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ÍNDICE
FICHA TÉCNICACIRCUITO VDL DE ARTE E CULTURA
Produção Executiva . José Carlos Pereira de Oliveira . Cura-doria e Direção Artística . Ubiraney de Figueiredo Silva . Pro-jeto Gráfico Divulgação . Michilene Rodrigues . José Carlos Pereira de Oliveira . Projeto Gráfico Livro . Rafael Bastos . Fotografia . José Carlos Pereira de Oliveira . Assessoria de Imprensa . Márcia Francisco . Redação e Revisão . Romeu Arcanjo . Sonorização . S.P.H. Som e Locação de Equipamen-tos Ltda . Técnico de Iluminação . Hallyson Braga . Tradução para o inglês . Isabella Ricci
VDL SIDERURGIA LTDA
Diretores . Jayro Luiz LessaLuiz Gonçalves Lessa JuniorRômulo Eustáquio Gonçalves LessaOrosimar Valentim Fraga
Superintendência:Dirceu Zito Braga Garcia
Controladoria:Anderson Guimarães
SAMA - SANTA MARTA SIDERURGIA LTDA Diretoria Industrial Elisio Queiroz Carneiro
Diretoria Financeira Adriana Karine Martins dos Santos
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06. Apresentação
12. Circuit VDL of Art and Culture
20. Palavra do Curador
40. Julho . Siricotico
72. Outubro . Uma nova vida
16. VDL Siderurgia
24. Maio. La Serva Padrona
56. Agosto . Jungle Jazz
88. Janeiro . Caetanear
14. Um pouco sobre Itabirito
22. Palavra do Produtor
48. Agosto . Muitas histórias para cantar
80. Novembro . Broadway
18. Parceria: Grupo Irmãos Farid
32. Junho . Amanara
64. Setembro . Três em um
96. Fevereiro . Jesus Viva Verão
104. Circuito VDL na mídia
O projeto Circuito VDL de Arte e Cultura é um
Circuito musical consolidado na Região dos In-
confidentes, que desde de 2003 vem evoluindo a
cada edição, conquistando um público cada vez
maior e fiel à sua programação. O Circuito busca
sempre dar oportunidade para estilos musicais
como o erudito, o blues, o jazz e a MPB.
Organizando um calendário anual de concertos
e shows musicais em modalidades diversas, o
Circuito VDL de Arte e Cultura visa o aproveita-
mento da magnífica produção musical mineira,
destacando duos, trios, quartetos e orquestras
de câmara, a fim de oferecer à população da
Região dos Inconfidentes uma oportunidade de
diversificação do conhecimento musical. Além
disso, pretende despertar o olhar artístico a to-
das as camadas da população, de forma a pro-
porcionar a reflexão, a formação intelectual e o
gosto pela cultura.
“Desde que o projeto Circuito VDL de Arte e Cultura começou em 2003, acompanhamos a programação todos os anos. Admiramos a qualidade dos shows. A maioria das apresentações é no estilo que gostamos. São momentos de convivência social, lazer, cultura e oportunidades de conhecermos os artistas de Itabirito e de fora.”
Francisco Pedrosa e Elma Maria Lopes Pedrosa
“(...) OFereCer à POPULAçãO DA reGIãO DOS INCONFIDeNTeS UMA OPOrTUNIDADe De DIVerSIFICAçãO DO CONheCIMeNTO MUSICAL e ArTíSTICO.”
APRESENtAçãOO CIRCUITO
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Os shows acontecem mensalmente, dando se-
quência à iniciativa vitoriosa da VDL Siderurgia
Ltda. que, no ano de 2003, desprendida de bene-
fícios fiscais, fez valer a ansiedade do público por
oferta cultural e cumpriu, de abril a dezembro
daquele ano, uma série de apresentações artísti-
cas em sua área industrial, na Capela de Nossa
Senhora da Conceição de Esperança.
A partir de 2004, na expectativa de ampliar
e oferecer ainda mais condições ao público
que prestigiou enormemente o primeiro ano
do projeto e especialmente para atender os
inúmeros pedidos de “oportunidades” pelos
músicos de todas as frentes da produção mi-
neira, foi pleiteado o reforço do incentivo fis-
cal via Lei Estadual de Incentivo à Cultura para
conseguir manter essa rara iniciativa cultural,
permitindo a parceria do grupo Irmãos Farid
“Frequento o Circuito VDL desde que começou em 2003. tive a oportunidade de participar com o ‘Grupo Dança Flamenca’. O projeto enriqueceu muito a vida cultural de Itabirito tanto na qualidade como na diversificação de estilos musicais. Aguardo a programação todos os anos. Espero que ele nunca acabe.”
Mozar Fidelis
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Ltda., favorecendo a circulação dos espetácu-
los em vários espaços da cidade e facilitando a
divulgação e o acesso do público.
Por esse Circuito já passaram grandes nomes
da música mineira, tais como D. Jandira, Makely
Ka, Ladstom do Nascimento, thelmo Lins, Weber
Lopes, Geraldo Vianna, Ricardo Nazar, Orquestra
de Câmara de Ouro Branco, Orquestra de Câ-
mara e Grupo de Violinos do Sesiminas, Rodica
Blues, Grupo Cachaça com Arnica, Banda trem
Mineiro, Grupo Viola de Folia, Mosaico, Violão e
Cia., Paulo Mourão, Mara do Nascimento, Coral
Copasa, Coral Academia Libre Cantare, Coral Os
Canarinhos de Itabirito, entre tantos outros. São
sete anos de uma iniciativa de sucesso que já so-
mou mais de 80 shows, envolvendo um grande
número de músicos e dando trabalho e renda
para tantos outros profissionais da área musical.
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Com a contrapartida das empresas incentivado-
ras, o projeto tem se desdobrado em produtos,
tais como o registro em DVD de todos os shows
da programação de 2006 e em registro em CD dos
quatro últimos shows da programação de 2008.
Aliando técnica e qualidade, essa iniciativa se tor-
nou um importante canal de divulgação dos artis-
tas que participaram dess as edições.
A sétima edição do Circuito, em 2009, abrangeu
os municipios de Itabirito e Sete Lagoas, sempre
mantendo os objetivos iniciais de ser uma vitrine
para os profissionais do setor musical mineiro e
um canal para ofertar essa produção a um público
diversificado e ansioso pela agenda de eventos.
Os espetáculos aconteceram de maio a novembro
de 2009 e de janeiro a março de 2010, sempre às
20h30, com entrada franca. A produção é assina-
da por José Carlos Pereira de Oliveira e Ubiraney
de Figueiredo Silva.
