1º 2º 3ºano- eureka

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S.E.R. - Sistema de Ensino Reflexivo SOPHOS - Editora para uma Educação Emancipatória CENFEP - Centro de Filosofia Educação para o Pensar [email protected] Roteiro de Planejamento 1º - 2º - 3º ano Ensino Médio MATERIAL: EUREKA: Construindo cidadãos reflexivos Autores: Valdecir C. Veloso – [email protected] José Roberto Garcia - [email protected] 1

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Roteiro de Planejamento 1 - 2 - 3 ano

S.E.R. - Sistema de Ensino ReflexivoSOPHOS - Editora para uma Educao EmancipatriaCENFEP - Centro de Filosofia Educao para o Pensar

[email protected]

Roteiro de Planejamento 1 - 2 - 3 anoEnsino Mdio

MATERIAL:

EUREKA: Construindo cidados reflexivosAutores: Valdecir C. Veloso [email protected]

Jos Roberto Garcia - [email protected]

OBJETIVOS

Nossa proposta no ministrar um curso da histria do pensamento ou formar especialistas em Filosofia, mas promover a insero do nosso aluno reflexo filosfica, pois a filosofia pela sua especificidade da sua abordagem o exige. A prpria palavra (reflexo) indica o seu significado voltar atrs. Portanto o pensamento questionando a si mesmo, o ato de reconsiderar os dados disponveis e examin-los atentamente. Isto o filosofar.

Para tanto, queremos possibilitar aos alunos e comunidade escolar situarem-se no mundo a partir de uma postura mais criteriosa e crtica, extrapolando o mundo do imediatamente dado e suas pseudo-evidncias. A filosofia tendo um compromisso com a paidia visa contribuir com a formao cultural dos jovens.

No ensino fundamental ao trabalhar com os alunos de 8 ano (livro Aprendendo a viver juntos: Investigando sobre tica), procuramos refletir sobre a tica como campo histrico e institucional da Filosofia. Precisamos refletir sobre as grandes questes da ao humana: a liberdade, a escolha, a autonomia, moral, a religio, o bem e o mal etc. Queremos conscientizar nossos alunos a pensar sua prpria vida e a sociedade na qual est inserido como sujeito tico. J no 9 ano debatemos sobre o problema poltico e esttico (livro Somos filhos da Plis: Investigando sobre Poltica e Esttica). Nesta discusso veremos que cada ao que fazemos tica enquanto escolha e poltica e esttica enquanto realizao.

COMPETNCIAS E HABILIDADES:

Refletir criticamente os problemas que a realidade apresenta no mundo atual; ideologia, comerciais, consumismo;

Desenvolver compreenso de si mesmo como um bem social, histrico e em processo de autoproduo;

Ler textos filosficos e outros de modo significativo;

Ler de maneira filosfica, textos de diferentes estruturas e registros;

Elaborar por escutas textos reflexivos;

Debater, assumindo uma posio, defendendo-a atravs de argumentos significativos e mudando de posio diante de argumentos mais constantes;

Articular conhecimentos filosficos e diferentes conhecimentos presentes nas cincias naturais e humanas, nas artes e em outras produes culturais;

Contextualizar conhecimentos filosficos, nos planos de sua origem especfica, pessoal-biogrfica, scio-poltica, histrica, cultural e cientfico tecnolgico;

Diferenciar a filosofia de outros tipos de conhecimento, apontando para sua utilidade, compreender que o seu surgimento se d a partir do pensamento crtico;

Debater em torno dos filsofos, buscando perceber seus questionamentos, bem como suas caractersticas essenciais;

Explorar o conhecimento filosfico, no plano de sua origem especfica e no horizonte da sociedade cientfica (questo avanos tecnolgicos).

ENCAMINHAMENTO METODOLGICO

No se ensina Filosofia, mas filosofar, j dizia Kant, pois a Filosofia no um conjunto de idias que assimilamos automaticamente.

Os temas propostos em cada unidade no esgotam, em hiptese alguma, toda a Filosofia, principalmente levando em conta uma aula por semana. Alm disso, no pretenso do Ensino Mdio formar especialistas, porm isto no significa que a reflexo gire emtorno de generalidades ou achologias, sem aprofundamento nenhum, cujo risco muito maior em Filosofia que nas outras disciplinas.

Exposio oral, sistemtica e dosada; leitura e anlise de textos em sala; Elaborao de estudos dirigidos; debates: pesquisa estudo discusso; Desvelar as propagandas comerciais (percepo de idias prejudiciais e enganosas (vdeos, montagem); Recortes de jornais e revistas; Msicas, entrevistas, anlises, jris simulados e dramatizaes; Exposio de trabalhos feitos em grupos em sala; Apontar as diversas revistas cientficas existentes na atualidade: Superinteressante, Galileu bem como reportagens que abordam temas polmicos referentes a cincia hoje; Pesquisas em biblioteca. Uma sugesto para se trabalhar na aula inaugural debater com os alunos sobre o significado da palavra Eureka. Pode ser feito uma pesquisa na biblioteca para que cada um tenha uma idia preliminar. Depois o professor conclui com o verdadeiro significado e encaminha a discusso.Programao de contedos para o Ensino Mdio com o livro EUREKA1 ano do E.M2 ano do E.M3 ano do E.M

1DO MITO AO LOGOS

O mito de dipo.

Mito na Grcia Antiga: Homero e Hesodo.

A passagem do Mito ao Logos.

Primeiros filsofos: os pr-socrticos.

Perodo Clssico: Scrates e Os Sofistas.OBRA

A Repblica de Plato.

Cap. VII: O Mito da Caverna. (Coleo os Pensadores).

EUREKA: Eixo I.

FILOSOFIA POLTICA

Poltica, a arte de administrar uma Polis. O Poder e a Poltica no dia-a-dia.

Construo da Cidadania e o analfabeto poltico.

Democracia: governo da maioria.

Poltica Antiga

Os filsofos e a Poltica.Scrates e os Sofistas.

Plato e a Repblica.

Aristteles e a Cidade Feliz.

Poltica MedievalA Religio e a Poltica.Agostinho e a cidade de Deus.

Toms de Aquino e a Escolstica. Poltica ModernaRenascimentoNicolau Maquiavel e O Prncipe.

Contratualismo.

Hobbes e o Absolutismo.

Locke e o Liberalismo.

Montesquieu e os trs poderes.

Rousseau e o governo da vontade geral.

Hegel: os homens existem para o Estado.

Karl Marx: a proposta comunista

OBRAO Prncipe de Maquiavel.

(Coleo os Pensadores).

EUREKA: Eixo III.

DO MITO AO LOGOS

O mito de dipo.

Mito na Grcia Antiga: Homero e Hesodo.

A passagem do Mito ao Logos.

Primeiros filsofos: os pr-socrticos.

Perodo Clssico.

TICA

As correntes filosficas e seus defensores. Plato. Aristteles.

As escolas Helenistas. A tica de Baruck de Espinosa. A tica formal de Kant. Nietzsche e a questo dos valores

FILOSOFIA POLTICA

Os filsofos e a Poltica.

Plato e a Repblica.

Aristteles e a Cidade Feliz.

Agostinho e a cidade de Deus.

Toms de Aquino e a Escolstica.

Nicolau Maquiavel e O Prncipe.

Contratualismo. Hobbes e o Absolutismo. Locke e o Liberalismo. Rousseau e o governo da vontade geral.

Montesquieu e os trs poderes.

Hegel: os homens existem para o Estado.

Karl Marx: a proposta comunista

OBRAtica a Nicmaco Aristteles(Coleo os Pensadores).

EUREKA: Eixo: I, III, IV.

2EPISTEMOLOGIA

Introduo Epistemologia: O conhecimento Humano.

Os tipos de conhecimento.

Correntes filosficas e seus principais defensores. O Problema da Verdade. Os Sofistas e o relativismo. Epistemologia Antiga:

Scrates: a Ironia e a Maiutica.

Plato e as Idias perfeitas.

O mito da caverna. O mito da caverna ilustrado. Aristteles.

Idade Mdia A Formao do Homem de F.

Santo Agostinho. So Toms de Aquino.Idade Moderna e Revoluo Cientfica.

Nicolau Coprnico.

Galileu e o universo matemtico.

Racionalismo de Ren Descartes.

O empirismo:

Francis Bacon. John Locke. David Hume. O Criticismo de Immanuel Kant. Textos de Epistemologia.

OBRAO que Cincia.

( Coleo Primeiros Passos).

EUREKA: Cap I.

A METAFSICAAntecedentes da metafsica

Metafsica na Antiguidade e na idade mdia.

Metafisica Modernidade.

Os tipos de conhecimento.

Correntes filosficas e seus principais defensores.

Os Sofistas e o relativismo.

Scrates: a Ironia e a Maiutica.

Plato e as Idias perfeitas.

O mito da caverna. .

O mito da caverna ilustrado.

Aristteles.

Santo Agostinho.

Toms de Aquino.

OBRAO que Metafisica.

( Coleo Primeiros Passos).

EUREKA: Eixo II.

FILOSOFARE: Cap III.EPISTEMOLOGIA

Os tipos de conhecimento.

Correntes filosficas e seus principais defensores. Os Sofistas e o relativismo.

Scrates: a Ironia e a Maiutica.

Plato e as Idias perfeitas.

O mito da caverna. O mito da caverna ilustrado. Aristteles.

Santo Agostinho. Toms de Aquino.

Idade Moderna e Revoluo Cientfica.

Galileu e o universo matemtico.

Racionalismo, Empirismo Criticismo. Ren Descartes.

O empirismo. Francis Bacon.

David Hume. O Criticismo de Immanuel Kant. Textos de Epistemologia.

FILOSOFIA ESTTICAPlato: a arte mmesis.

Aristteles. A arte eleva o homem atravs da Catarse.

A Teoria Crtica.

A Indstria Cultural.

OBRAO Discurso do Mtodo de Descartes. (Coleo os Pensadores).

EUREKA: Eixos: II, V. FILOSOFARE:Cap. III, V.

3

TICA

O que tica e o que Moral.

O tico e o Moral.

As correntes filosficas e seus defensores.

Plato.

Aristteles.

As escolas Helenistas.

A tica de Baruck de Espinosa.

A tica formal de Kant.

Nietzsche e a questo dos valores.

OBRA

O que tica.

( Coleo Primeiros Passos).

EUREKA: Eixo IV

LGICAFundamentos sobre lgica formal

Silogismos

Antecedentes, premissas, termos.

Validade, Quantidade, Qualidade, Categrico ou Hipottico, Dedutivo ou Indutivo, Dialtico ou Apodtico.

Lgica e Argumentao.

OBRA

O que Lgica.

( Coleo Primeiros Passos).

BIBLIOGRAFIA:

SOARES, Edvaldo. Fundamentos de Lgica. So Paulo. Atlas.2003.

Pg: 01 22.

FILOSOSIA CONTEMPORNEA

O Positivismo / Augusto Comte.

O Neopositivismo e o Crculo de Viena.

Karl Popper e a resposta ao Crculo.

O Existencialismo. Martin Heidegger.Sartre e a Nusea.

