185585015 Apostila Disturbios de Aprendizagem Uniamericas

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UNIVERSIDADE DAS AMÉRICAS-UNIAMERICAS DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM 1 Unidade Fortaleza: Av. Dom Luís 300 | 2° Piso Shopping Avenida Telefones: (85) 3433-5476 | TIM 9605-7024 | OI 8948-5500 Distúrbios de Aprendizagem Professora: Antônia Josilene Pinheiro Rocha Mestranda em Ciências da Educação [email protected] 1 INTRODUÇÃO O Transtorno de Aprendizagem é a inabilidade específica na leitura, na expressão escrita ou na matemática em indivíduos que apresentam resultado abaixo do esperado para seu nível de desenvolvimento, escolaridade capacidade intelectual. ( American Psychiatric Association, 1994 ). Os Transtornos de Aprendizagem afetam a habilidade da pessoa de falar, escutar, ler, escrever, soletrar, pensar, recordar, organizar informações ou aprender a matemática. Os transtornos de aprendizagem não podem ser curados. Duram para a vida toda. De acordo com a definição estabelecida em 1981 pelo National Joint Comittee for Learning Disabilities (Comitê Nacional de Dificuldades de Aprendizagem), nos Estados Unidos da América, Distúrbio de aprendizagem é um termo genérico que se refere a um grupo heterogêneo de alterações manifestas por dificuldades significativas na aquisição e uso da audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas. Estas alterações são intrínsecas ao indivíduo e presumivelmente devidas à disfunção do sistema nervoso central. Apesar de um distúrbio de aprendizagem poder ocorrer concomitantemente com outras condições desfavoráveis (por exemplo, alteração sensorial, retardo mental, distúrbio social ou emocional) ou influências ambientais (por exemplo, diferenças culturais, instrução insuficiente/inadequada, fatores psicogênicos), não é resultado direto dessas condições ou influências. Collares e Moysés, 1992: 32). A Dificuldade de Aprendizagem está relacionada a vários fatores como: Fatores Emocionais; Fatores Orgânicos; Fatores Específicos; Fatores Ambientais.

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    Distrbios de Aprendizagem

    Professora: Antnia Josilene Pinheiro Rocha Mestranda em Cincias da Educao

    [email protected]

    1 INTRODUO

    O Transtorno de Aprendizagem a inabilidade especfica na leitura, na

    expresso escrita ou na matemtica em indivduos que apresentam resultado

    abaixo do esperado para seu nvel de desenvolvimento, escolaridade capacidade

    intelectual. ( American Psychiatric Association, 1994 ).

    Os Transtornos de Aprendizagem afetam a habilidade da pessoa de falar,

    escutar, ler, escrever, soletrar, pensar, recordar, organizar informaes ou

    aprender a matemtica. Os transtornos de aprendizagem no podem ser curados.

    Duram para a vida toda.

    De acordo com a definio estabelecida em 1981 pelo National Joint

    Comittee for Learning Disabilities (Comit Nacional de Dificuldades de

    Aprendizagem), nos Estados Unidos da Amrica, Distrbio de aprendizagem um

    termo genrico que se refere a um grupo heterogneo de alteraes manifestas

    por dificuldades significativas na aquisio e uso da audio, fala, leitura, escrita,

    raciocnio ou habilidades matemticas. Estas alteraes so intrnsecas ao

    indivduo e presumivelmente devidas disfuno do sistema nervoso central.

    Apesar de um distrbio de aprendizagem poder ocorrer concomitantemente com

    outras condies desfavorveis (por exemplo, alterao sensorial, retardo mental,

    distrbio social ou emocional) ou influncias ambientais (por exemplo, diferenas

    culturais, instruo insuficiente/inadequada, fatores psicognicos), no resultado

    direto dessas condies ou influncias. Collares e Moyss, 1992: 32).

    A Dificuldade de Aprendizagem est relacionada a vrios fatores como:

    Fatores Emocionais;

    Fatores Orgnicos;

    Fatores Especficos;

    Fatores Ambientais.

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    Deve-se considerar tambm aspectos psquicos, que em muitos casos so

    responsveis pelo baixo rendimento escolar. A aprendizagem depende basicamente da motivao. Muitas vezes o que

    se chama de dificuldade de aprendizagem basicamente "dificuldade de ensino".

    Cada indivduo aprende de uma forma diferente, conforme seu canal perceptivo

    preferencial. Quando o que lhe ensinado no o motiva suficientemente, ou lhe

    chega de forma diferente de seu canal preferencial (de acordo com o canal

    preferencial de quem lhe ensina), ento a compreenso ou o aprendizado no se

    completa.

    A Organizao Mundial da Sade (CID 10, 1993, p. 237) define

    transtornos de aprendizagem como sendo:

    grupos de transtornos manifestados por comprometimentos especficos e significativos no aprendizado de habilidades escolares. Estes comprometimentos no aprendizado no so resultados diretos de outros transtornos (tais como retardo mental, dficits neurolgicos grosseiros, problemas visuais ou auditivos no corrigidos ou perturbaes emocionais) embora eles possam ocorrer simultaneamente em tais condies.

    A massificao do ensino tem contribudo muito ao aparecimento e

    aumento dos "distrbios de aprendizagem".

    Quando a aprendizagem no se desenvolve conforme o esperado para a criana,

    para os pais e para a escola ocorre a "dificuldade de aprendizagem".

    necessrio a identificao do problema, esforo, compreenso, colaborao e

    flexibilizao de todas as partes envolvidas no processo: criana, pais,

    professores e orientadores.

    2 DISCALCULIA

    A matemtica para algumas crianas ainda um bicho de sete cabeas.

    Muitos no compreendem os problemas que a professora passa no quadro e

    ficam muito tempo tentando entender se para somar, diminuir ou multiplicar; no

    sabem nem o que o problema est pedindo. Alguns, em particular, no entendem

    os sinais, muito menos as expresses. Contas? S nos dedos e olhe l. Em

    muitos casos o problema no est na criana, mas no professor que elabora

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    problemas com enunciados inadequados para a idade cognitiva da criana.

    Carraher afirma que:

    Vrios estudos sobre o desenvolvimento da criana mostram que termos quantitativos como mais, menos, maior, menor etc. so adquiridos gradativamente e, de incio, so utilizados apenas no sentido absoluto de o que tem mais, o que maior e no no sentido relativo de ter mais que ou ser maior que. A compreenso dessas expresses como indicando uma relao ou uma comparao entre duas coisas parece depender da aquisio da capacidade de usar da lgica que adquirida no estgio das operaes concretas...O problema passa ento a ser algo sem sentido e a soluo, ao invs de ser procurada atravs do uso da lgica, torna-se uma questo de adivinhao (2002, p. 72).

    No entanto, em outros casos a dificuldade pode ser realmente da criana e

    trata-se de um distrbio e no de preguia como pensam muitos pais e

    professores desinformados.

    Em geral, a dificuldade em aprender matemtica pode ter vrias causas.

    De acordo com Johnson e Myklebust, terapeutas de crianas com desordens e

    fracassos em aritmtica, existem alguns distrbios que poderiam interferir nesta

    aprendizagem:

    2.2 Distrbios de memria auditiva:

    A criana no consegue ouvir os enunciados que lhes so passados

    oralmente, sendo assim, no conseguem guardar os fatos, isto lhe incapacitaria

    para resolver os problemas matemticos.

    Problemas de reorganizao auditiva: a criana reconhece o nmero quando

    ouve, mas tem dificuldade de lembrar do nmero com rapidez.

    2.3 Distrbios de leitura: Os dislexos e outras crianas com distrbios de leitura apresentam dificuldade

    em ler o enunciado do problema, mas podem fazer clculos quando o problema

    lido em voz alta. bom lembrar que os dislexos podem ser excelentes

    matemticos, tendo habilidade de visualizao em trs dimenses, que as

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    ajudam a assimilar conceitos, podendo resolver clculos mentalmente mesmo

    sem decompor o clculo. Podem apresentar dificuldade na leitura do problema,

    mas no na interpretao.

    Distrbios de percepo visual: a criana pode trocar 6 por 9, ou 3 por 8 ou 2

    por 5 por exemplo. Por no conseguirem se lembrar da aparncia elas tm

    dificuldade em realizar clculos.

    2.4 Distrbios de escrita: Crianas com disgrafia tm dificuldade de escrever letras e nmeros.

    Estes problemas dificultam a aprendizagem da matemtica, mas a discalculia

    impede a criana de compreender os processos matemticos.

    A discalculia um dos transtornos de aprendizagem que causa a

    dificuldade na matemtica. Este transtorno no causado por deficincia

    mental, nem por dficits visuais ou auditivos, nem por m escolarizao, por

    isso importante no confundir a discalculia com os fatores citados acima.

    O portador de discalculia comete erros diversos na soluo de problemas

    verbais, nas habilidades de contagem, nas habilidades computacionais, na

    compreenso dos nmeros. Kocs (apud Garca, 1998) classificou a discalculia

    em seis subtipos, podendo ocorrer em combinaes diferentes e com outros

    transtornos:

    Discalculia Verbal - dificuldade para nomear as quantidades matemticas,

    os nmeros, os termos, os smbolos e as relaes.

    Discalculia Practognstica - dificuldade para enumerar, comparar e

    manipular objetos reais ou em imagens matematicamente.

    Discalculia Lxica - Dificuldades na leitura de smbolos matemticos.

    Discalculia Grfica - Dificuldades na escrita de smbolos matemticos.

    Discalculia Ideognstica Dificuldades em fazer operaes mentais e na

    compreenso de conceitos matemticos.

    Discalculia Operacional - Dificuldades na execuo de operaes e

    clculos numricos.

