2-02 - Inglês Instrumental

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LIVRO QUE DEFINE OS PRINCIPAIS ASPECTOS DO INGES INSTRUMENTAL.

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  • Ingls Instrumental

    Maria Elisa Knust Silveira

    Solange Coelho Vereza Volume nico

  • Maria Elisa Knust Silveira

    Solange Coelho Vereza

    Volume nico

    Ingls Instrumental

    Apoio:

  • 2009/1 Referncias Bibliogrfi cas e catalogao na fonte, de acordo com as normas da ABNT.

    Copyright 2005, Fundao Cecierj / Consrcio Cederj

    Nenhuma parte deste material poder ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrnico, mecnico, por fotocpia e outros, sem a prvia autorizao, por escrito, da Fundao.

    S587i

    Silveira, Maria Elisa Knust.

    Ingls instrumental. v. nico / Maria Elisa Knust Silveira;

    Solange Coelho Vereza. Rio de Janeiro : Fundao CECIERJ, 2009.

    265p.; 19 x 26,5 cm.

    ISBN: 85-7648-265-7

    1. Lngua inglesa. 2. Ferramentas de leitura. 3. Textos.

    4. Linguagem. 5. Cincia e tecnologia. I.Vereza, Solange

    Coelho. II. Ttulo.

    CDD: 425

    ELABORAO DE CONTEDOMaria Elisa Knust SilveiraSolange Coelho Vereza

    COORDENAO DE DESENVOLVIMENTO INSTRUCIONALCristine Costa Barreto

    DESENVOLVIMENTO INSTRUCIONAL E REVISO Janderson Lemos de souzaJaneth Silveira Pinto

    COORDENAO DE LINGUAGEM Maria Anglica Alves

    EDITORATereza Queiroz

    COORDENAO EDITORIALJane Castellani

    COPIDESQUEJos Meyohas

    REVISO TIPOGRFICAPatrcia Paula

    COORDENAO DE PRODUOJorge Moura

    PROGRAMAO VISUALKaty de AndradeMarcelo Silva Carneiro

    ILUSTRAOFabiana Mattos da RochaManoel Magalhes Moreira

    CAPAFabiana Mattos da Rocha

    PRODUO GRFICAAndra Dias FiesFbio Rapello Alencar

    Fundao Cecierj / Consrcio CederjRua Visconde de Niteri, 1364 Mangueira Rio de Janeiro, RJ CEP 20943-001

    Tel.: (21) 2334-1569 Fax: (21) 2568-0725

    PresidenteMasako Oya Masuda

    Vice-presidenteMirian Crapez

    Coordenao do Curso de Tecnologia de Sistemas de ComputaoUFF - Anna Dolejsi Santos

    UFRJ - Edmundo Albuquerque Souza e Silva

    Departamento de Produo

    Material Didtico

  • Governo do Estado do Rio de Janeiro

    Secretrio de Estado de Cincia e Tecnologia

    Governador

    Alexandre Cardoso

    Srgio Cabral Filho

    Universidades ConsorciadasUENF - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE DARCY RIBEIROReitor: Almy Junior Cordeiro de Carvalho

    UERJ - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIROReitor: Ricardo Vieiralves

    UNIRIO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIROReitora: Malvina Tania Tuttman

    UFRRJ - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIROReitor: Ricardo Motta Miranda

    UFRJ - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIROReitor: Alosio Teixeira

    UFF - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSEReitor: Roberto de Souza Salles

  • Aula 1 Introduo ao curso ____________________________________ 7 Maria Elisa Knust Silveira

    Aula 2 Estratgias: ferramentas de leitura ________________________ 23 Solange Coelho Vereza

    Aula 3 Tipos de texto _______________________________________ 43 Solange Coelho Vereza

    Aula 4 A linguagem: poderosa ferramenta humana _________________ 57 Maria Elisa Knust Silveira

    Aula 5 O grupo nominal em ingls _____________________________ 75 Maria Elisa Knust Silveira

    Aula 6 Na Terra e no espao __________________________________ 89 Solange Coelho Vereza

    Aula 7 Prefi xos e sufi xos____________________________________ 103 Maria Elisa Knust Silveira

    Aula 8 Computing ________________________________________ 125 Solange Coelho Vereza

    Aula 9 Texto e referncia____________________________________ 143 Maria Elisa Knust Silveira

    Aula 10 Cincia e sociedade_________________________________ 159 Solange Coelho Vereza

    Aula 11 O mundo da propaganda_____________________________ 177 Solange Coelho Vereza

    Aula 12 Cincia e tecnologia ________________________________ 191 Maria Elisa Knust Silveira

    Aula 13 Organizao textual: problemas e solues _______________ 207 Maria Elisa Knust Silveira

    Aula 14 Conectando idias__________________________________ 223 Solange Coelho Vereza

    Aula 15 Computador e sociedade_____________________________ 239 Maria Elisa Knust Silveira

    Referncias ___________________________________________ 263

    Ingls Instrumental

    SUMRIO

    Volume nico

  • .

  • 1AULAIntroduo ao curso

  • Ingls Instrumental | Introduo ao curso

    8 CEDERJ CEDERJ 9

    INTRODUO A Aula 1 uma aula introdutria. Provavelmente voc vai estranhar o fato de

    que as primeiras aulas de nosso curso no entraro diretamente no ensino

    de ingls, como voc deve estar esperando. No entanto, acreditamos que

    seja importante compartilharmos as informaes necessrias, para que voc

    possa acompanhar com facilidade as aulas desta disciplina. Portanto, no deixe

    de estud-las.

