1º capítulo - Minha Irmã, meu Amor

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I Coração de tinta vermelha

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Livro da romancista norte-americana Joyce Carol Oates.

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ICoração de tinta vermelha

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MINHA IR MÃ, MEU A MOR

SKYLER, ME AJUDE SKYLER, ESTOU TÃO SOZINHA neste lugar, Skyler, estou com tanto medo Está doendo muito, Sky-ler você não vai me deixar sozinha neste lugar terrível, vai Skyler?

Nove anos, dez meses e cinco dias.Essa voz de criança na minha cabeça.

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“SOBR EV IV ENTE”

AS FAMÍLIAS DISFUNCIONAIS SÃO TODAS IGUAIS. IDEM QUANTO aos “sobreviventes”.

Eu. Sou eu o filho “sobrevivente” de uma famigerada família norte-americana, mas é provável que, depois de quase dez anos, você não se lembre de mim: Skyler.

Nome chamativo, não é? Skyler: sky, o que roda pelo céu.Um nome especificamente escolhido por meu pai, que espera-

va grandes feitos de mim, como seu primogênito e seu filho varão.Um nome, acreditava meu pai, Bix Rampike, para destacar seu

portador do meramente corriqueiro.Meu sobrenome, “Rampike”, esse fez as suas pálpebras treme-

rem, não foi? Ram-pike. Dele — a menos que você seja propositalmente obtuso, ou finja estar “acima disso tudo” (isto é, da devastação da Amé-rica dos tabloides), ou tenha uma deficiência mental, ou seja muito, muito jovem — você com certeza já ouviu falar.

Rampike? Aquela família? A garotinha patinadora, aquela que foi...

E quem fez aquilo nunca...Os pais, ou um maníaco sexual, ou...Lá pelos lados de Nova Jersey, anos atrás, já deve ter pelo menos

uma década...Razão por que — finalmente! — eu me fiz começar seja lá o

que isto vier a ser, uma espécie de documento pessoal, um “documento pessoal singular”: não um simples livro de memórias, mas (talvez) uma confissão. (Já que, em alguns círculos, Skyler Rampike é suspeito de homicídio, talvez você pense que tenho muito que confessar, não é?) Como é apropriado, este documento não será cronológico/linear, mas

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seguirá uma trilha de associações livres organizadas por uma lógica interna inabalável (se bem que não detectável): será não literário, des-pretensioso, desconcertantemente tosco/amadorístico, repleto de culpa, adequado ao “sobrevivente” que abandonou sua irmã de seis anos à própria “sorte”, em algum momento da “manhãzinha” de 29 de janeiro de 1997, em nossa casa em Fair Hills, Nova Jersey. Sim, eu sou aquele Rampike.

Irmão mais velho da mais famosa criança de seis anos da his-tória dos Estados Unidos, se não de toda a América do Norte, se não do mundo inteiro, porque, pense bem: quantas crianças de seis anos, meninos ou meninas, americanos ou não, você já ouviu dizer que tenham tamanho “reconhecimento” do nome e do rosto como Bliss Rampike? Quantas têm mais de 500 mil citações na Internet? E quan-tas foram imortalizadas por mais de trezentos sites/home pages/blogs da Web, mantidos por cultuadores fiéis/enlouquecidos? Isto são fatos.

A ironia é que essa celebridade, pela qual os pais de pratica-mente todas as crianças de seis anos do país seriam capazes de morrer, só chegou postumamente para minha irmã.

E quanto a mim, Skyler? Anônimo e esquecível como uma bo-lha de sabão. Está certo, uma bolha de sabão de aparência esquisita. Se você acompanhou o caso de Bliss Rampike, o mais provável é que só tenha vislumbrado o Skyler de passagem. O irmão foi ignorado, na sua pressa de devorar com os olhos, entre cenhos franzidos pudicos e desaprovadores, os documentos excitantes divulgados na Internet, as fotos pirateadas da família Rampike, as fotos da cena do crime e do ne-crotério e os laudos de autópsia, todos ilicitamente adquiridos, além de um suprimento aparentemente inesgotável de vídeos de Bliss Rampike no auge de sua breve mas deslumbrante carreira como a “mais nova” Princesinha do Gelo de Jersey “de todos os tempos”, em 1996, patinan-do para a vitória no rinque cintilante e gelado do Memorial de Guerra de Newark. “Parecia um anjo” em seu traje de patinação morango, todo de cetim e lantejoulas, com um saiote petulante de tule e uma calcinha de renda branca aparecendo por baixo, e lampejos minúscu-los — “purpurina” — no lindo cabelo louro e cacheado, assim como nos olhos úmidos e arregalados de menina; chega a dar um aperto no coração ver aquela criancinha sozinha no gelo, na fria paisagem lunar que cintila sob as lâminas reluzentes dos patins, ah!, aquele salto que provoca um suspiro coletivo na plateia, o giro sobre dois patins, ago-

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ra o giro sobre um só, são manobras complicadas até para campeões de patinação mais velhos, são manobras cronometradas com precisão, nas quais a menor hesitação, tropeço ou estremecimento de dor seriam desastrosos, e, apesar de já ter assistido inúmeras vezes a essa gravação (isto se você tiver a infelicidade de ser eu, Skyler Rampike), você come-ça a sentir aquele proverbial suor frio ao ver a garotinha no gelo, e reza para que ela não escorregue e caia... Mas então aparece a nota de Bliss: 5,9 dos 6 pontos possíveis.

