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#17 2013 Construção de plataformas offshore com qualidade e expertise ESAB

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Construção de plataformas offshore com qualidade e expertise eSAB

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Os desafios e as oportunidades continuam: Copa do Mundo, Olimpíadas, pré-sal, Programas de Aceleração do Crescimento (PAC), entre outros. Na verdade, espera-se que estes nunca acabem, pois desafios e oportunidades andam juntos, trilhando o caminho da humanidade. Os vencedo-res são os que enxergam as oportunidades e suplantam os desafios inerentes. E esse universo engloba tanto os países e as organizações quanto nós, cidadãos e profissionais. Mas sempre fica a questão: estamos preparados para isso? Talvez a pergunta que devemos fazer seja: como estamos nos pre-parando para o presente e para o futuro?

No ambiente industrial em que estamos inseridos, nos deparamos com um cenário de constante transformação e de competição intensa, que demanda das empresas melho-ria continua e inovação. As principais ações quanto a esses questionamentos ainda residem na capacitação profissional e no aumento de produtividade. E são esses os principais com-ponentes para o aumento da competitividade.

Entre os objetivos da ESAB está o de suportar seus clientes com soluções únicas, diferenciadas e que agreguem valor às suas operações. Nesse sentido, a Revista Solução é um dos canais de divulgação do conhecimento adquirido nos mais de cem anos de presença da empresa no mercado de soldagem e corte. Por meio dos artigos apresentados nesta revista e do suporte oferecido aos nossos clientes, esperamos contribuir continuamente para que eles superem desafios.

Para esta edição, foram selecionados artigos técnicos refe-rentes aos principais segmentos de mercado; através deles, divide-se a experiência não apenas da ESAB, mas também dos seus clientes. Trazemos uma reportagem sobre o World Skills Americas, um dos maiores eventos de formação profis-sional do mundo, e que tem a ESAB como patrocinador. Vale à pena refletir que, além da preocupação com a capacitação profissional, temos um fator importante, que é a motivação, a vontade de vencer, tão presentes em um evento como este.

Esperamos que toda a seleção de informações que prepa-ramos para esta edição contribua para suportá-los em seus desafios e oportunidades.

José Roberto DominguesGerente Técnico – Consumíveis

Carta ao leitor

Publicação institucional da ESAB BrasilRua Zezé Camargos, 117Cidade IndustrialCEP. 32210-080 – Contagem – [email protected]

• Diretor de Vendas e Marketing Newton de Andrade e Silva• Gerente Nacional de Vendas e Marketing Pedro Rossetti Neto• Coordenador de Marketing América do Sul Cristiano Borges de Oliveira Gonçalves

• Produção Prefácio Comunicação (31) 3292-8660 – prefacio.com.br• Coordenação editorial Celuta Utsch• Jornalista responsável Paula Völker (14.272/MG) • Redação Alexandre Asquini, Camila Bessa e Raíssa Maciel • Revisão Cibele Silva• Editoração Angelo Campos e Raony Machado• Fotografias Arquivo ESAB / outros• Revisão técnica Cristiano Borges – ESAB José Roberto Domingues – ESAB Pedro Muniz – ESAB

expediente

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Construção de plataformas offshore com qualidade e expertise ESAB

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A Quip S/A atua em quatro plataformas offshore de petróleo e gás. Para isso, conta com a expertise da ESAB

PZ 6138S SR – Entendemos os desafios e as demandas dos projetos offshore

Nova fonte de soldagem Aristo® 1000 AC/DC

TankWelder – Solução automatizada para soldagem de tanques

Portabilidade e soldagem sem gás de proteção

Tecnologia robotizada de corte plasma da ESAB equipa a Benteler do Brasil

Expertise e know-how ESAB para aplicações de soldagem em PipeShops

Soldagem de aços inoxidáveis lean duplex

Retrofit: modernizando sistemas de corte CNC

Alta produtividade para tanques de aço inoxidável

Construção de plataformas para campo de gás Stockmann no Mar de Barents

Soluções completas para a fabricação de torres eólicas

A importância da EPS do ponto de vista normativo

Aprendizado além das quadras

índice

Revendas garantem a oferta de produtos ESAB em todo o território nacional

página 6

ESAB patrocina megacompetições que fortalecem a educação profissional no Brasil e nas Américas

página 12

Mercado mundial de robôs industriais aponta crescimento constante entre 2012 e 2014

página 27

página 8

página 18

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página 45

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página 51

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Foco no Cliente

revendas garantem a oferta de produtos eSAB em todo o território nacional

Desde que chegou ao Brasil, em 1955, a ESAB viu o país integrar mais e mais o seu território de 8,5 milhões de quilômetros quadra-

dos e desenvolver um mercado amplo e diver-sificado, que conta atualmente com centenas de grandes e médios centros urbanos indus-trializados, demandantes de equipamentos e consumíveis para soldagem. Nesse cenário, para atender a todos os seus clientes com qualidade e presteza, a ESAB conta com a insubstituível parceria de milhares de revendas, cobrindo todo o território nacional.

“Nós nos propomos a alcançar não ape-nas o centro, mas também as extremidades desse significativo mercado, atendendo muito bem a todos os clientes; daí a importância da revenda”, afirma Pedro Rossetti Neto, gerente nacional de Vendas e Marketing da ESAB. Ele

acrescenta: “Além das dimensões continentais do país, a ESAB tem diante de si um grande e permanente desafio, que é levar para os clien-tes novas tecnologias e tendências.”

A revenda é muito importante para os negócios da ESAB porque atende ao cliente de uma forma eficiente e eficaz. A qualida-de dos produtos e a marca tradicional dão à ESAB uma vantagem competitiva muito grande, mas, seja grande indústria, média empresa ou pequeno usuário, o cliente deve ser atendido em suas necessidades, no tempo certo, onde quer que esteja. Neto pondera que, mesmo que o Brasil não fosse um país tão extenso, a revenda ainda assim seria muito, muito importante: “Justamente porque mantém os produtos da ESAB em estoque nas prateleiras de todas as regiões. As empresas que os comercializam conhe-

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Foco no Cliente

cem as demandas regionais, e esse é o ponto forte de uma revenda.”

O gerente assinala que outro aspecto fundamental deve ser levado em conta: hoje, praticamente todas as empresas trabalham com estoques baixos, para garantir o seu fluxo de caixa. “Assim, é importante para a ESAB estar com seu produto disponível na ponta, ou seja, onde e quando o cliente realmente necessitar.”

As empresas de revenda, parceiras da ESAB, funcionam também como sensores dos mercados em que atuam e, dessa forma, têm um papel muito significativo na organi-zação da distribuição regional dos produtos. Neto exemplifica: “As revendas que atendem às regiões de Recife e Rio de Janeiro dis-ponibilizam muito mais produtos da ESAB dedicados ao setor naval e offshore. No Estado de São Paulo, é maior a oferta de itens dedicados à produção de equipamentos para as usinas de açúcar e de álcool e geração de energia hidráulica, enquanto que, no sul do país, as revendas fornecem em maior volume itens voltados para equipamentos agrícolas e de transporte pesado.”

Presença efetiva – Mas o atendimento das revendas ESAB cobre efetivamente todo o território nacional? O gerente regional, Daniel Bethonico, assegura que sim. Ele explica que a ESAB conta basicamente com dois canais de distribuição. Um deles se refere ao aten-dimento direto a clientes que utilizam grande número de equipamentos e consomem quan-tidades maiores de produtos de soldagem, o que, muitas vezes, demanda um trabalho de apoio técnico mais presente e constante. “A outra grande parcela de nossas vendas – a maior atualmente – é realizada justamente por intermédio de nossos revendedores.”

Bethonico assegura que praticamente em todas as cidades em que se desenvolva algum tipo de manuseio metalúrgico há uma revenda da ESAB. “Por meio delas, estamos em todo o território nacional – nas capitais e cidades médias importantes, e em todas as regiões brasileiras. Elas pos-sibilitam que a empresa esteja presente em locais nos quais seria praticamente impos-sível prestar o atendimento adequado com a atuação direta”, diz o gerente.

Daniel Bethonico salienta ainda o fato de

cada revenda compreender muito claramente as peculiaridades da região em que atua. “O Brasil é um país com hábitos e costumes muito diversificados. Começa um pouco pelo sotaque, mas o importante é como as pesso-as se comportam. O jeito de trabalhar é uma diferença importante, que condiciona muito o êxito de um negócio, e as revendas conhecem o jeito como as pessoas trabalham em suas respectivas áreas de atuação.”

Informação e suporte – Pedro Ros-setti Neto frisa que o papel do revendedor é atender à demanda do mercado no qual está inserido, seja ele definido geograficamente ou por segmento de atividade. Assim, a ESAB fornece às revendas o suporte necessário em termos de produtos e serviços e apoio técnico e comercial, de modo que consigam fazer bem o serviço proposto e atendam adequadamente aos clientes, no tempo certo, com os produtos requeridos, nos volumes necessários.

O gerente assinala que a revenda e seus profissionais de venda precisam receber orientação permanentemente atualizada. “Há dois anos, criamos um catálogo de produtos exclusivo para as revendas, para que os profissionais dessas empresas pudessem, de maneira rápida e dinâmica, oferecer res-postas às solicitações e dúvidas dos clientes. Criamos também banners que permitem cruzar informações sobre consumíveis e equipamentos de forma clara e precisa, possibilitando um repasse rápido das infor-mações requeridas pelos clientes.”

Daniel Bethonico informa que, por meio de treinamentos específicos, a ESAB orienta os revendedores sobre transporte, manuseio e armazenagem dos equipamentos e produ-tos. “Esse é um aspecto muito importante. Atendemos a regiões sujeitas a situações climáticas muito diferentes daquelas encon-tradas no Sudeste. No norte do país, por exemplo, o calor é intenso e a umidade é muito elevada, daí é necessário que o reven-dedor daquela região e o próprio cliente sai-bam como armazenar seus materiais nessas condições específicas, evitando perdas”, diz. Além disso, as filiais e a própria fábrica da ESAB – através do departamento de Aten-dimento ao Cliente – estão preparadas para prestar esclarecimentos sobre equipamentos, consumíveis e procedimentos de soldagem.

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Ao Lado do Cliente

Uma jovem empresa, genuina-mente brasileira, utiliza equipa-mentos e processos de solda-gem de alta qualidade e con-

fiabilidade para atuar em quatro projetos de construção de plataformas offshore, com projeção de significativo impacto no segmento da produção de petróleo e gás. E, para enfrentar esse desafio, tem contado com consumíveis e o reconhecido padrão de atendimento da ESAB.

A empresa é a Quip S/A, implantada em 2005 com a união do conhecimento e da experiência dos grupos nacionais Queiroz Galvão, UTC Engenharia, IESA e Camar-go Correa. Com sede no Porto Novo, na cidade gaúcha de Rio Grande, a empresa possui filiais no Estaleiro Rio Grande, no mesmo município, e também na cidade do Rio de Janeiro.

Com mais de 4 mil funcionários, a Quip S/A é especializada na implantação de proje-tos dentro da modalidade EPC (Engineering, Procurement and Construction), ou seja, assume o desenvolvimento da engenharia, elabora o detalhamento da obra, providen-cia suprimentos, supervisiona os fornece-dores e efetua a gestão logística, além de também executar a construção e a monta-gem, o comissionamento, o treinamento, os testes de desempenho e, se necessário, a operação assistida.

Significado – Para que se possa ter uma boa ideia do compromisso assumido pela Quip S/A com os quatro projetos em andamento, basta ver que, no conjunto, as

plataformas produzirão, quando em plena operação, 690 mil barris de petróleo e 17 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Duas delas serão capazes de armazenar, respectivamente, 1,6 mil e 1,8 mil barris de petróleo.

O volume de material envolvido na construção das quatro plataformas não é menos significativo: 19,8 milhões de quilos de estruturas metálicas; 9,5 milhões de quilos de tubulações; 1.227km de cabos de energia; e 723km de cabos de lógica e ins-trumentação, voltados para comunicação de dados e controle digital de processos.

Do ponto de vista do emprego, os números são igualmente eloquentes, já que o conjunto dos projetos acarreta, durante essa fase de construção, a geração de cerca de 6,2 mil postos de trabalho diretos, além de 17,5 mil empregos indiretos. E há ainda os impactos positivos sobre a econo-mia local. Amostra disso é que, em apenas um dos projetos, a Plataforma P-55 – que, quando pronta, será levada ao Campo de Roncador, na Bacia de Campos, no litoral do Estado do Rio de Janeiro –, está geran-do mais de R$ 150 milhões em negócios no Rio Grande do Sul. Os outros que ainda estão em andamento são as plataformas P-58, que operará no Campo de Baleia Azul, no litoral sul do Espírito Santo; a P-62, que também irá para o Campo de Ronca-dor; e a P-63, que operará no campo de Papa Terra, na Bacia de Campos.

Primeiro projeto – Entre 2006 e 2008, a Quip S/A se responsabilizou pela constru-

A Quip S/A atua em quatro plataformas offshore de petróleo e gás. Para isso, conta com a expertise da eSAB

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Ao Lado do Cliente

ção e integração dos módulos da P-53, uni-dade atualmente em operação no Campo Marlim-Leste, no litoral do Rio de Janeiro. Trata-se de uma plataforma do tipo FPU, sigla em inglês para denominar unidades de produção flutuantes de extração e tra-tamento de óleo e gás. As obras daquele projeto foram executadas em canteiro na sede da empresa, no Rio Grande, envolven-do um programa de formação de mão de obra especializada e a criação, em termos médios, de 1,5 mil postos de trabalho (no pico do desenvolvimento do projeto, havia 4,5 mil homens trabalhando), além de 6 mil empregos indiretos e a geração de mais de R$ 121 milhões em negócios no Rio Grande do Sul. Foram consumidos, na construção dessa plataforma, 4 milhões de quilos de estruturas metálicas, 2 milhões de quilos de tubulações, 220km de cabos elétricos e 26km de cabos de lógica e instrumentação.

Exemplo – A construção da P-55 é uma amostra do papel que procedimentos e equipamentos de soldagem de primeirís-sima linha e consumíveis de alta qualidade exercem em projetos complexos, que exi-gem a perfeita união de peças e partes.

A P-55 é a maior plataforma semis-submersível do seu tipo já construída no Brasil. Ela é composta essencialmente de duas enormes partes. A parte inferior, ou

casco – denominada lower hull, em inglês –, foi construída pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS), localizado no Estado de Pernambu-co. Já a Quip S/A se responsabilizou pela construção da parte superior – denominada deckbox – e pela integração entre elas.

Diferentemente do modo mais conven-cional de acoplamento das partes – um procedimento por meio do qual a inferior é rebaixada –, no caso da P-55, o aco-plamento foi efetuado por intermédio do içamento do deckbox, que pesa 17 mil toneladas, uma técnica até então inédita no Brasil. A operação, que envolveu equipes da Quip S/A e do Estaleiro Atlântico Sul, caracterizou-se pela elevação do deckbox a uma altura de aproximadamente 50 metros em relação ao fundo do dique – o equiva-lente a um edifício de 14 pavimentos. Para o içamento, foi implantado um conjunto de 12 torres, ligadas a 24 macacos hidráulicos, cada qual com capacidade para erguer até 900 toneladas. Integravam esse sistema 24 conjuntos de 54 cabos de aço – com 18 milímetros de diâmetro e 60 metros de comprimento –, totalizando aproximada-mente 77 quilômetros de cabos.

A estratégia adotada no acoplamento também era inédita em razão das dimen-sões das partes envolvidas, e agregou nova expertise aos estaleiros brasileiros. Por suas características, a integração das

A Quip S/A utiliza consumíveis ESAB na construção de suas

plataformas

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partes da P-55 serve hoje de referência mundial. Outro aspecto a ser ressaltado foi o trabalho cooperativo empreendido no acoplamento, com a adoção de medidas preventivas muito criteriosas, o que resultou em uma ação concluída com pleno êxito e total segurança.

Quando estiver em operação no Campo do Roncador, na Bacia de Campos, em 2013, a P-55 produzirá 180 mil barris de petróleo e 4 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Em termos médios, a construção oferece 2,5 mil empregos dire-tos – no pico, 3,5 mil postos de trabalho são ocupados –, e gera 5 mil indiretos. O projeto envolve 13 milhões de quilos de estruturas metálicas, 2 milhões de quilos de tubula-ções, 270km de cabos elétricos, 230km de cabos de lógica e instrumentação.

