dos docentes e o re-cente reconhecimento de um professor da EEG, como Me-lhor Investigador Nacional em Economia.

escola de economia e gestão comemora 29º aniversário

XII edição das jornadas de biologia aplicada satisfaz organizadoresmariana Flor

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“As jornadas foram um su-cesso”, garante Rita Trindade, uma das organizadoras da XII edição das Jornadas de Biologia Aplicada que decorreram de 9 a 11 de Março, na Universidade do Minho (UM).A XII edição, sob o tema “Odis-seia da Biologia”, pretendia mostrar que a biologia é uma área interdisciplinar que se

relaciona com as outras áreas. Por esse motivo o programa dividia-se em três temas, bio-tecnologia, ciência e ambiente e contava com oradores de dife-rentes áreas, desde a matemáti-ca à bioquímica. De acordo com Rita Trindade participaram mais de 200 alu-nos ao longo destes três dias repletos de workshops, exposi-ções, palestras e uma tertúlia sobre energias renováveis. Para além dos alunos de Biologia Aplicada da UM participaram

alunos das universidades de Aveiro, Porto, Lisboa e Vila Real. Alunos de mestrado tam-bém participaram, apesar de o público-alvo serem os alunos da licenciatura (1º ciclo). Nesse sentido, segundo a organiza-ção, foi também um sucesso, pois as jornadas conseguiram chegar a um público mais vas-to. A boa divulgação e o facto de as inscrições estarem aber-tas, ainda nos respectivos dias das jornadas são apontadas como causas da boa adesão.

Este evento divulgava, de forma informal e propicia a debate, as investigações mais relevantes das diversas áreas científicas relacionadas com a biologia. Durante estes três dias houve também espaço para que as empresas mais relacionadas com estas áreas apresentassem as novidades à comunidade académica em geral, através de uma exposição.Terminadas as jornadas, os alunos de Biologia Aplicada, mais propriamente o núcleo

de estudantes (NEBAUM), debruçam-se agora sobre o “BioConcurso II- Fotografia Cientifica”. Um concurso que tem como objectivo divulgar trabalhos científicos e que está aberto a todos os interessados a nível nacional. A data limite para entrega dos trabalhos é 30 de Abril, sendo posteriormente avaliados por um júri externo à direcção. Os prémios para os três primeiros classificados serão cheques - prenda em pro-dutos FNAC.

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CAMPUSPÁGINA 06 // 15.MAR.11 // ACADÉMICO

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CáTia alVes

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Na passada quinta-feira, dia 10 de Março, realizou-se na Escola de Direito da Universidade do Minho a tomada de posse da Associação de Estudantes de Direito da Universidade do Mi-nho (AEDUM).Após as eleições do dia 2 de Março, as quais ficaram indele-velmente marcadas pela maior participação dos últimos anos, facto motivado certamente por terem ocorrido em período de aulas, a tomada de posse da nova direcção da AEDUM mar-cou o início de uma nova fase para todos os estudantes de Direito. Com os novos desafios que a

conjuntura actual traz aos jo-vens de hoje, a nova direcção não irá ficar indiferente, pros-seguindo a linha de trabalhos das anteriores direcções, bem como introduzindo as neces-sárias inovações que os dias de hoje reclamam. A sessão, marcada para as 15h de quinta-feira, contou com a presença de algumas entidades importantes para o mundo do Direito, em geral, e da Escola de Direito da UM, em parti-cular, de entre as quais o pre-sidente da Associação Jurídica de Braga, Óscar Ferreira Go-mes, a Presidente do Conselho Científico da Escola Direito, Clara Calheiros, bem como o professor Cândido de Oliveira e o Presidente da Associação Académica da Universidade do

AEDUM tem nova direcçãoMinho, Luís Rodrigues. A cerimónia iniciou-se com um emotivo discurso de Hen-rique Sousa, presidente ces-sante desta associação, que não deixou de demonstrar o seu apreço a esta AEDUM que tanto faz pelos estudantes de Direito. Henrique Sousa não pôde deixar de referir que a AEDUM desempenhou um papel fundamental no afasta-mento do exame de acesso à Ordem dos Advogados, nome-adamente no pedido de revisão da constitucionalidade do exa-me enviado no ano transacto; referiu ainda o enorme sucesso alcançado pela V Gala AEDUM realizada no final do 1.º semes-tre. O presidente cessante não se esqueceu por fim de elogiar o novo presidente em quem,

garante, confia plenamente, perspectivando um excelente mandato.De seguida, o púlpito perten-ceu a Clara Calheiros que, citando Fernando Namora, disse que “os jovens são fogo na noite escura” e que está nas suas mãos o futuro, mas que estes devem estar preparados para os tempos difíceis que se avizinham, sublinhando ter na Escola de Direito um porto de abrigo. No final, elogiou o trabalho desenvolvido pela AE-DUM. Finalmente, João Alcaide, o presidente eleito, tomou a pa-lavra. No seu discurso referiu que esta nova direcção assen-ta os seus objectivos em três pilares centrais. Em primeiro lugar, defende uma relação de

proximidade com os alunos, tanto os nacionais como os es-trangeiros. Em segundo lugar, o próprio funcionamento interno da AEDUM, primando pela au-tonomização dos diferentes departamentos da associação, tentando ser cada vez mais abrangente. Por último, a relação externa quer relativamente à Escola de Direito, quer em relação aos diferentes órgãos sociais, não deixando de lado a própria AAUM. João Alcaide referiu ainda que se avizinha a semana de Direi-to, que irá decorrer de 11 a 15 de Abril, e que, como vem sendo hábito, trará à ribalta temas de interesse para a comunidade Jurídica.

Fabiana oliVeira

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Pelo terceiro ano consecutivo, o Centro de Estudantes de Enge-nharia de Sistemas e Informá-tica da Universidade do Minho (CeSIUM) organiza e apresen-ta a “Semana da LEI 2011”, de 14 a 18 de Março, com eventos culturais, desportivos, recreati-vos, pedagógicos e de lazer.Na opinião de Rui Gonçalo, Director do Departamento de Relações Externas e Parcerias do CeSIUM, as expectativas do ano passado não foram total-mente correspondidas porque, apesar de se ter investido bas-tante na divulgação, “o facto das actividades terem decorri-do pela manhã diminuíram a

a “lei” da semanaadesão”. Porém, neste ano, to-das as actividades serão feitas da parte da tarde e, por isso, aumentam as expectativas e espera-se a participação de to-dos os alunos da UM.À conversa com Roberto Ma-chado, presidente do CeSIUM, ficamos a saber que existem algumas diferenças “significa-tivas” no cartaz. Ao contrário do que aconteceu no passado, as sessões pedagógicas aumen-taram, retirou-se o dia dedica-do aos antigos alunos de LESI, dando lugar a um “Roadshow” pelas escolas secundárias com o objectivo de informar e ca-tivar os alunos e, em parceria com a “BetClick”, os amantes de Poker poderão dar as suas cartadas.

Para aqueles que se preocu-pam com o futuro e o merca-do de trabalho, os dois repre-sentantes do CeSIUM atrás referidos destacam a sessão de “Empreendedorismo & Saídas Profissionais” (quarta-deira, dia 16), que possibilitará aos estudantes a apresentação das suas ideias.Esta semana traz à Universi-dade do Minho importantes presenças, como é o caso das empresas Microsoft e Edigma (que ganhou o prémio de “Ino-vação” do “Startup Weekend Porto”) e a sessão de “InovCon-tacto”, com um representante da AISEC.Sem esquecer que, depois de tanto trabalho e aprendizagem é necessário descontrair um

pouco, em parceria com a Co-missão de Festas, o CeSIUM organizou, pela primeira vez, uma churrascada e, o já conhe-cido, Rally das tascas de LEI, que conta com a presença de

todos os alunos da UM.“Participem sem qualquer receio. Uma semana de enge-nharia informática é para toda a gente!”, vais deixar de entrar na LEI?

