1snbu.bvs.br/snbu2000/docs/pt/doc/poster022.doc · Web viewTREINAMENTO DE PESSOAL PARA O USO DE...
Click here to load reader
Transcript of 1snbu.bvs.br/snbu2000/docs/pt/doc/poster022.doc · Web viewTREINAMENTO DE PESSOAL PARA O USO DE...
TREINAMENTO DE PESSOAL PARA O USO DE NOVAS TECNOLOGIAS DE
INFORMAÇÃO EM BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS
Izabel França de Lima E-mail: [email protected]
Mônica de Paiva Santos E-mail: [email protected]
Edilene Galdino dos Santos E-mail: [email protected]
Universidade Federal da Paraíba / Centro de Ciências da Saúde
Biblioteca Setorial de Odontologia e Biblioteca Central
Cidade Universitária - Campus I - João Pessoa - Paraíba - Brasil - 58069-900
RESUMO
Estudou-se mediante levantamento de dados, o treinamento de pessoal para o uso das novas
tecnologias de informação na Seção de Informação e Documentação da Biblioteca Central da
Universidade Federal da Paraíba. Os resultados apontam a inexistência de uma política de
treinamento direcionada para a seção, mostram, que há necessidade do estabelecimento de
um programa de treinamento específico.
1. INTRODUÇÃO
O treinamento de pessoal para o uso de novas tecnologias de informação é de suma
importância para o bom desempenho da biblioteca universitária no papel de organizar e
disseminar a informação, de forma dinâmica e eficaz.
As novas tecnologias de informação estão cada vez mais presentes no dia-a-dia das
bibliotecas, visando atender com rapidez e precisão as necessidades de informação dos
usuários.
As bibliotecas universitárias estão se equipando com novas tecnologias de informação,
como as comunicações em rede, publicações eletrônicas, hipermídia, bases de dados online,
hipertexto, INTERNET e Rede Nacional de Pesquisa (Cunha, 1994 p. 105-122). Todas essas
inovações exigem pessoal qualificado para utilizá-las e, com isso, surge a necessidade de
treinamento voltado especificamente para esse fim. Diante da especificidade destes
equipamentos, um treinamento genérico oferecido pela Superintendência de Recursos
Humanos da UFPB talvez não satisfaça plenamente, haja vista as necessidades específicas da
Biblioteca Central. Assim, faz-se necessário o dimensionamento para o uso das novas
tecnologias de informação que o profissional irá utilizar no atendimento ao usuário dos
serviços de informação do SID (Seção de Informação e Documentação) Biblioteca Central da
Universidade Federal da Paraíba.
2. TEMA
Levantamento e estudo das necessidades de treinamento de Pessoal para uso de Novas
Tecnologias de Informação na Seção de Informação e Documentação da Biblioteca Central da
Universidade Federal da Paraíba.
2
3 - OBJETIVOS
3.1 - OBJETIVO GERAL:
Analisar o treinamento oferecido ao pessoal da Seção de Informação e Documentação
da Biblioteca Central da Universidade Federal da Paraíba para o uso de novas tecnologias de
informação.
3.2 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Identificar as novas tecnologias de informação, equipamentos e os serviços
eletrônicos disponíveis na Seção de Informação e Documentação da Biblioteca
Central da Universidade Federal da Paraíba;
Identificar os treinamentos oferecidos ao pessoal da Seção de Informação e
Documentação da Biblioteca Central da Universidade Federal da Paraíba para o
uso de novas tecnologias de informação;
Conhecer o interesse do pessoal da Seção de Informação e Documentação da
Biblioteca Central da Universidade Federal da Paraíba para o uso de novas
tecnologias de informação.
4 - METODOLOGIA
Foi utilizado neste trabalho a técnica de observação direta intensiva, constando de
observações participativas e entrevistas estruturadas com depoimentos gravados. Participaram
das entrevistas os servidores da Seção de Informação e Documentação da Biblioteca Central
da Universidade Federal da Paraíba (5 bibliotecários e 3 assistentes de biblioteca), os quais
responderam questões acerca de: identificação funcional, as atividades desenvolvidas na
3
seção, novas tecnologias de informação utilizadas, tipos de treinamento recebido e
necessidade de treinamentos mais específicos.
