18Literatura - Pitta

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Inclusão para a Vida Literatura Pré-Vestibular da UFSC AUTORES CARACTERÍSTICAS QUINHENTISMO 1500 1° Documento escrito em terras brasileiras: Carta a D. Manuel. Gêneros: poesia lírica e épica, teatro Crônicas Pero Vaz de Caminha. Teatro José de Anchieta. Valorização do homem (antropocentrismo); paganismo (maravilhoso pagão); superioridade do homem sobre a natureza; objetividade; racionalismo; universalidade; saber concreto dos valores greco-romanos; rigor métrico e rítmico: equilíbrio e harmonia. BARROCO 1601 Bento Teixeira: Prosopopeia. Padre Antônio Vieira oratória (sermões) Gregório de Matos (Boca do Inferno) poesia satírica poesia sacra (religiosa) poesia amorosa Arte dos contrastes ; antinomia homem/céu; homem/terra; visualização e plasticidade; fugacidade; irracionalismo; unidade e abertura (perspectivas múltiplas para o observador); luta entre o profano e o sagrado. Culto a elementos evanescentes (água/vento). Movimento ligado ao espírito da Contra-Reforma; jogos de metáforas; riqueza de imagens; gosto pelo pormenor; malabarismo verbal – uso de: hipérbato, hipérbole, metáforas e antíteses. ARCADISMO 1768 Cláudio Manuel da Costa: Obras Poéticas. Poesia lírica Cláudio Manuel da Costa Tomás Antônio Gonzaga Silva Alvarenga Alvarenga Peixoto Poesia épica Basílio da Gama Santa Rita Durão Arte do equilíbrio e da harmonia ; busca do racional, do verdadeiro e da natureza (Bucolismo); retorno às concepções de beleza do Renascimento; poesia objetiva e descritiva; aurea mediocritas; o objetivo arcádico de uma vida serena e bucólica; pastoralismo; valorização da mitologia; técnica da simplicidade. Leitura linear e regrada: inutilia truncat (cortar o inútil), carpe diem (aproveitar o dia), fugere urbem (fugir da cidade = Rousseau) ROMANTISMO 1836 Gonçalves de Magalhães Suspiros Poéticos e Saudades. Poesia 1ª Geração Gonçalves Dias 2 ª Geração Álvares de Azevedo Casimiro de Abreu Fagundes Varela Junqueira Freire 3 ª Geração Castro Alves Prosa Urbano Joaquim Manuel de Macedo Manuel Antônio de Almeida Regional Bernardo Guimarães Visconde de Taunay Indianista/Histórico/Regional/Urbano José de Alencar. 1 ª Geração: nacionalismo, ufanismo, natureza, religião (cristianismo), indianismo/medievalismo. 2 ª Geração: mal do século, evasão, solidão, profundo pessimismo, anseio de morte, Ultra-Romantismo, Byronismo, saudosismo. 3 ª Geração: Condoreirismo, liberdade. Oratória reivindicatória, literatura social e engajada. Hipérbole. Geral: imaginação, fantasia, sonho, idealização, sonoridade, simplicidade, subjetivismo, sintaxe emotiva, liberdade criadora, idealização da mulher, cor local, fuga da realidade, bem X mal, final feliz

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    Pr-Vestibular da UFSC

    AUTORES CARACTERSTICAS

    QUIN

    HEN

    TISM

    O

    1500 1 Documento escrito em terras brasileiras: Carta a D. Manuel. Gneros: poesia lrica e pica, teatro

    Crnicas Pero Vaz de Caminha.

    Teatro Jos de Anchieta.

    Valorizao do homem (antropocentrismo); paganismo (maravilhoso pago); superioridade do homem sobre a natureza; objetividade; racionalismo; universalidade; saber concreto dos valores greco-romanos; rigor mtrico e rtmico: equilbrio e harmonia.

    BAR

    RO

    CO

    1601 Bento Teixeira: Prosopopeia.

    Padre Antnio Vieira oratria (sermes)

    Gregrio de Matos (Boca do Inferno)

    poesia satrica poesia sacra (religiosa) poesia amorosa

    Arte dos contrastes; antinomia homem/cu; homem/terra; visualizao e plasticidade; fugacidade; irracionalismo; unidade e abertura (perspectivas mltiplas para o observador); luta entre o profano e o sagrado. Culto a elementos evanescentes (gua/vento). Movimento ligado ao esprito da Contra-Reforma; jogos de metforas; riqueza de imagens; gosto pelo pormenor; malabarismo verbal uso de: hiprbato, hiprbole, metforas e antteses.

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    MO

    1768 Cludio Manuel da Costa: Obras Poticas.

    Poesia lrica Cludio Manuel da Costa Toms Antnio Gonzaga Silva Alvarenga Alvarenga Peixoto

    Poesia pica Baslio da Gama Santa Rita Duro

    Arte do equilbrio e da harmonia; busca do racional, do verdadeiro e da natureza (Bucolismo); retorno s concepes de beleza do Renascimento; poesia objetiva e descritiva; aurea mediocritas; o objetivo arcdico de uma vida serena e buclica; pastoralismo; valorizao da mitologia; tcnica da simplicidade. Leitura linear e regrada: inutilia truncat (cortar o intil), carpe diem (aproveitar o dia), fugere urbem (fugir da cidade = Rousseau)

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    1836 Gonalves de Magalhes Suspiros Poticos e Saudades.

    Poesia 1 Gerao

    Gonalves Dias 2 Gerao

    lvares de Azevedo Casimiro de Abreu Fagundes Varela Junqueira Freire

    3 Gerao Castro Alves

    Prosa Urbano

    Joaquim Manuel de Macedo Manuel Antnio de Almeida

    Regional Bernardo Guimares Visconde de Taunay

    Indianista/Histrico/Regional/Urbano Jos de Alencar.

    1 Gerao: nacionalismo, ufanismo, natureza, religio (cristianismo), indianismo/medievalismo. 2 Gerao: mal do sculo, evaso, solido, profundo pessimismo, anseio de morte, Ultra-Romantismo, Byronismo, saudosismo. 3 Gerao: Condoreirismo, liberdade. Oratria reivindicatria, literatura social e engajada. Hiprbole. Geral: imaginao, fantasia, sonho, idealizao, sonoridade, simplicidade, subjetivismo, sintaxe emotiva, liberdade criadora, idealizao da mulher, cor local, fuga da realidade, bem X mal, final feliz

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    BARROCO Pecado contrito aos ps do Cristo crucificado.

    Ofendi-vos, meu Deus, bem verdade, Verdade , meu Senhor, que hei delinquido, Delinquido vos tenho, e ofendido, Ofendido vos tem minha maldade.

    Maldade, que encaminha a vaidade, Vaidade, que todo me h vencido, Vencido quero ver-me e arrependido, Arrependido a tanta enormidade, Arrependido estou de corao, De corao vos busco, dai-me abraos, Abraos, que me rendem vossa luz.

    Luz, que claro me mostra a salvao, A salvao pretendo em tais abraos Misericrdia, amor, Jesus, Jesus!

    Descreve o que era naquele tempo a cidade da Bahia.

    A cada canto um grande conselheiro, Que nos quer governar cabana e vinha; No sabem governar sua cozinha, E podem governar o mundo inteiro.

    Em cada porta um bem frequente olheiro, Que a vida do vizinho e da vizinha Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha, Para levar praa e ao terreiro.

    Muitos mulatos desavergonhados, Trazidos sob os ps os homens nobres, Posta nas palmas toda a picardia,

    Estupendas usuras nos mercados, Todos os que no furtam muitos pobres: E eis aqui a cidade da Bahia.

    Moralidade sobre o dia de quarta-feira de cinzas.

    Que s terra, homem, e em terra hs de tornar-te, Te lembra hoje Deus por sua Igreja; De p te faz espelho, em que se veja A vil matria, de que quis formar-te.

