1ª Frequência TP (Resumo Final)

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  Licenciatura em Psicologia 2º Ano/2º Semestre- Sofia Margarida Clemente Vieira Rodrigues Da Graça Teorias da Personalidade 1 Teorias da Personalidade Personalidade 1. O que é a Personalidade? ] Personalidade é um tema complexo. Conceituá-la é uma tarefa difícil para os estudiosos do assunto pois existem inúmeras definições de Personalidade; ] Personalidade tem origem na palavra latina  persona que designa a scara que o actor de teatro usava na antiguidade, para expri mir diferentes e moções e atitudes; ] Sabemos que não há duas personalidades idênticas, como não existem duas pessoas idênticas , mas existem traços comuns: y Cada indivíduo é único; y Consistência do comportamento; y A personalidade como conceito que ajuda a prever e a explicar o comportamento humano. ] A personalidade é traço distintivo de cada ser humano , é formada pela combinação de características e qualidades distintas.  Uma definição simplificada de P ersonalid ade Personalidade é a resultante psicofísica da interacção da hereditariedade com o meio, manifestada através do comportamento , cujas características são peculiares a cada pessoa.

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- Sofia Margarida Clemente Vieira Rodrigues Da Graça Teorias da Personalidade 1

Teorias da PersonalidadePersonalidade

1. O que é a Personalidade?] Personalidade é um tema complexo. Conceituá-la é uma tarefa difícil

para os estudiosos do assunto pois existem inúmeras definições de

Personalidade;

] Personalidade tem origem na palavra latina  persona que designa a

máscara que o actor de teatro usava na antiguidade, para exprimir 

diferentes emoções e atitudes;

] Sabemos que não há duas personalidades idênticas, como não

existem duas pessoas idênticas, mas existem traços comuns:

y Cada indivíduo é único;

y Consistência do comportamento;

y A personalidade como conceito que ajuda a prever e a explicar o

comportamento humano.

] A personalidade é traço distintivo de cada ser humano, é formada pela

combinação de características e qualidades distintas.

 

Uma definição simplificada de Personalidade

Personalidade é a resultante psicofísica da interacção dahereditariedade com o meio, manifestada através do

comportamento, cujas características são peculiares a cada

pessoa.

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2. Deter minantes da Personalidade.

] As determinantes da Personalidade são:

     Hereditariedade;

     Ambiente;

     Situação.

] A Personalidade é, na generalidade, considerada como fruto de factores

hereditários e ambientais, e moderada por condições situacionais, 

3. Conceitos de Psicologia da Personalidade.

]  Temperamento;

(tendência herdada do indivíduo para reagir ao meio de maneira

peculiar. Assim, desde o nascimento, entre os indivíduos verificam-se

diferentes limiares de sensibilidade frente aos estímulos internos ou

externos, diferenças no tom afectivo predominante, variações no ritmo, 

intensidade e periodicidade dos fenómenos neurovegetativos - que

funciona involuntariamente ou inconscientemente);

]  Car ácter/Traço;

(conjunto de formas comportamentais mais elaboradas e determinadas

pelas influências ambientais, sociais e culturais, que o indivíduo usa

para adaptar-se ao meio. Ao contrário do temperamento, o carácter é

predominante volitivo - depende da vontade - e intencional.);

]  Tipos de Personalidade 

Personalidade é a interacção dos aspectos físicos, temperamentais e

caracteriológicos.

4. Aplicação das Teorias.] Psicoterapia;

] Avaliação Psicológica;

] Pesquisa.

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Carl Gustav Jung

5. Freud vs Jung.

] Freud concebia a Líbido como uma pulsão,

instinto ou energia denatureza puramente sexual, mas Jung acreditava que não;

] Jung recusa a forte caracterização sexual praticada por Freud, a Líbido

é energia vital num sentido mais geral e indiferenciado (energia essa

que, podendo assumir também um aspecto sexual, não é inteiramente

redutível a ele);

] No fundo, a grande clivagem/divergência entre ele e Freud, era que

Jung considerava que focalizar , na sexualidade, como sendo a energia

que o nosso comportamento era algo muito redutor/limitador;

] Jung achava que, para além da sexualidade, outros factores/fontes

ajudavam a explicar o nosso comportamento.

6. Líbido ou Energia Psíquica.

] Para Jung, esta força instintiva não poderia possuir apenas uma origem

sexual. Amplia este conceito designando-a como a Energia Psíquica;

] Esta Energia Psíquica está presente em toda a natureza,

incluindo emtodos os aspectos da natureza humana (mente, corpo, linguagem, 

sexualidade, alimentação, mito, religião, arte, jogos, trabalho, amor , 

ódio, actividades ligadas à cultura«..).

7. Valor de um Elemento.

] A quantidade de energia psíquica investida num elemento da

personalidade é designada por valor desse elemento;

] O valor é uma medida de intensidade, ou seja, quando um indivíduo

investe muito numa ideia, isso quer dizer que essa ideia exerce uma

força considerável no início e na direcção do seu comportamento;

] Ao colocar energia em algo é valorizar algo.

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8. Funcionamento da Energia Psíquica ou Líbido.

] Para explicar o funcionamento da Energia Psíquica ou Líbido, Jung

utilizou dois princípios:

1. Princípio da Oposição 

O conflito está sempre presente em toda a psicologia

 jungiana;

Toda a sensação, desejo ou sentimento tem o seu oposto;

O conflito entre as polaridades é o principal motivador do

comportamento e gerador de energia;

Jung usa muitos opostos na sua teoria, ou seja, todos os

desejos têm opostos e é este conflito que gera também a

nossa energia ± a energia psíquica.

2. Princípio da Equivalência 

Designa-se também por Princípio da Conservação da Energia;

Se um valor psíquico enfraquece ou desaparece, a energia a

ele ligada não se perderá, mas reaparecerá num novo valor;

Quer isto dizer que quando um valor tem menor intensidade, 

então, um novo valor substituirá o anterior com uma maior 

intensidade (esta é uma grande tendência humana).

9. Estrutura da Psique.

] Para Jung, a Personalidade Total ou Psique é composta por sistemas, 

ou estruturas diferentes que se podem influenciar uns aos outros;

] Esses sistemas são: o Ego, o Inconsciente Pessoal e o Inconsciente

Colectivo;

10. Ego.

] É o centro da consciência;

] Parte da Psique preocupada com a percepção, o raciocínio, sensações

e lembranças;

] É a consciência de nós mesmos;

] É responsável pela execução das actividades normais da vida quando

estamos acordados;

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] Age de maneira selectiva, admitindo na consciência apenas parte dos

estímulos aos quais somos expostos;

] No fundo, o Ego é a nossa parte consciente e é onde chega apenas uma

parte do ³material´, o resto vai para o Inconsciente Pessoal.

11. Ego ± Atitudes - Introversão e Extroversão.

] Jung descobriu que cada indivíduo pode ser caracterizado como sendo

primariamente orientado pelo interior (a energia dirige-se ao mundo

interno do indivíduo) ou pelo exterior (a energia é focalizada no mundo

externo);

] Os Introvertidos concentram-se nos seus próprios pensamentos e

sentimentos no seu mundo interior , tendendo à Introspecção 

O perigo para os introvertidos é imergir intensamente no seu interior que

perdem ou tornam ténue, o contacto com o ambiente externo;

Ou seja, um introvertido tem tendência para ter dificuldade nas relações

sociais;

] Os Extrovertidos envolvem-se com o mundo exterior das pessoas e

das coisas.

Tendem a ser mais sociais e mais conscientes do que acontece à sua

volta.Estes indivíduos estão tão orientados para os outros que podem acabar 

por apoiar-se para os outros que podem acabar por deixar de

desenvolver as suas próprias opiniões.

O perigo para estes indivíduos é perder a individualidade.

Conclusão:

] Jung enfatizava que, nem a Introversão, nem a Extroversão, são uma

melhor que a outra.

Ou seja,

não é melhor ser introvertido nem extrovertido;O ideal para o ser humano é ser flexível, capaz de se adaptar a qualquer 

dessas atitudes, pois quanto mais flexível um indivíduo for , mais em

equilíbrio ele actua.

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12. Ego ± Atitudes ± Funções Psíquicas.

] Jung identificou 4 Funções Psicológicas às quais chamou de Funções

Fundamentais:

a) Pensamento

- Maneira alternativa de elaborar julgamentos e tomar decisões.

- Está sempre relacionado com a verdade.

- As pessoas nas quais predomine a Função do Pensamento são

Reflexivas.

- Estes indivíduos são grandes planeadores.

b) Sentimento

- Os indivíduos sentimentais são orientados para o aspecto

emocional da experiência.

- Preferem emoções fortes e intensas ainda que não negativas, a

experiências apáticas.

- Para este indivíduo tomar decisões deve estar de acordo com

 julgamentos de valores próprios (por exemplo: o bom ou mau, certo

ou errado) em vez de julgar em termos de lógica ou eficiência.

c) Sensação

- Refere-se a um enfoque na experiência directa, na percepção de

detalhes, de factos concretos. 

- Reporta-se no que uma pessoa pode tocar , ver , cheirar.

- É a experiência concreta e tem sempre prioridade sobre a

discussão ou a análise da experiência.

- Os indivíduos sensitivos tendem a responder à situação vivencial

imediata e lidam eficientemente com todos tipos de crises e

emergências.

- Estão sempre prontos para o momento actual,

adaptam-sefacilmente emergências do quotidiano.

- Trabalham melhor com instrumentos, veículos e utensílios do que

qualquer um dos outros tipos.

