1ª Aula - Introdução a QA

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Química Analítica Universidade Federal do Espírito Santo Universidade Federal do Espírito Santo - UFES UFES Centro Universitário do Norte do Espírito Santo Centro Universitário do Norte do Espírito Santo - CEUNES CEUNES Química Analítica Profa. Ana Paula Oliveira Costa.

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quimica analitica

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  • Qumica Analtica

    Universidade Federal do Esprito Santo Universidade Federal do Esprito Santo -- UFESUFES

    Centro Universitrio do Norte do Esprito Santo Centro Universitrio do Norte do Esprito Santo -- CEUNES CEUNES

    Qumica Analtica

    Profa. Ana Paula Oliveira Costa.

  • Instrues gerais

    No chegue atrasado em aula; Desligue seu celular; Frequente e aproveite as aulas; Estude os contedos apresentados; Faa os exerccios propostos; Aprenda a usar calculadora cientfica; Revise os contedos bsicos em livros de Qumica Geral e Revise os contedos bsicos em livros de Qumica Geral e utilize a bibliografia recomendada.

    Bibliografia recomendada

    HARRIS, D. C. Anlise Qumica Quantitativa. 7. Ed. Rio de Janeiro: LTC-Livros Tcnicos eCientficos, 2008.

    SKOOG, D. A., WEST, D. N. HOLLER, F.J., CROUCH, S.R. Fundamentos de Qumica Analtica, 8ed. 2007. 999p.

    BACCAN, N.; ANDRADE, J.C. de; GODINHO, O. E. S.; BARONE, J.S. Qumica AnalticaQuantitativa Elementar, So Paulo, Ed. Edgar Blucher, 1979.

  • 1. Introduo

  • A Qumica Analtica a arte de reconhecer diferentes substncias e determinar seus constituintes .

    Ostwald 1894.

    A Qumica Analtica uma rea da cincia de desenvolve e aplica um

    conjunto de processos utilizados para identificar ou quantificar uma substnciaconjunto de processos utilizados para identificar ou quantificar uma substnciaou os componentes de uma soluo ou mistura ou ainda para determinar a

    estrutura de compostos qumicos.

  • Qumica Analtica Anlise Qumica

    Anlise qumica qualitativa Anlise qumica quantitativa

    A Anlise Qumica um conjunto de tcnicas e manipulaesdestinadas a proporcionar o conhecimento da composio qualitativa e

    quantitaviva de uma amostra, mediante mtodos de rotina.

  • 2. Aplicaes da qumica analtica

    Amostras de solos: estabelecer a necessidade defertilizantes;

    Amostras de gua: nvel de poluio, grau de potabilidade; Determinao de metais: determinar o valor comercial de Determinao de metais: determinar o valor comercial de

    minrios; Amostras de sangue: determinar o teor de colesterol; Avaliar o grau de impacto de produtos e processos.

  • Questes comuns tratadas pela qumica analtica

  • Termos importantes fazermos a diferenciao

    A poro de material coletado para anlise chamada deamostra.

    A substncia em particular que nos interessa medir ouestudar na amostra denominada analito.

    O conjunto de substncias que compem uma amostra chamado de matriz.

  • Os termos ensaio, anlise e determinao so TODOSusados para descrever processos analticos.

    Cada um desses termos se refere ao ato geral de examinara amostra e seu analito.

    A abordagem utilizada para realizar esse teste o mtodoanaltico, ou tcnica analtica.

    Todo o grupo de operaes utilizadas para a anlise conhecido como procedimento ou protocolo.

  • 3. Etapas Gerais da Anlise Qumica Quantitativa

  • 4 - Escolha do mtodo analtico

    1 - O tipo de anlise;2 - A natureza do material;3 - A quantidade de amostra disponvel;4 - A quantidade relativa do componente presente na amostra;5 - A exatido requerida;6 - A composio qumica da amostra;7 - Os recursos disponveis;8 - O tempo para realizar a anlise;9 - O nmero de amostras a analisar;10 - O ensaio ser destrutivo ou no;11 - O custo operacional;

  • CLSSICOS E INSTRUMENTAIS

    Chamados de mtodosde via mida

    Baseados em propriedadesfsicas (qumicas em alguns casos )

    5. Classificao dos mtodos analticos

    Gravimetria Volumetria CromatogrficoEletroanalticoEspectromtrico

    Propriedadeseltricas Propriedades

    pticas

    Propriedadesmistas

  • Mtodos clssicos

  • Mtodos clssicos

  • Mtodos Instrumentais

  • Mtodos instrumentais so aqueles que utlizamequipamentos eltricos para medidas.

