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Introdução à Sagrada Escritura Livros Proféticos

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Introdução à Sagrada Escritura

Livros Proféticos

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Um olhar amploIsrael não é o único povo que confessa ter um modo de acesso aos planos da divindade, embora nem todo acesso a esses planos tenha características proféticas. Buscou-se, muitas vezes, paralelismo entre o profetismo e o êxtase, a adivinhação ou magia; provavelmente, porque se viu no profeta a única figura da religião israelita que poderia ter alguma característica do “feiticeiro da tribo”.

Os próprios hebreus reconheceram o fato prófetico fora dos ambitos de sua própria religião e cultura, a prova disto é a assombrosa figura de Balaão, moabita que pronuncia oráculos do Senhor.

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Buscando uma origemAs grandes descobertas sobre o mundo egípcio, fez com que alguns especialistas chegassem a pensar que o profetismo havia nascido no Egito.

Todavia, a profecia bíblica, segundo outros especialistas, teria maiores afinidades com as correntes siro-mesopotâmicas do que com a egípcia.

As grandes civilizações deixaram inumeráveis vestígios de magia e adivinhação, mas não atingiram um nível mais elevado que se permita usar o termo profecia. Entretanto há uma figura chamada “mahhû”, onde suas atividades registrada nos arquivos reais de Mari, se aproximam muito do profetismo israelita.

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Vocabulário e EtimologiaA palavra “profeta” tem origem grega (através do latim propheta). Pro-Phetes significa “falar em vez de”, “ser porta voz de” ou também “falar diante de alguém”. “falar em voz alta”. É utilizada frequentemente na versão grega do Novo Testamento.

No texto hebraico do Antigo Testamento, corresponde normalmente a palavra “nabî”, mas também se traduz por outros vocabulários: “hozeh” (vidente); “roeh” (vidente”; além dessas designações, são usadas outras denominações como “homem de Deus” ou “visionário”. Nabî significa “chamar”, “convocar”, “anunciar”.

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Uso do VocabulárioAntes da entrada na terra prometida, somente três pessoas são chamadas de nabi no Pentateuco. Araão como porta voz de Moises, e Maria (irmãs de Moises) quando etoa o hino de vitória. Além desses dois, o próprio Moises (Dt 18, 9-22).

Na terra prometida, com a conquista da terra, o uso de nabi adquire toda a sua complexidade e se torna algo mais habitual. Avançando os anos na terra prometida, surge alguns grupos profeticos que recebem o nome de nebiim ou benê hannebiin.

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Grupos Proféticos

Antes da monarquia unificada; num primeiro momento, parece prodominar dentro do mundo profético o funcionamento em grupo. Utilizavam normalmente a musica como meio para entrar em extase. Não pronunciam palavras inteligiveis ou que valesse a pena ter-se conservado; neles se descobrem a atuação do Espirito do Senhor, contudo, tudo isto é um fenômeno típico dos profetas de Baal, talvez por isso eles são vistos com desprezo em certos ambientes.

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Grupos ProféticosDurante a monarquia; estes grupos perduraram até depois da monarquia, alguns claramente como profetas de Baal, outros integrados plenamente a religião de Israel. Neles predomina o espirito “que está em sua boca”, eles pulavam e brincavam, mas através deles, se esperava uma resposta de Deus.

Com este grupo se relacionaram Elias e Eliseu, Vivem junto e organizam a vida em torno de um mestre, a quem chama de “pai”. Certamente, estes grupos foram muito importante para a sobrevivência do javismo e para a história do profetismo. Entre eles deve ter aparecido pela primeira vez a frase “ser profeta”, isto é, falar em nome do Senhor.

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O profetaNa monarquia unificada; Gad e Natã são personagens que atuam sozinho e não em grupos. Gad é chamado, também, de vidente e há três aspectos de atuações principais: certa relação com o culto; função de conselheiro real; e palavras de condenação ao rei. O mesmo se poderia falar de Natã, que tem em 2Sm 7, sua profecia mais significativa.

Nesta época, os profetas são aqueles personagens da corte, não obstante, conservam uma certa distancia e liberdade de palavra em relação à pessoa do rei para aconselhá-lo e repreendê-lo.