    Na rea da neuropsicologia as reas afetadas so:

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    reas tercirias do hemisfrio esquerdo que dificulta a leitura e compreenso

    dos problemas verbais, compreenso de conceitos matemticos;

    Lobos frontais dificultando a realizao de clculos mentais rpidos, habilidade

    de soluo de problemas e conceitualizao abstrata.

    reas secundrias occpito-parietais esquerdos dificultando a discriminao

    visual de smbolos matemticos escritos.

    Lobo temporal esquerdo dificultando memria de sries, realizaes

    matemticas bsicas.

    De acordo com Johnson e Myklebust a criana com discalculia incapaz de: Visualizar conjuntos de objetos dentro de um conjunto maior;

    Conservar a quantidade: no compreendem que 1 quilo igual a quatro

    pacotes de 250 gramas.

    Seqenciar nmeros: o que vem antes do 11 e depois do 15 antecessor e

    sucessor.

    Classificar nmeros.

    Compreender os sinais +, - , , .

    Montar operaes.

    Entender os princpios de medida.

    Lembrar as seqncias dos passos para realizar as operaes matemticas.

    Estabelecer correspondncia um a um: no relaciona o nmero de alunos de

    uma sala quantidade de carteiras.

    Contar atravs dos cardinais e ordinais.

    Os processos cognitivos envolvidos na discalculia so: Dificuldade na memria de trabalho;

    Dificuldade de memria em tarefas no-verbais;

    Dificuldade na soletrao de no-palavras (tarefas de escrita);

    No h problemas fonolgicos;

    Dificuldade na memria de trabalho que implica contagem;

    Dificuldade nas habilidades visuo-espaciais;

    Dificuldade nas habilidades psicomotoras e perceptivo-tteis.

    De acordo com o Transtorno da Matemtica caracteriza-se da seguinte forma:

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    A capacidade matemtica para a realizao de operaes aritmticas, clculo e

    raciocnio matemtico, encontra-se substancialmente inferior mdia esperada

    para a idade cronolgica, capacidade intelectual e nvel de escolaridade do

    indivduo.

    As dificuldades da capacidade matemtica apresentadas pelo indivduo trazem

    prejuzos significativos em tarefas da vida diria que exigem tal habilidade.

    Em caso de presena de algum dficit sensorial, as dificuldades matemticas

    excedem aquelas geralmente a este associadas.

    Diversas habilidades podem estar prejudicadas nesse Transtorno, como as

    habilidades lingisticas (compreenso e nomeao de termos, operaes ou

    conceitos matemticos, e transposio de problemas escritos em smbolos

    matemticos), perceptuais (reconhecimento de smbolos numricos ou

    aritmticos, ou agrupamento de objetos em conjuntos), de ateno (copiar

    nmeros ou cifras, observar sinais de operao), e matemticas (dar seqncia

    a etapas matemticas, contar objetos e aprender tabuadas de multiplicao).

    2.5 Quais os comprometimentos?

    Organizao espacial;

    Auto-estima;

    Orientao temporal;

    Memria;

    Habilidades sociais;

    Habilidades grafomotoras;

    Linguagem/leitura;

    Impulsividade;

    Inconsistncia (memorizao).

    2.5 Ajuda do professor:

    O aluno deve ter um atendimento individualizado por parte do professor que

    deve evitar:

    Ressaltar as dificuldades do aluno, diferenciando-o dos demais;

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    Mostrar impacincia com a dificuldade expressada pela criana ou

    interromp-la vrias vezes ou mesmo tentar adivinhar o que ela quer dizer

    completando sua fala;

    Corrigir o aluno freqentemente diante da turma, para no o expor;

    Ignorar a criana em sua dificuldade.

    2.6 Dicas para o professor:

    No force o aluno a fazer as lies quando estiver nervoso por no ter

    conseguido;

    Explique a ele suas dificuldades e diga que est ali para ajud-lo sempre

    que precisar;

    Proponha jogos na sala;

    No corrija as lies com canetas vermelhas ou lpis;

    Procure usar situaes concretas, nos problemas.

    2.7 Ajuda do profissional:

    Um psicopedagogo pode ajudar a elevar sua auto-estima valorizando suas

    atividades, descobrindo qual o seu processo de aprendizagem atravs de

    instrumentos que ajudaro em seu entendimento. Os jogos iro ajudar na

    seriao, classificao, habilidades psicomotoras, habilidades espaciais,

    contagem.

    Recomendam-se pelo menos trs sesses semanais.

    O uso do computador bastante til, por se tratar de um objeto de

    interesse da criana.

    O neurologista ir confirmar, atravs de exames apropriados, a dificuldade

    especfica e encaminhar para tratamento. Um neuropsicologista tambm

    importante para detectar as reas do crebro afetadas. O psicopedagogo, se

    procurado antes, pode solicitar os exames e avaliao neurolgica ou

    neuropsicolgica.

    O que ocorre com crianas que no so tratadas precocemente? Comprometimento do desenvolvimento escolar de forma global

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    O aluno fica inseguro e com medo de novas situaes

    Baixa auto-estima devido a crticas e punies de pais e colegas

    Ao crescer o adolescente / adulto com discalculia apresenta dificuldade em

    utilizar a matemtica no seu cotidiano.

    2.8 Qual a diferena? Acalculia e Discalculia. A discalculia j foi relatada acima.

    A acalculia ocorre quando o indivduo, aps sofrer leso cerebral, como um

    acidente vascular cerebral ou um traumatismo crnio-enceflico, perde as

    habilidades matemticas j adquiridas. A perda ocorre em nveis variados para

    realizao de clculos matemticos.

    2.9 Cuidado!

    As crianas, devido a uma srie de fatores, tendem a no gostar da

    matemtica, achar chata, difcil. Verifique se no uma inadaptao ao ensino

    da escola, ou ao professor que pode estar causando este mal estar. Se sua

    criana saudvel e est se desenvolvendo normalmente em outras

    disciplinas no se desespere, mas importante procurar um psicopedagogo

    para uma avaliao.

    Muitas confundem inclusive maior-menor, mais-menos, igual-diferente,

    acarretando erros que podero ser melhorados com a ajuda de um professor

    mais atento.

    3 DISLEXIA A dislexia um distrbio na leitura afetando a escrita, normalmente

    detectado a partir da alfabetizao, perodo em que a criana inicia o processo

    de leitura de textos. Seu problema torna-se bastante evidente quando tenta

    soletrar letras com bastante dificuldade e sem sucesso.

    Porm se a criana estiver diante de pais ou professores especialistas a

    dislexia poder ser detectada mais precocemente, pois a criana desde

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    pequena j apresenta algumas caractersticas que denunciam suas

    dificuldades, tais como:

    Demora em aprender a segurar a colher para comer sozinho, a fazer lao no

    cadaro do sapato, pegar e chutar bola.

    Atraso na locomoo.

    Atraso na aquisio da linguagem.

    Dificuldade na aprendizagem das letras.

    A criana dislexa possui inteligncia normal ou muitas vezes acima da mdia.

    Sua dificuldade consiste em no conseguir identificar smbolos grficos (letras

    e/ou nmeros) tendo como conseqncia disso a dificuldade na leitura e

    escrita.

    A dislexia normalmente hereditria. Estudos mostram que dislexos

    possuem pelo menos um familiar prximo com dificuldade na aprendizagem da

    leitura e escrita.

    O distrbio envolve percepo, memria e anlise visual. A rea do

    crebro responsvel por estas funes envolve a regio do lobo occipital e

    parietal.

    3. 1 Caractersticas:

    Confuso de letras, slabas ou palavras que se parecem graficamente: a-o, e-

    c, f-t, m-n, v-u.

    Inverso de letras com grafia similar: b/p, d/p, d/q, b/q, b/d, n/u, a/e.

    Inverses de slabas: em/me, sol/los, las/sal, par/pra.

    Adies ou omisses de sons: casa L casaco, prato l pato.

    Ao ler pula linha ou volta para a anterior.

    Soletrao defeituosa: l palavra por palavra, slaba por slaba, ou reconhece

    letras isoladamente sem poder ler.

    Leitura lenta para a idade.

    Ao ler, movem os lbios murmurando.

    Freqentemente no conseguem orientar-se no espao sendo incapazes de

    distinguir direita de esquerda. Isso traz dificuldades para se orientarem com

    mapas, globos e o prprio ambiente.

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    Usa dedos para contar.

    Possui dificuldades em lembrar se seqncias: letras do alfabeto, dias da

    semana, meses do ano, l as horas.

    No consegue lembrar-se de fatos passados como horrios, datas, dirio

    escolar.

    Alguns possuem dificuldades de lembrar objetos, nomes, sons, palavras ou

    mesmo letras.

    Muitos conseguem copiar, mas na escrita espontnea como ditado e ou

    redaes mostra severas complicaes.

    Afeta mais meninos que meninas.

    3.2 Classificao feita com base na causa da dislexia:

    Primria ou gentica: Disfuno do lado esquerdo do crebro, persiste at a

    idade adulta, hereditrio e atinge leitura, escrita e pronuncia, mais comum em

    meninos;

    Secundria ou de desenvolvimento: Pode ser causada por hormnios, m

    nutrio, negligncia e abusos infantis, diminui com a idade;

    Tardia ou por trauma: Causada por leses a reas do crebro responsveis

    por compreenso de linguagem, raro em crianas.

    O dislexo geralmente demonstra insegurana e baixa auto-estima,

    sentindo-se triste e culpado. Muitos se recusam a realizar atividades com medo

    de mostrar os erros e repetir o fracasso. Com isto criam um vnculo negativo

    com a aprendizagem, podendo apresentar atitude agressiva com professores e

    colegas.

    Antes de atribuir a dificuldade de leitura dislexia alguns fatores devero

    ser descartados, tais como:

    imaturidade para aprendizagem;

    problemas emocionais;

    mtodos defeituosos de aprendizagem;

    ausncia de cultura;

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    incapacidade geral para aprender.