Após a coleta dos dados, iniciou-se a compilação dos mesmos, com o intuito de
proceder-se a uma análise detalhada de cada objetivo específico da pesquisa.
Utilizou-se a análise qualitativa dos dados, apoiado nos estudos apresentados na
revisão bibliográfica, procurando explicar e interpretar cada uma das respostas.
5 - REFERÊNCIAL TEÓRICO
A análise sobre necessidades de treinamento de pessoal no uso de novas tecnologias de
informação gera a necessidade de um estudo conceitual sobre: as teorias de Recursos
Humanos, no tocante ao treinamento de pessoal e as novas tecnologias de informação usadas
em bibliotecas.
Segundo Figueiredo (1995, p.115-122), foram feitas muitas previsões sobre como
seria o futuro das bibliotecas com o advento das novas tecnologias de informação. Conforme
Lancaster, citado por Figueiredo (1995, p.115) um dos autores mais citados na literatura da
Ciência da Informação, hoje constata-se que essas tecnologias estão cada vez mais presentes
nas bibliotecas atuais, sendo usadas para melhor atender às necessidade de informação com
mais rapidez. Neste sentido Marchiori (1997 p. 115-124) afirma que “As modificações
tecnológicas e as recentes concepções de gerenciamento de recursos de informação têm
causado uma quebra no paradigma dos modelos tradicionais de biblioteca”.
Para Rosetto (1997, p. 54-64), um dos obstáculos constantes para o desenvolvimento e
aplicação de novas tecnologias de informação em biblioteca está na falta de recursos humanos
capacitados adequadamente.
Podemos conceituar as novas tecnologias de informações como: equipamentos que
4
desempenham varias tarefas que envolvam como elemento principal, o processamento e a
transmissão eletrônica de informação. A constituição destes equipamentos deu-se a partir da
reunião de recursos da microeletrônica, ciência da computação, telecomunicações, engenharia
de softwares e análises de sistemas ( Yong, 1992, p.78-87).
Tais equipamentos têm como objetivo principal o estabelecimento de condições para a
troca de informações dentro e entre grupos de indivíduos e organizações no contexto de
computadores em rede.
O processo de comunicação através das novas tecnologias de informação dá-se através
de quatro propriedades:
- Velocidade Eletrônica : rapidez na transmissão e recebimento de dados através dos
recursos disponíveis nas redes de computadores;
- Processamento da Informação. : Como os dados são armazenados, é possível
manipula-los. As ações mais comuns são formatação e composição de textos, acesso a
bancos e bases de dados, respostas a mensagens reutilizando o texto de origem e
roteamento de mensagens;
- Interconexão de Redes: a utilização de redes de computadores interconectadas
permite a independência geográfica entre emissor e receptor;
- Comunicação Assíncrona: não há necessidade da presença simultânea de emissor e
de receptor para o estabelecimento de troca de informações; (Araújo, 1998, p. 30-31).
Essas propriedades têm permitido que as novas tecnologias de informação sejam de
grande utilidade para indivíduos e organizações, especialmente as bibliotecas.
Os principais avanços na área de novas tecnologia de informação encontrados na
literatura consultada são: Bancos e Bases de Dados online, hipertexto, publicações
eletrônicas, multimídia, comunicação em redes locais (LAN) e INTERNET.
Para Ramalho (1992, p. 49), no que se refere à biblioteca universitária e às novas
5
tecnologias de informação, é importante que as mesmas se atualizem e alcancem um nível
comparável à tecnologia, será necessário não apenas equipá-las , mas, também oferecer
cursos para o seu pessoal. Não resta dúvida que o acesso a bases de dados tanto nacionais
como internacionais facilitam enormemente o apoio ao ensino e à pesquisa, que é o papel
primordial da biblioteca universitária.
Segundo Cunha (1989, p.49), ao se falar em treinamento para o uso de bases de dados,
deve-se mencionar que a quantidade de cursos oferecidos pelos bancos de dados no Brasil é
mínimo, e além disso, os cursos disponíveis são poucos e a demanda é grande.