Recurso indispensável – Como em qualquer estrutura com muitas partes de metal a serem unidas, na plataforma P-55, a soldagem é um recurso indispensável para o processo de produção. “Trata-se de um projeto que envolve grandes montagens, com a união de painéis de grandes dimen-sões e a execução de serviços de reforço estrutural, sempre com larga utilização de recursos de soldagem”, afirma Nilson Teles Santos, gerente de Qualidade do projeto.

Ele informa que, para a construção da estrutura do deckbox, a Quip S/A mobilizou

250 soldadores, e que outros 60 cuidaram da implantação das tubulações. Assim, a equipe envolvida diretamente nesse projeto conta com 310 soldadores, com a operação de igual número de equipamentos de solda-gem, que trabalham em dois turnos. Cada um dos outros projetos de construção de plataformas sob responsabilidade da Quip S/A tem sua própria equipe de soldadores.

Preparação de profissionais – O gerente explica que, para a organização de uma equipe de soldadores com esse porte, foi necessário desenvolver uma sis-temática visando ao recrutamento, seleção e preparação profissionais, incluindo o trei-namento específico para as atividades que eles iriam desenvolver. “Como Rio Grande é uma cidade que não possuía uma sis-temática de formação de soldadores em volume adequado para atender à demanda que se apresentou, a Quip S/A organizou uma escola interna de soldagem, na qual são desenvolvidos treinamentos, com uma parte teórica e outra prática.”

Segundo Nilson, foi preciso formar o pessoal a partir do zero, pois os traba-lhadores recrutados não tinham qualquer conhecimento anterior na área de solda-gem. “Como parte do trabalho de nossa escola interna, há o desenvolvimento de toda uma etapa de identificação, entre os candidatos, daqueles que têm apti-dão para desempenhar as atividades. Os diferentes procedimentos envolvidos nas operações de soldagem requerem muita habilidade do profissional, e isso nem todos têm”, disse. Feita a triagem, os sele-cionados são encaminhados para a escola interna e, por meio das etapas teórica e prática, capacitados como soldadores. “Depois de formados, eles passam por um processo de qualificação, voltado para o aprimoramento daqueles procedimentos que são necessários para o projeto que a Quip está desenvolvendo”. Cada turma tem em média 20 alunos, e são consti-tuídas na medida em que haja demanda. “Uma classe leva cerca de três meses para alcançar o nível de formação. Depois, os estudantes deverão ainda participar do processo de qualificação para o trabalho específico.” O gerente explica também que o Serviço Nacional de Aprendizagem

Ao Lado do Cliente

A empresa conta hoje com mais de 4 mil funcionários

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Ao Lado do Cliente

Industrial (Senai) teve importante participa-ção na parte inicial do projeto e que ainda apoia a Quip S/A no desenvolvimento dos treinamentos em sua escola interna.

O papel da ESAB na formação dos novos soldadores não é menos importante. “Ela nos dá suporte técnico para as nossas necessidades, inclusive na qualificação de determinados processos e procedimentos de soldagem”, diz Nilson, acrescentando que, quando necessário, a ESAB envia às instalações da Quip S/A pessoal técnico especializado para ajudar, por exemplo, na preparação dos soldadores para a rea-lização de determinados tipos de solda mais complexos. “Além disso, quando há o fornecimento de equipamentos novos, ela nos ajuda a preparar a equipe para usá-los adequadamente.”

Outros legados – A preparação de pro-fissionais para atuação direta na produção é apenas uma parte do legado educacional e de cunho social que a Quip S/A desenvolve nas comunidades em que está inserida. Atualmente, a empresa mantém projetos sociais que envolvem parcerias com quatro escolas públicas para apoio e atenção aos estudantes. As famílias dos funcionários e dos alunos dos projetos sociais também são alcançadas com programas de incentivo à profissionalização e à geração de renda familiar. A empresa já efetuou doações que favorecem a segurança pública em projetos como a implantação de câmeras de segu-rança, aquisição de viaturas e, até mesmo, reparos na base de segurança comunitária da Brigada Militar em Rio Grande. No Rio Grande do Sul, em parceria com o Ministério Público Estadual, a Quip S/A apoiou o pro-grama educacional Sol, destinado a crianças e jovens, com o objetivo de prevenir o uso de entorpecentes.

A empresa também estimula e apoia iniciativas voluntárias, de natureza social, empreendidas por funcionários das unida-des do Rio Grande e do Rio de Janeiro. Por ocasião do Natal, foram coletadas doações espontâneas para promover benfeitorias e atividades típicas da época nas instituições assistidas. E, para incentivar esse tipo de participação, a Quip S/A dobrou o valor que as equipes conseguiram arrecadar.

Além disso, funcionários da empresa,

atuantes nos canteiros e nos escritórios, são alvo de ações que objetivam a pro-moção do bem-estar. Em 2011, foram desencadeadas 63 campanhas internas, com foco em temas que abrangem, sobre-tudo, a segurança no ambiente de trabalho e a saúde dos funcionários e de seus familiares.

Presença e parceria – É expressiva a participação da ESAB no desenvolvimento de atividades de soldagem na construção da plataforma P-55 e também nos outros projetos em desenvolvimento na Quip S/A. “Hoje, cerca de 90% dos consumíveis que empregamos são fornecidos pela ESAB.”

Segundo Nilson Teles Santos, o rela-cionamento com a ESAB é longo, sólido e vem se fortalecendo. “Ele acontece desde o nascimento da Quip S/A, em 2005. Já naquele primeiro momento, utilizávamos os consumíveis da empresa. No início, essa participação não era tão grande, mas, com o passar do tempo, com a melhoria dos nossos processos, fomos gradativamente ampliando o consumo dos produtos ESAB.”

Nilson concorda com a afirmação de que, em muitas áreas da produção industrial e, de modo especial no campo específico da solda-gem, torna-se crucial o bom relacionamento entre o cliente e o fornecedor, especialmente em aspectos que se referem ao tempo da resposta e à qualidade do atendimento pres-tado. “Estamos ampliando gradativamente o emprego de consumíveis da ESAB, não apenas porque o produto nos atende inte-gralmente, mas também porque ela tem uma resposta muito rápida e eficiente.”

O gerente acrescenta que a solda é um universo no qual existe um considerável número de parâmetros que o fornecedor conhece muito mais profundamente do que o cliente. “Quando precisamos desse tipo de informação e de conhecimento, a resposta tem de ser rápida. E a da ESAB tem sido sempre muito ágil. Para dar uma ideia dessa rapidez, digo que, se nós fizermos um con-tato hoje, apesar de estarmos no extremo sul do país, no máximo em dois dias alguém da ESAB estará aqui para nos atender e nos ajudar. Ela é uma empresa que compreende claramente a nossa situação, então, existe realmente uma parceria”, finaliza.

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Evento

eSAB patrocina megacompetições que fortalecem a educação profissional no Brasil e nas Américas

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AESAB, líder de mercado, apoiou o megaevento internacional que reuniu, no Parque de Exposições do Anhembi, em São Paulo, em

uma área de 76 mil metros quadrados, duas grandes competições de educação profissional. Uma delas foi a 7ª Olimpíada do Conhecimento, com 640 estudantes brasilei-ros de 54 áreas de formação profissional, 50 das quais industriais – entre elas soldagem, caldeiraria, estruturas metálicas, manufatura integrada e funilaria, cujas provas contaram com equipamentos e consumíveis da ESAB. A outra competição foi o WorldSkills Ameri-cas 2012, que teve 216 competidores em 34 áreas profissionais, representando 20 países das Américas, incluindo o Brasil. Houve

ainda 36 participantes que competiram em modalidades para pessoas com defi-ciência. Cerca de 250 mil pessoas visita-ram o local das competições, de 14 a 17 de novembro de 2012.

Significado – Bienal, a 7ª Olimpíada do Conhecimento selecionou jovens que vão representar o Brasil no WorldSkills, o maior torneio mundial de profissões, que terá sua próxima edição em 2013, na cidade em Leipzig, Alemanha. Em 2015, a competição mundial será realizada em São Paulo.

Já no resultado final da WorldSkills Americas 2012, o Brasil ficou em pri-meiro lugar, com 26 medalhas de ouro, quatro de prata e duas de bronze. Dor-neles Silva, da Escola Senai do Cabo, em Pernambuco, recebeu a medalha de ouro em soldagem; durante a prova, ele declarou que estava bastante motivado e confiante.

A Colômbia ficou em segundo lugar, com cinco medalhas de ouro, 12 de prata e duas de bronze, além de uma medalha por excelência. No terceiro posto ficou o Canadá, com cinco meda-lhas de ouro, duas de prata e duas de bronze. Os Estados Unidos terminaram em quarto lugar, com duas medalhas de ouro, duas de prata e duas de bronze.

Complexidade – O professor Val-demir de Oliveira Primo tem a responsa-bilidade de coordenar as áreas de sol-dagem e caldeiraria do Senai no Estado de São Paulo e atuou como avaliador da área de soldagem na 7ª Olimpíada do Conhecimento. Ele assinala que a prova prática na área de soldagem demonstra bem o grau de exigência da competição.

Com três meses de antecedência, todos os alunos qualificados para a competição de soldagem da 7ª Olim-píada do Conhecimento receberam um modelo da prova que seria aplicada, cientes de que as solicitações seriam alteradas em pelo menos 30%. “A mudança de boa parte da prova traz um determinado grau de surpresa, de modo que os concorrentes podem demonstrar que estão prontos para

Evento

A ESAB também esteve presente nos eventos com um estande

Representantes da empresa durante as competições

O Parque de Exposições do Anhembi foi palco dos eventos

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resolver problemas de planejamento e que têm concentração diante de situações desconhecidas.”

Há provas nos quatro dias de compe-tição. No primeiro dia, os alunos têm seis horas para planejamento e para soldar cor-pos de prova – chapas e tubos – em todas as posições e nos processos TIG, MAG, eletrodo revestido e arame tubular. Numa segunda etapa, os concorrentes tiveram 11 horas para proceder à soldagem de um vaso de pressão, em todas as posições e todos os processos. Na sessão final, os concorrentes dispuseram de duas horas e meia para soldar uma peça de alumínio, e igual tempo para soldar uma peça de aço inoxidável, nos dois casos, utilizando pro-cesso TIG. Ao todo, a prova se estendeu por 22 horas.

Presença da ESAB – A ESAB forneceu todos os principais equipamentos emprega-dos nas provas que envolveram atividades de soldagem. “Ao todo, foram cedidas 70 máquinas de soldagem para utilização nas provas e mais de uma tonelada de consu-míveis usados nas tarefas cumpridas pelos competidores”, informou Cristiano Borges de Oliveira Gomes, da área de Marketing da ESAB.

A empresa forneceu também Equi-pamentos de Proteção Individual (EPIs),

incluindo máscaras com escurecimento automático, luvas e jaquetas proteção.

Com 50m2, o estande da ESAB, situ-ado na entrada do recinto das provas, foi bastante procurado pelos jovens visitan-tes – essencialmente alunos do Senai, do Sesi, de escolas públicas de São Paulo, competidores de outras regiões do Brasil e também de outros países. Os visitantes puderam assistir a demonstrações de sol-dagem por meio de processos automatiza-dos e manuais.

A festa de premiação da 7ª Olimpíada do Conhecimento e do WorldSkills Ame-ricas aconteceu na noite do domingo, 18 de novembro de 2012, no Ginásio Polies-portivo José Correia, em Barueri, na região metropolitana de São Paulo, com mais de 3 mil participantes.

Participantes internacionais tiveram uma semana

de preparação em equipamentos da ESABFornecedora de todos os equipamen-

tos e insumos para as atividades de sol-dagem na WorldSkills Americas 2012, a ESAB inovou, oferecendo um curso de uma semana para todos os competidores, de modo que pudessem conhecer os equi-pamentos que utilizariam nas provas.

Pedro Rossetti Neto, gerente nacional de

Evento

Cristiano Borges, do Marketing

Professor Valdemir de Oliveira Primo, do Senai-SP

A empresa forneceu equipamentos para as provas de soldagem

As provas aconteceram durante os quatro dias de competição

Estiveram presentes estudantes das mais diversas áreas do conhecimento

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Evento

Vendas e Marketing da ESAB, explica que, além de ceder os equipamentos para as provas, seria fundamental que os 12 compe-tidores fossem preparados para conhecer e tirar o melhor proveito desse recurso.

Ele explicou que de nada adiantaria enviar aos competidores equipamentos avançados, de alta tecnologia, sem que houvesse alguém para demonstrar suas funcionalidades e vantagens. E também que não seria possível enviar equipamentos e técnicos para cada um dos países com estudantes classificados para a competição.

“Em razão disso, decidimos propor ao Senai trazer todos os competidores a São Paulo uma semana antes das provas. Mon-tamos um centro de treinamento na Escola Senai de Osasco, instalamos os equipa-mentos e destacamos nossos técnicos para fazer esse nivelamento com os jovens. E quando eles foram para as provas, estavam plenamente familiarizados com os equipa-mentos e sua tecnologia, e em condições de competir. O resultado foi fantástico”, disse o gerente.

Pedro Rossetti Neto sublinha que a ESAB é uma empresa centenária, com 57 anos de atuação no Brasil. “Dispomos de um grande acúmulo de conhecimen-tos, experiências e vivências que queremos transferir, em especial por meio de iniciati-vas que envolvam a formação e o aprimora-mento de jovens profissionais, coordenadas por instituições como o Senai e a Fiesp, que representam nossa Indústria.”

Prêmios – Para os estudantes que subiram ao pódio da área de soldagem na 7ª Olimpíada do Conhecimento e na Worl-dSkills Americas, a ESAB entregou prêmios especiais: equipamentos de soldagem de alta tecnologia. Os primeiros colocados ganharam uma máquina ESAB, e os com-petidores classificados nos segundo e no terceiro postos, também nas duas com-petições, receberam máquinas de eletrodo revestido.

Relevância – O diretor de Relações Externas do Senai-SP, Roberto Monteiro Spada, realça o papel que têm as empresas

As competições aconteceram de 14 a 17 de novembro

A ESAB, em seu estande, realizou demonstrações de produtos

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Evento

industriais, entre elas a ESAB, no êxito das competições de educação profissional e na própria formação dos estudantes.

Ele destaca que o Senai, em nível nacional, dispõe de uma infraestrutura com 800 unidades e mais de 2,5 milhões de matrículas. “Na área industrial, a busca é constante. O processo tecnológico evolui permanentemente e, por essa razão, para atender ao setor, é preciso acompanhar essa evolução. E entre os instrumentos para isso estão as competições de educação profissional. O Senai utiliza as competições como recurso para que seus alunos possam evoluir e angariar competência.”

Segundo o diretor do Senai, as com-petições se iniciam nas escolas, envolvem, no Brasil, uma etapa estadual, que leva a uma competição nacional, a qual, por sua vez, qualifica os competidores para as competições internacionais. A próxima competição de nível mundial acontecerá em Leipzig, Alemanha, em 2013. “Nossos jovens vão representar o Brasil, realçan-do o nome do país também no campo da educação profissional. Isso já é uma realidade, bastando ver nossas recentes conquistas: no Japão, em 2007, ficamos em 2º lugar; em Calgary, no Canadá, em 2009, obtivemos o 3º lugar; e agora, em Londres, em 2011, retornamos ao 2º lugar. Isso demonstra que o Brasil trabalha num patamar de excelência com todo o seu processo de formação profissional.”

Roberto Monteiro Spada assinala que a parceria com as empresas que patrocinam e apoiam as competições de formação profissional é estratégica para o sucesso de todo o projeto. “A empresa fornece a infraestrutura e oferece seus melhores equipamentos. E coloca à disposição des-ses jovens – que representam a excelência de seus Estados ou de seus países – o que há de mais elevado em termos de tecnolo-gia. Assim, é evidente que o resultado só pode ser positivo.”

Ele destaca que, ao se aproximar do processo de formação profissional, a empresa também obtém ganhos para sua marca e para sua tecnologia. Todos os jovens em processo de preparação nas escolas e os que participam das competi-ções estão travando contato com a tecno-logia das empresas e, quando efetivamente estiverem no mercado de trabalho, na con-dição de líderes ou gerentes de processos, e forem especificar produtos, certamente levarão em consideração a experiência que tiveram no período de formação. “Creio que seja uma estratégia de marketing muito inteligente, e que seguramente bene-ficia a empresa, mas traz também todo o benefício para a sociedade. Poderíamos dizer que é uma ação de responsabilidade social com muita sensibilidade e muito senso de cooperação, e que também con-sidera a projeção do Brasil no campo da educação profissional.”