    Dislexia foi dividida em 6 diagnsticos de '''Desordem de aprendizado''' distintos e

    mais especficos:

    Desordem na leitura de palavras;

    Desordem na fluncia de leitura;

    Desordem na compreenso da leitura;

    Desordem na expresso escrita;

    Desordem no clculo matemtica;

    Desordem na resoluo de problema de matemtica.

    3.3 Tratamento e orientaes:

    O tratamento deve ser realizado por um especialista ou algum que tenha

    noes de ajuda ao dislexo. Deve ser individual e freqente.

    Durante o tratamento deve-se usar material estimulante e interessante. - Ao

    usar jogos e brinquedos empregar preferencialmente os que contenham letras

    e palavras.

    Reforar a aprendizagem visual com o uso de letras em alto relevo, com

    diferentes texturas e cores. interessante que ele percorra o contorno das

    letras com os dedos para que aprenda a diferenciar a forma da letra.

    Deve-se iniciar por leituras muito simples com livros atrativos, aumentando

    gradativamente conforme seu ritmo.

    No exigir que faa avaliao de outra lngua. Deve-se dar mais importncia

    na superao de sua dificuldade do que na aprendizagem de outra lngua.

    O tratamento psicolgico no recomendado a no ser nos casos de graves

    complicaes emocionais.

    Substituir o ensino atravs do mtodo global (j que no consegue perceber o

    todo), por um sistema mais fontico.

    No estimule a competio com colegas nem exija que ele responda no

    mesmo tempo que os demais.

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    Oriente o aluno para que escreva em linhas alternadas, para que tanto ele

    quanto o professor possa entender o que escreveu e poder corrigi-los.

    Quando a criana no estiver disposta a fazer a lio em um dia ou outro no

    a force. Procure outras alternativas mais atrativas para que ele se sinta

    estimulado.

    Nunca critique negativamente seus erros. Procure mostrar onde errou, porque

    errou e como evit-los. Mas ateno: no exagere nas inmeras correes,

    isso pode desmotiv-lo. Procure mostrar os erros mais relevantes.

    Pea que os pais releiam o dirio de classe sem critic-los por no conseguir

    faz-lo, pois a criana pode esquecer o que foi pedido e/ou no conseguir ler

    as instrues.

    4 DISGRAFIA

    A disgrafia tambm chamada de letra feia. Isso acontece devido a uma

    incapacidade de recordar a grafia da letra. Ao tentar recordar este grafismo

    escreve muito lentamente o que acaba unindo inadequadamente as letras,

    tornando a letra ilegvel.

    Algumas crianas com disgrafia possui tambm uma disortografia amontoando

    letras para esconder os erros ortogrficos. Mas no so todos disgrficos que

    possuem disortografia

    A disgrafia, porm, no est associada a nenhum tipo de comprometimento

    intelectual.

    4. 1 Carcatersticas: Lentido na escrita.

    Letra ilegvel.

    Escrita desorganizada.

    Traos irregulares: ou muito fortes que chegam a marcar o papel ou muito

    leves.

    Desorganizao geral na folha por no possuir orientao espacial.

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    Desorganizao do texto, pois no observam a margem parando muito antes

    ou ultrapassando. Quando este ltimo acontece, tende a amontoar letras na

    borda da folha.

    Desorganizao das letras: letras retocadas, hastes mal feitas, atrofiadas,

    omisso de letras, palavras, nmeros, formas distorcidas, movimentos

    contrrios escrita (um S ao invs do 5 por exemplo).

    Desorganizao das formas: tamanho muito pequeno ou muito grande, escrita

    alongada ou comprida.

    O espao que d entre as linhas, palavras e letras so irregulares.

    Liga as letras de forma inadequada e com espaamento irregular.

    O disgrfico no apresenta caractersticas isoladas, mas um conjunto de

    algumas destas citadas acima.

    4. 2 Tipos: Podemos encontrar dois tipos de disgrafia:

    Disgrafia motora (discaligrafia): a criana consegue falar e ler, mas

    encontra dificuldades na coordenao motora fina para escrever as letras,

    palavras e nmeros, ou seja, v a figura grfica, mas no consegue fazer

    os movimentos para escrever.

    Disgrafia perceptiva: no consegue fazer relao entre o sistema

    simblico e as grafias que representam os sons, as palavras e frases.

    Possui as caractersticas da dislexia sendo que esta est associada

    leitura e a disgrafia est associada escrita.

    4.3 Tratamento e orientaes:

    O tratamento requer uma estimulao lingstica global e um atendimento

    individualizado complementar escola.

    Os pais e professores devem evitar repreender a criana.

    Reforar o aluno de forma positiva sempre que conseguir realizar uma

    conquista.

    Na avaliao escolar dar mais nfase expresso oral.

    Evitar o uso de canetas vermelhas na correo dos cadernos e provas.

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    Conscientizar o aluno de seu problema e ajud-lo de forma positiva.

    5 DISORTOGRAFIA

    At a 2 srie comum que as crianas faam confuses ortogrficas

    porque a relao com os sons e palavras impressas ainda no esto dominadas

    por completo. Porm, aps estas sries, se as trocas ortogrficas persistirem

    repetidamente, importante que o professor esteja atento j que pode se tratar

    de uma disortografia.

    A caracterstica principal de um sujeito com disortografia so as confuses

    de letras, slabas de palavras, e trocas ortogrficas j conhecidas e trabalhadas

    pelo professor.

    5.1 Caratersticas: Troca de letras que se parecem sonoramente: faca/vaca, chinelo/jinelo,

    porta/borta.

    Confuso de slabas como: encontraram/encontraro.

    Adies: ventitilador.

    Omisses: cadeira/cadera, prato/pato.

    Fragmentaes: en saiar, a noitecer.

    Inverses: pipoca/picoca.

    Junes: No diaseguinte, sairei maistarde.

    5.2 Orientaes:

    Estimular a memria visual atravs de quadros com letras do alfabeto,

    nmeros, famlias silbicas.

    No exigir que a criana escreva vinte vezes a palavra, pois isso de nada

    ir adiantar.

    No reprimir a criana e sim auxili-la positivamente.

    6 DISARTRIA

    Tem como caracterstica principal a fala lenta e arrastada devido a alteraes

    dos mecanismos nervosos que coordenam os rgos responsveis pela fonao.

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    A disartria de origem muscular resultante de paresia, paralisia ou ataxia dos

    msculos que intervm nesta articulao.

    A disartria pode ter origem em leses no sistema nervoso o que altera o

    controle dos nervos provocando uma m articulao.

    Podemos encontrar a disatria em pessoas que sofrem de paralisia perifrica

    do nervo hipoglosso (duodssimo par dos nervos cranianos. Inerva os msculos

    da lngua) pneumogstrico (nervo vago ou dcimo par craniano que inerva a

    laringe, pulmes, esfago, estmago e a maioria das vsceras abdominais) e

    facial. Em pessoas que apresentam esclerose, intoxicao alcolica, com

    tumores (malignos ou benignos) no crebro, cerebelo ou tronco

    enceflico, traumatismos crnio-enceflicos.

    No caso de leses cerebrais, os exames clnicos mostram que as alteraes

    no se manifestam isoladamente estando associada geralmente a outros

    distrbios tais como gnsio-aprxicos ou transtornos disfsicos.

    7 TDAH - Transtorno de Dficit de Ateno e Hiperatividade

    TDAH uma sndrome (conjunto de sintomas) caracterizada

    por distrao, agitao /hiperatividade, impulsividade, esquecimento, desorganiza

    o, adiamento crnico, entre outras. Pessoas com TDAH - Dficit de Ateno

    tem dificuldade em manter a concentrao, costumam ser agitadas e tem

    problemas para fazer as coisas at o final. Encontrar este sintomas em crianas e

    adultos comum. Porm, quando se trata do transtorno, as queixas so mais

    frequentes e os sintomas muito mais intensos. H diagnstico e tratamento para

    TDAH, que pode prevenir e aliviar muito sofrimento.

    O TDAH um transtorno de "base orgnica", associado a uma disfuno

    em reas do crtex cerebral, conhecida como Lobo Pr-Frontal. Quando seu

    funcionamento est comprometido, ocorrem dificuldades

    com concentrao, memria, hiperatividade e impulsividade, originando os

    sintomas do TDAH - dficit de ateno, hiperatividade e impulsividade.

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    Normalmente, em atividades como estudo, leitura ou outras que exijam

    concentrao, o crebro aumenta os nveis de ativao, justamente para dar

    conta das exigncias. Nos casos tpicos de TDAH, a caracterstica psicofisiolgica

    mais comum a hipofuno / hipoativao do crtex pr-frontal, na qual uma

    quantidade significativa de neurnios pulsam mais devagar que o esperado,

    especialmente quando as circunstncias exigem maior esforo mental e, portanto,

    maior ativao.

    Imagens funcionais do crebro mostraram menor ativao das reas

    frontais em portadores de TDAH, especialmente ao tentar concentrar ou realizar

    esforo mental. Estes desequilbrios esto relacionados ao de

    neurotransmissores, que por sua vez determinam os disparos eltricos dos

    neurnios. Apesar de no haver certeza sobre as causas destas alteraes,

    estudos j apontaram forte correlao entre TDAH, tanto na forma de dficit de

    ateno quanto de hiperatividade e impulsividade, com hereditariedade.

    (Imagens: Clinica Amen, EUA / Brookhaven National Laboratory).