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d) Intuição

- Forma de processar informações em termos de experiência

passada, objectivos futuros e processos inconscientes.

- As implicações da experiência são mais importantes para os

intuitivos do que a experiência real em si mesma.- Pessoas fortemente intuitivas dão significado às suas percepções

com tamanha rapidez que não conseguem separar as suas

interpretações conscientes dos dados sensoriais brutos obtidos.

- Processam informação muito depressa e relacionam a experiência

passada com as informações da experiência imediata.

13. Funções relacionadas com cada uma das Funções

Psíquicas.

1. Função Dominante

- Segundo Jung, de entre as funções específicas existe sempre uma

que é preferida pelo sujeito.

- Esta função surge pelo exercício e pelo desenvolvimento dos traços

congénitos.

- Também chamada de Função Principal, atribui ao indivíduo

características psicológicas particulares.

2. Função Secundária ou Auxiliar e Terciária

- No curso do desenvolvimento existe sempre a função que é distinta da

função principal, ou seja, a chamada Função Secundária.

- Fica relegada para um plano inferior e a sua existência é útil para

servir à função principal.

- A Função Terciária tem desenvolvimento rudimentar e é a oposta à

função auxiliar na escala de preferências.

3. Função Inferior - Função menos desenvolvida que se contrapõe à função dominante.

- Por norma a função dominante é consciente e a função menos

diferenciada é a função inferior.

- Tende a aparecer abruptamente quando uma pessoa se encontra sob

pressão e/ou doente.

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14. Tipos Psicológicos

]  Pensamento Introvertido  (Considera as ideias gerais aquilo que de

mais importante há, ou seja, quando aborda um problema, procura, 

antes de mais, situar ideias e pontos de vista que lhe permitam uma

visão panorâmica dos temas a estudar.)

]  Pensamento Extrovertido (Atitude de estabelecer ordem clara, lógica, 

entre coisas concretas. O raciocínio abstracto não o atrai. Gosta de fazer 

prevalecer os seus pontos de vista que coordena de maneira rígida e

impessoal tornando-se autoritário. Conduta pautada segundo regras

rigorosas, dentro dos seus princípios que aplica também aos outros.)

]  Sentimento Introvertido (Pessoas calmas, retraídas, silenciosas.

Pouco acessíveis e difíceis de compreender , as suas verdadeira

intenções permanecem ocultas, pelo que existe algo de enigmático a

envolvê-las. Elevada profundeza, secretos e intensos. Evitam

manifestações emocionais exuberantes. Parecem frios e indiferentes, 

quando na realidade ocultam, muitas vezes, grandes paixões.)

]  Sentimento Extrovertido (Adequada relação com os objectos

exteriores, vivendo da melhor forma com o seu mundo. Acolhedores e

afáveis. Irradia um calor comunicativo que torna o indivíduo deste tipo o

centro de amizades numerosas. Faz a correcta avaliação desses

amigos. Facilmente pesa as qualidades positivas e negativas e não

forma assim ilusões sobre as pessoas com quem convive.

Manifestações exuberantes de afectividade que podem parecer 

excessivas aos olhos de outros.)

]  Sensação Introvertida  (Extremamente sensível às impressões

provenientes dos objectos. Fixa-os em detalhes como se possuíssem

internamente uma máquina fotográfica. Essas impressões atingem-nos

profundamente mas não transparecem em reacções que dêem a medidade repercussão que as qualidades sensoriais dos objectos

determinaram. Ou seja, não demonstram a intensidade com que as

impressões os atingiram, dissimulam o impacto que lhes foi causado.

Indivíduos que põem acima de tudo o prazer estético, apreciam formas, 

cores, perfumes.)

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]  Sensação Extrovertida (Delicia-se na apreciação sensorial das coisas.

 Ama os prazeres da mesa e o conforto das habitações. Relaciona-se de

modo concreto e prático aos objectos exteriores. Adapta-se facilmente

às circunstâncias possuindo seguro sentido da realidade. Os que

³sabem viver´.)]  Intuição Introvertida  (Sensível aos lugares e às possibilidades novas

que as coisas possam oferecer. O exterior interessa-o mas está mais

voltado para o interior. As múltiplas solicitações do exterior , quando

excessivas, chegam a ser consideradas como algo desagradável.

Cansa-se facilmente e aborrece-se de coisas que já lhe afiguram óbvias.

Os acontecimentos exteriores permanecem um tanto nebulosos devido à

incapacidade para registar o que ocorre diante dos seus olhos e de fixar 

os detalhes precisos. Pessoa menos apta para prestar testemunhos.

Prazer em distanciar-se da realidade quotidiana.

]  Intuição Extrovertida  (Constante  procura  de novas possibilidades.

Empreende várias iniciativas ao mesmo tempo, pois tem dificuldade em

deixar de agarrar probabilidades vantajosas que se lhe oferecem sem

que os outros percebam. Não lhe agradam as situações estáveis. Sente-

se aí um prisioneiro.).

15. Inconsciente Pessoal.

] Camadas mais superficiais do inconsciente (fronteiras imprecisas com o

consciente).

] Estão incluídas: as Percepções e Impressões Subliminares (carga

energética insuficiente para atingir o consciente); Combinações de

Ideias (ainda demasiado fracas e indiferenciadas); Traços de

Acontecimentos (ocorridos durante o curso da vida e perdidos pela

memória consciente); Recordações Penosas (demais para seremrelembradas); Grupos de Representações (com forte potencial

afectivo, incompatíveis com a atitude consciente ± Complexos).

] Estes elementos podem provocar distúrbios tanto de natureza psíquica

como de natureza somática.

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16. Complexos.

] Caminhos que permitem chegar ao inconsciente.

] Desvinculam-se da consciência, passam a actuar no inconsciente, onde

continuam numa existência relativamente autónoma, a influências a

conduta.

] Os complexos podem ser conscientes ou inconscientes.

17. Inconsciente Colectivo.

] Jung acreditava que, para além da herança biológica, também

nascemos com uma herança psicológica.

] Ambas são determinantes essenciais do comportamento e da

experiência do ser.] Jung acreditava que a mente da criança já possui uma estrutura que

molda e canaliza todo o posterior desenvolvimento e interacção com o

ambiente.

] O Inconsciente Colectivo inclui materiais psíquicos que não provêm da

experiência pessoal mas de um património colectivo (o mesmo em

qualquer lugar e em qualquer época, não varia de pessoa para pessoa)

da espécie humana.

] Aos conteúdos do Inconsciente Colectivo,

Jung designou por Arquétipos. 

18. Arquétipos.

] Experiências antigas contidas no inconsciente colectivo que se

manifestam por temas ou padrões recorrentes.

] Jung referenciou os seguintes arquétipos:

Persona;

- É a forma, através da qual, nos apresentamos ao mundo;

- É o carácter que assumimos;

- É através dela que nos relacionamos com os outros;

- Inclui todos os nossos papéis sociais (tipo de roupa que

escolhemos, o nosso estilo de expressão pessoal.);

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- Dependemos dela para os nossos relacionamentos diários (no

trabalho, no grupo de amigos);

- Possui um lado benéfico (auxilia a convivência com os outros , 

transmite sensação de segurança,) e um lado maléfico (perigo do

indivíduo se identificar com o papel por ele desempenhadofazendo com que a pessoa se distancie da sua própria natureza;

- Serve para nos proteger contra as características internas que

achamos que nos desqualificam e que queremos, portanto, 

esconder.

Sombra;

- Para Jung a Sombra é o centro do Inconsciente Pessoal, o

núcleo do material que foi reprimido da consciência;

- Inclui aquelas tendências, memórias, desejos e experiências

que são rejeitadas pelo indivíduo como incompatíveis com a

persona e contrárias aos padrões e ideais sociais;

- Representa o que consideramos inferior na nossa personalidade

e o que negligenciamos e nunca desenvolvemos em nós

mesmos;

- É perigosa quando não é reconhecida pelo portador (que tende

a projectar qualidades indesejáveis no outros ou a deixar-se

dominar pela sombra sem se aperceber);

- Nunca pode ser totalmente eliminada;

- Quanto mais consciente mais recuperamos partes previamente

reprimidas por nós mesmos.

Anima/Animus;

- Anima constitui o lado feminino no homem;

- Constitui o lado masculino na mulher;

- Reconhecimento, por Jung, de que os humanos são, 

essencialmente, bissexuais;

- Ambos os sexos possuem aspectos do sexo oposto, não só

biologicamente como também psicologicamente através de

sentimentos e atitudes;

- Contribuem para a maturidade do psiquismo do indivíduo (se

bem integrados no ego);

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- Responsáveis pelas qualidades das relações com pessoas do

sexo oposto.

Self;

- É o arquétipo central, da ordem e totalidade da personalidade;

- É formado pelo consciente e inconsciente que secomplementam (originando o Self);

- Centro de toda a personalidade;

- Emana toda a energia de que a psique dispõe;

- Integra e equilibra todos os aspectos do inconsciente conferindo

estabilidade à personalidade humana;

- Apenas emerge quando todos os outros sistemas da psique se

tiverem desenvolvido, por volta da meia-idade.

19. Desenvolvimento da Personalidade.

] Segundo Jung, o desenvolvimento da personalidade corresponde ao

mecanismo da individuação, ou seja, ao processo em que a pessoa se

torna um indivíduo psicológico;

] Jung acreditava que o desenvolvimento da Personalidade era um

processo contínuo ao longo da vida do indivíduo;

] O Ego inicia o desenvolvimento no início da infância;

] O Ego só se começa a formar quando as crianças começam a

diferenciar-se das outras pessoas;

] Da adolescência até à idade adulta os indivíduos estão centrados em

actividades preparatórias (predominam os processos conscientes);

] Na meia-idade (35-40 anos) ocorrem grandes mudanças da

personalidade, onde se dá início ao processo da realização do self , rumo

à Individuação.