O evento recebeu a visita de mais de 250 mil pessoas Os apresentadores da festa de premiação

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Evento

Ao todo, foram mais de 30 horas de competição

Pedro Neto durante a entrega dos prêmios

A premiação teve a presença de mais de 3 mil participantes A qualidade foi o destaque das competições

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Lançamento

PZ 6138S Srentendemos os desafios e as demandas dos projetos offshore

O PZ6138S SR é um arame tubular tipo Flux Cored rutílico de baixo hidrogênio. Possui ótima solda-bilidade em todas as posições.

Destina-se a aplicações que envolvem sol-dagem de chapas espessas, com requisitos de impacto a temperaturas de até -60ºC. Destaca-se na soldagem de aços navais como o EH36, na condição como soldado ou tratado termicamente (alívio de tensão).

A família PZ6138 vem sendo utilizada por muitas décadas na indústria offshore ao redor do globo, sempre com o uso da mis-tura Argônio (Ar) e Dióxido de Carbono (CO2) como gás de proteção para soldagem. Com a crescente demanda pela utilização de CO2 puro como gás de proteção, a ESAB desen-volveu o PZ6138S SR, consumível que possui todas as características dos outros produtos da família, mas trabalhando com 100% CO2. Além disso, esse gás possui custo menor, permitindo maiores velocidades de soldagem e um melhor perfil de penetração.

O PZ6138S SR é ligado ao Níquel (Ni) com 0,9%, e microligado ao Titânio (Ti) e

Boro (B). A combinação entre esses ele-mentos, aliada a um estrito controle do nível de elementos residuais, resulta em um metal depositado sem perdas em resistência mecânica e tenacidade após tratamento tér-mico de alívio de tensão.

O sufixo SR significa, em inglês, Stress Relief (alívio de tensão), e indica que o consumível garante as propriedades mecâ-nicas – limite de escoamento, resistência, alongamento e tenacidade – mesmo depois de um tratamento pós-soldagem de alivio de tensões.

Outra característica extremamente impor-tante para a indústria offshore são os exce-lentes resultados obtidos em ensaios de CTOD (Crack Tip Opening Displacement). Na prática, esse ensaio visa a mensurar a abertura da ponta da trinca como parâmetro crítico de iniciação do processo de fratura ou a propagação da trinca no metal de solda. O valor mínimo a ser obtido é de 0,25mm de propagação da trinca; quanto maior esse valor, mais tenaz o metal de solda é, e melhor para as aplicações offshore.

CTOD Test - BS 7448-2:1997

Location Geometry Orientation Test Temp [ºC]

Delta [mm]

Fracture Mode

Coments

007:Weld Centre Line008:Weld Centre Line009:Weld Centre Line

WeldWeldWeld

Bx2B Bx2B Bx2B

TTTTTT

-10-10-10

1.081.171.12

MMM

ValidValidValid CTOD Min. 0,25 mm

Item -50mmWT Butt welded plate, Weldox 420E. Additional to N900304 FILARC PZ6138S - SR Ø1,2mm, Test nº. 6974 (PWHT 600º C/2. 1hr)Specification - Not Applicable

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Lançamentos

Outra característica importante a ser salientada do PZ6138S SR é o baixo teor de hidrogênio difusível no metal de solda. Esse consumível atende à norma ENH5, que defi-ne como valor máximo 5ml de hidrogênio por 100g de material depositado.

PZ6138S SR (AWS A5.29 E81T1-Ni1CJ)

Composição química típica (%)

Propriedades mecânicas típicas

*2h/600°C

Vale ressaltar que esse arame, assim como toda a família, é extremamente ami-gável ao soldador, pois possui um arco suave e com baixo nível de respingos.

Possui também ótima penetração, molhabi-lidade e excelente aspecto de cordão.

A formulação do arame permite um rápido resfriamento da escória, suportando a poça de fusão e facilitando soldagens fora da posição. Dessa forma, garan-te altas taxas de deposição mesmo em soldagem vertical ascendente, que pode chegar a 4kg/h, fazendo desse consumível o mais produtivo em soldagens fora da

posição disponível no mercado. O gráfi-co 1 apresenta a taxa de deposição do PZ6138S SR para as bitolas de 1,2mm, 1,4mm e 1,6mm.

PZ 6138S SR

7,5

6,3

8,1

4,2

2,1

3,6

1,8

3,3

5,4

1,81

2

3

4

5

6

7

8

9

100 150 200 250 300 350 400 450 500

Corrente (A)

Taxa

Dep

osiç

ão (K

g/h)

Ø1,2mm Ø1,4mm Ø1,6mm

Condição L.E (MPa) L.R (MPa) A chV -60ºC

TTPS* 480 560 25 83

C Si Mn Ni P S

0.052 0.32 1.20 0.89 0.011 0.008

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Lançamento

Na contínua busca por tecnolo-gias avançadas de soldagem, a ESAB disponibiliza para o mercado a nova fonte de sol-

dagem Aristo 1000 AC/DC para processos automatizados. Essa fonte proporciona o que há de mais moderno em soldagem, promovendo excelência na qualidade, alta performance de processo e o máximo de eficiência energética. Isso foi possível por meio da utilização de tecnologias exclusivas

e patenteadas pela ESAB, como o Cable BoostTM e o On The Fly.

A nova Aristo 1000 AC/DC, em conjun-to com o controlador de processos PEK, disponibiliza diversas funções ao usuário para obter total controle do processo de soldagem automatizado, seja ele por Arco Submerso ou MIG/MAG.

Eficiência energéticaUtilizando tecnologia de ponta e ino-

Nova fonte de soldagem Aristo® 1000 AC/DCHumberto PacelleGestão de Produtos Automação e Corte

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Lançamento

vação, as perdas são reduzidas ao míni-mo. Os componentes com maior efi-ciência energética foram utilizados em toda a arquitetura da fonte. Além disso, um sistema inteligente de refrigeração sob demanda aciona o ventilador apenas durante a soldagem. Tudo isso reduzirá os custos de instalação e, principalmente, de operação, com economia de energia elétrica.

Cable BoostTM

Essa tecnologia possibilita a utilização de cabos de soldagem com comprimentos elevados – até o dobro do convencional –, sem comprometer a performance de soldagem e mantendo intactas todas as características inerentes ao processo.

On The FlyA tecnologia On The Fly torna possível

a alternância entre os processos AC e DC durante a soldagem, sem apagar o arco elé-trico. Essa função é muito útil para soldagem de peças circulares, reduzindo o tempo ocio-so de parada e eliminando a possibilidade de defeitos de solda na reabertura do arco.

Modelamento do perfil de penetração em AC

O perfil de penetração do cordão de solda em AC pode ser plenamente con-trolado através das funções de balanço, frequência e desvio. Dessa forma, há uma otimização da penetração e da deposição no processo, de acordo com a necessidade de cada aplicação.

Com Cable BoostTM

1000 A / 44 V, 50 Hz

Longos comprimentos de cabo

Sem Cable BoostTM

1000 A / 44 V, 50 Hz 1000 A / 37 V, 50 Hz

Comprimento convencional de cabo

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Lançamento

A ESAB apresenta para o mercado sulamericano o TankWelder, uma ótima solução para automatiza-ção da soldagem de tanques,

silos e estruturas cilíndricas de grande diâ-metro. Esse equipamento, através de um mecanismo dedicado, possibilita a solda-gem horizontal pelo processo de Arco Sub-merso, o que resulta em elevados ganhos de produtividade, podendo ser até três vezes superior ao processo tradicional.

O TankWelder é uma estação integra-da completa e autônoma para execução da soldagem em campo, pois conta com cabine fechada para operador, cortina de proteção contra intempéries, turbina para recuperação automática do fluxo, reser-vatório de armazenagem com filtro, talha para abastecimento de fluxo e painel de

comando hermeticamente posicionado. Ele também está preparado para ser facilmen-te integrado aos cabeçotes de soldagem ESAB A2 e A6, utilizando o controlador PEK ou PEJ.

O TankWelder está disponível em duas versões: Single Side, para soldagem de um lado por vez, e Double Side, para soldagem simultânea de ambos os lados da junta.

Produtividade

TankWelder – Solução automatizada para soldagem de tanquesHumberto PacelleGestão de Produtos Automação e Corte

Produtividade

Tempo de soldagem ( junt a t ípica de t anques)

Mét odo convencional

TankWelder

27 min

7 min

Exemplo de aplicação

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Lançamento

TankWelder Single Side

Sistema dedicado para posicionamento de fluxo na horizontal

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Lançamento

Pesando somente 11,4kg, as uni-dades portáteis de solda Caddy Mig 160i oferecem aos profis-sionais de soldagem desempe-

nho industrial para uma ampla variedade de aplicações, da fabricação de estruturas metálicas leves, reparos gerais e de auto-móveis, trabalhos de manutenção e mon-tagens até reparos agrícolas e soldagem industrial descontínua, na oficina ou em qualquer outro local.

Robusta, eficiente, confiável e de fácil utilização, as unidades monofásicas podem ser operadas a partir de uma rede de 230V ou de um gerador portátil. E o melhor de tudo, elas são fáceis de utilizar: basta definir

a espessura da chapa e começar a soldar. Trabalhando em conjunto com o arame

tubular autoprotegido Coreshield 15, ela define ainda mais o conceito de porta-bilidade. Esses arames estão disponíveis em bobinas de 4,5kg e não demandam a utilização de gás de proteção durante a sol-dagem; seu fluxo interno atua protegendo a poça de fusão, promovendo um arco suave, com fácil remoção de escória e baixo índice de respingo.

Caddy Mig 160i + Coreshield 15, basta pendurar no ombro e sair para o próximo trabalho, seja na soldagem de chapas finas galvanizadas, seja em chapas de baixo e médio carbono.

Portabilidade e soldagem sem gás de proteção

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Segmentação – Automotivo

Tecnologia robotizada de corte plasma da eSAB equipa a Benteler do Brasil

“A Benteler Brasil já nasceu roboti-zada, trazendo consigo todos os pré-requisitos necessários para se trabalhar com robôs, principal-

mente no que se refere a segurança e treinamento de colaboradores”, afirma Anderson Lourenço, coordenador de Processos da empresa, que acaba de implantar um sistema robotizado de corte plasma da ESAB. O início das operações no Brasil deu-se com a produção do eixo traseiro do Ford KA e do Ford Fiesta por meio de 11 robôs de solda MIG/MAG. Atualmente, a empresa possui mais de cem robôs trabalhando em diversos pro-cessos, inclusive com corte plasma.

De origem alemã, fundada em 1876, a Ben-teler Automotive é uma corporação de atuação mundial no segmento de autopeças, possuindo 150 sites em 35 países, com 23 mil funcionários. Na América do Sul, há cinco sites, sendo quatro no Brasil, com 2 mil funcionários, e um na Argen-tina. A empresa produz módulos de suspensão dianteiro e traseiro, barras de proteção lateral, suporte do painel de instrumentos, ‘manifold’, reforço de para-choques, eixos traseiros, braços de suspensão, subframes, peças de carroceria, estampados etc. Entre seus clientes estão PSA Peugeot Citroën, Ford, General Motors, Volkswa-gen, Honda, Renault, Toyota e Mercedes-Benz.

Anderson Lourenço assinala que a Benteler entende que a utilização de tecnologia de robótica agrega valor e qualidade ao processo. “E essa pre-ocupação com a qualidade se manifesta também na aquisição de produtos destinados exclusiva-mente para teste”, diz, informando que a empresa dispõe de equipamentos para treinar os profissio-nais e integrá-los a técnicas utilizadas em outras unidades da Benteler ao redor do mundo. “Obvia-mente, tudo o que é novo causa algum tipo de resistência e insegurança. Mas as equipes estão

cada vez mais preparadas para receber equipa-mentos modernos e trabalhar com tecnologia de ponta. Recorremos ao corte plasma robotizado por acreditarmos que, para determinados produ-tos, ficaria inviável a utilização de mais estágios de corte em ferramentas de estampagem.”

O expert em robótica frisa que os principais resultados com a robotização vieram da redução de insumos, repetibilidade do processo, maior fle-xibilidade, competitividade, capacidade produtiva e garantia da segurança dos funcionários em pro-cessos que ofereciam risco à integridade física. Ele diz que a utilização de robôs está consolidada no setor automotivo, havendo, porém, no contexto de toda a indústria, uma considerável gama de novas aplicações a serem desenvolvidas, o que, a seu ver, depende de investimentos das corporações em equipamentos e treinamento. “A cada dia, as exigências aumentam, em função da evolução tecnológica, do avanço na área de materiais, do aprimoramento das técnicas e também em razão de exigências governamentais e da necessidade de ampliar a segurança veicular.”

Quanto ao relacionamento com a ESAB na implantação da tecnologia robotizada de corte plasma, o coordenador da Benteler afirma que a empresa foi extremamente importante para a efe-tivação do projeto, uma vez que, durante a etapa de desenvolvimento, diversos desafios precisaram ser vencidos até que se chegasse à melhor opção para o processo requerido pela empresa. “O principal desafio enfrentado durante o desenvolvi-mento foi integrar ao robô uma solução em corte que não interferisse na rede interbus da célula. A ESAB nos forneceu uma máquina com tecnologia diferenciada, específica para o nosso tipo de apli-cação, e consumíveis para a realização dos testes por um período maior do que o combinado”, con-cluiu Lourenço, aprovando a parceria.

Pedro MunizGerente de Produtos/Equipamentos

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Segmentação – Automotivo

Após forte crescimento do mer-cado mundial de robôs para aplicações industriais em 2011, que atingiu um pico de 18%,

espera-se uma continuidade desse cenário entre 2012 e 2014, porém mais moderado. A retomada da alta do mercado norte--americano, assim como os investimentos em países como a China e o sudeste da Ásia, impulsionam esse crescimento. Após o desastre natural enfrentado pelo Japão, em 2011, os investimentos realizados na construção e no reposicionamento geográ-fico de novas fábricas irão colaborar para o avanço do mercado de robôs naquele país e no mundo. Na Europa, é esperado um aumento moderado das vendas nesse segmento nos países das regiões Central e Oriental, enquanto na Ocidental o nível de investimento ainda é baixo.

A indústria automotiva e de transportes continua a ser a locomotiva do cresci-mento do mercado de robôs em todo o mundo, com investimentos em novas tec-nologias, em novas plantas de produção e no aumento da capacidade produtiva.

No Brasil, as empresas do segmento automotivo e de transporte também vêm aumentando os investimentos em novas tecnologias de automação, elevando a capacidade produtiva e modernizando as instalações de produção, com previsão de grandes investimentos nos próximos anos. Todo esse movimento tem como objeti-vo aumentar sua competitividade dentro e

Mercado mundial de robôs industriais aponta crescimento

constante entre 2012 e 2014Roberto Luiz de Souza

Consultor Técnico – Segmento Transporte

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Segmentação – Automotivo

fora do mercado nacional. A instalação de fábricas modernas de grandes organiza-ções mundiais no Brasil demonstra que os investimentos em automação da produção industrial devem continuar. Além disso, o aumento dos salários, do padrão de vida e a ascensão social de classes (leia-se mão de obra mais cara), também auxiliará nesse processo de automação.

Entre 2012 e 2014, a previsão é de uma nova retomada de crescimento, em média de 6% ao ano, atingindo cerca de 166 mil unidades comercializadas. Em relação aos mercados, está previsto um aumento das vendas de cerca de 6% nas Américas, 7% na Ásia/Austrália e aproxi-madamente 4% na Europa.

Com relação a essa previsão, certos riscos estão envolvidos, como o enfra-quecimento da economia mundial ou, até mesmo, uma nova recessão, causada por problemas financeiros dos maiores merca-dos mundiais.

Soluções ESAB para robotização

Valendo-se de expertise única no seg-mento de soldagem, a ESAB oferece uma linha cada vez mais completa de soluções para robotização dos processos de solda-gem e corte de metais. Com mais de 100 anos de experiência no mercado de sol-dagem, a empresa desenvolveu e testou exaustivamente diversos processos de soldagem, com o objetivo de maximizar os resultados, aumentando a produtivida-de e reduzindo os custos, direcionando suas soluções para melhorias efetivas de processo.