DR

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CAMPUSPÁGINA 07 // 15.MAR.11 // ACADÉMICO

seminário de tecnologiaempresarial na UM

nuel Mendonça, assim como o presidente da Associação Académica da Universidade do Minho, Luís Rodrigues.A realização deste seminário vai ao encontro da missão da UTEN que procura, segundo a organização, “desenvolver e re-forçar competências em trans-ferência e comercialização de tecnologia, bem como facilitar o acesso de projectos empresa-riais de base tecnológica a mer-cados emergentes”.Segundo Ana Rita Ribeiro do Liftoff, é de esperar como re-sultado deste seminário que

PaTríCia Painço

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A Tuna Feminina de Engenha-ria da Universidade do Minho (Tun’Obebes) organiza a 5ª edição do Serenatas ao Berço. Trata-se de um Festival de Tu-nas Femininas a realizar-se no próximo dia 26 de Março, às 21 horas, no Auditório Nobre da Universidade do Minho, em Guimarães. O objectivo do evento passa por criar uma ligação entre a “ci-dade berço” de Portugal (daí o nome “Serenatas ao Berço”) e o corpo estudantil universitário, representado aqui pelas tunas femininas. Este ano, o espec-táculo conta a Tuna Feminina de Medicina da Universidade de Coimbra, a Tuna Feminina do Instituto de Engenharia de Lisboa, a Tuna Feminina do Orfeão Universitário do Porto e a Tuna Feminina da Uni-versidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (Vibratuna). Além destas, terá a participação espe-

cial e extra-concurso da Tuna de Engenharia da Universida-de do Minho (Afonsina). Tal como nas edições anteriores, após a apresentação, segue-se uma festa no Bar Académico de Guimarães.Espera-se um espectáculo cheio de cor, alegria e muita música, capaz de atrair tantos espectadores como nos anos

anteriores. “O último “Serena-tas ao Berço” foi um sucesso”, refere Adelina Pereira, Rela-ções Públicas do festival. “O Auditório Nobre da Universi-dade do Minho encheu-se de cor, alegria e muita animação com as tunas presentes, o que se prolongou pela noite dentro na festa final no B.A. de Gui-marães”, acrescenta. O públi-

co do “Serenatas ao Berço” é constituído pelas mais diversas faixas etárias e grupos, entre os quais “crianças, comunidade académica, comunidade vima-ranense e amigos e familiares” das actuantes. Os bilhetes encontram-se à venda no Gabinete de Apoio, na sala da Tun’Obebes e no Café Universidade, os três loca-

lizados em Guimarães. O custo varia entre dois euros para es-tudantes e três euros para não-estudantes. Todas as informações adicio-nais podem ser obtidas através dos endereços http://tunobe-bes.blogspot.com/, http://tu-nobebes.no.sapo.pt/ e http://www.facebook.com/tunobe-bes.

tun’obebes organiza V ediçãoserenatas ao berço

ana loPes

[email protected]

No próximo dia 21 de Março realizar-se-á o Seminário “En-trepreneurship Day@AAUMi-nho” sob o lema “Oportunida-des, consegues vê-las?”.O seminário é realizado pela Liftoff (Gabinete do Empreen-dedor da AAUM) e a UTEN Portugal (Rede Universitária de Tecnologia Empresarial) e consiste no “ lançamento do início de um brainstorming na comunidade académica de

forma a promover a conscien-cialização do empreendedoris-mo nos jovens universitários”, afirma a organização, na voz de Ana Rita Ribeiro.Este seminário conta com a colaboração da Universidade de Carnegie Mellon e a Univer-sidade do Texas, Austin bem como com a presença do secre-tário de estado do Ministério da Ciência, Tecnologia e En-sino Superior, Manuel Heitor, que fará a abertura, juntamen-te com o Reitor da Universida-de do Minho, António Cunha, o director da UTEN, José Ma-

“haja troca/partilha de conhe-cimento com o que é feito em Portugal, essencialmente na Universidade do Minho, e nos EUA”. “Esperamos que seja uma oportunidade para aque-les que se interessam pelo tema colocarem questões que os ajudem a trabalhar ideias”, acrescentou.O seminário será ainda com-posto por um momento de dis-cussão com os oradores bem como pela oportunidade de discutir pessoalmente opini-ões, ideias e sugestões com os convidados.

A inscrição pode ser feita no site da AAUM e a participação é totalmente gratuita, estando apenas sujeita ao número de inscrições. A AAUM oferece ainda transporte gratuito entre os Campus de Azurém e Gual-tar.O seminário terá lugar no Au-ditório B1 do Cp2 pelas 14 ho-ras. É possível encontrar mais infor-mação, incluindo o programa, no site do Liftoff: http://liftoff.aaum.pt/noticias/2011/03/09/entrepreneurship-day-aaumi-nho.

A edição do ano passado foi “um sucesso que a Tun’Obebes espera repetir nesta V edição

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ENTREVISTAPEDRO SILVA

maria joÃo QuinTas

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iolanDa lima

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No dia 28 de Julho de 2010 o Ca-bido de Cardeais reuniu-se em conclave, no Bar Académico, para eleger um novo “Papa” da acade-mia minhota.Pedro Silva, de 27 anos e natural de Braga, foi o escolhido para ocu-par o topo da hierarquia da praxe na Universidade do Minho. O es-tudante do segundo ano do curso de Sociologia orgulha-se do título que lhe foi conferido e defende, com convicção, a preservação das tradi-ções académicas.

Na tua opinião, o que é a praxe?A praxe não é um conceito fá-cil de definir. Existem muitas opiniões diferentes em relação à praxe e existem, também, di-ferentes tipos de praxe. Existem várias palavras que posso usar para descrever a praxe, tal como solidariedade, integração, brin-cadeira ou interacção, socializa-ção. Mas trata-se de um conceito demasiado vasto.

Como Papa da Academia, quais são as tuas responsabilidades?O Cabido de Cardeais é o órgão responsável pela praxe na Uni-versidade do Minho. Eu sou o presidente do Cabido de Car-deais, portanto, estou no topo da hierarquia praxística da aca-demia minhota. Assim sendo, tenho como principais respon-

sabilidades zelar pelo bom sen-so nas praxes, pela praxe em si e, também, pelo bem-estar dos novos alunos.

Desde que assumiste o cargo, o que te tem dado mais dores de cabeça?É um cargo que implica uma grande responsabilidade, de vez em quando lá vem uma ou outra dor de cabeça, mas, como se costuma dizer, “incha, desin-cha e passa”. Este foi um cargo ao qual me propus e para o qual acabei por ser eleito numa reu-nião do Cabido de Cardeais que tem o nome de conclave, portan-to, ocupo este cargo com gosto, e quem corre por gosto não cansa.

Tens conhecimento da existência de movimentos anti-praxe na Uni-versidade do Minho?Na Universidade do Minho não tenho conhecimento de ne-nhum tipo de movimento que tenha como objectivo boicotar a praxe de alguma forma, nem nunca nenhum grupo de estu-dantes tentou acabar com a pra-xe na Academia Minhota.

A comunicação social tem tornado públicos vários casos de abusos em praxes. O que pensas dessas situ-ações?Eu só posso falar sobre o que se passa na “minha” academia. A Universidade do Minho pode

Por isso nem posso falar pro-priamente de dores de cabeça, por vezes surgem problemas, mas todos eles são resolvidos atempadamente.

Qual é a tua opinião em relação aos alunos que se declaram anti-praxe?Cada pessoa é livre de fazer as suas opções. Eu não tenho ne-nhum problema com os anti-praxe. As pessoas têm a sua identidade. A própria praxe dá essa liberdade a cada um. As praxes também diferem de acordo com o curso, cada curso tem a sua identidade e, por isso, o seu tipo específico de praxe.

