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1º Unidade

Capítulo ILeitura I ________________________________________________________________________3

Reforma Ortográfica e Fonologia_____________________________________________________6

Exercícios______________________________________________________________________14

Capítulo IILeitura II ________________________________________________________________________15

Acentuação e Formação das palavras_________________________________________________17

Exercícios______________________________________________________________________21

Capítulo IIILeitura III _______________________________________________________________________23Morfologia - classe de palavras: Substantivo e Numeral___________________________________25

Exercícios______________________________________________________________________33

Capítulo IVLeitura IV _______________________________________________________________________35

Artigo, Preposição, Adjetivo, Interjeição________________________________________________37

Exercícios______________________________________________________________________41

Questões do Enem e Vestibulares__________________________________________________44

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Organização: Apoio:

Leitura I

Grump e o Acordo Ortográfico

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Capítulo I

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http://www.upalele.com/2009/03/26/grump-e-o-acordo-ortografico/

Capítulo I

Interpretação em Prática

1. Qual é o assunto principal da tira cômica?

a. ( ) O interesse por um livro

b. ( ) A descoberta da amizade entre o homem e o cachorro

c. ( ) A alteração das regras orográficas

d. ( ) O uso do computador

2. Várias questões sobre a Língua Portuguesa foram abordadas na tira cômica acima. Dentre os assuntos mencionados, destacam-se: o novo acordo ortográfico (regras sobre a grafia/escrita de algumas palavras), gerundismo ( locução verbal composta pelo verbo IR + ESTAR + GERÚNDIO) e Internetês (linguagem típica na comunicação via internet). Retire um exemplo de:

a. Uma nova regra ortográfica

_______________________________________________________________________

b. Uma frase com gerundismo

_______________________________________________________________________

c. Uso de Internetês

_______________________________________________________________________

Fontes: professores José Luiz Fiorin (USP), Jeni Turazza (PUC) e Godofredo de Oliveira Neto (UFRJ e Colip)

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Gerundismo e Gerúndio....... Você PODE ESTAR RESPONDENDO a duas ou três perguntas?

A frase acima apresenta em destaque a construção verbal que chamamos de “gerundismo” e de acordo com a norma culta, o correto e dizer, simplesmente:

....... Você PODE RESPONDER a duas ou três perguntas?

Gerúndio é uma forma verbal conhecida como Forma Nominal Do Verbo, juntamente com o infinitivo e o particípio. Esta forma nominal pode e deve ser usada para expressar uma ação em curso ou uma ação simultânea a outra, ou para exprimir a idéia de progressão indefinida. Combinado com os auxiliares ESTAR, ANDAR, IR, VIR, o GERÚNDIO marca uma ação duradoura:

- Estavam todos DORMINDO.

- Andei BUSCANDO uma resposta para sua questão.

Capítulo I

Reforma Ortográfica

TremaDeixará de existir em todas as palavras (ex:

lingüiça será escrito como “linguiça”), com exceção para nome próprios.

HífenNão será mais usado nos seguintes casos:

• Quando o primeiro elemento termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente (Ex: extra-escolar será escrito como “extraescolar”);

• Quando o segundo elemento começar com r ou s. Nesse caso, a primeira letra do segundo elemento deverá ser duplicada (Ex: anti-semita e contra-regra serão escritos como “antissemita” e “contrarregra”);

• Outra regra para o hífen é a de incluí-lo onde antes não existia, nos casos em que o primeiro elemento finalizar com a mesma vogal que começa o segundo elemento (ex: microondas e antiinflamatório serão escritos como “micro-ondas” e “anti-inflamatório”.

AlfabetoO alfabeto agora contará com as letras “k”, “w” e “y”, somando um total de 26 letras.

Acento DiferencialNão se usará mais o acento para diferenciar:

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Capítulo I

• “pera” (substantivo - fruta) e “pera” (preposição arcaica)

• “pela” (flexão do verbo pelar) de “pela” (combinação da preposição com o artigo)

• “para” de “para” (preposição)

• “pelo” de “pelo” (combinação da preposição com o artigo) “polo” (substantivo) de “polo” (combinação antiga e popular de “por” e “lo”)

Acento CircunflexoDeixará de existir em: palavras que terminam com hiato “oo” (Ex: vôo e enjôo serão

escritos como “voo” e “enjoo”) terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do

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• Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular.

Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.

• Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição.

Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.

• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).

Exemplos:

Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.

Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.

Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.

Consulte o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) da Academia Brasileira de Letras, para verificar as palavras que fazem parte do vocabulário de nossa Língua.

Capítulo I

subjuntivo dos verbos dar, ler, crer e ver (ex: Lêem, vêem, crêem e dêem serão escritos como “leem”, “veem”, “creem” e “deem”).

Acento AgudoSerá abolido em palavras terminadas com “eia” e “oia” (ex: idéia e jibóia serão escritos

como “ideia” e “jiboia”. Nas palavras paroxítonas, com “i” e “u” tônicos, quando precedidos de ditongo.

Exemplos: “feiúra” e “baiúca” passam a ser grafadas “feiura” e “baiuca” Nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou

“q” e seguido de “e” ou “i”. Com isso, algumas poucas formas de verbos, como averigúe (averiguar), apazigúe (apaziguar) e argúem (arg(ü/u)ir), passam a ser grafadas averigue, apazigue, arguem.

Fonética e FonologiaA palavra fonologia é formada pelos elementos gregos fono (“ som, voz”) e log, logia

(estudo, conhecimento, significa literalmente estudo dos sons). Pode-se dizer que é a parte da gramática que estuda os sons da fala humana, ou seja, os fonemas.

Fonema X LetraFonema - fono + ema (unidade distinta de som)Fonema é som , aquilo que se ouve;Letra é símbolo gráfico que se vê.

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Encontros Vocálicos

• Ditongo - É o grupo constituído de uma vogal e uma semivogal ou vice-versa em uma MESMA SÍLABA: á – gua / lei – te

• Hiato - É o encontro de duas vogais: • sa – ú- de,/ sa - í- da / co-or-de-nar• Tritongo - É o grupo formado por uma vogal entre duas semivogais: sa – guão

Acentuação tônica

• Oxítona – Palavra cuja sílaba tônica é a última: Também / Você• Paroxítona – Palavra cuja sílaba tônica é a penúltima: Álbum / Encanto • Proparoxítona – Palavra cuja sílaba tônica é a antepenúltima: Lágrima / Lâmpada

Capítulo I

Alfabeto FonéticoUsado para simbolizar na escrita a

pronúncia real do som.• Os sinais fonéticos são colocados entre

[ ] (colchetes)[‘KAW] , [‘KAL] = escrita da palavra cal

• Os fonemas transcrevem-se entre / / (barras oblíquas)

experiência, feliz, estranho - /S/- Transcrição fonética da palavra faca -

[fáka] - Transcrição fonética dos fonemas da

palavra faca - /f/ /á/ /k/ /a/

Classificação dos FonemasVogais - Não são simplesmente as letras

a, e, i, o, u. Em quilo, a letra u nem é fonema.A vogal é fonema básico de toda sílaba.

Não há sílaba sem vogal e não pode haver mais de uma vogal numa sílaba. Por outra, o número de vogais de um vocábulo é igual ao número de sílabas; inversamente, o número de sílabas é igual ao número de vogais.

Obs.: São fonemas produzidos por uma corrente de ar que passa livremente.