Pacotes de integração MIG/MAG para novas instalações e retrofit – Os pacotes de robotização ESAB são compos-tos por equipamentos de alta tecnologia, sinérgicos e com comunicação totalmente digital, o que elimina a possibilidade de ruí-dos ou interferências.

Estimativa de Venda de Robôs para Aplicações Industriais

Distribuição por País 2010 2011 2014 Américas 17.114 22.450 26.700 América do Norte (Canadá, Mexico, EUA) 16.356 21.000 24.000 América do Sul e Central 758 1.450 2.700 Asia e Austrália 69.833 81.200 100.000 China 14.978 19.500 32.000 Índia 776 1.000 3.000 Japão 21.903 26.000 30.000 Coréia do Sul 23.508 24.500 21.000 Taiwan 3.290 3.700 4.500 Tailândia 2.450 3.100 5.000 Outros países da Asia e Australia 2.928 3.400 4.500 Europa 30.630 34.700 38.900 França 2.049 2.400 2.800 Alemanha 14.000 15.500 16.500 Italia 4.517 4.600 4.900 Espanha 1.897 2.100 2.400 Reino Unido 878 950 1.100 Europa Central e Ocidental 2.507 3.700 5.100 Outros países da Europa 4.782 5.450 6.100 Africa 259 400 500

Total 117.836 138.750 166.100 *PrevisãoFonte: IFR Robotics

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Segmentação – Automotivo

Configurações do sistema:

Periféricos do Sistema Aristo Fontes de Energia

Inversor primário, com seleção automática multivoltagem, leve, com-pacto, possibilita soldagem em modo convencional. Possui também o modo QSet desenvolvido para soldagem em curto-circuito, que proporciona a redução dos respingos e a manuten-ção da estabilidade do arco elétrico.

Fonte OrigoMig5004

Inversor “chopper” pulsado sinér-gico, extremamente robusto, com ele-vado ciclo de trabalho (450A@100%). Apresenta excelente estabilidade do arco elétrico em chapas finas ou espessas.

Fonte AristoPower 460

Inversor primário, com seleção automática multivoltagem. Compacto e dinâmico, possibilita a soldagem no modo pulsado sinérgico.

Fonte AristoMig 5001iMV

Pacotes de robotização MIG/MAG A ESAB possui o equipamento ideal

para qualquer aplicação MIG/MAG. São máquinas com o mais moderno e eficiente sistema de soldagem e fontes de energia que possibilitam a comunicação com o Sis-tema Aristo ESAB, o que representa a mais alta tecnologia no controle dos parâmetros e do processo de soldagem.

O Aristo possibilita o monitoramento

das variáveis de soldagem e a armazena-gem dos dados via rede ou memória USB, menu em português, ajuste de parâmetros iniciais e finais de soldagem, bloqueio por senha – com três níveis de usuários (Standard/Sênior/Administrador) –, 255 posições de memória para armazenagem de parâmetros de soldagem, mais de 200 linhas de sinergismo, introdução de limites, além de diversos outros recursos aplicados efetivamente ao processo de soldagem.

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Segmentação – Automotivo

Processo robotizado HLAW – O pro-cesso de soldagem Laser Híbrido propor-ciona elevadas velocidades de soldagem, com redução significativa no aporte térmico. Trata-se de uma combinação que utiliza uma fonte laser para efetuar a penetração na junta a ser soldada (key hole), com um

consumível seguido pelo preenchimento desta junta, realizado por uma fonte de soldagem MIG/MAG. É por esse motivo que esse processo é chamado de híbrido (laser + GMAW). A ESAB possui a solução com-pleta para a integração do processo HLAW em sistemas robotizados.

Solução ESAB – Laser Hibrido Esquema processo HLAW

feixe laser

Key hole

GMAW(modo de transferência spray)

Gás de proteção

Zona de fusão

Processos de elevada produtividade

Processo SAW robotizado – O pro-cesso de soldagem Arco Submerso (SAW) consiste da fusão de um arame consu-mível protegido por um fluxo granulado. Em geral, o processo utiliza elevadas cor-

rentes de soldagem, o que proporciona altas taxas de deposição e aumento da produtividade. A ESAB possui soluções completas para a robotização do proces-so de soldagem ao Arco Submerso.

Solução ESAB – SAW Esquema processo SAW

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Segmentação – Automotivo

Processo robotizado SAT – ESAB Swift Arc Transfer SAT™ é um proces-so de soldagem MIG/MAG de elevada produtividade, que utiliza o arame sem

cobre na superfície OK AristoRod™, aliado a elevadas velocidades de sol-dagem, muito além das velocidades convencionais.

O SAT™ proporciona cordões de soldagem com excelente aparência visual, com boa penetração e sem mordeduras. Uma das vantagens adicionais é a redu-ção do aporte térmico, minimizando as deformações. Desenvolvido para aplica-ções robotizadas e mecanizadas, ele é principalmente indicado para soldas de filete e juntas sobrepostas, sendo apli-cado tanto em chapas finas quanto em chapas grossas.

O processo tem como base a utiliza-ção do arame OK AristoRod™, fabricado com a tecnologia ASC (Advanced Surface Characteristics), uma inovação que pos-sibilita a eliminação da camada de cobre da superfície do arame. O resultado dessa tecnologia é a eliminação das partículas de cobre do sistema de tração do arame, evitando a contaminação e a oscilação do material durante o tracionamento. O tratamento superficial também proporciona excelentes propriedades de alimentação, resultando em um arco elétrico estável, mesmo em elevadas velocidades de ali-mentação de arame.

Solução ESAB – SAT

Swift Arc TransferTM – um modo de transferência até então inexplorado

Velocidade de alimentação do arame (m/min.)

Arco rotacional

SATTM

Tens

ão d

e ar

co (V

)

Cur

to-c

ircui

to

Tran

sfer

ênci

a m

ista

Spr

ay A

rc

Curto-circuito forçado

Diagrama de modos de transferência metálica

SAT™ entrega os seguintes benefícios:

• Processo estável, mesmo em elevadas velocidades de soldagem.• Excelente aparência visual.• Boa penetração de soldagem.• Baixo aporte térmico e distorções.• Redução de retrabalho, devido à diminuição das distorções e dos respingos.• Fácil implementação.• Redução das ilhas de sílica.

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3 2 f e v e r e i r O N º 1 7 2 0 1 3

Segmentação – Naval & Offshore

Nos últimos anos, com a crescente demanda por aumento de produtividade, os processos de solda-

gem convencionais como SMAW (eletrodo revestido) e GTAW não vem atendendo às velocidades requeridas. Nesse sentido, a ESAB desenvolveu o QSet. Trata-se de uma tecnologia para soldagem GMAW que visa à maior facilidade e ao controle do arco elétrico e à transferência do metal de solda durante a soldagem do passe de raiz em tubulações.

Essa continua sendo a grande deman-da de estaleiros, empresas offshore, cons-trutoras, entre outras. Nesse cenário, a ESAB, complementando a tecnologia QSet, desenvolveu uma solução comple-ta, envolvendo equipamento, consumível, processo e know-how para soldagem de tubulações.

A primeira parte da solução foi desen-volver um conjunto que tivesse uma única fonte e dois alimentadores de arame. Assim como apresentado pela Figura 1. Em segui-da, selecionaram-se consumíveis com

expertise e know-how eSAB para aplicações de soldagem em PipeShopsRenato R. AguiarConsultor Técnico – Segmento Naval & Offshore

Figura 1 – solução ESAB para soldagem de tubulações

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Segmentação – Naval & Offshore

Figura 2: Diagrama esquemático da autorregulação da tensão da soldagem em função da oscilação no comprimento do arco

Tensão (V)

Ajuste de tensão de solda

Arco longo

Arco curto

Corrente (A)

Mudança davelocidade dealimentaçãodo arame

características adequadas para a soldagem de passe de raiz e ajustou-se todo o conjun-to, aliando o conhecimento e a expertise da ESAB em soldagem de tubulações indoor e outdoor adquiridos ao longo dos anos.

Nessa configuração, um dos alimen-tadores de arame está ajustado para tra-balhar com o processo QSet (passe de raiz), e o outro, para enchimento e aca-bamento. Além do equipamento, a ESAB desenvolveu linhas sinérgicas dedicadas à soldagem do passe de raiz com arames tubulares tipo Metal Cored.

Portanto, a solução completa pos-sui uma fonte inversora de alta tecno-logia integrada com dois alimentadores de arame. Um deles está ajustado para passe de raiz com arame tubular OK Tubrod 70 MC (AWS A5.18 E70C-6M) tipo Metal Cored de 1,0mm. O outro está ajus-tado para enchimento e acabamento com arame tubular DualShield 7100LH (AWS A5.20 E71T-1/9) tipo flux cored de 1,2mm para maior produtividade.

Tecnologia QSetToda a inteligência do conjunto vem

do controlador Aristo Pendant U82, res-ponsável por ajustar os parâmetros e as linhas sinérgicas de que o processo QSet necessita para soldagem do passe de raiz com o arame tubular tipo Metal Cored. Por se tratar de um processo com curto--circuito controlado, existem vários outros

controles extremamente importantes para a execução da soldagem.

Na soldagem com arame tubular tipo Metal Cored em curto-circuito, é muito importante obter um balanço entre a velo-cidade de alimentação de arame e sua taxa de fusão. O alinhamento deste à precisão no ajuste da velocidade de alimentação do arame e da tensão de soldagem permite um ótimo resultado na soldagem.

Em um processo de curto-circuito está-vel, a relação entre o tempo de curto-circuito e o tempo de arco varia dentro de uma faixa relativamente limitada, como se pode ver na figura 2. Independente de variações do pro-cesso de soldagem, o QSet, por sua vez, mantém essa relação constante por meio do ajuste de tensão feito de forma contínua. Isso sustenta o processo de soldagem está-vel e assegura uma soldagem ideal.

A tecnologia QSet identifica automa-ticamente variáveis como tipo do gás de proteção, material a ser soldado, diâmetro do arame e o stick-out e promove o ajuste dos parâmetros de forma automática.

O processo permite que o soldador ajuste apenas a velocidade de alimentação do arame, e um segundo parâmetro modi-fica o arco, deixando-o mais “quente” ou “fria”. Esse parâmetro, que chamamos de QSet, na verdade trabalha na frequência de modulação do controle do curto-circuito, deixando a poça de fusão quente ou fria, como apresentado na figura 1.

Confira no canal da ESAB no YouTube um vídeo so-bre a utilização da tecno-logia QSet: youtube.com/esabbr

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Em linhas gerais, o processo QSet trabalha com dois tempos: um tempo de curto-circuito (representado na figura 3 com o número 1), no qual a corrente tende ao infinito e a tensão de arco tende a se extinguir. Porém, é nesse momento que a gota é destacada. Outro tempo é o do arco (representado na figura 4 com o número 2), no qual, assim que a gota é destacada, o arco elétrico é formado novamente, fundindo o arame, e é inicia-da a formação de uma nova gota. Nesse momento, a corrente diminui, e a tensão sobe até que o curto-circuito seja iniciado novamente.

Outro ponto muito importante que o processo QSet controla é a indutância. Ela também influencia a frequência do curto--circuito, e sua variação irá afetar a poça de fusão, deixando-a mais "fria" quando a indutância for baixa e mais "quente" quan-do a indutância for alta.

Processo eficazO processo QSet, torna muito sim-

ples a soldagem de passe de raiz em tubulações. A forma mais eficaz de obter ótimos resultados com esse processo é a combinação do QSet com o arame OK Tubrod 70MC de 1,0mm e as linhas sinérgicas específicas. A combinação dos três fatores resulta em soldagem sem problemas de falta de penetração, falta de fusão lateral, e com maior velocidade de deslocamento e taxa de deposição, se comparada ao processo SMAW (eletrodo revertido), MMA e TIG. Outra característi-ca muito importante é que, ao utilizar um arame tubular tipo Metal Cored, obtém-se melhor molhabilidade do cordão, maior fusão lateral e melhor aspecto visual do cordão, como ilustrado nas figuras 5, 6 e 7.

Segmentação – Naval & Offshore

Figura 4: Oscilograma representativo da transferência por curto-circuito

Corrente de soldagem (A)

curto-circuito

tempo (s)

Tensão de soldagem (V)

21

1 – Tempo de arco2 – Tempo de curto

Figura 3: Influência do parâmetro QSet na curva de corrente e tensão do curto-circuito

Arco quente

10% 90% 40% 60%

Arco frio

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Figura 5 – Aspecto do cordão na posição plana (Soldagem com OK Tubrod 70MC 1,0mm)

Figura 6 – Aspecto do cordão na posição descendente (Soldagem com OK Tubrod 70MC 1,0mm)

Segmentação – Naval & Offshore

Figura 7 – Aspecto do cordão na posição sobrecabeça (Soldagem com OK Tubrod 70MC 1,0mm)

Raiz Externo

Raiz Externo

Raiz Externo

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Figura 8 – Dados extraídos do controlador Aristo Pendant U82

Segmentação – Naval & Offshore

A solução para soldagem de tubu-lação da ESAB garante um grande controle do processo de soldagem. Obtem-se baixo nível de respingo, comprimento de arco elétrico cons-tante, qualidade na soldagem em áreas de difícil acesso, rápido ajuste para diferentes espessuras e tipos de materiais, como aços ao carbono, inoxidáveis, galvanizados e alumínio.

Frente a necessidade de controlar o processo de construção das tubu-lações, o controlador Aristo Pendant U82 permite, ainda, que dados do processo de soldagem sejam extra-ídos para geração de relatórios e apresentação dos dados de produ-ção, tais como tempo de arco aberto,

quantidade de aberturas de arco, heat-input, parâmetros utilizados, tempo total de soldagem, início e fim de soldagem, entre outros, para cada soldagem, peça ou soldador (figura 8).

Isso sem contar a possibilidade de ajustar o controlador Aristo Pen-dant U82 para cada tipo de junta, espessura e material, de renomear o nome da posição de memória, rela-cionando-o à EPS, e, ainda, de limitar a variação possível dos valores de tensão em corrente. Isso garante que os parâmetros sejam cumpridos para todas as EPS, e a qualidade, mantida com o mesmo padrão em todas as peças e aplicações.

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Segmentação – Oil & Gas

Os aços inoxidáveis duplex (AID) podem ser definidos como aqueles que apre-sentam uma microestrutura

mista de ferrita e austenita, na proporção de aproximadamente 50% para ambas as fases [1], assim como apresentado na figura 1. Esses materiais foram desenvol-vidos há mais de 70 anos [2] e seu uso comercial foi iniciado de forma extensiva na década de 1970 [3].

Os principais elementos de liga uti-lizados nessa classe de materiais são o cromo e o níquel, porém frequentemente são adicionados, em menores proporções, elementos como molibdênio, nitrogênio, cobre, silício e tungstênio [4]. Dessa manei-ra, as principais vantagens desses aços em

Soldagem de aços inoxidáveis lean duplex

Os aços inoxidáveis duplex

 Figura 1 – Microestrutura típica de um aço inoxidável duplex laminado a quente. As fases escuras e claras correspondem à ferrita e à austenita, respectivamente. Ataque Behara II.

relação aos que apresentam microestrutura completamente austenítica, são os maiores limites de resistência ao escoamento e à tração e a melhor resistência à corrosão sob tensão (SSC – Stress Corrosion Crack) [5]. Ressalta-se ainda, a boa tenacidade devido à porção de austenita presente.

A primeira geração dos aços inoxidáveis duplex, produzido no período que compre-ende os anos de 1930 a 1970, apresentou limitação na condição como soldado, já que a zona termicamente afetada (ZTA) apresentava baixa tenacidade e resistência à corrosão, devido à excessiva proporção de ferrita formada [1]. Porém, a evolução na indústria de fabricação de aços inoxidáveis nos anos 1970, através da introdução do vácuo, do argônio e do oxigênio na descar-burização, bem como o uso da técnica do lingotamento contínuo para aços inoxidá-veis [1], permitiu a fabricação com menores proporções de carbono e com teor con-trolado de nitrogênio, elemento fortemente gamagênico [6]. Como a solidificação dos duplex inicia-se como 100% ferrita, e o nitrogênio atua aumentando a temperatu-ra de transformação de ferrita para auste-nita [7], conforme apresentado na figura 2, isso garante uma estabilização do material em temperaturas elevadas, o que reduz o problema de excesso de ferrita na ZTA [8]. Isso representa o marco para a segunda geração dos duplex, em que a soldabili-dade é melhorada devido à fabricação de aços com adições de nitrogênio.