À praxe só vai quem quer, nin-guém é obrigado. Os que deci-dem deixar de participar são considerados objectores de pra-xe. Não tenho nenhuma opinião em relação a eles, mas conheço alguns anti-praxe com os quais até me dou muito bem.

Achas que quem decide não par-ticipar na praxe tem um percurso académico mais pobre?Estão a perder um sentimento único, um tipo de união e de integração que só a praxe pro-porciona. A interacção entre os novos alunos e os alunos mais velhos é, também, muito facili-tada pela praxe.

“A Universidade do Minho pode orgulhar-se, pois nunca teve nenhum caso de abusos em praxe”

Pedro Silva considera que a praxe na UM “prima pelo bom senso e pela responsabilidade”

Luís C

osta

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ENTREVISTAPÁGINA 09 // 15.MAR.11 //ACADÉMICO

Pedro Silva condena qualquer acto que vá contra a liberdade ou a integridade de uma pessoa na praxe

A violência, seja física ou psicológica, é

completamente reprimida, pois

isso não é praxe e não pode, nem vai existir dentro da

UM

orgulhar-se, pois aqui nunca tivemos nenhum caso desse gé-nero. A praxe aqui é diferente, tem uma identidade própria. É uma praxe muito bem controla-da, em que todos os problemas que surgem são devidamente resolvidos. Há coisas que nem sequer podem ser consideradas praxe, mas sim falta de civismo, e quem as comete é devidamen-te responsabilizado.

O que não admites que aconteça numa praxe?Qualquer acto que vá contra a liberdade ou a integridade de uma pessoa. A violência, seja física ou psicológica, é comple-tamente reprimida, pois isso não é praxe e não pode nem vai existir dentro da Universidade do Minho. A praxe na Universi-dade do Minho prima pelo bom senso e pela responsabilidade. Ninguém pode ser obrigado a fazer nada que não queira e, caso se sinta ameaçado, pode reportar isso ao Cabido de Car-deais, pois estamos sempre dis-poníveis para resolver esse tipo de situações e garantir que não se repetem.

Segundo o Código da Praxe, o traje é um símbolo de praxe e só quem foi praxado tem o direito de o envergar. Muitos estudantes que não quiseram participar na praxe afirmam que têm tanto direito de

trajar como quem foi praxado, pois o traje é acima de tudo um símbolo da Academia. O que pensas desta polémica?O traje é um símbolo da Aca-demia e o traje é um símbolo da praxe na Universidade do Minho, também. É um símbolo da tradição académica e a tradi-ção académica passa, também, pela praxe. Não podemos sepa-rar uma coisa da outra. Assim sendo, e falando mais uma vez em bom senso, alguém que opta por não ir à praxe, e sendo o tra-je um símbolo de praxe, porque o é, (as próprias insígnias que ostentamos no braço direito servem para identificar o nosso grau hierárquico), querer depois trajar cria uma certa ambigui-dade.Claro que não podemos proibir ninguém de trajar, uma vez que as pessoas compram o traje com o seu próprio dinheiro. Mas se uma pessoa não quer pertencer à praxe, sendo portanto conside-rada como objectora de praxe, também não deve querer usu-fruir de algo que é, sem dúvi-da, um símbolo de praxe. Cabe a cada pessoa usar do seu bom senso e pensar se quer realmen-te criar esta ambiguidade e este desconforto, porque as pessoas conhecem-se e sabem muito bem quem foi praxado e quem não foi, e este tipo de situação muitas vezes cria uma certa tensão entre os próprios colegas e um mal-estar desnecessário

para a pessoa, que sabe que não veste o traje da mesma forma que o veste um estudante que está integrado na praxe.

Como vês este afastamento da Rei-toria em relação à praxe? A praxe na Universidade do Minho é uma praxe feita pelos estudantes para os estudantes. Portanto, a posição do Reitor no que toca à praxe não se tem feito notar muito. No meu entender, desde que a praxe não interfira com as aulas, com a investiga-ção, com o estudo, o Reitor não está contra a praxe.

O que quis dizer o facto de este ano não teres estado presente na sessão de boas-vindas aos novos alunos?A actividade foi realizada nou-tros moldes. Eu acabei por dar as boas-vindas aos novos alunos de outra forma. A verdade é que eles receberam tanto a mensa-gem do Magnífico Reitor, como do presidente da AAUM, como do Papa da Academia. O porquê de não ter estado presente, da mesma forma que nos anos an-teriores, não me cabe a mim ex-plicar. Eu vou a todas as activida-des para as quais sou convidado.

Parece-te que, ao longo dos últimos anos, as praxes têm perdido credi-bilidade?Não, acho que a tradição se tem

mantido. Aliás, penso que a praxe tem vindo a ganhar mais força, tanto no seio académico como no seio social, com cada vez mais estudantes a partici-par.

O que prevês para o futuro da pra-xe académica?Não acho que a praxe alguma vez vá ser banida. Já existe há muitos anos e vai continuar a existir. Não acredito que alguém esteja a lutar contra ela. Acho que é uma tradição que se con-tinua a fortalecer. A praxe faz tanto parte da tradição académi-ca e da identidade da Academia como os festivais de tunas aca-démicas, por exemplo, que têm cada vez mais procura e onde os estudantes fazem questão de participar e de envergar o seu traje, desde caloiro a cardeal, o estudante procura inserir-se nas tradições académicas e isso mostra a força e o poder da tra-dição.

Pedro Silva tem a opinião que a praxe não tem perdido credibilidade. O Papa da academia refere que “a praxe tem vindo a ganhar mais força, tanto no seio académico como no seio social”

Luís C

osta

Luís C

osta

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REPORTAGEMCláuDia FernanDes

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“A luta continua! A luta conti-nua”. Foi um aglomerado de gente que cobriu o largo da Avenida Central, em Braga, e que se uniu com um mesmo propósito: mostrar o desagrado perante a actual conjuntura e a falta de condições e de soluções para uma geração que se auto-intitulou “Geração à rasca”. Este movimento foi iniciado através do Facebook, primei-ramente para Lisboa e Porto, mas a verdade é que muitas outras cidades seguiram o seu exemplo e se organizaram, no sentido de que a voz da sua re-volta se espalhasse de Norte a Sul do país.

UM também está “à rasca”

Em Braga, várias centenas de pessoas (e não foram só jovens) reivindicaram os seus direitos. Nuno, estudante de Ciências da Computação da Universida-de do Minho, foi dos primeiros a chegar ao ponto de encontro para este momento. Munido de tarjas de contestação, o aluno lá teceu aquelas que eram as suas

expectativas: “Tendo em con-ta que esta geração ainda não fez um protesto digno de seu nome, penso que se estivessem 200 pessoas já seria óptimo, mas é possível que até estejam mais”, lançou, acrescentan-do que muitos bracarenses se teriam deslocado à cidade do Porto, tendo-se manifestado lá.Também da Universidade do Minho, mas do curso de Gestão, Cláudia juntou-se ao protesto. Actualmente desem-pregada, embora se encontre a completar o terceiro ano do referido curso, a jovem diz ver “um futuro incerto”, sentindo-se, como todos os que se mani-festaram, “um bocado à rasca”. “Sinceramente, acho que isto não vai dar em nada, mas al-guma coisa iremos conseguir, mais que não seja, chatear”, afirmou a estudante.João, aluno de Ciências da Co-municação da Universidade do Minho, acreditava que este protesto ia ter consequências, uma vez que o mesmo obteve grande cobertura mediática. “As coisas estão a começar len-tas, mas este é um protesto que está a cobrir todo o país e que tem recebido ecos por toda a Europa, de forma que vamos ter algum impacto”, salientou.

