1a Prova 2008- Gabarito
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCOCCEN DEPARTAMENTO DE MATEMATICA AREA2
PRIMEIRO EXERCICIO ESCOLAR DE CALCULO 2 - GABARITOPRIMEIRO SEMESTRE DE 2008 (31032008)
Observacao1 Nao e permitido o uso de calculadora.
Observacao2 Os fiscais nao estao autorizados a dar informacoes complementares.
Observacao3 Escreva seu nome e numero de CPF no lugar indicado desta folha.
Observacao4 Respostas sem justificativas nao serao consideradas.
Nome: CPF:
1a Questao Seja f(x, y) = arcsen xx2 +y2
.
a) (0,5 ponto) Determine o domnio de f. Justifique sua resposta.
b) (1,5 pontos) Determine se o limite
lim(x,y)(0,0)
f(x, y)
existe e, em caso afirmativo, encontre o seu valor.
c) (1,0 ponto) Considere a funcao g: R2
R definida por
g(x, y) =
xf(x, y), se (x, y) = (0, 0),
0, se (x, y) = (0, 0).
Mostre que g(x, y) e contnua.
Solucao:
a) Lembre que o arco-seno tem por domnio o intervalo [1, 1] e por imagem o intervalo[
2, 2
]. Sendo assim, os pontos (x, y) do domnio de f(x, y) devem satisfazer
1 xx2 +y2
1 |x|x2 +y2
1.
Note que, para todo (x, y), vale 0 x2 x2 +y2. Portanto as desigualdades acima saosatisfeitas para todo (x, y) R2, exceto (x, y) = (0, 0). O domnio de f(x, y) e o planomenos a origem.
b) A fim de estudar a existencia do limite, consideremos as retasy = kx passando pelaorigem. Substituindo em f(x, y), encontramos
f(x,kx) = arcsen x
x2 +k2x2 = arcsen x
|x|1 +k2 .
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Logo, na direcao dada por k = 0, x > 0, temos que f(x, y) = 1, e na direcao dada pork= 1, x >0, temos f(x, y) = 1/
2. Conclumos que lim(x,y)(0,0)f(x, y) nao existe!
OBS:Alternativamente, pode-se usar a substituicao em coordenadas polares: x= cos ,y= sen. O limite torna-se, entao,
lim(x,y)(0,0)
f(x, y) = lim0
arcsen cos = arcsen cos =
2 .
Isto significa que o limite depende da direcao =const em que o ponto se aproxima daorigem, e portanto nao existe.
c)Como lim(x,y)(0,0)x= 0 e f(x, y) = arcsen xx2 +y2
e uma funcao limitada (ver item
a)), o teorema do confronto (ou do sanduche) se aplica:
0 x arcsen xx2 +y2
2 |x| = lim(x,y)(0,0) x arcsen xx2 +y2 = 0 =g(0, 0).
Isto significa que a funcao g(x, y) e contnua em (0, 0). Nos demais pontos do plano,g(x, y) = xf(x, y) e contnua, pois e o produto de um polinomio, p(x, y) = x, por umafuncao que e a composicao de duas funcoes contnuas, h1(z) = arcsen(z) e h2(x, y) =
xx2 +y2
.
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2a Questao Seja f : R3 R a funcaof(x,y,z) =x3
y2 +z2.
a) (1,0 ponto) Mostre que f(x,y,z) e diferenciavel no ponto (2,3,4).
Solucao: Calculando as derivadas parciais de f temos:
f
x(x,y,z) = 3x2
y2 +z2;
f
y(x,y,z) =
x3yy2 +z2
(x,y,z); f
z(x,y,z) =
x3zy2 +z2
Como as derivadas parcias existem em (2, 3, 4) e
lim(x,y,z)(2,3,4)
f
x(x,y,z) =
f
x(2, 3, 4) = 60
lim(x,y,z)(2,3,4)
f
x(x,y,z) =
f
x(2, 3, 4) =
24
5
lim(x,y,z)(2,3,4)
f
x(x,y,z) =
f
x(2, 3, 4) =
32
5,
ou seja, as parciais sao contnuas, temos que f e diferenciavel em (2, 3, 4).b) (1,0 ponto) Usando o diferencial de f, encontre um valor aproximado para o numero
(1, 98)3
(3, 01)2 + (3, 97)2.