    A imagem acima esquerda mostra um crebro normal em descanso. Ao

    centro, o crebro de um portador de TDAH tambm em descanso. As reas de

    menor ativao (com a aparncia de"buracos") indicam menor consumo de

    energia (menor metabolismo de glicose). Em descanso, h maior similaridade

    entre o crebroTDAH e normal - em descanso, as diferenas so poucas. O

    problema aparece mais claramente exigida concentrao, controle da

    hiperatividade e esforo mental, pela necessidade de maior ativao cognitva. Isto

    pode ser visto na figura da direita, indicando que portadores de TDAH enfrentam

    as maiores dificuldades justamente no momento em que precisam se concentrar

    (As imagens foram obtidas atravs de SPECT. Link para o artigo original:

    www.dda-deficitdeatencao.com.br/oquee/index.html - Escrito por Cacilda Amorim,

    Diretora Clnica do IPDA. Se copiar ou citar este artigo, mantenha esta nota e o

    link original.

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    No TDAH Adulto, h quatro aspectos comuns: as queixas do TDAH esto

    associadas a comorbidades, h um forte rebaixamento da auto-estima, problemas

    de relacionamento e padres comportamentais de auto-sabotagem, como

    adiamento crnico e no realizao de objetivos que esto ao alcance da pessoa.

    O TDAH adulto ocorre em metade daqueles que tiveram o transtorno na infncia,

    segundo os estudos da rea.

    As comorbidades mais comuns ao TDAH adulto

    so ansiedade, depresso, perfeccionismo, stress crnico e esgotamento -

    tambm conhecido como Sndrome de Burnout. Preocupaes crnicas e/ou

    excesso de pensamentos negativos tornam ainda mais difcil superar os dficits

    associados ao TDAH adulto.

    O rebaixamento da auto-estima ocorre como consequncia dos fracassos e

    do excesso de crticas acumulados ao longo da vida. Como estes reduzem a

    auto-confiana, a pessoa pode deixar de tentar - como forma de se proteger - o

    que um fator de risco para os padres de auto-sabotagem ou adiamento

    crnico.

    Quando h co-morbidades como baixa auto-estima, desorganizao

    extrema e padres de adiamento crnico, recomendado associar a Terapia

    Cognitivo-Comportamental ao tratamento. Sem estes componentes, um

    treinamento do tipo Coaching Comportamental costuma ser suficiente. O IPDA

    tem tratamentos especializados para TDAH adulto.

    8 DISLALIA

    A dislalia (do grego dys + lexia) um distrbio da fala, caracterizado pela

    dificuldade em articular as palavras. o transtorno de linguagem mais comum em

    crianas e o mais fcil de identificar. A dislalia um distrbio da fala que se

    caracteriza pela dificuldade de articulao de palavras: o portador da dislalia

    pronuncia determinadas palavras de maneira errada, omitindo, trocando,

    transpondo, distorcendo ou acrescentando fonemas ou slabas a elas. Dificuldade

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    na linguagem oral, que pode interferir no aprendizado da escrita. A criana omite,

    faz substituies, distores ou acrscimos de sons. Eis alguns exemplos:

    Omisso: no pronuncia sons - "omei" = "tomei";

    Substituio: troca alguns sons por outros - "balata" = "barata";

    Acrscimo: introduz mais um som - "Atelntico" = "Atlntico".

    Quando se encontra um paciente disllico, deve-se examinar os rgos da

    fala e da audio a fim de se detectar se a causa da dislalia orgnica (mais rara

    de acontecer, decorrente de m-formao ou alterao dos rgos da fala e

    audio), neurolgica ou funcional (quando no se encontra qualquer alterao

    fsica a que possa ser atribuda dislalia).

    A dislalia tambm pode interferir no aprendizado da escrita tal como ocorre com a

    fala.

    A maioria dos casos de dislalia ocorre na primeira infncia, quando a

    criana est aprendendo a falar. As principais causas, nestes casos, decorrem de

    fatores emocionais, como, por exemplo, cime de um irmo mais novo que

    nasceu, separao dos pais ou convivncia com pessoas que apresentam esse

    problema (babs ou responsveis, por exemplo, que dizem pobrema,

    Framengo, etc.), e a criana acaba assimilando essa deficincia.

    o transtorno de linguagem mais comum em meninos, e o mais conhecido

    e mais fcil de identificar. Pode apresentar-se entre os 3 e os 5 anos, com

    alteraes na articulao dos fonemas. O diagnstico de um menino com dislalia

    revela-se quando se nota que incapaz de pronunciar corretamente os sons

    vistos como normais segundo sua idade e desenvolvimento. Uma criana com

    dislalia, pode substituir uma letra por outra, ou no pronunciar consoantes.

    9 SNDROME DE IRLEN

    A Sndrome de Irlen (S.I.) uma alterao visuoperceptual, causada por

    um desequilbrio da capacidade de adaptao luz que produz alteraes no

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    crtex visual e dficits na leitura. A Sndrome tem carter hereditrio e se

    manifesta sob maior demanda de ateno visual.

    Descrita em 1983 pela psicloga Helen Irlen, a Sndrome tem como

    manifestaes, alm da fotofobia, problemas na resoluo viso-espacial,

    dificuldades na manuteno do foco, estresse visual, alterao na percepo de

    profundidade e cefaleias.

    Durante a leitura, segundo pacientes, o brilho ou reflexo do papel branco

    contra o texto causam irritabilidade, assim como a luz natural ou fluorescente.

    Eles possuem ainda sensao de movimentao das letras que "pulsam, tremem,

    vibram, confluem ou desaparecem"4 e a leitura passa a ser fragmentada. Alm

    disso, queixam de insegurana ao dirigir, estacionar, com esportes com bola ou

    em outros movimentos, como descer e subir escadas rolantes.

    A prevalncia da S.I. maior que a da prpria Dislexia (estimada entre 3 a

    6% da populao), atingindo 12 a 14% de bons leitores e entre alunos com

    dificuldades de leitura, gira entre 17 e 46%.5 Como os sintomas podem ser

    semelhantes, o diagnstico diferencial indispensvel para interveno correta.

    A dependncia entre o ver e o aprender estimada em 80% e hoje j se

    reconhecem os impactos dos dficits de eficincia visual. Da a importncia do

    oftalmologista em buscar dados alm da acuidade (viso de letrinhas) e

    condies pticas, dando, em conjunto a outras reas, suporte aos distrbios de

    aprendizagem.

    O rastreamento da S.I. feito por profissionais da sade e educao

    capacitados pelo Mtodo Irlen, aplicado em mais de 40 pases.7Atravs de

    interveno no invasiva e de baixo custo, estes profissionais so capazes de

    potencializar os esforos acadmicos.

    Os portadores da S.I. no tm conscincia de suas distores pois sempre

    as perceberam como "normalidade" da a frustrao pela lentido e esforo para

    uma atividade que aos demais prazerosa e natural.

    10 DFICIT DE ATENO

    H dislxicos cujo problema central est na dificuldade de focar a ateno,

    sustentando a coordenao seletiva dessa ateno, e mantendo esse estado

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    convergente de ateno durante um espao de tempo necessrio seleo e

    registro de um estmulo, possibilitando que se integre na construo do

    aprendizado. Como, de alguma forma, sempre existe o componente da ateno

    em Dislexia, alguns especialistas nomeavam essa dificuldade de aprendizado a

    partir do seu aspecto de deficincia de ateno, com as designaes: "Attention

    Deficit Desorder-ADD" - (Distrbio de Deficincia de Ateno-DDA); e "Attention

    Deficit Hyperativity Desorder-ADHD" - (Distrbio de Deficincia de Ateno com

    Hiperatividade-DDAH).

    Por causa de sua dificuldade em concentrar a ateno, h crianas e

    adultos que podem tornar-se inacreditavelmente confusos e inconsistentes. E

    porque existe uma oscilao no nvel da capacidade de concentrao dessas

    pessoas, h dias em que elas podem melhor corresponder expectativa escolar

    ensino aprendizado, e outros dias em que se apresentam dispersivas, parecendo

    ter esquecido tudo o que j haviam aprendido. Por isto, elas podem conseguir

    uma nota alta em um dia e serem reprovadas, no mesmo contedo, no dia

    seguinte, na prxima semana ou no ms seguinte. Condio que confunde pais,

    professores e o prprio dislxico que no consegue entender por que isto

    acontece.

    E porque, muitas vezes, esses estudantes no so capazes de focar e

    manter sua ateno seletiva para uma concentrao e resposta satisfatrias,

    pessoas e, at, profissionais desinformados acerca desse processo, podem

    exasperar se e acus-los de serem desatentos e negligentes; de no estarem

    levando seus estudos a srio; de no estarem determinados a aprender; de

    serem negligentes e indiferentes ao objetivo de conquistar um bom desempenho

    escolar quando, na verdade, eles no esto conseguindo atingir um nvel mnimo

    necessrio de concentrao da ateno, para que possam, mentalmente,

    construir e entrelaar as sequncias relacionais em seu mecanismo

    psicopedaggico pessoal ensino-aprendizado.

    O Dr. Mel Levine, M.D., adverte que, "Freqentemente, essas crianas so

    classificadas como tendo distrbios emocionais, e seus pais podem culp-las por

    isto, quando, na verdade, cada uma delas vtima inocente

    de uma deficincia escondida, que interfere no caminho em que o crebro

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    dessa criana organiza sua habilidade de concentrao".

    H crianas que tm problemas de ateno e so, tambm, impulsivas,

    porm no so hiperativas. E outras, ao contrrio, que podem ser hipoativas. O Dr

    Goldberg tambm esclarece que "DDA-Distrbio de Deficicia de Ateno pode

    ocorrer sem nenhum desequilbrio piscomotor como, tambm, pode acontecer

    acompanhado de Hiperatividade em algum de seus diferentes graus, que podem

    oscilar entre o quase imperceptvel ao irritante e, deste, podendo atingir nveis

    at incapacitantes".