Consoantes - Como o próprio nome sugere (com + soante = soar com), consoantes são os fonemas que, para serem emitidos, necessitam do amparo de outros fonemas, ou seja, das vogais; pois a corrente de ar expirada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela cavidade bucal.

Semivogais - São, na prática, o “i” e o “u”, quando, ao lado de uma vogal autêntica, soam levemente, sem a força de vogal. O “e” e o “o”, sempre que, na mesma circunstância, forem pronunciados, respectivamente, como “i” e “u”, também serão semivogais. Comparem-se as diferenças de intensidades dos fonemas grifados, nas palavras que seguem:

Semivogais Vogaispais paísmau baúmágoa pessoavídeo LeoMário Maria

Observações:1ª. O a é sempre vogal, aberto ou fechado, oral ou nasal.

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Número de Letras e Fonemas

Cabelo - 6 letras e 6 fonemas;

Hoje - 4 letras e 3 fonemas, pois o “h” não é pronunciado;

Guerra - 6 letras e 4 fonemas, pois os dígrafos “gu” e “rr” representam apenas um fonema cada um;

Tanto - 5 letras e 4 fonemas, pois o “n” apenas faz com que o “a” seja nasalizado;

Tóxico - 6 letras e 7 fonemas, pois o “x” equivale a /ks/.

Capítulo I

2ª. Qualquer uma das letras a, e, i, o, u, isolada ou entre duas consoantes, será vogal.

3ª. O fonema que receber o acento tônico será obviamente vogal.4ª. Pode haver duas vogais juntas, mas jamais se juntarão duas semivogais.

A diferença fundamental entre vogais e semivogais está no fato de que as semivogais não desempenham o papel de núcleo silábico, ou seja uma sílaba não pode ser formada só com semivogal , apenas com vogal.

SílabasConjunto de um ou mais fonemas pronunciados numa única emissão de voz. Para

sabermos o número de sílabas de uma palavra, devemos perceber quantas vogais essa palavra possui. As palavras são classificadas quanto ao número de sílaba em:

Monossílabos - uma única sílaba: é,quão,mar,cá,fé...Dissílabos - duas sílabas: a-í , i – ra; trans – por , de – ver ...Trissílabos - três sílabas: pers-pi-caz; ca- ma- da...Polissílabos - mais de três sílabas: o-to-ri-no-la-rin-go-lo-gis-ta

Grupos (ou Encontros Vocálicos)Chamam-se assim os grupos ou encontros constituídos de dois ou mais fonemas

vocálicos (vogais e semivogais). São eles: Ditongo - É o grupo constituído de uma vogal e uma semivogal ou vice-versa em uma

mesma sílaba. O ditongo pode ser:• Crescente - quando a semivogal vem antes: série, água, vítreo, nódoa, quando,

frequente;• Dedrescente - quando a semivogal vem depois: leite, baixo, céu, herói, mão

mãe, põe, muito.Qualquer ditongo ainda pode ser:

• Oral - quando emitido sem a participação das fossas nasais: série, água, vítreo, nódoa, quase, leite, baixo, céu;

• Nasal - quando há participação das fossas nasais: quando, frequente, põe, muito.

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Na prática, os ditongo nasais são:

1. os que levam o til: sabão, anões, mãe, cãibra;

2. os que vêm seguidos de “m” ou “n” na mesma sílaba: quando.

3. o “ui” de mui e muito;4. os grupos “em”, “en”, “ens” e “am” no final de vocábulos: também, éden, edens,

armam.

Capítulo I

Hiato É o encontro de duas vogais: pessoa, guria, saúde, saída, coordenar. Todas as vogais

repetidas constituem hiatos e, por isso, devem ser pronunciadas separadamente: creem, caatinga, voo, niilismo.

Tritongo É o grupo formado por uma vogal entre duas semivogais: quais, saguão.Uma vogal

ladeada por semivogais é o único jeito possível de haver tritongo. Acautele-se, pois, o leitor contra a falsa impressão de tritongo que podem dar palavras como “raio”, “tamoio”, “veraneio”, “boia”, “ideia”. Observe-se que não há tritongo pelo simples fato de que é uma semivogal que está entre duas vogais. Tem sido norma gramatical separar as sílabas dessas palavras assim: rai-o, ta-moi-o, ve-ra-nei-o, bói-a, i-déi-a, formando, portanto, ditongos decrescentes.

Os tritongos podem ser:orais - quando emitidos sem a participação das fossas nasais: Uruguai, desiguais;nasais - quando emitidos com a participação das fossas nasais: saguão, saguões,

enxáguam, águem.

Encontros ConsonantaisSão as sequências de duas ou mais consoantes: vidro, digno, prato, pneumonia,

abdicar, corte, subsolo, onde, geralmente, há a pronuncia dos fonemas que o compõe.

Dígrafos (ou diagramas)A palavra dígrafo é formada pelos elementos gregos di, que significa ´dois”, e grafo,

forma relacionada com a ideia de escrever “ duas vezes”. Também se utiliza a palavra diagrama( di = “dois”; grama = ”letra”) para designar essas ocorrências.

São os grupos de duas letras representando um fonema apenas. Não confundamos dígrafo (2 letras = 1 fonema) com encontro consonantal (cada letra = 1 fonema).

Estes são os dígrafos consonantais:

ch, lh, nh cheio, filho, ninho;

gu, qu, (com o u mudo) guindaste, querido, requinte, segue;

rr, ss terra, morro, isso, passa;

sc, xc (antes de e e de i) piscina, exceto;

sç nasça, desça.

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Capítulo I

Estes são os dígrafos vocálicos: am, an, em, en, in, im, om, on, um, un, desde que não sejam ditongos nasais ou façam parte de tritongo nasal também, canto, sempre, entre, ímpio, pintura, combate, onda, álbum, funda. Em outras palavras: as vogais seguidas de m ou n na mesma sílaba, uma vez que estes, nesse caso, são meros índices de nasalização.

Divisão SilábicaA divisão silábica possui regras que são úteis para a translineação, ou seja,

separação de palavras no final das linhas;a) Os ENCONTROS CONSONANTAIS que surgem no meio da palavra podem ser

separados (salvo os que se formam com l ou r), enquanto os que ocorrem no início da palavra são inseparáveis.

Exemplos:a- pli car ap –to ob-tu-rar con-vic-ção

pneu – má –ti – co psi – co –se

b) Não se separam os DITONGOS E OS TRITONGOS: lei, fai-xa, a-zei-te, fé-rias, lé-gua, nó-doa, cha-péu, ji-boi-a, mai-o a-ve-ri-guei, quais, pa-ra-guai-a;

c) Não se separam os DÍGRAFOS do “h” e do “u”: cha-ve, fi-lho, ne-nhum, a-qui-lo, se-gue, se-quer;

d) Separam-se os DÍGRAFOS “rr”, “ss”, “sç”, “sc” e “xc”: bar-ro, os-so, des-ça, nas-ce, ex-ce-to;

e) Separam-se os HIATOS: vô-o, ga-ú-cho, fi-lo-so-fi-a, ca-no-a, a-í, Le-o;

f) Também se aconselha a repetição do hífen quando coincidir com a de um hífen preexistente (pré-datado e disse-me, por exemplo, translineados pré- / - datado e disse-/-me)

g) Quando houver necessidade da divisão, ela deve ser feita de acordo com as regras acima. Por motivo estético e de clareza, devem-se evitar vogais isoladas no final ou no início de linhas.