Para Chiavenato ( 1994, p. 48), o treinamento de pessoal é um processo educacional
que visa a formação e preparação das pessoas para o melhor desempenho dos seus cargos.
Ainda, Chiavenato (1986, p.290-291), o treinamento envolve um processo composto por
quatro etapas que são:
Levantamento de necessidades de treinamento que envolve um diagnóstico dos
problemas de treinamento, detecta se existe necessidade e em que níveis devem ser feitos
(nível organizacional, dos recursos humanos existente ou de operação e tarefas a serem
realizadas);
Programação de treinamento que visa o planejamento de como atender as necessidades
diagnosticadas, a fim de utilizar a tecnologia institucional mais adequada;
Implementação e execução que envolve a relação instrutor e aprendiz, como também
instrução e aprendizagem, definir qual a melhor metodologia a ser empregada no
treinamento;
Avaliação dos resultados que visa à obtenção de retroação do sistema e pode ser feita nos
três níveis citados anteriormente.
FIGURA 1 - Ciclo do Treinamento
6
Fonte: Chiavenato, 1986, p.291
Para Toledo (1981, p. 121), a importância da manutenção de um programa de
treinamento é muito aceita pelas empresas, pois um bom programa de treinamento, objetiva
mudar comportamentos, ou seja, criar atitudes e comportamentos positivos em relação aos
objetivos organizacionais da empresa e dos indivíduos.
Ao se pensar em treinamento, o primeiro passo é o planejamento, devendo definir
previamente o programa com base na perfeita interpretação das necessidades reais de
treinamento do pessoal ( Fontes, 1980, p. 30).
Negreiros (1978, p.14), afirma que um plano de treinamento caracteriza-se por um
conjunto de ações que visam a implantação, manutenção e avaliação da política de pessoal a
que pertence, por isso, um plano de treinamento para ser eficaz é necessário que possua
diretrizes bem definidas, compatibilizadas com a filosofia da entidade na qual está inserida.
Para implementar um programa de treinamento de pessoal, é importante um
levantamento das necessidades, que consiste em coletar dados e informações que ajudarão na
elaboração do plano de trabalho e na escolha dos cursos a serem oferecidos.
Carvalho & Nascimento ( 1993, p. 155-156), informam que um sistema de
treinamento devidamente bem implantado proporciona inúmeras vantagens para uma
organização, pois possibilita o estudo e análise das necessidades de toda a organização,
podendo definir prioridades, tendo em vista os objetivos específicos da mesma, como também
7
caracterizar os vários tipos e formas de desenvolvimento de pessoal a serem aplicados,
considerando sua viabilidade, custos e outros fatores afins, finalmente, pode elaborar planos
de capacitação profissional a curto, médio e longo prazos, integrando-os às metas globais da
organização.
5 - LEVANTAMENTO ANALÍTICO
A Universidade Federal da Paraíba, anteriormente Universidade da Paraíba, é uma
instituição autárquica de regime especial de ensino, pesquisa e extensão, vinculada ao
Ministério da Educação e do Desporto, com estrutura multi-campi e atuação nas cidades de
João Pessoa, Campina Grande, Areia, Bananeiras, Patos, Sousa e Cajazeiras.
Originou-se da Escola de Agronomia do Nordeste, criada em 1934, na cidade de
Areia, depois veio a criação em 1947 da Faculdade de Ciências Econômicas em João Pessoa
e outras Escolas de Ensino Superior que foram surgindo na década de 50 como: Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras da Paraíba em 1947, a Faculdade de Direito em 1951, a
Faculdade de Medicina também em 1951, a Escola Superior de Engenharia em 1952 a Escola
de Enfermagem em 1953, a Faculdade de odontologia em 1955.
O Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal da Paraíba (SISTEMOTECA) - é
um conjunto de bibliotecas integradas sob os aspectos funcional e operacional, tendo por
objetivo a unidade e harmonia das atividades de coleta, tratamento, armazenagem,
recuperação e disseminação de informações, para apoio aos programas de ensino, pesquisa e
extensão.