    11 HIPERATIVIDADE

    Criana hiperativa aquela que nunca pode parar que est sempre

    agitada, que no consegue permanecer sentada, imvel. O Dr.Serfontein diz

    que: "Mesmo quando mais velho, se analisado com ateno, o hiperativo revelar

    algum tipo de movimento contnuo das pernas, dos ps, dos braos, das mos,

    dos lbios, da lngua". Especialistas dizem que ... h pais e professores que,

    ainda, acreditam que o comportamento da criana ou do jovem hiperativo seja de

    oposio, e que pode e deve ser controlado". Por isto se torna muito importante a

    conscientizao de que Hiperatividade condio orgnica com base

    neurolgica. E que uma criana ou jovem que se sinta incapaz de controlar os

    prprios movimentos, sente-se muito mal a respeito de si mesmo e sua

    autoimagem e autoestima podem tornar-se muito negativas.

    Existem duas caractersticas diferenciais em Hiperatividade: a primeira

    delas da criana hiperativa com comportamento impulsivo, que fala sem pensar

    e nunca espera por nada; que no consegue esperar por sua vez, interrompendo

    e atropelando tudo e todos, agindo antes de pensar e nunca medindo as

    consequncias dessas atitudes. Planeja e decide mal e suas aes podem ser

    perigosas. Como bem explicita o Dr. Paul Wender, "Essa criana corre para a rua,

    sobe no peitoril da janela, trepa em rvores... Por isto sua cota de escoriaes,

    hematomas, cortes e idas ao mdico so significativas". Um segundo tipo de

    Hiperatividade tem suas caractersticas mais pronunciadas na dificuldade de foco

    de ateno. Trata-se de uma super estimulao nervosa que faz com que essa

    criana passe de um estmulo a outro, no conseguindo

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    focar sua ateno em um nico objetivo, o que d a impresso de que ela

    desligada. Ela se distrai facilmente com um estmulo mnimo que alcance sua

    viso, com qualquer som ou cheiro, no conseguindo centralizar sua ateno,

    suprimindo detalhes de importncia irrelevante. No que esse hiperativo no

    preste ateno em nada, ao contrrio, ele presta ateno em tudo, ao mesmo

    tempo, no sendo capaz de destacar um estmulo e ignorar outros. Ele

    noconsegue determinar o foco principal dentre estmulos que bombardeiem seu

    crebro, em que deveria fixar sua ateno seletiva. a resposta a diferentes

    estmulos, ao mesmo tempo, que d a essa criana a caracterstica de hiperativa.

    No que ela esteja desatenta, desligada; ao contrrio, o fato dela estar ligada

    em tudo que esteja acontecendo a sua volta que a impede de concentrar sua

    ateno em um s estmulo.

    12 HIPOATIVIDADE O termo HIPOATIVIDADE expressa a traduo de sua significao literal,

    exatamente inversa condio de Hiperatividade.A criana hipoativa aquela

    que parece estar, sempre, no "mundo da lua","sonhando acordada." D a

    impresso de que nunca est ligada em nada. Ela tem memria pobre e

    comportamento vago, pouca interao social, quase no se envolve com seus

    colegas e costuma no ter amigos. Hipoatividade se caracteriza por um nvel

    baixo de atividade motora, com reao lenta a qualquer estmulo. Essa criana

    no costuma trazer problemas em seu convvio porque , sempre, muito bem

    comportada, a chamada "criana boazinha". Hipoatividade ligada Dislexia traz

    uma grande dificuldade a essa criana e jovem, no processar o que est

    acontecendo sua volta, necessitando de um aprimoramento de tcnicas em seu

    programa escolar, com a necessidade de recursos psicopedaggicos

    remediativos absolutamente especficos, com um suporte muito mais ativo de

    estmulos tanto na escola como em casa e na sociedade.

    13 DISFEMIA

    A disfemia, conhecida popularmente como gagueira ou gaguez, a mais

    comum desordem de fluncia da fala, atingindo cerca de 70 milhes de pessoas

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    em todo o mundo (dois milhes no Brasil). Os sintomas mais evidentes da

    gagueira so a repetio de slabas, os prolongamentos de sons e os bloqueios

    dos movimentos da fala, sobretudo na primeira slaba, no momento em que o

    fluxo suave de movimentos da fala precisa ser iniciado. Tambm usam-se os

    termos tartamudez, disfemismo ou disfluncia. Alm de gago, o indivduo que

    apresenta disfemia recebe o nome de disfmico,tartamudo, balbo (de balbuciar)

    ou tardloquo.

    Cerca de 5% das crianas entre dois e quatro anos de idade apresentam

    episdios de disfemia, sendo geralmente episdios transitrios que duram poucos

    meses, ocorrendo em consequncia de uma combinao de vrios fatores

    durante o desenvolvimento da fala. Um destes fatores a maturao lenta das

    redes neurais de processamento da linguagem, que resulta numa habilidade

    ainda pequena para articular palavras e encade-las em frases nesta idade.

    O rpido fluxo de pensamentos, em contraste com a relativa imaturidade do

    sistema fonoarticulatrio, contribui para que a criana apresente alguma

    dificuldade para produzir um ritmo regular e suave em sua fala. Esta disfluncia

    pode aumentar quando a criana est ansiosa, cansada ou doente e quando est

    tentando dominar muitas palavras novas.

    Normalmente, este distrbio transitrio, apenas 20% das crianas que

    apresentam disfemia em tenra idade necessitaro de tratamento especializado.

    Estes poucos casos que persistem por mais tempo do que o habitual podem estar

    associados a uma histria familiar de gagueira, sugerindo uma predisposio

    hereditria. Um estudo do Instituto Nacional de Desordens da Comunicao nos

    EUA (NIDCD), divulgado em fevereiro de 2010, encontrou 3 genes relacionados

    origem da gagueira: GNPTAB, GNPTG e NAGPA. Neste estudo, foram

    descobertas mutaes capazes de alterar o funcionamento normal de clulas

    cerebrais localizadas no centro de controle da fala em pessoas que gaguejam.

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    14 DISTRBIO ESPECFICO DE LINGUAGEM (DEL)

    Pouco conhecido pelos profissionais da sade e da educao, o Distrbio

    Especfico de Linguagem (DEL) um quadro de alta prevalncia na primeira

    infncia, causando dificuldades no desenvolvimento lingustico que podem trazer

    consequncias persistentes por toda a vida. De acordo com a Dra. Noemi

    Takiuchi, professora adjunta do curso de Fonoaudiologia da Faculdade de

    Cincias Mdicas da Santa Casa de So Paulo, o indivduo com DEL tem todas

    as condies para desenvolver a linguagem e, mesmo assim, no evolui, nesse

    aspecto, no mesmo padro em que se desenvolve nas outras reas.

    Para diagnosticar o distrbio utilizado um critrio de excluso de outros

    quadros, como deficincia auditiva e intelectual e autismo. A criana com DEL

    tem um desempenho em comunicao abaixo do esperado para sua idade. Ela

    brinca e interage, mas a linguagem no acompanha essa evoluo, diz a

    professora. A origem desse distrbio gentica, mas ainda no foi possvel

    associar um gene especfico determinante do DEL, alm disso, aspectos

    ambientais podem potencializar as dificuldades.

    comum que os profissionais no encaminhem crianas com dificuldades

    no desenvolvimento de linguagem, na ausncia de outros comprometimentos,

    considerando que se trata de uma variao normal, um atraso sem maiores

    consequncias.

    Segundo a especialista, possvel que haja variao no desenvolvimento

    da linguagem das crianas, mas, em geral, as primeiras palavras j so

    obervadas a partir de um ano de idade. Os pais devem ficar atentos se a criana

    no se comunica predominantemente por palavras ou demora a organiz-las em

    frases aps os dois anos de idade. Se o atraso na aprendizagem da linguagem

    permanecer, importante a avaliao de um fonoaudilogo, afirma.

    Com o auxlio da terapia fonoaudiolgica, possvel melhorar o

    desempenho no processo de comunicao por meio do desenvolvimento de

    habilidades. comum que algumas dificuldades permaneam, pois um

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    distrbio na organizao da arquitetura cerebral para o processamento de

    informaes lingusticas. Contudo, trabalhamos para que elas sejam minimizadas,

    melhorando as condies para a aprendizagem da linguagem e, assim, a criana

    pode atingir um aprendizado satisfatrio, explica a Dra. Noemi.

    A professora refora que caso o indivduo no tenha um acompanhamento

    adequado, poder apresentar problemas em toda a trajetria escolar, uma vez

    que a linguagem perpassa todas as disciplinas. O DEL tambm pode afetar o

    aprendizado da leitura e escrita, alm de interferir na interao social.

    14.1 Sinais indicativos de um Distrbio Especfico de Linguagem:

    O aparecimento da fala lento ou atrasado;

    A compreenso pode ser normal ou pode estar alterada;

    Dificuldade em combinar palavras para formar frases;

    Presena de alteraes fonolgicas (troca de sons na fala);

    Presena de alteraes morfossintticas: no consegue estruturar

    adequadamente uma frase, dificuldade com verbos, preposies;

    Flexionamento verbal e nominal ausente ou inadequado;

    Dificuldade na organizao seqencial das palavras nas frases (inverte a ordem

    das palavras);

    Fala ininteligvel os familiares no conseguem entender o que a criana est

    falando;

    Vocabulrio restrito dificuldade para aprender novas palavras;

    Pode aparecer disfluncias, como hesitaes, repeties de silabas e de

    palavras (sinais parecidos com uma gagueira);

    No conseguem relatar fatos, recontar uma histria;

    Dificuldade para compreender piadas, duplo sentido;

    Apresentar srias dificuldades para aprender a leitura e escrita transtornos de

    aprendizagem;

    Se h problemas semelhantes na famlia;

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    O Distrbio Especfico de Linguagem pode gerar conseqncias para o

    processo de aprendizagem da escrita e leitura estas crianas geralmente no

    conseguem se alfabetizar na idade prevista e possuem srias dificuldades para

    acompanhar as atividades em sala de aula. No conseguem compreender a

    relao entre o som e a escrita. A aquisio e o desenvolvimento da linguagem

    oral so determinantes para o aprendizado da leitura e escrita.