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20. Individuação.

] Segundo Jung, todo o indivíduo tem uma tendência para a individuação

ou auto desenvolvimento;

] Significa tornar-se um ser único, homogéneo, na medida em que, por 

individualidade, entendemos a nossa singularidade mais íntima, última e

incomparável (tornamo-nos o nosso próprio self);

] Processo de desenvolvimento da totalidade e de movimento em

direcção a uma maior liberdade;

] Quanto mais conscientes nos tornamos de nós mesmos, através do auto

conhecimento, mais se reduzirá a camada do inconsciente pessoal que

recobre o inconsciente colectivo;

] O primeiro passo no processo de individuação é o desnudamento da

Persona (embora esta tenha funções protectores mas também tem uma

máscara que esconde o Self e o Inconsciente);

] Representa um compromisso entre o indivíduo e a sociedade acerca

daquilo que alguém parece ser (nome, título, ocupação);

] O passo seguinte é o Confronto com a Sombra (o indivíduo aceita a

realidade da sombra e dela se distingue);

] Finalmente, dá-se o Desenvolvimento do Self (O Self é a nossa meta

de vida pois é a mais completa expressão de indivíduo. O Self torna-se onovo ponto central da psique e integrando o material consciente e o

inconsciente.

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Alfred Adler 

21. Adler vs Freud.

] Adler não concordava em absoluto com as ideias freudianas emdiversos aspectos, nomeadamente na importância que Freud conferia às

pulsões sexuais na origem das neuroses.

] Para Adler , toda a humanidade partilhava um sentimento de

inferioridade que levava os indivíduos a procurar obter formas de

compensar essa deficiência.

] Adler explicava as neuroses, os problemas psíquicos e, de uma maneira

geral, a própria personalidade através de um complexo de inferioridade 

que resultaria da experiência infantil de dependência bem como de umainferioridade orgânica.

22. Teoria Adleriana

(Inferioridade, Compensação e Superioridade).

] Adler observou que as pessoas com fraquezas orgânicas, tendem, por 

meio de processos de compensação diversos, a tentar restabelecer o

equilíbrio, quer através de treinos adequados, quer recorrendo a

exercícios específicos.

] Esta motivação suplementar para esforços adicionais de superação

física, resulta num sobre-fortalecimento dos órgãos, antes fracos, 

resultando daí uma maior destreza e força do indivíduo.

] Faz uma analogia da inferioridade orgânica com a inferioridade

psicológica, introduzindo a ideia de Complexo de Inferioridade.

] Para Adler , os sujeitos respondem a essa inferioridade através de um

mecanismo de Compensação,

tentando ser bons naquilo em que sesentem inferiores, ou destacando-se noutras áreas.

] Exemplo: Se olharmos para os jogos das crianças e para as suas

fantasias tendem a ter em comum o desejo de crescer , de ser grande, 

de ser um adulto: este é um processo de compensação.

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] Se o sujeito fica dominado por estas forças de inferioridade pode

desenvolver um Complexo de Inferioridade.

] Estas pessoas apresentam uma baixa auto-estima e revelam pouca

noção de auto-eficácia.

] Para além da compensação e do complexo de inferioridade, existe umaterceira forma do sujeito lidar com os sentimentos de inferioridade.

Supercompensando-os e criando um Complexo de Superioridade 

(envolve encobrir a inferioridade, pretendendo ser superior aos outros).

] Quando o sujeito se sente pequeno, uma forma de se engrandecer é

fazer os outros se sentirem ainda mais pequenos.

23. Luta pela Superioridade ou Perfeição.

] É o desejo que todos os indivíduos têm de realizar o seu potencial , e de

ficarem mais perto do seu ideal.

] Luta pela perfeição não foi o primeiro conceito que Adler utilizou para

definir esta força motivacional mas sim Instinto de Agressão.

] Adler considerava a agressividade como um incentivo para a superação

dos obstáculos e/ou como uma manifestação de uma vontade de poder.

] Outra das denominações utilizadas por Adler foi Protesto Masculino, 

fazendo espelho da sua cultura.] A ultima expressão utilizada por Adler antes da luta pela perfeição , foi a

de Luta pela Superioridade.

24. Obstáculos ao Crescimento.

] Adler especifica, na infância, três situações que tendem a resultar em

processos de isolamento, falta de interesse social e desenvolvimento de

um estilo pessoal não cooperativo:

  Crianças com Inferioridade Orgânica, tendem a tornar-se muito

fechadas em si próprias. Afastam-se da interacção com os outros

devido à valorização do sentimento de inferioridade, ou

incapacidade de competir com sucesso com outras crianças ou

amigos;

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  Crianças Super Protegidas e mimadas também têm dificuldade

em desenvolver sentimentos explícitos de interesse social e

cooperação. Falta-lhes a auto-confiança nelas próprias, cuja

percepção não se adquire quando são sempre os outros a fazer 

tudo por elas; No caso da Rejeição, esta impede o desenvolvimento da criança.

Uma criança não desejada não apreende as noções de amor e

cooperação em casa, sendo bastante difícil desenvolver essas

capacidades nela própria.

25. Ordem de Nascimento.

] Adler foi o primeiro teórico a incluir a influência na criança não só da

mãe e do pai, mas também dos ir mãos.

] Para Adler a ordem do nascimento tem grande influência social na

infância: a ordem em que o sujeito nasce na família afecta a sua

personalidade.

] Adler descreve quatro situações diferentes:

  Primeiro Filho:

(Inicia a sua vida como único filho, com a atenção centrada em si;

quando o segundo filho chega é destronado. No inicio, a criança

pode lutar para recuperar a sua posição perdida. Tendem a tornar-

se bons organizadores, excessivamente interessados em manter a

ordem e a autoridade.)

  Segundo Filho: 

(Está numa situação diferente. Têm o irmão mais velho como

modelo e tende a tornar-se bastante competitivo, constantemente a

tentar ultrapassá-lo. Esta competição geralmente estimula o

desenvolvimento do segundo filho, que é mais rápido.)

  Filho mais Novo:

(Costumam ser os mais mimados, e são os únicos que não são

destronados.)

  Filho Único:

(Tem uma posição de primazia e poder na família. Amadurecem

mais cedo pois passam mais tempo na companhia de adultos.)

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26. Objectivos de Vida.

] Para Adler , o objectivo de vida de cada indivíduo é influenciado por 

experiências pessoais, valores, atitudes e personalidade.

] Enquanto adultos, podemos ter razões definidas e lógicas para a

escolha de nossa profissão, no entanto, os objectivos de vida que nos

guiam e motivam formaram-se antes, no início da infância, e

permanecem um tanto obscuros e em geral inconscientes.

] A formação de objectivos de vida inicia-se na infância como forma de

compensação de sentimentos de inferioridade, insegurança e

desamparo num mundo adulto.

] Os objectivos de vida, por norma, funcionam como defesa contra

sentimentos de impotência, como uma ponte entre um presente

insatisfatório e um futuro brilhante, poderoso e realizador.

] Têm sempre um lado de ficção ou imaginação, no sentido em que

constituem potencialidades e não realidades.

] Os objectivos de vida dão direcção e finalidade às nossas actividades.

]  Exemplo: alguém que luta pela superioridade procurando poder 

pessoal desenvolver á traços de car ácter necessários para atingir 

esse objectivo, tais como a ambição, a inveja e a desconfiança.

Adler salienta que esses traços de car á

cter não são nem

inatosnem imutáveis, mas foram adoptados como facetas essenciais

tendo em conta a direcção do objectivo do indivíduo.

27. Estilo de Vida.

] Em vez de tratar a personalidade do indivíduo no sentido tradicional, 

referindo traços, estruturas, dinâmicas e conflitos, preferiu falar de

Estilos de Vida.

] Referem-se à forma como o indivíduo vive a sua vida , como lida com os

problemas e as relações interpessoais.

] Definiu 4 estilos de vida básicos através dos quais os indivíduos lidam

com os seus problemas ou tarefas de vida:

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  Tipo Dominador :

(Desde a infância é caracterizado por uma tendência para a

agressividade e a tentativa de dominar outros. A sua energia é

tão forte ± na luta pelo poder pessoal ± que tendem a empurrar 

tudo e todo o que se colocar no seu caminho);  Tipo Dependente:

(São pessoas sensíveis que desenvolvem uma concha à volta de

si mesmos para os proteger. Dependem dos outros para resolver 

as dificuldades que se lhes apresentam na vida. Têm baixos

níveis de energia, por isso tornam-se dependentes.)

  Tipo Esquivo:

(Este é o tipo com menor nível de energia e sobrevive evitando a

vida, especialmente outras pessoas.)

  Tipo Socialmente Útil:

(Esta é a pessoa saudável, que tem ao mesmo tempo interesse

social e energia.)

28. Tarefas de Vida.

] Adler defende que as três maiores tarefas com que o indivíduo se

defronta ao longo da sua vida são:

  Trabalho: 

(O trabalho, para Adler , inclui todas as actividades úteis à

comunidade, e não apenas as ocupações pelas quais recebemos

um salário. O trabalho fornece um sentimento de satisfação e

valorização apenas na medida em que beneficia outros.

 A importância do trabalho está essencialmente baseada na nossa

dependência do meio físico.)