A Escola de Frankfurt. A Teoria Crtica. A Indstria Cultural.

Walter Benjamin. A ao comunicativa de Habermas.

OBRA

HORKHEIMER, Max. ADORNO, Theodor. A Dialtica do esclarecimento de Adorno e Horkheimer. Trad. Guido Antonio de Almeida. RJ. Jorge Zahar. 1985.EUREKA: Eixo: VI.

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4

FILOSOFIA ESTTICA

Plato: a arte mmesis.

Aristteles. A arte eleva o homem atravs da Catarse.

A Teoria Crtica.

A Indstria Cultural.

OBRA

O que Indstria Cultural.

( Coleo Primeiros Passos).

EUREKA: Eixo V.

FILOSOSIA CONTEMPORNEA

O Positivismo / Augusto Comte.

O Neopositivismo e o Crculo de Viena.

Karl Popper e a resposta ao Crculo.

O Existencialismo. Martin Heidegger.

Sartre e a Nusea. A Escola de Frankfurt. A Teoria Crtica.

A Indstria Cultural. Walter Benjamin. A ao comunicativa de Habermas.

OBRA

MATOS, Olgria. A Escola de Frankfurt. SP. Moderna. 1993.

EUREKA: Eixo VI.

EXERCICIOS

REVISO GERAL

AVALIAO:

A avaliao ser entendida sempre como um processo, onde nos referenciaremos na qualidade dos trabalhos apresentados, promovendo avaliao grupal, individual e auto-avaliao. Avaliar no dar nota, olhar para o processo, ver as falhas e rever.

Questes a observar:

- Avaliao oral e escrita;

- Participao em projetos, eventos, em sala de aula;

- Pensamento organizado e estruturado;

- Respeito pelo posicionamento dos colegas, uma vez que o ponto de vista filosfico a verdade uma procura constante;

- Discusso em seminrios.

SUGESTES DE QUESTES SOBRE FILOSOFIA:01- (UEL Conh. Ger. 2006) Durante sculos, houve controvrsias sobre a forma do planeta e sua representao. A idia do contorno da Terra, na Grcia Clssica, foi influenciada por concepes filosficas acerca da esfera, considerada a mais perfeita das formas. No medievo, o uso das sagradas escrituras como fonte de conhecimento sobre o planeta gerou crticas severas aos defensores de concepes pags. No sculo XVI, a primeira circunavegao comprovou a esfericidade do planeta, passvel de visualizao desde 1960, com a corrida espacial e o desenvolvimento da televiso. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir.

I. O conhecimento especulativo produzido na antiguidade clssica e no medievo tanto aproximadas quanto distantes da forma real do planeta.

II. As representaes cartogrficas produzidas na Europa medieval eram descoladas da mentalidade da poca, na qual predominava uma cosmografia baseada em expedies voltadas ao conhecimento do mundo natural.

III. As representaes da superfcie da Terra, a partir do Renascimento, tinham estreitas relaes com conhecimentos experimentais e ampliaram a concepo predominante na antiguidade clssica sobre a forma do planeta.

IV. A imagem da Terra vista do espao, sintetizada na frase de Yuri Gagarin: a Terra azul, contribuiu para aprofundar a idia da fragilidade e finitude do planeta.

Esto corretas apenas as afirmativas:

a) I e II.

b) II e IV.

c) III e IV.

d) I, II e III.

e) I, III e IV.02- (UEL Conh. Ger. 2006) A nova compreenso de mundo que surge com os recursos provenientes das formas geomtricas, na passagem da Idade Mdia para a Idade Moderna, pode ser observada na seguinte afirmao: o tringulo constitudo pelos vrtices Homem- Natureza- Deus apresenta em sua base a relao Homem e Natureza, que assume uma extenso infinita, considerando que o vrtice (Deus) coincide com a base, transformando o tringulo em uma reta infinita. (Adaptado de: ANDR, Joo Maria. Homem e Natureza em Nicolau de Cusa. In: Veritas, Porto Alegre, v. 44, n.3, p. 805, set. 1999.) Com base no texto e considere as afirmativas a seguir.

I. A relao Homem-Natureza indicada na base do tringulo, sendo que o primeiro l e interpreta a segunda, sem desconsiderar Deus, que garante essa base geomtrica.

II. Ciente de sua vinculao natureza, o homem buscou, por meio da anlise das formas geomtricas, entender sua integrao ao universo e perene relao com Deus.

III. O conhecimento humano desconsidera a transcendncia e limita-se verdade natural, que construda pela decifrao do universo,

IV. O homem, em sua atividade criadora, abre-se ao mundo natural e crena no divino, buscando, alm do mundo, assegurar sentido para a existncia humana.

Esto corretas apenas as afirmativas:

a) I e II.

b) I e III.

c) III e IV.

d) I, II e IV.

e) II, III e IV.

03- (UEL Conh. Ger. 2006) Sabe-se que para Hegel a Histria Universal no recobre o curso emprico da humanidade. A Histria propriamente dita nasce apenas com o Estado, quando a vida social ganha uma forma sob o efeito desta instncia que confere a seus elementos expresso pblica e conscincia. Somente ento assegurada a permanncia do sentido. (LEFORT, Claude. As formas da Histria. Ensaios de Antropologia Poltica. So Paulo: Brasiliense, 1990. p. 37). Com base no texto, considere as afirmativas a seguir.

I. Hegel partia do mundo emprico para explicar a Histria.

II. Segundo Hegel, a formao da conscincia se d com o surgimento do Estado.

III. Hegel, ao analisar o surgimento da Histria, desconsidera a organizao do Estado.

IV. A noo de Estado s ganha sentido se relacionada dimenso da vida social.

Esto corretas apenas as afirmativas:

a) I e II.

b) II e IV.

c) III e IV.

d) I, II e III.

e) I, III e IV.04- (UEL Conh. Ger. 2006) Hyl uma palavra grega, empregada na antiguidade para se referir s florestas de onde eram extradas as rvores utilizadas na construo de embarcaes martimas. Essa palavra carrega consigo a significao de matria apropriada para receber uma forma. A indeterminao da matria possibilita a recepo de uma forma que lhe d feio e a constitua em algo. (Adaptado de: FARIA, M.C. Bettencourt. Aristteles: a plenitude como horizonte do ser. So Paulo: Moderna, 1994. p. 44.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre matria e forma em Aristteles, correto afirmar:

a) A forma dispensvel quando se trata de perceber e conhecer a natureza das coisas.

b) Enquanto a matria aquilo que permite que se faa algo, a forma o que constitui a matria em algo.

c) A maneira como os objetos so constitudos independe da matria, e a forma se limita a circunscrever a feitura esttica.

d) Naquilo que foge atuao da natureza, a juno de matria e forma na construo de objetos prescinde da ao humana.

e) A realidade fsica constituda ou de matria ou de forma, sem que haja a necessidade de compreend-la como um composto de ambas.

05- (UEL Conh. Ger. 2006) Nos textos de Sfocles, h uma separao entre a noo de tempo dos deuses e a dos homens, porm o tempo dos deuses presta conta do tempo dos homens. Em dipo rei, possvel perceber como ocorre a incluso do tempo humano no tempo divino, uma vez que no incio da pea, sem que ningum ainda saiba, tudo j aconteceu. Tempo dos deuses e tempo dos homens se encontram quando a verdade vem tona. Aps ter-se cegado, dipo pode dizer: Apolo, meus amigos! Sim, Apolo que me inflige, nessa hora, essas atrozes, essas atrozes desgraas que so meu fardo, meu fardo daqui em diante. Mas nenhuma outra mo alm da minha agiu, infeliz. A oposio dessas duas categorias temporais , em si, muito mais antiga que os trgicos, mas o palco trgico precisamente o lugar onde os dois tempos, inicialmente disjuntos, se encontram. (VERNANT, Jean-Pierre; NAQUET, Pierre Vidal. Mito e Tragdia na Grcia Antiga. So Paulo: Perspectiva, 1999, p. 278.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a concepo de tempo de Sfocles, correto afirmar:

a) A noo de tempo praticado no horizonte cultural de cada povo independe do tempo dos deuses.

b) A compreenso do tempo na tragdia est relacionada com o desenrolar dos acontecimentos humanos que se vinculam eternidade.

c) A punio pelas transgresses exclua o tempo compreendido como eternidade.

d) O tempo suprimido das conseqncias advindas das aes dos personagens e das determinaes do destino.

e) A imortalidade uma das caractersticas partilhadas por homens e deuses como decorrncia do encontro entre tempo divino e humano.06- (UEL Conh. Ger. 2006) No Renascimento [...] o Tempo, Dom de Deus, transformou-se em Tempo, Servidor dos homens, pois os mercadores passaram a us-lo, na sociedade urbana que se instalava na Europa ocidental, tanto como medida do tempo de trabalho do operrio, [...] rompendo com o esquema do dia natural, como em elemento de clculo de lucro, permitindo o ganho em cima do tempo. [...] Nos dias atuais, tempo Senhor, pois os seres humanos esto escravizados ao Tempo, so seus servidores, e, quanto mais ocupado o tempo, tanto mais importante social e economicamente o homem . (GLEZER, Raquel. Histria em Debate. Rio de Janeiro: CNPq, 1991. p.263, 267.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir.

I. O tempo, enquanto construo social, uma conveno estabelecida pelo prprio ser humano, havendo vrias maneiras de interpretar as experincias passadas.

II. Para Newton, a natureza do tempo um dado relativo do mundo criado, um dado modificvel da natureza humana.

III. Ganhar ou perder tempo so expresses herdadas das sociedades da antiguidade, nas quais existia a necessidade de medir matematicamente e com exatido o tempo das atividades humanas.

IV. O tempo na modernidade o tempo seqencial, composto por sries rgidas, encadeado por gestos, operaes, controles, para que renda plenamente.

Esto corretas apenas as afirmativas:

a) I e II.

b) I e IV.

c) II e III.

d) I, III e IV.

e) II, III e IV.07-(UEL Conh. Ger. 2006) Para Plato, havia outra forma de conhecer alm daquela proveniente da experincia. Em sua Teoria da Reminiscncia, a razo valorizada como meio de acesso ao inteligvel. De acordo com a Teoria da Reminiscncia de Plato, correto afirmar que o conhecimento :

a) Proveniente da percepo sensvel, na qual os sentidos retm informaes evidentes sobre o mundo material.

b) Originado da ao que os objetos exercem sobre os rgos dos sentidos, produzindo um conhecimento inquestionvel do ponto de vista da razo.

c) Reconhecido mediante intuio intelectual, ao se referir s idias adquiridas anteriormente e relembradas na vida presente.

d) Fruto da ao divina que, por meio da iluminao interior, revela ao ser humano verdades eternas.

e) Estruturado empiricamente como condio para a realizao das atividades da razo.