    14. 2 O QUE OS PAIS E PROFESSORES PODEM FAZER?

    Podem ficar atentos quanto aos marcos de desenvolvimento da linguagem, como

    por exemplo: com 1 ano as crianas j comeam a falar as primeiras palavras

    (papai , mame); com 1 ano e meio elas j conseguem juntar duas palavras e a

    partir dos 2 anos, as crianas j comeam a formar pequenas frases. Quando

    isso no acontecer importante que os pais busquem uma orientao

    profissional. At mesmo nas creches e escolas, os professores podem observar

    estes marcos de desenvolvimento.

    15 O PAPEL DO PROFESSOR FRENTE S DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

    Num primeiro momento, quando a criana apresenta dificuldades na

    aprendizagem, muito comum os adultos procurarem um "responsvel" por

    estas dificuldades. Os pais jogam a "culpa" nos professores, acham que no

    so capazes de ensinar adequadamente. Os professores jogam a "culpa" nos

    pais, que no so presentes na vida da criana e no disponibilizam tempo

    para ajudar a criana nos deveres da escola.

    Na verdade, esse empurra-empurra no ajuda em nada. O "culpado" no

    existe! Pais e professores devem unir seus esforos para trabalharem juntos

    auxiliando o desenvolvimento da criana. Infelizmente, vemos que aqueles alunos

    que no apresentam um bom desempenho escolar so rejeitados por outras

    crianas e at por alguns professores. E isso precisa mudar! Ir mal na escola

    no significa preguia ou incompetncia. O aluno que

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    apresenta alguma dificuldade no incapaz de aprender. Essa criana necessita

    de ateno especial para desenvolver o aprendizado.

    O professor tem o papel de ajudar na sociabilizao deste aluno, propondo

    atividades em grupo para que cada criana perceba o seu papel social. Jamais

    permitir que outros alunos faam brincadeirinhas e piadinhas para diminuir esta

    criana que apresenta dificuldades, pois ela pode demonstrar um comportamento

    cada vez mais retrado.

    Alm disto, deve sempre enfatizar os aspectos positivos deste aluno,

    mostrando a ele do que ele capaz.

    15.1 Outras reflexes importantes aos professores

    Ser que a metodologia que estou adotando adequada a este aluno?

    Nem sempre a metodologia que o professor utiliza, suficiente para garantir a

    aprendizagem do aluno. Lembre-se: Cada um aprende de um jeito. Se o aluno

    no conseguiu entender o que lhe foi passado, procure explicar o mesmo

    contedo de outras maneiras. Use outros exemplos, outros materiais, outras

    tcnicas.

    Ser que o aluno est passando por algum problema emocional? O ser

    humano formado por emoo. muito importante verificar se o estado

    psicolgico da criana est em boas condies. Algumas vezes vemos o

    rendimento do aluno cair quando os pais esto se separando, quando a famlia

    enfrenta doena ou morte de um ente querido, quando a criana vai ganhar um

    irmozinho... H muitos fatores para serem investigados!

    E como vai a sade desta criana? muito importante verificar se a

    criana apresenta a sade em perfeitas condies. O aluno pode apresentar, por

    exemplo, dificuldades para enxergar, e isso faz com que ele fique desmotivado,

    no mostrando nenhum tipo de interesse pelos estudos. Cansao, sono, m

    alimentao tambm prejudicam o fator orgnico.

    Lembre-se: Os professores podem ser muito importantes no processo de

    identificao e descoberta de dificuldades de aprendizagem (TDAH, Disgrafia,

    Discalculia, Dislalia, Disortografia..), mas no cabe a eles diagnosticar. Estes

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    devem ser feitos por mdicos, psiclogos e psicopedagogos.

    O professor deve observar o aluno e auxiliar no seu processo de

    aprendizagem, fazendo com que as aulas sejam dinmicas e motivadoras, dando

    ao aluno a oportunidade de descobrir suas potencialidades.

    16 DISTRBIOS DE ATIVIDADE MOTORA

    Os distrbios de atividade motora podem ser divididos em dois tipos:

    distrbio de atividade motora grosseira e distrbio de atividade motora fina.

    O distrbio de atividade motora grosseira caracterizado pela dificuldade

    de usar grandes grupos musculares. Ele faz com que o aluno seja desajeitado

    fazendo-o cair sobre as coisas ou enfrentar problemas para realizar atividades

    fsicas como correr, escalar ou nadar.

    J o distrbio de atividade motora fina, consiste na dificuldade de realizar

    tarefas que demandam que muitos msculos trabalhem juntos. Ele percebido

    quando o aluno comea a escrever. Ele apresenta uma incapacidade de fazer

    com que os msculos da mo dominante trabalhem em conjunto. A sua

    velocidade de escrever no consegue acompanhar o ritmo do seu pensamento, o

    que resulta em uma letra lenta e feia.

    Escrever exige uma srie de elementos que acabam passando despercebidos

    para as pessoas que no possuem tais dificuldades como a forma, o tamanho, o

    espaamento e o posicionamento.

    Algumas crianas parecem ser mais desajeitadas ou estabanadas que as

    outras. Elas ficam tristes por no conseguir acompanhar os colegas nas

    brincadeiras motoras e, muitas vezes, so alvo de comentrios de professores e

    colegas, devido letra feia, cadernos bagunados, o cabelo mal penteado e as

    roupas em desalinho. Essas crianas, s vezes, se envolvem em situaes

    embaraosas, como tropear e cair no meio da apresentao de teatro da turma,

    no conseguir agarrar uma bola chutada pelos colegas, escorregar na carteira e

    cair no cho e acabam ganhando nomes ou apelidos, que sinalizam sua condio

    e as excluem de certas atividades ou grupos sociais. Um exemplo aquela

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    criana mais quieta, que nunca chamada para brincar com os colegas no

    recreio ou, ainda, ela a ltima a ser convidada para entrar no jogo de bola.

    Muitas pessoas, inclusive pais e professores, acham que a criana apenas

    preguiosa, insegura ou desinteressada, mas deve-se observar com mais cautela,

    pois muitas dessas crianas apresentam o que chamado de Transtorno do

    Desenvolvimento da Coordenao ou TDC.

    17 O PAPEL DOS PAIS

    No preciso dizer que o cumprimento do papel dos pais, de outros

    responsveis e demais familiares fundamental no processo de desenvolvimento

    de todas as crianas, mas, principalmente, daquelas que possuem maiores

    dificuldades.

    Em primeiro lugar, os pais deveriam conhecer as capacidades e as

    dificuldades dos seus filhos, considerando as atividades em que eles se do bem

    e aquelas que se tornam mais complicadas de serem realizadas. Na posio de

    educadores que estes tambm ocupam, faz-se necessrio conhecer os distrbios

    de aprendizagem e, quando isso existe dentro de suas casas, preciso encontrar

    programas e demais formas de superao para ajudar tais crianas tanto em

    casa, como na escola. Existe uma grande carncia de informaes entre a maior

    parte dos pais sobre o que realmente acontece com os seus filhos e, por isso, a

    busca por esses conhecimentos se faz importante.

    Aps o percebimento de que existe uma dificuldade de aprendizagem, as

    causas que as geram devem ser determinadas e, a partir de ento, possvel

    buscar as ferramentas adequadas para corrigi-las. claro que, como j foi dito

    durante este estudo, as causas variam muito de pessoa para pessoa, de forma

    que at mesmo a cincia encontre dificuldades em dar respostas e solues para

    esses problemas, o que demanda um cuidado muito mais intenso.

    Ao conhecer as dificuldades das crianas e procurar a ajuda de

    especialistas, o prximo passo informar os professores a respeito dos distrbios

    dos filhos e oferecer recursos, compreenso e apoio. imprescindvel procurar a

    escola e, juntamente com os professores, trabalhar de maneira adequada o

    contedo escolar para no desmotivar a criana.

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    Diante desse cenrio, importante recompensar o comportamento e

    desempenho da criana, atravs de elogios e incentivos para superarem seus

    obstculos. Atitudes como punies e repreenses so capazes apenas de

    causar medo e baixa autoestima nas crianas. preciso estabelecer limites e

    caminhar firmemente, mas sempre mantendo o equilbrio.

    Existem pais que acabam, de alguma forma, se sentindo culpados pelo

    fracasso escolar dos filhos e chegam at mesmo a entrar em pnico. Porm,

    essas reaes fazem com que eles fiquem imobilizados e privem as crianas da

    ajuda que precisam. Eles devem assumir atitudes firmes no sentido de adotar

    uma rotina diria organizada

    As crianas com distrbios de aprendizagem devem ser elogiadas por

    qualquer bom desempenho, sem deixar de lado a disciplina. Elas precisam de

    uma estrutura slida e, oferecer segurana atravs da construo de bons

    vnculos, ajuda a desenvolver nas mesmas um alto nvel de empatia, auxiliando a

    alcanar um comportamento social adequado.

    A escolha de tarefas deve ter como critrio a possibilidade de a criana ser

    bem sucedida, pois isso pode compensar o seu fracasso escolar, desenvolvendo

    a sua autoafirmao e autoestima. Quando essa criana enfrenta limitaes, ela

    precisa ser respeitada e suas dificuldades acatadas.

    18 O PAPEL DA ESCOLA

    conhecido por todo o fato de que a escola tradicional no tem sido capaz de

    atender a demanda brasileira por educao. Se ela no consegue atender nem mesmo

    os estudantes que se encontram em condies normais de aprendizagem, fica ainda

    mais difcil lidar com aqueles que so detentores dos distrbios de aprendizagem aqui

    tratados.