    Lembra-te Deus, que s p para humilhar-te, E como o teu baixel sempre fraqueja Nos mares da vaidade, onde peleja, Te pe vista a terra, onde salvar-te.

    Alerta, alerta, pois, que o vento berra Se assopra a vaidade e incha o pano, Na proa a terra tens, amaina e ferra.

    Todo o lenho mortal, baixel humano; Se busca a salvao, toma hoje terra, Que terra de hoje porto soberano.

    ARCADISMO Soneto XLVI

    No vs, Nise, brincar esse menino Com aquela avezinha? Estende o brao; Deixa-a fugir; mas apertando o lao A condena outra vez ao seu destino.

    Nessa mesma figura, eu imagino, Tens minha liberdade; pois ao passo Que cuido que estou livre do embarao, Ento me prende mais meu desatino.

    Em um contnuo giro o pensamento Tanto a precipitar-me se encaminha, Que no vejo onde para o meu tormento.

    Mas se fora menos mal esta nsia minha, Se me faltasse a mim o entendimento Como falta razo a esta avezinha.

    Texto I

    Eu, Marlia, no sou algum vaqueiro, Que viva de guardar alheio gado, De tosco trato; de expresses grosseiro, Dos frios gelos e dos sis queimado. Tenho prprio casal e nele assisto; D-me vinho, legume, fruta, azeite; Das brancas ovelhinhas tiro o leite E as mais finas ls, de que me visto. Graas, Marlia bela, Graas minha estrela!

    Texto VII

    Os seus compridos cabelos, Que sobre as costas ondeiam, So que os de Apolo mais belos, Mas de outra cor no so. Tm a cor da negra noite, E com o brao do rosto Fazem, Marlia, um composto Da mais formosa unio.

    Texto VIII

    Os teus olhos espelham a luz divina, A quem a luz do sol no se atreve; Papoila ou rosa delicada e fina Te cobre as faces, que so da cor da neve. Os teus cabelos so uns fios douro; Teu lindo corpo blsamo vapora.

    ROMANTISMO Canto da Morte

    Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi: Sou filhos das selvas, Nas selvas cresci; Guerreiros, descendo Da tribo tupi.

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    Da tribo pujante, Que agora anda errante Por fado inconstante, Guerreiros, nasci: Sou bravo, sou forte, Sou filho do Norte; Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi. (...)

    A Maldio do Pai

    Tu choraste em presena da morte? Na presena de estranhos choraste? No descende o cobarde do forte; Pois choraste, meu filho no s! Possas tu, descendente maldito De uma tribo de nobres guerreiros, Implorando crueis forasteiros, Seres presa de vis Aimors.(...)

    Cano do Exlio

    Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabi; As aves que aqui gorjeiam, No gorjeiam como l.

    Nosso cu tem mais estrelas, Nossas vrzeas tm mais flores, Nossos bosques tm mais vida, Nossa vida mais amores.

    Em cismar, sozinho, noite, Mais prazer encontro eu l; Minha vida tem palmeiras, Onde canta o Sabi.

    Minha terra tem primores, Que tais no encontro eu c; Em cismar - sozinho, noite - Mais prazer encontro eu l; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabi.

    No permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para l; Sem que desfrute os primores Que no encontro por c; Sem quinda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabi. (Coimbra, julho 1843)

    Se Eu Morresse Amanh

    Se eu morresse amanh, viria ao menos Fechar meus olhos minha triste irm; Minha me de saudades morreria Se eu morresse amanh!

    Quanta glria pressinto em meu futuro, Que aurora de porvir e que manh! Eu perdera chorando essas coroas

    Se eu morresse amanh!

    Que sol! Que cu azul! Que doce nalva Acorda a natureza mais lou! No me batera tanto amor no peito Se eu morresse amanh!

    Mas essa dor da vida que devora A nsia de glria, o dolorido af ... A dor no peito emudecera ao menos Se eu morresse amanh!

    Lembrana de Morrer

    Quando em meu peito rebentar-se a fibra, Que o esprito enlaa dor vivente, No derramem por mim nenhuma lgrima Em plpebra demente.

    E nem desfolhem na matria impura A flor do vale que adormece ao vento: No quero que uma nota de alegria Se cale por meu triste pensamento.

    Eu deixo a vida como deixa o tdio Do deserto, o poento caminheiro - Como as horas de um longo pesadelo Que se desfaz ao dobre de um sineiro;

    (...)Descansem o meu leito solitrio Na floresta dos homens esquecida, sombra de uma cruz, e escrevam nela: Foi poeta - sonhou - e amou na vida.

    Meus Oito Anos

    Oh! Que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infncia querida Que os anos no trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais!

    Como so belos os dias Do despontar da existncia! - Respira a alma inocncia Como perfumes a flor; O mar - lago sereno,

    O cu - um manto azulado, O mundo - um sonho dourado, A vida - um hino damor!

    Que auroras, que sol, que vida, Que noites de melodia Naquela doce alegria, Naquele ingnuo folgar! O cu bordado d estrelas, A terra de aromas cheia, As ondas beijando a areia E a lua beijando o mar!

    Oh! Dias da minha infncia! Oh! Meu cu de primavera! Que doce a vida no era Nessa risonha manh! Em vez de mgoas de agora, Eu tinha nessas delcias De minha me as carcias E beijos de minha irm!

    Livre filho das montanhas, Eu ia bem satisfeito, Da camisa aberto o peito, - Ps descalos, braos nus - Correndo pelas campinas roda das cachoeiras,

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    Atrs das asas ligeiras Das borboletas azuis!

    Cntico do Calvrio memria de meu filho morto a 11 de dezembro de 1863

    Eras na vida a pomba predileta Que sobre um mar de angstias conduzia O ramo da esperana. - Eras a estrela Que entre as nvoas do inverno cintilava Apontando o caminho ao pegureiro. Eras a messe de um dourado estio. Eras o idlio de um amor sublime. Eras a glria, - a inspirao, - a ptria, O porvir de teu pai! - Ah! No entanto, Pomba, - varou-te a flecha do destino! Astro, engoliu-te o temporal no norte! Teto, - caste! Crena, j no vives!(...)

    Boa noite

    Boa-noite, Maria! Eu vou-me embora. A lua das janelas bate em cheio. Boa-noite, Maria! tarde... tarde... No me apertes assim contra teu seio.

    Boa noite!... E tu dizes - Boa noite, Mas no mo digas assim por entre beijos... Mas no mo digas descobrindo o peito, - Mar de amor onde vagam meus desejos.(...)

    Vozes dfrica (trecho)

    Deus! Deus! Onde ests que no respondes? Em que mundo, em questrela tu tescondes Embuado nos cus? H dois mil anos te mandei meu grito, Que embalde desde ento corre o infinito... Onde ests, Senhor Deus?...

    Qual Prometeu tu me amarraste um dia Do deserto na rubra penedia - Infinito: gal!... Por abutre - me deste o sol cadente, E a terra de Suez - foi a corrente

    Que me ligaste ao p... (...) A Europa sempre Europa, a gloriosa!... A mulher deslumbrante e caprichosa, Rainha e cortes. Artista - corta o mrmor de Carrara; Poetisa - tange os hinos de Ferrara, No glorioso af!... (...) Hoje em meu sangue a Amrica se nutre - Condor que transformara-se em abutre,

    Ave da escravido, Ela juntou-se s mais ... irm traidora Qual de Jos os vis irmos de outrora Venderam seu irmo.

    Basta, Senhor! De teu potente brao Role atravs dos astros e do espao Perdo pra os crimes meus!... H dois mil anos... eu soluo um grito... Escuta o brado meu l no infinito, Meu Deus! Senhor, meu Deus!!...