Itabirito, Minas Gerais – Brasil . 2010
the project Circuit VDL of Art and Culture is a
consolidated musical circuit in the Region of
the Inconfidentes - Itabirito - Minas Gerais -
Brazil, that since 2003 gets improved in each
edition, taking a bigger public in each concert
and faithful to its programming. the circuit
always searchs to give a chance for many
musical styles as erudite music, blues, jazz and
Brazilian popular music - MPB.
It consists in the organization of an annual
calendar of musical concerts in many modalities
aiming the exploitation of the magnificent
mineira musical production, detaching the
duets, triets, quartets and chamber orchestra,
in order to offer to the people of the region a
chance of diversification of the musical and
artistic knowledge.
“(...) OFFer TO The PeOPLe OF The reGION A ChANCe OF DIVerSIFICATION OF The MUSICAL AND ArTISTIC kNOwLeDGe.”
CIRCUIT VDL OF ARtAND CULtURE
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the seventh edition reached two cities of Minas
Gerais, Itabirito and Sete Lagoas. the concerts
happened once a month, from may to november
of 2009, and from january to march of 2010,
always at 20:30pm, with free entrance. the
production is signed by Jose Carlos Pereira de
Oliveira and Ubiraney de Figueiredo Silva.
the Project was approved by the State Law
of Incentive to the Culture of Minas Gerais,
and with the incentive of the companies: VDL
Siderurgia Ltda, SAMA - Santa Marta Siderurgia
Ltda and Irmãos Farid Ltda, and the cultural
support of the Government of Minas Gerais, the
city halls of Itabirito and Sete Lagoas.
Itabirito, Minas Gerais – Brazil . 2010
O município de Itabirito está localizado na
Região Metalúrgica de Minas Gerais, a 55 km
de Belo Horizonte e a 45 km de Ouro Preto.
Fundado em 1706, tinha o nome de Itaubyra do
Rio de Janeiro e, mais tarde, Itabira do Campo. O
nome “Itabirito” (que em tupi-guarani significa
“pedra que risca vermelho”) foi dado em 1923,
com a emancipação política da cidade. Antes
disso, Itabirito era um dos distritos de Vila Rica
(hoje Ouro Preto). As construções históricas do
município atestam a passagem dos tempos:
altares barrocos, construções coloniais, prédios
neoclássicos...
Atualmente, Itabirito possui cerca de 45 mil
habitantes, espalhados pelo distrito-sede e
por outros três distritos: Acuruí, São Gonçalo
do Bação e São Gonçalo do Monte. A economia
itabiritense está atrelada à mineração,
desde o ciclo do ouro ao minério de ferro.
Contudo, a cidade também contribuiu para o
desenvolvimento industrial de Minas Gerais,
sendo inclusive o berço da siderurgia nacional.
Hoje Itabirito possui comércio e indústria em
constante evolução, bem como uma educação
pública de qualidade e baixíssimos índices de
criminalidade e poluição.
Viver em Itabirito é somar atrativos da
modernidade com a qualidade interioranas.
UM POUCOSOBRE ITABIRITO
Fonte: fragmentos extraídos do Portal Itabirito Cultural. Coautora: Márcia Francisco (assessora de imprensa)
Foto: VItto Rocco Melillo
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Considerando a cultura como agente difusor
da paz e da solidariedade, é oportunidade de
geração de emprego e renda, espetáculo que
celebra a existência e os costumes humanos,
além de fonte de desenvolvimento social.
O Circuito VDL de Arte e Cultura em sua sétima
edição em 2009 contabiliza números signifi-
cativos que estimulam a empresa a continuar
trabalhando para a comunidade. Ao longo des-
ses sete anos, o Circuito VDL de Arte e Cultu-
ra contou com um público estimado em 20 mil
espectadores que estiveram presentes nas ci-
dades de Itabirito, Mariana, Congonhas e Sete
Lagoas. houve a participação de 800 profissio-
nais de música em mais de 80 apresentações.
O Circuito VDL de Arte e Cultura é reconhecido
como um dos circuitos culturais mais impor-
tantes do estado de Minas Gerais por trabalhar
com o modelo de parceria intersetorial, ou seja,
uma iniciativa privada trabalhando junto ao go-
verno, por meio da Lei estadual de Incentivo à
Cultura, e com empreendedores culturais.
Dirceu Zito Braga GarciaSuperintendência
Anderson GuimarãesControladoria
A empresa VDL Siderurgia Ltda. não restringe
sua atuação social apenas na geração de em-
prego e no desenvolvimento econômico. Sua vi-
são de negócios ultrapassa esses limites atra-
vés de incentivos a atitudes proativas internas
e externas, como o apoio ao desenvolvimento
sociocultural e de proteção ao meio ambiente.
Suas ações de responsabilidade social interna
atendem em primeiro lugar à saúde, seguran-
ça, acionistas e colaboradores. Já as ações de
responsabilidade social externas extendem-se
ao ambiente de interação com as famílias dos
colaboradores, fornecedores, consumidores,
comunidade, governo e meio ambiente.
Sendo assim, para a VDL Siderurgia e todas as
demais empresas parceiras no apoio ao projeto
Circuito VDL de Arte e Cultura, a comunicação
integrada e eficiente age como instrumento efi-
caz para a troca de informações com as comu-
nidades nas quais estão inseridas.
VDLSIDERURGIA
Dirceu
Anderson
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Farid faleceu em 1972. Seu filho José Farid
Rahme e seus irmãos deram continuidade aos
negócios da família, até que cada irmão optou
em ter seu próprio negócio. José Farid foi uma
pessoa empreendedora, fazendo com que a
empresa crescesse. Hoje a empresa está em
sua terceira geração, tendo como sócios os
irmãos Lu Farid, Faridinho e a Mônica Farid.
Contudo, o empreendedorismo da família não
para. Os irmãos Gustavo e Natália já se mos-
tram capazes de assumir a quarta geração da
empresa.
Hoje as empresas são formadas por super-
mercados, magazine, papelaria, loja de mó-
veis, material de construção e revendedora de
bebidas (distribuidoras Ambev) e o mais novo
empreendimento: a Mais Cor (Distribuidora de
tintas Coral). O Grupo Farid gera mais de 1.000
empregos diretos.
Fazer parte do Circuito VDL é uma honra para
as empresas Irmãos Farid. Proporcionar arte e
cultura de qualidade para a população de Ita-
birito é, para as empresas Irmãos Farid, muito
importante. Mesmo porque, é impossível disso-
ciar a história de Itabirito com a história da Fa-
mília Farid. Economia é um viés para se enten-
der como Itabirito se formou como cidade. Arte
e cultura são outros caminhos para se analisar
a história de um povo. No caso de Itabirito, a
família Farid sempre participou ativamente de
todas as formas de desenvolvimento, seja ele
econômico ou cultural.
