1ºINVENTÁRIO NACIONALDE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

POR VEÍCULOS AUTOMOTORESRODOVIÁRIOS

Disciplina: Gestão da Qualidade do arProf: Mario Vito Comar;

Acadêmicos: Geannylson Martins, Luiz Henrique Oliveira Dos Santos, Mariana Pegoraro & Rodrigo Moraes de Jesus.Curso: Gestão Ambiental. FCBA 6°semestre

UFGD: Universidade Federal da Grande DouradosDourados – MS

2016

1. Introdução

As crescentes taxas de urbanização, a deficiência de políticas públicas de transporte em massa e mesmo os incentivos à produção e consumo de veículos no país têm implicado em um aumento expressivo da motorização individual (automóveis e motocicletas).

Os inventários de emissões de poluentes atmosféricos, em geral, são instrumentos estratégicos de gestão ambiental que estimam as emissões por fontes de poluição especificadas, numa dada área geográfica e num dado período de tempo, permitindo assim orientar medidas mais eficientes de intervenção.

O aumento de veículos automotores, elevou a emissão de gases poluidores na atmosfera , exigindo subsidio do poder publico e da sociedade no:

Planejamento

Implantação

Acompanhamento de políticas

Melhoria da qualidade ambiental

Mitigação das mudanças climáticas.

Objetivos de quaisquer programasvoltados ao melhoramento da qualidade do ar

Identificar e hierarquizar as diferentes fontes contribuintes e as emissões totais; Identificar os principais poluentes emitidos em uma área de interesse; Avaliar os efeitos das medidas de controle sobre as taxas de emissão; Estimar, com auxílio de modelagem, os efeitos das emissões atmosféricas na

qualidade do ar; Identificar medidas potenciais de redução; E determinar tendências de emissões futuras.

PRONAR

A Resolução CONAMA nº 5, de 15 de julho de 1989, criou o Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar (PRONAR) com vistas a:

“permitir o desenvolvimento econômico e social do país de forma ambientalmente segura, pela limitação dos níveis de emissão de poluentes por fontes de poluição atmosférica, com vistas à melhora da qualidade do ar, ao atendimento dos padrões estabelecidos e o não comprometimento da qualidade do ar nas áreas consideradas não degradadas”.

O PRONAR incorporou os seguintes programas:

Programa de Controle da Poluição por Veículos Automotores (PROCONVE), Programa Nacional de Controle da Poluição Industrial (PRONACOP); Programa Nacional de Avaliação da Qualidade do Ar, Programa Nacional de Inventário de Fontes Poluidoras do Ar, e Programas Estaduais de Controle da Poluição do Ar.

1.1. Caracterização das emissões veiculares As emissões de um veículo automotor ocorre pelo escapamento (emissões diretas) ou

evaporativa do combustível, durante o uso e o repouso do veículo. A queima dos combustíveis pelo motor, compreendendo uma série de substâncias como:

Monóxido de carbono (CO) Dióxido de carbono (CO2) Hidrocarbonetos (HC) Aldeídos (RCHO) óxidos de nitrogênio, (NOx) Material particulado (MP).

As emissões evaporativas são constituídas peloshidrocarbonetos (HC)

Emissões diurnas: são as geradas no sistema de combustível com o veículo em repouso.

Perdas em movimento: são as emissões de vapores de combustível que ocorrem enquanto o veículo está em circulação pelo sistema de alimentação.

Emissões evaporativas do veículo em repouso com o motor quente: emissões de vapores de combustível que ocorrem após o uso do veículo.

1.2. Escopo do Inventário

Neste 1º Inventário foram estimadas as emissões atmosféricas por veículos automotores em todo o território nacional.

o Inventário apresenta as emissões desde o ano 1980 até 2009.

foram feitas projeções para o período de 2010 a 2020.

1.2.2. Poluentes inventariados

Material particulado (MP) por automóveis, veículos comerciais leves e motocicletas movidos à gasolina C.

Metano (CH4) por veículos do ciclo Otto:

Dióxido de carbono (CO2) por todas as categorias de veículos.

2. Metodologia para estimar as emissões de escapamento

2.1. EquaçõesAs emissões de escapamento da frota circulante num determinado ano calendário, para cada poluente e ano modelo de veículo, são estimadas a partir da seguinte equação:

Equação para veículos convertidos parao uso de GNV

Equação geral

As emissões dos veículos movidos a GNV são estimadas a partir de uma abordagem top-down, utilizando-se a Equação 2:

2.2. Sistematização dos

procedimentospara estimar as

emissõesA Figura, ilustra a sequência lógica adotada nos procedimentos para estimar as emissões da frota de veículos em circulação para cada ano calendário.

O inventário de emissões veiculares depende de quatro grandes conjuntos de dados: a frota de veículos em circulação, os fatores de emissão de poluentes a intensidade de uso e o consumo de combustível.

Figura- Procedimentos adotados para estimar

as emissões

3. Frota de veículosANFAVEA: Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores

DENATRAN: Departamento Nacional de Trânsito

ABRACICLO: Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletase Similares

MCT: Ministério da Ciência e Tecnologia

SINDIPEÇAS: Sindicato Nacional de Indústria de Componentes para Veículos Automotores

GRÁFICO 1: Curvas de sucateamento para veículos do ciclo Otto

GRÁFICO 2: Curvas de sucateamento para veículos do ciclo Diesel

GRÁFICO 3: Evolução da Frota estimada de veículos por categoria

GRÁFICO 4: Evolução da frota estimada de veículos pesados por categoria

GRÁFICO 5: Evolução da frota estimada de automóveis por ano de fabricação

GRÁFICO 6: Evolução da frota estimada de automóveis por tipo de combustível

GRÁFICO 7: Evolução da frota estimada de veículos leves por tipo de combustível

GRÁFICO 8: Evolução da frota estimada de motocicletas por tipo de combustível

4. Fatores de emissão A PROCONVE disponibiliza anualmente através do CETESB relatórios da

qualidade do ar emitido por veículos e automóveis leves dos ciclos otto, onde são calculados os atores médios de emissão por ano de fabricação.