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Capítulo I

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CURIOSIDADES SOBRE FONÉTICA

Ortoepia (ou ortoépia) – Formado por elementos gregos (ort=”correto”;epos=”palavra”) nomes os quais designam a parte da fonologia que cuida da correta produção oral das palavras.

Pneu e não pineu/peneuAdivinhar e não advinhar Ritmo e não rítimoAdvogado e não advogado/adevogado

Cacofonia (ou cacófato) - é o encontro de duas ou mais palavras que forma um novo termo de sentido inconveniente ou ridículo em relação ao contexto:

“ Ora veja como ela está bonita”- Com moela / como elaComo é linda a boca dela.

O assobio é um fonema?Afirma se um som é fonema quando este é produzido pelo aparelho fonador e está na

formação de palavras. Como o assobio não faz parte de nenhum vocábulo de língua nenhuma, não pode assim se considerado fonema. Conclusão: todos os fonemas são sons, mas nem todos os sons são fonemas.

Capítulo I

Nossa Língua Na Prática

1. Marque as palavras que não estão de acordo com a nova reforma ortográfica:Assembléia – ideia – feiúra – boiuna – vôo – enjoo –crêem - leem - lingüiça – agüenta

2. Marque as frases com a palavra sublinhada que deve perder o acento:

a. ( ) Pára de falar, João! b. ( ) Pára de resmungar, Maria! c. ( ) Ele foi pára o Japão. d. ( ) Ela não tem uma casa.e. ( ) Eles têm um livro. f. ( ) Ela pôde ir a festa ontem.

3. Coloque 1 – para oxítona, 2 para paroxítona e 3 para proparoxítona:

a. ( ) Bússola b. ( ) Amém c. ( ) Látex d. ( ) Úmido e. ( ) Rubrica f. ( ) Ruim g. ( ) Refém h. ( ) Recorde

4. Marque um X na opção em que todas as palavras têm dígrafo.

a. ( ) prato, cachorro, plantab. ( ) chapéu, barro, aplicaçãoc. ( ) osso, galinha, carrod. ( ) planalto, gripe, carroça

5. Marque um X na opção em que a palavra possui um ditongo.

a. ( ) saúdeb. ( ) coordenadorc. ( ) Paraguaid. ( ) ideia

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Capítulo I

Leitura

O Gigolô das PalavrasLuís Fernando Veríssimo

Quatro ou cinco grupos diferentes de alunos do Farroupilha estiveram lá em casa numa mesma missão, designada por seu professor de Português: saber se eu considerava o estudo da Gramática indispensável para aprender e usar a nossa ou qualquer outra língua.(...)

Respondi que a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser julgada exclusivamente como tal. Respeitadas algumas regras básicas da Gramática, para evitar os vexames mais gritantes, as outras são dispensáveis. A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo: dizer "escrever claro" não é certo mas é claro, certo? O importante é comunicar(...) A Gramática é o esqueleto da língua (...) É o esqueleto que nos traz de pé, certo, mas ele não informa nada, como a Gramática é a estrutura da língua mas sozinha não diz nada, não tem futuro.

Claro que eu não disse isso tudo para meus entrevistadores. E adverti que minha implicância com a Gramática na certa se devia à minha pouca intimidade com ela. Sempre fui péssimo em Português. Mas - isso eu disse - vejam vocês, a intimidade com a Gramática é tão indispensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria. Sou um gigolô das palavras. Vivo às suas custas. E tenho com elas exemplar conduta de um cáften profissional. Abuso delas. Só uso as que eu conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto passageiro. Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me deixo dominar por elas. Não me meto na sua vida particular. Não me interessa seu passado, suas origens, sua família nem o que outros já fizeram com elas.(...) As palavras, afinal, vivem na boca do povo. São faladíssimas. Algumas são de baixíssimo calão. Não merecem o mínimo respeito(...)

Interpretação em Prática

1. De acordo com o texto, a gramática é entendida como:

a. ( ) A descrição perfeita da língua

b. ( ) O esqueleto, a estrutura da língua

c. ( ) A linguagem do povo

d. ( ) A falta de estrutura da língua

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Capítulo II

2. Marque F para falso e V para verdadeiro:

a. ( ) A linguagem é um meio de comunicação.

b. ( ) A gramática possui todas informações sobre a língua.

c. ( ) A expressão sou um “sou um gigolô das palavras” pode ser entendida como “sou uma pessoa que vive às custas das palavras.”

d. ( ) “Só uso as que eu conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras”. Implica em só escrever usando palavras desconhecidas.

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Para Refletir“ A língua é um enorme iceberg flutuando no mar do tempo, e a gramática

normativa é a tentativa de descrever apenas uma parcela mais visível dele, a chamada norma-padrão. Essa descrição, é claro, tem seu valor e seus méritos, mas é parcial(no sentido literal e figurado do termo) e não pode ser autoritariamente aplicada a todo o resto da língua _ afinal, a ponta do iceberg que emerge representa apenas um quinto do seu volume total. Mas é essa aplicação autoritária, intolerante e repressiva que impera na ideologia geradora do preconceito linguístico.”

BAGNO, Marcos. Preconceito lingüístico: o que é, como se faz. 35ª ed., São Paulo:Loyola, 2004.

No primeiro texto a gramática é entendida como o “esqueleto da língua” e, no fragmento acima, é comparada a “ponta de um iceberg”. E para você o que a gramática e a língua representam?

Capítulo II

AcentuaçãoÉ o estudo da intensidade com que são pronunciadas as sílabas em nossa língua.

Questões Fundamentais• Todas as proparoxítonas são acentuadas: Álcool, Bússola, Álvaro

• As paroxítonas terminadas em:-i,-is ; -u ,-us: Táxi Grátis Vênus Íris -l,-n,-r,-x,-ps: Amável Látex Zíper Hambúrger Náilon Bíceps -ã , -ãs, -ão ,aos : Ímã Órfãos Sótão- om, - ons: Íons Elétrons- um , uns: Álbum Médium

• Oxítonas terminadas em:- a, as: Guaran á - e, es: Voc ê - o, -os: Cip ó - em, -ens: Armaz ém

• Monossílabos terminados em:- a, as: cá lá já - e,es: pé fé - o, os: pó, só

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Capítulo II

• Hiatos – Acentua-se a letra - i e –u quando não estiverem juntas ou acompanhadas de –S na mesma sílaba, desde que não sejam seguidas por NH (moinho): Juízes Saúde Baú

Para Sua Informação

Sabe o que é PROSÓDIA? A prosódia é o estudo da correta pronúncia de palavras quanto à posição da sílaba

tônica, segundo as normas da língua culta. Existe uma série de vocábulos que, ao serem proferidos, acabam tendo o acento prosódico deslocado. Ao erro prosódico dá-se o nome de silabada. Observe os exemplos:

Acróbata/Acrobata - esta palavra, como muitas outras de nossa língua, admite as duas pronúncias: acróbata, com ênfase na sílaba "cró", ou acrobata, com força na sílaba "ba". Também é indiferente dizer Oceânia ou Oceania, transístor ou transistor (com força na sílaba "tor", com o "ô" fechado).

Obeso - palavra paroxítona que deve ser pronunciada com o "e" aberto (obéso). Também são abertos o "e" de outras paroxítonas como "coeso" (coéso), "obsoleto" (obsoléto), o "o" de "dolo" (dólo), o "e" de "extra" (éxtra) e o "e" de "blefe" (bléfe). Apresentam-se, porém, fechados o "e" de "nesga" (nêsga), o de "destro" (dêstro), e o "o" "torpe" (tôrpe).