    OBJETIVOS DO CURSO: O QU? PARA QU? POR QU?

    com grande prazer que lhe damos as boas-vindas. Parabns por

    ter chegado at aqui! Imaginamos os obstculos enfrentados e todos os

    sacrifcios empreendidos para ingressar em uma universidade. Mas voc

    venceu e, agora, queremos ajud-lo a continuar vencendo.

    Nesta primeira aula, vamos conversar um pouco sobre o curso

    que voc est iniciando. Esta conversa tem por objetivo passar as

    informaes que consideramos importantes a respeito da disciplina

    Ingls Instrumental.

    importante que voc nos acompanhe nessa jornada, a fim de

    entender aspectos e detalhes deste curso que, temos certeza, poder

    ajud-lo a enfrentar melhor os desafios da vida acadmica.

    O QUE INGLS INSTRUMENTAL?

    Voc deve estar se perguntando que negcio

    esse de Ingls Instrumental. No fique constrangido!

    Naturalmente, no o nico a ficar intrigado.

    O ensino de Ingls Instrumental foi introduzido

    no Brasil em 1983, por meio do trabalho pioneiro da

    Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo (PUC-

    SP). Devido a sua boa aceitao, foi, aos poucos,

    sendo difundido e adotado por outras universidades

    brasileiras e escolas tcnicas. Atualmente, a

    maioria das universidades federais e estaduais,

    vrias universidades privadas e escolas tcnicas

    oferecem cursos de ingls para fins acadmicos,

    mais conhecidos como Ingls Instrumental. Viu?

    A coisa no to complicada assim.

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  • Ingls Instrumental | Introduo ao curso

    8 CEDERJ CEDERJ 9

    E POR QUE BASEAR-SE EM LEITURA?

    O Ingls Instrumental

    prioriza a habilidade da

    leitura porque essa prtica em

    ingls atende s necessidades

    de alunos universitrios. Por

    qu? Porque tem o objetivo

    de capacit-los a ler e entender

    textos cientficos e acadmicos

    em sua trajetria universitria.

    Voc vai compreender melhor

    a importncia desta disciplina,

    pois logo sentir a necessidade de ler textos escritos em ingls sobre

    assuntos importantes nas reas acadmicas.

    Quando precisamos nos aprofundar em um assunto acadmico,

    no podemos pesquis-lo apenas em um livro ou texto. Devemos faz-lo

    consultando vrias fontes, e muitas delas podem estar em outro

    idioma, por exemplo em ingls, que se tornou uma lngua universal,

    na qual diversos assuntos do mundo atual so discutidos, pesquisados

    e estudados.

    Independentemente de nossa vontade, isso uma realidade que

    no pode ser ignorada. Em vez de discutir se isto deveria ou no ser dessa

    forma, que um absurdo ter de saber uma outra lngua para ter mais e

    melhores oportunidades, que ningum deveria ser forado a aprender um

    outro idioma etc. voc tem toda a razo em pensar assim , melhor

    deixar essas questes polmicas de lado e usar o ingls como um aliado.

    E ns estamos aqui para ajud-lo nessa empreitada.

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  • Ingls Instrumental | Introduo ao curso

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    O INGLS NO MUNDO

    No possvel ignorar a

    importncia da lngua inglesa

    no mundo atual. Esse idioma

    est presente em nomes de lojas,

    restaurantes, produtos alimentcios

    e de higiene... Claro que h

    exageros: o ingls aparece, muitas

    vezes, em camisetas que o indivduo

    usa sem saber o que aqueles termos

    significam (em alguns casos, se ele

    entendesse o que est escrito na

    camiseta, levaria um susto!).

    O ingls tornou-se o

    que chamamos LNGUA GLOBAL.

    Para entender melhor o que

    isso representa, suponha

    que um japons tenha escrito

    um texto superinteressante

    sobre Informtica, divulgando

    uma descoberta relevante

    nessa rea. (Lembre-se de que

    a tecnologia de nosso sculo

    permite a divulgao rpida e

    eficiente do conhecimento, em

    escala mundial, por meio da

    internet e dos inmeros meios de comunicao.) Se ele tivesse escrito

    s em japons, a leitura se restringiria somente queles que dominam o

    idioma, que, convenhamos, no seriam muitos. No entanto, por se tratar

    de um assunto relevante para indivduos de diferentes nacionalidades, e

    porque a grande maioria das pessoas no fala japons, importante que

    seja escrito num idioma acessvel a um nmero maior de pessoas.

    Lngua global isso. um idioma que facilita a comunicao

    (falada ou escrita) entre pessoas com diferentes lnguas maternas.

    O portugus, por exemplo, a nossa lngua materna.

    Em poucas palavras, quando uma LNGUA reconhecida internacionalmente como cdigo de comunicao entre pessoas que falam idiomas diferentes, ela considerada GLOBAL.

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  • Ingls Instrumental | Introduo ao curso

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    Voc sabia que cerca de 1

    da populao mundial fluente em

    ingls? Nenhuma outra lngua atingiu

    esse patamar, nem mesmo o chins,

    que falado por mais de um bilho

    de pessoas. No d para esconder

    esses nmeros debaixo do tapete

    ou ignorar que o ingls se tornou uma

    ferramenta importante no mundo de

    hoje, ou seja, uma lngua franca,

    como tambm chamado. Da a

    febre atual para aprender a lngua

    dos gringos!