    Iracema (Jos de Alencar)

    Pousando a criana nos braos paternos, a desventurada me desfaleceu como a jetica, se lhe arranca o bulbo. O esposo viu ento como a dor tinha consumido o seu belo corpo; mas a formosura ainda morava nela, como o perfume da flor cada do manac.

    Iracema no se ergueu mais da rede onde a pousaram os aflitos braos de Martim. O terno esposo, em que o amor renascera com o jbilo paterno, acercou de carcias que encheram sua alma de alegria, mas no a puderam tornar vida: o estame de sua flor se rompera. O doce lbio emudeceu para sempre; o ltimo lampejo despediu-se dos olhos baos.

    Poti amparou o irmo na grande dor, Martim sentiu quanto um amigo verdadeiro precioso na desventura: como o outeiro que abriga do vendaval o tronco forte e robusto do Ubirat, quando o cupim lhe broca o mago. O camucim que recebeu o corpo de Iracema, embebida em resinas odorferas, foi enterrado ao p do coqueiro, borda do rio. Martim quebrou um ramo de murta, a folha da tristeza, e deitou-o no jazigo de sua esposa. A jandaia pousada no olho da palmeira repetia tristemente: Iracema! Desde ento os guerreiros potiguaras que passavam perto da cabana abandonada, e ouviam ressoar a voz plangente da ave amiga, afastavam-se com a alma cheia de tristeza do coqueiro onde cantava a jandaia. E foi assim que um dia veio a chamar-se Cear o rio onde crescia o coqueiro, e os campos onde serpeja o rio.

    O Guarani (Jos de Alencar)

    Ceclia abriu os olhos e vendo seu amigo junto dela, ouvindo ainda suas palavras, sentiu o enlevo que deve ser o gozo da vida eterna. Sim?...murmurou ela, viveremos!... l no cu, no seio de Deus, junto daqueles que amamos!...

    O anjo espanejava-se para remontar o bero. Sobre aquele azul que tu vs, continuou ela,

    Deus mora no seu trono, rodeado dos que O adoram. Ns iremos l, Peri! Tu vivers com tua irm, sempre!...

    Ela embebeu os olhos nos olhos do seu amigo, e lnguida reclinou a loura fronte.

    O hlito ardente de Peri bafejou-lhe a face. Fez-se no semblante da virgem um ninho de

    castos rubores e lnguidos sorrisos: os lbios abriram como asas purpreas de um beijo soltando o voo.

    A palmeira arrastada pela torrente impetuosa fugia...

    E sumiu-se no horizonte...

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    Tarefa Mnima

    1. (PUC-RJ) Quais dessas afirmaes caracterizavam a poesia realizada no Brasil no sculo XVIII? 01. Preocupa-se em descrever uma atmosfera

    denominada locus amoenus. 02. A poesia seguia o tema de cortar o intil do

    texto. 04. As amadas eram ninfas lembrando a mitologia

    grega e romana. 08. Os poetas da poca no se expressaram no

    gnero pico.

    2. (UFPR) Enquanto pasta, alegre, o manso gado, minha bela Marlia, nos sentemos sombra deste cedro levantado. Um pouco meditemos Na regular beleza,

    Que em tudo quanto vive nos descobre A sbia natureza.

    Atente como aquela vaca preta O novilhinho seu mais separa, e o lambe, enquanto chupa a lisa teta. Atente mais, cara, Como a ruiva cadela Suporta que lhe morda o filho o corpo, e salte em cima dela.

    Com relao ao fragmento acima, de uma lira de Toms Antnio Gonzaga, podemos afirmar que:

    01. apresenta uma expresso potica altamente subjetiva.

    02. apresenta uma ntida concepo de poesia de cunho pedaggico, ao gosto barroco.

    04. apresenta a clareza, a simplicidade e a verossimilhana como caractersticas evidentes.

    08. apresenta, como caracterstica pr-romntica, uma preocupao idealizante em relao natureza.

    16. apresenta um clima pastoral, conveno potica rcade que tematiza a naturalidade e o equilbrio como formas ideais das relaes humanas.

    3. (PUC-PR) Nos romances Senhora e Lucola, Jos de Alencar apresenta como qualidade mais importante:

    a) exame psicolgico das personagens femininas; b) anlise do contexto social e poltico do Brasil

    do segundo imprio; c) estudo das transformaes sociais e seu reflexo

    sobre o comportamento das personagens; d) estudo do problema amor X dinheiro e sua

    crtica; e) verificao das diferenas entre o interior e a

    capital, considerando que as personagens mais importantes so originrias do interior do Brasil.

    4. O padre Antnio Vieira celebrizou-se: a) no sculo XVII, pela sua extraordinria

    parentica barroca. b) no sculo XX, pela riqueza e beleza de seus

    ensaios. c) no sculo XIX, por ser historiados e cronista

    dos tempos coloniais. d) no sculo XVIII, pelo jornalismo lcido e

    equilibrado que fez na Colnia. e) no sculo XVI, por suas atitudes vacilantes em

    relao ao invasor holands protestante.

    5. (FUVEST-SP) Que s terra, homem, e em terra hs de tornar-te

    Te lembra hoje Deus por sua Igreja; De p te faz espelhos, em que se veja A vil matria, de que quis formar-se.

    Pelas caractersticas do quarteto acima podemos dizer que ele se enquadra no:

    a) Barroco b) Arcadismo c) Romantismo d) Parnasianismo e) Modernismo

    6. (FUVEST-SP) Nasce o Sol, e no dura mais que um dia,

    Depois da luz, se segue a noite escura, Em tristes sombras morre a formosura, Em contnuas tristezas a alegria.

    Na estrofe acima, de um soneto de Gregrio de matos Guerra, a principal caracterstica do Barroco :

    a) o culto da natureza b) a utilizao de rimas alternadas c) a forte presena de antteses d) o culto do amor corts e) o uso de aliteraes

    7. (PUC-SP) Que falta nesta cidade? Verdade. Que mais por sua desonra? Honra.

    Falta mais que lhe ponha? Vergonha. O demo a viver se exponha,

    Por mais que a fama a exalta, Numa cidade onde falta

    Verdade, honra, vergonha.

    Pode-se reconhecer nestes versos, de Gregrio de Matos:

    a) o carter de jogo verbal prprio do estilo Barroco, a servio de uma crtica, em tom de stira, do perfil moral da cidade da Bahia.

    b) o carter de jogo verbal prprio da poesia religiosa do sculo XVI, sustentando piedosa lamentao pela falta de f do gentio.

    c) o estilo pedaggico da poesia neoclssica, por meio da qual o poeta se investe das funes de um autntico moralizador.

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    d) o carter de jogo verbal prprio do estilo Barroco, a servio da expresso lrica, do arrependimento do poeta pecador.

    e) o estilo pedaggico da poesia neoclssica, sustentando em tom lrico as reflexes do poeta sobre o perfil moral da cidade da Bahia.

    8. (FAUS-SP) O indianismo de nossos poetas romnticos : a) forma de apresentar o ndio em toda a sua

    realidade objetiva. O ndio como elemento tnico da futura raa brasileira.

    b) meio de reconstruir o grave perigo que o ndio representava durante a instalao da capital de So Vicente.

    c) modelo francs seguido no Brasil. Uma necessidade de exotismo que em nada difere do modelo europeu.

    d) meio de eternizar liricamente a aceitao, pelo ndio, de nossa civilizao que se instalava.

    e) forma de apresentar o ndio como motivo esttico. Idealizao com simpatia e piedade. Exaltao da bravura, do herosmo e de todas as qualidades morais superiores.

    9. (UFJF-MG) Em relao ao Romantismo brasileiro, quais afirmaes so verdadeiras? 01. expresso do nacionalismo atravs da descrio

    dos costumes e regies do Brasil. 02. expresso potica de temas confessionais,

    indianistas e humanistas. 04. desenvolvimento do teatro nacional. 08. anlise crtica e cientfica dos fenmenos da

    sociedade brasileira. 16. caracterizao do romance como forma de

    entretenimento e moralizao.