08- (UEL Conh. Ger. 2006) De acordo com Kant, o ato de conhecer efetuado por meio da relao sujeito e objeto, em que se fixam dois pressupostos fundamentais. Por um lado, objetos que possam ser percebidos; por outro, o sujeito que assimila a representao dos objetos. O sujeito apreende as representaes numa ordem de sucesso, pois se estas ocorressem de forma simultnea, no seria possvel processar o conhecimento dos objetos. Assim, uma das condies para assegurar o conhecimento emprico envolve, j na prpria estrutura do sujeito, uma dimenso a priori de temporalidade. Com base no texto, correto afirmar:

a) A construo do conhecimento emprico dispensa a incorporao, pelo indivduo, de dimenses temporais.

b) O tempo apreendido empiricamente a partir dos sinais de degenerao e envelhecimento dos objetos.

c) O tempo anterior experincia e condio para que o conhecimento dos objetos acontea numa seqncia regular e uniforme.d) A existncia do tempo condicionada aos objetos, os quais garantem a noo de temporalidade do sujeito.e) A relatividade da noo de tempo resulta do movimento contingente dos objetos e da percepo do sujeito.

09- (UEL Conh. Ger. 2006) [...] o principal privilgio do capitalismo, hoje como ontem, continua sendo a liberdade de escolha um privilgio que tem a ver simultaneamente com sua posio social dominante, com o peso de seus capitais, com suas capacidades de emprstimo, com sua rede de informaes e, em igual medida, com os vnculos que, entre os membros de uma minoria poderosa, por mais dividida que esteja por obra do jogo da concorrncia, cria uma srie de regras e de cumplicidades. [...] o capitalismo tem a capacidade, a qualquer momento, de mudar de rumo: o segredo de sua vitalidade. [...] Quando h grandes crises, muitos capitalistas sucumbem, mas outros sobrevivem, outros instalam-se. (BRAUDEL, Fernand. Civilizao material, economia e capitalismo sculos XV-XVIII. v. 3. So Paulo: Martins Fontes, 1996. p.578.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a seguir.

I. A concorrncia encontra na rede de informaes seu principal obstculo e diminui a vitalidade do capitalismo.

II. O privilgio da liberdade de escolha confere vitalidade ao capitalismo, mesmo em tempos de crise.

III. As capacidades de emprstimo e as redes de informaes do capitalismo dificultam sua recuperao aps perodos de crise.

IV. A elite capitalista, diante das crises, por mais dividida que esteja, consegue criar uma srie de regras e cumplicidades.

Esto corretas apenas as afirmativas:

a) I e II.

b) I e III.

c) II e IV.

d) I III e IV.

e) II, III e IV.10- (UEL Conh. Ger. 2006) Walter Benjamin, filsofo alemo, dizia reconhecer o anjo da histria no quadro Angelus novus de Paul Klee. Sobre o quadro, disse: O anjo da histria deve ter esse aspecto. Seu rosto est dirigido para o passado. Onde ns vemos uma cadeia de acontecimentos, ele v uma catstrofe nica, que acumula incansavelmente runa sobre runa e as dispersa a nossos ps. Ele gostaria de deter-se para acordar os mortos e juntar os fragmentos. Mas uma tempestade sopra do paraso e prende-se em suas asas com tanta fora que ele no pode mais fech-las. Essa tempestade o impele irresistivelmente para o futuro, ao qual ele vira as costas, enquanto o amontoado de runas cresce at o cu. Essa tempestade o que chamamos progresso. (BENJAMIN, Walter. Magia e tcnica, arte e poltica. Obras escolhidas. So Paulo: Brasiliense, 1986. p. 226.) Com base na imagem Angelus novus e no texto, correto afirmar que Walter Benjamin:a) Defende a concepo de progresso baseada na idia de separao de um tempo homogneo e vazio em relao histria.

b) Vivendo os conflitos da globalizao, acusa a Histria por esta voltar-se apenas para o passado, desconsiderando, assim, os benefcios do progresso no futuro.

c) Influenciado por uma era de guerras, carrega um pessimismo implcito, percebendo a histria como tragdia.

d) Entende a poca da produo da pintura e do texto, como um perodo marcado pelo otimismo, pelo progresso humano e pela esperana no futuro.

e) Concebe o progresso como um processo histrico reversvel, apesar de critic-lo.11- (UEL Conh. Ger. 2006) Walter Benjamin usa a alegoria, o anjo da histria, para criticar uma noo de processo histrico muito em voga no final do sculo XIX e incio do sculo XX. Em sua obra, que pretendia ser uma grande arqueologia da poca moderna, Benjamin faz uma tripla crtica: ao triunfo da burguesia, ao culto da mercadoria e f no progresso. Ele critica uma viso que assimila o progresso da humanidade estritamente ao progresso tcnico e que propaga um determinismo no qual a libertao seria um acontecimento garantido pelo curso natural da histria. A partir dessa crtica, ele prope uma outra viso sobre o processo histrico. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, correto afirmar que para o autor:

a) A histria deve permitir reativar, no presente, aspectos do passado, a fim de retomar uma histria inacabada.

b) A diacronia cria um tipo de inteligibilidade em que os acontecimentos futuros podem ser previstos e assegurados.

c) As sociedades se desenvolvem progressivamente e os eventos devem ser

tomados como causas e conseqncias.

d) A histria uma seqncia linear de eventos associada a um movimento numa direo discernvel.

e) A histria uma sucesso de sistemas socioculturais que evoluem dos mais simples aos mais complexos.12- (UEL Conh. Ger. 2006) A maioria dos relgios atuais tem como princpio de funcionamento a contagem do nmero de vezes que um determinado processo repetitivo ocorre. Por volta de 1582, na Catedral de Pisa, Itlia, Galileu Galilei percebeu que as oscilaes de uma lmpada (lustre) pendurada ao teto eram sempre iguais, fenmeno que ficou conhecido como isosincronismo das oscilaes do pndulo. Ainda hoje, esta a idia usada na maioria dos relgios. Assinale a alternativa que corresponde a uma propriedade essencial do pndulo descoberta por Galileu.

a) O perodo de oscilao independe do comprimento da haste.

b) A freqncia de oscilao depende da massa do pndulo.

c) A freqncia de oscilao independe do comprimento da haste, enquanto que o perodo depende da massa do pndulo.

d) A amplitude de oscilao determinada pela massa do pndulo e independe do impulso inicial.

e) Para pequenas oscilaes, o perodo e a freqncia do pndulo independem do impulso inicial.13- (UEL Conh. Ger. 2006) Sobre o lugar social da mulher no contexto do pensamento dos filsofos gregos clssicos, correto afirmar:

a) Na Polis grega, as mulheres deveriam restringirse execuo das tarefas domsticas, cabendo aos cidados a atuao na vida poltica, jurdica e administrativa.

b) Pelo fato de as mulheres possurem habilidades diferentes em relao aos homens, Plato lhes concede tarefas menos exigentes, tais como o cuidado do lar e o exerccio da filosofia.

c) Para Aristteles, a justia como eqidade, se aplica tambm esfera domstica, devendo as mulheres receber tratamento baseado nos mesmos princpios vlidos para os cidados.

d) Era consenso que a mulher deveria atuar, alm da esfera privada, tambm na esfera pblica, tendo o direito de influenciar nas decises polticas.

e) Entendia-se que a tarefa das mulheres, que assumiam postos de liderana na Polis, era a de gerar filhos saudveis para o Estado.

14- (UEL Conh. Ger. 2006) Desde a poca de Aristteles, especula-se sobre os mecanismos envolvidos na determinao do sexo dos humanos. Acreditava-se que o sexo do embrio era definido por fatores como a nutrio materna. A partir dos estudos sobre herana mendeliana, diviso celular e comportamento dos cromossomos na meiose, comprovou-se que a determinao do sexo decorre de uma constituio cromossmica especfica. Com base nos conhecimentos sobre o tema, correto afirmar:

a) O sexo gentico determinado na fecundao, quando ocorre a fuso dos ncleos masculino e feminino.

b) Os cromossomos autossmicos so os responsveis pela determinao do sexo gentico do indivduo.

c) A probabilidade de o genitor masculino produzir gametas do tipo Y maior que a do tipo X.

d) O embrio XX desenvolver testculos e o embrio XY desenvolver ovrios.

e) O sexo gentico determinado pelo nmero de cromossomos X presentes no embrio.

15- (UEL Esp. 2005) Sobre a passagem do mito filosofia, na Grcia Antiga, considere as afirmativas a seguir.

I. Os poemas homricos, em razo de muitos de seus componentes, j contm caractersticas essenciais da compreenso de mundo grega que, posteriormente, se revelaram importantes para o surgimento da filosofia.

II. O naturalismo, que se manifesta nas origens da filosofia, j se evidencia na prpria religiosidade grega, na medida em que nem homens nem deuses so compreendidos como perfeitos.

III. A humanizao dos deuses na religio grega, que os entende movidos por sentimentos similares aos dos homens, contribuiu para o processo de racionalizao da cultura grega, auxiliando o desenvolvimento do pensamento filosfico e cientfico.

IV. O mito foi superado, cedendo lugar ao pensamento filosfico, devido assimilao que os gregos fizeram da sabedoria dos povos orientais, sabedoria esta desvinculada de qualquer base religiosa. Esto corretas apenas as afirmativas:

a) I e II.

b) II e IV.

c) III e IV.

d) I, II e III.

e) I, III e IV.16- (UEL Esp. 2005) - Mas a cidade pareceu-nos justa, quando existiam dentro dela trs espcies de naturezas, que executavam cada uma a tarefa que lhe era prpria; e, por sua vez, temperante, corajosa e sbia, devido a outras disposies e qualidades dessas mesmas espcies. verdade. Logo, meu amigo, entenderemos que o indivduo, que tiver na sua alma estas mesmas espcies, merece bem, devido a essas mesmas qualidades, ser tratado pelos mesmos nomes que a cidade. (PLATO. A Repblica.Trad. de Maria Helena da Rocha Pereira. 7. ed. Lisboa: Fundao Calouste Gulbenkian, 1993. p. 190.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a justia em Plato, correto afirmar:

a) As pessoas justas agem movidas por interesses ou por benefcios pessoais, havendo a possibilidade de ficarem invisveis aos olhos dos outros.

b) A justia consiste em dar a cada indivduo aquilo que lhe de direito, conforme o princpio universal de igualdade entre todos os seres humanos, homens e mulheres.

c) A verdadeira justia corresponde ao poder do mais forte, o qual, quando ocupa cargos polticos, faz as leis de acordo com os seus interesses e pune a quem lhe desobedece.

d) A justia deve ser vista como uma virtude que tem sua origem na alma, isto , deve habitar o interior do homem, sendo independente das circunstncias externas.

e) Ser justo equivale a pagar dvidas contradas e restituir aos demais aquilo que se tomou emprestado, atitudes que garantem uma velhice feliz.17- (UEL Esp. 2005) A busca da tica a busca de um fim, a saber, o do homem. E o empreendimento humano como um todo, envolve a busca de um fim: Toda arte e todo mtodo, assim como toda ao e escolha, parece tender para um certo bem; por isto se tem dito, com acerto, que o bem aquilo para que todas as coisas tendem. Nesse passo inicial de a tica a Nicmacos est delineado o pensamento fundamental da tica. Toda atividade possui seu fim, ou em si mesma, ou em outra coisa, e o valor de cada atividade deriva da sua proximidade ou distncia em relao ao seu prprio fim. (PAIXO, Mrcio Petrocelli. O Problema da felicidade em Aristteles: a passagem da tica dianotica aristotlica no problema da felicidade. Rio de Janeiro: Ps-Moderno, 2002. p. 33-34.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a tica em Aristteles, considere as afirmativas a seguir.