  Am

izade: (Expressa nossa pertença à raça humana e a nossa constante

necessidade de adaptação e interacção com outros de nossa

espécie. As nossas amizades específicas estabelecem laços.

essenciais com nossa comunidade, uma vez que nenhum

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indivíduo jamais se relaciona com a sociedade do ponto de vista

abstracto.

O empenho amistoso e cooperativo é também um elemento

importante para o trabalho construtivo.)

  Amor:(é discutido por Adler em termos exclusivos de amor 

heterossexual. Ele envolve uma íntima união de mente e corpo e

a máxima cooperação entre duas pessoas de sexos opostos. O

amor baseia-se no facto de que a intimidade entre os sexos é

essencial para a continuação de nossa espécie. Adler escreve

que o vínculo íntimo do casamento representa o maior desafio

para a habilidade de cooperar com outro ser humano.)

] Adler acentua que estes três problemas, trabalho, amizade e amor , 

estarão sempre inter-relacionados.

] A solução de um, ajuda a solução de outros.

29. Interesse Social.

] Considerava que todo o comportamento humano era social pois, 

crescemos num meio social e as nossas personalidades são ali

socialmente formadas.

] O interesse social era então mais do que a preocupação com a

comunidade próxima do indivíduo, incluía sentimentos de afinidade para

com toda a humanidade.

] Preocupação com a comunidade ideal de todo o género humano, e

como o último estágio da evolução de nossa espécie.

] O interesse social não é simplesmente inato ou aprendido, mas uma

combinação dos dois factores.] Para Adler a falta de interesse social está na origem da doença mental.

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30. Fortalecimento do Interesse Social.

] A terapia é um trabalho cooperativo entre terapeuta e paciente , um

relacionamento de apoio que ajuda este último a desenvolver 

cooperação e interesse social.

] Adler alegava que a tarefa do médico ou psicólogo é oferecer ao

paciente a experiência de contacto com um companheiro e então

capacitá-lo, para transferir este interesse social entretanto despertado

para outras pessoas.

] Adler salientava que, frequentemente, o terapeuta deve prover os

cuidados, o apoio e o sentido de cooperação que o paciente nunca

recebeu dos seus próprios pais.

] Uma vez que Adler estava convencido do facto de que o interesse estar 

voltado para a própria pessoa em vez de estar voltado para os outros é

o núcleo da maioria dos problemas psicológicos, sentia que a maior 

missão do terapeuta era afastar gradualmente o paciente do interesse

exclusivo em si próprio, fazendo com que se volte para um trabalho

construtivo para os outros, como um membro com valor para a

comunidade.

31. Avaliação.

] Os métodos básicos de avaliação em Adler são:

A Ordem de Nascimento;

As Primeiras Lembranças:

(Para Adler pouco importa a veracidade dessas lembranças, o

importante era a temática para onde remetiam.)

A Análise de Sonhos:

(Tinha uma abordagem mais directa dos sonhos que Freud ouJung. Para Adler , os sonhos aparecem unificados com a vida

consciente, e reflectem os objectivos que o sujeito quer atingir e

os problemas que enfrenta para o conseguir.)

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Harry Stack SullivanH 

32. Teoria Inter-Pessoal.

] Para este autor ,

para compreender a personalidade de alguém,

devemestudar-se as suas relações interpessoais, isto é, as relações que um

sujeito mantém com outras pessoas importantes da sua vida.

] A personalidade deriva das experiências que vivemos, experiências

essas que implicam uma redução das tensões associadas à satisfação

de necessidades.

] Para Sullivan existem dois tipos de necessidades:

  Necessidades Físicas:

- Ar; Água; Comida.  Necessidades de Segurança:

- São as necessidades interpessoais, de contacto com outros, em

relações portadoras de bem-estar.

- Sullivan definiu segurança como ausência de ansiedade.

- No entanto, a ansiedade é inevitável e torna-se o motor de

desenvolvimento da personalidade.

- O sistema do Self desenvolve um conjunto de mecanismos, que

Sullivan denomina de Operações de Segurança para reduzir a

ansiedade.

33. Sistema do Self (Personificações).

] O conjunto das relações a dois que o sujeito experiencia ao longo da

sua vida determina a sua personalidade

] A personalidade, por essência não pode existir na ausência de pessoas

significativas,

pessoas essas que são as que mais sentido têm na nossavida.

] Sem elas não podemos desenvolver o Sistema do Self , que é uma

parte da personalidade baseada nas relações mantidas com os outros.

] Este sistema do self advém de experiências interpessoais sempre em

desenvolvimento.

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] Este sistema do self advém de experiências interpessoais sempre em

desenvolvimento

] O sistema do Self está dividido em 3 partes:

  Eu Bom:(É tudo o que gostamos em nós. Representa a parte de nós que

partilhamos com os outros e é onde habitualmente nos focamos, 

porque não produz ansiedade.)

  Eu Mau:

(Representa os aspectos do self que são considerados como

negativos, e por isso, escondidos dos outros, e provavelmente alguns

deles, até do self.

 A ansiedade que é sentida resulta do reconhecimento da nossa parte

má, como quando nos recordamos de um momento embaraçoso ou

uma experiência passada de culpa.)

  Não-Eu:

(Representa todas as coisas que provocam tanta ansiedade que nem

conseguimos assumir que fazem parte de nós. O não-eu é mantido no

inconsciente.)

] A esta espécie de ³sub-selfs´ Sullivan chama Personificações, que são

criadas nas nossas interacções com os outros e através de mecanismos

de Desatenção Selectiva (Mecanismo de Defesa).

] As defesas para além de reduzir a ansiedade, podem levar também a

interpretações deturpadas da realidade.

] Estas personificações são imagens mentais que nos permitementendermo-nos melhor , e ao mundo que nos rodeia.

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34. Desenvolvimento Cognitivo.

] Sullivan postulou três modos desenvolvimentais cognitivos (Modos de

Experiências), através dos quais o sujeito apreende a realidade:

  Modo Prototáxico 

(Desde o nascimento até à aquisição da linguagem)

 A criança apreende mais do que compreende o mundo, de discretos

momentos desconexos, que não são previsíveis. A forma como

experiencia a sua existência confunde-se com a realidade ± a comida

aparece porque ele tem fome, por exemplo.

  Modo Paratáxico 

(A partir dos 2-3anos)

  A criança passa para um tipo de pensamento preditivo, ainda que

rudimentar. Há uma dimensão mágica nas experiências realizadas.

 A criança começa a utilizar a linguagem sem contudo compreender o

seu sentido exacto.

  Modo Sintáxico 

(A partir dos 7-8 anos)

  A criança já consegue dar um sentido correcto às palavras, e a

linguagem torna-se precisa e lógica. Utiliza o raciocínio lógico e

percebe as relações entre passado, presente e futuro. O

conhecimento é adquirido através da comparação entre várias

situações que são confrontadas para estabelecer uma relação lógica

entre si.

] Os modos não se excluem entre si.

35. Épocas de Desenvolvimento ou Estágios de

Desenvolvimento.

] O indivíduo passa por estes estágios segundo uma determinada ordem, (o tempo que demora em cada um deles é influenciada pelo contexto

social onde está inserido).

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] As épocas de desenvolvimento são as seguintes:

  Período Infantil (0-2anos)

Começa no nascimento, prolongando-se até ao aparecimento da

linguagem. O contacto com a mãe está, neste caso, normalmente

presente e, na maioria das vezes a criança consegue uma fonte dealimento e afecto. A criança vai conferir atributos vagos às pessoas

que dela se ocupam.

Exemplo: Se as interacções entre a mãe e a criança forem calorosas

e reduzirem as tensões primárias da criança, a mãe será

personificada como uma boa mãe. Contrariamente, se as relações

forem más a mãe será personificada como uma má mãe. Baseando-

se nas experiências mantidas com os outros, a criança começa a

diferenciar-se do mundo que a rodeia. Se as experiências foram

prazerosas, agradáveis e ocorrerem num ambiente caloroso, a

criança desenvolverá uma boa representação (personificação) de si.

  Período da Infância (2-3 anos)

Nesta fase têm lugar um razoável número de aprendizagens, como a

aceitação das regras de higiene, e de conduta e, sobretudo, a

linguagem.

 A criança começa a adquirir competências e autonomia em diversos

registos, aprendendo igualmente emoções negativas como o

desgosto, o medo, a tristeza e a cólera. Compreende também que

nem sempre procedeu bem, adquirindo uma primeira forma de

culpabilidade. Para Sullivan a criança adquiria estas primeiras

aprendizagens segundo cinco grandes modos:

1. Ensaio Frutuoso ± Os comportamentos conseguidos são

memorizados;

2. Recompensas e Puniões;

3. Tentativa e Erro ± Reparar nos erros para evitar repeti-los;

4. Aprender com a Ansiedade ± Quando um comportamento é

associado a uma ansiedade moderada, a criança aprende a

reduzi-lo ou evitá-lo;

5. Aprendizagem Dedutiva.

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  Período Juvenil (3-8 anos)

 Aparece por altura dos primeiros anos da escola pré-primária em que

a criança é confrontada com outras crianças ( e com outras formas de

se comportar), devendo aceitar novas figuras de autoridade ±

educadores. As ideias e hábitos adquiridos em casa nãocorrespondem aos encontrados no novo universo, sofrendo

reformulações.

  Período da Pré Adolescência (9-12 anos)

  A criança experimenta a necessidade de mais intimidade e procura

uma relação privilegiada com alguém do mesmo sexo. Juntos

realizam novas experiências e exercem sobre o outro grande

influência. Esta relação ajuda a criança a sentir-se útil e alguém de

quem é possível gostar.