O SISTEMOTECA é formado pela Biblioteca Central, em João Pessoa (BC) Campus
I, e as bibliotecas setoriais. São consideradas bibliotecas setoriais as bibliotecas situadas nos
"campi" do interior, assim localizadas: Campina Grande (BSCG) Campus II, Areia ( BSA)
8
Campus III, Bananeiras (BSB) Campus IV, Cajazeiras (BSC) Campus V, Patos (BSP)
Campus VI e Sousa (BSS) Campus VII.
A Biblioteca Central, é o órgão responsável pela coordenação geral das atividades do
SISTEMOTECA. Ela e as bibliotecas setoriais são as depositárias de todos os recursos
documentais existentes na Universidade Federal da Paraíba, não importando a sua localização
ou forma de incorporação patrimonial.
Tem seu funcionamento pautado em recursos financeiros constantes do orçamento da
Universidade Federal da Paraíba no qual consta como uma unidade orçamentaria, devendo
apresentar, anualmente, a proposta de orçamento para o ano seguinte, em data fixada de
acordo com as normas vigentes na UFPB.
Dentro do organograma , a estrutura é formada por três (3) divisões que subdividem-
se em seções como se segue:
Divisão de Serviços ao Usuário ( DSU)
Seção de Referência, Seção de Coleções Especiais, Seção de
Informação e Documentação (SID), Seção de Circulação
Divisão de Desenvolvimento das Coleções (DDC)
Seção de seleção ,Seção de Compras, Seção de Intercâmbio
Divisão de Processos Técnicos (DPT)
Seção de Catalogação e Classificação, Seção de Manutenção do Patrimônio
Documental.
A Seção de Informação e Documentação - SID, é a Seção da Biblioteca que trabalha
com as novas tecnologias de informação, dispondo dos seguintes equipamentos:
No uso das novas tecnologias de informação:
9
5 computadores com CD/ROM, Multimídia ligados à INTERNET
Equipamentos auxiliares:
4 impressoras ( 2 matriciais e 2 jato de tinta) e 1 scanner
O objetivo da Seção é levar a informação ao usuário a nível local, nacional e
internacional, permitindo o acesso rápido e fácil à documentação, orientar na busca de
informações, normalizar e elaborar revisão bibliográfica bem como a comutação
bibliográfica. O SID oferece o acesso aos seguintes serviços eletrônicos de informação:
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia um dos dez
institutos de pesquisa do CNPq, realiza estudos e pesquisas, coordena redes de
informação, oferece e desenvolve produtos e serviços, além de formar e capacitar
profissionais.
COMUT/ IBICTI é um programa que permite a qualquer pessoa solicitar e receber, por
intermédio de uma biblioteca, cópias de artigos publicados em periódicos técnico-
científico ( revistas, jornais, boletins etc.), teses e anais de congressos, existentes nas
melhores bibliotecas do país. Desde fevereiro de 1997, o usuário do COMUT está
contando com um novo serviço: COMUT ONLINE.
BIREME é um centro pertencente à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS),
que, por sua vez, é o escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o
continente americano. Tem por missão contribuir para a melhoria do ensino, pesquisa e
atenção a saúde nos países da América Latina e Caribe mediante o estabelecimento e
coordenação do Sistema Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da
10
Saúde, de modo a atender às necessidades de informação científica da comunidade de
profissionais de saúde.
REDE ANTARES - Posto de serviços que possibilita ao usuário acessar as principais bases
de dados nacionais através da INTERNET, eliminando distâncias e simplificando o acesso
de estudantes, professores, pesquisadores e profissionais das mais diversas áreas, na busca
de fontes eletrônicas de informação. Ela organiza a oferta e estimula a demanda por
informações em ciência e tecnologia, oferecendo serviços especializados no país e no
exterior.
FGV - Fundação Getúlio Vargas é uma instituição privada brasileira, sem fins lucrativos,
que há 50 anos se dedica ao ensino e à pesquisa em ciências sociais, particularmente nos
campos da economia, da administração e da história, possui cinco centros de ensino e
pesquisa uma unidade de ensino em Brasília e, desenvolve programas de treinamento,
pesquisas e consultoria em Manaus e Curitiba através de convênios com os governos
locais.