    Impropriamente, esta classificao no considera osequipamentos volumtricos, tais como: bureta, proveta epipeta, nem a balana, mesmo eletrnica, como instrumentos.pipeta, nem a balana, mesmo eletrnica, como instrumentos.

    Mtodos realizados em instrumentos. No por instrumentos! Mas por analistas que conhecem os instrumentos!

  • 6. Amostragem

    a coleta de uma poro (oualquota) de uma amostra para arealizao da anlise, geralmente nolaboratrio

    Se a poro ensaiada no for representativa domaterial original, no ser possvel relacionar o resultadoanaltico medido quele no material original.

    A importncia da fase de amostragem

  • a) Amostra bruta: o conjunto e incrementos coletados douniverso. Deve ser representativa do todo.

    Tipos de amostras

    b) Amostra de laboratrio: amostra com quantidades menoresdo que a amostra bruta.do que a amostra bruta.

    c) Amostra para anlise: a frao convenientemente reduzidae moda que ser pesada e quimicamente analisada.

  • Tipos de amostras

    AMOSTRAS HOMOGENEAS Gases e lquidos, na maioria das situaes Qualquer poro representativa desde que no haja partculas

    AMOSTRAS HETEROGENEAS Rochas, Minerais, Minrios, Solos e Sedimentos

    Exemplos de amostragemExemplos de amostragem

  • Consiste em submeter a amostra a um tratamento adequado, visando a suapreparao para progredir nas etapas que formam uma anlise qumica.

    7. Preparo da amostra

    Digesto com chapa eltrica

    Homogeneizao

    Moagem

    Secagem

  • Reduo da amostra

    Compreende a reduo da quantidade de amostra e dodimetro mdio das partculas.

    As seguintes etapas sempre estaro presentes:

    a) Moagem: manual ou mecnica.a) Moagem: manual ou mecnica.

    b) Mistura: manual ou por equipamentos.

    b) Diviso ou quarteio.

    Quarteador de Jones

  • MOINHOS DE BOLAS

    Reduo da amostra

    MOINHOS DE FACAS

  • Deve apresentar simplicidade, rapidez, utilizar pequenos volumesde cidos, permitir a dissoluo de grande nmero de amostras e,finalmente, produzir resultados precisos e exatos.

    Digesto de uma amostra a decomposio de compostos inorgnicos em seus elementos

    constituintes, bem como a de orgnicos e organelas biolgicas empregando-se cidos minerais e aquecimento

    finalmente, produzir resultados precisos e exatos.

    Mesmo amostras lquidas podem necessitar de um preparoprvio para a anlise. Assim, a maneira de se decompor uma amostrapara a anlise depende:

    * da sua natureza;* do analito que se quer determinar;* da sua concentrao;* do mtodo de anlise, da preciso e exatido desejadas.

  • Dissoluo de amostra

    Objetivo: obteno de uma soluo aquosa representativa.Objetivo: obteno de uma soluo aquosa representativa.

    Solubilizao da amostraA maioria das anlises qumicas realizada a partir de

    solues da amostra preparadas em solventes adequado:garantem a solubilizao tanto da matriz quanto do analito.

    Critrios para escolha do mtodo de solubilizao:

    1) Ser eficiente e preferencialmente ser simples e rpido;2) No deve atacar o recipiente;3) No deve introduzir interferentes, nem espcies a analisar;4) No introduzir quantidades excessivas de sal;5) Deve levar em conta a natureza da amostra.

    Critrios para escolha do mtodo de solubilizao:

    1) Ser eficiente e preferencialmente ser simples e rpido;2) No deve atacar o recipiente;3) No deve introduzir interferentes, nem espcies a analisar;4) No introduzir quantidades excessivas de sal;5) Deve levar em conta a natureza da amostra.

    Em geral, a solubilizao constitui a etapa maisdemorada de todo o processo.

  • cidos mais usados na digesto

    cido clordrico - HClSua soluo concentrada apresenta concentrao aproximada de 12 mol/L e utilizado com freqncia para a decomposio de ligas metlicas, carbonatos,mas apresenta aplicao limitada quando se trata de material orgnico.

    cido ntrico - HNO3 altamente oxidante e dissolve quase todos os metais. muito utilizado nadecomposio de matria orgnica e a mistura com outros agentes oxidantescomo o perxido de hidrognio aumenta significativamente sua capacidade dedecomposio.decomposio.

    cido sulfrico - H2SO4Sua soluo concentrada apresenta a concentrao aproximada de 18 mol/L e utilizado na solubilizao de metais, ligas a quente e material orgnico (algunsmetais podem formar sulfatos insolveis). Sua elevada eficincia se deve aoelevado ponto de ebulio, 340C.

    cido perclrico HClO4Sua soluo concentrada apresenta concentrao aproximada de 12 mol/L altamente oxidante. Utilizado na solubilizao de couros, polmeros de elevadamassa molecular, ligas de ferro e ao inoxidvel.