  Período da Primeira Adolescência (13-17 anos)

Tem início na puberdade, quando o sujeito procura uma relação com

um parceiro do sexo oposto. O valor pessoal aparece muitas vezes

como sinónimo de atractibilidade sexual, e a aceitação por parte dos

pares do sexo oposto. Sullivan postula três modos de expressão da

intimidade:

1. Autofílico (virado para si próprio);

2. Isofílico (direccionado para um indivíduo do mesmo sexo);

3. Heterofílico (orientado para um indivíduo do sexo oposto).

  Final da Adolescência (18-22anos)

Neste estágio, as relações estáveis tornam-se o foco primário do

sujeito, e é nesta fase que as várias facetas da personalidade se

estabilizam.

  Fase Adulta (a partir dos 23 anos)

  As lutas que o sujeito trava nesta fase são as da segurança

económica, carreira e família. Tendo havido sucesso nos estágios

anteriores, nomeadamente nos anos da adolescência, as relações

adultas e as necessidades de socialização tornam-se mais fáceis de

obter.

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Erich FrommH 

36. Freud vs Marx vs Fromm.

] A teoria de Fromm é uma mistura entre Freud e Marx.]  Freud enfatizava o inconsciente, as pulsões biológicas, o recalcamento;

]  Marx via as pessoas como determinadas pela sua sociedade;

] Fromm acrescentou a estas duas visões deterministas o conceito de

liberdade, fundamental para a compreensão da sua teoria;

] Para ele, através da liberdade ± característica central da natureza

humana - o sujeito transcende o determinismo.

] Então, a Personalidade resulta da interacção dinâmica entre as

necessidades inerentes à natureza humana e as forças exercidas pelas

normas sociais e pelas instituições.

]  Os sujeitos estão sujeitos a pulsões contraditórias como as de

liberdade e de segurança. 

] Ele defende que os sujeitos utilizam diferentes técnicas para aliviar a

ansiedade associada à percepção de liberdade, e sentirem segurança:

Autoritarismo:

Permitir que um sujeito seja controlado por outro. Tem duas formas de

demonstração ± o masoquismo (submeter-se ao poder dos outros

tornando-se passivo) e o sadismo (tornar-se a autoridade, aplicando a

estrutura aos outros e dominando-os).

Destrutividade:

Neste tipo de técnica o sujeito visa eliminar o outro , fugindo da

sensação de falta de poder relativamente ao mundo eliminando-o. É

este tipo de mecanismo que produz, segundo Fromm as formas mais

graves de prejuízo da humanidade: brutalidade, vandalismo, 

humilhação, crime, terrorismo«

Se o desejo de destruir do indivíduo é bloqueado por alguma

circunstância, pode ser redireccionado para o seu interior dando lugar 

à auto-agressão, sendo a sua forma mais grave o suicídio.

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Conformidade Autómota:

Vem da pressão social para a conformidade e para a igualdade. Se o

indivíduo se parecer , falar pensar e sentir como todos os da sua

comunidade, desaparece na multidão, e não necessita de tomar 

conhecimento da sua liberdade. A pessoa que utiliza a conformidadeautómota é como um ³camaleão social´: apresenta a ³cor´ do contexto

onde está inserido. Ao parecer-se com todos os outros, deixa de se

sentir sozinho. Contudo, também não é ele próprio.

]  Como a verdadeira natureza da humanidade é a liberdade, qualquer 

uma destas fugas alienam o sujeito de si próprio. 

37. Tipos de Famílias.

] Segundo Fromm, a técnica preferencial que o sujeito utiliza para aliviar a

sua ansiedade, depende do tipo de família em que cresceu.

]  Define dois tipos de família:

Famílias Simbióticas:

 A simbiose é a relação entre dois organismos que não podem viver um sem

o outro.

Num tipo de família simbiótica, alguns membros da família são ³engolidos´

por outros, e por isso não desenvolvem plenamente uma personalidade

própria

Exemplo:

y Pais ³engolem´ a criança, e por isso a personalidade da criança é um

mero reflexo dos desejos dos pais;

y A criança ³engole´ os pais, e neste caso a criança domina e manipula

os pais que existem essencialmente para servir a criança.

Famílias Destrutivas/Afastadas:

Neste caso estamos perante famílias muito frias e desligadas do ponto de

vista afectivo.Na sua versão fria, os pais exigem muito da criança, de quem esperam que

se comporte segundo padrões elevados e bem definidos. As punições são

efectuadas sem grandes afectos e ³para o bem´ da criança. Utiliza-se a

culpa e a retirada do afecto como punição.

Este tipo de família leva à defesa de tipo destrutivo.

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  A segunda forma deste tipo de famílias (desligadas) é a mais comum na

actualidade, e inicia-se com a mudança de paradigma relativamente à

educação das crianças ± educá-las como iguais, os pais serem os melhores

amigos dos filhos, o que leva a que deixem de ser realmente pais e passem

a co-habitar com a criança. As crianças sem uma verdadeira condução por 

parte do adulto viram-se para os seus pares e para os media na busca de

valores.

38. O que torna uma família boa, saudável e produtiva?

] Fromm sugere que é uma família onde os pais tomem a

responsabilidade de ensinar às suas crianças regras, numa atmosfera

de amor.

] Ao crescer neste tipo de família,

as crianças aprendem a ter consciênciada sua liberdade e a tomar a responsabilidade por si mesmo , e em

última instância pela sociedade como um todo.

39. Tipos de Personalidade ou Orientações.

] Fromm definiu 5 tipos de personalidade, a que chamou Orientações: 

  Orientação Receptiva:

São o tipo de pessoas que esperam receber o que necessitam.

 Acreditam que todos os bens e satisfação das suas necessidadesvêm do exterior. Encontra-se muito nas faixas mais desfavorecidas

da população.

Esta orientação está muito ligada com famílias simbióticas, 

especialmente naquelas em que as crianças são ³engolidas´ pelos

pais.

  Orientação Exploradora:

Estas pessoas esperam conseguir tirar dos outros aquilo de que

necessitam. De facto, para elas as coisas têm tanto mais valor 

quanto são retiradas de outras pessoas (ideias plagiadas, amor 

adquirido por coacção). Entre as suas características encontramos

o sentirem-se muito confortáveis a dar ordens aos outros.

Esta orientação está ligada às famílias simbióticas, na versão em

que a criança ³engole´ os pais.

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  Orientação Ar mazenadora:

Neste tipo de orientação as pessoas esperam guardar. Vêem o

mundo como posse, ou potenciais posses. Até os entes queridos

são coisas que se possui, guarda ou compra.

O armazenamento está ligado à forma fria da famíliadestrutiva/afastada.

  Orientação de Marketing:

Esta orientação espera vender. O sucesso tem a ver com a forma

como o sujeito se vende, como se ³embrulha´, como se publicita.

  A família, a escola, o trabalho, a roupa ± tudo participa nesta

publicidade e deve ser o adequado.

Esta orientação também está ligada às famílias

destrutivas/afastadas, e usa o conformismo autómato.

  Orientação Produtiva:

Esta é a personalidade saudável segundo Fromm, e este autor 

costuma referir-se a ela como a da pessoa sem máscara. É uma

pessoa que, de acordo com a sua natureza biológica e social, não

foge da liberdade e da responsabilidade. Estas pessoas vêm de

famílias que amam sem sobreproteger o indivíduo, que preferem a

razão às regras e a liberdade à conformidade.

] A sociedade que poderá formar estes tipos de família, segundo Fromm é

denominada de Socialismo Humanista Comunitário

Socialismo:

Toda a gente é responsável pelo bem estar dos outros.

Humanista:

Orientada para os seres humanos.

Comunitária:

Composta por pequenas comunidades em oposição a grandes

governos.

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40. Orientação ³Ter´.

] Para Fromm as primeiras quatro orientações de personalidade

(receptiva, exploradora, marketing e armazenadora) funcionam no modo

³ter´.

] Focam-se no consumo, no obter , no possuir. Definem-se pelo que têm.

41. Orientação ³Ser´.

] A orientação produtiva vive no modo ³ser´ ± o que somos é definido

pelas nossas acções no mundo.

] São sujeitos que vivem sem máscara, relacionam-se com as outras

pessoas e são eles próprios.

42. O que Fromm diz relativamente a estas Orientações.

] Fromm diz que a maioria das pessoas usa o modo ³ter´, e usa a palavra

³tenho´ para descrever os seus problemas:

³Tenho um problema´;

³Tenho insónia´;

³Tenho uma casa bonita´.

] O que se deve dizer são coisas como:

³Estou preocupado´; ³Estou bem cansado´;

³Não consigo dormir´.

]  Ao dizer que temos um problema evita-se enfrentar o facto de que

nós somos o problema, evitando-se assim assumir a

responsabilidade pela nossa vida.

43. Orientação Biófila/ Orientação Necrófila.

] Fromm sempre se interessou por entender as pessoas más do mundo, 

aqueles que com total consciência das maldades dos seus actos não

deixaram de os fazer.

] Isto levou-o aos conceitos de Biofilia e Necrofilia.

]  Biófilos são sujeitos direccionados para a vida, para o crescimento, 

para o desenvolvimento. Têm atitudes produtivas.

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]  Necrófilos são os amantes da morte. Têm uma atracção apaixonada

por tudo o que tem a ver com morte, com doença. Têm um interesse por 

transformar o que é vivo em morto, de destruir pelo prazer da destruição.