5.1 - TREINAMENTOS RECEBIDOS :
A Biblioteca Central da Universidade Federal da Paraíba não dispõe de um setor de
treinamento. Os cursos são oferecidos pela Divisão de Seleção e Aperfeiçoamento -
DSA/UFPB, quando se trata de cursos gerais oferecidos a toda universidade. Mas, com
relação aos treinamentos para a execução dos serviços com as novas tecnologias de
informação, os cursos são oferecidos pelos órgãos gerenciadores das bases de dados, como a
11
BIREME, o IBICT, a Rede Antares entre outras, que treinam os bibliotecários para os usos de
suas bases de dados, tanto em CD/ROM, como as bases online. O procedimento padrão é o
seguinte: ao se adquirir a assinatura de um novo serviço de informação, geralmente vem um
técnico dar um treinamento de uma semana no máximo, ou deslocam-se duas bibliotecárias
para fazer o treinamento. Estas por sua vez repassam depois para os demais servidores do
setor. Assim, os recursos humanos treinados seriam multiplicadores das informações
recebidas.
No quadro abaixo pode-se visualizar com propriedade os cursos oferecidos e os
órgãos de execução.
QUADRO 1 – Treinamentos RecebidosCURSOS ÓRGÃO EXECUTOR
Windows/95 e Word 6, DSA / UFPBCurso Básico de INTERNET DSA / UFPBIndexação online BIREMETreinamento para uso de bases de dados/ online BIREMETreinamento para o uso da rede Antares/ online REDE ANTARESTreinamento do COMUT/ online IBICT / COMUTCurso de indexação da BEDENF ( enfermagem) online BIREMEFonte: Pesquisa Direta, 1999
5.2 – ANÁLISE DOS DADOS:
À luz dos resultados obtidos com os dados coletados e confrontados com o referencial
teórico consultado, estabeleceu-se a apresentação analítica das informações que compõe a
pesquisa.
Definiu-se a caracterização do pessoal da Seção de Informação e Documentação da
Biblioteca Central a partir dos dados coletados com perguntas sobre a identificação
12
funcional.
Após estas considerações, apresenta-se em tabelas os dados coletados, bem como, as
análises sobre os mesmos.
TABELA 1 – Nível de EscolaridadeCATEGORIA FUNCIONAL FREQÜÊNCIA %
Superior Completo 5 62,52º Grau completo 2 25,03º Grau incompleto 1 12,5
Total 8 100Fonte: Pesquisa Direta, 1999
Os dados contidos na tabela 1, indicaram que 62,5% dos entrevistados possuem um
grau de escolaridade com formação superior, 12,5% esta cursando o 3º grau, e 25% possuem
o 2º grau completo.
Com esse perfil, pode-se definir o nível de treinamento que deverá ser aplicado.
TABELA 2 – Identificação FuncionalCATEGORIA FUNCIONAL FREQÜÊNCIA %
Bibliotecário 5 62,5Assistente de Biblioteca 3 37,5
Total 8 100Fonte: Pesquisa Direta, 1999
Na tabela 2, constatou-se que os bibliotecários ( profissionais de informação com
formação superior em Biblioteconomia) são maioria na seção. Considerando-se que este dado
seja positivo, no sentido de que estes profissionais têm mais conhecimentos sobre novas
tecnologias de informação e que os mesmos podem constituir-se em multiplicadores de
informação para os assistentes de biblioteca ( recurso humano com formação escolar de nível
médio ou superior e que executa tarefas sob a orientação de bibliotecário).
TABELA 3 – Atividades Desempenhadas na Seção
ATIVIDADES DESEMPENHADASNº DE SERVIDORES POR
ATIVIDADE %
13
Atendimento ao usuário / bases de dados CD/ROM 4 50,0Atendimento ao usuário / bases de dados online 4 50,0Indexação online para abastecer as bases de dados 4 50,0Scanear documentos e enviar por correio eletrônico 1 12,5Orientação à Normalização de Documentos 2 25,0Solicitação de documentação pelo COMUT online 3 37,5Consulta ao CCN pela INTERNET 2 25,0Localizar e enviar documentos solicitados pelas bibliotecas da rede BIREME
2 25,0
Fonte: Pesquisa Direta, 1999
Na tabela 3, foram levantadas as atividades desempenhadas na seção, algumas das
quais por mais de um servidor, observa-se também, que o uso de novas tecnologias de
informação não é o único serviço prestado na seção, mas outras fontes de informação para
pesquisas são usadas, como os CD/ROM e outros.