E tudo isso ao som da batida de um rock suave de discoteca da década de 1980, Do What Feels Right.

(HÁ ALGUM IRMÃO OU IRMÃ AÍ QUE TAMBÉM SOFRA DE SCR* entre meus leitores? Se houver, há de se solidarizar com minha necessi-dade incorrigível de repetir, rever e revisar ad nauseam certos episódios do meu passado/do passado de minha irmã.)

NO AUGE FRENÉTICO DA FAMA/INFÂMIA DE MINHA FAMÍLIA, NOS anos aproximados de 1997-1999, você dificilmente deixaria de ver fo-tografias comoventes da patinadorinha-“prodígio” assassinada em sua própria casa, numa comunidade abastada de Nova Jersey, menos de 130 quilômetros a oeste da ponte George Washington. Dificilmente conse-guiria não ver fotografias da menininha com sua família, em especial a favorita da mídia, tirada pouco antes do Natal de 1996, que mostrava os Rampike sentados diante do pinheiro de 3 metros, extravagante-mente decorado, na sala de sua mansão colonial “parcialmente restau-rada” em Fair Hills, Nova Jersey: Bruce Rampike, o “Bix”, espadaúdo e bonitão, que era o pai de Bliss; Betsey Rampike, com uma roupa de arrasar e um sorriso ansioso, a mamãe de Bliss; a pequena Bliss, com um vestido de veludo vermelho debruado de pele (arminho) branca, a faiscante tiara de Princesa do Gelo de Jersey na cabecinha, meias de renda branca, luzidias sapatilhas de verniz preto e aquele famoso sorriso de anjinho meigo e tímido, entre o papai e a mamãe, cada um dos quais

* “Síndrome de Compulsão à Repetição”, patologia autoexplicativa só recentemente reconhecida pela Associação Norte-Americana de Profissionais de Saúde Mental.

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a envolve com firmeza na dobra de um braço;* e, na beirada do retrato de família, numa posição vulnerável que pode ser convenientemente podada da foto, vê-se o irmão mais velho e sem talento, Skyler.

Por “mais velho” eu quero dizer com nove anos em dezembro de 1996. Três anos mais velho do que Bliss.

E agora, espantosamente, sou treze anos mais velho do que era Bliss ao morrer. Skyler, que aconteceu com você? Skyler, que coisa terrível aconteceu com você também?

Acho que não vou descrever minha aparência, ainda não. Um “narrador invisível” me parece uma boa ideia.

Na fotografia dos Rampike en famille no Natal de 1996 — que foi posteriormente impressa como cartão de Natal e viria a ser usada por mamãe como a foto oficial da família Rampike, substituindo uma foto anterior e ultrapassada, tirada antes de minha irmã ser coroada Princesinha do Gelo de Jersey de 1996 —, sou um garoto baixote, com um sorriso tão ansioso que parece ter sido cortado à faca. Em respos-ta à entediante e reiterada ordem do fotógrafo, Sorriam, por favor! De novo, sorriam, por favor!, o garoto baixinho sorri como se seu queixo se tivesse soltado. Acho, sem falsa modéstia — foi o que me disseram —, que eu era “bonitinho”, “adorável”, até “um pequeno cavalheiro”, mas ninguém me chamava de “angelical” e muito menos de “magicamente fotogênico”, como minha irmã, e também não me mostro “fotogênico” nessa imagem. Nada de roupa natalina para mim! Nada de tiara de pra-ta. Deus sabe que camisa amarrotada, gravata de nó pronto com presi-lha e blazer e calças de lã, daqueles que dão coceira, mamãe juntou para eu vestir, depois de passar uma hora de ansiedade maquiando o rosto de Bliss, que precisava de maquiagem para exsudar aquele ar de beleza, fragilidade e inocência de boneca de biscuit pelo qual se tornara conhe-cida, e arrumando o cabelo finíssimo e mole de Bliss numa cascata de cachos, para destacar a tiara, e depois vestindo, despindo e tornando a vesti-la, para não falar nos minutos ainda mais ansiosos que mamãe foi obrigada a gastar consigo mesma, para exalar o ar glamoroso e elegan-

* Se você examinar de perto essa foto tantas vezes baixada na Internet, usando uma lente de aumento e tendo o escrúpulo monomaníaco exigido de um cultuador de Bliss Rampike, verá que Bix Rampike, o “papai”, também está com a mão esquerda em concha sob o pé de Bliss, como que sem querer.