    E no novidade para ningum que o ingls a lngua da

    Informtica. O jargo dessa rea, ou seja, o informatiqus, a

    linguagem usada no universo da computao, j foi incorporado ao nosso

    idioma, com emprstimos muito bem-vindos. Vira e mexe, quem usa o

    computador ou acessa a internet escuta ou fala coisas como deletar

    (do ingls delete, que significa apagar), fazer um upgrade (do ingls

    upgrade, cuja acepo aumentar a capacidade), salvar (do ingls save,

    isto , salvar) e at printar (do ingls print, que significa imprimir).

    (Este ltimo exemplo certamente um exagero!)

    Tudo isso tomamos emprestado da linguagem da Informtica,

    pautada no ingls, e adaptamos para o portugus. E claro que no

    s na Informtica que se percebe essa tendncia; esse um fato que no

    podemos mais ignorar.

    Hello!

    Hi!

    How are you?

    Fine!

    Good bye.

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    claro que temos, em portugus, palavras que substituem

    plenamente as do ingls, mas a fora da lngua global indiscutvel,

    e seu vocabulrio se incorpora nossa linguagem do dia-a-dia. Esse

    um fenmeno lingstico normal (todas as lnguas evoluem e sofrem

    influncias de outras lnguas), mas muitos dizem que isso ocorre por

    esnobismo, pois d status. Ser?

    Voc sabia que cerca

    de 60% das publicaes de

    pesquisa no mundo so

    escritas em ingls? isso a.

    Voc no vai poder ficar

    margem. Vai ter de se virar

    para conhecer e aprender a

    ler nessa lngua. Podemos

    garantir que isso facilitar

    sua vida universitria.

    O QUE FACILITA O APRENDIZADO DE INGLS?

    Nem sempre a experincia de aprender a lngua inglesa

    semelhante a uma histria de amor com final feliz. Mas estudar ingls

    pode ser uma aventura prazerosa.

    Vrias coisas ajudam a aprender esse idioma. Primeiro, trata-se

    de uma lngua alfabtica, como o portugus. O que uma lngua

    alfabtica? aquela que usa um sistema de sinais grficos e sonoros

    correspondentes s letras do alfabeto. Isso facilita? Claro! A lngua

    que os coreanos falam, por exemplo, no alfabtica. O idioma deles

    utiliza um outro sistema de sinais grficos e sonoros. Ento, para um

    coreano, aprender ingls fica

    bem mais difcil, porque ele

    tambm ter de aprender

    o alfabeto. Em nosso caso,

    tiramos de letra, porque

    j conhecemos e usamos o

    alfabeto em nosso idioma, que

    no deixa de ser uma vantagem

    para ns, brasileiros.

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  • Ingls Instrumental | Introduo ao curso

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    E tem mais: voc sabia que, no ingls, cerca de 60% de palavras

    so de origem latina? E qual a importncia disso? As palavras de origem

    latina se parecem com as do portugus e, por isso, so palavras que ns,

    que falamos uma lngua de origem latina, podemos facilmente identifi car.

    Exemplos? H milhares! Introduction, presentation, process, project,

    university, family, qualifi cation, information, technology, economy,

    example, progress, biography. Temos certeza de que voc sabe o

    signifi cado de todas essas palavras. Isso acontece porque elas so muito

    parecidas com as palavras que usamos em portugus, inclusive no seu

    signifi cado. Ento, ns j conhecemos, mesmo sem ter estudado muito,

    algumas centenas de palavras em ingls. Incrvel, no?

    1. Para ilustrar o que estamos dizendo, gostaramos de propor uma brincadeira. Por pura curiosidade, selecione, mais frente, um texto que esteja todo escrito em ingls. Vamos l! Sublinhe as palavras que so parecidas com as que temos em portugus. Podemos garantir que voc encontrar inmeros vocbulos que se parecem com palavras em portugus. Tente com outro texto. Ento, no deve ser to difcil assim ler em ingls, no mesmo?______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    RESPOSTA COMENTADA

    Sugerimos que voc consulte o dicionrio e observe se o signifi cado

    das palavras que voc selecionou o mesmo em portugus. Se for,

    a palavra cognata, pois palavras cognatas so aquelas que tm o

    mesmo sentido em duas (ou mais) lnguas.

    ATIVIDADE

    As palavras que facilitam tanto a leitura em ingls quanto em

    portugus so chamadas palavras COGNATAS ou TRANSPARENTES. Pense

    sempre nelas, quando comear a ler um texto em ingls. Elas vo ajudar,

    e muito. E vai dar aquela sensao reconfortante ao pensar: Epa, tem

    muita coisa nesse texto que eu j sei!

    Outra vantagem: o ingls, como o portugus, uma lngua SVO.

    Calma! J vamos explicar. SVO sujeito, verbo e objeto. O ingls e o

    portugus funcionam conforme o que chamamos padro SVO. As frases

    so construdas seguindo a mesma estrutura: sujeito, verbo e objeto ou

    complemento. Por exemplo: Vov viu a uva. Vov o sujeito, viu, o

    Palavras COGNATAS ou TRANSPARENTES so

    aquelas cuja grafi a se assemelha de

    outras palavras em outra lngua e que

    preservam o mesmo sentido em ambos

    os idiomas.Exemplo:

    observation (em ingls e francs); observao (em

    portugus).

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    verbo, e a uva, o objeto ou complemento da frase. Ou: The computer is on

    the table. (O computador est sobre a mesa.) Em ingls, segue-se o mesmo

    padro. The computer, sujeito; is, verbo, e on the table, complemento.