    A escola vista pela populao como o primeiro momento em que a criana , de

    forma concreta, inserida na sociedade depois de j ser integrante de um ncleo familiar.

    No incio da infncia, ela representa o lugar que a criana possui como sendo o seu

    espao. o local onde esto as pessoas que esperam por ela, que querem receb-la e

    esto ali unicamente para ensin-la e ajudar no que for preciso. No se pode esquecer

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    que os grupos de crianas que frequentam a escola so bastante heterogneos e saber

    lidar com cada diferena fundamental. Um dos grandes problemas do ensino tratar

    pessoas diferentes de forma igual. Embora a construo de currculos rgidos e

    contedos previamente estabelecidos sejam mais fceis de serem geridos no mbito da

    administrao, essa no a proposta ideal. claro que todas as crianas devem ter as

    mesmas oportunidades de aprendizado e crescimento, mas isso no significa que o

    mesmo plano de ensino seja efetivo para todas elas. A verdadeira incluso na escola

    envolve reflexes sobre polticas globais de educao e a mudana de objetivos para a

    implantao de um projeto que considere a diversidade dentro de uma escola regular

    para todos. Tal projeto, portanto, deve ser da escola como um todo e no parte do

    trabalho isolado de professores. necessrio trabalhar no sentido de criar projetos

    educativos que incorporem a diversidade na tomada de decises.

    Na maioria das vezes, alunos com distrbios de aprendizagem so obrigados a

    repetirem os anos escolares, como se isso fosse uma espcie de castigo pelo seu

    fracasso escolar. No entanto, a repetio de contedos no faz com que alunos

    repetentes aprendam mais se a forma como o processo de aprendizagem se d, continua

    a mesma, mas muito pelo contrrio, a tendncia que esses alunos abandonem os

    estudos depois de vrias tentativas em vo. No entanto, se a repetio de contedos se

    d de maneira efetiva e a criana compreende que essa atitude tende apenas a ajud-la

    e no puni-la, ela pode ter um lado benfico. Nesse caso, para as crianas, pode

    representar uma chance de recomeo quando a sua autoestima est prejudicada por

    uma srie de fracassos e, para os adolescentes, pode significar uma mudana de postura

    diante dos estudos. Porm, a deciso pela reprovao nunca pode ser tomada de

    maneira isolada, como, por exemplo, motivada pela dificuldade em uma nica matria

    especfica, mas sim, por um conjunto de fatores que realmente sejam capazes de

    justific-la.

    Para os alunos que possuem dificuldades especficas de aprendizagem, a escola

    precisa prever um tempo extra para apoi-los. Esse apoio deve ser entendido por eles

    como um presente e no como um castigo e a forma como isso passado, tambm

    papel da escola. Afinal, preciso estar claro tanto para os educadores, como para os

    alunos, que a construo do conhecimento feito por etapas e, para as crianas, pular

    uma dessas fases ou passar por elas de maneira inadequada, impossibilita que elas

    alcancem as demais.

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    O sucesso das instituies de ensino depende de uma gesto eficiente, uma

    grade curricular organizada, expectativas de aprendizagem elevadas, professores

    motivados, materiais didticos diversificados e formao continuada de educadores.

    A participao dos familiares na vida escolar dos alunos pode ir muito alm do

    acompanhamento das notas e das conversas obrigatrias com professores e diretores. O

    envolvimento destes e outros responsveis no cotidiano da escola atravs do

    acompanhamento de questes ligadas no apenas aos contedos e capacidades das

    crianas, mas tambm a aspectos administrativos pode ser vital para a melhoria da

    educao. A formao e boa gesto dos conselhos escolares so maneiras eficazes de

    se implantar tal participao.

    Aes que a escola pode tomar no sentido de promover o desenvolvimento de

    todas as crianas considerando as peculiaridades de cada uma delas:

    Seguir um projeto educacional que considere uma atuao indisciplinar dos

    profissionais;

    Realizar ajustes na sala de aula que incluam a atribuio de lugares especiais, tarefas

    escolares alternativas ou modificadas e procedimentos de avaliao tambm modificados

    e adaptados.

    A aquisio e o uso de equipamentos especiais como fonadores eletrnicos e

    dicionrios especiais, processadores de textos, calculadoras falantes, livros passados

    para CDs e outros.

    A criao de estratgias de educao especial como horrios diferenciados e mtodos

    voltados para as dificuldades especficas de determinadas crianas.

    A ateno especial para as crianas com distrbios de aprendizagem.

    O desenvolvimento da competncia escolar para o cumprimento de seu papel social.

    A reorganizao das grades curriculares atravs da incluso de atividades esportivas,

    culturais e recreativas; a incluso digital; a discusso de temas atuais e necessrios

    como o meio ambiente, a cidadania, a sade e outros.

    A busca por materiais didticos estimulantes que realmente tenham um significado

    para as crianas.

    A reflexo sobre o seu papel na interrelao com os familiares.

    O trabalho com o respeito dos alunos para que as crianas que enfrentam dificuldades

    em seu aprendizado no sejam discriminadas ou rotuladas pelos demais.

    Maior nmero de professores e especialistas.

    Adequao fsica dos edifcios escolares.

    Preparao profissional dos professores para elaborao de um projeto educativo que

    atenda s novas necessidades, atravs de adaptaes curriculares, dos materiais

    pedaggicos e do sistema de avaliao.

    Apoio psicopedaggico.

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    Tambm papel da escola permitir o desenvolvimento dessa autonomia para que

    o aluno possa crescer e desenvolver a capacidade de querer alcanar horizontes mais

    ousados e prprios.

    19 O PAPEL DOS PROFESSORES

    Considera-se um bom professor aquele capaz de conduzir o maior nmero de

    estudantes ao aprendizado. Esse cenrio faz com que o excesso de alunos com

    dificuldades de aprendizagem indique que o educador no est conseguindo encontrar os

    caminhos adequados para ensin-los. Esses profissionais precisam ser mais bem

    capacitados para colocar o que aprenderam em prtica. As universidades no tem sido

    capazes de formar tais profissionais, porm, refletir sobre a educao brasileira tambm

    constitui parte de seu papel. Um professor no deve apenas dominar contedos, mas sim

    saber transmiti-los de maneira tranquila e adequada aos alunos. As dificuldades escolares,

    independente de suas causas, devem ser objeto de preocupao para os professores na

    tentativa de buscar os reais motivos e desenvolver uma estratgia de ajuda para a

    superao desses obstculos.

    Para isso, necessrio que os professores conheam os seus alunos em primeiro

    lugar. S a partir disso que se torna possvel planejar o que fazer durante o perodo

    escolar. Todas as estratgias criadas devem ser colocadas em prtica, mas a sua

    eficcia depende da sua adequao ao grupo ao qual se destinam. O papel do educador

    despertar no aluno o interesse pelo conhecimento para que ele possa desenvolver a

    sua criatividade e construir a sua prpria histria de vida. Por isso, torna-se fundamental

    no apenas conhecer caractersticas superficiais a respeito de cada aluno, mas sim

    conhecer de maneira mais profunda os seus universos culturais.

    Abaixo esto colocadas algumas atitudes que podem ser tomadas pelos

    professores na tentativa de minimizar as possveis dificuldades de aprendizagem

    apresentadas pelos alunos:

    Uso de variao metodolgica na sala de aula. preciso colocar o assunto de vrias

    formas diferentes at que seja possvel ao aluno compreend-lo.

    Contedos que passam sem ser aprendido acabam se acumulando e se tornam

    problemas maiores, impedindo o aprendizado de outros contedos.

    As crianas que no adquirem os conhecimentos to facilmente como os demais

    colegas, devem ser identificadas e acompanhadas com mais ateno.

    O professor precisa ter conscincia de que a aprendizagem tambm est ligada ao

    afeto. Ele deve conhecer cada um dos seus alunos, bem como as suas dificuldades e

    habilidades.

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    Para dificuldades com a escrita, o uso de folhas com linhas espaadas e lpis grossos

    pode ajudar.

    Para crianas com dficit de ateno, preciso fazer contato visual antes de

    conversar. Certifique-se que o ambiente esteja calmo e permita intervalos frequentes.

    Faz-se necessrio sempre lembrar que a aprendizagem uma relao bilateral e,

    portanto, depende tanto de quem aprende como de quem ensina.

    Os professores nunca devem ressaltar as dificuldades dos alunos e diferenci-los dos

    demais; expressar impacincia diante de dificuldades expressadas pelas crianas;

    corrigir seus erros com frequncia na frente dos demais colegas;

    ignorar suas dificuldades; forar as crianas a fazer lies quando estiverem nervosas

    por no ter conseguido.

    *Deve-se explicar para os alunos quais so as suas dificuldades, dizer que vai ajud-

    los e procurar usar situaes concretas nos problemas.

    Trabalhar sempre a noo de tempo, espao, sequncia e ateno.

    Conhecer o perfil de desenvolvimento esperado para cada faixa etria.

    Ser capaz de analisar as potencialidades de desenvolvimento e aprendizagem da

    criana, para poder estabelecer os objetivos e os recursos educativos necessrios

    para melhor alcan-las.

    Priorizar o respeito pela singularidade das pessoas e por seu ritmo de aprendizagem.

    Procurar promover a autonomia de todos os estudantes.

    Ter como objetivo fazer de cada escola um sistema organizado de preparao e

    facilitao do desenvolvimento integral de todos os alunos e no apenas daqueles

    com maior ou menor facilidade de aprendizagem.

    Deve-se respeitar cada criana em seu estado de desenvolvimento.

