1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

134
1 1972-1975 ESTUDOS CEBRAP DE MÉDICI A GEISEL

description

 

Transcript of 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

Page 1: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

1

Embora o CEBRAP se reconhecesse uma instituição de esquerda, nunca houve convergência entre nós. A união vinha da luta contra o mesmo inimigo, o regime e a ditadura militar, e uma franqueza na discussão de nossas diferenças, às vezes tão dura porque sempre amigável, que assustava a nova geração.

Que as amostras aqui publicadas sirvam também de lembrança de um momento muito importante da vida do CEBRAP. Durante a década de 70 reunia sistematicamente intelectuais de várias procedências para discutirmos o Brasil. Guillermo O’Donnell nos contava como seus colegas argentinos e sulamericanos esperavam com ansiedade as novas publicações.

Os quatro artigos reunidos nesta antologia, escritos na primeira metade da década de setenta, podem ser considerados clássicos do pensamento político de uma geração cebrapiana sobre o período do regime militar.

1975-1975 Estud

os C

Ebr

ap | d

E Méd

iCi a G

EisEl

1972-1975 Estudos CEbrap

dE MédiCi a GEisEl

Page 2: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

2

Page 3: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

3

1972-1975 Estudos CEbrap

De MéDici a Geisel

Page 4: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

4

centro Brasileiro De analise e PlanejaMento

Conselho Executivo

PresidentePaula Montero

Diretora CientíficaAngela Alonso

Diretor FinanceiroRonaldo de Almeida

Diretora do ceMMarta Arretche

coordenador do inct/ceMEduardo Marques

Elza BerquóMiriam Dolhnikoff

Adrian Gurza LavalleHaroldo Torres

suplentesVera Schattan Coelho e Marcos Nobre

editores deste volumeAngela Alonso

Miriam Dolhnikoff

Projeto GráficoQueDesign

impressãoStilgraf

Rua Morgado de Mateus, 615Vila Mariana, São Paulo, Brasil

CEP 04015-902

Page 5: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

5

aPresentação

FernanDo Henrique carDosoo reGiMe Político Brasileiro

VilMar FariaPoBreza urBana, sisteMa urBano e MarGinaliDaDe

Paul sinGeras contraDições Do MilaGre

carlos esteVão Martinsa eVolução Da Política externa Brasileira

Pág. 6

Pág. 8

Pág. 64

Pág. 44

Pág. 86

Page 6: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

6

aPresentaçãoFundar o CEbrap foi um ato de sobrevivência política e, por isso mesmo,

desde logo aceitar esse jogo. para os militares como era possível que um grupo de comunistas recebesse ajuda da Fundação Ford? para a esquerda mais radical o apoio era a prova de nossas hesitações ideológicas. Mas eles sabiam que também a Fundação Ford, ao se propor ajudar na criação de três centros de investigação em ciências humanas aqui no brasil, sobretudo para evitar a fuga de cérebros que acontecera na argentina, também fazia política, confrontando-se com as linhas mais gerais da diplomacia americana.

além do mais, o aI 5, pelo qual muito de nós fomos aposentados compulsoria-mente, nos pegava num momento em que já tínhamos consciência da impossibili-dade de se confrontar diretamente com o governo militar, de que a luta armada e o foquismo só poderiam dar com os burros n’água. Impossível criar vários Vietnans quando em muitos casos a economia na América Latina crescia a passos firmes. Era preciso negociar.

Logo depois de fundado não sabíamos quais eram os limites das atividades do CEbrap: até onde poderíamos ir? Graças ao Governador paulo Egydio, muito amigo de minha mulher Lupe Cotrim, tivemos um contato com um coronel do II Exército para lhe expor as atividades “meramente científicas” da nova instituição. soubemos, depois, que era responsável pelo controle ideológico da região. Interessante é que, ao nos despedir, fez questão de nos apresentar ao General Comandante, dizendo: “Estes são professores aposentados pelas estripulias do Gama e Silva”. O Exército se unia para fora, mas começava a rachar por dentro.