    OS PROBLEMAS NO APRENDIZADO DE INGLS

    A estrutura da lngua inglesa, como a de qualquer outro idioma,

    complexa. Mas, se pensarmos que o padro SVO vlido para as

    duas lnguas ingls e portugus , quando comearmos a leitura de

    qualquer texto em ingls poderemos acionar esse nosso conhecimento de

    organizao de frase da nossa lngua, e, assim, enfrentar a leitura com

    mais confiana. isso a! Pode ter certeza: voc j sabe muita coisa em

    ingls. Ento, coragem. No se sinta ameaado nem inferiorizado quando

    tiver de ler um texto em ingls. Lembre-se de todas essas vantagens a seu

    favor e pense: Calma, eu j conheo alguns vocbulos nesse idioma.

    SER OU NO SER, EIS A QUESTO. MITOS E VERDADES NO REINO DO IDIOMA ESTRANGEIRO

    H muita coisa certa e errada quando o assunto aprender uma

    lngua estrangeira. Ao longo dos anos foram sendo criados muitos

    mitos, uns falsos, outros nem tanto, para explicar as tentativas, s

    vezes frustradas, de aprender um outro idioma. Discutiremos a seguir

    alguns desses mitos.

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  • Ingls Instrumental | Introduo ao curso

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    GRAMTICA IMPORTANTE?

    Muita gente acha que para

    aprender uma lngua preciso

    dominar a gramtica daquele

    idioma. Outras acreditam que

    justamente o contrrio: que

    a gramtica no interessa,

    no importante. H alguns,

    inclusive, que acham que estudar

    a gramtica de uma lngua

    muito entediante. Deus me livre

    de gramtica! Principalmente

    aqueles que esto interessados

    apenas em aprender a falar uma

    lngua estrangeira acham que a gramtica absolutamente dispensvel.

    E at atrapalha, acreditam alguns. Mas a questo no bem assim. Nem

    tanto ao mar, nem tanto terra.

    bom lembrar que uma lngua um sistema, como um computador.

    Para fazer um sistema funcionar, necessrio que se observem regras e

    cdigos. Seno, no tem jeito. Ou a coisa no funciona, ou, na melhor

    das hipteses, funciona mal.

    O funcionamento de toda lngua est vinculado a um cdigo com

    regras determinadas. Esse cdigo a gramtica. Ela determina como a

    lngua deve ser usada. Sem a gramtica, a comunicao e a leitura se

    tornariam impossveis. Cada um criaria as suas prprias regras para o

    uso da lngua, e ningum se entenderia, porque seria necessrio conhecer

    todos os cdigos criados por cada pessoa, em situaes diferentes e

    pocas distintas. Uma tremenda TORRE DE BABEL! A gramtica pode sofrer

    alteraes ao longo da histria da lngua, mas essas alteraes so lentas.

    A gramtica do portugus que usamos hoje a mesma h muitos anos.

    Mas sempre haver regras a seguir e a observar quando o assunto o

    uso de uma lngua. No d para fugir a isso. Poderamos reclamar da

    falta de liberdade, mas justamente por essa qualidade que a lngua se

    tornou um instrumento que pode ser usado por milhares de pessoas para

    se comunicar. Esta uma prova da importncia da gramtica.

    A palavra Babel, do aramaico Babilu

    (Porto de Deus), refere-se ao local

    que os gregos denominavam

    Babilnia, onde se supe ter sido

    construda a TORRE DE BABEL original.

    Em hebraico, bilbel significa

    confuso, provavelmente

    referente s intransponveis

    barreiras lingsticas entre

    as equipes de construtores da

    torre que pretendia atingir o cu.

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    O modo de estudar gramtica que mudou atualmente. Hoje em

    dia, no se acredita mais, por exemplo, que para se aprender os tempos

    verbais em ingls preciso decorar todas as conjugaes, recitando-as

    cem vezes at memoriz-las. No se pode ter uma atitude defensiva em

    relao gramtica; ela uma aliada, no uma inimiga.

    POSSVEL APRENDER INGLS EM SEIS MESES?

    Apesar das propagandas enganosas que garantem que voc pode

    aprender ingls em seis meses, praticamente impossvel aprender uma

    lngua num curto perodo de tempo. H quem aposte, inclusive, que voc

    capaz de aprender ingls dormindo. Isso no possvel, acredite.

    claro que, se voc tiver a oportunidade de ir morar num pas em

    que o ingls seja a lngua oficial, isto , o principal cdigo de comunicao

    entre as pessoas (como na Inglaterra, na Austrlia, na maior parte dos

    Estados Unidos, em parte do Canad, em alguns pases da frica etc.), a

    possibilidade de aprender a lngua com maior rapidez ser, naturalmente,

    facilitada porque voc estar sendo bombardeado por todos os lados

    pelo idioma. Para cada lado que voc virar haver um estmulo visual

    e/ou sonoro que o levar a compreender e a utilizar a lngua. E, nesse

    caso, h uma grande chance de, em seis meses, voc adquirir uma gama

    considervel de vocabulrio e conhecimento de como a lngua funciona,

    o que no ocorreria se estivesse estudando ingls aqui no Brasil. Ento,

    a frmula mgica para aprender ingls (ou qualquer outra lngua) em

    seis meses nada mais que uma bem formulada mentira.

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  • Ingls Instrumental | Introduo ao curso

    16 CEDERJ CEDERJ 17

    PARA APRENDER A LER TEXTOS DE INFORMTICA PRECISO LER SOMENTE TEXTOS DESSA REA?