Ronaldo Cardoso Junior

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Segmentação – Oil & Gas

Figura 2 – Diagrama ternário Fe-Cr-Ni [2]

O aço inoxidável duplex mais comum hoje é o EN grau 1.4462 ou 2205 (UNS S31803/S32205), que tem a composição química nominal de 22% Cr, 5% Ni, 3% de Mo e 0,16% N. Esse aço é usado em um grande número de aplicações, em uma ampla variedade de produtos e for-mas. O AID 2205 possui boa resistência à corrosão em diversos ambientes, superior à dos aços austeníticos AISI 304, 316 e 317. O aumento da resistência mecânica permite a redução da espessura da parede do componente e, consequentemente, da sua massa.

Os aços inoxidáveis lean duplex

Nos aços inoxidáveis lean duplex (AILD), o níquel é parcialmente substituído por elementos formadores de austenita, como o manganês e o nitrogênio, e o teor

de molibdênio é reduzido. Isso faz com que o custo desses materiais seja menor que o dos aços inoxidáveis duplex con-vencionais, o que viabiliza o seu emprego em aplicações que antes eram economica-mente não viáveis.

Esses materiais apresentam como composição química típica 20-24% de cromo, 1-5% de níquel, 0,1-0,3% de molibdênio e 0,10-0,22% de nitrogênio [9]. Existem diversos aços inoxidáveis lean duplex disponíveis no mercado, conforme apresentado nas tabelas 1 e 2. O AILD 2101 e 2202 possuem resistên-cia à corrosão equivalente ao AISI 304L, enquanto o AILD 2304 é equivalente, nesse mesmo quesito, ao AISI316L. Vale ressaltar que, em ambos os casos, o AILD apresenta limite de escoamento praticamente duas vezes maior que o aço inoxidável austenítico equivalente.

ºC

%Ni

%Cr

ºfL

γ

L + α

1400 2552

2192

1832

1472

0 5 10

30 25 20 15

1200

1000

800

α

α + γ

L + γ + α L + γ

[N]

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Segmentação – Oil & Gas

Tabela 1: Composição química dos aços inoxidáveis lean duplex mais comumente encontrados

no mercado

Soldabilidade dos aços inoxidáveis lean duplex

*Aço inoxidável austenítico de Pre equivalente.

Tabela 2: Propriedades mecânicas dos aços inoxidáveis lean duplex mais comumente encontrados no mercado

*Dados de acordo com ASTM A240.

Sua soldabilidade geralmente é boa quando consumíveis com maiores teores de níquel (over-alloyed) são utilizados [10]. Entretanto, para uma dada compo-sição química do metal de base, a micro-estrutura da zona termicamente afetada (ZTA) continua dependendo exclusiva-mente do ciclo térmico. Os consumíveis adequados para soldagem desse mate-rial são EN ISO 2307 N L, vulgarmente conhecido como 2307, e o EN ISO 2209 3 N L, que a norma AWS classifica como 2209.

Todos os processos de soldagem por fusão podem ser utilizados, desde que sejam seguidos procedimentos de soldagem adequados. As propriedades do metal depositado, como resistên-cia, tenacidade e resistência à corrosão, podem ser prejudicadas por um exces-sivo desvio no balanço de fases com

relação ao metal base [11,12]. Eleva-das frações de austenita, que promove um modo de solidificação misto (ferrita e austenita), podem resultar em um aumento da segregação, enquanto altas frações de ferrita podem gerar precipita-ção de nitreto de cromo [9]. Ambos os fenômenos podem ter um efeito negativo para a resistência à corrosão localizada [9]. Dessa maneira, a composição quí-mica do metal depositado é crucial, e a solução geralmente é a utilização de consumíveis de soldagem com elevados teores de elementos de liga (over-alloyed) desenvolvidos especialmente para um determinado metal base [13,14].

O nitrogênio é também um elemento de liga de grande importância para os aços inoxidáveis lean duplex, pois ele promove um aumento da resistência mecânica e à corrosão. Adições de nitro-

Grau UNS C Cr Ni Mo N Mn Aço Austenítico*

2101 S32101 0,04 21,0 - 22,0 1,35 - 1,70 0,1 - 0,8 0,20 - 0,25 4,0 - 6,0 AISI 304L

2202 S32202 0,03 21,5 - 24,0 1,0 - 2,8 0,45 0,18 - 0,26 2 AISI 304L

2304 S32304 0,03 21,5 - 24,5 3,0 - 5,5 0,05 - 0,6 0,05 - 0,20 2,5 AISI 316L

Composição Química (%)

Grau UNSLimite de

Resistência (MPa)Limite de

escoamento (MPa)Alongamento

%

2101 S32101 Mín. 650 Mín. 450 Mín. 30

2202 S32202 Mín. 650 Mín. 450 Mín. 30

2304 S32304 Mín. 600 (*) Mín. 400 (*) Mín. 25

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Segmentação – Oil & Gas

Tabela 3: Parâmetros importantes na soldagem dos AILD

(1) recomendações do fabricante Outokumpo.(2) recomendações do fabricante Aperam.

gênio no gás de proteção e no de purga têm sido reportadas como benéficas para a soldagem autógena GTAW (Gas tungsten arc welding) no que diz respeito ao aumento de resistência à corrosão localizada, devido à prevenção da perda de nitrogênio pelo metal base [15,16]. A perda de nitrogênio pode causar uma microestrutura rica em ferrita na superfí-cie do metal de solda com precipitados de nitreto de cromo nos grãos ferríticos expostos ao meio corrosivo, resultando em uma perda da resistência à corrosão localizada e da tenacidade [11,17,18]. Quanto maior o teor de nitrogênio do metal base, maior a tendência de perda desse elemento durante a soldagem, o que pode fazer com que ele perca as propriedades desejadas. Nos aços inoxi-dáveis lean duplex ligados ao nitrogênio, esse fato possui grande importância para a soldagem.

Dessa maneira, processos de solda-gem que geram escória, como os com eletrodos revestidos (SMAW – Shielded Metal Arc Welding) e com arames tubu-lares flux cored (FCAW – Flux Cored Arc Welding), são menos susceptíveis ao fenômeno de perda de nitrogênio [19], já que a escória atua como uma barreira à saída desse gás. Para a soldagem GTAW, geralmente utilizam-se gases de proteção com elevados teores de nitrogênio para evitar tal perda.

A microestrutura do metal de solda e, especialmente, da ZTA, não é unicamen-te dependente da composição química, mas também dos parâmetros de solda-gem, que determinam o ciclo térmico. O

aporte de calor deve ser suficiente para promover a formação significativa de aus-tenita no metal de solda e na zona termi-camente afetada. Um aporte de calor mínimo de 0,5 kJ/mm e máximo de 2,5 kJ/mm é requerido na soldagem a arco, dependendo do grau e da espessura do material [9]. A temperatura de interpasse também deve ser controlada entre 100 e 200°C na soldagem multipasse, para evi-tar a precipitação de fases danosas nos passes anteriores [9]. Tratamento térmico pós-soldagem geralmente não é requeri-do, as propriedades demandadas podem ser atingidas através do procedimento adequado de soldagem [10]. A tabela 3 detalha os consumíveis de soldagem e o procedimento recomendado para união desses materiais, em função do grau a ser soldado.

Conforme esquematizado na figura 3, a ZTA dos AID possuem duas regiões [21]: a de temperatura elevada (ZTATE), compreendida entre a temperatura de líquidus da liga e a temperatura de solvus da ferrita, representada na figura 5 como a zona de crescimento de grão ferríti-co; e a de temperatura baixa (ZTATB), delimitada superiormente pela tempera-tura de solvus da ferrita [22]. A primeira apresenta grãos gosseiros de ferrita, e a austenita inicialmente se precipita a partir dos contornos de grãos ferríticos, sendo que, a partir do momento em que ocorre a saturação dos sítios de nucleação nos contornos de grão, a austenita cresce como em direção ao centro do grão, como austenita de Widmanstätten [22]. Durante essas transformações, outras

GrauEnergia de Soldagem(kJ/mm)

Temperatura Interpasse Máxima

(ºC)

Consumívelde Soldagem

2101 (1) 0,3 a 1,5 150 23%Cr7%Ni(2307)ou

22%Cr9%Ni3%Mo(2209)2202 (2) 0,5 a 2,0 150

2304 (1) 0,5 a 2,0 200

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Segmentação – Oil & Gas

Figura 3 – Diagrama esquemático da microestrutura de uma junta soldada de AID [24]

Zona fundidaZona parcialmente fundida

Zona Crescimento de Grão ferrítico

Zona Parcialmente Transformada

Metal de Base Não Afetado

Tem

per

atur

a

Tem

per

atur

a

1600

1400

1200

1000

800

600

400

5

5 0

10

10

15

15

20

20

25

25

30 Peso% Cr

Peso% Ni

Líquido

d Solvus

γ Solvus

γ+L d+L

dγ+ d+L

γ

dγ+

γ+ d+s

d+s

γ+s

fases, como os nitretos, carbonetos e carbonitretos, podem se precipitar [22]. A ZTATB apresenta, durante o aquecimen-to, parcial dissolução da austenita, que atuam como sítios para sua precipitação, durante o resfriamento [22]. Nesse caso, os grãos de austenita não dissolvidos inibem o crescimento dos grãos ferríticos [21] e a quantidade de nitretos é menor que na ZTATE.

Os consumíveis de soldagem

Conforme mencionado na tabela 3, há duas classes de consumíveis que podem ser empregados para união dos lean duplex. Os consumíveis de com-posição 22%Cr9%Ni3%Mo, compatíveis com o aço inoxidável duplex standard 2205, que também podem ser utilizados

para soldagem dos AILD. Entretanto, há ligas mais novas, do tipo 23%Cr7%Ni, que são ideais para união dos aços lean duplex. Esses consumíveis também podem ser considerados lean devido aos seus menores teores de níquel e molibdênio.

Através do mesmo conceito discu-tido para os aços, os consumíveis lean apresentam menor custo devido aos menores teores de Ni e Mo, tornando-os a melhor alternativa em termos de custo/benefício para a soldagem desses mate-riais. A ESAB possui uma linha completa de consumíveis de soldagem tanto para composição química 22%Cr9%Ni3%Mo quanto para 23%Cr7%Ni. Entretanto, pelos motivos mencionados acima, ape-nas os últimos serão apresentados neste trabalho, conforme tabelas 4, 5 e 6.

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(1) Os consumíveis lean duplex ainda não estão contemplados na norma AWS 2010.

Tabela 4: Linha completa de consumíveis de soldagem para os AILD

Tabela 5: Composição química típica dos metais depositados pelos consumíveis de soldagem utilizados, em %

Tabela 6: Propriedades mecânicas típicas dos metais depositados dos consumíveis de soldagem utilizados, em %

Processo de Soldagem

Classificação EN(1) Nome Comercial

SMAW EN 1600: E Z 23 7 N L R 3 2 OK 67.56

GMAW EN ISO 14343: G Z 23 7 N L OK Autrod 2307

GTAW EN ISO 14343: W Z 23 7 N L OK Tigrod 2307

FCAW EN ISO 17633-A T 23 7 N L P M21 2 Shield Bright 2307

SAWEN 760: SA AF 2 DC

EN ISO 14343: S Z 23 7 N LOK Autrod 2307 +

OK Flux 10.93

Consumível C Mn Si Cr Ni Mo N

OK 67.56 0,03 0,7 0,9 23,7 7 0,3 0,15

OK Tigrod 2307 0,02 1,3 0,5 23,0 7 0,3 0,15

OK Autrod 2307 0,02 1,3 0,5 23,0 7 0,3 0,15

Shield Bright 2307 0,02 0,8 0,7 23,7 8,4 0,3 0,12

OK Autrod 2307 +OK Flux 10.93

0,02 1,1 0,7 22,5 7,5 0,3 0,12

ConsumívelLimite de

Resistência (MPa)Limite de

Escoamento (MPa)Alongamento

(%)Charpy a-30ºC

(J)

OK 67.56 754 609 26 38

OK Tigrod 2307 730 560 32 85

OK Autrod 2307 730 560 32 85

Shield Bright 2307 774 626 33 63

OK Autrod 2307 +OK Flux 10.93

725 560 35 95

Segmentação – Oil & Gas

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Segmentação – Oil & Gas

Resultados de testes de soldagem do AILD UNS S32304

No sentido de avaliar o desempenho da junta soldada com os consumíveis 23%Cr7%Ni, procedimentos de solda-gem foram realizados para os processos SMAW, GMAW e FCAW. O metal de

base empregado foi o aço inoxidável lean duplex UNS S32304, de espessura nominal igual a 22mm e chanfro em V com 60°. Detalhes dos testes são apre-sentados na tabela 7.

Ensaios de Tração: Todos os corpos de prova romperam no metal de base, sendo o limite de escoamento superior ao mínimo especificado por normas, conforme apresentado na tabela 8 e na figura 4.

Tabela 7: Consumíveis de soldagem usados para os testes com metal de adição

Tabela 8: Resultado dos ensaios de tração

Nota: (a) Não se aplica; (b) Mistura fornecida pela Praxair com nome comercial de Star GoldTM SS.

Comercial Processo Tipo Especificação ENDiâmetro

(mm)Gás de Proteção

OK 67.56 SMAW 23%Cr 7%Ni E Z 23 7 N L R 3,25 (a)

OK Autrod 2307 GMAW 23%Cr 7%Ni G 23 7 N L 1,00 95%Ar+3%CO2+2%N2(b)

Shield Bright 2307 FCAW 23%Cr 7%Ni T 23 7 N L P 1,20 75%Ar+25%CO2

Consumível deSoldagem

Limite de Resistência(MPa)

Local de Ruptura

OK 67.56 718 Metal de base

OK Autrod 2307 706 Metal de base

Shield Bright 2307 723 Metal de base

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Figura 4 – Imagens dos corpos de prova de tração após ruptura

OK 67.56 OK Autrod 2307 Shield Bright 2307

SMAW 2307 OK Autrod 2307 Shield Bright 2307

OK 67.56 OK Autrod 2307 Shield Bright 2307

Segmentação – Oil & Gas

A – Ensaios de dobramento: Através dos ensaios, foi possível constatar que nenhum dos corpos de prova apresenta desconti-nuidades (figura 5), mostrando que a junta soldada se apresenta íntegra.

Figura 5 – Imagens dos corpos de prova de dobramento após ensaio

B – Análise microestrutural: Conforme observado na figura 6, as zonas fundidas apresentam teores de austenita superiores a 50%, com valores médios de 52, 60 e 54%, respectivamente, para os consumíveis OK67-56, OK Autrod 2307 e Shield Bright 2307.

Figura 6 – Micrografias dos metais de solda para os três experimentos realizados

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retrofit: modernizando sistemas de corte CNC

Cutting

Toda empresa deseja manter seu parque de máquinas sempre atualizado com o que há de mais moderno, buscando, dessa

forma, garantir maior produtividade e meno-res custos de produção e manutenção. Mas como fazer isso sem comprometer o orçamento? Com o Retrofit. Esse termo se refere à atualização total ou parcial de um equipamento, mantendo sua funcionalidade por período de tempo maior.

A alta velocidade de desenvolvimen-to da indústria eletrônica faz com que os equipamentos se desatualizem muito

rapidamente, e o reflexo dessa mudança tecnológica é percebido, principalmente, nos custos de manutenção e de produção. Preservar peças de um equipamento com mais de cinco anos pode chegar a um custo 44% maior em comparação aos itens com funções similares nos equipamentos modernos. Já no quesito produção, os sistemas plasma de última geração podem representar velocidades superiores, de até 45%, se comparados aos antigos.

A ESAB, como empresa de soluções no mercado de corte automatizado, desenvol-veu produtos dedicados a Retrofit, com a

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Cutting

mesma tecnologia que emprega em suas máquinas de linha. Eles possuem como principais características a fácil instalação mecânica, o rápido ajuste e a alta produção, adaptando-se facilmente a qualquer tipo de equipamento existente no mercado, inde-pendente do fabricante. Essa facilidade é garantida com a nova tecnologia ACON, que

divide as principais funções dos controles de processo em módulos, tornando o sistema da ESAB mais fácil para instalar e integrar.

A principal vantagem do uso de módulos está na manutenção, pois, além de ser de fácil substituição, o sistema possui telas de diagnóstico nos CNCs, diminuindo o tempo de reparo e agilizando a manutenção.