Recorde - deve ser pronunciada como paroxítona (recórde).

Rubrica - palavra paroxítona, e não proparoxítona como se costuma pensar (ênfase na sílaba "bri").

Ruim - palavra oxítona (ruím).

Subsídios - a pronúncia correta é com som de "ss", e não "z" (subssídios).

Formação das PalavrasRadical (ou Morfema Lexical)

É o termo que contém o sentido básico do vocábulo. Aquilo que permanece intacto, quando a palavra for modificada.

FALar, COMer, DORMir, CASa, CARRo. Obs: Em se tratando de verbos, descobre-se o radical, retirando-se a terminação AR,

ER ou IR.

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Capítulo II

Vogal TemáticaNos verbos são as vogais A, E e I, presentes à terminação verbal. Elas indicam a

que conjugação o verbo pertence: 1ªconjugação =>Verbos terminados em AR. 2ªconjugação =>Verbos terminados em ER.3ªconjugação => Verbos terminados em IR. O verbo pôr pertence à 2ª conjugação, já que proveio do antigo verbo poer.PENTE – MUNDO

TemaÉ o radical acrescido de uma vogal, denominada vogal temática. PENT – radical E – vogal temática PENTE – tema

Desinências Nominais• De Gênero - indicam o gênero da palavra.

CABELEIREIRO – CABELEIREIRAA vogal a será desinência nominal de gênero

sempre que indicar o feminino de uma palavra, mesmo que o masculino não seja terminado em o. Ex.: crua, ela, traidora.

De Número - indicam o plural da palavra. É a letra S, somente quando indicar o plural da palavra.

CadeiraS, pedraS, águaS

Afixos e ComposiçãoSão elementos que se juntam aos radicais para formar novas palavras.

Formação Exemplos

Derivação prefixal prefixo + palavra primitiva a + pôr = apor dês + leal = desleal

Derivação sufixal palavra primitiva + sufixo chuva + oso = chuvoso calma + mente = calmamente

Derivação prefixale sufixal

prefixo + palavra primitiva + sufixo

in+feliz-dade = infelicidade

Derivação Ocorre quando retiramos o Entristecer

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Pratique os conhecimentos adquiridos neste capítulo

no material extra Unidade I – Capítulo II

sobre radicais, prefixos e sufixos.

Capítulo II

Parassintéticaprefixo ou sufixo e a palavra perde o sentido. Avermelhar

Amanhecer

Derivação regressivaA palavra primitiva reduz-se ao formar a palavra derivada

abalar > abalo errar > erro cortar > corte

Derivação imprópriaMudança gramatical nas palavras sem alteração da forma

O amar

JustaposiçãoDuas ou mais palavras são colocadas uma ao lado da outra

Couve – flor Girassol

AglutinaçãoDuas ou mais palavras são aglutinadas -letra(s) podem ser acrescentadas ou diminuídas.

Vinagre – vinho + acre Aguardente – água + ardente

Vogais e Consoantes de LigaçãoSão vogais e consoantes que surgem entre dois morfemas, para tornar mais fácil e

agradável a pronúncia de certas palavras: FlorEs, peZinho, gasÔmetro ,CafeTeira, pauLada.

Outros ProcessosHibridismo - é a formação de novas palavras a partir da união de radicais de idiomas

diferentes: Automóvel (auto + móvel, grego e latim), televisão (tele + visão, grego e latim), alcoômetro (álcool + metro, árabe e grego), abreugrafia (abreu + grafia, português e grego).

Onomatopéia - consiste em criar palavras, tentando imitar sons da natureza.Ex.: Zunzum, cricri, tique-taque, pingue-pongue. Redução - consiste na eliminação de um segmento da palavra, a fim de se obter uma

forma mais curta.Ex.: telefone - fone. Siglas - as siglas são formadas pela combinação das letras iniciais de uma seqüência

de palavras que constitui um nome.Ex.: IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística); IPTU Imposto Predial,

Territorial e Urbano).Empréstimo Lingüístico - é uma forma ou condição de aportuguesamento de

palavras estrangeiras ; se a grafia da palavra não se alterar, ela deverá ser escrita entre aspas.

Ex.: Estresse, deletar, scanear.

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Capítulo II

Nossa Língua Na Prática

1. Qual das palavras abaixo passaria a ter acento se fosse colocada no plural?a. ( ) coroab. ( ) rubricac. ( ) nuvemd. ( ) raiz

2. Acentue, se necessário:

Egoismo Climax Gratuito Ideia magico Cafe Mesa

3. Por que a palavra grifada é acentuada:“A Gramática é a estrutura da língua, mas sozinha não diz nada”

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4. As palavras couve-flor, planalto e aguardente são formadas por:a. ( ) derivação b. ( ) onomatopéia c. ( ) prefixação d. ( ) composição

5. As palavras claramente, bonzinho e homenzarrão são formadas por derivação:a. ( ) regressiva b. ( ) sufixal c. ( ) prefixal d. ( ) parassintética

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Capítulo II

6. Em “O girassol da vida e o passatempo do tempo que se passa não brincam nos lagos da lua”, há respectivamente:

a. ( ) um elemento formado por aglutinação e outro por justaposição.b. ( ) um elemento formado por justaposição e outro por aglutinação.c. ( ) dois elementos formados por justaposição.d. ( ) dois elementos formados por aglutinação.

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Capítulo II

Leitura

Chopis Centis

Eu di um beijo nelaE chamei pra passear,A gente fomos no shoppingPra mode a gente lanchar.Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim.Até que tava gostoso,mas eu prefiro aipim.

Quanta gente,Quanta alegriaA minha felicidade é um crediário nasCasas Bahia.

Esse tal Chopis Center é muito legalzinho,Pra levar a namorada e dar uns rolezinhoQuando eu estou no trabalho,Não vejo a hora de descer dos andaime.Pra pegar um cinema, ver SchwarznegerE também o Van Damme.

Dinho e Julio Rasec, encarte CD Mamonas Assassinas,1995.

Interpretação em Prática

1. Com base no texto, marque um X nas respostas corretas: B e A

a. ( ) Linguagem formal predomina.

b. ( ) O assunto central é o convite para ir ao shopping.

c. ( ) O casal assistirá a um filme estrangeiro.

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Capítulo III

2. Reescreva para as frases abaixo para adequar a norma culta da língua portuguesa:

a) A gente fomos no shopping.

________________________________________________________________________

b) Pra levar a namorada e dar uns rolezinho.

_______________________________________________________________________

c) Eu di um beijo nela.

________________________________________________________________________

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Imagine que cada palavra fosse uma peça de roupa e seu cérebro como um grande guarda-roupa. Se você fosse à praia escolheria para vestir um short e um boné, ou seja, uma linguagem informal. Caso fosse ao trabalho, selecionaria uma roupa social, como um terno, uma linguagem formal. Assim, são as palavras, devemos escolher um tipo de vocabulário para cada situação. Desta forma, é adequado fazer uma redação para o vestibular usado a linguagem do Internetês?

Capítulo III

SubstantivoBrasil, bola, amor, trovão, paixão e outros dão nomes a lugares, objetos, sensações

física, fenômenos da natureza e emoções. Chamamos essas palavras que nomeiam seres de substantivos.