] Fromm levanta algumas hipóteses:

Existem alguns componentes genéticos que evitam que estessujeitos sintam ou respondam a afectos;

Existe tanta frustração na sua vida que passam o resto dela a

tentar vingar-se;

Cresceram com figuras parentais necrófilas e esse foi o modelo

adquirido.

]  São raros os tipos puros de Biofilia e Necrofilia.

Geralmente as pessoas apresentam uma mistura dos dois tipos.

44. Necessidades Humanas.

] Para Fromm as necessidades humanas podem ser expressas numa única

frase: ³ O ser humano necessita de descobrir uma explicação para a sua

existência´.

] Fez uma listagem de 6 necessidades:

  Ligação 

Temos consciência da nossa separação uns dos outros, e procuramos

ultrapassar isso através do que Fromm chamou de ligação, e que para

ele é o amor no seu sentido mais global.

O amor permite-nos transcender a separação, sem negarmos a nossa

unicidade.

Esta necessidade é tão poderosa que muitas vezes procuramos supri-

la de formas pouco saudáveis:

y Submetendo-nos aos outros;

y Dominando os outros;

y Narcisismo.

  Transcendência 

Todos nós desejamos transcender , evoluir da nossa condição de

criaturas passivas, e fazemo-lo através da criatividade.

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Queremos ser criadores: temos filhos, plantamos plantas, pintamos, 

escrevemos., e através disso realizamo-nos e tornamo-nos livres. Se

essa criatividade for bloqueada pode dar origem à destrutividade.

  Raízes 

Todos necessitamos de raízes,

necessitamos de nos sentir em casano universo. A versão mais simples desta necessidade é manter os

laços com a nossa mãe. Mas crescer significa deixar o conforto do

amor materno e procurar novas raízes, descobrindo a irmandade da

humanidade.

  Sentido de Identidade 

³O homem pode ser definido como o animal que consegue dizer eu´

  ± nós necessitamos de ter um sentido de identidade, uma

individualidade, para nos mantermos sãos.

  Estrutura de Orientação 

Necessitamos de compreender o mundo e o nosso lugar nele.

 A nossa sociedade frequentemente tenta dar-nos essa compreensão

através dos mitos, da filosofia, da ciência, que nos providenciam a

estrutura necessária à compreensão.

  Excitação e estímulo 

Necessitamos de um ambiente estimulante, que atraia a nossa

atenção, de forma a nos desenvolvermos, e a nos mantermos

ligados às nossas tarefas diárias.

45. Inconsciente Social.

] As famílias reflectem a sociedade e a cultura em que estão inseridas. Estão

de tal forma próximas, que frequentemente esquecem que a sua sociedade

é apenas uma entre uma infinidade de maneiras de funcionar e lidar com as

circunstâncias da vida. Frequentemente pensam que a sua forma de lidar 

com as coisas é a única e a natural

] Isto foi apreendido de tal forma que se torna inconsciente

] Fromm chamou-lhe o inconsciente social 

] Muitas vezes acreditamos que estamos a agir de acordo com a nossa

liberdade pessoal, mas estamos só a seguir ³ordens´ às quais estamos tão

habituados que nem temos consciência delas.

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Karen HorneyH 

46. Teoria de Karen Horney.

] A teoria de Karen Horney está relacionada com a sua vida pessoal e com aforma como ela foi capaz de lidar com os seus problemas.

] A sua teoria das neuroses é considerada uma das melhores teorias sobre

esta temática.

]  A neurose tem a ver com a for ma como a pessoa se adapta e controla

os assuntos interpessoais com que se confronta diariamente. 

] A neurose resulta de uma ansiedade básica derivada das relações

interpessoais dos sujeitos.

]  ³N eurose é um distúrbio psíquico originado nos medos e nas defesascontra esses medos, e na tentativa de arranjar soluções de

compromisso para os conflitos´ (Horney). 

] O neurótico é impulsionado por forças emocionais que existem na sua vida.

] Para Horney, são as forças sociais na infância, e não as biológicas que

predominam na influência do desenvolvimento da personalidade.

] Embora as condições, durante a infância, possam bloquear o

desenvolvimento psicológico, o crescimento saudável é sempre possível se

os bloqueios internos forem removidos.] As crianças cujas situações familiares as levaram a sentir-se em perigo

concentram-se na sua sobrevivência psicológica e podem fazer isso

desenvolvendo mecanismos de adaptação estereotipados, que têm que ser 

posteriormente trabalhados.

47. Desenvolvimento da Personalidade.

] O desenvolvimento normal da personalidade apenas tem lugar se os

factores presentes no ambiente social da criança lhe permitirem adquirir confiança em si mesma e nos outros.

] Quando estas condições não estão preenchidas a criança vai desenvolver 

uma Ansiedade Básica  A percepção constante de estar só e

desesperada num mundo hostil.

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] Vários factores familiares contribuem para esta sensação de insegurança

fundamental:

Indiferença;

Superprotecção;

O não cumprir o prometido; Ambiente familiar hostil;

Ter pouco contacto com outras crianças;

Falta de respeito relativamente às necessidades das crianças.

] A chave para compreender a indiferença parental é a percepção da

criança e não as intenções parentais.

] As crianças movem-se psicologicamente em três direcções para aliviar a

sua ansiedade, para tornar a sua vida segura e previsível e para obter 

satisfação: Procuram afecto e aprovação;

Tornam-se hostis;

Retraem-se.

] As crianças usam a estratégia de adaptação que melhor satisfaz suas

necessidades, mas quando usam apenas uma estratégia básica, isso

limita o seu repertório de adaptação relativamente a si mesmas e ao seu

mundo.

] Horney realça ainda que, apesar do estereótipo da ³criança frágil´, a

primeira reacção à indiferença parental é a raiva a que ela chama a

Hostilidade Básica.

] Esta hostilidade é frequentemente reprimida pela criança por:

Desamparo/Dependência;

Medo;

Amor;

Culpa.

] Esta hostilidade reprimida, frustra a necessidade de segurança da criança e

gera então a ansiedade básica e é a base de todas as neuroses

posteriores.

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48. Necessidades Neuróticas.

] Estas necessidades baseiam-se em coisas que ela pensava que todos ossujeitos necessitariam para ter sucesso na vida.

] Uma pessoa neurótica pode, teoricamente, exibir estes dez tipos denecessidades, mas basta a presença de alguns para se verificar a existênciade uma neurose.

] Nenhuma destas necessidades é anormal, o que as torna patológicas é aintensidade com que o sujeito as procura.

] Horney definiu 10 necessidades neuróticas, que se constituem como formas deprotecção contra a ansiedade.

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49. Tendências Neuróticas.

] Horney descreveu 3 tendências que os indivíduos exibem para si próprios e

para os outros para reduzir a ansiedade.

] São três maneiras de viver , de pensar e de se comportar (3 Tipos de

Personalidade):  Tipo Submisso (ou movimento para o outro): 

Principais características são a dependência, o desespero, a não

assertividade e a necessidade de ser protegido. São indivíduos que

procuram o contacto dos outros, reconhecendo a sua própria

angústia. Carecem dos afectos dos outros.

  Tipo Agressivo ou Hostil (ou movimento contra o outro): 

Estes indivíduos procuram entrar em conflito com as outras pessoas;

são ambiciosos,

aspirando ao poder e ao prestígio.  Tipo Desligado (afastar-se do outro): 

Estes sujeitos não procuram o contacto com os outros, preferindo a

solidão; concentram-se sobre si próprios. Consideram ser únicos e

incompreendidos.

]  As pessoas saudáveis alteram a sua atitude confor me o contexto. 

50. Tendências Neuróticas.

] Para Horney o Self é o centro do nosso ser e do nosso potencial.] Se temos uma concepção correcta do nosso Self , somos livres para realizar 

o nosso potencial, e para atingir os nossos objectivos.

] Para esta autora, o sujeito apresenta dois tipos de Self:

  Self Real: 

- Corresponde ao que o sujeito efectivamente é.

  Self Idealizado: 

- É a diferença entre o que o indivíduo é e o que pensa ser.

- Protege o sujeito contra os sentimentos de isolamento e inferioridade,

 gerando um auto-conceito mental favorável.

- Esta imagem idealizada do Self depende da tendência neurótica

adoptada pelo indivíduo:

y Submissa: os sujeitos vêem-se como bons, ³santos´.

y Agressiva: os sujeitos vêem-se como fortes e heróicos.

y Desligado: vêem-se como auto-suficientes e inteligentes.

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51. Psicologia Feminina.

] Sentia que o estudo do comportamento feminino estava negligenciado, e

que as culturas encorajavam a mulher a uma postura passiva, pouco

estimulante do seu desenvolvimento individual.

] Após chegar à América, e confrontada com as diferenças culturais do papelda mulher , Horney defende que o complexo de Édipo não é um processo

universal, mas culturalmente determinado.

] Nem todas as mulheres passam por este complexo.

] Introduz ainda o conceito de ³inveja do útero´ em contraponto com o

conceito evocado por Freud de ³inveja do pénis´.

] Os homens podem invejar a capacidade feminina de gerar uma vida

humana.

52. Terapia.

] Horney encorajava a actualização do ego, que considerava uma qualidade

humana inata.

] Especificamente, o paciente em terapia:

Deve abdicar da imagem idealizada do self  isto é bastante difícil

porque os neuróticos caracterizam a sua personalidade em termos

positivos.

Deve ser ensinado a abdicar da sua tendência neurótica.