  • 8. InterfernciasQualquer mtodo escolhido, deve ser capaz de medir com

    acurcia a quantidade de substncia de interesse, sejam elas quais

    forem as outras substncias presentes.

    Poucos procedimentos analticos atingem esse ideal. Mas muitos

    deles so seletivos, podendo ser usados para determinar um grupo

    limitado de ons ou molculas na presena de muitos outros.limitado de ons ou molculas na presena de muitos outros.

    A ocorrncia de interferentes significa que outros

    procedimentos devem ser executados para remover o interferente ou

    evitar que ele atrapalhe o processo de anlise.

  • Procedimentos para minimizar os interferentes

    1) Precipitao seletiva- reagentes apropriados com controle de pHpodem ser necessrios para que se remova ons interferentes;

    2) Mascaramento - a adio de agentes complexantes muitoutilizado em gravimetria e volumetria.

    3) Oxidao e reduo seletiva - a amostra tratada com umoxidante ou redutor que reagir com ons presentes. A mudana

    no estado de oxidao facilita o processo de separao.

    4) Extrao com solventes - quando ons metlicos so complexadoscom reagente orgnicos, os complexos resultantes so solveis

    com compostos orgnicos e podem ser extrados de solues

    aquosas.

  • ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS

    Os algarismos de um nmero que so necessriospara expressar a preciso da medida so denominadospara expressar a preciso da medida so denominadosalgarismos significativos.

    So os dgitos que representam uma medidaexperimental e que possuem significado fsico, sendo que oltimo algarismo duvidoso.

    O nmero de algarismos significativos expressa apreciso de uma medida.

  • Dados experimentais podem ser obtidos de duasformas:

    Diretamente: determinao da massa de uma substnciamedida de massa em balana analtica ou determinaodo volume de uma soluo com uma pipeta volumtricaou bureta.

    Indiretamente: a partir dos valores de outras grandezasmedidas, atravs de clculos.

  • EXEMPLOS

    A) Medida de massa em balana analtica que possui quatro casas decimais.

    Considere a massa medida igual a 2,1546 g. Este resultado nos informa que a massa da amostra maior

    do que 2,1545 g e menor do que 2,1547 g.do que 2,1545 g e menor do que 2,1547 g.

    *Preciso em dcimo de miligrama!

    ** Incorreto expressar o resultado como:2,15 g, pois informa preciso menor!2,15460 g, pois informa preciso maior!

    1g ---------- 1000mgx ---------0,1mg

    x= 0,0001g

  • B) Medida de massa em balana analtica que possui trs casas decimais:

    Considere a massa medida igual a 2,150 g. Este resultado nos informa que a massa da amostra maior do que 2,149 g e

    menor do que 2,151 g.menor do que 2,151 g.

    *Preciso em miligrama!

    Incorreto expressar como 2,15 g, pois informa preciso menor!Incorreto expressar como 2,1500 g, pois informa preciso maior!

  • C) Medida de volume de soluo em bureta :

    Suponha que o resultado encontrado tenha sido 20,6 mL, que a preciso mxima que a

    escala da bureta permite determinar.

    Incorreto expressar o resultado como 20,60 mL, Incorreto expressar o resultado como 20,60 mL, porque induz ideia de que o instrumento de

    medida possibilita maior preciso!

    Incorreto expressar o resultado como 21 mL, porque informa uma preciso menor!

  • Quantos algarismo significativos temos?

    24,95 mL possui QUATRO algarismos significativos

    6,450 g possui QUATRO algarismos significativos

    1,1215 g possui CINCO algarismos significativos

    0,0108 g possui APENAS TRS algarismos significativos porque os zeros esquerda servem apenas para indicar a posio da

    casa decimal!

    * Este nmero pode ser expresso como 1,08 x 10-2 g.

    0,0025 kg possui APENAS DOIS algarismos significativos, pois pode ser facilmente expresso como 2,5 g ou 2,5 x 10-3 kg.

  • Algarismo ZERO

    a) No significativo quando serve apenas para localizar o

    ponto decimal zeros esquerda!!!