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te, mas calorosamente maternal, que Betsey Rampike desejava.* Feito isso, ela passou uma escova às pressas em meu cabelo, abaixando-se para espiar meus olhos evasivos e implorando em voz baixa: Skyler, por favor, querido, pela mamãe, procure não se contorcer nem fazer essas caretas horrorosas! Procure parecer contente, faça isso pela mamãe, é Natal na casa dos Rampike e o papai está conosco outra vez, e nós queremos que o mundo inteiro veja como nos orgulhamos da Bliss e que família linda e feliz nós somos.

Eu tentei, pela mamãe. Você vai ver com que empenho tentei.Você não diria que eu era aleijado, quer dizer, não numa foto

posada desse jeito, mas nessas fotografias festivas de família, dou a im-pressão de ser aleijado ou deformado, acocorado num canto do enqua-dramento como se estivesse prestes a cair. Você sente um impulso de me espiar de perto, para ver se haveria suportes reveladores nas minhas pernas ou, quem sabe, se eu me encolhia numa cadeira de rodas tama-nho infantil, mas não é o caso.

É claro, eu tinha problemas “físicos”. “Mentais” também. E era “medicado”, quando menino. (E quem não era, em Fair Hills, Nova Jersey?)

Tudo de que você se lembrará sobre Skyler Rampike, presu-mindo-se que tenha alguma lembrança de mim, é uma entrevista no horário nobre da televisão na qual não apareci. Foi a notória entrevista com uma grande celebridade da televisão, B..... W....., que foi ao ar meses depois da morte de minha irmã, numa ocasião em que, seguindo a orientação de seus advogados, meus pais não estavam “disponíveis” para entrevistas com a polícia de Fair Hills. A astuta Sra. W..... cum-primentou Bix e Betsey Rampike, com uma demonstração de calorosa solidariedade por “sua perda trágica”, e, em seguida, passou a confron-tá-los com a “realidade” de que nunca se havia encontrado, no local da morte de minha irmã, nenhuma prova sugestiva de que alguém de

* Nessa fotografia, Betsey Rampike tem apenas 33 anos, porém parece mais velha, não tanto no rosto (que é um rosto rechonchudo de menina de Renoir, com as fa-ces ruborizadas), mas no corpo. Como mamãe confidenciara a Skyler nos primeiros anos, antes que Bliss entrasse na vida deles feito um cometa, ela sempre havia “bata-lhado” com o “problema do peso”. Nessa época, mamãe usava seu cabelo escuro num sedoso estilo “bufante” de penteado, por medo de que sua cabeça fosse vista como “pequena demais” para o corpo. E, quando o cabelo começou a ganhar uns fios gri-salhos, ela o pintou de imediato. Mas isso veio depois.

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fora da família Rampike, um intruso ou “sequestrador”, houvesse ma-tado a filha deles: “Como vocês explicam isso?” Dizem que meus pais reagiram chocados a essa pergunta, porque B..... W..... tinha realmente parecido muito afável, a princípio; e, antes que meu pai se recompusesse para falar, minha mãe sorriu com bravura e disse: “A única coisa que podemos ‘explicar’ é que Deus pôs à prova a nossa fé, e não falharemos nessa prova. Um estranho entrou na nossa vida e levou de nós a nossa querida Bliss — é só isso que sabemos, Sra. W....! Porque eu não assassi-nei a Bliss, e meu marido não assassinou a Bliss, e...” — nesse ponto ela fez uma pausa, formando um vinco fundo e rápido entre as sobrance-lhas e exibindo nas faces um rubor condizente — “nosso filho, Skyler, não assassinou a Bliss”. E B..... W..... exclamou: “O ‘seu filho Skyler’, ora, Sra. Rampike, o menino só tem nove anos!”, e minha mãe retrucou depressa: “Bem, de qualquer modo, ele não a matou.”

MESMO ASSIM, EU A AMAVA. AMAVA OS DOIS. ERA TERRÍVEL. É.*

*

* Buraco negro em que o “memorialista” desesperado parece ter desaparecido por um período inexplicável: aproximadamente 48 horas de paralisia catatônica e amnésia irrecuperável, perdidas para sempre no esquecimento.

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QUEM SOU EU E POR QUE SOU QUEM SOU — I

EU GOSTARIA QUE ESTE FOSSE UM “TEXTO INSPIRADOR” — MAS não é.