A empresa Irmãos Farid Ltda. iniciou seus tra-
balhos em 1932, sendo seus fundadores Farid
Aziz Rahme e sua esposa Maria Farid Rahme,
jovens libaneses, recém-casados. Eles abriram
uma pequena alfaiataria que funcionava próxi-
mo ao antigo cinema de Itabirito.
GRUPOIRMãOS FARID
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Cada vez mais, a atividade cultural se fortalece
como ação transformadora para a sociedade.O
trato, o fato, a sensibilidade e a eficácia dos
produtos culturais oferecidos ao mercado
brasileiro chegam à atualidade, chancelados por
mecenas do fazer cultural, pessoas sensíveis
que atuam pelas empresas Brasil afora, que
acreditam e visualizam a força transformadora
da prática das atividades artísticas.
A sociedade cultural brasileira vem, por força
dessas iniciativas, e através dos incentivos
fiscais do estado e da Federação, formalizando
parcerias com empresas financiadoras
de projetos importantes, abrangentes e,
na maioria das vezes, eficazes em seus
resultados, pois formam artistas, transformam
vidas, enriquecem e colorem o dia a dia de
inúmeras comunidades, valorizam o talento
e a sensibilidade do cidadão comum e abrem
espaço para a profissionalização de tantos que
normalmente não teriam boas oportunidades
em outras frentes. O Circuito VDL de Arte e
Cultura tem sido, em Itabirito, Minas Gerais,
prova desse discurso.
PALAVRA DOCURADOR
A VDL Siderurgia Ltda. tem alavancado o
cenário artístico da cidade. tem deixado a sua
enorme contribuição de cidadania em forma de
oportunidades, valorizando a produção cultural
local, gerado empregos e dando crédito às
ações culturais de nossa gente.
temos tido, ao longo destes sete anos de
existência de nosso projeto, a oportunidade
de vivenciar experiências diferenciadas e
aprendido, a cada edição de nosso Circuito de
Arte, com o talento e a sensibilidade de nossa
comunidade artística.
Muito obrigado a todos que nos incentivam e
vida longa à cultura de Minas Gerais.
Ubiraney de Figueiredo Silva Curadoria e Direção Artística
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O tradicionalíssimo Circuito VDL de Arte
e Cultura chega à sua 7ª edição em 2009.
Reconhecido como um dos mais importantes
do Estado, o circuito é parte do calendário
anual de apresentações artísticas e musicais
de Itabirito e conta com uma programação rica
em diversificação e qualidade.
As atrações deste ano incluíram ópera,
blues, chorinho, MPB, gospel e até dois
espetáculos inéditos na cidade: a ópera “La
Serva Padrona” e o musical “Broadway –
Solos e Duetos”, uma seleção de clássicos
dos musicais novaiorquinos. A suplementação
aprovada pela Secretaria de Estado de Cultura
permitiu estender o projeto até março de 2010,
transferindo a apresentação de dezembro para
janeiro, incluindo o evento “Jesus Viva Verão”
em fevereiro, além do show de encerramento
e lançamento do livro em março. A participação
do público itabiritense e de visitantes mostrou
PALAVRA DOPRODUTOR
José Carlos Pereira de OliveiraProdutor Executivo
que, além de artistas de talento, Minas tem
espectadores apaixonados pela boa música.
O Circuito VDL de Arte e Cultura 2009 contou
com o incentivo das empresas VDL Siderurgia
Ltda., SAMA Santa Marta Siderurgia Ltda. e
Irmãos Farid Ltda., através da Lei Estadual
de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, além
do apoio cultural da Prefeitura Municipal de
Itabirito, Casa de Cultura Maestro Dungas,
Rede Cultural de Itabirito e Prefeitura Municipal
de Sete Lagoas.
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GRUPO DE ÓPERA DRAMMATO
Emoção em cena
As óperas são conhecidas do grande público
somente por meio de filmes ou especiais das
emissoras de televisão educativas. Em Itabirito,
somente por causa do Circuito VDL, essa
realidade é um pouco diferente.
Em dois momentos, com acesso gratuito para
o público, duas óperas se apresentaram no
teatro Municipal da Casa de Cultura Maestro
Dungas: “Don Giovanni”, em 2008, e “La Serva
Padrona”, em 2009. A primeira foi no estilo “em
concerto”. Já a segunda, foi no “estilo clássico”
com figurinos, interpretações, músicos, danças
e muito canto original, ou seja, em italiano, uma
vez que a ópera é do importante Giovanni Battista
Pergolesi (1710-1736), nascido em Jesi, Itália. Uberto, Vespone e Serpina
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Como não podia deixar de ser, por parte do
público, o resultado foi a casa cheia e muita
atenção em cada detalhe.
A ópera conta a história de uma empregada
que se apaixona pelo patrão e prepara várias
armadilhas para conquistá-lo. Daí o nome: “La
Serva Padrona” (A Criada Patroa).
O grupo DrammAto, dirigido pelo maestro Daniel
Souza, apresentou as duas óperas citadas.
Interpretações soberbas que, pelo entusiasmo
dos aplausos, conquistaram o público.
“Ao longo destes sete anos, tenho acompanhado o desenvolvimento do Circuito VDL. O projeto cumpre os seus objetivos: calendário rico culturalmente, apresentações variadas e possibilidade de acesso a todos pela gratuidade. tive a oportunidade de conhecer artistas de fora e de nossa cidade. Mesmo com toda a minha vida dedicada à música, foi no concerto ‘Duo Colonial’ que conheci de perto o Cravo e até pude tocá-lo. Para o público itabiritense, foi dada a oportunidade de conhecer entre tantas apresentações a ‘Camerata Padre Xavier’, as belíssimas adaptações das operas ‘La Serva Padrona’ e ‘Don Giovanni em Concerto’, as emocionantes apresentações de ‘Rodica Blues’ e de nossos artistas no show ‘três em Um’. Desejo que possamos continuar tendo a felicidade de ver, aprender e respirar, através de mais eventos, a riqueza de cultura que tanto precisamos.”
Liz Cândida Bastos - Professora de Piano Muita emoção e arte em cena
O elenco da ópera reunido com os organizadores do
Circuito VDL.
Para a respeitada professora de piano em Itabirito,
Liz Cândida Bastos, as óperas foram oportunidades
únicas para o povo da cidade conhecer parte de
uma manifestação cultural extremamente rica
que, até então, parecia distante.