    10. (UFRGS) A produo de lvares de Azevedo , no Brasil, a maior expresso: a) do culto natureza. b) do cientificismo c) da arte pela arte d) do culto ao bom selvagem e) do mal-do-sculo

    11. (FUVEST-SP) Sobre o romance indianista de Jos de Alencar, pode-se afirmar que: a) analisa as reaes psicolgicas da personagem

    como um efeito das influncias sociais. b) um composto resultante de formas originais do

    conto. c) d forma ao heri amalgamando-o vida da

    natureza. d) representa contestao poltica ao domnio

    portugus. e) mantm-se preso aos modelos legados pelos

    clssicos.

    12. (UFSC) Considere as afirmativas sobre o Barroco e o Arcadismo e some as corretas sobre o Arcadismo.

    01. Simplificao da lngua literria ordem direta imitao dos antigos gregos e romanos.

    02. Valorizao dos sentidos imaginao exaltada emprego de vocbulos raros.

    04. Vida campestre idealizada como verdadeiro estado de poesia clareza harmonia.

    08. Emprego frequente de trocadilhos e de perfrases malabarismos verbais oratria.

    16. Sugestes de luz, cor e som anttese entre vida e morte esprito cristo antiterreno.

    32. Bucolismo Epopeia Pseudnimos.

    13. (UNIFOR-CE) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada. TEXTO I

    a vaidade, Fbio, nesta vida Rosa que, da manh lisonjeada, Prpuras mil, com ambio dourada, Airosa rompe, arrasta presumida.

    TEXTO II

    Fatigado de calma se acolhia Junto o rebanho sombra dos salgueiros, E o sol, queimando speros oiteiros, Com violncia maior no campo ardia.

    A natureza, para os poetas ......., era a fonte de smbolos (rosa, cristal, gua), que transcenderam do material para o espiritual (Texto I); para os poetas ......., era sobretudo o cenrio idealizado, dentro do qual se podia ser feliz. (Texto II).

    a) romnticos parnasianos b) parnasianos simbolistas c) rcades romnticos d) simbolistas barrocos e) barrocos rcades

    14. Sobre o Arcadismo brasileiro pode-se afirmar que:

    01. tem suas fontes nos antigos grandes autores gregos e latinos, dos quais imita os motivos e as formas.

    02. teve em Cludio M. da Costa o representante que, de forma original, recusou a motivao buclica e os modelos camonianos da lrica amorosa.

    04. nos legou os poemas de feio pica Caramuru (de Frei Jos de Santa Rita Duro) e O Uraguai (de Baslio da Gama) e na poesia satrica Gregrio de Matos.

    08. norteou, em termos dos valores ticos bsicos, a produo dos versos de Marlia de Dirceu, obra que celebrizou Toms Antnio Gonzaga e que destaca a originalidade de estilo e de tratamento local dos temas pelo autor.

    16. apresentou uma corrente de conotao ideolgica, envolvida com as questes sociais do seu tempo, com a crtica aos abusos do poder da Coroa Portuguesa.

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    15. (FMABC-SP) Assinale a alternativa em que se encontram trs caractersticas do movimento literrio ao qual se d o nome de Romantismo:

    a) predomnio da razo, perfeio da forma, imitao dos antigos gregos e romanos.

    b) reao anticlssica, busca de temas nacionais, sentimentalismo e imaginao.

    c) anseio de liberdade criadora, busca de verdades absolutas e universais, arte pela arte.

    d) desejo de expressar a realidade objetiva, erotismo, viso materialista do universo

    e) preferncia por temas medievais, rebuscamento de contedo e de forma, tentativa de expressar a realidade inconsciente.

    16. (UCP-PR) Livros indianistas de Jos de Alencar: a) Iracema, Ubirajara, Inocncia b) O Guarani, Iracema, A escrava Isaura c) A Moreninha, Iracema, Lucola d) Memrias de um Sargento de Milcias, O Guarani,

    O tronco do ip e) Ubirajara, O Guarani, Iracema.

    17. (UFPR) Com relao ao Barroco, correto afirmar que:

    01. Os princpios da analogia, transformao e contrastes so as principais matizes que subjazem aos diversos processos estilsticos do movimento.

    02. Como estado de esprito o movimento reflete angstia e tenso existencial.

    04. um movimento ps-romntico que se desenvolveu principalmente nos pases da Pennsula Ibrica.

    08. Esteticamente o movimento apresenta duas tendncias principais e o conceptismo que enfatiza o contedo e a complexidade das ideias.

    16. Historicamente o movimento est intimamente relacionado contrarreforma que atuou de modo marcante no campo da literatura, da arquitetura e da msica.

    18. (UCPelotas RS) Leia os textos seguintes, compare-os e assinale a opo correta sobre eles: Por morto, Marlia Aqui me reputo: Mil vezes escuto O som do arrastado, E duro grilho Mas ah! que no treme, No treme de susto O meu corao.

    Se penso que posso Perder o gozar-te, E a glria de dar-te Abraos honestos, E beijos na mo. Marlia, j treme, j treme de susto O meu corao. (Toms Antnio Gonzaga)

    a) o primeiro corresponde a uma situao trgica presente, e o segundo aos sucessos do passado.

    b) O poeta e Marlia so personagens de um idlio, distantes de um do outro por fatores de sade.

    c) O medo um elemento comum nas duas estrofes, sendo a causa do desespero do poeta.

    d) a Segunda estrofe a fundamental porque identifica a amada do poeta.

    e) o poeta no teme a violncia, mas, sim, a possibilidade de ficar privado do amor.

    19. Sobre Pe. Anchieta incorreto afirmar que: a) cultivou especialmente os autos, buscando, na

    alegoria, tornar mais acessveis s mentes indgenas os conceitos e os dogmas do cristianismo.

    b) no teatro, o "Auto de So Loureno" destaca-se como obra catequtica de influncia medieval.

    c) na poesia lrica encontram-se suas mais belas composies, expressivas de uma f profunda.

    d) apesar de pautada na lngua e na cultura do ndio, sua produo literria no se caracteriza como literatura j tipicamente brasileira.

    e) sua obra teatral, marcadamente alegrica e antirreligiosa, moldou-se nos padres renascentistas.

    20. Assinale a alternativa cujos termos preenchem corretamente as lacunas do texto inicial. Como bom barroco e oportunista que era, este poeta de um lado lisonjeia a vaidade dos fidalgos e poderosos, de outro investe contra os governadores, os "falsos fidalgos". O fato que seus poemas satricos constituem um vasto painel .................., que ............... comps com rancor e engenho ainda hoje admirados pela expressividade.

    a) do Brasil do sculo XIX - Gregrio de Matos b) da sociedade mineira do sculo XVIII - Cludio

    Manuel da Costa c) da Bahia do sculo XVII - Gregrio de Matos d) do ciclo da cana-de-acar - Antnio Vieira e) da explorao do ouro em Minas - Cludio

    Manuel da Costa.

    21. SONETO Ardor em firme corao nascido; Pranto por belos olhos derramado; Incndio em mares de guas disfarado; Rio de neve em fogo convertido:

    Tu, que em um peito abrasas escondido; Tu, que em um rosto corres desatado; Quando fogo, em cristais aprisionado; Quando cristal em chamas derretido.

    Se s fogo como passas bradamente, Se s neve, como queimas com porfia? Mas ai, que andou Amor em ti prudente!

    Pois para temperar a tirania, Como quis que aqui fosse a neve ardente, Permitiu parecesse a chama fria.

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    Leia o poema de Gregrio de Matos: I - O par fogo e gua, que figura amor e contentao,

    passa por variaes contrastantes at evoluir para o oxmoro.