Os norte-americanos anseiam por saber como fazer; tudo que posso oferecer é um relato em primeira mão de como não fazer. (Meu título original para este documento era Nem todos sobrevivem: A histó-ria não expurgada de Skyler Rampike. Título alternativo: Entrando pelo cano com Skyler Rampike.) Não se trata de uma edificante história cristã de pecado-sofrimento-esclarecimento-redenção, daquele tipo de reme-moração “contundente”, “emocionante” e “verdadeiramente transfor-madora”, exibida nos programas de entrevistas no torpor feminino e suculento dos fins de tarde na televisão, antes da sobriedade masculina do noticiário noturno.

COISAS NAS QUAIS ACREDITO:pecado (original & derivados)maldade (com as dimensões do Holocausto & a

mesquinha/ordinária/banal)crime/atos criminosos (conforme a definição da lei)“indiferença depravada pela vida humana” (idem)

E acredito em redenção/perdão. Para vocês, se não para mim.A única pessoa cujo perdão poderia me “redimir” terá morrido,

ao chegarmos à meia-noite de hoje, há nove anos, dez meses e dezesseis dias.

Skyler onde você está, Skyler, por favor me ajudeO décimo aniversário da morte de minha irmã se aproxima de-

pressa. O que dá ensejo a este documento. Estou agachado nos trilhos

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do trem enquanto a locomotiva se precipita para mim. Estou olhando para os faróis ofuscantes como se fossem uma visão de Deus, hipnoti-zado/paralisado/incapaz de me mexer.

Skyler, está muito escuro aquiSkyler, não me deixe sozinha aquiSkyler, você quer morrer no meu lugar?E essa é a pergunta crucial, não é? Quer morrer no meu lugar.Pergunte-se, leitor: há alguém por quem você daria a vida? Não

um (mero) transplante de rim, mas um transplante de coração. Para salvar a vida de um ente querido?

ASSINALE AQUI: � Daria a vida sem hesitar por qualquer ente querido � Daria a vida com hesitação por qualquer ente querido � Daria a vida por qualquer ente querido que tivesse o

meu DNA � Daria a vida — talvez — por um ou dois entes queridos

muito especiais que tivessem o meu DNA. � Só daria a vida por um ente querido muito especial que

tivesse o meu DNA � Sinto muito, entes queridos: minha vida é preciosa

demais

(Esta é uma pesquisa confidencial, não se assuste! Basta você assinalar o quadrado apropriado, arrancar a página incriminadora e se desfazer dela, e quem vai saber da verdade preocupante que você des-cobriu a seu respeito?)

(Que estranha atração estou sentindo por terminar prematura-mente este documento: encharcar-me de querosene, riscar um fósforo. Uma morte saneadora, com toques ritualísticos, que é também muito vistosa/excelente material para a televisão sensacionalista.)

(Nós, os Rampike, veteranos do Inferno dos Tabloides, sabe-mos que botões apertar.)

(Não se preocupe, leitor: posso ser um cara egocêntrico, mas não sou um garoto cruel que queira pôr fogo numa casa inteira e incen-diar outras em minha pira fúnebre; com certeza, eu tomaria o cuidado de me “incinerar” ou “imolar” num ambiente ao ar livre. De prefe-rência, num cenário sombrio e romântico ao lado do imprevisível rio

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Raritan, que não fica longe demais para eu capengar até lá.) (Para ser franco, sim, eu preferiria uma flamejante cena de morte numa das mar-gens altas do rio Hudson, que é mais pitoresco, majestoso e assombro-so, sob um céu hibernal sacudido pela tempestade, mas o rio Hudson é longe pra diabo e eu teria que pedir emprestado o carro de alguém.) (Mais prático: atrás de uma residência dilapidada na margem sul do extenso campus da Rutgers há um beco de latas de lixo, de caçambas transbordantes, um carrossel (será que se escreve carroussel?) de lixo como numa misturada de cenas externas de um filme de David Lynch, temperado com um odor pungente de esgotos; e ainda — que mara-vilha! —, a menos de 400 metros de distância, na avenida Livingsto-ne, reluzindo bravamente, paira a cruz de imitação de ouro da Igreja Evangélica Nova Canaã de Cristo Ressuscitado, onde, todas as manhãs de domingo e todas as quartas-feiras à noite, e em outras datas não marcadas, cristãos fervorosos vão cultuar seu Deus esquivo e o Único Filho d’Ele. Esse beco, com a visão sugestiva da cruz de ouro falso de uma insondável seita cristã, que cenário poderia ser mais apropriado para Skyler Rampike se apagar da história, tal como sua irmã Bliss foi apagada, quase dez anos antes?)

SUSPEITO DE LONGA DATA DA MORTE DA IRMÃ IMOLA-SE EM NEW BRUNSWICK. REABRE-SE O CASO

NÃO SOLUCIONADO DE BLISS RAMPIKE DE 1997?