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FICHA TÉCNICA
Música: Giovanni Battista PergolesiLibretto: Gennaro Antonio FedericoDireção Artística e Musical: Daniel SouzaDireção de Cena e Iluminação: Ana taglianettiPianista Ensaiadora: Fabiane Spósito e Patrícia Valadão
ELENCO
Serpina: Fabíola ProtznerUberto: Eduardo Sant´AnnaVespone: Fernando Bustamante (substituído por Paulo Victor)
ORqUESTRA
Violinos: Johann Ahl (substituído por José Augusto de Almeida) e Luíza Gaspar Viola: Waltson tanakaVioloncelo: Paula Malaquias (substituída por Jayaram Márcio)Cravo: Fabiane Spósito
Casa cheia para ver a ópera.
“São eventos gratuitos com programação de alto nível e produção bem cuidada. É oportunidade de conhecermos vários artistas de fora e de Itabirito. A vinda do Circuito VDL para o centro da cidade deu mais condições de acesso às pessoas, mas quando acontecia na Capela da Usina também era muito charmoso.”
Geraldo José da Silva e Maria Aparecida da Silva Teixeira
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BANDAA REDE
Um show de peso
Showzaço. Essa é a melhor forma de descrever
em uma só palavra o show Amanara, da Banda
A Rede, apresentado na Casa de Cultura, por
meio do Circuito VDL de Arte e Cultura.
Com claras referências do mangue beat, ritmo
consagrado pelo genial Chico Science, o som
da Banda A Rede consegue ser, ao mesmo
Guitarras e violas marcaram o show “Amanara”
“O projeto é uma iniciativa muito importante, levando em consideração todo o processo que é tratado com profissionalismo. Acredito que deve ser difícil manter, em uma cidade pequena, um projeto deste nível, que abranja tantos estilos e propicia uma vivência musical bem diversificada e ao mesmo tempo tão rica. É interessante ressaltar a dualidade entre ser integrante de um espetáculo e público em outros. Para nós, artistas, é importante assistir a apresentações de pessoas gabaritadas e renomadas. Isso nos acrescenta muito. O Circuito VDL é uma oportunidade de ampliação do universo musical para todos, artistas ou não.”
Rogério Francisco da Silva Júnior
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tempo, extremamente dançante e altamente
contemplativo. Entendeu? Pois é! Só vendo
essas feras no palco para entendê-los.
A Rede apresenta suas composições mescladas
às de artistas que vêm se consagrando no
cenário atual da música brasileira, como por
exemplo: Lenine, Cordel de Fogo Encantado,
Nação Zumbi e Pedro Luiz e A Parede. O Grupo
explora em suas canções o som orgânico do
violão aliado ao peso da guitarra, do baixo e
da bateria. A sonoridade da viola caipira e as
batidas dos tambores e pandeiros também
estão presentes nesse trabalho.
A referência dos integrantes da banda A
Rede explica, em parte, a riqueza musical
“O GRUPO EXPLORA EM SUAS CANçõES O SOM ORGâNICO DO VIOLãO ALIADO AO PESO DA GUItARRA, DO BAIXO E DA BAtERIA.”
FICHA TÉCNICA
Daniel Rodrigues – Voz, Violão e ViolaGustavo Rosental – Voz, BaixoHenrique Porfírio – GuitarraFred Abreu – Bateria, Percussão
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apresentada no show da Casa de Cultura. Seus
integrantes são fãs de bandas como Sepultura,
Led Zeppelin e Metallica, além de Chico Burque
e Luiz Gonzaga. Isso sem contar os já artistas
citados anteriormente. Em entrevista ao jornal
Estado de Minas, o vocalista Daniel Rodrigues
explicou a origem do nome “A Rede”. “A escolha
do nome se deu pela sonoridade e pelo sentido
plural da palavra, abrindo a possibilidade de
ousar. A Rede tem vários significados, podendo
ser rede de pesca, elétrica ou de proteção.
Pode ser internet ou mesmo um bom lugar
para descansar. Esses significados acabaram
abrindo uma possibilidade múltipla muito
legal”, disse.
Só por curiosidade: “Amanara” é uma palavra
de origem indígena que significa “dia de chuva”.
“O projeto proporciona oportunidades de assistir a shows que só mesmo por meio de uma iniciativa como essa, comprometida com uma cultura de qualidade, é possível trazer numa cidade pequena. Estilos musicais, que muitas vezes achamos que não teriam público, surpreendentemente lotaram o teatro. Além disso, o Circuito VDL enriqueceu muito a programação da Casa de Cultura, um espaço que deve ser utilizado sempre, pois já conta com um público fiel.”
João Lucas Moreira Braga
Henrique, Daniel, Fred e Gustavo compõem a
banda A Rede
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JULHOSIRICOTICO
25 de julho de 200911º FeSTIVAL De INVerNO De SãO GONçALO DO BAçãOSãO GONçALO DO BAçãO / ITABIrITO / MG
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GRUPO DECHORINHOSIRICOTICO
Frio e boa música
Noite de inverno no charmoso distrito de São
Gonçalo Bação, Itabirito. O frio não atrapalhou,
ao contrário, só contribuiu para que a
apresentação do Grupo de Chorinho Siricotico
ficasse lotada. Com todas as cadeiras ocupadas,
o muro da igreja (como já é de tradição) foi
usado como assento pelos espectadores. Boa
música, São Gonçalo, público interessado: essa
mistura fez daquele momento inesquecível.
O Grupo de chorinho Siricotico aqueceu o público de São Gonçalo do Bação
Rudney, Brau Brau, Marcos e Humberto formam o Siricotico
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Durante a apresentação, os integrantes do
Grupo mostraram seus talentos. Humberto
Junqueira encantou o público com seu violão
de sete cordas. Marcos Frederico fez bonito,
“provando” que domina a arte de tocar seu
bandolim. Brau Brau deu um toque super
dançante com o seu pandeiro e Rudney Carvalho
mostrou que sabe tocar um instrumento
aparentemente difícil de dominar, o cavaquinho.
Sons que harmonicamente somados fizeram o
público aplaudir calorosamente.
Desde 2005, o Circuito VDL de Arte e Cultura
cede uma de suas atrações para abrilhantar
ainda mais o Festival de Inverno de São
“O interessante do Circuito VDL é a continuidade do projeto, nos proporcionando acompanhar a programação, sabendo que ao longo do ano temos todo mês um espetáculo de alto nível para assistir. A partir de 2005, o Circuito VDL está presente com uma das suas atrações na programação do Festival de Inverno de São Gonçalo do Bação. Isso é de suma importância para o enriquecimento da programação do festival, dando oportunidade à população de São Gonçalo e visitantes de conhecer artistas de Itabirito e de outras localidades. O Grupo de teatro de São Gonçalo do Bação já teve a honra de participar do projeto com a peça ‘Derrama Lá Entorna Cá’, que foi muito importante para nós.”