ClassificaçãoConcreto - Indica existência de seres reais ou imaginários: casa, anjo e mesa.Abstrato - Indica sentimentos, qualidades, ações, estados e sensações: amor,

honestidade, trabalho, vida e calor.Comum - Indica elementos de uma mesma

espécie: criança, cidade e livro.Próprio - Indica um ser em particular: Roberto,

Pernambuco, Capibaribe e Brasil.Coletivo - Indica um agrupamento,

multiplicidade de seres de uma mesma espécie: Constelação » coletivo de estrelas;Quadrilha » ladrões;Manada » bois, porcos.

Formação do SubstantivoPrimitivo - Dá origem a outras palavras: pedra, ferro e vidro.Derivado - Origina-se através de outra palavra: pedreira, ferreiro e vidraçaria. Simples - Apresenta apenas um radical na sua formação: flor e chuva.Composto - Apresenta dois ou mais radicais na sua formação: beija-flor, guarda-

chuva.

25

Consulte o material extra Unidade I – Capítulo III / Parte I

sobre substantivos coletivos.

Capítulo III

Flexão do SubstantivoGênero

Na língua portuguesa há dois gêneros: masculino e feminino. Será masculino o substantivo que admitir o artigo o e feminino aquele que admitir o artigo a: a casa, o menino, a família, o cachorro.

Substantivo Biforme - Apresenta uma forma para o masculino e outra para o feminino: garoto/ garota, sogro/sogra.

Substantivos Uniformes - Possui uma só forma para indicar tanto o masculino quanto o feminino. E podem ser classificados em epicenos, sobrecomuns, sobrecomuns e comum de dois gêneros:

• Epicenos - Designam alguns animais e indicam seu sexo: cobra macho/ cobra fêmea, jacaré macho/ jacaré fêmea.

• Sobrecomuns - Designam pessoas e tem um só gênero tanto para o masculino como para o feminino: a criança, o indivíduo, a vítima.

• Comuns de dois gêneros - Apresentam uma só forma para o masculino e para o feminino. A distinção se dá através do artigo, adjetivo ou pronome: o motorista/ a motorista, meu colega/minha colega.

NúmeroSingular - Apenas 1 (um) ser ou objeto: casa, homem, anão, barril.Plural - Mais de um ser ou objeto: casaS, homenS, anÕES, barrIS.

Plural dos Substantivos SimplesNa pluralização de um substantivo simples, há de se analisar a terminação dele, a fim

de acrescentar a desinência nominal de número. Vejamos, então, as possíveis terminações de um substantivo:

Terminados em Vogal - Acrescenta-se a desinência nominal de número S:• saci = sacis • chapéu = chapéus

Terminados em –ao: • Fazem o plural em -ões:

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Mudança de gênero com mudança de significado

Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam também de significado: • o caixa = o funcionário• a caixa = o objeto• o capital = dinheiro• a capital = sede de governo• o grama = medida de massa• a grama = a relva, o capim• o guia = aquele que serve de guia, cicerone• a guia = documento, formulário; meio-fio• o moral = estado de espírito• a moral = ética, conclusão• o banana = o molenga• a banana = a fruta

Capítulo III

Gavião = gaviões formão = formões folião = foliões

• Fazem o plural em -ães: Escrivão = escrivães Tabelião = tabeliães Capelão = capelães

• Fazem o plural em -ãos: Artesão = artesãos Cristão = cristãos Pagão = pagãos

Terminados em -al, -el, -ol ou -ul, troca-se o L por IS:

vogal = vogais papel =papéis

álcool = alcoóis Paul = pauis

Palavras oxítonas terminados em –il, troca-se a terminação L por S:

canil = canis barril = barris

Palavras paroxítonas ou proparoxítonas, troca-se a terminação IL por EIS:

fóssil = fósseis

Terminados em M, troca-se o M por NS:Item = itens nuvem = nuvens

Terminados em N, soma-se S ou ES:hífen = hifens ou hífenesespécimen = espécimens ou especímenes

Terminados em R ou Z, acrescenta-se ES:

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• Todas as paroxítonas terminadas em ao admitem mais de uma forma para o plural:

aldeão = aldeões, aldeães, aldeãos

ancião = anciões, anciães, anciãos

anão = anões, anãosverão = verões, verãos

• Algumas palavras terminarem em –al, -el, -ul possuem outra forma de plural:

mal = malesmel = méis ou meles cônsul = cônsules

• Palavras que terminam em –IL e possuem plural diferenciado:

projetil (oxítona) = projetisprojétil (paroxítona) = projéteisreptil (oxítona) = reptisréptil (paroxítona) = répteis

• Substantivos só usados no plural:as trevas as fériasos parabéns os óculosas costas as calças

Capítulo III

carácter ou caráter = caracteres• júnior = juniores

Terminados em X ficam invariáveis:o tórax = os tóraxa fênix = as fênix

Palavras monossílabas ou oxítonas, terminados em S, acrescenta-se ES:• ás = ases • deus = deuses

Palavras paroxítonas ou proparoxítonas, terminados em S ficam invariáveis:• os lápis. • os tênis

Terminados em – ZINHO: Coloca-se no plural o substantivo no grau normal, ignora-se o s do plural, devolve-se o -zinho ao local original e, finalmente, acrescenta-se o s no final:

alemãozinho = alemão - alemães - alemãe - alemãezinho - alemãezinhos.barzinho = bar - bares - bare - barezinho - barezinhos.

Terminados em – INHOlapisinho = lapisinhos patinho = patinhos

Plural dos Substantivos CompostosO plural dos substantivos compostos é

feito através da análise individual de cada palavra.Substantivo, adjetivo e numeral são

elementos variáveis, logo quando um substantivo composto for formado por palavras dessas classes gramaticais, todas as palavras irão para o plural.

alto-relevo = altos-relevosgentil-homem = gentis-homenssegunda-feira = segundas-feirascachorro-quente = cachorros-quentes

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Quando a composição for feita por dois substantivos e o último estiver indicando tipo ou finalidade do primeiro, somente o primeiro irá para o plural.

banana-maçã = bananas-maçã navio-escola = navios-escola

Pãozinho: coloca-se no plural o substantivo no grau normal (pães); ignora-se o s (pãe); devolve-se o -zinho (pãezinho); acrescenta-se o s (pãezinhos).

Capítulo III

PronomeAlguns pronomes admitem plural; outros, não. Por exemplo, os pronomes possessivos

são pluralizáveis (meu - meus; nosso - nossos), mas os pronomes indefinidos, não (ninguém, tudo). Na formação de um substantivo composto o mesmo ocorre.

padre-nosso = padres-nossos Verbo, advérbio e interjeição são elementos invariáveis, em relação à pluralização,

portanto, quando formarem um substantivo composto, ficarão invariáveis.beija-flor (verbo + substantivo) = beija-floresabaixo-assinado (advérbio + substantivo) = abaixo-assinadossalve-rainha (interjeição + substantivo) = salve-rainhas

Quando o segundo elemento é uma preposição, só o primeiro irá para o plural:pé-de-moleque = pés-de-moleque mula-sem-cabeça = mulas-sem-cabeça

Quando o segundo elemento não é uma preposição, só o último irá para o plural:bem-te-vi = bem-te-vis bem-me-quer = bem-me-queres

Quando o substantivo for formado por palavras repetidas ou for uma onomatopéia, somente o último irá para o plural:

tico-tico = tico-ticos tique-taque = tique-taques

Substantivo composto iniciado pela palavra guarda como característica de uma profissão, ambos irão para o plural:

guarda-florestal = guardas-florestais

Formando um objeto, somente o último irá para o plural:guarda-chuva = guarda-chuvasguarda-roupa = guarda-roupas

Substantivo composto iniciado pela palavra guarda ou porta fica invariável:o guarda-costas = os guarda-costaso porta-jóias = os porta-jóias

29

Capítulo III

Graus do Substantivo O substantivo pode apresentar três graus: normal, diminutivo e aumentativo. A

formação mais comum do grau é a seguinte:

Grau Morfema Exemplo

Normal Morfema zero Menino, menina

Diminutivo /iñ/Menininha, menininho

Aumentativo/ãw/ e /õys/ para masculino

/ona/ para femininoMeninão, meninona

Vejamos também alguns casos de irregularidade:

• O substantivo muda de gênero dependendo do grau. Ex.: o muro/a muralha, o forno/a fornalha, a bala/o balaço.