    Isso tambm no verdade. A variedade de leitura uma coisa

    benfica. Existe um grande nmero de palavras como conjunes,

    preposies, verbos, pronomes que vo aparecer em qualquer texto, de

    Informtica ou no. Portanto, a leitura variada ir tornar voc mais apto

    a ler textos de Informtica. Existe, porm, um vocabulrio prprio e um

    formato especfico dos textos nessa rea que voc ter de assimilar. Alm

    disso, h vocabulrio e estruturas bsicas que aparecem tambm em outros

    assuntos e que daro apoio sua leitura de textos da rea de Tecnologia

    da Informao. Tambm bom lembrar que os textos de Informtica

    envelhecem facilmente. H tipos de computadores que, h algum

    tempo, eram tecnologia de ponta e que hoje so considerados jurssicos.

    A tecnologia avana com tanta rapidez que o que considerado atual

    hoje pode estar defasado amanh. Portanto, uma leitura mais ecltica e

    variada pode garantir um aprendizado mais slido.

    O objetivo desta disciplina no certamente formar experts em ler

    SHAKESPEARE, por exemplo. , sim, torn-lo apto a ler, com considervel

    facilidade, textos de sua rea acadmica, que contenham informaes

    importantes para a sua formao. Para isso, voc ter de praticar diversas

    modalidades de leituras, desde bulas at manuais e artigos cientficos, a

    fim de adquirir um conhecimento suficiente que lhe assegure compreender

    tipos diversos de textos, inclusive os de Informtica.

    WILLIAM SHAKESPEARE (1564-1616)

    O famoso escritor ingls autor de

    inmeros trabalhos literrios. Sua

    mais famosa tragdia, Romeu

    e Julieta, tem sido encenada e filmada

    em inmeros pases. Em 1589,

    Shakespeare construiu, com sua

    trupe, o famoso teatro O Globo

    que fica s margens do rio Tmisa, em

    Londres, onde a maioria de suas

    peas era encenada para a nobreza e a

    classe popular.

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  • Ingls Instrumental | Introduo ao curso

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    PRECISO DOMINAR UMA DIVERSIDADE DE VOCABULRIO PARA PODER LER EM UMA OUTRA LNGUA?

    Pretender dominar uma imensa gama de vocabulrio no deve ser o

    objetivo primeiro de quem quer aprender a ler em uma outra lngua. Essa

    uma pretenso, no mnimo, ingnua. O fato de se conhecer um nmero

    imenso de palavras em ingls no garante que se possa ler com facilidade

    textos nesse idioma. Primeiro, porque um texto no um amontoado

    de palavras soltas, sem relao entre si. Ao contrrio, todas as palavras

    esto interligadas e, sendo assim, se voc sabe o signifi cado de algumas

    (no todas!) e tem noes bsicas sobre o funcionamento da lngua

    (o padro SVO, por exemplo, lembra?), poder fazer inferncias sobre o

    signifi cado daquelas palavras que no conhece. assim que funciona

    at mesmo em portugus, que o idioma que dominamos. Quando no

    conhecemos uma palavra num texto escrito no nosso idioma, usamos

    o conhecimento que temos de outras palavras, e tambm do contexto,

    para tentar compreender, s vezes at mesmo adivinhar, o signifi cado

    dos termos desconhecidos.

    2. As frases a seguir ilustram o que estamos falando. Veja como possvel compreend-las, mesmo quando no sabemos o signifi cado das palavras destacadas.O jardim possua uma quantidade imensa de fl ores: orqudeas, dlias, rosas, fepolhas e crisntemos. impossvel cortar com esta faca porque ela est escrapa.Mesmo nas partes mais pobres do pas, as famlias possuem pelo menos uma mesa, alguns tamboretes, um deirola e umas duas camas.A situao pode ser classifi cada de catastrfi ca, horrvel, ruim, zotorita, boa, excelente, dependendo do ponto de vista de quem a analisa (DIAS, 1996).

    RESPOSTA COMENTADA

    As palavras em itlico nas frases desta atividade no existem, foram

    inventadas. Mas podemos perfeitamente pensar num signifi cado para

    elas. Fepolhas poderia ser substituda por um tipo de fl or (margarida,

    cravo etc.); uma faca escrapa seria uma faca cega, que no corta;

    deirola estaria substituindo um tipo de mvel bsico de uma casa

    (fogo, armrio, por exemplo) e zotorita, na seqncia dos adjetivos

    da frase, pode signifi car regular, mdio. Observe que chegamos ao

    signifi cado das palavras inventadas pelo contexto, ou seja, pelo assunto

    tratado na frase. Assim, muitas vezes, podemos entender um texto sem

    necessariamente conhecer o signifi cado de todas as suas palavras.

    ATIVIDADE

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  • Ingls Instrumental | Introduo ao curso

    18 CEDERJ CEDERJ 19

    Existem vrios outros conhecimentos, alm do vocabulrio, que

    podemos acionar para tentar compreender um texto com palavras

    que desconhecemos.

    H pessoas que lem acompanhando o texto com o dedo, ou seja,

    vo seguindo a leitura at se deparar com uma palavra desconhecida.

    A o dedo congela, o nimo arrefece e o leitor acha que no pode

    continuar porque no sabe o significado daquela palavra. Como se aquela

    nica e indefesa palavra num longo texto tivesse o poder hercleo de

    impedir o leitor de acionar outros tipos de conhecimento e estratgias

    que lhe possibilitassem compreender o texto. Acredite: a leitura em uma

    lngua estrangeira no funciona assim. Voc no precisa conhecer todas

    as palavras de um texto para entend-lo.