Mauro Antônio de Souza e Marilene Mendonça
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FICHA TÉCNICA
Humberto Junqueira – Violão de sete cordasMarcos Frederico – Bandolim
Brau Brau – PandeiroRudney Carvalho – Cavaquinho
Gonçalo do Bação. Em 2009, essa atração foi o
grupo Grupo de Chorinho Siricotico, de música
instrumental, formado em 2002, em Belo
Horizonte.
O Siricotico foi criado por músicos que têm
interesse na pesquisa da música brasileira
e, desde então, tem contribuído para a
divulgação, ampliação e valorização do choro
especialmente na capital mineira.
Em 2008, o grupo participou do Festival
Sesc Rio, em Nova Friburgo, Petrópolis e
teresópolis. Em dezembro de 2007, o Siricotico
foi convidado pela Prefeitura de Belo Horizonte
para se apresentar na comemoração do 110
º aniversário da capital. No mesmo ano, o
grupo foi finalista do 1º
Festival de Choro da
Casa Gilson (Belém
do Pará) com o choro
autoral “Siricotico”.
No repertório do grupo, clássicos de
Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Noel Rosa,
Waldir Azevedo, Ernesto Nazareth, Chico Mário,
Chiquinha Gonzaga, Garoto e outros, além de
composições próprias. Muita pesquisa e talento
fazem do “Grupo de Chorinho Siricotico” uma
referência em Minas Gerais.
“BOA MúSICA, SãO GONçALO, PúBLICO INtERESSADO: ESSA MIStURA FEZ DAQUELE MOMENtO INESQUECÍVEL.”
“O projeto Circuito VDL é importante para Itabirito e região por proporcionar ao público, além de lazer e cultura, oportunidades das pessoas se encontrarem, motivados pela música, e fortalecerem suas relações de amizade e convivência social. É também uma admirável forma de promoção e intercambio entre os artistas.”
Welington Do Carmo Pinto e Kátia Iglesias
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AGOStOMUITAS
HISTóRIAS PARA CANTAR
15 de agosto de 2009AUDITórIO DO INSTITUTO reGINA PACIS
SeTe LAGOAS / MG
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CORALDOM SILVÉRIO &CORAL OS CANARINHOS
Cantando histórias
Quando se fala em Itabirito tem-se em mente
belas paisagens, festas animadas e (por que
não?) a prata da casa: o Coral Os Canarinhos
de Itabirito. Disciplina, ensaios, tradição e
pesquisa (por parte do maestro Eric Lana)
fazem desse grupo um dos melhores corais de
meninos cantores do País.
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transpondo as barreiras de Itabirito, o Circuito
VDL levou os Canarinhos para se apresentarem,
junto com o Coral Dom Silvério de Sete
Lagoas (sob a regência de Samuel Ferreira),
no auditório do Instituto Regina Pacis, em
Sete Lagoas, Minas Gerais. Como em todos os
shows do Circuito VDL, o público não teve de
pagar pelo ingresso.
O título do concerto “Muitas Histórias para
Cantar” tem a ver com a afinidade entre os dois
corais. Primeira afinidade: O professor maestro
João Lucas Rodrigues (criador do Coral
Dom Silvério) já viveu em Itabirito; segunda:
João Lucas ainda foi o padrinho que indicou
os Canarinhos para que o coral itabiritense
pudesse fazer parte da Federação Nacional
dos Meninos Cantores do Brasil e terceira: da
mesma forma que a maioria dos corais, tanto
os Canarinhos como o Dom Silvério fazem parte
de projetos de inserção social que colaboram
para que o jovem possa ter contado com a arte
e, com isso, ser uma pessoa ainda melhor.
As apresentações mostraram o talento desses dois
corais, aplaudidos de pé. A participação do barítono
Ubiraney Silva enriqueceu ainda mais a noite.
O Coral Os Canarinhos de Itabirito foi fundado
em 1973 pelo saudoso regente, compositor e
arranjador Padre Francisco Xavier. Desde 1976,
o coral é filiado à Federação Internacional
“AS APRESENtAçõES MOStRARAM O tALENtO DESSES DOIS CORAIS, APLAUDIDOS DE PÉ.”
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Pueri Cantores, entidade de meninos cantores
mais respeitada do mundo. Nesses 35 anos de
história, o coral divulgou as “vozes de Minas”
nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro,
Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul,
Pernambuco e Espírito Santo.
A sede dos Canarinhos é em um casarão
construído em 1772, tombado pelo Patrimônio
Histórico Artístico Nacional. Recentemente, o
casarão foi restaurado pelo coral, em parceria com
a iniciativa privada e o poder público municipal.
Na sede, acontecem, além dos ensaios do coral,
aulas de flauta doce, violão, piano, violino, viola,
violoncelo, musicalização, história da música e
técnica vocal.
Por sua vez, o Coral Dom Silvério foi criado em
1963 pelo abnegado trabalho do professor João
Lucas (já citado) com ajuda do Padre Ercílio
Arcanjo da Silva (na época, diretor do Colégio
Diocesano Dom Silvério). Estava criado o Coral
dos Pequeninos Cantores do Colégio Dom
Silvério, com cantores na faixa de 8 a 20 anos.
Depois, o coral passou a se chamar Coral Dom
Silvério. É o primeiro coral a ser formado em
Sete Lagoas. Seus cantores recebem formação
artística, intelectual, moral e religiosa, além de
um programa de assistência social que consiste
em assistência médica, vestuários e alimentação.
FICHA TÉCNICA
Coral Dom Silvério de Sete LagoasRegência – Samuel FerreiraCoral Os Canarinhos de ItabiritoRegência – Eric LanaParticipação Especial – Barítono Ubiraney Silva
Coral Dom Silvério (1), maestros Eric Lana e Samuel Ferreira (2), homenagem ao maestro João Lucas no aniversário de 80 anos de música (3), barítono Ubiraney Figueiredo (4)
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RODICA BLUES
E JULIO BIttENCOURt
JAZZ tRIO
O melhor do Blues
Show de blues em Itabirito com a cantora
norte-americana Rodica Blues? Sim! Itabirito
teve a chance de ver uma apresentação com o
melhor do estilo musical que deu origem ao rock.
A segunda apresentação da cantora na Casa de
Cultura em Itabirito - uma em 2008 e outra em
2009 (ambas por meio do Circuito VDL) - seria
a princípio com os músicos que geralmente
a acompanham: Leandro Ferrari e Fabinho
Gonçalves. Contudo, imprevisto de última hora
(Fabinho, por exemplo, foi tocar na Europa)
fizeram com que Rodica convidasse as feras
Julio Bittencourt Jazz trio para acompanhá-la
no show Jungle Jazz, apresentado em Itabirito. Rodica e Julio Bittencourt Jazz trio: blues de primeira
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O resultado foi muito suingue e um público
super entusiasmado, que lotou o teatro
Municipal.