TABELA 4 - Treinamentos RecebidosCURSOS SERVIDORES TREINADOS %
Windows/95 e Word 7, 8 100Curso Básico de INTERNET 7 87,5Indexação online 4 50,0Treinamento para uso de bases de dados/ online 2 25,0Treinamento para o uso da rede Antares/ online 5 62,5Treinamento do COMUT/ online 2 25,0Curso de indexação da BEDENF online 1 12,5Fonte: Pesquisa Direta, 1999
Na tabela 4, verificou-se que os treinamentos recebidos mais freqüentemente são
específicos para o uso de novas tecnologia de informação, como também que foram
oferecidos por órgãos externos. Ocorre que esses cursos foram, conforme os entrevistados,
rápidos e superficiais, e isso gera dúvidas na prática do dia-a-adia. Após os mesmos, não
houve uma contínua atualização na forma de operacionalizar o uso destas tecnologias, ficando
a cargo de cada servidor da seção individualmente, através de tentativas, encontrar respostas
às suas indagações quanto ao melhor meio de manusear tais tecnologias.
TABELA 5 – Necessidades de TreinamentoACHA NECESSÁRIO FREQÜÊNCIA %
14
Sim 7 87,5Não 1 12,5
Total 8 100Fonte: Pesquisa Direta, 1999
Obteve-se como resultado através de entrevistas realizadas que apenas uma servidora
não considera necessário o treinamento em novas tecnologias de informação para o setor.
A servidora com essa posição, realizou todos os treinamentos já oferecidos ao setor, e
tem participado de eventos e cursos na área de informação. Os demais servidores que tiveram
pouco ou nenhum acesso ao treinamento consideram que devem ser oferecidos mais
treinamentos no uso de novas tecnologias de informação.
Segundo os dados coletados, o pessoal de nível médio, apesar de não terem a
formação superior em biblioteconomia, trabalham com os usuários e necessitam de maiores
conhecimento em novas tecnologias de informação.
TABELA 6 Tipos de Treinamento: TIPOS DE TREINAMENTO FREQÜÊNCIA %
Treinamento de Atualização 4 57,14Treinamento Específico para o Setor 3 42,86
Total 7 100Fonte: Pesquisa Direta, 1999
Na tabela 6, constatou-se que dos 8 (oito) entrevistados, 7 (sete) consideram que existe
a necessidade de treinamento. Deste total 4 (quatro) consideram que deveriam existir cursos
de atualização no uso de novas tecnologias de informação e maior participação em eventos
( congressos, seminários, encontros, workshop e outros), e 3 (três) consideram que tais cursos
devem ser mais práticos, direcionados para os serviços prestados pelo setor, e 1 (um) não
considera necessário novos treinamentos.
Estas considerações sobre a importância do treinamento confirmam estudos citados
anteriormente onde é salientado, que o treinamento no trabalho é a base para melhoria dos
15
resultados das atividades desenvolvidas.
Nesta contextualização, o treinamento é um fator reconhecidamente importante para o
bom desempenho dos serviços prestados pela seção, porém não consta na rotina da mesma, o
que dificulta o atendimento eficiente ao usuário.
7 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
O que se constatou ao fazer o confronto referencial teórico versus prática na Seção de
Informação e Documentação da Biblioteca Central da UFPB, existe falhas no que se refere a
treinamento de pessoal, pois, os princípios administrativos atinentes a treinamento não são
usados.
Primeiro porque a Biblioteca Central não dispõe de um setor de treinamento, isso já
demonstra a ausência de uma política direcionada para o seu pessoal.
Inexiste, igualmente, um levantamento de necessidades, o qual chamamos também de
diagnóstico, esse elemento é de fundamental importância para a definição de problemas, bem
como propicia possíveis alternativas de soluções, é ele que detectará qual o setor carente de
treinamento, além de definir qual o melhor programa e método a serem adotados.