A luta dos “enrascados”

Mesmo sabendo que a mani-festação é só mais uma miga-lha que se vai “juntar a muitas outras coisas” que farão, então, com que “comece a haver mu-danças”. Foi isso, então, que o fez juntar-se a este encontro da “Geração à rasca”? “Fez-me vir aqui a actual situação que os jovens têm de enfrentar, mes-

mo aqueles que passam a vida a estudar para ter um curso superior, que lutam por faze-rem algo mais da vida e vêem os seus esforços defraudados por falta de condições e, since-ramente, um governo e uma sociedade que não se interessa por este tipo de problemas”, respondeu o estudante. Sem esquecer que esta é a geração “mais qualificada de sempre”, João explicou que tudo o que quer é “uma oportunidade para mostrar o valor e fugir à precariedade e ao abuso que se tem feito a quem sai do Ensino Superior”.

Protesto “dos 8 aos 80”

Olhando para o mar de gente, era fácil encontrar pessoas de outras gerações. Foi o caso de Isabel, professora, que se jun-tou aos jovens por se sentir revoltada com a situação actu-al do país. “Estou indignada, como mãe, porque não vejo fu-turo para os meus filhos. Como profissional, porque estou já há muitos anos contratada. Como cidadã, porque acho que cada vez mais os nossos direitos,

como pessoas e cidadãos, estão a ser menosprezados”, enun-ciou. Não acreditando que haja consequências desta manifes-tação, a professora diz apenas esperar que sejam “ouvidos”.Paulo, desempregado, além de corroborar com as críticas feitas ao Governo e à situação actual da sociedade, não deixa, também, de as estender aos próprios que se manifestaram na tarde de sábado. ”Se estas pessoas todas que estão aqui hoje se tivessem dignado a vo-tar, se calhar as coisas estavam diferentes. Nos momentos em que é preciso que os cidadãos façam algo, as abstenções são enormes”, lamentou, salien-tando que deve existir nos jo-vens um espírito de cidadania activa.Por solidariedade ou por um desagrado total face às condi-ções da conjuntura, a verdade é que a “Geração à rasca” fez com que o grito de indignação dos jovens ganhasse enormes proporções.Só em Lisboa contaram-se quase 200 mil participantes, seguindo-se 80 mil na cidade do Porto.

Em Braga, a Avenida Central encheu-se de manifestantes

Cláudia Fernandes

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Muitas foram as palavras de ordem entre os manifestantes

em Braga

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Nesta semana é a escritora Inês Botelho quem escolhe cinco temas em torno dos quais são trocadas algumas palavras. Com 24 anos, já editou cinco títulos, entre eles uma trilogia ligada ao universo do fantástico, “O Ceptro de Aerzis”. O que não deixa de ser curioso - e meritório - é o facto de ter começa-do a publicar com apenas 17 anos, com o lançamento de “A Filha dos Mundos”. Apesar de ter prosseguido em territórios próximos de Marion Zimmer Bradley ou JRR Tolkien, a autora não se sente vinculada a nenhum género em particular, navegando actualmente em terrenos mais urbanos e contemporâneos, com “Prelúdio” ou “O Passado que Seremos”, o seu último romance. Os interesses de Inês Botelho não se resumem, todavia, ao campo da leitura. Desde jovem, a escritora tem-se debruçado sobre outras valências criativas, tais como a música (com formação em piano ao nível de Conservatório) ou a representação (com uma participação num Grupo de Teatro Juvenil. O cinema é outra das suas paixões mas a escrita é, como chega a afirmar na entrevista, a sua “zona de conforto”.

I am the walrus (The Beatles - Magical Mys-tery Tour)

“o meu gosto pelos beatles é já muito antigo e é, provavelmente, uma das primeiras bandas que me fascinou e ainda hoje adoro-os. Gosto em particular deste tema por ser completamente surreal, com o john lennon a pretender que não seja possível fazer qualquer interpretação da letra. Tentaram fazer muitas interpretações mas eu acho que o lennon divertiu-se com isso exactamente por ele próprio não ter intenção nenhuma”.

Beatriz (Maria João e Mário Laginha - Lobos, raposas e coiotes)

“Tenho pena de não me dedicar tanto ao piano como costumava [mário laginha é pianista] pois perdi alguma da técnica e hoje, quando tento tocar alguma peça, chega a ser penoso ouvir-me. mas não tenho pena de ter seguido uma carreira como pianista pois sei que não tinha qualidade suficiente para o fazer. Houve uma apetência natural pela escrita e é um território onde me sinto muito mais confortável.”

Suite No. 2, Op. 17, Tarantella: Presto (Sergei Rachmaninov)

“o que aprecio na música clássica é da sonori-dade, da riqueza, dos vários tipos de melodia e a quantidade de imagens que sugere.Há períodos na música clássica em que existiu um grande convívio entre as diferentes artes. Há aquela velha ideia de que se deve fechar os olhos quando se ouve música clássica... não digo isso mas há diversas possibilidades de histórias. e depois, ao contrário do que as pessoas pensam, não é uma música aborrecida ou demasiado calma!”

Sinal Fechado (Chico Buarque & Maria Bethâ-nia - Ao vivo)

“a música brasileira surge muito por influência

das “vivências da casa”... houve sempre música brasileira e desde criança fui ouvindo. Gosto particularmente deste CD... tem várias faixas que me agradam, quer em termos de música quer em termos de letra. esta letra em particular con-segue, em poucos minutos, imprime a sensação da vida numa cidade.”

Boss Inside (Adam Green - Minor Love)

“esta é uma descoberta recente e fascinou. são pequenos temas com melodias distintas, sempre com uma certa riqueza, não são simples. e tem letras extraordinárias - esta, por exemplo, é irónica, malévola mas também sedutora. [sobre o ecletismo - adam Green é, para além de músico, artista plástico.] Demasiado ecletismo sem pon-deração é um pouco como o “Homem dos sete instrumentos”, que toca todos mas não toca bem nenhum. mas não me parece mau que se tente várias áreas. é uma questão de equilíbrio e de evitar uma dispersão excessiva.”

INÊS BOTELHO

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INQUÉRITO

PUB.

Laura Henriques encara a pra-xe de uma forma bastante po-sitiva e vê nesta uma óptima oportunidade para o estabele-cer de laços entre os novos co-legas, bem como uma das me-lhores maneiras de integração no meio académico.A estudante de Relações Inter-nacionais referiu que partici-pou e completou a praxe, tendo sido para ela “um ano maravi-lhoso”. Sendo proveniente da Madeira, a praxe adquiriu um carácter ainda mais especial para esta aluna, pois como ela própria afirmou “era muito importante para mim esta-belecer afinidades e de facto, consegui-o”. Sobre eventuais abusos, Laura considera que as “praxes são, por vezes, ligadas a abusos, o que não correspon-de, de todo à realidade.”

Na opinião de Alexandre Vale, “as praxes funcionam”, adian-tando que os caloiros apren-dem rapidamente as “regras do jogo” do meio universitário.Para o aluno da Licenciatura de Direito, os alunos recém-chegados vêem assim a sua in-tegração ser facilitada, evitan-do que muitos deles passem os fins-de-semana sozinhos. Ape-sar de poder praxar, não o faz, por motivos pessoais, embora recomende os novos alunos a irem. Alexandre faz então um balanço positivo do que vê e ouve, não obstante algumas in-felicidades.O aluno de Direito disse ainda que “são mais os momentos de diversão do que de angústia no que toca à praxe”.

Quando questionada sobre o que pensa da praxe, Patrícia Barroso referiu que concorda com a praxe a nível de integra-ção, porém não tolera abusos e faltas de respeito por parte dos praxantes, pois “vai contra o es-pírito da praxe” e não é isso que ela defende.A estudante de Ciências da Comunicação mencionou que já foi praxada e é praxante este ano, contudo, considera que no caso concreto da Universidade do Minho “há cursos em que há bastantes abusos.”Patrícia Barroso confessou que ela própria já sofreu abusos, “não por parte do meu curso, mas por outros praxantes”. “Te-nho noção que nem toda gente consegue dizer não, que não se conseguem impor, têm medo”, acrescentou.