No show, Rodica apresentou clássicos de
jazz e do blues (estilos musicais que muito
contribuíram e contribuem com a história da
música norte-americana). O repertório fez
homenagens a grandes nomes como Billie
Holiday, Ella Fitzgerald e Sara Vaughan.
Rodica nasceu nos Estados Unidos e teve o
primeiro contato com a música durante sua
infância na cidade de Boston. Radicada no
Brasil há onze anos, a cantora vem fazendo
apresentações em diversos espaços de Minas
Gerais e fora do Estado, junto com renomados
músicos do cenário mineiro e brasileiro, como:
Esdras “Neném” Ferreira, Ivan Corrêa, Sérgio
Silva, Augusto Rennó, Fabinho Gonçalves,
André Campagnani, Leandro Ferrari, Rogério
Delayon e Nestor Lombida. Rodica e Luciano Bittencourt
três momentos do espetáculo, que teve
muita novidade e participação constante
do público
60
Seu trabalho mais recente é o CD do mississipi
ao são Francisco, com canções de sua autoria
e de parceiros, além de canções tradicionais
afro-americanas, chamadas de “spirituals”, a
expressão mais originária de blues. O álbum
conta com participações especiais do cantor e
gaitista Vasco Faé (São Paulo) e dos cantores
titane e Sérgio Pererê, ambos de Minas Gerais.
“Durante vinte anos, estivemos fora em cidades como São Paulo e Salvador onde a oferta de cardápios musicais diversificados é muito grande. O Circuito VDL nos surpreendeu muito por sua excelência na escolha da programação, produção impecável e principalmente na tarefa de levar ao público estilos musicais pouco comuns em cidades pequenas. Um show com a qualidade de Rodica Blues e Julio Bittencourt Jazz trio não se vê em qualquer lugar. Além do entretenimento, o projeto contribui para a cultura local, bem para a formação de público. A qualidade do projeto engrandece e eleva a cultura de qualquer cidade.”
Lúcio Flávio Rodrigues Bastos e Andréa Cavalieri Bastos
FICHA TÉCNICA
Rodica Blues – vozLuciano Bittencourt – GuitarraJulio Bittencourt – BateriaBenjamim “BJ” Bentes – Baixo acústico
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ÁUREO LOPESJOãO BOSCO LEMOSPAULINHO SACRA & DANIEL B
Arte de Itabirito
Quatro talentos musicais de Itabirito apresen-
taram-se em uma só noite durante o Circuito
VDL de Arte e Cultura. Áureo Lopes, João Bos-
co Lemos e a dupla Paulinho Sacra e Daniel B
lançaram seus três CDs durante o show “três
em Um”, na Casa de Cultura Maestro Dungas,
que ficou lotada. Eles já são conhecidos do povo
de Itabirito e mostraram o porquê em apresen-
tações impecáveis.
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Os nomes dos CDs lançados são “Caminho
Musical”, de Paulinho Sacra e Daniel B; “Sem
Comentários”, de João Bosco Lemos (JB
Lemos, nome usado no trabalho) e “Áureo
Lopes”, de Aurinho Lopes (como é conhecido
em Itabirito). A produção dos CDs contou com
o patrocínio da Lei Municipal de Incentivo à
Cultura de Itabirito.
Agora um pouco da trajetória dessas feras.
Áureo Lopes é contrabaixista, guitarrista,
cantor e compositor. tocou com nomes
importantes como Leoni, Ricardo Koctus (Pato
Fu), Patrícia Ahmaral, Laudares, Valéria Braga,
Anna Ly, Milla Conde, Mr. Jones, ângela Evans,
Mariana Belém, Felipe Sabbá e as bandas Aura
Sexy e Moog Magoo, com a qual lançou seu
primeiro CD.
trajetória rica musicalmente também tem
o cantor e violonista João Bosco Lemos. Ele
integrou os grupos musicais the Hots e a
Banda 1.000. Participou de vários festivais da
canção como cantor e compositor. Em 2007,
foi selecionado para o projeto “Mostra de
Música de Itabirito” com o show “4.0”, em que
interpretou composições próprias, como “Por
Amor”, “Ladeira Abaixo”, “Comum de Dois”,
“Felicidade Amiga”, “Cássia” e “Windows”.
Com casa cheia, Paulinho Sacra e Daniel B apresentam seu repertório
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FICHA TÉCNICA
Show Três em UmLançamentos dos CDs:Áureo Lopes – Áureo LopesJoão Bosco Lemos – Sem comentáriosPaulinho Sacra e Daniel B – Caminho Musical
Participação especial:Eric Lana – teclados
A dupla Paulinho Sacra e Daniel B teve início em
1998. Por nove anos, Paulinho participou do Coral
Os Canarinhos. Nos anos seguintes, foi vocalista
de diversas bandas. Fez parte do grupo Avatara,
com o qual percorreu o Brasil realizando shows
em parceria com Belchior. Como integrante do
grupo, lançou sem primeiro CD.
Por sua vez, Daniel B teve sua iniciação musical
aos 12 anos, aprendendo a tocar violão como
autodidata, e logo foi convidado para participar
da Banda Atenas, de Itabirito, para ser vocalista
e guitarrista. Nos anos seguintes, aprimorou
sua técnica em cursos de violão, teoria musical
e arranjo. Por seis anos, formou com seu irmão
a dupla “Serginho Barbosa&Daniel”. Participou
também de apresentações e da gravação do CD
do grupo Avatara.
Aurinho Lopes e João Bosco
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MINISTÉRIO DO LOUVOR & ADORAçãO CHAMADOS PARA FORA
Uma nova vida
Estilo musical que existe há milhares de anos,
mas ficou famoso pelas vozes poderosas dos
negros dos Estados Unidos e também pelo
trabalho desenvolvido em igrejas de todo o
mundo. Essa é a música gospel (em inglês
“Doutrina de Cristo”), canções que servem,
inclusive, para alimentar a alma, com palavras
de conforto e adoração.
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Em Itabirito, um nome importante desse estilo
musical é o Ministério do Louvor e Adoração
Chamados para Fora (da 1ª Igreja Evangélica
Pentecostal de Itabirito), que também
participou do Circuito VDL.
A noite da apresentação do Ministério foi
especial, uma mistura de talento e fé que
superlotou a Casa de Cultura Maestro Dungas.