I. O fim ltimo da ao humana consiste na felicidade alcanada mediante a aquisio de honrarias oriundas da vida poltica.

II. A tica o estudo relativo excelncia ou virtude prpria do homem, isto , do fim da vida humana.

III. Todas as coisas tm uma tendncia para realizar algo, e nessa tendncia encontramos seu valor, sua virtude, que o fim de cada coisa. IV. Uma ao virtuosa aquela que est em acordo com o dever, independentemente dos seus fins.

Esto corretas apenas as afirmativas:

a) I e IV.

b) II e III.

c) III e IV.

d) I, II e III.

e) I, II e IV.

18- (UEL Esp. 2005) Poder-se-ia [...] acrescentar aquisio do estado civil a liberdade moral, nica a tornar o homem verdadeiramente senhor de si mesmo, porque o impulso do puro apetite escravido, e a obedincia lei que se estatui a si mesma liberdade. (ROUSSEAU, Jean- Jacques. Do contrato social. Trad. de Lourdes Santos Machado. So Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 37.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a liberdade em Rousseau, correto afirmar:

a) As leis condizentes com a liberdade moral dos homens devem atender aos seus apetites.

b) A liberdade adquire sentido para os homens na medida em que eles podem desobedecer s leis.

c) O homem livre obedece a princpios, independentemente de eles tambm valerem para a sociedade.

d) O homem afirma sua liberdade quando obedece a uma lei que prescreve para si mesmo.

e) no estado de natureza que o homem pode atingir sua verdadeira liberdade

19- (UEL Esp. 2005) na verdade conforme ao dever que o merceeiro no suba os preos ao comprador inexperiente, e quando o movimento do negcio grande, o comerciante esperto tambm no faz semelhante coisa, mas mantm um preo fixo geral para toda a gente, de forma que uma criana pode comprar em sua casa to bem como qualquer outra pessoa. -se, pois servido honradamente; mas isto ainda no bastante para acreditar que o comerciante tenha assim procedido por dever e princpios de honradez; o seu interesse assim o exigia; mas no de aceitar que ele alm disso tenha tido uma inclinao imediata para os seus fregueses, de maneira a no fazer, por amor deles, preo mais vantajoso a um do que outro. (KANT, Immanuel. Fundamentao da metafsica dos costumes.Trad. de Paulo Quintela. So Paulo: Abril Cultural, 1980.p. 112.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o conceito de dever em Kant, considere as afirmativas a seguir, sobre a ao do merceeiro.

I. uma ao correta, isto , conforme o dever.

II. moral, pois revela honestidade na relao com seus clientes.

III. No uma ao por dever, pois sua inteno egosta.

IV. honesta, mas motivada pela compaixo aos semelhantes.

Esto corretas apenas as afirmativas:

a) I e II.

b) I e III.

c) II e IV.

d) I, III e IV.

e) II, III e IV.20- (UEL Esp. 2005) Tudo na natureza age segundo leis. S um ser racional tem a capacidade de agir segundo a representao das leis, isto , segundo princpios, ou: s ele tem uma vontade. Como para derivar as aes das leis necessria a razo, a vontade no outra coisa seno razo prtica. Se a razo determina infalivelmente a vontade, as aes de um tal ser, que so conhecidas como objetivamente necessrias, so tambm subjetivamente necessrias, isto , a vontade a faculdade de escolher s aquilo que a razo independentemente da inclinao, reconhece como praticamente necessrio, quer dizer bom. (KANT, Immanuel. Fundamentao da metafsica dos costumes. Trad. de Paulo Quintela. Lisboa: Edies 70, 1995. p. 47.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a liberdade em Kant, considere as afirmativas a seguir.

I. A liberdade, no sentido pleno de autonomia, restringe-se independncia que a vontade humana mantm em relao s leis da natureza.

II. A liberdade configura-se plenamente quando a vontade humana vincula-se aos preceitos da vontade divina.

III. livre aquele que, pela sua vontade, age tanto objetivamente quanto subjetivamente, por princpios que so vlidos para todos os seres racionais.

IV. A liberdade a capacidade de o sujeito dar a si a sua prpria lei, independentemente da causalidade natural.

Esto corretas apenas as afirmativas:

a) I e II.

b) II e III.

c) III e IV.

d) I, II e IV.

e) I, III e IV.21- (UEL Esp. 2005) A escolha dos ministros por parte de um prncipe no coisa de pouca importncia: os ministros sero bons ou maus, de acordo com a prudncia que o prncipe demonstrar. A primeira impresso que se tem de um governante e da sua inteligncia, dada pelos homens que o cercam. Quando estes so eficientes e fiis, pode-se sempre considerar o prncipe sbio, pois foi capaz de reconhecer a capacidade e manter fidelidade. Mas quando a situao oposta, pode-se sempre dele fazer mau juzo, porque seu primeiro erro ter sido cometido ao escolher os assessores. (MAQUIAVEL, Nicolau. O Prncipe. Trad. de Pietro Nassetti.So Paulo: Martin Claret, 2004. p. 136.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre Maquiavel, correto afirmar:

a) As atitudes do prncipe so livres da influncia dos ministros que ele escolhe para governar.

b) Basta que o prncipe seja bom e virtuoso para que seu governo obtenha pleno xito e seja reconhecido pelo povo.

c) O povo distingue e julga, separadamente, as atitudes do prncipe daquelas de seus ministros.

d) A escolha dos ministros irrelevante para garantir um bom governo, desde que o prncipe tenha um projeto poltico perfeito.

e) Um prncipe e seu governo so avaliados tambm pela escolha dos ministros.22- (UEL Esp. 2005) Hobbes realiza o esforo supremo de atribuir ao contrato uma soberania absoluta e indivisvel [...]. Ensina que, por um nico e mesmo ato, os homens naturais constituem-se em sociedade poltica e submetem-se a um senhor, a um soberano. No firmam contrato com esse senhor, mas entre si. entre si que renunciam, em proveito desse senhor, a todo o direito e toda liberdade nocivos paz. (CHEVALLIER, Jean-Jacques. As grandes obras polticas de Maquiavel a nossos dias. Trad. de Lydia Cristina. 7. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1995. p. 73.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o contrato poltico em Hobbes, considere as afirmativas a seguir.I. A renncia ao direito sobre todas as coisas deve ser recproca entre os indivduos.

II. A renncia aos direitos, que caracteriza o contrato poltico, significa a renncia de todos os direitos em favor do soberano.

III. Os procedimentos necessrios preservao da paz e da segurana competem aos sditos cidados.

IV. O contrato que funda o poder poltico visa pr fim ao estado de guerra que caracteriza o estado de natureza.

Esto corretas apenas as afirmativas:

a) I e II.

b) I e IV.

c) II e III.

d) I, III e IV.

e) II, III e IV.23- (UEL Esp. 2005) Se todos os homens so, como se tem dito, livres, iguais e independentes por natureza, ningum pode ser retirado deste estado e se sujeitar ao poder poltico de outro sem o seu prprio consentimento. A nica maneira pela qual algum se despoja de sua liberdade natural e se coloca dentro das limitaes da sociedade civil atravs do acordo com outros homens para se associarem e se unirem em uma comunidade para uma vida confortvel, segura e pacfica uns com os outros, desfrutando com segurana de suas propriedades e melhor protegidos contra aqueles que no so daquela comunidade. (LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo civil.Trad. de Magda Lopes e Marisa Lobo da Costa. Petrpolis: Vozes, 1994. p.139.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o contrato social em Locke, considere as afirmativas a seguir.

I. O direito liberdade e propriedade so dependentes da instituio do poder poltico.

II. O poder poltico tem limites, sendo legtima a resistncia aos atos do governo se estes violarem as condies do pacto poltico.

III. Todos os homens nascem sob um governo e, por isso, devem a ele submeter-se ilimitadamente.

IV. Se o homem naturalmente livre, a sua subordinao a qualquer poder depender sempre de seu consentimento.

Esto corretas apenas as afirmativas:

a) I e II.

b) I e III.

c) II e IV.

d) I, III e IV.

e) II, III e IV.

24- (UEL Esp. 2005) O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer isto meu e encontrou pessoas suficientemente simples para acredit-lo. Quantos crimes, guerras, assassnios, misrias e horrores no pouparia ao gnero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus semelhantes: Defendei-vos de ouvir esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos so de todos e que a terra no pertence a ningum!. (ROUSSEAU, Jean- Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Trad. de Lourdes Santos Machado. So Paulo: Nova Cultural, 1997. p. 87.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento poltico de Rousseau, correto afirmar:

a) A desigualdade um fato natural, autorizada pela lei natural, independentemente das condies sociais decorrentes da evoluo histrica da humanidade.

b) A finalidade da instituio da sociedade e do governo a preservao da individualidade e das diferenas sociais.

c) A sociabilidade tira o homem do estado de natureza onde vive em guerra constante com os outros homens.

d) Rousseau faz uma crtica ao processo de socializao, por ter corrompido o homem, tornando-o egosta e mesquinho para com os seus semelhantes.

e) Rousseau valoriza a fundao da sociedade civil, que tem como objetivo principal a garantia da posse privada da terra.25- (UEL Esp. 2005) As instncias do Poder, que os cidados acreditavam terem instalado democraticamente, esto, sob o peso da crtica, em vias de perder sua identidade. A opinio no lhes confere mais o certificado de conformidade que a legitimidade deles exige. Jrgen Habermas [...] v nessa situao um problema de regulao. A opinio pblica, abalada em suas crenas mais firmes, no d mais sua adeso s regulaes que o direito constitucional ou, mais amplamente, o direito positivo do Estado formaliza. (GOYARD-FABRE, Simone. O que democracia?. Trad. de Cludia Berliner. So Paulo: Martins Fontes, 2003. p. 202-203.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre os Estados Democrticos de Direito na contemporaneidade, correto afirmar:

a) A atual identidade das instncias do poder confirmada pela crtica.

b) Legalidade e legitimidade das instncias de poder so coincidentes nos Estados Democrticos de Direito.

c) A regulao das instituies de poder deve ser independente da opinio pblica.

d) A legitimidade das instncias de poder deve ser baseada no direito positivo.

e) A opinio pblica que deve dar legitimidade s instncias de poder.26- (UEL Esp. 2005) [...] Aristteles estabelecia antes as concluses, no consultava devidamente a experincia para estabelecimento de suas resolues e axiomas. E tendo, ao seu arbtrio, assim decidido, submetia a experincia como a uma escrava para conform-la s suas opinies. (BACON, Francis. Novum Organum. Trad. de Jos Aluysio Reis de Andrade. 4. ed. So Paulo: Nova Cultural, 1988. p. 33.) Com base no texto, assinale a alternativa que apresenta corretamente a interpretao que Bacon fazia da filosofia aristotlica.

a) A filosofia aristotlica estabeleceu a experincia como o fundamento da cincia.