Marina Gonçalves entrou este ano lectivo, pela primeira vez na Universidade do Minho, e olha para a praxe como sendo uma boa forma de conhecer os seus novos colegas. A “caloira” de Estudos Portugueses e Lu-sófonos disse que concorda e frequenta a praxe, até porque, inicialmente, precisava de al-gum estímulo para começar a falar com os outros, “pois afinal trata-se de uma cidade nova, com colegas novos, em que geralmente ninguém se conhece”. Marina revelou não ter conhecimento de nenhum caso de abuso, nem a nível na-cional, nem da academia mi-nhota, mais concretamente.Na sua opinião, “o respeito é fundamental e este deve ser mútuo, tanto por parte dos pra-xantes, como dos caloiros”.

PATRíCIA BARROSO2º ANO //

CIêNCIAS DA COMUNICAçãO

MARINA GONçALVES1º ANO //

EST- PORT. E LUSóFONOS

FiLiPA SOUSA [email protected]

Quando se fala em praxe deparamo-nos com um assunto, que por mais tempo que passe, não perde a denominação de actual. A discussão em torno desta matéria tem sido uma constante, e todos parecem ter algo a dizer a seu respeito. O ACADÉMiCO falou então com os estudantes da academia minhota para saber aquilo que eles pensam. Apesar de haver vozes que se levantam contra, muitos são aqueles que encaram a praxe como sendo uma actividade positiva e fundamental, na medida em que facilita a integração dos novos alunos.

LAURA HENRIQUES2º ANO //

RELAçõES INTERNACIONAIS

concordas com a praxe praticada nas universidades portuguesas?

ALExANDRE VALE2º ANO //

DIREITO

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ERASMUS PAGE

reZa PraDiTya yuDHa

e3525

Erasmus students’ life is fun. Not only they have the oppor-tunity to learn or travel around Europe but also the experien-ce of seeing a star, which is no longer a dream. For exam-ple, a chance to watch directly SC Braga vs Liverpool match (03/10) at the Estadio AXA for football fans. It would not be missed!Europe is famous for its soccer stars. Even in some countries in Asia, Portugal is a synonym for Cristiano Ronaldo. “I knew Portugal had Christiano Ronal-do before I learned the name of its president when I was in Laos,” said Banxa chanming, Erasmus student who watched in SC Braga fans seats.If a great football game could only be seen through television and internet for him before, then yesterday, the first leg of the big top 16 teams of Europa League 2010/2011 were able to be enjoyed directly.“I did not know there’s SC CCVF

WWW.CCVF.PT

In the first part of the show, Olga Roriz will perform the solo “Electra”, a creation ins-pired in classical mythology, a theme appearing quite often in

her works as well as in contem-porary culture. In the second part she presents her own ver-sion of Igor Stravinsky’s “The Rite of Spring”, one of the masterpieces of the classical music from the 20th century. “The Rite of Spring” is the last part of a trilogy of pieces

olga roriz is back to centro cultural vila flor with two pieces in one single night

when erasmus “met” sc bragaAremanita, the biggest female supporter club in Indonesia, has more than 27 million pe-ople. It’s not rare anymore if womenfolk participate freneti-cally in the middle of the field.“I had never watched football in Estadio AXA before, and I missed a class for it. It was fun. The big screen, people sang together, cheered for their te-ams, also played drum. The green field is clean and well care. Also the stadium is like in the middle of mountain. I can see a good view in one side and the scenery of Braga in the other side. Of course not only men, there were old people, women, and children. Even old people around 70 or 80 years old clapped and encouraged their team too,” said Sompho-ne Detsandone, a girl who wa-tched Arsenal vs SC Braga last November.With affordable ticket prices, The Reds vs SC Braga’s match

certainly did not make any re-gret. From the North Pole to the South Pole, from soccer addict backward country of ori-gin to the civilization of sophis-ticated background, ultimately have the same taste when the round skin break down into the wicket ; goool ... ! Everyone was

Braga because at that time SC Braga still existed in the se-cond division. But this time, I am very lucky and proud to see SC Braga, of course be-cause I’m staying here. Even though, my favorite remains Liverpool, the big-old- football team. Yesterday’s match was a great opportunity for me and also friends from Asia or other countries, I think. I watched with Erasmus from Thailand and Cambodia. And I know In-donesian were also there, “he said continuously. The student, who is majoring in International Business, also felt different sitting in the stands with thousands of other supporters. It is very different from watching only through a glass screen. “At the stadium I meet thousands people. We shout together and I like wa-tching european’s slogans. It is different from my country,” he added. In Italy, in the beginning of 1980, women were jealous of their husbands’ addiction to football and created “Victims of Football”. But apparently it is no longer valid. For example

like hypnotized. Although the-re are different ways of looking at football or favorite team, a goal in this 90 minutes game is truly a universal language. “I couldn’t take a picture with the players, but I still hope to meet Christiano Ronaldo,” en-ded Banxa vigorously.

that Stravinsky wrote for Ser-gei Diaghilev’s Ballets Russes. This show that overwhelmed everyone in its debut in 1913 still surprises everyone at the first glance.To check on Centro Cultural Vila Flor in Guimarães on 17 March, 22.00h.

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

FranCisCo Vieira

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Disponível para Playstation 3, Xbox 360, Windows e Mac, Portal 2 apresenta-se como um grande investimento da Valve, esperando-se, obviamente, um grande retorno. É a sequela de Portal, lançado em 2007,

inês maTa

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Quando Mark Zuckerberg, um cientista de computação, criou o inovador Facebook, não fa-zia ideia do sucesso mundial que este conseguiria obter e da quantidade de dinheiro que era capaz de criar. O valor económico da rede so-cial disparou 30 por cento, após ter sido revelado o interesse da empresa “General Atlantic” no mesmo. Para a confirma-ção deste interesse na compra das suas acções, apenas falta o “sim” dos responsáveis pela rede social.A cada dia que passa, o Face-book vale mais 255 milhões de euros e estima-se que o seu valor actual ronde os 65 mil milhões de euros. Já a em-presa “General Atlantic”, que

pretende comprar acções ao “Facebook”, administra 17 mil milhões de dólares em activos. A explicação para este aumento encontra-se na possibilidade de a empresa de Mark Zuckerberg

facebook… uma máquina de fazer dinheiro

“welcome to aperture laboratories”cionais. Graficamente simples, mas apelativo, Portal 2 prome-te muitas horas de quebra-ca-beças e muitas tentativas para conseguir fazer “aquele salto” necessário para chegar ao local que queremos, por exemplo. O jogo dispõe também de um in-teressante modo de jogo coope-rativo, com a possibilidade de controlar dois robôs diferentes, Atlas ou P-body. Neste modo o jogo parece ser mais desa-fiador, pela simples razão da cooperação, o que pode ser bas-tante difícil de aprimorar. Em suma, Portal 2 é um jogo obri-

gatório para os que jogaram o seu antecessor e/ou gostam de um jogo que nos faça pensar. É também no mínimo um jogo a experimentar para qualquer pessoa que tenha gostado de algum jogo da Valve (Half-Life,

Portal 2que teve um imenso sucesso pela sua originalidade. Portal 2 é um jogo de acção, ao estilo FPS, mas ligeiramente diferen-te e com uma grande compo-nente puzzle. O jogador con-trola Chell, que após algumas centenas de anos “congelada”, é desperta novamente, para azar de GLaDOS, o “vilão” do jogo. GLaDOS desafiará Chell com um imenso número de puzzles e plataformas que re-querem não só astúcia, como também um conhecimento algo elaborado das leis da físi-ca, principalmente as gravita-