Deve ser incentivado á Auto-análise (através da auto-análise o

paciente desenvolve a capacidade de ser responsável pelo seu

próprio desenvolvimento psicológico).

Em terapia Horney utilizava a interpretação dos sonhos e a

associação livre.

Considerava os sonhos como uma tentativa para resolver os

conflitos, embora as soluções providenciadas pelos sonhos

pudessem não ser soluções psicologicamente saudáveis.

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Erick EricksonH 

53. Conceitos básicos.

] A ideia mais original que lançou é a de Crise de Identidade,

ideia essa quenão se encontra noutras teorias.

] Além disso popularizou a ideia de que o desenvolvimento da personalidade

não termina na adolescência, antes continuando durante a idade adulta.

] Não considera uma fase mais importante que a outra.

] Foi o primeiro a formular o conceito de Life Span Development.

] Para ele, o desenvolvimento funciona segundo o Principio Epigenético: 

Cada estágio contribui para a formação da personalidade total, 

sendo por isso todos importantes mesmo depois de se osatravessar.

As etapas iniciais não se substituem, mas absorvem-se num sistema

hierárquico de diferenciação crescente.

54. Teoria do Desenvolvimento Psicossocial ou Estágios de

Desenvolvimento, segundo Erickson.

] Para Erickson, desenvolvemo-nos através de uma sucessão pré-

determinada de 8 estágios:1. Bebé (1º ano de vida);

Necessidades Fisiológicas;

Esperança;

Confiança/Desconfiança;

Insatisfação das Necessidades;

Dura cerca de 1 ano.

2. Primeira Infância (2/3 anos);

Maior autonomia e controle sobre o exterior; Autonomia/Dúvida;

Higiene;

Situações de Ridicularização;

Livre-Arbítrio.

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3. Idade Pré-Escolar (3/5 anos);

Maior controlo e novos hábitos;

Maior vontade de poder;

Iniciativa/Culpabilidade;

Repressão/Culpabilidade;

Coragem.

4. Idade Escolar (6/11 anos);

Período de grande aprendizagem;

Indústria/Inferioridade;

Cooperação;

Inadaptação;

Competência.

5. Adolescência (12/20 anos);

Modificações Físicas;

Desenvolvimento da Personalidade;

Identidade/Confusão de Papéis;

Consolidar Auto e Hetero-Imagem;

Fidelidade.

6. Jovem Idade Adulta (25/45 anos);

Procura Parceiro;

Intimidade/Isolamento;

Aptidão para fundir identidade;

Amor.

7. Idade Adulta (45/65 anos);

Lugar activo na sociedade;

Criação/Estagnação;

Generatividade;

Auto-Centração;

Cuidar.

8. Maturidade (velhice);

Fim da Vida;

Fazer um balanço;

Integridade/Desespero;

Sabedoria.

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] Cada estágio envolve tarefas desenvolvimentais que são psicossociais na

sua natureza, a que Erikson chamou Crises.

]  O núcleo de cada estágio é uma crise básica, que existe não só durante

aquele estágio específico, nesse será então mais proeminente, mas

também nos posteriores a nível de consequências,

tendo também raízesprévias nos anteriores.

] Em cada estádio, a pessoa é submetida a forças negativas e positivas, que

se opõem, devendo a própria pessoa conseguir aproximar-se das forças

positivas para resolver a crise.

] Para ele, é importante o equilíbrio no conhecimento destas duas forças.

]  Se um estádio é bem resolvido o indivíduo adquire uma certa qualidade, 

ou força psicossocial que o ajudará através dos outros estádios que terá

que ultrapassar ao longo da sua vida.]  Se, por outro lado não é bem resolvido, pode desenvolver 

desadaptações ou perversidades, bem como colocar em risco o

desenvolvimento posterior.

A perversidade é pior do que a desadaptação, pois envolve muito

pouco do lado positivo da tarefa, e muito do lado negativo. A

desadaptação, por seu lado, envolve muito do lado positivo da

tarefa, e pouco do lado negativo.

] O progresso através de cada estágio é em parte determinado pelo sucessoou falta dele, nos estágios anteriores.

55. Mutualidade.

] Introduz o conceito de Mutualidade, ou seja, não são só os pais que

influenciam o desenvolvimento das crianças, mas estas também

influenciam o desenvolvimento dos pais.

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Abraham MaslowH 

56. A Hierarquia das Necessidades Humanas.

] Para Maslow,

algumas necessidades humanas precedem outras,

tendo,

por isso, criado uma Hierarquia das Necessidades Humanas:

  Necessidades Fisiológicas ou Básicas:

- Relacionadas com a sobrevivência e incluem a necessidade de

comer , vestir , abrigo.

- São comuns a todos os animais pois são instintivas ou inatas.

- Alguns elementos das nossas sociedades, como os sem abrigo, 

não satisfazem as necessidades básicas.

(Exemplo: No trabalho, a satisfação destas necessidades

corresponde ao pagamento de um salário.)

- Satisfeitas com as suas necessidades, as pessoas preocupam-se

com a sua segurança.

  Necessidades de Segurança: 

- Relacionadas com a segurança física em casa ou no emprego que

deve oferecer um espaço de trabalho limpo e organizado.

- O emprego em si tem que ser seguro e os empregados devem

usufruir de esquemas de reforma ou cobertura em caso de doença.

(Exemplo: Como hoje em dia, muitos empregados estão ameaçados, 

há muitas pessoas para quem estas necessidades não estão

satisfeitas.)

  Necessidades Sociais: 

- São exclusivas do ser humano e têm a ver com a necessidade de

afeição, de auto-respeito e de participação.

- Num ambiente de trabalho, estas necessidades são satisfeitas pela

camaradagem com colegas, o prazer de trabalhar em grupo, a

sensação de pertença àquele grupo.

- Satisfeitas, então, estas necessidades surge algo de mais pessoal.

  Necessidades de Estima: 

- Têm a ver com a necessidade de reconhecimento pessoal, com o

desejo de domínio e de prestígio, ou seja, possuirmos uma auto-

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imagem positiva e vermos os nossos desempenhos valorizados e

apreciados pelos outros.

  Necessidades de Auto-Realização: 

- São motivos de nível mais elevado, pois têm a ver com

necessidades de expressão crítica e de conhecer ,

com a ambiçãopessoal.

- (Exemplo: Num contexto de trabalho seria obter grande satisfação

através da execução de trabalho que envolva muita

responsabilidade e/ou que seja altamente criativo ou em que haja

um amplo reconhecimento da sua qualidade e importância.

57. Hierarquia das Necessidades/Neuroses, segundo Maslow.

] Para Maslow,

as necessidades de nível superior são as que distinguem oser humano.

]  A emergência das necessidades superiores reflecte um grau mais

elevado de saúde psicológica, no sentido em que foi atingido um 

estádio de desenvolvimento mais avançado. 

] Contudo, as necessidades superiores não são as menos urgentes e não

necessárias à sobrevivência, sendo, por isso, mais facilmente bloqueadas

por factores patológicos do ambiente.

] (Maslow sugere que perguntando às pessoas como seria a sua vida ideal,

 que se recolheria uma informação significativa sobre as necessidades

dessas pessoas (estarem cobertas ou não).)

] Para este autor , se o indivíduo tem um problema significativo ao longo do

seu desenvolvimento (Problema de extrema insegurança, ou fome

enquanto criança, perda de um membro da família por morte ou divórcio, 

pode ficar fixado naquele patamar de necessidades para o resto da vida.

]  Este é o entendimento de Maslow das Neuroses. 

58. Auto-Realizadores.

] Maslow interessou-se por estudar o ajustamento psicológico saudável.

] Estudou indivíduos que, segundo ele, atingiram o nível mais elevado da

pirâmide das necessidades, ou seja, atingiram o máximo da auto-

actualização (os ³auto-realizadores´).

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] Maslow descreveu as características partilhadas por estes indivíduos que

alcançam níveis de desenvolvimento superior:

Têm uma boa percepção da realidade e de si próprios;

Aceitam-se bem a si próprios e aos outros;

Têm pensamentos e emoções espontâneos,

são naturais; Centram-se em problemas que não são pessoais;

São independentes e autónomos;

Sabem apreciar os acontecimentos correntes;

Vivem experiências místicas, que os levam a sentir-se em harmonia

com a natureza, bem como a transcender o tempo e o espaço;

Têm uma identidade humanitária, altruísta, democrática e respeitam

os outros;

São criativos;

Evidenciam um distanciamento da cultura em que vivem;

São fortes, independentes e orientam-se pelas suas próprias visões;

Sabem discernir o bem do mal;

Têm interesses sociais.

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Carl RogersH 

59. Teoria Rogeriana.

] A teoria Rogeriana é uma teoria clínica,

no sentido em que se baseou nosvários anos de experiência com os seus clientes;

] Rogers vê os indivíduos como basicamente bons ou saudáveis;

] Vê a saúde mental como a progressão normal da vida, e a doença mental, 

criminalidade ou outros problemas humanos como distorções da tendência

natural dos seres vivos.

60. Tendência de Actualização.

] Motivação construtiva,

presente em todas as formas de vida,

dedesenvolver o potencial individual ao máximo. Se eles falharem, não é por 

falta de desejo;

] Impulso que está presente em todos os organismos e que os direcciona no

sentido da complexidade;

] Assim, "t odo o organismo é movido por uma t endência inerent e para

desenvolver  t odas as suas pot encialidades e para desenvolvê-las de

maneira a favorecer sua conservação e seu enriqueciment o"; 

] Rogers refere-se assim,

à tendência do organismo para caminhar emdirecção à autonomia, à maturidade e isto envolve uma auto-realização.