    II - O poema evidencia a "frmula da ordem barroca" ditada por Grard Genette: diferena transforma-se em oposio, oposio em simetria e simetria em razo.

    III - O poema inscreve, no mbito da linguagem, o conflito vivido pelo homem do sculo XVII.

    De acordo com o poema, pode-se concluir que esto corretas: a) I e II d) apenas uma delas b) I e III e) todas elas c) II e III

    22. Assinale a alternativa em que os dois versos indicados da 1a. estrofe apresentam metforas de lgrimas. a) versos 1 e 2 d) versos 3 e 4 b) versos 2 e 4 e) versos 1 e 3 c) versos 2 e 3

    23. Leia o soneto a seguir, de autoria de Gregrio de Mattos:

    Pequei, Senhor, mas no porque hei pecado, Da vossa piedade me despido, Porque quanto mais tenho delinquido, Vos tenho a perdoar mais empenhado.

    Se basta a vos irar tanto pecado, A abrandar-vos sobeja um s gemido, Que a mesma culpa, que vos h ofendido, Vos tem para o perdo lisonjeado.

    Se uma ovelha perdida, e j cobrada Glria tal e prazer to repentino vos deu, como afirmais na Sacra Histria:

    Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada, Cobrai-a, e no queiras, Pastor divino, Perder na vossa ovelha a vossa glria.

    Assinale a alternativa incorreta:

    a) No jogo de antteses, o poeta v-se como culpado, mas tambm ovelha indispensvel ao Pastor Divino.

    b) O argumento do poeta, arrependido, constri-se pelo jogo de ideias, ou seja, o cultismo.

    c) O poeta recorre ao texto bblico para justificar, perante Deus, a necessidade de ser perdoado.

    d) Segundo o poeta, o perdo de sua culpa favorecia a ambos: tanto ao culpado, quanto ao Pastor Divino.

    e) O poeta busca, em sua linguagem dualista, conciliar, poeticamente, f e razo.

    24. Texto "Alm do horizonte, deve ter Algum lugar bonito para viver em paz Onde eu possa encontrar a natureza

    Alegria e felicidade com certeza. L nesse lugar o amanhecer lindo com flores festejando mais um dia que vem vindo Onde a gente possa se deitar no campo Se amar na selva, escutando o canto dos pssaros."

    Roberto e Erasmo Carlos esto falando de um lugar ideal, de um ambiente campestre, calmo.

    Qual das afirmaes abaixo se refere literatura do sculo XVII ?

    a) ROMANTISMO, para quem encontrar-se com a natureza significava alargar a sensibilidade.

    b) ARCADISMO, propondo um retorno ordem natural, como na literatura clssica, na medida em que a natureza adquire um sentido de simplicidade, harmonia e verdade.

    c) REALISMO, fugindo s exibies subjetivas e mantendo a neutralidade diante daquilo que era narrado; as referncias natureza eram feitas em terceira pessoa.

    d) BARROCO, movimento que valorizava a tenso de elementos contrrios, celebrando Deus e a forma.

    e) SIMBOLISMO quando estes escritores se mostravam mais emotivos, transformando as palavras em smbolos dos segredos da alma. A natureza era puro mistrio.

    25. Considere as seguintes afirmaes sobre a obra de Jos de Alencar. Quais esto corretas?

    I - Em IRACEMA, narram-se as aventuras e desventuras de Martim Francisco, portugus, e Iracema, a indgena dos lbios de mel, casal que simboliza a unio dos dois povos nas matas brasileiras inexploradas.

    II - Em SENHORA, Aurlia herda uma fortuna que a salva da pobreza e lhe permite comprar um marido, Seixas, de quem j fora namorada e com quem manter um casamento perturbado por conflitos e acusaes mtuas.

    III - Em O GUARANI, as aventuras de Peri, bravo guerreiro indgena, so norteadas pela necessidade de servir e proteger a jovem virgem loira Ceci, cuja integridade fsica ameaada por malfeitores e indgenas perigosos.

    a) Apenas I d) Apenas II e III b) Apenas III e) I, II e III c) Apenas I e II

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    AUTORES CARACTERSTICAS R

    EALI

    SMO

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    PAR

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    1881 Machado de Assis Memrias Pstumas de Brs Cubas/ Realismo

    Alusio Azevedo O Mulato/ Naturalismo.

    Dcada de 80 Definio do iderio parnasiano.

    Prosa Machado de Assis Alusio Azevedo Raul Pompeia.

    Poesia (Parnasianismo) Olavo Bilac Alberto de Oliveira Raimundo Correia Vicente de Carvalho

    Realismo: preocupao com a verdade exata, observao e anlise, personagens tipificadas, preferncia pelas camadas mais altas da sociedade. Objetividade. Descries pormenorizadas. Linguagem correta, no entanto mais prxima da natural, maior interesse pela caracterizao que pela ao tese documental. Naturalismo: viso determinista do homem (animal, presa de foras fatais e superiores meio, herana gentica, fisiologia, momento). Tendncia para anlise dos deslizes de personalidade. Deturpaes psquicas e fsicas. Preferncia por camadas menos privilegiadas. Patologia social: misria, adultrio, criminalidade, etc. tese experimental. Parnasianismo: arte pela arte, objetividade, poesia descritiva, versos impassveis e perfeitos, exatido e economia de imagens e metforas, poesia tcnica e formal, retomada dos valores clssicos, apego mitologia greco-romana.

    SIM

    BOLI

    SMO

    1893 Cruz e Souza Missal (1 semestre) Broquis (2 semestre)

    Poesia Cruz e Souza Alphonsus de Guimaraens Pedro Kilkerry Augusto dos Anjos Emiliano Perneta

    Simbolismo: reao contra o Positivismo, o Naturalismo e o Parnasianismo; individualismo, subjetivismo, atitude irracional e mstica, respeito pela msica, cor, luz; procura das possibilidades do lxico, aliterao, sinestesia, sugesto da palavra, musicalidade, eco, apuro formal.

    PR-

    MO

    DER

    NIS

    MO

    Primeiras dcadas do sc. XX Pr-Modernismo.

    Prosa Monteiro Lobato Euclides da Cunha Lima Barreto Graa Aranha.

    Pr-Modernismo: tendncias das primeiras dcadas do sculo XX, sentido mais crtico, fixando diferentes facetas da realidade social, poltica ou alteraes na paisagem e cor local

    PARNASIANISMO A um poeta

    Longe do estril turbilho da rua, Beneditino, escreve! No aconchego Do claustro, na pacincia e no sossego, Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua

    Mas que na forma se disfarce o emprego Do esforo; e a trama viva se construa De tal modo, que a imagem fique nua, Rica mas sbria, como um templo grego.

    No se mostre na fbrica o suplcio Do mestre. E, natural, o efeito agrade, Sem lembrar os andaimes do edifcio:

    Porque e Beleza, gmea da Verdade, Arte pura, inimiga do artifcio, a fora e a graa na simplicidade.

    Vaso chins

    Estranho mimo, aquele vaso! Vi-o Casualmente, uma vez, de um perfumado Contador sobre o mrmor luzidio, Entre um leque e o comeo de um bordado.

    Fino artista chins, enamorado, Nele pusera o corao doentio Em rubras flores de um sutil lavrado, Na tina ardente, de um calor sombrio.

    Mas, talvez por contraste desventura - Quem o sabe? - de um velho mandarim Tambm l estava a singular figura:

    Que arte em pint-la! A gente acaso vendo-a Sentia um no sei qu com aquele chim De olhos cortados feio de amndoa.

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    Profisso de f (trechos) (...) Invejo o ourives quando escrevo: Imito o amor Com que ele, em ouro, o alto-relevo Faz de uma flor.

    Imito-o . E, pois nem de Carrara A pedra firo: O alvo cristal, a pedra rara,

    O nix prefiro.(...)