    Outro mito achar que a aquisio de vocabulrio ocorre

    instantaneamente. Voc v uma palavra em ingls, fica sabendo o que ela

    significa e, zs!, imediatamente ela incorporada sua lista mental.

    Pesquisas provam que para memorizar e aprender vocabulrio

    necessrio encontrar uma mesma palavra vrias vezes num texto,

    dez vezes, no mnimo. Por isso preciso ler muito, e continuar lendo

    sempre, para que voc se d a oportunidade de deparar-se com a mesma

    palavra muitas vezes at que ela possa ser memorizada e integrar-se ao

    seu lxico mental. Portanto, no se apresse. necessrio ter pacincia

    e, sobretudo, esforar-se para ter um contato constante e freqente com

    textos em ingls, a fim de adquirir um vocabulrio bsico. E, sem dvida,

    imprescindvel que conhea um bom nmero de palavras.

    No se pode nem se deve menosprezar o papel do vocabulrio

    na leitura de uma lngua estrangeira. Para ler, preciso, sim, dominar o

    vocabulrio. Mas no adianta memorizar uma longa lista de palavras

    com seus respectivos significados. Nada garante que voc vai conseguir

    memoriz-las da noite para o dia. At porque muito difcil memorizar

    palavras isoladas. Alm disso, os significados das palavras variam

    conforme o contexto em que esto inseridas.

    Resumindo: aprende-se a andar de bicicleta andando de bicicleta.

    Do mesmo modo, aprende-se a ler em ingls lendo em ingls. No h

    milagre. preciso ter contato com o texto escrito para poder lidar com

    ele mais facilmente e com maior autoconfiana.

    AU

    LA

    1

  • Ingls Instrumental | Introduo ao curso

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    O QUE O CURSO NO CONTEMPLA: FALAR PRECISO?

    Este curso de Ingls Instrumental no inclui a habilidade oral, ou

    seja, no se pretende ensinar voc a falar ingls. Como j dissemos, nossa

    meta principal ajud-lo a se tornar apto a ler textos em ingls.

    Existe uma idia equivocada de que preciso aprender a falar

    ingls, falar exclusivamente. Saber ler no seria importante. Pense um

    pouco: quantas vezes voc j se viu na situao de ter de falar ingls?

    Podemos garantir que foram poucas. Mas acreditamos que, em vrias

    situaes, voc sentiu a necessidade de saber ler em ingls. No contexto

    lingstico brasileiro, em que o portugus a lngua oficial do pas, no

    so muitas as oportunidades que temos de falar ingls. No entanto, em

    virtude da universalizao do ingls e da era da globalizao, saber ler

    em ingls tornou-se uma ferramenta extremamente importante quase

    uma questo de sobrevivncia.

    CONCLUSO

    Esperamos que a leitura desta aula tenha ajudado voc a entender

    o papel do ingls no mundo atual e sua importncia na vida acadmica.

    Esperamos tambm que o tenhamos levado a repensar conceitos, talvez

    equivocados, em relao lngua inglesa e a seu aprendizado. Desejamos

    que esta disciplina o auxilie a enfrentar os desafios da vida universitria

    e que ela seja um alicerce firme para suas perspectivas futuras.

    Gostaramos de deixar bem claro desde o incio que o objetivo da

    disciplina Ingls Instrumental no propiciar o domnio total da lngua

    inglesa (isto , capacitar voc a falar, ouvir, ler e escrever neste idioma),

    mas sim oferecer instrumentos para que voc possa compreender o

    contedo de textos em ingls.

    AU

    LA

    1

  • Ingls Instrumental | Introduo ao curso

    20 CEDERJ CEDERJ 21

    ATIVIDADE FINAL

    Escolha um texto em ingls de um assunto de seu interesse. Voc poder

    encontr-lo na internet, num livro ou revista. Tente ler esse texto observando os

    aspectos que discutimos durante a apresentao da disciplina. E conclua se o que

    falamos durante esta aula ajudou voc a abordar o texto de uma maneira mais

    eficiente.

    ____________________________________________________________________________

    ____________________________________________________________________________

    ____________________________________________________________________________

    __________________________________________________________________________

    Esta aula inicial teve o objetivo de levantar algumas questes bsicas, e tambm

    polmicas, sobre a lngua inglesa e seu aprendizado. Esperamos que a discusso

    dessas questes tenha levado voc a repensar conceitos que j possua e adotar

    uma postura eficiente e consciente diante da disciplina. Bom curso!

    R E S U M O

    INFORMAES SOBRE A PRXIMA AULA

    Na Aula 2, discutiremos diversos tipos de estratgias que, normalmente, usamos

    na leitura de textos. Para isso, disponibilizaremos vrios gneros de texto para

    voc analisar, ler e pensar.

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    LA

    1

  • .

  • 2AULA

    Meta da aulaIntroduzir o conceito de estratgia de leitura.

    Esperamos que, aps a leitura desta aula, voc seja capaz de:

    Definir estratgias de leitura.

    Identificar e aplicar diferentes estratgiasna leitura de diversos tipos de textos.

    Estratgias: ferramentas de leitura

    objetiv

    os

  • Ingls Instrumental | Estratgias: ferramentas de leitura

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    INTRODUO Vimos, na Aula 1, que nossa disciplina se prope a trabalhar a leitura de

    textos em ingls. Quando lemos qualquer texto, em portugus ou em lngua

    estrangeira, lanamos mo de algumas ferramentas necessrias para que essa

    leitura se torne a mais eficiente possvel. Dedicaremos esta aula introduo de

    tais estratgias para que, mais adiante, possamos abordar os textos em ingls

    com maior eficcia. Logo, tenha um pouco de pacincia, pois, em breve, voc

    poder se divertir com a lngua do Tio Sam.