saímos com a certeza de que poderíamos investigar à vontade, mas ter muito pouco contado com alunos. E as publicações? Começamos editando cadernos de circulação restrita, divulgando os primeiros resultados de uma enorme e importante pesquisa sobre dinâmica populacional e desenvolvimento, que Elza berquó e Cândido procópio Ferreira de Camargo haviam iniciado na Faculdade de saúde pública e transferido para o CEbrap depois da aposentadoria de Elza. paul singer publicou um estudo sobre a força de trabalho no brasil, e Lucio Kowarick, estratégias do planejamento social.

a revista propriamente dita, Estudos Cebrap – o nome me foi sugerido por rubens rodrigues Filho – prudentemente assumiu a forma de um arquivo. E o pri-meiro número, sem data de publicação, mas de fato em 1970, cobre o tema muito geral: teoria e método em sociologia.

aos poucos os articulistas foram se abrindo e tomando posições políticas. abrir o espaço do diálogo. Mas os limites estavam presentes. tanto é assim que, quando Vinícius Caldeira brandt, a pedido de dom paulo Evaristo arns, publica em 1975 são paulo, Crescimento e pobreza, um grupo paramilitar jogou uma bomba na sede do CEbrap, o que nos obrigou a mudar da casa da rua bahia, para meio

Page 7: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

7

andar de um prédio da al. Campinas. depois ainda soubemos que o Gal. Golbery de Couto e silva teria dito que o CEbrap se tornava um perigo.

E cada um de nós começou a abrir seus próprios caminhos. Embora o CEbrap se reconhecesse uma instituição de esquerda, nunca houve convergência entre nós. a união vinha da luta contra o mesmo inimigo, o regime e a ditadura militar, e uma franqueza na discussão de nossas diferenças, às vezes tão dura porque sempre amigável, que assustava a nova geração.

percorrendo agora os 24 números desta revista trimestral percebemos como as opiniões foram se transformando. Inicialmente muito de nós vimos 64 como um golpe militar sem condições de se impor como forma de governo. Nisso nos enganamos redondamente. reconhecido o erro, cabia então desenhar a forma do novo regime. E nessa direção, passos importantes foram dados. Colegas costumam mencionar, entre os primeiros números, o ensaio de Fernando Henrique Cardoso: o regime político brasileiro (no 2); Francisco de oliveira, Crítica da razão dualis-ta (no 2); roberto schwarz: Ideias fora do lugar (no 3); paul singer: o “milagre brasileiro”, causas e contradições; Vilmar Faria: Pobreza urbana, sistema urbano e marginalidade (no 9), e até meu ardil do trabalho (no 4). Com o tempo outros importantes profissionais passaram a colaborar.

Não há condições físicas de republicar todos eles, por isso os editores deixaram de lado aqueles que por serem atualmente muito conhecidos, podem ser encontra-dos em outras publicações. É uma pena, mas não há o que fazer. Em compensação toda a coleção está digitalizada e pode ser acessada no site do CEbrap.

Que as amostras aqui publicadas sirvam também de lembrança de um momen-to muito importante da vida do CEbrap. durante a década de 70 reunia sistemati-camente intelectuais de várias procedências para discutirmos o brasil. Guillermo o’donnell nos contava como seus colegas argentinos e sulamericanos esperavam com ansiedade as novas publicações. a américa Latina estava tentando criar novas vias de pensamento, mas tudo se dispersou quando se perdeu o inimigo comum: o regime ditatorial.

Lembro que, depois da abertura fui, na condição de presidente do CEbrap, visitar Martha t. Muse, presidente da thinker Foundation, que muito nos auxiliara naqueles anos. E ela me perguntou: “E agora, por que CEBRAP?”. Tentei explicar que poderíamos chacoalhar o pensamento brasileiro. simplesmente me respondeu dizendo, mais ou menos o seguinte: se é assim, apresente-me um bom projeto coletivo e a Fundação financiará. Não consegui nem mesmo elaborar o projeto. a partir dos anos 80 passamos a crescer para todos os lados. o CEbrap se institucionalizou e, como uma abobreira, lança ramos para diversas direções.