Sistema plasma ACON

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Cutting

Além das vantagens do sistema de con-trole de processo modular, a nova tecnolo-gia empregada no plasma ESAB possibilita ganhos superiores a 45% em aço carbono de até ½” e a 80% em materiais de 2”, quan-do comparada às tecnologias mais antigas.

Mas o Retrofit não se limita somente à troca de processo plasma. Há outros itens que podem ser substituídos nas máquinas, que garantem um aumento do desempenho nos equipamentos mais anti-gos. Trata-se do CNC e da motorização, os principais responsáveis pela precisão e movimentação do equipamento.

Os atuais controladores numéricos computadorizados (CNC) garantem uma excelente interface homem-máquina, que influencia no aumento da produtivi-dade. Os da ESAB foram desenvolvidos em busca da excelência de desempe-nho e interatividade com o operador. Além de uma interface gráfica e tela sensível ao toque, o CNC T5C possui o inovador sistema Wizard, que mostra todos os passos que o operador pre-cisa seguir para colocar a máquina em operação, facilitando o treinamento e a operação diária.

Vision T5 – CNC com tela sensivel ao toque

Vision 51R

Vantagens Retrofit:• Alta capacidade de perfuração e velocidade de corte.• Startup simples do sistema plasma.• Facilidade de manutenção.• Interface interativa com os novos CNC.• Motorização de alto desempenho.

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Alta produtividade para tanques de aço inoxidávelOs arames tubulares Shield-Bright eSAB promovem soldagem de alta qualidade com elevada produtividade

Tamas Sandor, ESAB KFT, Budapeste, Hungria*Tradução da Svetsaren, Revista da ESAB Global

Segmento Indústria de Processos

A Patent KFT é uma empre-sa húngara que sobreviveu com sucesso à transforma-ção econômica e política ao

combinar tradições de qualidade com a fácil aceitação de novas tecnologias produtivas. A ESAB é seu parceiro preferencial de soldagem, valorizada por seu suporte técnico voltado para o cliente. Em 2009, a ESAB auxiliou na implementação de uma solução para o processo de produção de soldagem de tanques de aço inoxidável utilizando os arames tubulares Shield-Bright.

Sobre a Patent KFTA Patent KFT iniciou suas operações

com a produção de barris e dispositivos de aços inoxidáveis para fábricas de cerveja em 1989. Desde então, seu portfólio vem se expandindo, com a fabricação de tanques para indústrias de alimentos (leite), química e farma-cêutica, vasos de pressão, contêineres, silos e pequenos vasos para termo-elétricas. Desde o início, a empresa objetivou alcançar o exigente mercado do oeste europeu, adotando padrões de alta qualidade que formaram as bases do seu sucesso atual. Eles são uma empresa líder em seu campo de fabricação na Hungria e desfrutam de uma excelente reputação fora do país. Um prazo apertado para um novo proje-to – a construção de quatro tanques de

1.500m3 para a maior empresa química da Hungria – resultou em uma decisão gerencial de investir no futuro, reavalian-do a soldagem de tanques de aço ino-xidável e tendo como objetivo aumentar dramaticamente a produtividade.

Uma mudança na cultura de soldagem

Ficou claro, a partir do momento em que a Patent KFT recebeu tal pedido, que sua tecnologia de soldagem origi-nal – TIG manual e mecanizada – era demasiadamente lenta para atender ao prazo de entrega solicitado, e que aque-le era o momento adequado para migrar para uma tecnologia mais econômica e produtiva.

Com o suporte e a assistência da ESAB, a gerência embarcou em uma revolução da cultura de soldagem. Após duas décadas de tradição em soldagem TIG de alta qualidade, a Patent KFT estava totalmente mergulhada nesse processo, e abandoná-lo seria uma grande quebra de paradigma. Foi um desafio tremendo, tanto para a gerên-cia, como para os funcionários.

A ESAB apresentou a solução com-pleta para soldagem de tanques de aço inoxidável – fontes de alimentação, consumíveis, mecanização e procedi-mentos de soldagem. Além disso, a ESAB forneceu demonstrações práticas e treinamento para os soldadores.

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Segmento Indústria de Processos

Escopo dos processos de soldagem

Os tanques, cada um com 11 metros de diâmetro e 16 de altura, são feitos de aço inoxidável austenítico, tipo 304L, em 5, 6, 8, 10 e 12mm de espessura, e pos-suem 11 anéis construídos com chapas de 1.500 x 6.000mm.

Em primeiro lugar, é construído o teto e, em seguida, os anéis são erguidos e ajustados individualmente, da parte supe-rior para a inferior, de modo a formar as paredes laterais. A soldagem dessa área envolve 380 metros de juntas na posição PC (2G) e 100 metros em PF (3G), mais as das placas do topo e do fundo. As tarefas de soldagem do tanque envolvem três áreas: o fundo, o invólucro e o topo.

Fundo do tanqueO fundo do tanque é construído por

chapas de 6.000 x 1.500mm com 5mm de espessura. As chapas são chanfradas em juntas de topo de 60º e, para a solda-gem da raiz, é usado um cobre-juntas de 5mm de espessura do mesmo material. Essa chapa do fundo é soldada em um anel base de 12mm de espessura através de juntas sobrepostas, e o primeiro anel vertical do tanque é unido ao mesmo anel base com soldas de filete dos dois lados. Essas soldas de topo, sobreposta e filete são adequadas à mecanização leve – sendo o trator de soldagem Miggytrac 1500 da ESAB uma escolha lógica.

Menos óbvia foi a escolha da fonte de alimentação digital de ponta da ESAB, a AristoMig 5000iw, com o controle sus-penso AristoPendant U8 e a unidade de alimentação de arame AristoFeed 3004w – onde uma fonte de alimentação menos avançada também atenderia aos requi-sitos para o tanque completo. A gerên-cia da Patent KFT optou pela AristoMig 5000iw, porque a função SuperPulse da unidade de controle U8 poderia ser utiliza-da em outros projetos. As aplicações para chapas muito finas – uma parte substan-cial do portfólio da Patent KFT que era previamente realizada por TIG mecani-zada – poderiam agora ser soldadas por meio de um processo GMAW mais rápido, tornando possível combinar tipos de arco

e controlar totalmente o aporte de calor. Dessa forma, a empresa possui robustez para soldas pesadas e, ao mesmo tempo, precisão para chapas finas.

A ESAB aconselhou a Patent KFT a testar extensivamente o arame tubular rutílico Shield-Bright 308L X-tra de 1,2mm para as soldas de topo, sobrepostas e de filete, convencendo-a de que esse consu-mível atendia melhor às suas demandas de alta qualidade e produtividade. Esse arame foi especificamente desenvolvido para aplicações nas posições 1E (PA) e 2F (PB), oferecendo soldas de elevada inte-gridade com taxas de deposição tão altas quanto 10kg/h (gás de proteção Ar/2.5% CO2). Ele permite que a Patent KFT faça soldas de topo e de filete no fundo do tanque em um passe com velocidades de percurso de 50 a 55cm/min. e uma taxa de deposição de cerca de 10kg/h (soldas de topo em cobre-juntas de aço inoxidável).

Tibor Patonai, gerente técnico, comen-ta: “Antigamente, soldávamos chapas mais espessas em três passes, utilizando TIG para a raiz (dois soldadores soldan-do a mesma junta simultaneamente) e o processo MAG com arame sólido para as camadas de enchimento. Com o Shield-Bright da ESAB, completamos as juntas com um passe, mesmo soldando manu-almente. Outra vantagem é a redução da deformação devido à elevada velocidade de soldagem e ao baixo calor aportado. Além disso, apreciamos a taxa de defeitos extremamente baixas, com quase nenhu-ma porosidade, falta de fusão fria ou inclu-são de escória. Os produtos Shield-Bright tornaram-se tão populares em nossa ofi-cina que mesmo os soldadores TIG mais orgulhosos se voluntariam para usar o arame, independentemente de sua antiga antipatia pelo processo FCAW.”

Paredes do tanqueAs paredes do tanque representam

a maior parte do trabalho de soldagem. Durante o estágio de planejamento, elas foram divididas em dois tipos de solda-gem: anéis superiores (juntas de 5 a 5mm, 5 a 6mm, 6 a 6mm) e anéis inferiores (8 a 8mm, 8 a 10mm, 10 a 10mm e 10 a 12mm). Todos envolveram juntas de topo

Container tanks

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Segmento Indústria de Processos

nas posições PC (2G) e PF (3G). Para os anéis superiores, as soldas na posição PC (2G) foram realizadas pelo processo MIG/MAG com arame sólido OK Autrod 308LSi de 1mm. As soldas foram realiza-das em um passe com backing (respaldo) cerâmico OK Backing Concave 12H com chanfro côncavo. O chanframento não foi necessário, e as soldas ficaram absoluta-mente livres de defeitos, proporcionando uma economia substancial de tempo e de recursos financeiros.

As soldas PF (3G) ainda foram reali-zadas com TIG, porque não havia tempo suficiente para treinar os soldadores na utilização da soldagem MIG/MAG com o SuperPulse da ESAB.

Para a seção de chapa espessa dos anéis inferiores, foram realizadas soldas em múltiplas camadas com o arame tubular rutílico de 1,2mm Shield-Bright 308L, o que possibilita a soldagem em todas as posições por utilizar um sistema de escória de alta viscosidade. Ele foi apli-cado tanto na soldagem manual (raiz na posição PF – 3G) quanto na mecanizada (camadas de enchimento e acabamento). Entretanto, o procedimento de raiz diferiu das soldagens nas posições PC (2G) e PF (3G). Inicialmente, as soldas do passe de raiz utilizando o Shield-Bright 308L na posição PC (2G) com backing (respaldo) cerâmico, com velocidade de percurso de 28cm/min, não foram bem-sucedidas, porque as soldas (ponteamento) pesadas necessárias não puderam ser fundidas novamente por completo. Além disso, as variações da preparação das juntas provocaram a penetração insuficiente da raiz. Isso foi evitado soldando o passe de raiz na posição PC (2G) com arame sólido e respaldo cerâmico OK Backing Concave 12H, mas a uma velocidade mais baixa, de 13 a 15cm/min. Para as camadas de enchimento e acabamento, o Shield-Bright 308L resultou em soldas de elevada integridade, com velocidades entre 40 e 60cm/min, respectivamente.

Na posição PF (3G), a junta foi solda-da completamente com o arame Shield-Bright 308L. O passe de raiz foi feito manualmente, utilizando o backing cerâ-mico OK Backing Concave 12H com um chanfro côncavo. As tolerâncias de ajuste

não permitiram a mecanização na camada de enchimento e de acabamento.

Teto do tanqueA estrutura do teto foi pré-fabricada

na oficina e transportada em uma só peça para o local de construção do tanque.

A maior parte do trabalho de sol-dagem pôde ser feito na posição plana para otimizar o benefício da alta taxa de deposição do Shield-Bright 308L X-tra da ESAB. As soldas fora de posição restantes foram realizadas com o Shield-Bright 308L.

ParceriaA parceria da Patent KFT com a ESAB

é baseada em aconselhamento e suporte técnico, objetivando resultados. Antes do projeto, ela consistiu em demonstrações locais, avaliação conjunta de diferentes soluções, seleção da tecnologia de solda-gem mais adequada e efetiva e estabele-cimento de procedimentos de soldagem. Essa cooperação continuou durante o estágio de construção, quando o suporte ativo solucionou problemas ocasionais. A cooperação foi a base de uma constru-ção bem-sucedida de quatro tanques de 1.500m3 em um período de cinco meses – dentro do prazo solicitado pelo cliente.

O Sr. Tibor Patonai conclui: “A aborda-gem da ESAB é a mais atraente do mer-cado. Eles não nos pressionam a aplicar nenhuma tecnologia, mas nos auxiliam ativamente a utilizar a solução que melhor atende às nossas necessidades de quali-dade e produtividade. Sua atitude flexível e prestativa foi fundamental para alcançar-mos nossas metas com esse projeto.”

Um passe de junta em PC (2G) com o OK Autrod 308LSi

Camada de acabamento com Shield--Bright 308L após decapagem

Estrutura do topo (estrela)

 

 

 

* Tamas Sandor é engenheiro mecânico, IWE e gerente de produto de consumíveis na ESAB Hungria. Ele se uniu à empresa em 2005.

Benefícios do Shield-Bright: • Soldagem em posição plana e em todas as posições com arames Shield-Bright.• Produtivo.• Fácil para o soldador.• Aparência superior de solda.• Não necessita de equipamento de pulso.• Gás misturado Ar/CO2 e 100% CO2.• Embalado a vácuo.

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Segmento Offshore

Construção de plataformas para campo de gás Stockmann no Mar de Barents

requisitos de tenacidade extremamente baixos

Juha Lukkari – ESAB OY Helsinki – Finlândia*

Tradução da Svetsaren, Revista da ESAB Global

Durante as últimas décadas, a exploração offshore de óleo e gás expandiu-se para águas mais frias e profundas. Ao mesmo

tempo, os requisitos mecânicos para aços e metais de solda aumentaram, especialmente com relação às demandas de tenacidade para baixas temperaturas. Este artigo analisa a fabricação de estruturas offshore a serem utilizadas no Mar de Barents.

A Oy SteelDone Group Ltda., uma empresa de gestão de projetos de meta-lurgia com sede no norte da Finlândia, forneceu estruturas de aço e tubulações em larga escala para duas plataformas de petróleo semissubmersíveis do campo de gás natural Stockmann no Mar de Barents. O valor do contrato foi de 10 milhões de euros. As últimas estruturas de aço foram entregues pelo estaleiro Vyborg, na Rússia, em outubro de 2009. O peso de aço para o projeto completo foi de cerca de 2.500 toneladas. A ESAB forneceu a combinação fluxo/arame tubular para soldagem a Arco Submerso (SAW) – uma solução produtiva que satisfez as demandas de resistência ao impacto a -60°C e de CTOD a -30°C.

O maior campo de gás natural do mundo

Uma vez terminada, a planta Stockmann – de propriedade da Gazprom, da Rússia – será a maior unidade de processamento de gás do mundo. Ela está localizada no Mar de Barents, a cerca de 600km da costa de Kuola, entre Murmansk e Novaya Zemlya. O custo estimado do projeto de construção é de 15 bilhões de euros. O gás está localizado abaixo do leito do mar, a uma profundidade de

mais de 300 metros. O tamanho do campo é de cerca de 3.800 bilhões de metros cúbicos de gás natural (à pressão normal), e sua área total é de aproximadamente 1.400km2.

De acordo com o planejamento atual, a primeira fase da construção das plataformas de perfuração tem previsão para terminar em 2015, entrando em operação em 2016. Com base nos dados atuais, o campo exigirá entre 20 e 30 plataformas, um número impressio-nante. A Gazprom estima que elas estejam em pleno funcionamento por volta de 2030.

Com base em dados preliminares, duas plataformas precisam ser construídas por ano. Entretanto, devido à crise econômica mundial, o projeto foi interrompido após o término das duas primeiras.

Os cascos foram construídos no esta-leiro Vyborg, as estruturas de suporte para os pés de apoio principais, nos estaleiros finlandeses, e a unidade de perfuração, no estaleiro Samsung, no Japão. A plataforma, projetada pela empresa norueguesa Moss, é uma estrutura semissubmersível equipada com duas unidades de flutuação e que utiliza como plataforma de perfuração ou de produção flutuante. As dimensões de cada pé de apoio são 118m x 70m x 40m, pesando 15 mil toneladas cada. A platafor-ma comportaria um campo de futebol.

Os componentes da plataforma são peças cônicas altamente complexas (tanto da perspectiva geométrica como de solda-gem), que conectam a tubulação de apoio aos pés principais, conectores K e flanges. O processo principal de soldagem desses componentes foi a SAW. A soldagem com arame tubular foi utilizada apenas para pon-teamento e passes de raiz.

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Comparação da taxa de deposição arame tubular OK Tubrod / OK Flux e

arame sólido OK Autrod / OK Flux

Gráfico 1 – Taxa de deposição do arame tubular e do arame sólido na soldagem SAW

Coluna SAW adequada para soldagem tandem  

SteelDone Group OyEssa empresa de gestão de projeto da

área de metalurgia representa cinco negócios do setor na região norte da Finlândia, todos eles com grande experiência na fabricação em larga escala de estruturas de aço complexas para as indústrias de óleo e gás da Rússia e da Noruega. As empresas Lin Konepaja Oy, Rannikon Konetekniikka Oy, Miilukangas Ky, Raahen Tevo Oy e Raahen Insinoorisuunnittelu Oy são quatro das cinco empresas participa-ram do projeto Stockmann.