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O profeta

Durante a monarquia dividida; É a época do chamado “profetismo clássico”. Uma série de nome célebre se destaca nessa época, dentre eles Isaias e Jonas. São pessoas por meio do qual se pode consultar o Senhor, mas não estão só à disposição do rei, mas de qualquer um. Eles não vivem na corte, mas influenciam com seus oráculos.

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O profeta

Os profetas posteriores; É na época da monarquia dividida que se dá o inicio do fenômeno profetico no sentido mais estrito, aquele ao qual os judeus utilizam a denominação de “profeta posteriores”.

De fato, não acabaram os grupos profeticos, nem os profetas individuais, mas é nessa época que aparece aqueles homens a quem designamos propriamente de profetas, de quem conhecemos coleções de ditos, presente nos livros que levam o seu nome.

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Profetas Anteriores e Posteriores

O ponto de mudança entre os profetas “anteriores” e “posteriores” está em Amós.

a) Os “anteriores” na tradição judaica são livros historiográficos, enquanto os “posteriores” são livros com nome de pessoas.

b) Os livros historiográficos contem narrações esporádicas sobre alguns profetas, enquanto os outros são coleções sistemáticas de narrações e oráculos.

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Profetas Anteriores e Posteriores

c) Os primeiros costumam responder questões individuais e concretas, enquanto os do segundo grupo falam a todo o povo sobre “o final”, sobre o castigo definitivo, e sobre a esperança após o castigo, intervindo mesmo que não lhe peça a sua opinião.

d) Os profetas anteriores pregam em virtude da interpretação religiosa do momento, enquanto os posteriores contêm quase todas as tradições importantes de Israel e as modificam na medida necessária para fundamentar a sua pregação.

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Relatos de Vocação

Os relatos de vocação podem ser apresentados sob dois aspectos: narrações bibliográficas ou autobiográficas.

Os relatos de vocação podem ser datados num determinado momento da vida do profeta, antecipando o inicio de sua missão, pois eles a explicam.

Com algumas variantes, podemos distinguir s seguintes partes num relato de vocação profética: Manifestação divina; Palavra introdutória; Missão; Objeção; Confirmação; Sinal.

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Relatos de Vocação

Manifestação divina: expressa que Deus irrompe na vida do profeta; não se trata da presença habitual, mas experimenta isto no transcorrer dos fatos.

A palavra introdutória: apresenta o aspecto pessoal da comunicação estabelecida, não se trata de algo anônimo ou casual.

Na vocação se recebe a missão: que se expressa num imperativo, a missão de porta-voz, embaixador, etc. não pode apropriar-se de nada para si mesmo, vem de outro e se experimenta como decisiva

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Relatos de Vocação

A objeção: não se trata de uma falsa humildade, mas expressa em primeiro lugar a liberdade do enviado; a objeção é o primeiro sinal do oficio de mediador que todo profeta tem.

Confirmação e Sinal: estes constituem a resposta de Deus a objeção real; a confirmação vale somente para o profeta (“eu estou contigo”); o sinal que as vezes se oferece não busca satisfazer a curiosidade pessoal do profeta nem do público, mas constitui a credencial publica do profeta.

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Dinâmica do Profetismo“Vê! Eu te constituo, hoje, sobre as nações e sobre os reinos, para arrancar e para destruir, para exterminar e para demolir, para construir e para plantar.” (Jr 1, 10)

O dinamismo próprio do profetismo é o Anúncio e Denúncia . Para poder anunciar e denunciar, o profeta tinha um duplo quadro de referências:

[1] Uma experiência profunda de Deus. Não de qualquer Deus, mas do Senhor, o Deus que está no meio do povo, o Deus libertador, o Deus vivo e verdadeiro, criador de Céu e da Terra. [2] Uma experiência profunda da realidade do povo. Não de qualquer povo, nem do povo em geral, mas do povo enquanto chamado a ser povo de Deus.

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O Verdadeiro e o Falso ProfetaPara se averiguar a autenticidade das profecias, consequentemente do profeta, aquilo que fosse proclamado deveria ser realizado.

A presença e atuação de Deus na história, junto com a voz dos profetas que as interpretam, forma a palavra completa de Deus e constitui a sua revelação. As intervenções de Deus sem a voz dos profetas permanece mudas. As vozes dos profetas sem as intervenções são vazias.

O sentido mais profundo do profetismo de Israel: um Deus que fala ao seu povo por meio de seus profetas e um profeta que fala aos seus irmãos por meio das obras de Deus.