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O RACIONALISMO DE RENÉ DESCARTES Prof.: Carlos Rodrigues Aula 16

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O RACIONALISMO DE RENÉ

DESCARTESProf.: Carlos Rodrigues

Aula 16

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“Penso, logo existo”René Descartes (1596-

1650) nasceu em La Haye, França, pertencendo a uma família de prósperos burgueses.

Entrou em contato com vários sábios de seu tempo, entre eles Blaise Pascal (1623-1662).

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• Temendo perseguições religiosas e tendo em mente a condenação de Galileu, tomou uma série de cautelas na expressão de suas ideias.• Autocensurou vários trechos

de suas obras para evitar tanto a repressão da Igreja Católica como a reação dos protestantes.• Apesar disso, o que publicou

é suficientemente vasto e valioso para situá-lo como um dos pais da filosofia moderna.

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A dúvida metódica e o cogitoDescartes afirmava que, para conhecer a verdade, é

preciso, de início, colocar todos os nossos conhecimentos em dúvida. É necessário questionar tudo e analisar, criteriosamente, se existe algo na realidade de que possamos ter plena certeza.

Fazendo uma aplicação da dúvida, ele foi considerando como incertas todas as percepções sensoriais, todas as noções adquiridas sobre os objetos materiais.

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Finalmente estabeleceu que a única verdade totalmente livre de dúvida era a seguinte: meus pensamentos existem.

E em seguida observou que a existência desses pensamentos se confundia com a essência da sua própria existência como ser pensante.

Disso decorreu a célebre conclusão de Descartes:

Cogito ergo sum (em latim)

ou

Penso, logo existo.

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Para Descartes, esse “penso, logo existo” seria uma verdade absolutamente firme, certa e segura, que, por isso mesmo, deveria ser adotada como princípio básico de toda a sua filosofia.

O termo pensamento utilizado por ele tem um sentido bastante amplo, abrangendo tudo o que afirmamos, negamos, sentimos, imaginamos, cremos e sonhamos.

Assim, o ser humano era, para ele, uma substância essencialmente pensante.

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• Baseando nesse corolário (proposição ou sentença que se deduz de outra) cogito, toda filosofia posterior que sofreu a influência de Descartes assumiu uma tendência idealista, isto é, uma tendência a valorizar a atividade do sujeito pensante em relação ao objeto pensado; “a considerar a matéria como algo apenas conhecível, se é que o é, por dedução do que se sabe da mente”.• Descartes foi, portanto um racionalista

convicto.

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O método cartesianoRegra da evidência – só

aceitar algo como verdadeiro desde que seja absolutamente evidente por sua clareza e distinção. (ele propõe assim, o inatismo);

Regra da análise – dividir cada uma das dificuldades surgidas em tantas partes quantas forem necessárias para resolvê-las melhor;

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Regra da síntese – ordenar o raciocínio indo dos problemas mais simples para os mais complexos;

Regra da enumeração – realizar verificações completas e gerais para ter absoluta segurança de que nenhum aspecto do problema foi omitido.

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Espinosa: o racionalismo absolutoBaruch Espinosa (1632-

1677) nasceu na Holanda e era filho de imigrantes judeus de origem hispano-portuguesa.

Na filosofia, desenvolveu um racionalismo radical, que se caracterizou pela crítica às superstições religiosa, política e filosófica.

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Para combater essas superstições em sua origem, Espinosa escreveu a Ética, texto no qual busca provar, como numa demonstração geométrica, a natureza racional de Deus, que se manifesta em todas as coisas (Deus imanente).

Desse modo, Deus não está fora do universo, nem dentro dele: Ele é o próprio universo.

A filosofia seria o conhecimento racional de Deus, e a liberdade humana consistiria na consciência da necessidade. Ou seja, não haveria livre-arbítrio, uma vez que Deus se identifica com a natureza universal e, portanto, tudo o que existe é necessário, não pode ser transgredido pois faz parte da natureza divina.

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Pascal:um pensador contra a corrente

O filósofo Blaise Pascal (1623-1662) foi um pensador que refletiu sobre a condição trágica do ser humano: ao mesmo tempo magnífico e miserável, capaz de alcançar grandes verdades e gerar grandes erros.

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Em vez de mostrar a mesma confiança na razão que caracterizou o século XVII, Pascal dirá que o homem não pode conhecer o princípio e o fim das realidades que busca compreender.

Estaria limitado apenas às aparências, já que, em suas palavras, “só o autor dessas maravilhas as compreende; ninguém mais pode fazê-lo.

“no fundo, o que é o homem na natureza? É nada, em relação ao infinito, é tudo em relação ao nada, algo de intermediário entre o nada e o tudo”.

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• Pascal afirmava que a razão humana seria impotente para provar a existência de Deus. “o coração – e não a razão – é que sente Deus. E isto é a fé: Deus sensível ao coração e não a razão”.• O que Pascal busca

recuperar é o “Deus de amor e consolação, é um Deus que faz cada qual sentir interiormente a sua própria miséria e a misericórdia infinita de Deus”.