    0,0670 quantos AS?

    b) significativo quando:

    Encontra-se entre dois algarismos: 1,203 g

    Encontra-se no final do nmero, direita: 15,20 mL

  • CLCULOS COM ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS

    Adio ou subtrao

    Quando duas ou mais quantidades so adicionadas

    ou subtradas, o resultado da soma ou da diferena dever

    conter tantas casas decimais quantos existirem no fator

    com o menor nmero delas.

  • CLCULOS COM ALGARISMOS SIGNIFICATIVOSAdio ou subtrao

    Exemplos

    b) 2,432 x 106 + 6,512 x 104 - 1,227 x 105 = 2,374 x 106

    2,432 x 1062,432 x 106

    0,0 6512 x 106

    0,1227 x 106

  • CLCULOS COM ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS

    Adio e substrao - exerccios

    a) A massa de um corpo medido em balana analtica

    2,2 g. Outro material possui massa de 0,1145 g. Calcular

    a massa total dos dois corpos. R: 2,3 g

  • Adio e substrao exerccios

    b) Um pedao de polietileno possui massa de 6,80g.

    Retirou-se uma amostra desse material, cuja massa

    medida foi de 2,6367 g. Calcular a massa do pedao de

    polietileno restante. R: 4,20 g

  • Multiplicao e diviso

    O resultado dever conter tantos algarismos

    significativos quantos estiverem expressos no fator que

    possui o menor nmero de algarismos significativos.

  • Multiplicao e diviso - Exemplo

    Calcular o nmero de mol existente nos seguintes

    volumes de uma soluo de HCl 0,1000 mol L-1:

    a) 25,00 mL Pa) 25,00 mL

    nHCl = 25,00 x 0,1000 x 10-3 = 2,500 x 10-3

    b) 25,0 mL

    nHCl = 25,0 x 0,1000 x 10-3 = 2,50 x 10-3

    c) 25 mL

    nHCl = 25 x 0,1000 x 10-3 = 2,5 x 10-3

    Preciso

  • CLCULOS COM ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS

    Logaritmo e antilogaritmo

    Log 339 = 2,530199698

    = 2,530= 2,5302 = caracterstica (parte inteira)

    530 = mantissa (parte decimal)

  • CLCULOS COM ALGARISMOS SIGNIFICATIVOSO logaritmo de um nmero dever ser expresso

    com tantos dgitos direita do ponto decimal (mantissa)quantos forem os algarismos significativos do nmerooriginal.

    Exemplos:

    a) log 9,57 x 104 = 4,981

    b) log 4,000 X 10-5 = - 4,3979

  • CLCULOS COM ALGARISMOS SIGNIFICATIVOSO antilogaritmo de um nmero dever ser expresso

    com tantos dgitos quantos dgitos existirem direita doponto decimal do nmero original (mantissa).

    Exemplo:Exemplo:

    a) antilog 12,5 = 3,16227766 X 1012

    = 3 X 1012

  • REGRAS PARA ARREDONDAMENTO DE DADOS

    Para que um resultado analtico seja expresso comnmero adequado de algarismos significativos, comumser necessrio realizar o arredondamento do nmero.

    IMPORTANTE: o arredondamento deve ser feito somenteno resultado final. No deve ser aplicado a clculos eresultados parciais, pois acarreta erros dearredondamentos.

  • 1. Se o dgito a ser arredondado < 5:Manter o algarismo anteriorExemplo: 0,523 ser arredondado para 0,52.

    2. Se o dgito a ser arredondado >5:Adicionar uma unidade ao algarismo anterior.

    REGRAS PARA ARREDONDAMENTO DE DADOS

    Adicionar uma unidade ao algarismo anterior.Exemplo: 44,8 ser adicionado para 45.

    3. Se o dgito a ser arredondado =5:a) manter o anterior se ele for par.Exemplo: 0,525 ser arredondado para 0,52.

    b) adicionar uma unidade ao algarismo anterior se ele for mpar.Exemplo: 237,5 ser arredondado para 238.

  • Exemplosa) 9,47 b) 9,43c) 9,55d) 0,625e) 0,635

    REGRAS PARA ARREDONDAMENTO DE DADOS

    a) 9,5b) 9,4c) 9,6d) 0,62e) 0,64

    Respostas

    e) 0,635f) 12,5g) 7,5h) 26,95

    i) O preo da gasolina R$ 2,339 est correto em termos de algarismos significativos? 2,34!!!!

    e) 0,64f) 12g) 8h) 27,0