• A desinência de grau varia dependendo do gênero do substantivo: Ex.: menino tem flexão de grau regular no diminutivo (menininho/menininha) e irregular no aumentativo (meninão/meninona).

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Aumentativo e Diminutivo

Sabemos que o aumentativo denota uma ideia de algo GRANDE e o diminutivo remete ao conceito de algo PEQUENO. Mas, vale salientar que a interpretação do grau aumentativo ou diminutivo pode ir além desses conceitos básicos. Observe os exemplos:

A nova Ferrari do meu tio é um carrão!

O aumentativo nessa frase não significa que a Ferrari seja um carro grande em dimensões físicas, e sim um carro com diversas qualidades.

Amorzinho, vamos sair juntos?

O diminutivo ganha um valor afetivo, carinhoso.Não gosto daquela mulherzinha que telefona para meu marido.

O diminutivo representa um valor depreciativo e desvaloriza o substantivo.

Capítulo III

NumeralSegundo Bechara (2006), numeral é a palavra de função

quantificadora que denota valor definido.Os numerais classificam-se em:

Cardinais - um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, treze, catorze/quatorze, vinte, trinta, quarenta, cinquenta, cem, mil, milhão, bilhão;

Ordinais - primeiro, segundo, terceiro, octogésimo;Fracionários - meio, um terço, um quarto, um quinto, um

sexto, um sétimo, um oitavo, um nono, um décimo, treze avos, catorze avos, vinte avos, trinta avos, quarenta avos, cinquenta avos;

Multiplicativos - dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, sêxtuplo, sétuplo, óctuplo, nônuplo, décuplo, cêntuplo.

Observações Importantes • Na designação de papas, reis, séculos, capítulos ou partes de obras usam-se os

ordinais para a série de 1 a 10; em diante, usam-se os cardinais, desde que o numeral

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Para Refletir

É possível afirma que o senhor dono da mina compreendeu o termo “o moral” como “a moral”? Por quê?

Capítulo III

venha depois do substantivo. Exemplos: D. Pedro II (segundo), D. João VI (sexto), João XXIII (vinte e três), Capítulo XX (vinte).

• Quando o substantivo vier depois do numeral usam-se sempre os ordinais. Exemplos: primeira parte, décimo quinto capítulo, vigésimo século.

• Na numeração de artigos, leis, decretos, portarias e outros textos legais, usa-se o ordinal até 9 e daí em diante o cardinal. Exemplos: artigo 1° (primeiro), artigo 12 (doze).

• Aos numerais que designam um conjunto determinado de seres dá-se o nome de numerais coletivos.

Exemplos: dúzia, centena.

• A leitura e escrita por extenso dos cardinais compostos devem ser feitas da seguinte forma:

a) Se houver dois ou três algarismos, a conjunção é colocada entre eles.

Exemplos: 94 = noventa e quatro 743 = setecentos e quarenta e três.

b) Se houver quatro algarismos, omite-se a conjunção entre o primeiro algarismo e os demais (isto é, entre o milhar e a centena).

Exemplo: 2438 = dois mil quatrocentos e trinta e oito. Obs.: Se a centena começar por zero, o emprego do e é obrigatório.

5062 = cinco mil e sessenta e dois.Será também obrigatório o emprego do e se a centena terminar por zeros.

2300 = dois mil e trezentos.

c) Se houver vários grupos de três algarismos, omite-se o e entre cada um dos grupos. 5 450 126 230 = cinco bilhões quatrocentos e cinqüenta milhões, cento e vinte e seis mil duzentos e trinta.

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Consulte o material extra Unidade I – Capítulo III

Parte IIsobre numerais

Capítulo III

Nossa Língua Na Prática

1. Quais palavras são substantivos próprios? a. ( ) Brasil, bananab. ( ) Mônica, Argentinac. ( ) Leandro, casad. ( ) mesa, bola

2. Marque um X na alternativa com o plural correto: a. ( ) pés-de-moleque / guardas – florestalb. ( ) pé- de moleques / guardas – florestaisc. ( ) pés-de-moleque / guardas – florestaisd. ( ) pés-des-moleques/ guardas - florrestais

3. Abaixo encontramos cinco pares de substantivos. Todos, ao mudarem de gênero, mudam de significado, exceto:

a. ( ) o cabeça / o cabeçab. ( ) o moral / a moralc. ( ) o capital/a capitald. ( ) o estudante / a estudante

4. Marque apenas a alternativa com o plural inadequado: a. ( ) álcool – álcoolsb. ( ) anão – anõesc. ( ) papel – papéisd. ( ) barril – barris

5. Qual frase abaixo apresenta grifado um numeral ordinal? a. ( ) Comprei três laranjas no mercado b. ( ) João ganhou o terceiro lugar no concurso.c. ( ) Meu pai me deu dez presentes e para meu irmão, o dobro.d. ( ) Flávio recebeu uma dúzia de bombons de sua namorada

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Capítulo III

6. Marque o emprego incorreto do numeral: a. ( ) século III (três) b. ( ) página 102 (cento e dois) c. ( ) 80º (octogésimo) d. ( ) capítulo XI (onze)

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Capítulo III

Leitura

Romance LIII ou Das Palavras Aéreas Cecília Meireles

Ai, palavras, ai, palavras, Que estranha potência a vossa! Ai, palavras, ai, palavras, Sois de vento, ides no vento, No vento que não retorna, E, em tão rápida existência, Tudo se forma e transforma!

Sois de vento, ides no vento, E quedais, com sorte nova! Ai, palavras, ai, palavras, Que estranha potência a vossa! Todo o sentido da vida Principia à vossa porta; O mel do amor cristaliza Seu perfume em vossa rosa; Sois o sonho e sois a audácia,

calúnia, fúria, derrota... A liberdade das almas. Ai! Com letras se elabora... E dos venenos humanos Sois a mais fina retorta: Frágil, frágil como o vidro

E mais que o aço poderosa! Reis, impérios, povos, tempos, Pelo vosso impulso rodam... (...) Detrás de grossas paredes, De leve, quem vos desfolha? Pareceis de tênue seda Sem peso de ação nem de hora... _ e estás no bico das penas, _ e estais na tinta que se molha, _ e estais nas mãos dos juízes, _ e sois o ferro que arrocha, _ e sois barco para o exílio, _ e sois Moçambique e Angola! (...) Ai, palavras, ai, palavras, Mirai-vos: que sois agora? (...) Ai, palavras, ai, palavras, Que estranha potência, a vossa! Éreis um sopro de aragem... _ sois um homem que se enforca!