Requisitos complexos para aço e soldas

Os requisitos estabelecidos para o trabalho de soldagem desse projeto foram excepcional-mente complexos, uma vez que as estruturas serão expostas às condições extremas do Oceano Ártico, onde as temperaturas podem cair até -50ºC. Os requisitos foram estabe-lecidos pelo cliente e conformam-se com as regras do Russian Maritime Register of Shipping (Regulamento Marítimo Russo para Navegação).

O aço utilizado foi o PC F 36 TMCP (MRS XIII), como exigido pelo regulamento russo, e a espessura da chapa ficou entre 20 e 60mm. O aço foi fornecido pela planta de Rautaruukki, localizada nas proximidades. O aço foi fabrica-do utilizando a moderna laminação termome-cânica, que oferece alta resistência, indepen-dentemente do baixo teor de liga.

O valor típico de Ceq das chapas foi de 0,35, o que é particularmente baixo, considerando-se sua espessura. Como resultado, a soldabilidade do aço é muito boa, e o preaquecimento é necessário apenas para as chapas espessas. A espessura mínima de chapa para preaque-cimento foi de 50mm, à temperatura de 75ºC.

Os mesmos requisitos se aplicam às juntas soldadas, e cada empresa fez seus próprios procedimentos de soldagem. Além dos ensaios de resistência ao impacto Charpy, ensaios de CTOD foram realizados para o aço e os consu-míveis de soldagem.

Ensaio CTOD a -30ºC: O requisito foi de mínimo de 0,25mm. A classe estrutural desse projeto foi a mais exigente pelas regras do regulamento russo: estruturas especiais expostas ao gelo, vento e movimento cíclico das ondas, bem como estresse sísmico. Além disso, a faixa de espessura de chapa foi de 50 a 70mm, e a resistência ao escoamen-

0

300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

OK Tubrod 24mm

OK Tubrod 3mm

OK Tubrod 4mm

OK Autrod 2,5mm

OK Autrod 3mm

OK Autrod 4mm

Segmento Offshore

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Segmento Offshore

Tabela 1: Ensaios CTOD para:OK Tubrod 12.525 + OK Flux 10.62 e OK Autorod 13.24 + OK Flux 10.6215.255 + 10.62: Aço – Grau 50D, espessura 40mm – chanfro 60º_V13.24 + 10.62: Aço – Weldox 500D, espessura 50mm – chanfro Yz VCS – como soldado – TT – Tratado termicamente

Tabela 2: Informação do produto para combinação OK Tubrod 15.25S + OK Flux 10.62

to foi de 355MPa. De acordo com esses dados, o requisito para o CTOD foi de no mínimo 0,25mm.

Ensaio do consumível de soldagem

A partir desses requisitos, a ESAB buscou consumíveis de soldagem ade-quados para a soldagem SAW – processo principal. Geralmente, a temperatura de teste para CTOD é de até -10ºC. Por isso, os resultados para -30ºC ou menos rara-mente estão disponíveis. Sendo assim, a ESAB propôs ao cliente a execução dos ensaios CTOD nessas temperaturas.

Foram consideradas duas opções de combinações para soldagem SAW:

• OK Autrod 13.24 (1%Ni-0.2%Mo) + OK Flux 10.62: CTOD testado a -46°C.

• OK Tubrod 15.25S (2.3%Ni) + OK Flux 10.62: CTOD testado a -40ºC.

O arame tubular OK Tubrod 15.25S foi o selecionado para o projeto, e seus valores de CTOD satisfizeram os requi-sitos de projeto com maiores margens, mostrando-se claramente superiores à combinação 13.24 + 10.62 (tabela 1). Além disso, a combinação escolhida é altamente ligada, o que representa uma vantagem na região da raiz, onde se tem uma elevada diluição, resultando em uma maior garantia de melhores resultados de tenacidade. Ao comparar o custo entre o arame tubular e o sólido, o primeiro provou ser mais econômico. Por outro lado, foi necessária maior atenção na armazenagem do arame tubular. Naturalmente, as empresas tam-bém estavam em constante contato com outros fornecedores de consumíveis, mas a combinação da ESAB produziu os melhores valores de CTOD.

CombinaçãoCharpy a -60ºC (J)

Metal de solda: superfícieCharpy a -60ºC (J)

Metal de solda: raizCTOD (mm) a -40ºC

Metal de solda

15.25S+10.62: CS 144, 126, 147 208, 152, 159 >0.862, > 0.836, > 0.857

Classificação: AWS A5.23 F7A8-EC-Ni2

Análise química típica0,06 % C

0,3 % Si

Metal depositado1,3 % Mn

2,2 % Ni

Propriedade mecânica típica – Metal Depositado

Limite de escoamento: 492Mpa

Resistência à tração: 581Mpa

Alongamento: 29%

Resistência ao impacto: 96 J @ -60°C

CombinaçãoCharpy a -46ºC (J)

Metal de solda: superfícieCharpy a -46ºC (J)

Metal de solda: centroCTOD (mm) a -46ºC

Metal de solda

13.24+10.62: CS 155, 146, 147, 86, 160/139 146, 138, 105, 133,

154/1350.345, 0.191, 0.328

13.24+10.62: TT2 h @ 620ºC

108, 101, 106, 98, 120/107127, 120, 130, 150,

124/1300.082, 0.158, 0.954

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Segmento Offshore

Coluna SAW  

Algo em torno de 15 toneladas de arame tubular OK Tubrod 15.25S foi uti-lizado pelas quatro empresas, e quase a mesma quantidade de fluxo OK Flux 10.62. O consumo de arame tubular com gás de proteção foi de apenas uma tonelada. Para cada lote entregue de arame tubular, foram realizados ensaios mecânicos do metal de solda (tabela 4).

A Lin Konepaja fabricou peças de tran-sição, conectores K e tubulações para o projeto Stockmann, bem como componen-tes semiacabados dobrados para outras empresas do grupo.

A soldagem SAW foi o principal pro-cesso utilizado. A empresa possui vários tratores para Arco Submerso ESAB A2T e duas colunas, sendo que a mais nova está adaptada para o processo twin tandem e para uso de arame frio.

A Rannikon Konetekniikka Oy é uma empresa de engenharia e também um pro-vedor de serviços de instalação. Os produ-tos incluem estruturas de vigas soldadas, máquinas, equipamentos, estruturas usi-nadas, linhas de produção, estruturas de chapa de metal e aço, e todos requerem padrões elevados para o trabalho de solda-gem. Para o projeto Stockmann, a empresa produziu 16 peças de transição utilizando a soldagem SAW com arame tubular.

“Temos utilizado o arame tubular em sol-dagem a Arco Submerso por vários anos. Por isso, o procedimento não é uma novi-dade para nós”, diz Antero Tanska, gerente de Garantia da Qualidade. “Nenhum defeito foi encontrado nas soldas SAW. O arame tubular mostrou-se mais produtivo do que o arame sólido, em torno de 20 a 30%.

Os requisitos do regulamento russo para aço F36 são:

• Resistência de escoamento: 355MPa• Resistência à tração: 490-620MPa• Alongamento final: mínimo 21%• Resistência ao impacto:< 50mm: mín. 24J/transversal e mín. 34J/ longitudinal a -60oC> 50 < 70mm: mín. 27J/transversal e mín 41J/longitudinal a -60oC

Isso é significativo, particularmente na soldagem de chapas espessas de mais de 30mm, onde o uso de arame tubular deve ser considerado.”

Outros dados para a combinação são apresentados na tabela 2. As curvas de taxa de deposição para os arames tubular e sólido em soldagem SAW são apresen-tadas no gráfico 1. Os testes para os pro-cedimentos de soldagem foram realizados em conformidade com as normas EN ISO 15614-1. Eles foram realizados em chapa de 50 mm com chanfro em X e incluíram tração, dobramento, dureza e impacto. Os ensaios de impacto foram realizados tanto na superfície do primeiro lado solda-do quanto na área da raiz.

Sem exceção, os resultados dos ensaios de tração, dobramento e dureza facilmente atenderam a todo o conjunto de requisitos. Nos de impacto, os resul-tados de algumas amostras individuais da zona termicamente afetada da junta da raiz não atenderam aos requisitos, e os ensaios tiveram de ser repetidos (tabela 3). O novo ensaio utilizou uma temperatu-ra interpasse mais baixa e um menor calor aportado, alcançando assim resultados aceitáveis.

A Miilukangas Ky produz equipamen-tos e componentes para indústrias offsho-re, aço e papel, içando e movendo equi-pamentos e grandes estruturas de aço soldado. A empresa utiliza duas colunas para SAW, uma equipada com um sistema tandem (figura 7). Sob produção normal, a combinação para SAW é OK Autrod 12.22 + OK Flux 10.71 e, para maiores requeri-mentos de tenacidade, OK Autrod 13.27 + OK Flux 10.62.

Nesse projeto, o arame tubular foi utilizado pela primeira vez em soldagem a Arco Submerso. Foram produzidas peças de adaptação, e apenas a soldagem com um único arame foi utilizada, independen-te do fato de a empresa utilizar o processo tandem na soldagem de grandes peças tubulares pesadas.

“Os soldadores sempre perguntavam por que o processo tandem não estava sendo utilizado, já que eles realmente queriam utilizá-lo”, disse Juha Seppälä, gerente de Produção. “Por motivos de segurança, decidimos começar com a

 Soldagem a Arco Submerso

em andamento

Peça terminada saindo para o porto

para ser enviada à Vyborg

 

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Segmento Offshore

soldagem com arame único, porque não tínhamos experiência prévia com o arame tubular. No início, estávamos um pouco relutantes em utilizá-lo na produção, mesmo com os resultados positivos dos ensaios dos procedimentos de soldagem. Tudo foi bem-sucedido. Entretanto, para o próximo projeto da Vyborg, também realizaremos ensaios em tandem e com-praremos o arame em bobinas de 100kg.”

A Raahen Tevo Oy é especializada em usinagem e soldagem de equipamentos para as indústrias de aço, papel, química, naval e offshore – bem como na fabrica-ção de propulsores marinhos de até 7m de diâmetro. A empresa produziu tubos de 3 metros de diâmetro para o projeto Stockmann, calandradas a partir de cha-pas de metal em estruturas de cilindros, que foram soldadas nos tubos utilizando a combinação de arames OK Tubrod 14.04 e OK Autrod 13.27 + OK Flux 10.62. O tempo de produção foi reduzido com a criação de um portal de soldagem SAW, utilizado para soldar as juntas de topo da estrutura do cilindro em ambas as extremidades. O grau de precisão neces-sário para a soldagem das juntas foi de UT-100%+20% (medido por dois dispositi-vos e dois inspetores diferentes). O erro de solda foi mínimo.

“De todos os produtos da empresa (usinados, soldados, de superfície tratada e fundidos), mais da metade é fornecida para a indústria offshore. Por isso, os relató-rios de inspeção das diversas associações normativas tornaram-se muito familiares”, disse Teuvo Joensuu, gerente diretor.

As classificações para a combinação de arame OK Autrod 13.27 + OK Flux 10.62 estão em conformidade com as normas EN 756: S 46 7 FB S2Ni2 e AWS A5.23: F8A10-ENi2-Ni2/F8P10-ENi2-Ni2. Tradicionalmente, essa é a combinação mais comum na Finlândia para estruturas offshore, naval, vasos de pressão e de construção de pontes quando, por exem-plo, os requisitos de resistência de impac-to estão entre -40ºC e -60ºC.

Tabela 3: Um exemplo dos resultados dos testes de um dos procedimentos de

soldagem SAW (OK Tubrod 15.25S + OK Flux 10.62)

Tabela 4: Um exemplo do resultado dos ensaios de um lote da

OK Tubrod 15.25S + OK Flux 10.62

Ensaios de tração

1

2

Teste de desdobramento

Amostras de desdobramento de 4 lados

Ensaios de impacto

Metal de solda

Linha de fusão

Linha de fusão + 2mm

Linha de fusão + 5mm

Metal de solda

Linha de fusão

Linha de fusão + 2mm

Linha de fusão + 5mm

Ensaios de dureza

Metal de Base

ZTA

Metal de Solda

554MPa (BM)

554MPa (BM)

180º, sem defeitos

Superfície (J @ -60ºC)

81, 75, 94/83 (média)

209, 120, 253/194 (média)

243, 249, 215/236 (média)

247, 275, 297/273 (média)

Raiz (J @ -60ºC)

127, 112, 121/120 (média)

209, 239, 14/154 (média)

230, 37, 210/159 (média)

243, 245, 244/244 (média)

173-187 HV, 160-186 HV

188-212 HV, 189-225 HV

203-245 HV

Resultado

Composição química metal de solda

Propriedades mecânicas metal de solda

0,052% C

0,37% Si

1,34% Mn

2,21% Ni

0,017% P e 0,007% S

Resistência de escoamento: 477 MPa

Resistência à tração: 584 MPa

Alongamento: 29,3%

Resistência ao impacto @ -50ºC (J):

162, 165, 174* Juha Lukkari é o engenheiro regional de pro-duto da ESAB OY, Helsinki, Finlândia.

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ESAB Global

Soluções completas para a fabricação de torres eólicasTradução da Svetsaren, Revista da ESAB Global

A ESAB tem participação atuante no segmento de torres de energia eólica desde o seu início e vem respondendo constantemente

aos crescentes requisitos dele, ao ponto, de hoje, a maior parte das torres de energia eólica em operação ao redor do mundo ter sido fabricada com a sua tecnologia. Por todo o mundo, a empresa estabeleceu par-cerias com fabricantes de torres, estacas de fundação e peças de transição para serviços em terra, offshore ou no Ártico.

Os serviços da ESAB variam desde a readaptação de instalações de produção existentes até equipamentos turnkey para novas instalações. Neste artigo, apresenta-

mos uma estação completa para a solda-gem de juntas circunferenciais em seções de torres eólicas – com muitas inovações – projetada para oferecer elevada produti-vidade. Isso é importante não apenas para a indústria de torres eólicas, mas também para a fabricação de quaisquer objetos de grande diâmetro com soldas circunferen-ciais e longitudinais. A instalação conta com inovações que levam a uma maior produti-vidade de soldagem:

• A revolucionária coluna telescópica da ESAB – Telbo™ com economia de espaço.

• Os carretéis de grande volume de arames com 1000kg EcoCoil™.

• O novo BigBag de 1000kg com prote-ção contra absorção de umidade para o fluxo.

Telbo™A exclusiva coluna telescópica Telbo™

da ESAB requer um espaço significati-vamente menor devido ao seu exclusivo sistema de retração da lança em três seções de forma telescópica. Todas as três seções são sincronizadas para garantir um movimento estável por toda a extensão. Oferecendo flexibilidade para o projeto da planta, a Telbo™ pode economizar um espaço valioso de trabalho e reduzir con-sideravelmente os custos do investimento em edificação, aquecimento, iluminação etc. Dois tamanhos padronizados estão disponíveis: Telbo™ 6.500, com faixa de percurso de 6,5 metros e alcance máximo de 8 metros; ou Telbo™ 9.500, com faixa de percurso de 9,5 metros e alcance ótimo de 12 metros. Além da capacidade de carga da extremidade da lança de 500kg, ao utilizar o Telbo™, a produção torna-se mais flexível, mesmo quando for necessá-rio soldar peças de tamanhos diferentes. Consequentemente, os tempos de pausa são dramaticamente reduzidos.

Coluna telescópico com economia de espaço da ESAB – TelboTM

 

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ESAB Global

Vale salientar que existe uma clara van-tagem na capacidade de se utilizar uma cabeça de solda tandem com carretéis de arame de 100kg montados frontalmente, garantindo uma qualidade de solda ainda mais consistente. O operador tem fácil acesso ao sistema de controle PLC com-pletamente integrado, podendo controlar facilmente as operações de soldagem a partir da plataforma de trabalho. Esse con-trole inclui um modem para todas as fun-ções de comunicação externa – incluindo o processo de solda – e para o suporte online rápido e preciso da ESAB. O rastreamento de juntas pode ser precisamente controlado utilizando-se uma câmera de supervisão de soldagem, que reproduz a junta em um monitor na plataforma.