Os cursos disponibilizados são oferecidos por órgãos externos, desconhecedores das
necessidades internas do setor, com o agravante de que não existe uma avaliação dos
treinamentos recebidos, para que se pudesse detectar as falhas existentes nos mesmos.
As novas tecnologias de Informação sofrem mudanças muito rapidamente, e logo os
treinamentos recebidos afiguram-se insuficientes diante dos novos avanços da tecnologia.
É vital para um bom serviço ao usuário, a existência de uma política de treinamento,
traduzida em uma programação constante de atualização e reciclagem, que objetive manter os
servidores bem informados no tocante aos potenciais que os equipamentos e softwares
16
disponíveis no setor podem oferecer no melhoramento e consequentemente na agilização do
trabalho.
A INTERNET é uma fonte de pesquisa importantíssima para o serviço do setor,
entretanto o treinamento oferecido foi bastante elementar, e a mesma não está sendo usada
como deveria, assim sendo, o setor dispõe de uma fonte riquíssima de informação, mas por
ausência de treinamento específico, a mesma não é utilizada na sua totalidade.
8 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
ARAÚJO, E. A. A construção social da informação: prática informacionais no
contexto de organizações não-Governamentais / ONGs brasileira. Brasília, UNB,
1998. p. 30-31. Tese (Doutorado em Ciência da Informação).- UNB
CARVALHO, A.V., NASCIMENTO, L.P. Administração de Recursos Humanos.
São Paulo: Pioneira, 1993. v.1, p.153-232. Cap. 5: treinamento de recursos humanos.
(Biblioteca Pioneira de Administração e Negócios).
CHIAVENATO, I. Recursos Humanos. Ed. Compacta. São Paulo: Atlas, 1986.
p. 286-313. Cap. 12: treinamento e desenvolvimento de pessoal.
______ Recursos humanos na empresa. São Paulo: Atlas, 1991. v.5. p. 23-72,
Cap. 1: treinamento e desenvolvimento de pessoal.
______. Iniciação à administração de pessoal. 2.ed. São Paulo: Makron Books,
1994. p. 47-60. Cap. 4: treinamento de pessoal.
17
CUNHA, M.B. Bases de dados no Brasil: um potencial inexplorado. Ciência da
Informação, Brasília, v.18, n. 1, p. 45-54, jan./jun. 1989.
_______. As tecnologias de informação e a integração das bibliotecas brasileiras.
In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 8. Campi-
nas, 1994. Anais, Campinas: UNICAMP, 1994. p. 105-122.
FIGUEIREDO, N. As novas tecnologias: previsão e realidade. Ciência da
Informação, Brasília, v. 26, n. 2, p. 115-124, maio/ago. 1995.
FONTES, L. B. Manual do Treinamento na Empresa Moderna. 4.ed. São
Paulo: Atlas, 1980. 190p.
MARCHIORI, P.Z. “Ciberteca” ou biblioteca virtual: uma perspectiva de gerencia-
mento de recursos de informação. Ciência da Informação, Brasília, v. 26, n. 2, p. 115-
124, maio/ago. 1997.
NEGREIROS, M. B. Desenvolvimento e Aperfeiçoamento de Recursos Humanos. Porto
Alegre, Teledata. 1978. 127p.
RAMALHO, F.A. Configuração das bibliotecas universitárias do Brasil face às novas
tecnologias da informação. Informação & Sociedade: estudos, João Pessoa, v. 2, n. 1,
p. 38-54, 1992.
18
ROSETTO, M. Os materiais bibliográficos e a gestão da informação: livro eletrô-
nico e biblioteca eletrônica na América Latina e no Caribe. Ciência da Informação,
Brasília, v. 26, n. 1, p. 54-64, jan./abr. 1997.
TOLEDO, F. Administração de Pessoal: desenvolvimento de recursos huma-
nos. 6.ed. São Paulo: Atlas, 1981. P. 121-136. Cap.10: treinamento de
pessoal.
YONG, S. Tecnologias de Informação. Revista de Administração Pública, Rio
de Janeiro,, v. 32, n. 1, p; 78-87, jan./mar. 1992
19