MEIRELES, Cecília. Romance LIII ou Das palavras aéreas. Disponível em http://www.amulhernaliteratura.ufsc.br/catalogo/cecilia_textos.htm. Acessado em 10/11/2009.

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Capítulo IV

Interpretação em Prática

1. O texto apresenta o poder, a importância das palavras”, entretanto qual dos versos abaixo exemplifica melhor que as palavras também podem ser fracas?

a. ( ) “Ai, palavras, ai, palavras, b. ( ) “ Todo o sentido da vida

Que estranha potência a vossa! ” Principia à vossa porta;”

c. ( )“A liberdade das almas. d. ( ) “Sois a mais fina retorta:

Ai! Com letras se elabora...” Frágil, frágil como o vidro”.

2. O verso abaixo remete a ideia de:

“Ai, palavras, ai, palavras,

Sois de vento, ides no vento,

No vento que não retorna,”

a. ( ) Uma vez dita uma palavra não podemos para o tempo e modificá-la, pois o vento a leva e não retorna.

b. ( ) É sempre possível modificar uma palavra já dita, pois a palavra dita vai com o vento.

c. ( ) As palavras não voam com o vento e podemos alterar seu sentido em qualquer momento.

d. ( ) As palavras são de vento, vão e voltam. Assim alterar o sentido de algo já dito é possível.

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Capítulo IV

Artigo• Palavra que acompanha um substantivo e é essencial para a especificação de

gênero e número: o gato - os gatos a gata –as gatas

• Quando anteposto a qualquer classe gramatical, os artigos realizam a “derivação imprópria”, isto é, transforma uma palavra de outra classe gramatical em uma palavra substantivada.

È um falar que não tem fim.

““Falar” é classificado tradicionalmente como verbo, entretanto, na frase acima “ um falar” transforma-se em uma palavra substantivada.

ClassificaçãoDefinido - Determina o objeto ou pessoa - O,A,OS e AS : A Maria ligou. Indefinido - Não determina o objeto ou pessoa - UM, UNS, UMA e UMAS: Uma Maria

ligou.

PreposiçãoPalavra invariável que liga dois termos entre si, estabelecendo relação de

subordinação (regente - regido). Classifica-se em:

• essenciais (maioria das vezes são preposições) - a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás.

• acidentais (palavras de outras classes que podem exercer função de preposição) - afora, conforme (= de acordo com), consoante, durante, exceto, salvo, segundo, senão,

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Capítulo IV

mediante, visto (= devido a, por causa de) etc. Vestimo-nos conforme a moda e o tempo. Mediante meios escusos, ele conseguiu a vaga. Vovó dormiu durante a viagem.

As preposições essenciais regem pronomes oblíquos tônicos; enquanto preposições acidentais regem as formas retas dos pronomes pessoais.

Falei sobre ti.Todos, exceto eu, viajarão.

As locuções prepositivas, em geral, são formadas de advérbio (ou locução adverbial) + preposição: abaixo de, acerca de, a fim de, além de, defronte a, ao lado de, apesar de, através de, de acordo com, em vez de, junto de, perto de, até a, a par de, devido a etc.

CombinaçãoA preposição é ligada a outra palavra e não sofre

redução:A + O = AO A + OS = AOS

ContraçãoA preposição sofre uma redução ao se ligar a

outra palavra:DE + AS = DAS DE + AQUELE =

DAQUELES EM + A = NA

AdjetivoPalavra que indica as qualidades ou propriedades de todos os seres, funcionando

como modificador de substantivos. As árvores são bonitas.Antonieta comprou uma blusa azul.

O adjetivo concorda com o substantivo em gênero (feminino e masculino) e número (singular e plural).

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Obs: A última palavra da loc. prepositiva é sempre uma preposição, enquanto a última palavra de uma loc. adverbial nunca é preposição

Consulte o material extra Unidade I

Capítulo IV - Parte IIsobre adjetivos pátrios e

locuções adjetivas

Capítulo IV

Adjetivos PátriosIndicam a origem de um ser, por exemplo:

O grande escritor brasileiro, Machado de Assis, teve muitos livros de sucesso.Dizem que o vinho português é um dos mais saborosos do mundo.

Locução AdjetivaConjuntos de palavras (preposições + substantivos) que possuem valor e função de

adjetivo:Ele possui um grande amor de pai. (paterno)Minha mãe faz um ótimo prato de carne de porco. (suína)

Grau dos Adjetivos

Grau Formação Exemplos

Comparativo

Superioridade mais + adjetivo + que, do que ou quanto És mais alto que o João.

Igualdade tão + adjetivo + como /quanto Ela é tão ágil como a mãe.

Inferioridade menos + adjetivo + que, do que ou quanto Sou menos hábil que tu.

Superlativo

Absoluto sintético Acrescentam-se os sufixos - íssimo, -imo, -rimo

belíssimo, felicíssimo, facílimo, libérrimo

Absoluto analítico

Antepõem-se ao adjetivo os advérbios muito, bem, assaz, bastante, imensamente, etc.

muito fácil, bem pobre, assaz difícil, bastante largo, imensamente bom

Relativo de superioridade

Antepõe-se o (a) ao comparativo de superioridade

É o mais antigo prédio· Foi o mais hábil professor.

Relativo de inferioridade antepõe-se o (a) ao comparativo de inferioridade

O Carlos é o aluno menos estudioso do colégio

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Capítulo IV

Comparativos e Superlativos Irregulares

Adjetivo Comparativo deSuperioridade

Superlativo

Absoluto Relativo

bom melhor ótimo o melhor

mau pior péssimo o pior

grande maior máximo o maior

pequeno menor mínimo o menor

Gênero e NúmeroO adjetivo concorda com o substantivo a que se refere em gênero e número (masculino

e feminino; singular e plural).

InterjeiçãoPalavra invariável que EXPRIME EMOÇÕES, sensações e estados de espírito.

Alegria - Ah!,Oba!, Viva!; Dor - Ui!;Espanto - Oh!,Opa!,Meu Deus!,Céus!;Chamamento - Psiu!,Olá!,Oi!;Medo - Credo!,Cruzes!,Jesus!Desejo - Oxalá!,Tomara!;Alívio - Ufa!,Uf!;Pedido de Silêncio - Bico fechado!,Psiu!

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Capítulo IV

Nossa Língua em Prática – Parte I

1. Complete as frases com as preposições do quadro:

sobre – até – Contra – no – pela – da

a) João veio _______ Suíça para o casamento de Julia.

b) Morei ________ Rio de Janeiro por três anos.

c) Quando vou para a escola, passo _____________ Rua do Ouvidor.

d) Fui __________ ao colégio Pedro II.

e) Ele foi ________ as minhas idéias ___________ o novo campo de futebol.

2. Classifique as palavras grifadas em combinação (1) ou contração (2):

a. ( ) Vou ao shopping com minha namorada.

b. ( ) Não há pessoas sinceras naquela empresa.

c. ( ) Pedro entregou o livro ao seu amigo.

d. ( ) O computador da Maria foi vendido ontem.

3. No fragmento do texto, qual palavra é uma interjeição?

“Ai, palavras, ai, palavras,

Que estranha potência, a vossa!”

_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

4. Relacione as colunas, sabendo que pode haver opções repetidas:

( ) O jovem brasileiro viajou ontem.

( )O brasileiro jovem viajou ontem.

( )Pedro é mais bonito que João.

( )Flávia é uma mulher de negócios.

( )Estes carros são caros.