b) Aristteles consultava a experincia para estabelecer os resultados e axiomas da cincia.

c) Aristteles afirmava que o conhecimento terico deveria submeter-se, como um escravo, ao conhecimento da experincia.

d) Aristteles desenvolveu uma concepo de filosofia que tem como conseqncia a desvalorizao da experincia.

e) Aristteles valorizava a experincia, por consider-la um caminho seguro para superar a opinio e atingir o conhecimento verdadeiro.27- (UEL Esp. 2005) [...] nos tempos antigos era a filosofia que determinava o curso da cincia, o ideal do conhecimento era filosoficamente estipulado; nos tempos modernos, pelo contrrio, o ideal cientfico, fsico, do conhecimento passa a determinar o conhecimento metafsico. (BORNHEIM, Gerd. Galileo Filsofo. In: Estudos sobre Galileo Galilei. Porto Alegre: UFRGS, Secretaria da Educao do Estado do Rio Grande do Sul e Consulado Geral da Itlia de Porto Alegre, 1964. p. 78.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a relao entre filosofia e cincia, correto afirmar:

a) O conhecimento cientfico, a partir da modernidade, determina o conhecimento filosfico.

b) A cincia antiga obteve maior xito que a cincia moderna pelo fato de ter sido influenciada pela metafsica.

c) A filosofia moderna, por partir da cincia, finalmente atinge a verdade metafsica buscada pelos antigos.

d) A filosofia moderna, quando comparada s suas verses passadas, possui maior aplicabilidade instrumental.

e) A cincia moderna, quando traduzida para o discurso filosfico, resume-se a um conhecimento metafsico.28- (UEL Esp. 2005) O mundo real simplesmente uma sucesso de movimentos atmicos em continuidade matemtica. Nessas circunstncias, a causalidade s poderia ser colocada, de maneira inteligvel, nos prprios movimentos dos tomos [...]. Mas que fazer com Deus? Com a derrubada da causalidade final, Deus, como concebido pelo aristotelismo, estava praticamente perdido; negar francamente sua existncia, no entanto, era, poca de Galileu, um passo demasiado radical para que qualquer pensador importante pudesse consider-lo. (BURTT, Edwin Arthur. As bases metafsicas da cincia moderna. Trad. de Jos Viegas Filho e Orlando Arajo Henriques. Braslia: UnB, 1991. p. 78.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia de Galileu, correto afirmar:

a) Galileu pretendia construir uma nova metafsica em que a teologia apareceria como princpio ltimo de explicao.

b) Segundo Galileu, tudo o que conhecemos sobre o mundo natural diz respeito natureza ntima da fora, ou de sua essncia.

c) Galileu buscava estabelecer o fundamento das convices a respeito da relao determinante do homem com a natureza.

d) A grandeza revolucionria de Galileu deveu-se a sua atitude de responder questes consideradas para alm do domnio da cincia positiva.

e) O interesse de Galileu estava em mostrar que para todo movimento expressvel matematicamente existe uma causa primria.29- (UEL Esp. 2005) E quando considero que duvido, isto , que sou uma coisa incompleta e dependente, a idia de um ser completo e independente, ou seja, de Deus, apresenta-se a meu esprito com igual distino e clareza; e do simples fato de que essa idia se encontra em mim, ou que sou ou existo, eu que possuo esta idia, concluo to evidentemente a existncia de Deus e que a minha depende inteiramente dele em todos os momentos da minha vida, que no penso que o esprito humano possa conhecer algo com maior evidncia e certeza. (DESCARTES, Ren. Meditaes. Trad. de Jac Guinsburg e Bento Prado Jnior. So Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 297-298.) Com base no texto, correto afirmar:

a) O esprito possui uma idia obscura e confusa de Deus, o que impede que esta idia possa ser conhecida com evidncia.

b) A idia da existncia de Deus, como um ser completo e independente, uma conseqncia dos limites do esprito humano.

c) O conhecimento que o esprito humano possui de si mesmo superior ao conhecimento de Deus.

d) A nica certeza que o esprito humano capaz de provar a existncia de si mesmo, enquanto um ser que pensa.

e) A existncia de Deus, como uma idia clara e distinta, impossvel de ser provada.30- (UEL Esp. 2005) As experincias e erros do cientista consistem de hipteses. Ele as formula em palavras, e muitas vezes por escrito. Pode ento tentar encontrar brechas em qualquer uma dessas hipteses, criticando-a experimentalmente, ajudado por seus colegas cientistas, que ficaro deleitados se puderem encontrar uma brecha nela. Se a hiptese no suportar essas crticas e esses testes pelo menos to bem quanto suas concorrentes, ser eliminada. (POPPER, Karl. Conhecimento objetivo. Trad. de Milton Amado. So Paulo: Edusp & Itatiaia, 1975. p. 226.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre cincia e mtodo cientfico, correto afirmar:

a) O mtodo cientfico implica a possibilidade constante de refutaes tericas por meio de experimentos cruciais.

b) A crtica no meio cientfico significa o fracasso do cientista que formulou hipteses incorretas.

c) O conflito de hipteses cientficas deve ser resolvido por quem as formulou, sem ajuda de outros cientistas.

d) O mtodo crtico consiste em impedir que as hipteses cientficas tenham brechas.

e) A atitude crtica um empecilho para o progresso cientfico.

31- (UEL Esp. 2005) Parece que enquanto o conhecimento tcnico expande o horizonte da atividade e do pensamento humanos, a autonomia do homem enquanto indivduo, a sua capacidade de opor resistncia ao crescente mecanismo de manipulao das massas, o seu poder de imaginao e o seu juzo independente sofreram aparentemente uma reduo. O avano dos recursos tcnicos de informao se acompanha de um processo de desumanizao. Assim, o progresso ameaa anular o que se supe ser o seu prprio objetivo: a idia de homem. (HORKHEIMER, Max. Eclipse da razo. Trad. de Sebastio Ucha Leite. Rio de Janeiro: Editorial Labor do Brasil, 1976. p. 6.) Com base no texto, na imagem e nos conhecimentos sobre racionalidade instrumental, correto afirmar:

a) A imagem de Chaplin est de acordo com a crtica de Horkheimer: ao invs de o progresso e da tcnica servirem ao homem, este se torna cada vez mais escravo dos mecanismos criados para tornar a sua vida melhor e mais livre.

b) A imagem e o texto remetem idia de que o desenvolvimento tecnolgico e o extraordinrio progresso permitiram ao homem atingir a autonomia plena.

c) Imagem e texto apresentam o conceito de racionalidade que est na estrutura da sociedade industrial como viabilizador da emancipao do homem em relao a todas as formas de opresso.

d) Enquanto a imagem de Chaplin apresenta a autonomia dos trabalhadores nas sociedades contemporneas, o texto de Horkheimer mostra que, quanto maior o desenvolvimento tecnolgico, maior o grau de humanizao.

e) Tanto a imagem quanto o texto enaltecem a inevitvel instrumentalizao das relaes humanas nas sociedades contemporneas.

32- (UEL Esp. 2005) [...] no ofcio do poeta narrar o que aconteceu; , sim, o de representar o que poderia acontecer, quer dizer: o que possvel segundo a verossimilhana e a necessidade. Com efeito, no diferem o historiador e o poeta por escreverem verso ou prosa [...] diferem, sim, em que diz um as coisas que sucederam, e outro as que poderiam suceder. Por isso a poesia algo de mais filosfico e mais srio do que a histria, pois refere aquela principalmente o universal, e esta o particular. (ARISTTELES. Potica. Trad. de Eudoro de Souza. So Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 209.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a esttica em Aristteles, correto afirmar:

a) A poesia uma cpia imperfeita, realizada no mundo sensvel, sob a inspirao das musas e distante da verdade.

b) Os poetas, de acordo com a sua ndole, representam pessoas de carter elevado, como ocorre na tragdia, ou homens inferiores, como na comdia.

c) A poesia deve ser fiel aos acontecimentos histricos e considerar os fatos em sua particularidade.

d) A poesia deve a sua origem histria e a compreenso daquela supe o entendimento da prpria natureza do ser humano.

e) A imitao, que ocorre na tragdia, representa uma ao completa e de carter elevado, de uma forma narrativa e no dramtica.

33- (UEL Esp. 2005) A indstria cultural no cessa de lograr seus consumidores quanto quilo que est continuamente a lhes prometer. A promissria sobre o prazer, emitida pelo enredo e pela encenao, prorrogada indefinidamente: maldosamente, a promessa a que afinal se reduz o espetculo significa que jamais chegaremos coisa mesma, que o convidado deve se contentar com a leitura do cardpio. [...] Cada espetculo da indstria cultural vem mais uma vez aplicar e demonstrar de maneira inequvoca a renncia permanente que a civilizao impe s pessoas. Oferecer-lhes algo e ao mesmo tempo priv-las disso a mesma coisa. (ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Dialtica do esclarecimento. Trad. de Guido Antnio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. p. 130-132.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre indstria cultural em Adorno e Horkheimer, correto afirmar:

a) A indstria cultural limita-se a atender aos desejos que surgem espontaneamente da massa de consumidores, satisfazendo as aspiraes conscientes de indivduos autnomos e livres que escolhem o que querem.

b) A indstria cultural tem um desempenho pouco expressivo na produo dos desejos e necessidades dos indivduos, mas ela eficiente no sentido de que traz a satisfao destes desejos e necessidades.

c) A indstria cultural planeja seus produtos determinando o que os consumidores desejam de acordo com critrios mercadolgicos. Para atingir seus objetivos comerciais, ela cria o desejo, mas, ao mesmo tempo, o indivduo privado do acesso ao prazer e satisfao prometidos.

d) O entretenimento que veculos como o rdio, o cinema e as revistas proporcionam ao pblico no pode ser entendido como forma de explorao dos bens culturais, j que a cultura est situada fora desses canais.

e) A produo em srie de bens culturais padronizados permite que a obra de arte preserve a sua capacidade de ser o suporte de manifestao e realizao do desejo: a cada nova cpia, a crtica se renova.34- (UEL Esp. 2005) A diverso o prolongamento do trabalho sob o capitalismo tardio. Ela procurada por quem quer escapar ao processo de trabalho mecanizado, para se pr de novo em condies de enfrent-lo. Mas, ao mesmo tempo, a mecanizao atingiu um tal poderio sobre a pessoa em seu lazer e sobre a sua felicidade, ela determina to profundamente a fabricao das mercadorias destinadas diverso, que esta pessoa no pode mais perceber outra coisa seno as cpias que reproduzem o prprio processo de trabalho. (ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Dialtica do esclarecimento. Trad. de Guido Antnio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997. p.128.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre trabalho e lazer no capitalismo tardio, em Adorno e Horkheimer, correto afirmar:

a) H um crculo vicioso que envolve o processo de trabalho e os momentos de lazer. Com o objetivo de fugir do trabalho mecanizado e repor as foras, o indivduo busca refgio no lazer, porm o lazer se estrutura com base na mesma lgica mecanizada do trabalho.

b) Apesar de se apresentarem como duas dimenses de um mesmo processo, lazer e trabalho se diferenciam no capitalismo tardio, na medida em que o primeiro o espao do desenvolvimento das potencialidades individuais, a exemplo da reflexo.

c) Mesmo sendo produzidas de acordo com um esquema mercadolgico que fabrica cpias em ritmo industrial, as mercadorias acessadas nos momentos

de lazer proporcionam ao indivduo plena diverso e cultura.

d) Tanto o trabalho quanto o lazer preservam a autonomia do indivduo, mesmo nos processos de mecanizao que caracterizam a fabricao de mercadorias no capitalismo tardio.

e) As atividades de lazer no capitalismo tardio, como o cinema e a televiso, so caminhos para a politizao e aquisio de cultura pelas massas, aproximando-as das verdadeiras obras de arte.EIXOS TEMTICOSPONTOS INTRODUTRIOS01) (UEL 2003/ESPEC) Tales foi o iniciador da filosofia da physis, pois foi o primeiro a afirmar a existncia de um principio originrio nico, causa de todas as coisas que existem, sustentando que esse principio a gua. Essa proposta importantssima... podendo com boa dose de razo ser qualificada como a primeira proposta filosfica daquilo que se costuma chamar civilizao ocidental. A filosofia surgiu na Grcia, no sculo VI a.C. Seus primeiros filsofos foram os chamados pr-socrticos. De acordo com o texto, assinale a alternativa que expressa o principal problema por eles investigado.

a) A tica, enquanto investigao racional do agir humano.

b) A esttica, enquanto estudo sobre o belo na arte.

c) A epistemologia, como avaliao dos procedimentos cientficos.

d) A cosmologia, como investigao acerca da origem da ordem do mundo.

e) A filosofia poltica, enquanto anlise do estado e sua legislao.

