1º Estudo Sobre Indisciplina Em Portugal Com Dados Das Escolas

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    1º Estudo Sobre Indisciplina emPortugal com Dados das Escolas

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    escolas/#tc-comment-title

    DADOS GERAIS DO ANO LETIO !"1#$!"1%

     Total de Participa&'es Disciplinares ( )1*"Universo de 38 Agrupamentos/Escolas (4,4% da totalidade dos Agrupamentos/Escolas nacionais)

    Nº de Alunos com Participa&'es Disciplinares ( #!!)Universo de 34 Agrupamentos/Escolas (3,9% da totalidade dos Agrupamentos/Escolas nacionais)

     Total de +edidas ,orreti-as ( #%%#Universo de 37 Agrupamentos/Escolas (4,25% da totalidade dos Agrupamentos/Escolas nacionais)

    N.mero de Alunos /ue ,umpriram +edidas

    ,orreti-as ( 1%)0

    Universo de 31 Agrupamentos/Escolas (3,5% da totalidade dos Agrupamentos/Escolas nacionais)

     Total de +edidas Sancionatrias ( 1***Universo de 37 Agrupamentos/Escolas (4,25% da totalidade dos Agrupamentos/Escolas nacionais)

    N.mero de Alunos /ue ,umpriram +edidas

    Sancionatrias 2-ulgo suspens3o4 ( 5#0Universo de 31 Agrupamentos/Escolas (3,5% da totalidade dos Agrupamentos/Escolas nacionais)

     

    Para terem uma noção do número de alunos envolvidos, as 38 escolas tinham 55016 alunos no

    referido ano letivo.

    CONCLUS!SAno Letivo 2014-2015

    O número de participações disciplinares (ordem de saída de sala de aula), é claramente elevado, são

    mais de 9000 participações em apenas 4% dos Agrupamentos/Escolas, um universo aproximado de

    50 mil alunos. O que, extrapolando para uma amostragem de 100%, levaria, hipoteticamente, a um

    número superior a 200 mil participações disciplinares num só ano.

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    O ciclo de ensino com mais indisciplina registada foi claramente o 3º ciclo (63%)

    Durante o 1º período foi quando ocorreram mais situações de indisciplina (43%), logo seguido do 2º

    período (40%)

    Foi durante o período da tarde que ocorreram mais situações de indisciplina (38%).

    A grande maioria das escolas da amostragem possui um gabinete disciplinar, apesar de esta não seruma prática generalizada.

    Evolução sobre os últimos 4 anos letivos (2011 a 2015)

    Não existe uma abordagem uniforme de tratamento de dados disciplinares por parte das escolas

    O número de participações disciplinares e número de alunos alvo das mesmas, não apresentou uma

    tendência clara de descida ou subida. Porém, o último ano letivo (2014-2015) foi o ano que

    evidenciou menos registo de ocorrências

    A percentagem de alunos com participações disciplinares, ronda os 7% e subiu em todos os anos da

    amostragem (quem é professor sabe que basta 1 aluno para boicotar uma aula)

    O número de medidas corretivas também tem oscilado, tendo diminuído no último ano letivo.O número de medidas sancionatórias apresentou uma tendência de descida.

    A percentagem de alunos que cumpriu medidas corretivas e sancionatórias foi residual, variando entre

    os 1% e 2%.

    A indisciplina pouco grave foi claramente inferior à indisciplina muito grave

    O que falta fazer?

    Conhecer a dimensão da indisciplina por tipologia, idade e género.

    Verificar se a retenção faz aumentar os índices de indisciplina e vice-versa.

    Comparar os fatores geográficos e níveis socioeconómicos com os índices de indisciplina.Saber se a formação académica dos pais afeta a indisciplina dos alunos.

    Conhecer as dinâmicas de sala de aula que potenciam situações de indisciplina.

    Conhecer a tipologia e regularidade de situações de indisciplina nos recreios escolares.

    Saber se as mudanças ao estatuto do aluno influenciaram as percentagens de medidas aplicadas,

    tanto sancionatórias como corretivas.

    Propostas:

    Criar um sistema de monitorização informática, que recolha os dados disciplinares de todas as escolas

    portuguesas;

    Orientar as escolas de forma a existir uma maior uniformidade na aplicação de medidas disciplinares;

    Desburocratizar o estatuto do aluno, principalmente nas questões disciplinares;

    Incluir na formação de base de futuros docentes e não docentes uma componente teórico-prática de

    gestão/mediação de conflitos;

    Fornecer ao corpo docente e não docente, atualmente no ativo, formação específica sobre como

    gerir/diminuir situações de indisciplina escolar;

    Atribuir um crédito horário às escolas, especificamente para a abertura de Gabinetes Disciplinares

    (equipas multidisciplinares), fundamentais para uma política disciplinar de proximidade;

    Reduzir a carga letiva dos alunos e a dimensão das turmas;

    Responsabilizar de forma efetiva os encarregados de educação, cumprindo com a legislação vigente e

    que define o que é incumprimento por parte dos encarregados de educação.

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