    ESTRATGIAS DE LEITURA

    Para comearmos, o que seriam estratgias?

    A palavra estratgia tradicionalmente associada a tticas de

    guerra (estratgias de ataque/estratgias de defesa) ou a um tipo

    de plano ou processo que seguimos para alcanarmos algum objetivo.

    De qualquer modo, h sempre algo que podemos combater (um inimigo)

    ou alcanar (uma meta ou um objetivo), e que necessita de uma ou mais

    estratgias para se realizar. Um jogo de futebol, por exemplo,

    envolve estratgias tanto para derrotar o inimigo (o time adversrio)

    quanto para alcanar o objetivo (ganhar o jogo).

    No caso da leitura, o inimigo a ser combatido a falta de

    compreenso, e o nosso objetivo, entender a mensagem do texto. Uma

    das principais estratgias de leitura justamente tentar entender nosso

    inimigo: o porqu de no compreendermos um texto ou parte dele.

    Veja os textos a seguir e tente identificar a razo de uma possvel

    dificuldade de compreenso.

    AU

    LA

    2

  • Ingls Instrumental | Estratgias: ferramentas de leitura

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    No d para entender, no mesmo? claro que, se

    nem ao menos podemos identificar a lngua na qual o texto foi

    escrito, muito menos ser possvel compreend-lo. Nesse caso

    especfico, o texto foi escrito em finlands! No temos a menor

    idia nem mesmo do assunto tratado. O nosso consolo que,

    provavelmente, se o texto estivesse escrito em portugus, os

    finlandeses tambm estariam to frustrados quanto ns!

    Estamos falando de seres/objetos extraterrestres (a bolha e a

    ncora) destruindo a fauna, invadindo a atmosfera do nosso planeta?

    Em termos de compreenso, j identificaram o inimigo? Trata-se do

    velho conhecido economs, que usado, sem cerimnia, para dizer que

    os preos vo subir (a bolha inflacionria), o dlar vai ser equiparado

    moeda local (a ncora cambial) e isso vai ter um impacto na compra

    e venda de dlares (um impacto imensurvel no esprito animal da

    comunidade que lida diretamente com a verdinha)!

    A bolha inflacionria e a ncora cambial tero um impacto imensurvel no esprito animal da comunidade que lida direta-mente com a verdinha.

    Texto 2.2

    Istuin ern tammikuunloppuivna Tiitin kanssa Oli kirpe pakkasilma, taivas oli kirkas, j aurinko heitti lumihangille j tien poikki pieden pitke sinisi varjoja.

    Fonte: Kokko apud Nuttall (1996)

    Texto 2.1

    Tal unidade de eu , para Lacan, um logro. No seminrio sobre o eu na teoria de Freud e na tcnica de psicanlise, ao comentar o dilogo de Menon, Lacan destaca: a clivagem entre o plano do imaginrio ou do intuitivo... e a funo simblica que no lhe absolutamente homognea, e cuja introduo na realidade constitui um foramento. No mesmo seminrio, numa das muitas vezes em que retorna mxima freudiana Wo Es bWar, soll Ich werden- na qual os ps-freudianos pretenderam ler a necessidade de o eu deslocar o isso-, Lacan afirma que o Es, o isso de Freud, precisamente o sujeito e que ali onde isso estava, l tem de estar o eu.

    Fonte: Coutinho (2002)

    Texto 2.3A

    ULA

    2

  • Ingls Instrumental | Estratgias: ferramentas de leitura

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    Este o tipo de texto que faz com que a maioria dos mortais, at

    mesmo os falantes de portugus, sinta-se impotente (ou intelectualmente

    em desvantagem!) diante da impossibilidade de compreender o que

    est sendo dito. O problema aqui no est tanto nas palavras usadas,

    mas na falta de conhecimento especfico sobre o assunto. Um leigo em

    Psicanlise dificilmente entenderia, principalmente se o texto em questo

    estivesse, como no caso anterior, fora de qualquer contexto.

    O texto a seguir, de linguagem potica, tambm parece apresentar

    dificuldade de compreenso, embora esta no esteja necessariamente

    relacionada ao seu vocabulrio (provavelmente voc conhece muitas

    das palavras deste texto). Por que ser, ento, que ele pode apresentar

    tal dificuldade?

    A concluso a que podemos chegar a de que a dificuldade de

    se compreender um texto est nos diversos nveis de conhecimento que

    temos de compartilhar com seu autor: conhecimento da lngua, do

    assunto ou da sensibilidade potica, por exemplo. claro que no

    podemos descartar a hiptese de o texto ser simplesmente mal escrito e,

    por essa razo, no podermos compreend-lo!

    H vrios outros tipos e graus de dificuldades, mas nem sempre

    nos deparamos com textos assim to complexos. Na maioria das vezes,

    a dificuldade imediata: algumas palavras ou conceitos desconhecidos.

    Note este exemplo:

    O elefante estava dormindo bem em cima da copa da rvore

    bonsai. Estamos tratando aqui de um elefante voador? Para que essa frase

    faa sentido, temos de saber que o bonsai uma rvore an que, mesmo

    quando adulta, no ultrapassa, normalmente, a altura de 30 a 40cm.