    SIMBOLISMO Antfona

    Formas alvas, brancas, Formas claras De luares, de neves, de neblinas!... Formas vagas, fluidas, cristalinas... Incensos dos turbulos das aras...

    Formas do Amor, constelarmente puras, De Virgens e de Santas vaporosas... Brilhos errantes, mdidas frescuras E dolncias de lrios e de rosas...

    Indefinveis msicas supremas, Harmonias da Cor e do Perfume... Horas do Ocaso, trmulas, extremas, Requiem do Sol que a Dor da Luz resume...(...)

    REALISMO O Cortio Alusio Azevedo

    Eram cinco horas da manh e o cortio acordava, abrindo, no os olhos, mas sua infinidade de portas e janelas alinhadas. Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada, sete horas de chumbo. Como que se sentiam ainda na indolncia de neblina as derradeiras notas da ltima guitarra da noite antecedente, dissolvendo-se luz loura e tenra da aurora, que nem um suspiro de saudade perdido na terra alheia. A roupa lavada, que ficara de vspera nos coradouros, umedecia o ar e punha-lhe um fartum acre de sabo ordinrio. As pedras do cho, esbranquiadas no lugar da lavagem e em alguns pontos azulados pelo anil, mostravam uma palidez grisalha e triste, feita de acumulaes de espumas secas.

    Quincas Borba Machado de Assis

    No h morte. O encontro de duas expanses, ou a expanso de duas formas, pode determinar a supresso de uma delas; mas, rigorosamente, no h morte, h vida, porque a supresso de uma a condio de sobrevivncia da outra, e a destruio no atinge o princpio universal e comum. Da o carter conservador e benfico da guerra. Supes tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire foras para transpor a montanha e ir outra vertente, onde h

    batatas em abundncia; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, no chegam a nutrir-se suficientemente e morrem de inanio. A paz, nesse caso, a destruio; a guerra a conservao. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos. Da a alegria da vitria, os hinos, aclamaes, recompensas pblicas e todos os demais efeitos das aes blicas. Se a guerra no fosse isso, tais demonstraes no chegariam a dar-se pelo motivo real que o homem s comemora e ama o que lhe aprazvel ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ao que virtualmente o destri. Ao vencido, dio ou compaixo; ao vencedor, as batatas.

    Dom Casmurro (Machado de Assis)

    Enfim, chegou a hora da encomendao e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam tambm, as mulheres todas. S Capitu, amparando a viva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arranc-la dali. A confuso era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadver to fixa, to apaixonadamente fixa, que no admira lhe saltassem algumas lgrimas poucas e caladas... As minhas cessaram logo. Fiquei a ver a delas; Capitu enxugou-as depressa, olhando de furto para a gente que estava na sala. Redobrou de carcias para a amiga, e quis lev-la; mas o cadver parece que a retinha tambm. Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar l fora, como se quisesse tragar tambm o nadador da manh.

    PR-MODERNISMO Versos ntimos

    Vs! Ningum assistiu ao formidvel Enterro de tua ltima quimera. Somente a Ingratido - esta pantera - Foi tua companheira inseparvel!

    Acostuma-te lama que te espera! O homem, que, nesta terra miservel, Mora, entre feras, sente inevitvel Necessidade de tambm ser fera.

    Toma um fsforo. Acende teu cigarro! O beijo, amigo, a vspera do escarro, A mo que afaga a mesma que apedreja.

    Se algum causa inda pena a tua chaga, Apedreja essa mo vil que te afaga, Escarra nessa boca que te beija!

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    Tarefa Mnima

    26. Em relao ao Realismo e ao Naturalismo, podemos afirmar que:

    01. analisam o homem como objeto de investigao religiosa.

    02. so ambos anticlericais, antirromnticos e anti-burgueses.

    04. preocupam-se em descrever ou narrar minuciosamente personagens e cenas.

    08. ambos mantm pontos comuns, sendo que o primeiro analisa o homem em seus aspectos biopatolgicos, enquanto o segundo em seus aspectos psico-sociolgicos.

    16. ambos enfocam o real.

    27. Afastando-se de uma concepo religiosa mstica e transcendental da existncia, o naturalismo:

    a) criou uma literatura intimista, valorizando aquilo que fortemente pessoal, em detrimento de preocupaes sociais, que aborda de maneira mais tnue.

    b) cultivou a proximidade da natureza e desenvolveu o gosto buclico, pelo pastoril, pelas coisas do campo.

    c) elegeu, alm de uma viso do mundo que valorizava as leis cientficas, uma tica determinista para a explicao do comportamento humano.

    d) fez a apologia de tudo que terreno e material, apegando-se vida breve para usufruir todos os prazeres possveis.

    e) criou uma torre de marfim em que se refugiavam seus autores, valorizou as emoes fundas e ps em relevo as peculiaridades que individualizam cada ser humano.

    28. (PUC PR) Eu amo os gregos tipos de escultura: Pags nuas no mrmore entalhadas;

    No essas produes que a estufa escura Das modas cria, tontas e enfezadas.

    (Plena Nudez. Raimundo Correia) um poema tipicamente parnasiano, porque revela: a) a concepo de arte pela arte , a sensibilidade

    emotiva do poeta, a ruptura do discursivo. b) o evasionismo, o fascnio pela Grcia antiga, o

    engajamento histrico. c) o fascnio pela Antiguidade Clssica, a concepo

    de arte pela arte, o culto da liberdade. d) o paganismo, o retorno aos modelos clssicos, o

    uso acentuado de smbolos. e) a concepo da arte pela arte, o fascnio da

    Antiguidade Clssica, a descrio objetiva.

    29. Some as alternativas corretas com respeito ao Parnasianismo.

    01. Assimilao dos ideais das artes plsticas: arte pela arte.

    02. Gosto pelos poemas de forma fixa: balada, soneto, etc.

    04. Subjetivismo afastado do sentimentalismo romntico.

    08. Objetivismo.

    16. Forte tendncia para o narrativo, desprezando-se os outros tipos de composio.

    32. Verbalismo intenso: culto das palavras, linguagem trabalhada.

    30. (UFPR) Sobre Dom Casmurro, romance de Machado de Assis, correto afirmar que:

    01. o narrador apresenta-se como um defunto-autor, condio que lhe garante distanciamento e iseno quanto aos fatos narrados.

    02. a narrao de uma histria sobre o convencional tringulo amoroso permite ao autor investigar camadas profundas da psique humana.

    04. as personagens secundrias no so delineadas com preciso e no h referncias atmosfera cultural e do cotidiano da poca.

    08. a proposta de atar as duas pontas da vida que ocasiona a construo da casa do Engenho Novo, copiada da casa da Rua de Matacavalos, tambm se materializa na elaborao do prprio livro.

    16. com o retorno do filho Ezequiel, j adulto, Bentinho reconhece a falta de fundamento para as suas suspeitas e reconcilia-se com o passado.

    32. o agregado Jos Dias quem, inadvertidamente, revela a Bentinho a sua paixo por Capitu. dele tambm a definio que melhor a caracteriza: olhos de cigana oblqua e dissimulada.

    31. (UFVIOSA) Eternas, imortais origens vivas da Luz, do Aroma, segredantes vozes do mar e luares contemplativas vagas vises volpicas, velozes.

    Aladas alegrias sugestivas de asa radiante e branda de albornozes, tribos gloriosas, flgidas, altivas, de condores e de guias e albatrozes.

    Espiritualizai nos Astros louros, do Sol entre os clares imorredouros toda esta dor que minhalma clama...

    Quero v-la subir, ficar cantando, nas chamas das estrelas, dardejando nas luminosas sensaes da chama.

    (Cruz e Souza)

    Some as alternativas que correspondem a caractersticas interpretativas do poema: 01. Valorizao da sinestesia, acentuando a

    correspondncia entre imagens acsticas, visuais e olfativas.