61. Desenvolvimento da Personalidade.

] Segundo Rogers, a personalidade desenvolve-se satisfatoriamente se o

ambiente compreender três factores primordiais:

  Visão Positiva: cada um de nós procura naquilo que faz um

reconhecimento, procurando ser reconhecido pelo que faz e pelo

que é, principalmente nos primeiros anos de vida auto-estima

positiva;

  Empatia: o individuo deve se compreendido naquilo que pensa, 

sendo importante tomar em consideração a sua apreciação;

  Boas Relações Interpessoais: as relações devem ser 

congruentes, e as duas pessoas implicadas na relação devem

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experimentar o mesmo nível emocional relativamente ao

acontecimento que estão a julgar.

  É criado o SELF.

62. O Self.] Para Rogers, o Self não é uma entidade estável, imutável, embora

observado num dado momento, pareça ser estável.

] Rogers concluiu que a ideia do eu essencialmente é uma gestalt cuja

significação vivida é susceptível de mudar sensivelmente (e até mesmo

sofrer uma reviravolta) em consequência da mudança de qualquer 

elemento, ou circunstância de vida.

] O Self é uma Gestalt organizada e consistente num processo constante

de formar-se e reformar-se à medida que as situações mudam.

] Outros teóricos usam o termo Self para designar aquela faceta da

identidade pessoal que é imutável, estável ou mesmo eterna.

] Rogers usa o termo para se referir ao contínuo processo de

reconhecimento.

] É esta diferença, esta ênfase na mudança e na flexibilidade, que

fundamenta sua teoria e sua crença de que as pessoas são capazes de

crescer ,

mudar e atingir o desenvolvimento pessoal.] O Self ou auto-conceito é a visão que uma pessoa tem de si própria , 

baseada em experiências passadas, estimulações presentes e

expectativas futuras.

63. O Self Ideal.

] É o conjunto das características que o indivíduo mais gostaria de poder 

reclamar como descritivas de si mesmo.

] Assim como o Self , é uma estrutura móvel e variável, que passa por redefinições constantes.

] A extensão da diferença entre o Self e o Self Ideal é um indicador de

desconforto, insatisfação e dificuldades neuróticas.

] Aceitar-se como se é na realidade, e não como se quer ser , é um sinal de

saúde mental.

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] A imagem do Self Ideal, na medida em que se diferencia de modo claro do

comportamento e dos valores reais de uma pessoa é um obstáculo ao

crescimento pessoal.

64. Incongruência.] A distância entre o self real e o self ideal, entre ³o que sou´, e ³o que devia

ser´, é chamado de incongruência.

] Quanto maior a distância, maior a incongruência quanto maior a

incongruência, maior o sofrimento.

] Incongruência é, na sua essência o que Rogers define como neurose

(estar desintonizado com o nosso próprio Self).

65. Defesas em estado de Incongruência.] Quando o sujeito está numa situação onde existe uma incongruência entre

o self ideal e o self real, está numa situação ameaçadora.

] Quando está nesse tipo de situação sente ansiedade, que é o sinal que lhe

indica que existe um problema, e que deve evitar essa situação.

] O sujeito foge psicologicamente da situação através das defesas.

] Para Rogers existem dois tipos de defesas:

  Negação 

Bloquear a situação ameaçadora, mantendo a memória ou o impulso

fora da consciência - recusar-se a percebê-lo.

  Distorção Perceptiva 

Trata-se de re-interpretar a situação, por forma a que pareça menos

assustadora.

66. Consideração Positiva.

] Após o aparecimento do Self , os indivíduos desenvolvem a necessidade de

Consideração Positiva. 

] Esta necessidade é universal e duradoura e engloba o amor , a afeição, a

atenção, o cuidar , de que todos os seres humanos têm necessidade.

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67. Consideração Positiva Incondicional.

] É a atitude de aceitar calorosamente cada aspecto da experiência da

outra pessoa.

]  Significa não colocar condições para a aceitação ou para a

apreciação desta pessoa.

] A consideração positiva incondicional implica num cuidado não-

possessivo, numa forma de apreciar o outro como uma pessoa

individualizada a quem se permite ter os seus próprios sentimentos, 

suas próprias experiências.

68. Auto-Consideração Positiva.

] Tem a ver com as questões da auto-estima, da auto-valorização e da

imagem positiva do Self.

] O indivíduo adquire esta auto-imagem positiva ao experimentar o olhar 

positivo dos outros à medida que se vai desenvolvendo.

] Sem esta auto-avaliação positiva, o sujeito sente-se pequeno e indefeso, 

e falha a sua tendência para o desenvolvimento.

] Relacionado com a aquisição da auto-consideração positiva vem outro

conceito abordado por Rogers ± Condições de Merecimento. 

] À medida que o indivíduo cresce,

os pais,

os professores,

a sociedade,

 dá-lhe o que necessita quando o indivíduo demonstra que o merece

69. Pessoas Plenamente Funcionantes.

] Rogers interessou-se muito por descrever pessoas saudáveis, a que

chama de plenamente funcionantes, e apresentam as seguintes

características:

  Abertas à Experiência:

É o oposto da defesa, e é a percepção correcta da experiência do

indivíduo no mundo, incluindo os seus sentimentos.

  Vivência Existencial:

Viver no aqui e agora. Rogers insiste que para se manter em

contacto com a realidade, o indivíduo deve perceber que não vive

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nem no passado, nem no futuro, o presente é a única realidade

que tem.

  Confiança Organística:

O indivíduo deve se permitir ser guiado pelo processo de

valorização organístico, ou seja, devem confiar nas reacções doseu organismo. Deve confiar nele próprio, fazer o que sente que é

correcto, o que surge naturalmente.

  Liberdade Experiencial:

  A pessoa totalmente funcionante reconhece o sentimento de

liberdade e toma a responsabilidade pelas suas opções.

  Criatividade:

Uma pessoa totalmente funcionante, em contacto com a sua

actualização sente-se obrigada, na sua natureza a contribuir para

a actualização dos outros.

70. Terapia.

] Inicialmente chamou-se não directiva, porque ele sentia que o terapeuta

não devia guiar o cliente, mas em vez disso estar lá para o cliente, 

enquanto este dirigia os progressos da terapia.

] À medida que foi ganhando experiência, Rogers percebeu que, por muito

não directivo que fosse, influenciava sempre o cliente.

] Alterou o nome para terapia centrada no cliente ± continuava a sentir que

o cliente era quem poderia dizer o que é que estava mal, descobrir formas

de melhorar , e determinar a conclusão da terapia.

] Actualmente, e apesar de se continuar a utilizar as outras terminologias, a

maioria das pessoas chama a este tipo de terapia rogeriana.

] Rogers descreve-a como ³suportiva, e não reconstrutiva´, utilizando a

analogia de aprender a andar de bicicleta para a explicar.

] A única técnica pela qual Rogers é conhecido é a Reflexão ± reflectir da

comunicação emocional. O terapeuta deve também facilitar a compreensão

acerca do que o cliente está a comunicar.

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71. Requisitos para o Terapeuta.

] O terapeuta, para ser efectivo deve ter três qualidades essenciais:

  Congruência ± genuinidade, honestidade com o cliente;

  Empatia ± capacidade para perceber o que o cliente sente;

  Respeito ± aceitação, consideração positiva incondicional pelocliente.

] Para ele, estas qualidades são ³necessárias e suficientes´.

] Se o terapeuta demonstrar estas três qualidades, o cliente vai melhorar , 

mesmo que não sejam utilizadas outras técnicas.

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Albert Bandura

72. Teoria de Bandura.

] Introduziu factores sociais e cognitivos nas Teorias da Aprendizagem: Atenção;

Sorrisos;

Aprovação;

Interesse;

Aceitação.

] Os reforços só se relacionam maioritariamente com necessidades físicas

nos primeiros anos de vida.

73. Aprendizagem por Observação.

] Muitas das aprendizagens humanas são demasiado complexas para serem

adquiridas por reforços positivos e negativos.

] Os indivíduos podem aprender observando o comportamento dos outros  

(Modelagem).

74. Aprendizagem Vicariante.

] Com base em observações dos comportamentos de outros, construímosuma ideia sobre a forma como se constroem novos comportamentos.

] Mais tarde, essa informação vai servir como Guia para a acção.

75. Fases da Modelagem.

]  1ª Fase:

O Modelo.

]  2ª Fase: 

Representação Simbólica.

]  3ª Fase:

Reprodução do Modelo.

]  4ª Fase:

Consequências.

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76. Teoria Cognitivo-Social da Aprendizagem.

] Os comportamentos são determinados por variados factores.

] O indivíduo não está apenas sujeito ao ambiente, mas interage com ele.

] Os factores subjectivos individuais são levados em conta.

77. Consequências desta Tríade.

] Os comportamentos têm impacto sobre as nossas crenças e

expectativas.

] O facto de os comportamentos poderem afectar as variáveis biológicas

não é tão linear , mas têm sido encontradas evidências nesse sentido

(comportamentos aditivos).

] O ambiente exerce influência sobre os comportamentos e vice-versa.

78. Auto-Eficácia.

] ³Julgamento das próprias capacidades para executar comportamentos

necessários para atingir um determinado nível de performance´.

] Influenciam a forma como nos sentimos, como resistimos aos

obstáculos, e as escolhas que fazemos.

]  Provém do domínio que temos dos nossos comportamentos, da

observação dos outros, da persuasão verbal, e dos estados fisiológicos.