As participações especiais de Juliana Oliveira e
do Arcanjo do Rap (exemplos de história de vida)
encheram ainda mais de graça a apresentação.
A aceitação, por parte do público, desse estilo
musical no Brasil ultrapassa os limites das
igrejas e hoje existem CDs de música gospel
que estão entre os mais vendidos pela indústria
fonográfica nacional.
“A NOItE DA APRESENtAçãO DO MINIStÉRIO FOI ESPECIAL,
UMA MIStURA DE tALENtO E FÉ QUE SUPERLOtOU A CASA DE
CULtURA MAEStRO DUNGAS.”
Artistas da Adoração Chamados para Fora
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“O que mais acho interessante no Circuito VDL é a programação diversificada dando oportunidade para todos os estilos musicais, como por exemplo: a música regional, gospel e erudita. Profissionalmente, para mim, como técnico de som e luz, tem sido uma fonte de conhecimento, trabalho e renda”.
Halyson Prado Braga
A identificação do público na Casa de Cultura
com as músicas, brilhantemente apresentadas
pelo Ministério do Louvor e Adoração Chamados
para Fora, é uma das provas desse sucesso.
FICHA TÉCNICA
MúSICOS:
Débora Dark – vocalElisangela Avelar – vocalGlísia Antunes – vocalKeila Moreira – vocalKélia Moreira – vocalRonei Braga – vocalAdriano Meirelles – bateriaDouglas Monge – guitarraFernando Aredes – tecladoJonatas Almeida – violãoRonaldo Oliveira – contrabaixoMárcio Martins – sonoplasta
CONVIDADOS ESPECIAIS
Juliana OliveiraArcanjo do Rap
Cantores e plateia afinados
“temos o Circuito VDL como um exemplo de parceria entre governo, iniciativa privada e produtores culturais. Produtores dedicados à causa cultural do município independentemente de retorno pessoal. Esse projeto é também uma vitrine para os artistas, principalmente para os de Itabirito. É essencial para a cultura local. Pena que parte considerável da população ainda não se ligou à programação.”
Aender Dias Lima e Regina Aparecida Barcelos Batista
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MUSICAL BROADWAy SOLOS E DUEtOS
Broadway em Itabirito.
Os musicais da Broadway, em Nova York,
são conhecidos no mundo pela riqueza dos
figurinos e cuidado com a produção musical.
São, originalmente, espetáculos imensos, no
melhor estilo megaprodução norte-americana:
cantores afinadíssimos, orquestras, luzes,
cenários milionários e efeitos especiais de
encher os olhos.
O Núcleo DrammAto selecionou algumas
canções desses famosos musicais, como:
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“A Noviça Rebelde”, “Rei Leão”, “West Side
Story”, “Jeckyll and Hyde” e as apresentou em
Itabirito na Casa de Cultura Maestro Dungas,
por meio do Circuito VDL, durante o espetáculo
“Broadway – Solos e Duetos”.
Em uma noite memorável, a maior parte dos
lugares do teatro municipal foi ocupada. todas
as canções foram adaptadas para a Língua
Portuguesa. Oportunidade para quem quis
conhecer um pouco desses espetáculos (que,
“O projeto é um incentivo cultural e social extremamente importante para a arte em nossa cidade. Além de motivar os artistas locais, o Circuito VDL dá acesso ao conhecimento cultural à população de modo democrático e muito intenso, graças à variedade de temas e apresentações, trazendo, por exemplo, um leve chorinho e brilhantes releituras da obra de Caetano Veloso. Como um dos artistas de Itabirito, gostaria de parabenizar produtores e empresas que tornam esse projeto possível, e agradecer pelo ‘banho de arte’ que, por meio do Circuito VDL, vem tomando conta da cidade. Que Itabirito possa ver muitas e muitas apresentações nestes anos que seguem. Parabéns!”
Paulo Sérgio Guilherme
“HOUVE GENtE DIZENDO QUE SAIU DA CASA DE CULtURA DE ALMA LAVADA.”
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FICHA TÉCNICA
Direção Geral – Ana taglianettiDireção Musical – Daniel SouzaPiano – Fabiane SpósitoElenco – Solistas convidados do Projeto “teatro Musical - Programa de Musicais na UFMG”
no original, são as maiores bilheterias da
história do teatro mundial).
Houve gente dizendo que saiu da Casa de
Cultura de “alma lavada”. Isso porque para a
apresentação foram selecionadas algumas
das mais famosas e românticas canções
dos musicais da Broadway. As canções
interpretadas em português foram de fácil
associação por parte do público com as
originais em inglês.
O elenco do espetáculo “Broadway - Solos e
Duetos” é composto por alunos convidados do
Projeto “teatro Musical - Programa de Musicais
na UFMG”, proposta pioneira em universidades
para estudo de musicais.
A direção geral do espetáculo é da atriz e
cantora Ana taglianetti e a direção musical do
maestro Daniel Souza.
“Há muitas maneiras de se falar em arte e cultura. E dentro de um contexto de manifestação intelectual, podemos citar como exemplo de iniciativa o projeto Circuito VDL de Arte e Cultura, incentivado por empresas preocupadas em difundir e levar ao conhecimento de toda população de Itabirito e demais regiões a importância de um compromisso cultural e artístico. É um projeto que veio para agregar valores para a população, com suas mais ecléticas escolhas musicais dentro de um fundamento da cultura mineira. É um evento envolvente e digno de aplausos.”
Maria Eugenia Dias da Cruz Aponte
Musicais da Broadway em Itabirito. Uma combinação emocionante
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UBIRANEyFIGUEIREDO
Caetaneando
Ubiraney Silva, um mestre na arte de cantar,
interpretando Caetano Veloso, um dos mais
respeitados compositores da história do Brasil.
Essa mistura resultou em um dos shows mais
concorridos pelo público do Circuito VDL de
Arte e Cultura.
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O espetáculo foi realizado no Espaço Ágora,
bairro Esperança, em Itabirito. Show lotado,
com garçons servindo petiscos no melhor
estilo Canecão do Rio de Janeiro. Contudo, a
movimentação do restaurante não atrapalhou
o brilho da apresentação. Ubiraney deu um
verdadeiro show, acompanhado por seletos
músicos: Eric Lana, Rodrigo Bretas, Pedro
Almeida e Carlinhos Pedrosa.
O espetáculo foi não só uma homenagem a
Caetano, mas também uma celebração ao
som de algumas obras-primas da MPB. Esse
foi o segundo show “Caetanear” de Ubiraney. O
primeiro foi em 2002, na Arena do Ita Caminhos
da Liberdade que ficou lotada.
“CAEtANO É UM REVOLUCIONÁRIO.