    02. Preferncia por uma luminosidade que torna os elementos nebulosos e imprecisos.

    04. Viso objetiva da realidade, em que a tcnica se sobrepem imaginao.

    08. Sublimao, atravs dos astros, de toda a dor que a alma clama.

    16. Predomnio da sugesto e uso de smbolos para a representao do mundo.

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    32. (UFPR) Com relao esttica simbolista no Brasil, podemos afirmar que:

    01. entre seus poetas, destacam-se Cruz e Souza, Alphonsus de Guimaraens e o paranaense Emiliano Perneta.

    02. em seus versos, os poetas transmitiram toda a homologia existente entre a vida social e a literatura.

    04. os poetas enfatizaram a percepo intuitiva da realidade em vez de busc-la de maneira lgica.

    08. entre os recursos utilizados pelos poetas para aproximar a poesia da msica destaca-se o uso de aliteraes.

    16. foi um movimento literrio que primou por versos descritivos e pela perfeio formal.

    33. (PUC-RS) Esta de ureos relevos trabalhada De divas mos, brilhante copo, um dia, J de aos deuses servir como cansada, Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.

    A poesia que se concentra na reproduo de objetos decorativos, como exemplifica a estrofe de Alberto de Oliveira, assinala a tnica da:

    a) espiritualizao da vida b) viso do real c) arte pela arte d) moral das coisas e) nota do intimismo

    34. (UFV-MG) Assinale a alternativa em que todas as caractersticas de estilo so do Simbolismo: a) impassibilidade, vida descrita objetivamente,

    ecletismo. b) hermetismo intencional, alquimia verbal,

    musicalidade. c) favor da forma, expresses ousadas, fidelidade nas

    observaes d) atmosfera de impreciso, realismo cru,

    religiosidade e) complexidade, ressurreio dos valores humanos,

    materialismo pornogrfico.

    35. (FUVEST-SP) I Longe do estril turbilho da rua, Beneditino, escreve! No aconchego Do claustro, na pacincia e no sossego, Trabalha, e teima, e sofre, e sua!

    II formas alvas, brancas, Formas claras De luares, de neves, de neblinas! formas vagas, fludas, cristalinas... Incensos dos turbulos das aras...

    As estrofes acima so, respectivamente, dos poetas:

    a) Manuel Bandeira e Olavo Bilac b) Vincius de Moraes e Fagundes Varela c) Olavo Bilac e Cruz e Souza

    d) Cruz e Souza e Castro Alves e) Castro Alves e Alphonsus de Guimaraens

    36. (PUC-SP) Cruz e Souza e Alphonsus de Guimaraens so poetas identificados com um movimento artstico cujas caractersticas so:

    a) o jogo de contrastes, o tema da fugacidade da vida e fortes inverses sintticas.

    b) a busca da transcendncia, a preponderncia do smbolo entre as figuras e o cultivo de um vocabulrio ligado s sensaes

    c) a espontaneidade coloquial, os temas do cotidiano e o verso livre.

    d) o perfeccionismo formalista, a recuperao dos ideais clssicos e o vocabulrio precioso.

    e) o jogo dos sentimentos exacerbados, o alargamento da subjetividade e a nfase na adjetivao.

    37. Na figura de........, Monteiro Lobato criou o smbolo do brasileiro abandonado ao seu atraso e misria pelos poderes pblicos.

    a) Cabeleira d) Blau Nunes b) Jeca Tatu e) Augusto Matraga c) Joo Miramar

    38. A Obra pr modernista de Euclides da Cunha situa-se entre a ...... e a ......:

    a) Histria e Psicologia b) Geografia e Economia c) Literatura e Sociologia d) Arte e Filosofia e) Teologia e Geologia

    39. Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, :

    a) um livro de memrias em que a personagem ttulo atravs de um artifcio narrativo conta as atribulaes de sua vida at a hora da morte.

    b) a histria de um visionrio e nacionalista fantico que busca ingenuamente resolver sozinho os males sociais de seu tempo.

    c) uma autobiografia em que o autor sob a capa do personagem ttulo expe sua insatisfao em relao burocracia carioca.

    d) o relato das aventuras de um nacionalista ingnuo e fantico que lidera um grupo de oposio no incio dos tempos republicanos.

    e) o retrato da vida e morte de um humilde burocrata conformado a contragosto com a realidade social de seu tempo.

    40. (CEFET-PR) Considerando a esttica realista, assinale a alternativa correta:

    a) ligada a teorias marxistas pretendeu transformar a realidade a partir da palavra literria.

    b) presa a teorias positivistas, distorce a realidade, idealizando a ptria e a natureza

    c) embasada em ideias nacionalistas, buscou revalorizar o passado colonial brasileiro.

    d) objetivando democratizar a literatura, optou por retratar a cultura popular de modo idealizador.

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    e) condicionada por ideias cientficas, tentou aproximar cincia e fico.

    41. (UFPR) Ea de Queirs afirmava: O Realismo a anatomia do carter. a crtica do homem. a arte que nos pinta a nossos prprios olhos para nos conhecermos, para que saibamos se somos verdadeiros ou falsos, para condenar o que houve de mau em nossa sociedade. Para realizar esta proposta literria, quais os recursos utilizados no discurso realista? 01. Preocupao revolucionria, atitude de crtica e

    de combate. 02. Imaginao criadora. 04. Personagens frutos da observao, tipos

    concretos e vivos. 08. Linguagem natural, sem rebuscamento. 16. Preocupao com mensagem que revela

    concepo materialista do homem. 32. Retorno ao passado. 64. Determinismo biolgico e social.

    42. (UFPG) Em O Alienista, Simo Bacamarte verifica que quatro quintos da populao de Itagua estavam internados na Casa Verde. Diante disso, reformula a sua teoria das molstias cerebrais, nos seguintes termos:

    a) devia-se admitir como normal e exemplar o desequilbrio das faculdades mentais.

    b) o equilbrio ininterrupto das faculdades mentais seria prova de normalidade.

    c) os comportamentos desequilibrados seriam anormais e, portanto, desaconselhveis.

    d) todos os homens so loucos. e) quatro quintos da humanidade mentalmente

    doente.

    43. (Vunesp-SP) Assinale a alternativa em que se caracteriza a esttica simbolista:

    a) culto ao contraste, que ope elementos como amor e sofrimento, vida e morte, razo e f, numa tentativa de conciliar plos antagnicos.

    b) busca do equilbrio e da simplicidade dos modelos greco-romanos atravs, sobretudo, de uma linguagem simples, porm nobre.

    c) culto do sentimento nativista, que faz do homem primitivo e sua civilizao um smbolo de independncia espiritual, poltica, social e literria.

    d) explorao de ecos, assonncias, aliteraes, numa tentativa de valorizar a sonoridade da linguagem, aproximando-a da msica.

    e) preocupao com a perfeio formal, sobretudo com o vocabulrio carregado de termos cientficos, o que revela a objetividade do poeta.

    44. (UCP PR) Assinale a alternativa correta: a) o Romantismo consequncia do surto de

    cientificismo e da fadiga da repetio das frmulas subjetivas.

    b) o poeta parnasiano deixa-se arrebatar pelo conflito entre o mundo real e o imaginrio, expresso num sentimentalismo acentuado.

    c) o Realismo consequncia do surto de cientificismo e da fadiga da repetio das frmulas subjetivas.

    d) no Romantismo, o escritor mergulha no interior das personagens, mostrando ao leitor seus dramas e sua agonia.

    e) no Simbolismo, predominou a prosa.

    45. (UM-SP) Assinale a(s) alternativa(s) que se aplica(m) esttica parnasiana.

    01. constante presena da temtica da morte. 02. tentativa de superar o sentimento romntico. 04. predomnio da forma sobre o contedo. 08. correta linguagem, fundamentada nos princpios

    dos clssicos. 16. predileo pelos gneros fixos, valorizando o

    soneto.

