1º capítulo - A Última Frase dos Contos de Fadas
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4ª Prova
A ÚLTIMA FRASE DOS CONTOS
DE FADAS
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4ª Prova
Massimo Gramellini
A ÚLTIMA FRASE DOS CONTOS
DE FADASuma história sobre a coragem
de se entregar ao verdadeiro amor
TraduçãoEliana Aguiar
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4ª Prova
Copyright © 2010 – Milão, Gruppo Editoriale Mauri Spagnol
Todos os direitos desta edição reservados àEDITORA OBJETIVA LTDA., rua Cosme Velho, 103Rio de Janeiro – RJ – Cep: 22241-090 Tel.: (21) 2199-7824 – Fax: (21) 2199-7825www.objetiva.com.br
Título originalL’Ultima Riga Delle Favole
CapaSergio Campante
Imagens de capa© Michael Moore/Corbis (DC)/Latinstock© Sergio Campante
Imagens de mioloPaolo d’Altan, com manipulação de Sergio Campante
RevisãoRaquel CorreaLilia ZanettiTalita Papoula
Preparação de textoElisabeth Xavier de Araújo
Editoração eletrônicaFiligrana
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJG771u
Gramellini, Massimo A última frase dos contos de fadas: uma história sobre a co-ragem de se entregar ao verdadeiro amor / Massimo Gramellini; tradução Eliana Aguiar. - Rio de Janeiro : Objetiva, 2011.
Tradução de: L’ultima riga delle favole
237p. ISBN 978-85-390-0247-4
1. Ficção italiana. I. Aguiar, Eliana. II. Título.
11-1908. CDD: 853 CDU: 821.131.3-3
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4ª Prova
a Mario Spagnol (1930-1999) que esperava por ele
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4ª Prova
O Spa da Alma
Piscina do Dragão
Piscina do EuPiscina do Nós Ambulatório Recepção Piscina do Ágape
Claustro
Academia de Ginástica Sala das poções
Banho turco Vestiário
Piscina da Lua Piscina do Sol Rochedo da Gratidão
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4ª Prova
pe
SUMÁRIO
Prólogo 13
A recepção 19A consulta médica 33A academia de ginástica 49O banho turco 65A poção da vontade 83A piscina do Eu 91A piscina do Nós 109A poção do distanciamento 131A piscina da Lua 141A piscina do Sol 155A poção da coragem 179A piscina do Dragão 187A piscina do Ágape 203
Epílogo 227
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4ª Prova
“Onde estiver o princípio, lá estará o fi m.”
Evangelho de São Tomás, 18
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4ª Prova
Era uma vez – e é ainda – uma alma curiosa que vagava pelo espaço infi nito sem encontrar um amor no qual pudesse mergulhar. Estava à deriva nos abismos de um mar de tédio quando sentiu alguma coisa pulsar. Uma luz feita de música. E fi cou extasiada com tanta beleza. Ela disse uma única palavra e mergulhou dentro de você.
Então vocês esqueceram tudo e começaram a viver. Você e sua alma.
E viveram felizes para sempre, prometia a última frase dos contos de fadas. Mas, ao contrário, acabaram numa prisão, e suas barras foram construídas pela dor. Não conseguem mais estar juntos e nem estar separados. Arrastam-se sem nenhum objetivo sob o peso da infelicidade, e em seus pensamentos o futuro se parece com um deserto onde a melancolia prevalece sobre o sonho, e as queixas, sobre a esperança.
Leitora ou leitor, não se angustie. Cedo ou tarde – e mais cedo do que tarde – ouvirá em sonho uma voz de fl auta.
“É a sua alma, e não apareceu por acaso. Se não se apai-xonar por ela, você nunca amará nada.”
“Apaixonar-me por minha alma! Que história é essa?”“Vou lhe dar uma pista. Recomece desde o início...”
Mihael
O protagonista desta história jogou a revista na mesa.“Que baboseira mais sem graça”, disse.Mas guardou na memória o que tinha lido.
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PRÓLOGO
Onde o protagonista recebe um telefonema que gostaria de ter feito e fi ca tão
confuso que se perde no azul.
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I
Arianna era exatamente o tipo de moça por quem poderia se apaixonar. Era melhor dar no pé e sumir antes que fosse tarde demais.
Faltava menos de uma hora para o encontro, e, só de pensar nisso, espirrou. É isso: ligaria para dizer que um res-friado horroroso impedia que seu nariz fosse jantar com ela.
Recuperou um dinheiro que morria de solidão amas-sado no fundo do bolso da calça. Com sua letra de médico, tinha rabiscado um número de telefone na ponta de uma nota, mas quando foi digitar teve uma hesitação fatal, e o aparelho soou nas suas mãos.
– Não vou poder sair com você esta noite... – disse o tipo de moça por quem poderia se apaixonar.
Apaixonou-se.– Soube de alguma coisa sobre a minha pessoa?– Já tinha um compromisso... Tinha esquecido...– Entendo.– Não pode entender, e eu não posso explicar... Tem
outra pessoa no meio...Arianna fez uma pausa mais longa que as outras, du-
rante a qual ele se esqueceu completamente de respirar. – Outro dia... quem sabe.... – Claro, outro dia.– Boa noite, Tomás... Bons sonhos... – e desligou.Tomás fi cou com o fone grudado no ouvido, como
uma pistola descarregada. Enfi ou a nota no fundo do bolso da calça e voltou a espirrar.
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