SUA POESIA NOS tOCA SUtILMENtE (...).”
“Participei da maioria das apresentações do Circuito VDL. Acho muito importante o incentivo das empresas para a cultura de Itabirito. As empresas VDL Siderurgia e Irmãos Farid são exemplos no município por estarem nesse projeto. Acho que muitas outras poderiam participar. tenho percebido que o público é crescente e diversificado.”
Jésus Gomes da Silva
“Além de possibilitar o conhecimento de trabalhos diversificados, há também a preocupação em dar oportunidade a grupos da cidade, fomentando a cultura local. Itabirito é uma cidade rica musicalmente. Por isso, se faz necessária a divulgação de nossos talentos. Este projeto se destaca também por promover a popularização cultural, pois todos os espetáculos são gratuitos.”
Priscila Maciel
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Para Ubiraney, Caetano é um revolucionário.
“Sua poesia toca sutilmente com a arte de
parâmetros próprios, renovando a linguagem
artística, musicando poesias concretas,
poetizando sons de timbres desconexos e
criando a estética musical. Isso mostra a sua
capacidade de nos mostrar as possibilidades
da música provocando verdadeiros curtos-
circuitos sociais”, disse.
Curiosidade: caetanear é como se fosse um
verbo, inventado pela MPB. A intenção é dar
sentido às coisas da vida no melhor estilo
Caetano Veloso. Esse “verbo” ficou ainda mais
famoso por meio da música Sina, de Djavan.
FICHA TÉCNICA
Ubiraney Figueiredo – voz
MúSICOSEric Lana – tecladosRodrigo Bretas – BaixoPedro Almeida – BateriaCarlinhos Pedrosa – Violão e Guitarra
Ubiraney caetaneando
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FEVEREIROJESUSVIVAVERãO
06 de Fevereiro de 2010SeDe SOCIAL DO ITABIreNSe eSPOrTe CLUBeITABIrITO / MG
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JESUSVIVA VERãO
Calor e louvor
Apesar de não estar previsto na programação
inicial do Circuito VDL, o louvor “Jesus Viva
Verão”, cantado por Daniel Chaves e Banda, foi
sucesso absoluto de público.
A apresentação aconteceu no segundo piso da
sede do Itabirense Esporte Clube. As cadeiras
colocadas para acomodar a platéia não foram
suficientes, tamanha a procura pelo louvor.
Calor e louvour. no show “Jesus Viva Verão”
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Daniel Chaves e sua Banda (com músicos e
back vocal impecáveis) comprovaram, mais
uma vez, a força da música gospel. O público
estava vibrante com a apresentação. As canções
tinham força de oração. Para evangélicos ou
não, a sensação era de um encontro com Deus.
Mas esse sucesso não seria tão absoluto se
não fosse pela bela voz de Daniel. Foi uma noite
bastante especial. Os comentários entre os que
assistiram ao louvor eram de que eles estavam
saindo mais leves, com uma sensação de bem-
estar. Afinal, oração, boa música e público
entusiasmado, só podia dar nisso mesmo.
Daniel Chaves é cantor e compositor gospel que
vem desenvolvendo seu trabalho em Itabirito e
demais cidades vizinhas com o intuito de utilizar
a música para expressar as mensagens de Deus.
Segundo Daniel, seu trabalho o permite
vivenciar um pouco do significado de possuir
uma vida a serviço de Deus. “‘Jesus Viva
Verão’ é um evento que vem com o propósito
“As empresas VDL Siderurgia e a Irmãos Farid estão de parabéns por incentivar por tantos anos este projeto que é muito bacana, reconhecido e valorizado por todos. Admiro também o profissionalismo, a organização e a seriedade dos produtores. Adorei a todos os eventos que tive a oportunidade de assistir. Vida longa ao Circuito VDL!”
Hamilton José Modesto (Prego)
“jesus viva verão É UM EVENtO QUE VEM COM O PROPÓSItO DE EXPRESSAR A VIDA DE CRIStO AtRAVÉS DE tODAS AS CORES E ALEGRIAS tÍPICAS DO VERãO.”
A sede social do Itabirense Esporte Clube foi palco da atração de fevereiro
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“Morar em uma cidade onde se respira cultura e ainda ter a possibilidade de participar, como público e músico, de um evento como o Circuito VDL me enche de alegria e orgulho. O projeto ‘movimenta a veia artística local e regional’ com uma delicadeza e profissionalismo difícil de encontrar. É bom saber que temos por perto pessoas que se preocupam em movimentar a cultura, utilizando recursos que estão disponíveis para quem quer promover a arte.”
Rodrigo Bretas Pereira
FICHA TÉCNICA
Daniel Chaves – vozKeila Moreira, Kélia Moreira e Glísia Viana – back vocalsJonatas Almeida – violãoFernando Aredes – tecladosEverton Filipe – guitarraCleiton Meneses – bateriaJúnior Cezar – baixo
de expressar a vida de Cristo através de todas
as cores e alegrias típicas do verão. Fazendo
um convite a todos que procuram por dias
melhores e que anseiam por paz e realizações,
sem máscaras, com o poder de transformar
as escuridões de vida no raiar do sol com toda
sua beleza e luz. A proposta do evento é fazer
perceptível uma das maiores expressões de
Deus que é o amor que Ele tem por todos nós”,
explicou Daniel Chaves.
O Circuito VDL apresenta ao povo de Itabirito
estilos musicais de grande qualidade que
(apesar do sucesso em algum momento da
história ou apesar da grande aceitação de
uma parcela da sociedade) ainda não são tão
comuns nos programas de tVs, na maioria das
rádios comerciais e no dia a dia das pessoas.
Em consequência, o povo de Itabirito, muitas
vezes, conhece muito pouco tais estilos.
Contudo, no caso específico da música gospel,
essa aceitação tem sido cada vez maior. O
sucesso das apresentações no Circuito VDL
comprovam essa realidade.
Daniel Chaves agita no “Jesus Viva Verão”
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CIRCUITO VDLNA MÍDIA
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JORNAL O TEMPO . CIDADES . 23 de maio de 2009
JORNAL ESTADO DE MINAS . CULtURA . 25 de setembro de 2009
JORNAL HOJE EM DIA . CULtURA . 30 de novembro de 2009
Incentivadores:
Apoio Cultural:
CIRCUITO VDL DE ARTE E CULTURA
Proponente e Produtor Executivo: José Carlos Pereira de OliveiraCuradoria e Direção Artística: Ubiraney Figueiredo Silva
Contato:josecarlos@circuitovdldearteecultura.com.brwww.circuitovdldearteecultura.com.br(31)3561-3532 / 9829-5704
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Fae
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