Solucao: A aproximacao linear defem (2, 3, 4) e dada por f(x,y,z) f(2, 3, 4)+dw,onde dw= f
x(2, 3, 4)dx+ f
y(2, 3, 4)dy+ f
x(2, 3, 4)dz. Tomando dx= x,dy= y e
dz= zobtemos,
f(x,y,z) f(2, 3, 4) + fx
(2, 3, 4)(x 2) + fy
(2, 3, 4)(y 3) + fx
(2, 3, 4)(z 4).
Do item (a) temos que
f(x,y,z) 40 + 60(x 2) +245
(y 3) +325
(z 4).
Assim,
(1, 98)3
(3, 01)2 + (3, 97)2 40+60(1, 982)+ 245
(3, 013)+ 325
(3, 974) = 38, 656.
c) (1,0 ponto) Se x = x(,,) = cos sin , y = y(,,) = sin sin , z =z(,,) = cos , calcule f
(1,
2, ).
Solucao: Pela regra da cadeia temos
f
=
f
x
x
+
f
y
y
+
f
z
z
Assim,
f
(,,) = 33 cos3 sin2 cos
( sin sin )2 + ( cos )2+
4 cos3 sin3 sin cos
( sin sin )2 + ( cos )2Logo, f
(1,
2, ) = 0.
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3a Questao Suponha que a temperatura de cada ponto (x, y) do plano xy seja dada pelafuncao
T(x, y) = 40 x2 2y2,onde T e medido em oC e x e y em km. Um indivduo encontra-se na posicao (3, 2) epretende dar um passeio pelo plano.
a) (1,0 ponto) Determine a temperatura do ponto (3, 2). Que curva o indivduo deverapercorrer de modo que a temperatura se mantenha constante?
Solucao: Desde que a temperatura em cada ponto (x, y) e dada pela expressaoT(x, y) = 40 x2 2y2, tem-se
T(3, 2) = 40 32 2 42 = 23 oC.Se a intencao e percorrer um caminho (curva), a partir do ponto (3,2) no qual atemperatura e constante, entao, para cada ponto deste caminho, tem-se T(x, y) =23. Da, resolvendo-se a equacao 40
x2
2y2 = 23, obtem-se x2 + 2y2 = 17 ou,
equivalentemente,
x2
17+
y2
17/2= 1.
Como os pontos da curva percorrida satisfazem esta equacao, tem-se que a curva euma elipse.
b) (1,0 ponto) Indique explicitamente a direcao e o sentido que ele devera tomar de modoque o crescimento da temperatura seja maximo? Justifique.
A funcao T(x, y), que descreve a temperatura, e uma funcao polinomial (em duasvariaveis), portanto possui, em cada ponto do plano, todas as suas derivadas parciais,e estas sao contnuas. Com isso, T(x, y) e uma funcao diferenciavel em todo o plano.Isto nos permite concluir que o crescimento maximo da temperatura no ponto (3,2)se da na direcao e sentido do vetorT(3, 2). Agora
T(x, y) =
T(x, y)
x ,
T(x, y)
y
= (2x,4y),
logoT(3, 2) = (6,8).
c) (1,0 ponto) Qual e a taxa de crescimento maxima no ponto (3,2)? Justifique.
Solucao: Ainda usando a diferenciabilidade de T(x, y), pode-se concluir que a taxamaxima de crescimento no ponto (3,2) e dada por
T(3, 2) =
(6)2 + (8)2 = 10 oCpor km.
d) (1,0 ponto) Determine a reta tangente a curva de nvel T(x, y) = 7 no ponto (5,2).
Solucao: Mais uma vez, a diferenciabilidade de T(x, y) em cada ponto do plano,
juntamente com a regra da cadeia, permitem concluir que T(5, 2) e um vetor normala reta tangente a curva de nvel T(x, y) = 7 no ponto (5,2). Usando-se a expressao
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