02) (UEL2003) Uma vez que constituio significa o mesmo que governo, e o governo o poder supremo em uma cidade, e o mando pode estar nas mos de uma nica pessoa, ou de poucas pessoas, ou a maioria, governam tendo em vista o bem comum, estas constituies devem ser forosamente as corretas; ao contrrio, constituem desvios os casos em que o governo exercido com vistas ao prprio interesse da nica pessoa, ou das poucas pessoas, ou da maioria, pois ou se deve dizer que os cidados no participam do governo da cidade, ou necessrio que eles realmente participem.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre as formas de governo em Aristteles, analise as afirmativas a seguir.

I-A democracia uma forma de governo reta, ou seja, um governo que prioriza o exerccio do poder em beneficio do interesse comum.

II-A democracia faz parte das formas degeneradas de governo, entre as quais destacam-se a tirania e a oligarquia.

III-A democracia uma forma de governo que desconsidera o bem de todos; antes, porm, visa favorecer indevidamente os interesses dos mais pobres, reduzindo-se, desse modo, a uma acepo demaggica.

IV-A democracia uma forma de governo mais conveniente para as cidades gregas, justamente porque realiza o bem do Estado, que o bem comum

Esto corretas apenas as afirmativas:

A) I e III.

B) I e IV.

C) II e III.

D )I,II e III.

E) II,III e IV.

03) (UEL 2003) Com efeito, alguns tomam a coisa universal da seguinte maneira:eles colocam uma substncia essencialmente a mesma em coisas que diferem umas das outras pelas formas; essa a essncia material das coisas singulares nas quais existe, e uma s em si mesma, sendo diferente apenas pelas formas dos seus inferiores. Sobre o texto acima correto afirmar que: a) trata-se de uma tese realista, pois demonstra que a coisa universal existe por si mesma e constitui a essncia material das coisas singulares.

b) defende a tese nominalista, segundo a qual os universais no podem existir fora dos sujeitos de que so atributos.

c) os universais so termos significativos, pois no so uma nica essncia em si mesmos.

d) distingue as coisas singulares pela quantidade de matria que nelas se apresentam.

04) (UEL 2003) Leia o texto, que se refere idia de cidade justa de Plato.

Como a temperana, tambm a justia uma virtude comum a toda a cidade. Quando cada uma das classes exerce a sua funo prpria, aquela para qual a sua natureza a mais adequada , a cidade justa. Esta distribuio de tarefas e competncias resultas do fato de que cada um de ns no nasceu igual ao outro e, assim, cada um contribui com a sua parte para satisfao das necessidades da vida individual e coletiva. (...) Justia , portanto, no indivduo, a harmonia das partes da alma sob o domnio superior da razo, no estado, a harmonia e a concrdia das classes da cidade. (PIRES, Celestino). Sobre a cidade justa na concepo de Plato, correto afirmar:

a) Nela todos satisfazem suas necessidades mnimas, e inexistem funes como as de governantes, legisladores e juizes.

b) governada pelos filsofos, protegida pelos guerreiros e mantida pelos produtores econmicos, todos cumprindo sua funo prpria.

c) Seus habitantes desejam a posse ilimitada de riquezas, como terras e metais preciosos.

d) Ela tem como principal objetivo fazer a guerra com seus vizinhos para ampliar suas posses atravs da conquista .

e) Ela ambiciona o luxo desmedido e est cheia de objetos suprfluos, tais como perfumes,incensos, iguarias, guloseimas, ouro, marfim,etc.

05) (UEL 2005) Sobre a passagem do mito filosofia, na Grcia Antiga, considere as afirmativas a seguir.

I. Os poemas homricos, em razo de muitos de seus componentes, j contm caractersticas essenciais da compreenso de mundo grega que, posteriormente, se revelaram importantes para o surgimento da filosofia.

II. O naturalismo, que se manifesta nas origens da filosofia, j se evidencia na prpria religiosidade grega, na medida em que nem homens nem deuses so compreendidos como perfeitos.

III. A humanizao dos deuses na religio grega, que os entende movidos por sentimentos similares aos dos homens, contribuiu para o processo de racionalizao da cultura grega, auxiliando o desenvolvimento do pensamento filosfico e cientfico.

IV. O mito foi superado, cedendo lugar ao pensamento filosfico, devido assimilao que os gregos fizeram da sabedoria dos povos orientais, sabedoria esta desvinculada de qualquer base religiosa.

Esto corretas apenas as afirmativas:

a) I e II.

b) II e IV.

c) III e IV.

d) I, II e III.

e) I, III e IV.

06) (UEL 2004) Entre os fsicos da Jnia, o carter positivo invadiu de chofre a totalidade do ser. Nada existe que no seja natureza, physis. Os homens, a divindade, o mundo formam um universo unificado, homogneo, todo ele no mesmo plano: so as partes ou os aspectos de uma s e mesma physis que pem em jogo, por toda parte, as mesmas foras, manifestam a mesma potncia de vida. As vias pelas quais essa physis nasceu, diversificou-se e organizou-se so perfeitamente acessveis inteligncia humana: a natureza no operou no comeo de maneira diferente de como o faz ainda, cada dia, quando o fogo seca uma vestimenta molhada ou quando, num crivo agitado pela mo, as partes mais grossas se isolam e se renem. ( VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. Trad. De Isis Borges B. Da Fonseca.12ed. Rio de janeiro: Difel,2002. p.110.) Com base no texto, assinale a alternativa correta.

a) Para explicar o que acontece no presente preciso compreender corno a natureza agia no comeo (~). ou seja, no momento original.

b) A explicao para os fenmenos naturais pressupe a aceitao de elementos sobrenaturais.

c) O nascimento, a diversidade e a organizao dos seres naturais tm uma explicao natural e esta pode ser compreendida racionaimente.

d) A razo capaz de compreender parte dos fenmenos naturais, mas a explicao da totalidade dos mesmos est alm da capacidade humana.

e) A diversidade de fenmenos naturais pressupe uma multiplicidade de explicaes e nem todas estas explicaes podem ser racionalrnente compreendidas.

07) O mtodo argumentativo de Scrates (469-399 C.) Consistia em dois momentos distintos: a ironia e a maiutica. Sobre a ironia socrtica, pode-se afirmar que:

I tornava o interlocutor um mestre na argumentao sofistica.

II levava o interlocutor conscincia de que seu saber era baseado em reflexes, cujo contedo era repleto de conceitos vagos e imprecisos.

III tinha um carter purificador, medida que levava o interlocutor a confessar suas prprias contradies e ignorncias.

IV tinha um sentido depreciativo e sarcstico da posio do interlocutor.

a) Se apenas a afirmao III correta.

b) Se apenas as afirmaes i e IV so corretas.

c) Se apenas a afirmao IV correta.

d) Se as afirmaes II e III so corretas.

e) Se todas no so corretas.08) Scrates tradicionalmente considerado como um marco divisrio da filosofia grega. Os filsofos que o antecederam so chamados pr-socraticos. Seu mtodo, que parte do pressuposto s sei que nada sei, a maiutica que tem como objetivo:

I dar luz a idias novas, buscando o conceito

II partir da ironia, reconhecendo a ignorncia at chegar ao conhecimento.

III encontrar as contradies das idias para chegar ao conhecimento.

IV trazer as idias do cu terra.

a) se apenas I e II estiverem corretas.

b) Se apenas I e III estiverem corretas.

c) Se apenas II, III e IV estiverem corretas.

d) Se apenas III e IV estiverem corretas.

e) Se apenas i e IV estiverem corretas.

09) (UEL 2002) Sobre a teoria das quatro causas de Aristteles correto afirmar:

I prprio da cincia investig-las, pois so as causas do movimento e do repouso, ou seja, da passagem de potncia para ato.

II A causa eficiente atua sobre a forma, visto ser a matria o ato a que aspiram os seres.

III - A causa final prpria daquele ser que deve atualizar as potncias contidas em sua matria para alcanar a finalidade prpria.

IV A forma o prncipio de indeterminao dos seres.

Assinale a nica alternativa que apresenta as assertivas correta:

a) Apenas I e III.

b) Apenas I, III e IV.

c) Apenas II e III.

d) Apenas I e II.

e) Todas corretas

10) Com relao ao relacionamento entre os sofistas e Scrates correto afirmar que:

a) No houve nenhum tipo de relacionamento, pois eles no foram contemporneos.

b) Foi um relacionamento amistoso, pois eles tinham um s grande objetivo: a busca da verdade.

c) Os sofistas criticavam o relativismo de Scrates, que no acre-ditava na existncia da verdade.

d) Scrates no admitia o relativismo sofstico que via na poltica uma mera tcnica de convencimento, que se baseavas em con-cepes individuais da verdade.