    46. (UFRGS) Uma atitude comum caracteriza a postura literria de autores modernistas a exemplo de Lima Barreto, Graa Aranha, Monteiro Lobato e Euclides da Cunha. Pode ser ela definida como:

    a) a necessidade de superar em termos de um programa definido as estticas romnticas e socialistas

    b) a pretenso de dar um carter definitivamente brasileiro nossa literatura, que julgavam por demais europeizada.

    c) uma preocupao com o estudo e com a observao da realidade brasileira.

    d) a necessidade de fazer crtica social, j que o realismo havia sido ineficiente nessa matria.

    e) o aproveitamento esttico do que havia de melhor na herana literria brasileira, desde suas primeiras manifestaes.

    47. (UFPR) Enfim chegou a hora da encomendao e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam tambm, as mulheres todas. S Capitu, amparando a viva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arranc-la dali. A confuso era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadver, to fixa, to apaixonadamente fixa, que no admira lhe saltassem algumas lgrimas poucas e caladas.

    A partir do fragmento acima, de Dom Casmurro, de Machado de Assis, assim como de informaes gerais sobre esse romance, correto afirmar que: 01. A cena descrita tipicamente romntica, em

    consonncia com o estilo da obra, que tematiza os infelizes amores de Bentinho e Capitu.

    02. Como os fatos posteriores comprovaro, entre Escobar e Capitu, no houve qualquer relacionamento alm de uma slida amizade.

    04. O momento descrito crucial para o relacionamento de Bentinho e Capitu. Instalada a dvida na mente do marido, o casamento se deteriorar, encaminhando-se para a inevitvel separao.

    08. O fragmento acima comprova que Sancha uma personagem trgica, pois aps a morte dos filhos, ela perde o marido num naufrgio.

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    16. Para Bentinho, a irrefutvel prova de traio de Capitu, ser a semelhana de Ezequiel com o amigo morto.

    32. Conforme observamos pela linguagem do narrador Dom Casmurro, a atitude de Capitu diante do cadver testemunha apenas a amizade que ela sentia por Escobar

    48. (SUPRA) Adultrio ainda crime o ttulo de um artigo publicado na revista VEJA (Cartas), no dia 03/05/2000. Nele, encontramos informaes como: ...o ex-ministro Jos Carlos Dias defendeu a tese de que crimes como seduo e adultrio deveriam sair do Cdigo Penal diretamente para a rea do comportamento pessoal. Mais adiante, o mesmo artigo traz: adultrio ainda crime - cuja pena varia de quinze dias a seis meses de deteno, segundo o artigo 240 do Cdigo Penal Brasileiro, em vigor desde 1940. O comportamento social sempre foi tema de romances na literatura de todos os pases. Destaca-se o tema adultrio que, na literatura brasileira, apresentado em obras de diversos autores.

    Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, obras cuja trama envolve o adultrio e o seu autor:

    a) Lucola e Encarnao - Jos de Alencar. b) Lucola e Senhora - Jos de Alencar. c) Memrias de um sargento de milcias e A

    Viuvinha - Manuel Antnio de Almeida. d) Dom Casmurro e Memrias pstumas de Brs

    Cubas - Machado de Assis. e) Dom Casmurro e Memorial de Aires -

    Machado de Assis.

    49. (SUPRA). Leia o texto da Revista VEJA, de 08/03/2000, e responda questo proposta.

    CRIME PRECOCE

    "s 10 horas de tera-feira passada, um garoto de 6 anos chegou escola Buell Elementary, em Flint, no Estado americano do Michigan, com um revlver calibre 32 escondido nas calas. Na frente de cinco coleguinhas de classe, sacou a arma e fez um disparo. O tiro acertou Kayla Renee Rolland, tambm de 6 anos, no pescoo. A menina morreu meia hora depois. Mesmo para os Estados Unidos, um pas aturdido por um surto de crimes violentos e gratuitos nas escolas, o incidente surpreende pela pouca idade dos envolvidos. O menino nem sequer pode ir a julgamento, pois a responsabilidade penal no Michigan comea aos 7 anos. A polcia ainda no tem explicao para o crime. Ao que parece, as crianas tiveram uma briga no dia anterior. Filho de pais separados, o menino vive com um tio materno, traficante de crack. O pai est preso por porte de cocana. Desde 1993, 39 crianas foram mortas em escolas americanas."

    possvel constatar, no texto dado acima, o ntimo relacionamento das influncias do ambiente em que vive o garoto com os seus atos. Essa relao foi explorada nos romances da escola literria denominada ___________ que, no Brasil, tem como principal representante _____________.

    A alternativa que completa as lacunas, em sequncia, :

    a) Parnasianismo - Raimundo Correia b) Realismo - Machado de Assis c) Naturalismo - Alusio Azevedo d) Pr-Modernismo - Monteiro Lobato e) Romantismo - Visconde de Taunay

    50. (ACAFE) Texto: Inicia-te, enfim, Alma imprevista, entra no seio dos viciados. Esperam-te de luz maravilhados, os Dons que vo te consagrar artista.

    (Cruz e Souza)

    Assinale a afirmativa que no corresponde ao texto:

    a) O verbo no imperativo, no primeiro verso, usado para conclamar a alma imprevista, que pode ser um candidato a artista, a uma ao.

    b) alma imprevista (o candidato a artista) ter que se iniciar, isto , instruir-se na arte simbolista, para poder entrar no seio dos iniciados, fazendo parte do grupo simbolista.

    c) Quando a alma imprevista instruir-se na arte simbolista, receber os Dons da arte.

    d) O uso do verbo consagrar remete-nos sacralizao da arte, achando-se que o poeta um ser diferente, excepcional, cuja obra s pode ser entendida por iniciados.

    e) Os dons de luz maravilhados so atribudos aos que iniciam a escrever.

    51. (SUPRA) H meses, um programa dirio da Rede Bandeirantes manda seus reprteres s ruas, tentando descobrir algum que cante, corretamente, o Hino Nacional. Embora o prmio seja tentador (j passa dos dez mil reais!), at agora ningum conseguiu cumprir a tarefa. A expectativa grande, mas o prmio continua sendo aumentado diariamente e poucas chances existem de que ele seja entregue to cedo. Enquanto isso, cidades procuram criar seus hinos, como aconteceu recentemente em Balnerio Cambori e agora em Blumenau, para comemorar os 150 anos de fundao da cidade. Hinos parecem fazer parte da vida das pessoas e identificam clubes de futebol, cidades, estados e pases. No Brasil, alm do Hino Nacional, temos outros hinos, que fazem parte do cotidiano das pessoas ou so lembrados apenas em ocasies especiais. Um deles, o Hino Bandeira, tem como autor de sua letra Olavo Bilac, poeta que se destacou tambm pela defesa do servio militar obrigatrio, ocasio em que fez conferncias por todo o pas. Na poesia, destacou-se como poeta parnasiano, formando a trade parnasiana com os poetas:

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    a) Castro Alves e Augusto dos Anjos. b) Alberto de Oliveira e Manuel Bandeira.

    c) Raimundo Correia e Alphonsus de Guimaraens. d) Cruz e Sousa e Alphonsus de Guimaraens. e) Raimundo Correia e Alberto de Oliveira.

    GABARITO

    1) 07 2) 20 3) d 4) a 5) a 6) c 7) a 8) e 9) 21 10) e 11) c

    12) 37 13) e 14) 25 15) b 16) e 17) 27 18) c 19) e 20) c 21) a 22) d

    23) b 24) d 25) e 26) 22 27) c 28) e 29) 43 30) 42 31) 27 32) 13 33) c

    34) b 35) c 36) a 37) b 38) c 39) b 40) e 41) 93 42) a 43) d 44) c

    45) 30 46) d 47) 20 48) d 49) c 50) e 51) e