    20 OUTRAS ORIGENS DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

    Elementos como o Autismo, a Sndrome de Down, a Deficincia Mental, a

    Sndrome de Asperger e outros, tambm causam dificuldades no processo de ensino-

    aprendizagem para aqueles que os possuem.

    Eles no implicam apenas em dificuldades especficas como, por exemplo, a

    compreenso da matemtica, mas tornam difcil todo o processo de aprendizagem,

    independente da rea em que se aplica, ou seja, implicam em dificuldades globais.

    Vejam:

    20.1 AUTISMO

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    O autismo uma desordem global que causa reaes como, por exemplo, o no

    desenvolvimento normal da inteligncia. Isso se situa na dificuldade de desenvolver

    relaes sociais normais e em comportamentos compulsivos e ritualsticos. Embora

    algumas pessoas tenham inteligncia e fala intacta, outras possuem srios retardos em

    seu desenvolvimento da linguagem.

    Existem alguns mitos que envolvem o autismo como o de que pessoas autistas

    vivem em seus prprios mundos, fechadas para as outras pessoas e interagindo apenas

    com o ambiente por elas criado. Essa crena se deve ao simples fato desses indivduos

    encontrarem dificuldades para se comunicar, no conseguindo iniciar, manter ou terminar

    uma simples conversa.

    Algumas caractersticas que podem ser encontradas em indivduos com autismo

    so:

    Dificuldade de relacionamento com outras pessoas, riso inapropriado, pouco ou

    nenhum contato visual, insensibilidade dor, preferncia pela solido, ausncia de

    respostas aos mtodos normais de ensino, insistncia em repetio, resistncia

    mudana de rotina, no tm real medo de perigo, repetem palavras ou frases em lugar da

    linguagem normal (Ecolalia), recusam colo ou carinhos, agem como se estivessem

    surdos, demonstram extrema aflio sem razo aparente e habilidade motora irregular.

    Essas so caractersticas possveis de serem encontradas em pessoas autistas,

    porm, preciso lembrar que elas nem sempre se manifestam da mesma forma em

    todos os indivduos, podendo sofrer variaes. Elas tambm podem ser diferentes de

    acordo com a faixa etria, de onde surge a importncia da ajuda de especialistas para o

    diagnstico e o aconselhamento sobre as maneiras adequadas de lidar com o autismo.

    Os exames para detect-lo so realizados em clnicas especializadas. Pode ser

    necessria uma srie de testes como, por exemplo, os auditivos, os que detectam

    alergias alimentares e outros essenciais para a elaborao de um diagnstico preciso. Os

    tratamentos variam de caso a caso de acordo com as necessidades de cada um e seu

    respectivo quadro clnico.

    Normalmente, os autistas tm uma expectativa de vida alta quando comparados

    mdia da populao. Porm, os transtornos causados nessas pessoas esto presentes o

    tempo todo e no h possibilidades de alterar esse quadro, mas apenas lidar com ele de

    maneira adequada.

    Esses indivduos devem estar em contato com profissionais capazes de lidar com

    os mesmos como os especialistas em pediatria, neurologia, psiquiatria, psicologia,

    pedagogia, terapia ocupacional, fisioterapia e outros. A orientao familiar tambm um

    fator fundamental e a base de tratamentos teraputicos.

    No existem tratamentos ou medicamentos especficos para o autismo, mas

    preciso que os indivduos responsveis e que convivem com pessoas autistas se

    empenhem em ajudar no seu desenvolvimento com competncia e compreenso.

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    20.2 SNDROME DE ASPERGER

    Esta sndrome est ligada ao autismo, diferenciando-se dele por no causar

    dificuldades globais no desenvolvimento cognitivo (apreenso do conhecimento) e na

    linguagem das pessoas. Porm, essa diferena no suficiente para determinar se um

    indivduo autista ou possui sndrome de asperger, afinal, alguns deles tambm podem

    apresentar dificuldades na comunicao, da mesma forma que determinadas crianas

    autistas tambm so capazes de desenvolver a fala.

    As crianas inicialmente tm um desenvolvimento aparentemente normal, mas, no

    decorrer dos anos, acabam se tornando montonas, com caractersticas peculiares e

    apresentam, com frequncia, preocupaes obsessivas. Sua capacidade de interagir com

    as outras crianas se torna mnima, pois elas tm um comportamento que caminha no

    sentido de distanciar-se das pessoas. Sua forma de se vestir tambm pode parecer

    estranhamente alinhada e a grande dificuldade de socializao, tende a torn-la solitria.

    Indivduos com essa sndrome tambm apresentam prejuzos na coordenao motora e

    na percepo viso-espacial. Comparando-se s demais crianas, eles podem aprender

    coisas na idade prpria, outros cedo demais e alguns podem aprender tarde demais ou

    apenas quando so cuidadosamente ensinados.

    As medidas para lidar com portadores dessa sndrome se aproximam muito do

    tratamento destinado aos autistas, j que a melhor maneira de faz-lo, independente da

    sndrome ou distrbio, atravs da procura de profissionais especializados, do

    envolvimento da famlia e outras.

    20.3 DEFICINCIA MENTAL

    A deficincia mental, tambm chamada de deficincia intelectual, aponta

    problemas que se situam no crebro, causando uma baixa aquisio e produo de

    conhecimento, ou seja, provocando no sujeito dificuldades de aprendizagem devido ao

    baixo nvel intelectual.

    Ela pode ser causada por inmeros fatores como questes de ordem gentica;

    complicaes ocorridas ao longo da gestao, do parto ou nos ps-natais e outros. Esses

    acontecimentos comprometem as funes intelectuais da criana e tem repercusses

    para toda a vida.

    importante que no se confunda a deficincia mental como uma doena mental.

    O portador de necessidades especiais mantm a percepo de si mesmo e da realidade

    que o cerca, sendo capaz de tomar decises importantes sobre assuntos da sua vida. J

    o doente mental, tem o discernimento comprometido necessitando de apoios maiores no

    seu cotidiano.

    Existe uma parcela entre os portadores de deficincia mental que manifestam

    algum tipo de ligao com problemas como a sndrome do pnico, a depresso, a

    esquizofrenia e outros. Isso acontece porque as deficincias mentais podem atingir o

    comportamento dos indivduos, j que lesam reas cerebrais como as responsveis pelo

    poder de concentrao e o humor.

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    importante que pessoas com essa deficincia no sejam bajuladas por seus

    familiares, pois esse tratamento pode impedir que elas desenvolvam sua independncia,

    fazendo com que as mesmas sempre precisem de ajuda ainda que para realizarem

    simples atos, limitando a sua capacidade de se relacionar com a sociedade. Assim,

    preciso que se dedique a elas a ateno necessria, dosando-a na medida certa.

    20.4 SNDROME DE DOWN

    A sndrome de Down causada por alteraes genticas que podem ter trs

    origens diferentes:

    _ Trissomia 21: Esta a causa mais comum presente na sndrome de Down. As

    pessoas possuem 47 cromossomos em todas as clulas. Isso acontece em 95% dos

    casos.

    _ Mosaico: Problema gentico pouco conhecido caracterizado por uma alterao

    gentica que compromete apenas parte das clulas, ou seja, algumas clulas tm 47 e

    outras 46 cromossomos.

    _ Translocao: Acontece quando o cromossomo extra do par 21 "gruda" em

    outro cromossomo. Embora o indivduo tenha os 46 cromossomos, ele ser portador da

    Sndrome de Down em funo desta alterao.

    21 COMO USAR A LEGISLAO

    Existe uma srie de leis criada em funo do atendimento educacional dos

    estudantes que possuem dificuldades de aprendizagem dos mais diversos tipos. Ter

    conhecimento acerca dessa legislao de extrema importncia para aqueles que so

    responsveis ou tm contato com indivduos com dificuldades de aprendizagem.

    Na maioria das vezes, as pessoas no tm conhecimentos considerveis acerca

    da legislao no que se refere ao processo educativo. preciso ter claro que o acesso

    educao constitui um direito bsico de todos os cidados e ele deve ser exercido. O

    aluno precisa dispor, gratuitamente, de material didtico e transporte para ir e voltar da

    escola, alimentao e assistncia sade.

    Embora no existam leis que se dirijam diretamente educao das crianas com

    distrbios de aprendizagem, h uma legislao destinada ao atendimento da educao

    especial e das dificuldades de aprendizagem de uma maneira geral, sendo de extrema

    importncia que ela seja conhecida. A educao especial um direito adquirido ao longo

    da conquista dos direitos humanos. A garantia de acesso educao e a permanncia

    na escola requer a prtica de uma poltica de respeito s diferenas individuais.

    Entre os objetivos colocados esto a promoo da interao social, o

    desenvolvimento de prticas de educao fsica, atividades sociais, a promoo do direito

    de escolha, o desenvolvimento de atividades lingusticas, o incentivo autonomia e a

    possibilidade de desenvolvimento social, cultural, artstico e profissional das crianas

    especiais.

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    Porm, sabe-se das dificuldades enfrentadas pelo sistema de ensino brasileiro.

    Antes que a educao especial possa ser assegurada, faz-se necessrio que outras

    medidas sejam tomadas como o aumento da oferta de servios de educao especial

    com equipamentos, a existncia de equipes suficientemente qualificadas, materiais

    didticos adaptados, espaos fsicos adequados, a criao de programas de preparo

    para o trabalho, o estmulo aprendizagem no tradicional, a orientao da famlia e

    muito mais. Entretanto, o problema escolar j to conhecido e difundido pela populao

    dificulta ainda mais o acesso de muitas crianas ao ensino de que precisam e ao qual

    tm direito.

    A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educao) e o ECA (Estatuto da Criana e do

    Adolescente) estabelecem determinadas normas para a educao no sentido de atender

    tanto as crianas especiais, como aquelas que possuem dificuldades causadas por

    outros motivos.

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    22 BIBLIOGRAFIAS

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