Antes do veículo sair para uso é feito um ensaio para verificar o quanto de emissão ele esta emitindo, para assim conseguir a aprovação do PROCONVE.

A partir dos dados gerados pelo ensaio juntamente com ano de fabricação e o quanto foi vendido de cada modelo, pode se calcular os fatores médios de emissões que esse veículo vai gerar por ano, desde sua fabricação.

A legislação brasileira estabelece limite para emissões evaporativas provenientes do sistema de alimentação de automóveis e veículos comerciais leves do ciclo Otto, sendo que esses devem ser aprovados conforme o teste descrita na norma ABNT - NBR 11.481.

Apesar da exigência por lei, os resultados obtidos no ensaio da quantidade de emissão evaporativas são muitas vezes fora da realidade em relação a situações com uso do veículo.

Fonte:http://www.aeveja.com.br/interface/downloads/sistema_alimentacao.pdf

Apesar do ensaio de aprovação produzir de certa forma a emissão evaporativa pelo

aquecimento do veículo pelo sol e a evaporação após o veículo ser desligado, não

contempla a emissão que ocorre quando o veículo esta em movimento nem considera

variáveis importantes como a temperatura ambiente e o número de viagens diárias.

Fonte:http://www.inee.org.br/down_loads/eficiencia/WaldyrGallo_UNICAMP.pdf

Outra maneira de medir os gases lançados por técnicas da ABNT são:

A medição do CO2 depende das informações de consumo do combustível, onde é estimado o consumo de combustível por cada categoria de veículo .

Medir as emissões em termos da massa de poluentes gerados pela unidade de trabalho realizado pelo motos, expressas em poluentes g/kwh

Fonte: http://www.portalnco.com.br/noticias/geral/quatro-postos-do-rn-terao-gasolina-sem-imposto-nesta-sexta-preco-vai-ficar-pela-metade/

6. Resultados

6.1. Premissas adotadas para a projeçãodas emissões

Organizados de modo a cobrir diferentes combinações dos dados, e permitir múltiplas análises das emissões inventariadas entre 1980 e 2009, além das emissões projetadas até 2020.

6.2. Emissões de monóxido de carbono (CO)

Emissões de CO por categoria de veículos

• Queda nas emissões de CO de 5,6 milhões de toneladas, para 1,5 milhões de toneladas em 2009.

• PROCONVE e o PROMOT

Quanto às motocicletas, após o pico de emissão observado em 2003, observou-se um declínio desses números com a entrada em vigor das primeiras fases do PROMOT (PROMOT 1 e PROMOT 2), e que se intensificou na terceira fase (PROMOT 3).

Emissões de CO por motocicleta s por fase do PROMOT

PROMOT 1: 2003 - 2005

PROMOT 2: 2006 - 2008

PROMOT 3: 2009, ...

6.3. Emissões de óxidos de nitrogênio (NOx)

Emissões de NOx por categoria de veículos

crescimento bastante significativo das emissões de NOx entre 1985 e 1998, atingindo um pico em torno de 1,2 milhões de toneladas ao final dos anos 1990, devido, principalmente, ao crescimento da frota de veículos do ciclo Diesel anteriores à entrada do PROCONVE

6.4. Emissões de material particulado (MP)

Emissões de MP por categoria de veículos

• 1997 - 69 mil toneladas do poluente

6.5. Emissões de aldeídos (RCHO)

Emissões de RCHO por categoria de veículos

• Na década 1980 a 1990 , 18 mil toneladas RCHO

• Veículos flex fuel a partir de 2003

6.6. Emissões de hidrocarbonetos não-metano(NMHC)

Emissões de NMHC por categoria de veículo

Os resultados do Inventário mostram uma tendência geral de queda das emissões de NMHC desde o início dos anos 1990 até os dias de hoje.

6.7. Emissões de metano (CH4)

Emissões de CH4 por categoria de veículos

a partir do ano 2000, a contribuição de veículos movidos a GNV para o conjunto das emissões vem aumentando significativamente

6.8. Emissões de dióxido de carbono (CO2)

Emissões de CO2 por categoria de veículos

produto da queima dos combustíveis durante o uso dosveículos

7. Recomendações

7.1. Melhoria da qualidade das informações Por constituir um instrumento que, em qualquer tempo, permite entender o estado atual das

emissões e fazer estimativas futuras, os métodos adotados nos inventários exigem a organização de um grande número de informações, ora reduzindo as, combinando-as, ou mesmo selecionando as mais representativas da realidade em um dado momento

Ações para a melhoria da qualidade do ar.Desse modo, são feitas as seguintes recomendações sobre os fatores de emissão: Elaborar estudo que permita conhecer os fatores de emissão de veículos em condições reais de

uso; Levantar fatores de emissão para poluentes não regulamentados: material particulado (MP) para

veículos do ciclo Otto, aldeídos para veículos do ciclo Diesel e motocicletas, metano (CH4) e óxido nitroso (N2O) para todas as categorias de veículos;

•Pesquisar curvas de emissão por acúmulo de rodagem por toda a vida útil de automóveis e veículos comerciais leves do ciclo Otto, não se limitando a 80.000km;

Definir e hierarquizar os principais parâmetros relacionados às condições de manutenção de veículos que possam influenciar os fatores de emissões de poluentes;

Aprimorar informações disponíveis e metodologia de cálculo de emissões evaporativas.

Conclusão

OBRIGADO PELA ATENÇÃO!