11) (UFU) A opinio (doxa, em grego), no pensamento de Plato (427-347 a.C.), representa um saber sem fundamentaco metdica. um saber que possui sua origem:

a) nos mitos religiosos, lendas e poemas da Grcia arcaica

b) nas impresses ou sensaces advindas da experincia sensvel

c) no discurso dos sofistas na poca da democracia ateniense

d) num saber ecltico, proveniente de algumas idias dos filsofos pr-socrticos

12) (UEL ESPEC 2003) "Se chegasse nossa cidade um homem aparentemente capaz, devido sua arte, de tomar todas as formas e imitar todas as coisas, ansioso por se exibir juntamente com os seus poemas, prosternvamo-nos diante dele, como de um ser sagrado, maravilhoso, encantador, mas dir-lhe-amos que na nossa cidade no h homens dessa espcie, nem sequer lcito que existam, e mand-lo-amos embora para outra cidade, depois de lhe termos derramado mirra sobre a cabe(c)a e de o termos coroado de grinaldas." (PLATO. A Repblica. Trad. De Maria Helena da Rocha Pereira. 7.ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1993. p. 125.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a arte em Plato, correto afirmar:

a) Plato contrrio imitao, por ela ser a "aparncia da aparncia" ou uma cpia da realidade, num nvel inferior.

b) Plato valoriza a presena dos artistas nas cidades, por sua capacidade de limitar todas as coisas.

c) Plato concebe a imitao como uma atividade que,ao invs de copiar aparncias, imita emoes e aes.

d) Plato valoriza os poemas porque eles, apesar de imitarem as coisas, proporcionam um grande prazer sensvel.

e) Plato admite a possibilidade de a imitaco adquirir uma perspectiva positiva, desde que seja concebida como contendo uma viso que se afaste da sofstica.

13) (UEL 2006) Os poemas de Homero serviram de alimento espiritual aos gregos, contribuindo de forma essencial para aquilo que mais tarde se desenvolveria como filosofia. Em seus poemas, a harmonia, a proporo, o limite e a medida,assim como a presena de questionamentos acerca das causas, dos princpios e do porqu das coisas se faziam presentes, revelando depois uma constante na elaborao dos princpios metafsicos da filosofia grega. (Adaptado de: REALE, Giovanni. Histria da Filosofia Antiga. v. I. Trad. Henrique C. Lima Vaz e Marcelo Perine. So Paulo: Loyola, 1994. p. 19. ) Com base no texto e nos conhecimentos acerca das caractersticas que marcaram o nascimento da filosofia na Grcia, considere as afirmativas a seguir.

I. A poltica, enquanto forma de disputa oratria, contribuiu para formar um grupo de iguais, os cidados, que buscavam a verdade pela fora da argumentao.

II. O palcio real, que centralizava os poderes militar e religioso, foi substitudo pela gora, espao pblico onde os problemas da polis eram debatidos.

III. A palavra, utilizada na prtica religiosa e nos ditos do rei, perdeu a funo ritualista de frmula justa, passando a ser veculo do debate e da discusso.

IV. A expresso filosfica tributria do carter pragmtico dos gregos, que substituram a contemplao desinteressada dos mitos pela tcnica utilitria do pensar racional.

Esto corretas apenas as afirmativas:

a) I e III.

b) II e IV.

c) III e IV.

d) I, II e III.

e) I, II e IV.

14) (UEL 2006) Analise a imagem e leia o texto a seguir.

Mobilizao pelas Diretas j, Praa da S, So Paulo, janeiro 1984. (Disponvel em: http://novaescola.abril.com.br Acesso em: 13 jun. 2005.)

Um cidado integral pode ser definido por nada mais nem nada menos que pelo direito de administrar a justia e exercer funes pblicas [...]. (ARISTTELES. Poltica. Trad. Mrio da Gama Kury. 3. ed. Braslia: UNB, 1997. p. 78.)

Tendo como base o conceito de cidadania de Aristteles, correto afirmar que o fato poltico retratado na imagem:

a) Confirma o ideal aristotlico de cidado como aquele que se submete passivamente a uma autoridade coercitiva e ilimitada.

b) Ilustra o conceito que Aristteles construiu de cidados como aqueles que esto separados em trs classes, sendo que uma delas governa, de modo absoluto, as demais.

c) Manifesta contradio com a concepo de liberdade e de manifestao pblica presente no exerccio da cidadania grega, ao revelar uma campanha submissa e tutelada pela minoria.

d) Mostra o iderio aristotlico de cidade e de cidadania, que exalta o individualismo e a supremacia do privado em detrimento do pblico.

e) Caracteriza um exemplo contemporneo de participao que demonstra o debate de assuntos pblicos, assim como faziam os cidados livres de Atenas.

EIXOS TEMTICOSTICA E POLTICA01 - (UEL-2004/ESP.) Que ningum espere um grande progresso nas cincias, especialmente no seu lado prtico, at que a filosofia natural seja levada s cincias particulares e as cincias particulares sejam incorporadas filosofia natural. [...] De fato, desde que as cincias particulares se constituram e se dispersaram , no mais se alimentaram da filosofia natural, que lhes poderia ter transmitido as fontes e o verdadeiro conhecimento dos movimentos, dos raios , dos sons, da estrutura e do esquematismo dos corpos, das afeces e das percepes intelectuais, o que lhes teria infundido novas foras para novos progressos. Com base no texto , correto afirmar que Francis Bacon:

a) Afirma que a nica finalidade da filosofia natural contribuir para o desenvolvimento das cincias particulares.

b) Defende que o que h de mais importante nas cincias particulares o seu lado prtico.

c) Prope que o progresso da filosofia natural depende de que ela incorpore as cincias particulares.

d) Constata a impossibilidade de progresso no lado prtico das cincias particulares.

e) Vincula a possibilidade do progresso nas cincias particulares dependncia destas filosofia natural.

02 - (UFU JAN/01) A respeito da filosofia de David Hume (1711-1776), escolha entre as alternativas abaixo a nica que oferece, respectivamente, uma caracterstica empirista e uma caracterstica ctica do pensamento deste filosofo escocsa) Nenhuma idia complexa pode ser derivada das sensaes; a idia de eu pode ser representada pelo pensamento puro.

b) As idias simples so inatas e independem dos sentidos; a causalidade uma conexo necessria e facilmente observvel.

c) As idias se originam da experincia sensvel ; as impresses no so constantes e invariveis a ponto de constituir a idia de eu.

d) A relao causa-efeito apreendida pelo raciocnio a priori; as impresses so variveis, por isso no h nada de regular no mundo.

03 - (UEL2003) O imperativo categrico , portanto, s um nico, que este:Age apenas segundo uma mxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal. (KANT, Immanuel. Fundamentao da metafsica dos costumes. Trad. De Paulo. Segundo essa formulao do imperativo categrico por Kant, uma ao considerada tica quando:

a) Privilegia os interesses particulares em detrimento de leis que valham universal e necessariamente.

b) Ajusta os interesses egostas de uns ao egosmo dos outros, satisfazendo as exigncias individuais de prazer e felicidade.

c) determinada pela lei da natureza, que tem como fundamento o principio de auto-conservao.

d) Est subordinada vontade de Deus, que preestabelece o caminho seguro para a ao humana.

e) A mxima que rege a ao pode ser universalizada, ou seja, quando a ao pode ser praticada por todos, sem prejuzo da humanidade.

04 - (UEL ESPEC/2003) A cincia moderna sofreu uma serie de transformaes em relao cincia antiga. Assinale a alternativa que apresenta uma das caractersticas da cincia moderna resultante dessa transformao.

a) A submisso do saber ao conhecimento terico, para o qual irrelevante a aplicao prtica dos conhecimentos adquiridos.

b) A subordinao da razo humana f religiosa, com a defesa da concepo de verdade como revelao.

c) A primazia da analise das qualidades dos corpos em si mesmos, tais como cor , odor, tamanho e peso.

d) A valorizao do saber experimental , que visa apropriao, ao controle e transformao da natureza.

e) O predomnio da concepo de natureza hierarquizada, segundo uma ordem divina.

05 - Mas a cidade pareceu-nos justa, quando existiam dentro dela trs espcies de naturezas, que executavam cada uma a tarefa que lhe era prpria; e, por sua vez, temperante, corajosa e sbia, devido a outras disposies e qualidades dessas mesmas espcies. - verdade. - Logo, meu amigo, entenderemos que o indivduo, que tiver na sua alma estas mesmas espcies, merece bem, devido a essas mesmas qualidades, ser tratado pelos mesmos nomes que a cidade. (PLATO. A repblica. Trad. de Maria Helena da Rocha Pereira. 7 ed. Lisboa: Fundao Calouste Gulbenkian, 1993. p. 190.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a justia em Plato, correto afirmar:

a) As pessoas justas agem movidas por interesses ou por benefcios pessoais, havendo a possibilidade de ficarem invisveis aos olhos dos outros.

b) A justia consiste em dar a cada indivduo aquilo que lhe de direito, conforme o princpio universal de igualdade entre todos os seres humanos, homens e mulheres.

c) A verdadeira justia corresponde ao poder do mais forte, o qual, quando ocupa cargos polticos, faz as leis de acordo com os seus interesses e pune a quem lhe desobedece.

d) A justia deve ser vista como uma virtude que tem sua origem na alma, isto , deve habitar o interior do homem, sendo independente das circunstncias externas.

e) Ser justo equivale a pagar dvidas contradas e restituir aos demais aquilo que se tomou emprestado, atitudes que garantem uma velhice feliz.

06- A escolha dos ministros por parte de um prncipe no coisa de pouca importncia: os ministros sero bons ou maus, de acordo com a prudncia que o prncipe demonstrar. A primeira impresso que se tem de um governante e da sua inteligncia, dada pelos homens que o cercam. Quando estes so eficientes e fiis, pode-se sempre considerar o prncipe sbio, pois foi capaz de reconhecer a capacidade e manter fidelidade. Mas quando a situao oposta, pode-se sempre dele fazer mau juzo, porque seu primeiro erro ter sido cometido ao escolher os assessores. (MAQUIAVEL, Nicolau. O Prncipe. Trad. de Pietro Nassetti. So Paulo: Martin Claret, 2004. p. 136.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre Maquiavel, correto afirmar:

a) As atitudes do prncipe so livres da influncia dos ministros que ele escolhe para governar.

b) Basta que o prncipe seja bom e virtuoso para que seu governo obtenha pleno xito e seja reconhecido pelo povo.

c) O povo distingue e julga, separadamente, as atitudes do prncipe daquelas de seus ministros.

d) A escolha dos ministros irrelevante para garantir um bom governo, desde que o prncipe tenha um projeto poltico perfeito.

e) Um prncipe e seu governo so avaliados tambm pela escolha dos ministros.

07- Hobbes realiza o esforo supremo de atribuir ao contrato uma soberania absoluta e indivisvel [...]. Ensina que, por um nico e mesmo ato, os homens naturais constituem-se em sociedade poltica e submetem-se a um senhor, a um soberano. No firmam contrato com esse senhor, mas entre si. entre si que renunciam, em proveito desse senhor, a todo o direito e toda liberdade nocivos paz. (CHEVALLIER, Jean-Jacques. As grandes obras polticas de Maquiavel a nossos dias. Trad. De Lydia Cristina. 7. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1995. p. 73.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o contrato poltico em Hobbes, considere as afirmativas a seguir.

I. A renncia ao direito sobre todas as coisas deve ser recproca entre os indivduos.

II. A renncia aos direitos, que caracteriza o contrato poltico, significa a renncia de todos os direitos em favor do soberano.

III. Os procedimentos necessrios preservao da paz e da segurana competem aos sditos cidados.

IV. O contrato que funda o poder poltico visa pr fim ao estado de guerra que caracteriza o estado de natureza.

Esto corretas apenas as afirmativas:

a) I e II.

b) I e IV.

c) II e III.

d) I, III e IV.

e) II, III e IV.