Daniela menDes

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A Microsoft parece querer in-vestir cada vez mais na tecno-logia em Portugal. Segundo a empresa, serão investidos, até 2014, mais de 5,5 milhões de euros no Centro de Investi-gação e Desenvolvimento em Tecnologias de Reconhecimen-to e Síntese de fala em Portugal (o MLDC - Microsoft Language Development Center).Este investimento visa “acele-rar projectos de investigação e desenvolvimento, em tecno-logias de pesquisa e em tec-nologias de interacção natural com os computadores, com a consola de jogos Xbox Kinect e com os smartphones”, explica a tecnológica.Todo este conjunto de projectos

do Centro de I&D da Microsoft em Portugal resulta de um in-vestimento de 13,3 milhões de euros, criando uma parceria entre a Microsoft e as Univer-sidades, Institutos e Empresas Nacionais, funcionando como programas de incentivo.Já este ano, a Microsoft dispo-nibilizará 1,4 milhões de euros para seis projectos de forma a criar uma interacção natural, do ponto de vista tecnológico, com os computadores e a mo-bilidade, destinada ao melho-ramento do ensino da matemá-tica e da música em crianças do 1º e 2º ciclo, assim como motivar a população idosa, os portadores de deficiência mo-tora e crianças autistas.Este investimento pretende tornar cada vez mais acessível a tecnologia de pesquisa da in-ternet em Portugal.

uma união cada vez mais reforçada pela microsoft

passar a ser cotada em bolsa no ano de 2012.Contudo, a contabilidade da empresa mais “social” do mun-do será ainda divulgada, pro-movendo especulações.

Counter-Strike, Left 4 Dead, por exemplo) pois os motores são basicamente os mesmos.

Site Oficial: http://www.ea.com/crysis-2

DR

DR

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Facebook, uma “máquina de fazer dinheiro”

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LIFTOFF AAUM

>22 de FEVEREIRO ‘11Workshop “Empreende-dorismo e Franchising”

> 21 de MARÇO ‘11

Entrepreneurship Day@AAUMinho

www.liftoff.aaum.pt

Na próxima segunda feira, dia 21 de Março irá decorrer o Semi-nário “Entrepreneurship Day@AAUMinho”, actividade conjunta do Liftoff e UTEN Portugal, em colaboração com a Universidade de Carnegie Mellon e a Universidade do Texas, Austin.Initiation Brainstorms #1

UMinho - 21st March 2011Entrepreneurship day@AAUMinho

14h00 – Opening by the Rector of UMinho António Cunha, Se-cretário de Estado Manuel Heitor (MCTES), José Manuel Men-donça (UTEN), Luís Rodrigues (AAUM)

14h30 - Session I – “Encouraging Entrepreneurial Thinking”

Moderators: Augusto Ferreira, TecMinho and Tara Branstat, Center for Technology Transfer and Enterprise Creation-CTTEC, CMU Key-note presentations (Carnegie Mellon University and Univer-sity of Texas at Austin)- Barbara Carryer, Adjunct Prof. Entrepreneurship, Embedded Entrepreneur, Project Olympus, Carnegie Mellon University- Dave MaWhinney, Serial entrepreneur and investor, Adjunct Prof, Entrepreneurship, Tepper School of Business and Heinz College, Head of i6Program – Agile Innovation System, Carn-egie Mellon University- Gary Hoover, Serial Entrepreneur and Entrepreneurship Teach-er, Author, Austin, TexasRound Table Discussion- José Mendes, Vice-Rector of UMinho, President of TecMinho- Fernando Romero, Departamento de Produção e Sistemas, UMinho- Cam Houser, Austin Texas, VP of Bizdev at 3 Day Startup

16h30 - Coffee-Break

16h50 - Session II – “Entrepreneurship is Cool” Moderators: Gary Hoover, UTA Stories / Testimonies from students/entrepreneurs- Cam Houser, Austin Texas, VP of Bizdev at 3 Day Startup

> 16 de MARÇO ‘11Sessões “Saídas Profis-sionais e Empreendedo-rismo”

>9 NOVEMBRO ‘10Abertura Liftoff

- Simão Soares, CEO, Silico-life, 1st Award Winner Concur-so de Ideias “Atreve-te 2010” - - Rudolfo Quintas , 2nd Award Winner Concurso de Ideias “Atreve-te 2010” - Jorge Pereira (alumni UM, Systems Engineer, Entrepre-neur, self-proclaimed nice guy, jack of all trades and CEO at Seegno) – “An insight on what goes on at Seegno - and why it

is so much fun”

18h00 – Closing by Luís Ro-drigues (President of AAUM)

Participação totalmente Gra-tuita, sujeita apenas a limite de inscrições e com direito a certificado de participação.

Inscreve-te em www.liftoff.aaum.pt

Mais informações:

Através do email:[email protected]

Ou visita-nos no Liftoff , local-izado nas Pirâmides, no cam-pus de Gualtar, em Braga.

TECNOLOGIA E INOVAÇÃOtwittadas

Entrepreneurship day @AAUMINHODia 21 de Março na Universidade do Minho

não faltes. Participa!!!

DioGo araújo

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Warner Bros coloniza FacebookO Facebook, em parceria com a distribuidora cinematográfica Warner Bross, vai oferecer aos seus utilizadores um serviço de aluguer de filmes. Por 30 Face-book Credits, os interessados poderão alugar um filme, tendo 48 horas para o visualizar.De acordo com o site da revis-ta “The Hollyood Reporter”, a Warner afirmou ser o primeiro estúdio a disponibilizar um ser-viço deste género. O primeiro filme disponível é “Batman – O Cavaleiro das Trevas” e, enquan-

to assistem às reproduções, os utilizadores podem também uti-lizar as outras funcionalidades do Facebook, como por exem-plo comentar fotografias. Este novo serviço poderá apre-sentar-se como uma solução para as distribuidoras contorna-rem os efeitos da crise.

Facebook e Samaritans contra suicídioA rede social Facebook, em par-ceria com a Samaritans, uma ONG britânica, criou um siste-ma que visa evitar possíveis ca-sos de suicídio. Este programa surgiu com o ob-jectivo de auxiliar os membros da rede social, que tornam pú-

blico o seu desejo de suicídio. Este serviço permite que os uti-lizadores do Facebook preen-cham um formulário electróni-co, caso desconfiem que algum dos seus amigos está a ponde-rar suicidar-se. Realizado este questionário, os moderadores, recorrendo à informação reco-lhida, tentarão ajudar o usuário em causa.

Uso de tecnologia rouba sonoUma pesquisa realizada Natio-nal Sleep Foundation revelou que as pessoas que passam demasiado tempo ligadas a tec-nologias, essencialmente nas horas que antecedem a ida para a cama, têm um sono menos

satisfatório.De entre as pessoas interroga-das, com idades compreendi-das entre os 13 e os 64 anos, 95% usufruíam da televisão, dos jogos de vídeo, ou de com-putador, antes de ir dormir. Os mais idosos têm tendência para utilizar a televisão e os mais jovens as televisões ou jogos de vídeo. Este facto explica a proporção de interrogados que confessaram descansar menos do que realmente precisavam.

Página da Presidência da Repú-blica acompanha novas tecnolo-gias O website oficial da Presidência da República foi recentemen-

te remodelado, no sentido de possibilitar um melhor acesso e maior compatibilidade com telemóveis e “tablets”. Foram introduzidas novidades na loca-lização de conteúdos, e a página vai passar a ter uma nova área multimédia com vista a desta-car clips de vídeo e áudio, bem como galerias de fotos e apre-sentações. A Presidência da República ga-rante, também para breve, mar-car presença nas redes sociais inovando a sua forma de comu-nicar e informar. Com tudo isto, a página da presidência poderá assumir-se como uma referên-cia ao nível da comunicação ins-titucional.