Carretéis de arame de grande volume EcoCoil™

Em muitas configurações de soldagem, os carretéis convencionais de 30kg podem ser substituídos pelos de grande volume EcoCoil™, o que reduz o número de trocas de carretel por um fator de 33. Além disso, o material de embalagem é reduzido ao mínimo, enquanto oferece ainda proteção total contra a umidade e o acúmulo de poei-ra durante o transporte. Todos os materiais da embalagem são completamente reciclá-veis. Já que esta é uma embalagem de uso único, não há necessidade de uma logística de devolução.

Os custos para o suporte de debobi-namento/mesa giratória são logo compen-sados pela economia de tempo na troca de carretéis e, a partir daí, começam as economias.

A novidade no mercado é o BigDrum™ Octogonal ecológico de 350kg, para ara-mes de diâmetro de 2,5mm a 5mm. Ele é adequado para clientes que exigem trocas frequentes de arame, preferem ter um peso menor por embalagem ou precisam que o pacote inteiro de arame seja protegido contra poeira ou umidade.

O BigDrum™ Octogonal da ESAB foi baseado na capa externa do Marathon PacTM – mas com um tubo interno. A emba-lagem é feita de papelão, podendo ser des-cartada como papel reciclável. O BigDrum™ Octogonal precisa ser colocado em uma mesa giratória durante o debobinamento.

As novas embalagens BigBags prote-gidas contra umidade possuem bico de descarga muito bem definido, que pode ser fechado durante a saída do fluxo. Para que os clientes possam utilizar fluxos sem seca-gem prévia, a ESAB equipou os BigBags com um revestimento de alumínio que protege seguramente o fluxo da umidade, mesmo em climas hostis, como na região equatorial. O BigBag é totalmente reciclável.

Fluxo OK Flux 10.72 de renome mundial para

soldagem a Arco Submerso em torres de energia eólica

O fluxo OK Flux 10.72 é um fluxo bási-co aglomerado, destinado à produção de torres eólicas. Ele combina as elevadas exigências da soldagem de seções espes-sas de múltiplas camadas, utilizando altas taxas de deposição com valores de tenaci-dade satisfatória até -50°C, quando com-binadas com um arame, padrão não ligado para SAW. Ele também é utilizado para procedimentos em um único arame ou múltiplos, como a soldagem tandem, arco twin e tandem-twin, e funciona bem tanto em corrente contínua quanto em alterna-da. A excelente remoção de escória em juntas V estreitas permite que o ângulo da junta seja reduzido. Para aplicação do OK Flux 10.72, não existe limitação quanto à espessura do metal de base a ser soldado.

 EcoCoil ESAB

BigBag

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Correio Técnico

A soldagem está presente no pro-cesso de fabricação de uma grande variedade de equipa-mentos. Uma das preocupações

da indústria é a garantia total de seus produ-tos, o que, logicamente, contempla a etapa de fabricação de uma junta soldada.

Com a necessidade das empresas por melhoria em produtividade e qualidade, surgiram as demandas de criação de pro-cedimentos, tabelas e outras informações operacionais úteis no planejamento e na execução de aplicações básicas de solda-gem de união. Essa padronização foi então documentada em normas e códigos espe-cíficos, elaborados a partir da experiência acumulada e do conhecimento técnico de grupos reguladores governamentais, produ-tores e representantes de consumidores.

As normas cobrem as mais variadas etapas de soldagem: memória de cálculo de projetos, qualificação de procedimentos e soldadores, especificação de material, entre outros. Para diversas aplicações, as normas e códigos relevantes exigem que a forma de executar uma solda seja qualificada de tal modo que atenda aos requisitos de projeto e da fabricação. Esse processo visa a garantir a qualidade da execução e a reprodutibilida-de do procedimento e a manter um registro para controle de processo e eventual deter-minação de rastreabilidade.

Veja alguns exemplos de códigos que dizem respeito à soldagem na fabricação em diversos segmentos de mercado:

• AWS D1.1 Structural Welding Code – Stell (construção de estruturas soldadas de aço carbono e baixa liga).

• API Standard 1104 Standard for Welding

Pipelines and Related Facilities (construção de tubulações e dutos).

• ASME VIII – Division 1, Rules for construction of pressure vessels (constru-ção de vasos de pressão).

• DNV-OS-C401 Fabrication and Testing of Offshore Structures (fabricação de estru-turas offshore).

• Petrobras N-0279 Fabricação e Mon-tagem de Estruturas Metálicas.

Para diversas aplicações, as normas relevantes exigem, antes da execução da soldagem de produção, a preparação e a qualificação das especificações dos proce-dimentos que serão adotados para sua exe-cução (MODENESI, 2000).

Para isso, corpos de prova devem ser preparados e soldados de acordo com a EPS (Especificação de Procedimento de Soldagem).

Especificação de Procedimento de Soldagem

(EPS)A EPS é o documento que produz o

status técnico do fabricante e fornece as di-reções para o soldador ou operador de sol-dagem na execução de soldas de produção, de acordo com as exigências regulamenta-res e especificações do projeto (ASME IX, 2010). Ou seja, são documentos que con-têm todos os parâmetros que devem ser adotados durante a produção de uma peça. Esses requisitos são ordenados e discrimi-nados em forma de variáveis e fazem parte direta do processo de fabricação.

Uma EPS aplicada em uma linha de pro-dução deve antes ser qualificada. Isso tem o

A importância da ePS do ponto de vista normativo

Soldagem e normas de fabricação

Leopoldo Augusto Xavier TorresProcess Centre

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Correio Técnico

objetivo de assegurar os requisitos solicita-dos pela norma ou estabelecidos em contra-to para a realização de soldas tecnicamente adequadas. Para tanto, são retirados corpos de prova de amostras soldadas, de forma a simular uma condição industrial. Em seguida, eles serão testados, e os resultados (com base nos requisitos de aceitação da norma ou contrato), aprovados ou rejeitados.

Os ensaios utilizados são exigências das normas consideradas e da aplicação do equipamento/estrutura. Existem diver-sos testes para a qualificação de uma EPS, entre eles:

• Ensaio de tração.• Ensaio de impacto.• Ensaio de dobramento.• Ensaio de filete.• Radiografia.• Ensaio de dureza etc.Cada corpo de prova é retirado de

forma padronizada, em quantidades pré--estabelecidas, conforme especificado pelo

código aplicável – figura 1. O documento que suporta a EPS com os resultados dos ensaios realizados é a RQPS (Registro de Qualificação de Procedimento de Solda-gem). Usualmente, ambos os documentos são arquivados pelo sistema de qualidade da empresa fabricante, e no ambiente fabril são utilizadas cópias da EPS.

VariáveisAs variáveis de um processo são regis-

tradas conforme solicitação e irão influenciar diretamente nas propriedades da junta sol-dada. Entre elas:

• Configuração da junta.• Material de base.• Material de adição.• Posição de soldagem.• Pré e pós-aquecimento.• Gás de proteção.• Técnica de soldagem.• Corrente, tensão e velocidade de soldagem etc.

Figura 1 – Exemplo de corpo de prova soldado para qualificação de EPS e locais de retirada dos corpos de prova para cada tipo de ensaio mecânico. (Elaborado pelo autor)

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Correio Técnico

Essas variáveis são comumente subdividi-das em três grupos, cada qual apresentando características próprias por tipo de processo escolhido para execução das atividades e pela norma aplicada (ASME IX, 2010):

• Variáveis essenciais: São todas aque-las que influenciam diretamente as proprieda-des mecânicas e metalúrgicas de uma junta soldada. Quando há a necessidade de se revisar alguma dessas variáveis, obrigatoria-mente, deve-se qualificar novamente a EPS.

• Variáveis não essenciais: São as que não têm impacto direto nas proprieda-des mecânicas e metalúrgicas de uma junta

soldada. Pode-se realizar a revisão do do-cumento da EPS sem a sua requalificação.

• Variáveis suplementares: São vari-áveis que somente serão consideradas em uma EPS quando existir a solicitação de en-saios de tenacidade da junta soldada, seja por necessidade de projeto ou por norma. Quando solicitadas, possuem o mesmo peso das essenciais e, analogamente, obri-gam à requalificação da EPS, caso haja a revisão de alguma delas.

Abaixo, um exemplo típico de EPS com as variáveis comumente aplicáveis em um processo de soldagem.

Outros

F aixa de es pes s ura Metal de B as e:

S im: Não:

ou / or

E s peci�cação T ipo e G rau:

P N°.:

ou / or

Anális e Química:

C om Anális e Química:

Outros / Other:

C hanfro / G roove:Ângulo / F illet:

EPS Nº: 002

Especificação de Procedimento de Soldagem

Tipo de Material do B acking:

P or:

G r N°.: P N°.:

ME TAIS DE B AS E

T olerância para des alinhamento : xx mm (máx)

J UNT AS / J OINT S (QW -402)

B acking:

P roces s o(s ) de S oldagem: S MAW

Data:S uportado pelo(s ) R QP S Nº(s ):

E mpres a

DAT A: DAT A:

C hanfro:

Ângulo:

T ipo:(Manual, Automatico, S emi-automatico e Mecanizado)

SAW

A junta a s er s oldada deverá es tar is enta de óleo, s ujeira, oxidação e materiais contaminates . C uidado es pecial no armazanamento e manus eio para evitar contaminação.

C OM

Tipo de J unta: J unta de Topo

DAT A: DAT A:

E s peci�cação N° / S pec. N°:C las s i�cação AW S N° / AW S N° (C las s ):F - N°:

Ins petor/T écnico res pons ável C ontrole de Qualidade C las s i�cadora C liente

Tipo de F luxo:

Diâmetro cons umível / S ize of �ller metals :T ipo de cons umível / F iller metal product form:

Marca C omercial / Trade Name:

F aixa de es pes s ura / Thicknes s range:

A - N°:

P ode ser utilizado o verniz protetor de chanfro

SMAW

C om E s peci�cação T ipo e G rau:

G r N°.:

ME TAL DE ADIÇ ÃO

F abricante / Manufacturer:

F olha: 1/2R ev: 00Data / Date: xx/xx/12

Norma:

Tipo de �uxo / F lux type:

O local de s oldagem deve s er organizado e abrigado do vento e de chuva.

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Correio Técnico

AMERICAN SOCIETY FOR MECHANICAL ENGINEERS, Boiler & Pressure Vessel Code. ASME VIII Division 1, Rules for construction of pressure vessels. 2010 Edition. New York, USA: ASME, 2010.

AMERICAN SOCIETY FOR MECHANICAL ENGINEERS, Boiler & Pressure Vessel Code. ASME IX Qualification standard for welding and brazing procedures, welders,

brazers, and welding and brazing operators. 2010 Edition. New York, USA: ASME, 2010.

MARQUES, Paulo Villane; MODENESI, Paulo José; BRACARENSE, Alexandre Queiroz. Soldagem – fundamentos e tecnologia. 3. ed. Atualizada. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2009.

5G

P as s e S imples ou mútiplo:

Martelamento:

Acabamento

Dis tância entre eletrodos :

T emperatura de interpas s e:

Des c.As c.

F aixa de corrente:

Modo de trans ferência para MIG :

E nchimento

V E LOC IDADE DE AV ANÇ O /

T R AV E L S P E E D

Diâmetro do B ocal:

Vazão

DAT A: DAT A: DAT A:

C liente

DAT A:

Ins petor / T écnico res pons ável

EPS Nº: 002

E letrodo de tungs tênio tipo e diâmetro:

F aixa de tens ão:

C AR AC T E R ÍS T IC AS E LÉ T R IC AS

C orrente C A ou C C :

Manuntenção do P ré-aquecimento:

P rogres s ão de S oldagem:

C las s i�cadoraC ontrole de Qualidade

R aiz

Dia (mm)

Velocidade de avanço:

OUT R OS / OT HE R :P R OC E S S O /

P R OC E S SP AS S E /

W E LD P AS SC LAS S IF IC AÇ ÃO / C LAS S IF IC AT ION

Os cilação:

Dis tância do bico de contato a peça:

Velocidade de alimentação de arame:

Método de goivagem:

T IP O DE C OR R E NT E E P OLAR IDADE /

C UR R E NT T Y P E AND P OLAR IT Y

C OR R E NT E / AMP S

T E NS ÃO / V OLT S

Limpeza inicial e interpas s es :

T É C NIC A / T E C HNIQUE

P urga:

V ide tabela

P R É -AQUE C IME NT O G ÁS

T axa de aquecimento:T axa de res friamento:

Especificação de Procedimento de Soldagem

G ás adicional:

P OS IÇ ÕE S T R AT . T E R MIC O AP ÓS S OLDAG E M

P os içoes em C hanfro: F aixa de temperatura:

Inicio de controle:

G ás de proteção:

G ás

C ompos ição: T emperatura de pré-aquecimento:

E letrodo s imples ou múltiplo:

F olha: 2/2R ev: 00Data / Date: xx/xx/12

P as s e es treito ou pas s e os cilante:

V ide tabela

P olaridade:

P os ições em Ângulo: T empo de tratamento:

Bibliografia

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Aprendizado além das quadras

Preto e Amarelo

A busca por talentos esportivos e a preocupação em reforçar o desenvolvimento técnico e humano dos atletas sempre

foram tradição no Minas Tênis Clube. Com 76 anos de existência e inserção nos cená-rios nacional e mundial, o clube está con-solidado como celeiro de talentos de diver-sas modalidades esportivas, contando com infraestrutura de ponta para treinos e com-petições, e também suporte administrativo eficiente para os departamentos esportivos.

Consciente da importância de aprimorar e desenvolver atletas, bem como contribuir para a sua formação cidadã, o Minas Tênis Clube desenvolve diversos projetos sociais destinados a crianças e jovens. Desde 2007, já foram aprovados mais de nove pro-

jetos sociais da instituição, que impulsionam e estimulam a formação de atletas por meio da Lei de Incentivo ao Esporte (Lei Federal 11.438/06). São ações que buscam inserir crianças e adolescentes com potencial no mundo do esporte e desenvolver em cada uma deles valores como disciplina, deter-minação, união e respeito, essenciais para o crescimento dentro e fora das quadras.

Um dos projetos é o Formação e Desenvolvimento de Atletas por Meio da Integração das Ciências do Esporte, que está em seu quinto ano e capta crianças e adolescentes de todo o país. Os jovens selecionados recebem moradia, acompa-nhamento nutricional e escolar, além de serem avaliados e analisados durante todo o processo de treinamento. Cerca de mil

Projeto do Minas Tênis Clube seleciona jovens atletas para as categorias de base e os transforma em cidadãos conscientes e preparados para a vida

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Preto e Amarelo

*Dados do Relatório de Conclusão, produzido pelo Minas Tênis Clube, com balanço do trabalho entre março e dezembro de 2011.

964 atletas atendidos.

Destes, 110 vieram de 20 Estados brasileiros.

96 atletas, considerados carentes, tiveram a oportunidade de receber formação plena como cidadão/atleta.

377 atletas, com idades entre 6 e 23 anos, praticam natação, a modalidade mais procurada.

61 empresas apoiam o projeto.

Projeto em números*

atletas das categorias de base do Minas Tênis Clube das modalidades vôlei (mascu-lino e feminino), basquete, futsal, ginástica (trampolim e artística), tênis, basquete e judô estão sendo beneficiados com as ações do projeto.

De acordo com o analista de negócios e marketing do Minas Tênis Clube, Erich Hernandes, o apoio das empresas aos atletas das categorias de base do clube é fundamental para o andamento do projeto. “Por meio da captação de recursos é que conseguimos auxiliar os jovens em sua evolução”, ressalta o analista. Ele explica que o projeto vai além das quadras. “Pode ser que o atleta não seja de ponta e não

siga a carreira esportiva, por isso, devemos prepará-lo para a vida, independente de qual caminho irá seguir”, completa.

ParceriaA Lei de Incentivo ao Esporte permite

às empresas destinarem 1% do Imposto de Renda aos projetos aprovados pelo Minis-tério dos Esportes. A ESAB é uma das 61 empresas que apoiam o projeto por meio da lei. Além de contribuir para o bom desem-penho e o preparo dos atletas nos treina-mentos e competições, a parceria com o Minas Tênis Clube possibilita à empresa fazer parte da evolução e do desenvolvi-mento esportivo de Minas e do Brasil.

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Page 64: #17 2013 - ESAB€¦ · Prefácio Comunicação (31) 3292-8660 – prefacio.com.br • Coordenação editorial Celuta Utsch ... Construção de plataformas offshore com qualidade

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