08 - Se todos os homens so, como se tem dito, livres, iguais e independentes por natureza, ningum pode ser retirado deste estado e se sujeitar ao poder poltico de outro sem o seu prprio consentimento. A nica maneira pela qual algum se despoja de sua liberdade natural e se coloca dentro das limitaes da sociedade civil atravs do acordo com outros homens para se associarem e se unirem em uma comunidade para uma vida confortvel, segura e pacfica uns com os outros, desfrutando com segurana de suas propriedades e melhor protegidos contra aqueles que no so daquela comunidade. (LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo civil. Trad. de Magda Lopes e Marisa Lobo da Costa. Petrpolis: Vozes, 1994. p.139.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o contrato social em Locke, considere as afirmativas a seguir.

I. O direito liberdade e propriedade so dependentes da instituio do poder poltico.

II. O poder poltico tem limites, sendo legtima a resistncia aos atos do governo se estes violarem as condies do pacto poltico.

III. Todos os homens nascem sob um governo e, por isso, devem a ele submeter-se ilimitadamente.

IV. Se o homem naturalmente livre, a sua subordinao a qualquer poder depender sempre de seu consentimento.

Esto corretas apenas as afirmativas:

a) I e II.

b) I e III.

c) II e IV.

d) I, III e IV.

e) II, III e IV.

09 - O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer isto meu e encontrou pessoas suficientemente simples para acredit-lo. Quantos crimes, guerras, assassnios, misrias e horrores no pouparia ao gnero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus semelhantes: Defendei-vos de ouvir esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos so de todos e que a terra no pertence a ningum!. (ROUSSEAU, Jean- Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Trad. de Lourdes Santos Machado. So Paulo: Nova Cultural, 1997. p. 87.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento poltico de Rousseau, correto afirmar:

a) A desigualdade um fato natural, autorizada pela lei natural, independentemente das condies sociais decorrentes da evoluo histrica da humanidade.

b) A finalidade da instituio da sociedade e do governo a preservao da individualidade e das diferenas sociais.

c) A sociabilidade tira o homem do estado de natureza onde vive em guerra constante com os outros homens.

d) Rousseau faz uma crtica ao processo de socializao, por ter corrompido o homem, tornando-o egosta e mesquinho para com os seus semelhantes.

e) Rousseau valoriza a fundao da sociedade civil, que tem como objetivo principal a garantia da posse privada da terra.

10 - A filosofia poltica de Thomas Hobbes combatia as tendncias liberais de sua poca. Hobbes sustentava que o poder resultante do pacto poltico deveria ser:

I ilimitado, julgando sobre o justo e o injusto, acima do bem e do mal e em que a alienao do sdito ao soberano deveria ser total.

II dividido entre rei e o parlamento, superando as discrdias e disputas em favor do bem comum da coletividade.

III absoluto, podendo utilizar a fora das armas para manter a soberania e o silncio dos sditos.

Assinale correta:a) I e III

b) II e III

c) I e II

d) II

e) I, II e III

11 - Leia o texto abaixo:

Quando na mesma pessoa ou no mesmo corpo de magistratura o poder legislativo est reunido ao poder executivo, no existe liberdade, pois pode-se temer que o mesmo monarca e o mesmo senado apenas estabeleam leis tirnicas para execut-las tiranicamente. No haver tambm liberdade se o poder de julgar no estiver separado do poder legislativo e executivo. Se estivesse ligado ao poder legislativo, o poder sobre a vida e a liberdade dos cidados seria arbitrrio, pois o juiz seria o legislador. Se estivesse ligado ao executivo, o juiz teria a fora de um opressor. Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo de principais, ou dos nobres ou do povo exercesse esses trs poderes: o de fazer leis; o de executar as resolues pblicas e o de julgar os crimes ou as divergncias entre os indivduos. (MONTESQUIEU, Do Esprito das Leis, Col Os Pensadores) Escolha alternativa que contm o princpio poltico que o texto acima busca fundamentar.

a) Personificao do poder.

b) Analfabetismo poltico.

c) Institucionalizao do poder.

d) Absolutismo poltico.

e) Despotismo.

12 - Leia com ateno o texto abaixo:

Odeio os indiferentes (...), acredito que viver quer dizer tomar partido. No podem existir apenas os homens estranhos cidade. Quem verdadeiramente vive no pode deixar de ser cidado e partidrio. Indiferena abulia, parasitismo, covardia, no vida. Por isso odeio os indiferentes.

A indiferena o peso morto da histria. a bola de chumbo para o inovador, a matria inerte na qual freqentemente se afogam os entusiasmos mais esplendorosos.

A indiferena atua poderosamente na histria. Atua passiva-mente, mas atua. a fatalidade; aquilo com o que no se pode contar; aquilo que confunde os programas, que destri os planos mais bem construdos. a matria bruta que se rebela contra a inteligncia e a sufoca. (...)

O que acontece no acontece tanto porque alguns queiram, mas porque a massa dos homens abdica da sua vontade e deixa de fazer, deixa enrolarem os ns que, depois, somente a espada poder cortar; deixa promulgarem as leis que, depois, s a revolta poder anular; deixa subir ao poder homens que, depois, s a sublevao poder derrubar. (...) Os fatos amadurecem na sombra porque mos, sem qualquer controle a vigi-las, tecem a teia da vida coletiva e a massa no sabe porque no se preocupa com isso. Os destinos de uma poca so manipulados de acordo com vises restritas, objetivos imediatos, ambies e pai-xes pessoais de pequenos grupos ativos e a massa dos homens ignora por que no se preocupa. (GRAMSCI apud SCHLESENER, Anita. Para filosofar S. Paulo, Scipione, 2000, p.188)

O texto acima refere-se ao fenmeno poltico conhecido como analfabetismo poltico, com relao a isso correto afirmar que:

a) O analfabetismo poltico ocorre somente entre os mais pobres.

b) As pessoas que no sabem ler ou escrever so os analfabetos polticos.

c) O analfabetismo poltico uma peculiaridade da classe mais rica da populao.

d) A participao ativa na esfera poltica e a principal caracterstica do analfabetismo poltico.

e) O indiferentismo a marca distintiva do analfabetismo poltico.

13- Leia com ateno o texto abaixo:

O pior analfabeto o analfabeto poltico. Ele no ouve no fala e no participa dos acontecimentos polticos. Ele no sabe que o custo de vida, o preo do feijo, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remdio dependem das decises polticas. O analfabeto poltico to burro, que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia poltica. No sabe o imbecil que da sua ignorncia poltica nascem a prostituta, o menor abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos, que o poltico vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais. (Berthold Brecht). De acordo com o texto podemos afirmar que:

a) Boa parte dos problemas da sociedade poderiam ser evitados se as pessoas buscassem um maior comprometimento poltico.

b) Problemas sociais como a prostituio, a violncia, o trfico de drogas e a questo dos menores abandonados sempre existiram e sempre existiro na sociedade.

c) Somente as pessoas simples so analfabetos polticos.

d) A participao poltica das pessoas totalmente irrelevante para a resoluo dos problemas sociais, pois os mesmo so de ordem econmica.

e) O analfabeto poltico, apesar de sua indiferena uma pessoa que se importa com os outros?14- Leia com ateno os textos abaixo e escolha alternativa correta.

Fragmento 1

Como meu intento escrever coisa til para os que se interessarem, pareceu-me mais conveniente procurar a verdade pelo efeito das coisas, do que pelo que dela se possa imaginar e muita gente imaginou repblicas e principados que nunca se viram nem jamais forma reconhecidos como verdadeiros. Vai tanta diferena entre o como se vive e o modo que se deveria viver, que quem se preocupar com o que se deveria fazer em vez do que se faz aprende antes a runa prpria, do que o modo de se preservar; em um homem que quiser fazer profisso de bondade natural que se arruine entre tantos que so maus. Assim necessrio a um prncipe, para se manter, que aprenda a poder ser mau e que se valha ou deixe de valer-se disso conforme a necessidade.(Maquiavel, O Prncipe)

Fragmento 2

A obra de Maquiavel demolidora e revolucionria em relao tradio do pensamento poltico (Marilena Chau). Com relao aos dois fragmentos acima podemos afirmar que:

a) Eles no tm nenhuma relao entre si.

b) O segundo trata-se de uma crtica ao primeiro, posicionando-se contra o mesmo.

c) O segundo explica o primeiro tendo, como pano de fundo, uma nova relao tico- poltica.

d) O segundo trata-se de um

e) Nda

15 - ( UEL 2006) O direito de natureza, a que os autores geralmente chamam de jus naturale, a liberdade que cada homem possui de usar seu prprio poder, da maneira que quiser, para a preservao de sua prpria natureza, ou seja, de sua vida; e conseqentemente de fazer tudo aquilo que seu prprio julgamento e razo lhe indiquem como meios adequados a esse fim. (HOBBES, Thomas. Leviat. Trad. Joo Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. So Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 82.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o Estado de natureza em Hobbes, considere as afirmativas a seguir.

I. Todos os homens so igualmente vulnerveis violncia diante da ausncia de uma autoridade soberana que detenha o uso da fora.

II. Em cada ser humano h um egosmo na busca de seus interesses pessoais a fim de manter a prpria sobrevivncia.

III. A competio e o desejo de fama passam a existir nos homens quando abandonam o Estado de natureza e ingressam no Estado social.

IV. O homem naturalmente um ser social, o que lhe garante uma vida harmnica entre seus pares.

Esto corretas apenas as afirmativas:

a) I e II.

b) I e IV.

c) III e IV.

d) I, II e III.

e) II, III e IV.16 - ( UEL 2006) [...] preciso que examinemos a condio natural dos homens, ou seja, um estado em que eles sejam absolutamente livres para decidir suas aes, dispor de seus bens e de suas pessoas como bem entenderem, dentro dos limites do direito natural, sem pedir autorizao de nenhum outro homem nem depender de sua vontade. (LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o governo civil. Trad. Magda Lopes e Marisa Lobo da Costa. 2. ed. Petrpolis: Vozes, 1994. p. 83.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o estado de natureza em Locke, correto afirmar:

a) Os homens desconhecem a noo de justia, pelo fato de inexistir um direito natural que assegure a idia do meu e do teu.

b) constitudo pela inimizade, maldade, violncia e destruio mtua, caractersticas inerentes ao ser humano.

c) Baseia-se em atos de agresso fsica, o que gera insegurana coletiva na manuteno dos direitos privados.

d) Pauta-se pela tripartio dos poderes como forma de manter a coeso natural e respeitosa entre as pessoas.

e) Constitui-se de uma relativa paz, que inclui a boa vontade, a preservao e a assistncia mtua.17 - ( UEL 2006) Tendo por base a concepo de contrato social em Locke, considere as afirmativas a seguir.

I. Os homens firmam entre si um pacto de submisso, por meio do qual transferem a um terceiro o poder de coero, trocando a condio de desigualdade do Estado de Natureza pela segurana e liberdade do Estado social.

II. Os homens firmam um pacto de consentimento, no qual concordam livremente em formar a sociedade para preservar e consolidar os direitos que possuam originalmente no Estado de natureza.

III. O exerccio l