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CULTURA

josé reis

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A experimentação sempre es-teve no meio de nós. Nos anos mais recentes, em 2008, os Gang Gang Dance lançaram o álbum “Saint Dymphna”, an-corado no single “House Jam” que os fez chegar aos lugares cimeiros dos tops de melhores discos desse ano.Em 2009, uma das metades dos suecos The Knife estreou-se a solo com o recomendado “Fever Ray” e nesse ano os Dir-ty Projectors assinaram uma pérola pop experimental a que

deram o nome de “Bitte Orca”. E recuamos a estes álbuns porque o longa duração de es-treia da dupla norte-americana Rainbow Arabia, “Boys and Diamonds”, com assinatura da alemã Kompakt, assenta nos mesmos pressupostos que os títulos enunciados: uma forte experimentação associada aos sons mais electrónicos (e mes-mo negros), uma voz feminina que a dada altura é processada e distorcida digitalmente (fi-cando, nalguns casos, irreco-nhecível).Tudo começou na internet, por Danny Preston que, cansado das bandas onde vinha a to-

CD RUM

car, decidiu partir numa busca por novas sonoridades e con-vidou a mulher, Tiffany, para o acompanhar nesta aventura que rapidamente se materiali-zou em pequenos discos, vul-go ep’s, lançados nos últimos anos. Temas como “Blind”, “Jungle Bear”, “Nothin’ Gonna Be Undone” e “Hai” levam-nos para atmosferas selvagens e tropicais, longe do frio que se sente nas nossas ruas. “Boys and Diamonds” mostra, afinal, que a icónica Marilyn Monroe não tinha a razão toda: os dia-mantes podem ser os melho-res amigos das meninas mas, aqui, os rapazes também o são.

josé reis

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Porque todos os homens, di-zem os psicólogos, têm um lado feminino, a nova exposi-ção da Galeria Pedro Remy, na cidade de Braga, quis explorar isso mesmo: dar a conhecer o lado feminino de oito artis-tas plásticos/visuais através de uma peça de arte que, no total, são oito pequenas ilhas no espaço expositivo. “Dei a oportunidade a oito artistas de mostrarem a presença femini-na na sua obra”, avança Ângela Berlinde, fotógrafa e responsá-vel pela direcção artística desta exposição. “Esta mostra surge de um convite do Pedro Remy que, como todos sabemos, é

alguém que tem uma vertente de intervenção cultural muito elevada, é um estratega”. Um convite que, de resto, passa por dinamizar um ciclo de ex-posições na galeria bracaren-se. Para começar, então, esta “Dans Mon Île”, onde se procu-ra a “ilha feminina de cada um dos autores”. “Cada um toma posse de uma ilha que está na galeria e é chamado a intervir e dar nome à sua própria ilha”, explica a responsável.

Oito homens, oito ilhas

São oitos os artistas visuais e plásticos que foram convida-dos a integrar esta exposição. A saber: João Catalão, José Bace-lar, Júlio Dolbeth, Miguel Mei-ra, Nuno Coelho, Nuno Ma-

chado, Rui Effe e valter hugo mãe. Uns mais próximos da ilustração, outros mais íntimos da instalação, outros que prefe-rem abordar a pintura, outros não vivem sem a escultura. “Estes são autores com quem vou trabalhar futuramente. Mas aqui e agora podemos ver trabalhos de fotografia, de ilustração, vídeo, pintura e escultura”, enumera Ângela Berlinde. “A ideia da ilha surge porque todo o homem é uma ilha e é importante perceber a descontrução dele.Há uma vertente masculina e uma vertente feminina” em todo o ser humano.Nos trabalhos expostos, qua-se todos polémicos, tóxicos e provocadores, a feminilidade é marca dominante mas numa proposta “que não procura de uma suposta leveza”. Nunca é vista apenas pelo seu lado sen-sível. “As obras vão muito para além da delicadeza associada ao universo feminino.Aborda, acima de tudo, toda a potência feminina”, esclarece.

Pontos em contacto

A escolha dos oito nomes para esta colectiva não surge, de todo, por acaso: “Consigo encontrar pontos de contacto no trabalho deles. Ao mesmo tempo sinto que o meu traba-lho, não sendo o mesmo que o deles, tem também elemen-tos gerais que são congéneres. Por isso escolher estes nomes não foi uma tarefa nada difícil. Senti-me como peixe dentro

de água”, ri Ângela Berlinde. «Dans Mon Île» pode ser vi-sitada até finais de Abril na Galeria Pedro Remy, situada na Rua D. Gualdim Pais, 40-A, junto à Sé Catedral de Braga. “Esta é uma montra de auto-res que espero que, possam em breve, expor na galeria em nome individual”, remata a co-missária.Por agora vale uma visita a esta exposição. Das próximas, a seu tempo falaremos.

“Dans mon Île” é uma mostra colectiva patente na Galeria Pedro Remy, na cidade de Braga. Uma exposição comissariada pela fotógrafa Ângela Berlinde e que desvenda o lado feminino da obra de oito homens artistas plásticos e visuais. Uma exposição para ser apreciada por qualquer menino ou menina. Sem restrições à entrada.

DANS MON ÎLEoito homens em oito ilhas a mostrarem as suas mulheres...

o arco-irís, quando nasce, é para todos

DR

DR

“Paraísos artificiais”, uma exposição de José Bacelar já patente no Espaço Cultural

Pedro Remy

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CINE RUMRefúgio do sexo, drogas, rock ’n’ roll

AGENDA CULTURALRUM BOX

CáTia CasTro

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Construído em 1883 como um conjunto de apartamentos cor-porativos e transformado em hotel em 1905, o Chelsea foi outrora a grande central artís-tica de Nova Iorque. O relato dos tempos áureos é feito no documentário “Chelsea on the Rocks” de Abel Ferrara, reali-zador que também viveu neste hotel com mais de 200 quar-tos, estilo vitoriano e situado na rua 23, em Manhattan.Por lá passaram e viveram Ja-nis Joplin, Andy Warhol, Frida Khalo, Mark Twain, Bob Dylan ou Madonna. Tantos outros músicos, actores, artistas plás-

ticos, escolheram o Chelsea Hotel como residência, isto du-rante décadas, apesar do tempo máximo de permanência ser de apenas 24 dias.Boémia e arte foram durante anos a imagem de marca deste

destino de sonho, uma espécie de after hours dos movimentos artísticos. Foi por exemplo ali que Artur C. Clark começa a trabalhar em “2001: Odisseia no Espaço”. Mas o Chelsea ficou também

TOP RUM - 10 / 201111 MARÇO

1 SLiMMYBe someone else

2 PORTUGALS, THELes aventures des boniface

3 FEROMONAAlfama

4 BUNNYRANCHNo crime scene

5 MAZGANiBeggar’s hands

6 MANUEL FÚRiALugar da cuca

7 WANDA JACKSONShakin’ all over

8 B FACHADAQuestões de moral

9 KiLLS, THESatellite

10 PEiXE AViÃOUm acordo qualquer 11 ANNA CALViSuzanne & i

12 BELLE & SEBASTiANi want the world to stop

13 STROKES, THEUnder cover of darkness

14 LiNDA MARTiNiMulher-a-dias

15 BLACK KEYS, THE Everlasting light

16 ARCADE FiREThe suburbs

17 GHOST SOCiETYBetter days

18 BLACK REBEL MOTORCYCLE CLUB Conscience killer

19 RADiOHEADLotus flower

20 PJ HARVEYThe words that maketh murder

POST-IT14 Março > 18 Março

OS LÁBiOS - Ocupa O Teu Lugar (Olho Em Ti)METRONOMY - She WantsTHE DODOS - Black Night