( ) Marcos é tão simpático quanto Alberto.

( )Ele é o menos acolhido no abrigo.

( ) Carlos é lindíssimo

a. Superlativo - relativo de .inferioridade.

b. Locução Adverbial

c. Adjetivo

d. Locução adjetiva

e. Palavra substantivada

f. Comparativo de igualdade

g. Comparativo de superioridade

h. Superlativo-Absoluto sintético

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Capítulo IV

5. Substitua as locuções adjetivas grifadas pelas palavras no quadro abaixo:

infantil – bucal – cardíaco – canino – materno

a. Conselho de mãe ______________________________

b. Inflamação da boca _____________________________

c. Mordida de cão_________________________________

d. Ataque de coração______________________________

e. Educação de criança____________________________

TextoA Pedra

A pedra é bela, opaca

Peso-a gostosamente como um pão

È escura,baça,terrosa,avermelhada,

Polvilhada de cinza.

Contemplo-a: É evidente, impenetrável,

Preciosa.(ROSA,Antônio Ramos. A palavra e o lugar.Lisboa: Dom Quixote,1977. P.98)

6. Qual é o principal assunto do texto acima?

a. ( ) A pedra e o seu meio ambiente

b. ( ) A formação e a grandeza da pedra.

c. ( ) A estrutura e a aparência da pedra.

d. ( ) O tamanho da pedra.

7. A palavra “pedra” é um substantivo:

a. ( ) Abstrato

b. ( ) Concreto

c. ( ) Coletivo

d. ( ) Derivado

8. Na palavra “gostosamente” o termo destacado é um:

a. ( ) Sufixo

b. ( ) Prefixo

c. ( ) Radical

d. ( ) Vogal temática.

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Capítulo IV

9. Qual é o adjetivo presente nesta oração : “A pedra é bela”.

a. ( ) Pedra

b. ( ) é

c. ( ) A

d. ( ) bela

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Capítulo IV

(ENEM 2009) Leia e responda:

Gerente – Boa tarde. Em que eu posso ajudá-lo?

Cliente – Estou interessado em financiamento para compra de veículo.

Gerente – Nós dispomos de várias modalidades de crédito. O senhor é nosso cliente?

Cliente – Sou Júlio César Fontoura, também sou funcionário do banco.

Gerente – Julinho, é você, cara? Aqui é a Helena! Cê ta em Brasília? Pensei que você inda tivesse na agência de Uberlândia! Passa aqui pra gente conversar com calma.

BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em língua materna. São Paulo: Parábola, 2004 (adaptado).

Na representação escrita da conversa telefônica entre a gerente do banco e o cliente, observa-se que a maneira de falar da gerente foi alterada de repente devido:

A) ( ) à adequação de sua fala à conversa com um amigo, caracterizada pela informalidade.

B) ( ) à iniciativa do cliente em se apresentar como funcionário do banco.

C) ( ) ao fato de ambos terem nascido em Uberlândia (MinasGerais).

D) ( ) à intimidade forçada pelo cliente ao fornecer seu nome completo.

E) ( ) ao seu interesse profissional em financiar o veículo de Júlio.

(ENEM 2009) Leia e responda:

O "Portal Domínio Público", lançado em novembro de 2004, propõe o compartilhamento de conhecimentos de forma equânime e gratuita, colocando à disposição de todos os usuários da

Internet, uma biblioteca virtual que deverá constituir referência para professores, alunos, pesquisadores e para a população em geral. Esse portal constitui um ambiente virtual que permite a coleta, a integração, a preservação e o compartilhamento de conhecimentos, sendo seu principal objetivo o de promover o amplo acesso às obras literárias, artísticas e científicas (na forma de textos, sons, imagens e vídeos), já em domínio público ou que tenham a sua divulgação devidamente autorizada.

BRASIL. Ministério da Educação. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 29 jul. 2009 (adaptado).

Considerando a função social das informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, o ambiente virtual descrito no texto exemplifica:

A) ( ) a dependência das escolas públicas quanto ao uso de sistemas de informação.

B) ( ) a ampliação do grau de interação entre as pessoas, a partir de tecnologia convencional.

C) ( ) a democratização da informação, por meio da disponibilização de conteúdo cultural e científico à sociedade.

D) ( ) a comercialização do acesso a diversas produções culturais nacionais e estrangeiras via tecnologia da informação e da comunicação.

E) ( ) a produção de repertório cultural direcionado a acadêmicos e educadores.

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Capítulo IV

(ENEM 2009) Leia e responda:

Teatro do Oprimido é um método teatral que sistematiza exercícios, jogos e técnicas teatrais elaboradas pelo teatrólogo brasileiro Augusto Boal, recentemente falecido, que visa à desmecanização física e intelectual de seus praticantes. Partindo do princípio de que a linguagem teatral não deve ser diferenciada da que é usada cotidianamente pelo cidadão comum (oprimido), ele propõe condições práticas para que o oprimido se aproprie dos meios do fazer teatral e, assim, amplie suas possibilidades de expressão. Nesse sentido, todos podem desenvolver essa linguagem e, consequentemente, fazer teatro. Trata-se de um teatro em que o espectador é convidado a substituir o protagonista e mudar a condução ou mesmo o fim da história, conforme o olhar interpretativo e contextualizado do receptor.

Companhia Teatro do Oprimido. Disponível em: www.ctorio.org.br.Acesso em: 1 jul. 2009 (adaptado).

Considerando-se as características do Teatro do Oprimido apresentadas, conclui-se que:

A) ( ) esse modelo teatral é um método tradicional de fazer teatro que usa, nas suas ações cênicas, a linguagem rebuscada e hermética falada normalmente pelo cidadão comum.

B) ( ) a forma de recepção desse modelo teatral se destaca pela separação entre atores e público, na qual os atores representam seus personagens e a plateia assiste passivamente ao espetáculo.

C) ( ) sua linguagem teatral pode ser democratizada e apropriada pelo cidadão comum, no sentido de proporcionar-lhe autonomia crítica para compreensão e interpretação do mundo em que vive.

D) ( ) o convite ao espectador para substituir o protagonista e mudar o fim da história evidencia que a proposta de Boal se aproxima das regras do teatro tradicional para a preparação de atores.

E) ( ) a metodologia teatral do Teatro do Oprimido segue a concepção do teatro clássico aristotélico, que visa à desautomação física e intelectual de seus praticantes.

(ENEM 2009) Na parte superior do anúncio, há um comentário escrito à mão que aborda a questão das atividades linguísticas e sua relação com as modalidades oral e escrita da língua. Esse

comentário deixa evidente uma posição crítica quanto a usos que se fazem da linguagem, enfatizando ser necessário:

A) ( ) implementar a fala, tendo em vista maior desenvoltura, naturalidade e segurança no uso da língua .

B) ( ) conhecer gêneros mais formais da modalidade oral para a obtenção de clareza na comunicação oral e escrita.

C) ( ) dominar as diferentes variedades do registro oral da língua portuguesa para escrever com adequação, eficiência e correção.

D) ( ) empregar vocabulário adequado e usar regras da norma padrão da língua em se tratando da modalidade escrita.

E) ( ) utilizar recursos mais expressivos e menos desgastados da variedade padrão da língua para se expressar com alguma segurança e sucesso.

Fontes: professores José Luiz Fiorin (USP), Jeni Turazza

(PUC) e Godofredo de Oliveira Neto (UFRJ e Colip)

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Capítulo IV