José Arthur GiannottiCEbrap fevereiro de 2014

Page 8: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

8

1

Page 9: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

9

Page 10: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

10

Page 11: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

11

Page 12: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

12

Page 13: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

13

Page 14: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

14

Page 15: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

15

Page 16: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

16

Page 17: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

17

Page 18: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

18

Page 19: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

19

Page 20: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

20

Page 21: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

21

Page 22: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

22

Page 23: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

23

Page 24: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

24

Page 25: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

25

Page 26: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

26

Page 27: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

27

Page 28: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

28

Page 29: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

29

Page 30: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

30

Page 31: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

31

Page 32: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

32

Page 33: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

33

Page 34: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

34

Page 35: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

35

Page 36: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

36

Page 37: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

37

Page 38: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

38

Page 39: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

39

Page 40: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

40

Page 41: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

41

Page 42: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

42

Page 43: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

43

Page 44: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

44

2

Page 45: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

45

Page 46: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

46

Page 47: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

47

Page 48: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

48

Page 49: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

49

Page 50: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

50

Page 51: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

51

Page 52: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

52

Page 53: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

53

Page 54: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

54

Page 55: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

55

Page 56: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

56

Page 57: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

57

Page 58: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

58

Page 59: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

59

Page 60: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

60

Page 61: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

61

Page 62: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

62

Page 63: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

63

Page 64: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

64

3

Page 65: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

65

Page 66: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

66

Page 67: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

67

Page 68: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

68

Page 69: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

69

Page 70: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

70

Page 71: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

71

Page 72: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

72

Page 73: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

73

Page 74: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

74

Page 75: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

75

Page 76: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

76

Page 77: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

77

Page 78: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

78

Page 79: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

79

Page 80: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

80

Page 81: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

81

Page 82: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

82

Page 83: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

83

Page 84: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

84

Page 85: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

85

Page 86: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

86

4

Page 87: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

87

Page 88: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

88

Page 89: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

89

Page 90: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

90

Page 91: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

91

Page 92: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

92

Page 93: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

93

Page 94: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

94

Page 95: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

95

Page 96: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

96

Page 97: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

97

Page 98: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

98

Page 99: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

99

Page 100: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

100

Page 101: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

101

Page 102: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

102

Page 103: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

103

Page 104: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

104

Page 105: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

105

Page 106: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

106

Page 107: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

107

Page 108: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

108

Page 109: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

109

Page 110: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

110

Page 111: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

111

Page 112: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

112

Page 113: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

113

Page 114: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

114

Page 115: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

115

Page 116: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

116

Page 117: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

117

Page 118: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

118

Page 119: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

119

Page 120: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

120

Page 121: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

121

Page 122: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

122

Page 123: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

123

Page 124: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

124

Page 125: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

125

Page 126: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

126

Page 127: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

127

Page 128: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

128

Page 129: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

129

Page 130: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

130

Page 131: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

131

Page 132: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

132

Este volume é uma edição especial da revista Novos Estudos do Cebrap e foi financiado pela Fundação Carlos Chagas

Page 133: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

133

Page 134: 1972-1975 Estudos Cebrap | De Médici a Geisel

134

Embora o CEBRAP se reconhecesse uma instituição de esquerda, nunca houve convergência entre nós. A união vinha da luta contra o mesmo inimigo, o regime e a ditadura militar, e uma franqueza na discussão de nossas diferenças, às vezes tão dura porque sempre amigável, que assustava a nova geração.

Que as amostras aqui publicadas sirvam também de lembrança de um momento muito importante da vida do CEBRAP. Durante a década de 70 reunia sistematicamente intelectuais de várias procedências para discutirmos o Brasil. Guillermo O’Donnell nos contava como seus colegas argentinos e sulamericanos esperavam com ansiedade as novas publicações.

Os quatro artigos reunidos nesta antologia, escritos na primeira metade da década de setenta, podem ser considerados clássicos do pensamento político de uma geração cebrapiana sobre o período do regime militar.

1975-1975 Estud

os C

Ebr

ap | d

E Méd

iCi a G

EisEl

1972-1975 Estudos CEbrap

dE MédiCi a GEisEl