BRAGA

TEATRO19 de MarçoHermeto Pascoal e Aline MorenaTheatro Circo

22/24 de MarçoO último acto - Companhia de Teatro de BragaTheatro Circo

22 de Março“Apavorados ou avariados?”Auditório do instituto Português da Juventude

célebre pelas piores razões. Suicídios do último andar, overdoses e o alegado assassi-nato de Nancy Spungen pelo namorado Sid Vicious, antigo baixista dos Sex Pistols. O epi-sódio aconteceu no quarto 100

e é recriado no documentário de Ferrara, que recorre ainda a imagens de arquivo, entrevis-tas e conversas. Uma das falhas do filme é a ausência de oráculos na iden-tificação dos velhos e novos hóspedes, dependendo das dúvidas basta dar uma vista de olhos na ficha técnica. Tanto ou mais caótico que o Chelsea Hotel, o documentário peca pela falta de estética num es-paço que respira arte em cada corredor.Devido ao afastamento do carismático gerente, Stanely Bard, o lendário hotel nova-iorquino atravessa agora uma crise de identidade. Agora só o tempo dirá…

MÚSiCA19 de MarçoSaber Ouvir - 4.ª EdiçãoMozart (1756 -1791)Museus D. Diogo Sousa

CiNEMA21 de MarçoCinema de Almofada - EncontroVideoteca Municipal

GUIMARÃESMÚSiCA19 de Março

HipnóticaCCVF

16 de MarçoJoan As Police WomanSão Mamede

19 de MarçoZé AmaroSão Mamede

DANÇA10 a 19 de MarçoGUi DANCEFestival internacional de Dança ContemporâneaCentro Cultural Vila Flor

LEITURA EM DIA15/3 - A Sociedade Sitiada de Zygmunt Bauman, Ed. inst. Piaget. Mais que a modernidade líquida, é o mecanismo da desagregação cultural que nos limita.Cada vez mais actual;

16/3 - Jesus, o Judeu de César Vidal, Ed.Esfera dos Livros. É mais um estudo à volta da figura, incontornável de Cristo. Uma excelente leitura.

17/3 - Os Livros que Lemos de Lisa Adams e John Heath, Ed.Estrela Polar. Para perceber os mecanismos que fazem de

um livro banal, um sucesso de vendas. Muito actual.

18/3 - No Buraco de Tony Bellotto, Ed.Quetzal.Uma das figuras do rock brasileiro que é, ao mesmo tempo, um bom romancista.

Para ouvir de segunda a sexta

(9h30/14h30/17h45) na RUM ou em

podcast: podcast.rum.pt Um espaço

de António Ferreira e Sérgio Xavier

DR

O actor Ethan Hawke viveu no Chelsea durante uma

separação

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Futsal da aauminho luta pela qualificação

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DESPORTOeDuarDo roDriGues

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A formação de futsal da Asso-ciação Académica da Universi-dade do Minho (AAUM) vive momentos decisivos. Nos pró-ximos dias 15 e 16 de Março, os minhotos irão à Covilhã dispu-tar o quarto e último Torneio de Apuramento (TA). Neste saber-se-á quais são as três equipas que terão apuramento directo à derradeira Fase Final. Na presente época, o conjun-to minhoto entrou na com-petição com objectivos bem delineados, nomeadamente, a revalidação do título nacional conquistado no ano transacto. É importante relembrar ainda que a maioria destes atletas fez parte da equipa que alcançou

o vice-campeonato europeu, feito histórico e inédito, obtido em 2010, na Croácia.

O balanço até ao momento é positivo

A AAUMinho esteve isenta do 1º TA disputado no Algarve, dando início à sua participação apenas no 2º TA, realizado em Leiria, nos dias 14 e 15 de De-zembro. Lá, fez o pleno e alcan-çou três vitórias nos três jogos que disputou: venceu a congé-nere do Algarve (AAUAlg) por 3-0, a rival de Leiria (IPLeiria) por 3-1 e a equipa de Évora (AAUE) por 3-2. No 3º TA, que decorreu em Aveiro, nos dias 28 de Feverei-ro e 01 de Março, a prestação da turma do Minho não foi a esperada. Nos três encontros

agendados obtiveram uma derrota, uma vitória e um em-pate: perderam para a AAUBI (Covilhã) por 4-3, venceram os enfermeiros de Coimbra (AE-ESEnfC) por esclarecedores 10-2 e empataram com a AAC (Coimbra) por 3-3.

No TA que se segue a AAUMi-nho enfrentará a AAUTAD e a AAUAveiro e só depende de si para conquistar a qualificação. Até ao momento, os minhotos encontram-se na vice-lideran-ça, contudo, matematicamen-te, ainda está tudo em aberto.

A classificação actual é a se-guinte: IPLeiria – 15 pontos; AAUMinho – 13 pontos; AAU-TAD – 12 pontos; AAUAv – 12 pontos; AAUBI – 12 pontos; AAUAlg – 9 pontos; AAUE – 4 pontos; AAC – 2 pontos; AEE-SEnfC – 0 pontos.

Carlos rebelo

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Decorreu no início de Março, o II Torneio de Apuramento (TA) de voleibol e basquetebol masculino e feminino para o apuramento para os Campeo-natos Nacionais Universitários (CNU’s)

Voleibol O II TA de Voleibol realizou-se em Braga, no Campus de Gual-tar da Universidade do Minho nos dias 3 e 4 de Março.A equipa feminina de volei-bol da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) confirmou o seu fa-

voritismo e classificou-se nova-mente em primeiro lugar, sem derrotas no II TA, tal como ti-nha acontecido no I TA.As tetra-campeãs nacionais, ainda não perderam qualquer set esta época, tendo vencido sempre por (2-0) em todos os jogos realizados. Na fase de grupos, as minhotas classifica-ram-se em 1º do Grupo A de-pois de venceram o IP Leiria, AAUAveiro, e AAUTAD (Vila Real). Chegando às meias-finais, encontraram as segun-das classificadas do grupo B, a AAUAlgarve onde a partida teve o mesmo desfecho que as outras, a vitória das minhotas. Por fim encontraram-se na fi-

nal AAUM vs AAC onde a vitó-ria foi para a AAUM (2-0).O objectivo desta equipa fe-minina é novamente o título de campeãs universitárias, es-tando no bom caminho para a revalidação.Apesar de saberem que vão encontrar mais dificuldades nos CNU’s, as atletas orienta-das por João Lucas continuam rumo ao seu objectivo, serem penta-campeãs universitárias.Já a equipa masculina de vo-leibol da AAUM entrou com o “pé esquerdo”, perdendo os dois primeiros encontros do grupo frente ao IPLeiria por 0-2 e AAUAlgarve por 1-2. Já sem oportunidade de se qua-

lificar para as meias-finais, os minhotos eram obrigados a vencer o último jogo para con-seguirem ir à fase de repesca-gem dos CNU’s, e foi isso que aconteceu, vencendo a AAUAv por 2-1. O TA foi ganho pela AACoimbra que venceu na fi-nal a AAUBI (Covilhã) por 2-0.

BasquetebolO II TA de Basquetebol rea-lizou-se na Universidade de Aveiro nos dias 2 e 3 de Março.A equipa masculina da AAUM começou bem a fase de gru-pos, frente à UPorto, vencendo a partida por 44 – 26. No se-gundo encontro, frente à AA-Coimbra, os atletas do Minho

não conseguiram superar as adversidades da partida per-dendo por 33-27, resultado este que ditou a não passagem às meias-finais do TA.Com esta classificação os atle-tas de Alexandre Oliveira terão que disputar a fase de repes-cagem (playoffs) para tentar garantir um lugar nos CNU’s.A equipa feminina não con-seguiu o apuramento para os CNU’s da modalidade, ao perder os três jogos na fase de grupos. Apesar de um grande esforço e alguma falta de sorte, as atletas orientadas por João Chaves não conseguiram o seu objectivo que era a qualificação para as fases finais.

vólei e basquetebol da aauminho em acção

O intuito dos minhotos é revalidar o título nacional

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