    Trova causticanteAretusa Morth

    Consumi-me em bemis e sis causticantes no fervor do caldeiro em brasas eternas. Nessa fuso insana, molda-se o artista, cativo da experincia tresloucada num redemoinho extraordinariamente submerso. Executam-se, nesse furaco borbulhante, experincias agonizantes que enveredam por labirintos nunca dantes navegados. E assim, florescem os girassis nos fiapos de um vero inquietante.

    Texto 2.4

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    2

  • Ingls Instrumental | Estratgias: ferramentas de leitura

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    Sem esse conhecimento, poderamos at mesmo

    achar que o texto trata de um elefante voador que

    foi parar no topo de uma rvore!

    Alm disso, quantas vezes ouvimos uma

    histria, para, s depois, compreendermos

    que uma piada? (E s ento nos preparamos

    psicologicamente para rir ou fingir que rimos!).

    Nesses casos, e em muitos outros em que h falhas

    na compreenso, utilizamos sempre, mesmo sem

    nos darmos conta, estratgias para tentarmos

    vencer esses obstculos.

    Na verdade, mesmo quando no h

    inimigo ou obstculo qualquer, isto , quando

    o texto totalmente compreensvel, utilizamos

    estratgias para lidarmos com a construo de sentidos no ato da

    leitura. Sim, sempre importante lembrar que quem d sentido ao

    texto o prprio leitor; por isso dizemos que ele quem constri o

    texto. Texto sem leitor no tem significado algum, resume-se apenas

    a um monte de rabiscos sobre uma folha de papel.

    Essa construo de sentidos pode ser vista como um

    jogo de quebra-cabeas que temos de montar em nossa

    mente. Felizmente, fazemos isso to rapidamente que

    no h qualquer esforo envolvido nessa construo.

    S percebemos esse processo quando encontramos uma

    dificuldade pelo caminho.

    Como ento enfrentarmos um texto ou,

    simplesmente, lidarmos com ele? Quais seriam as

    estratgias envolvidas na leitura?

    Estratgia 1: identificar o tipo de texto e seu

    objetivo geral

    Para entendermos um texto, necessrio sabermos

    qual a sua finalidade, isto , para que ele serve. Sem essa

    informao, no pode haver entendimento. Um anncio,

    uma carta, um texto cientfico, um horscopo, um

    editorial de jornal; cada tipo de texto tem uma finalidade

    prpria: vender um produto, passar uma informao,

    relatar um caso, provocar riso, choro etc.

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    1. Identifi que o tipo de texto:

    ATIVIDADE

    Problemas com vedao?VEDATIC a soluo.

    VEDATIC fcil de usar e veda qualquer tipo de superfcie:

    madeira, concreto, porcelana, metal, polietileno, espelhos, vidros especiais,

    PVC e mrmore.

    VEDATICVedao segura e eficiente.

    a. Texto 2.5

    Av. Paulista, 1235, salas 314-315

    So Paulo, 10 de agosto de 2001

    Prezado cliente,

    Comunicamos a V. Sa. que seu pedido para obteno de crdito junto a esta empresa foi

    aprovado.

    Pedimos a gentileza de entrar em contato com o nosso escritrio central. Colocamo-nos ao

    seu inteiro dispor para eventuais esclarecimentos.

    Atenciosamente,

    John B. MillsGerente executivo

    b. Texto 2.6

    R.: _______________________________

    R.: _______________________________

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    VermoPetVermicida de Largo Espectro

    para cesUso

    VeterinrioFRMULA

    Cada 660 mg dos comprimidos contm:

    Praziquantel .................................................................................................................. 50mg

    Pamoato de pirantel ..................................................................................................... 144mg

    Excipiente q.s.p. .......................................................................................................... 660mg

    INDICAES

    Vermicida de Largo espectro indicado no combate aos seguintes cestides (vermes chatos) e

    nematdeos (vermes redondos) dos ces:

    Ancylostoma braziliense, Taenia multiceps, Ancylostoma caninum, Taenia pisiforms

    Dipylidium caninum, Taenia ovis, Echinococcus granulosus, Taenia taeniaeformis

    MODO DE USAR E DOSAGENS

    Verifique o peso de seu co.

    Administre o produto por via oral em dose nica.

    Os comprimidos podem ser misturados rao ou carne, sendo muito bem tolerados e

    dispensando regime especial ou em jejum prvio.

    c. Texto 2.7

    R.: _______________________________

    R.: _______________________________

    d. Texto 2.8

    AU

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    R.: _______________________________

    e. Texto 2.9

    a. Que nome estranho acineto... mas ele tem uma funo importante nas algas azuis filamentosas. Voc poderia dizer qual essa funo?

    ____________________________________________________________________________________________________________________________________

    b. Voc isolou uma alga verde unicelular e colocou-a num frasquinho com gua. Evidente que o seu contedo estava transparente. Horas depois, esse frasco tornou-se verde. Que tipo de reproduo ocorreu?

    ____________________________________________________________________________________________________________________________________

    R.: _______________________________

    f. Texto 2.10

    Bolo de Laranja

    Ingredientes200 g de manteiga " " " farinha de trigo " " " acar3 ovos1 colher de ch de fermento em p1/2 copo de suco de laranja

    Modo de fazerBata todos os ingredientes no processador e asse emforma untada, em forno mdio, por 20 minutos

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    RESPOSTAS

    a. Anncio publicitrio

    b. Carta comercial

    c. Bula de remdio

    d. Trecho de um catlogo telefnico

    e. Exerccio de um livro didtico

    f. Receita culinriaCOMENTRIO

    fcil identificar o tipo de um texto. Uma bula de remdio to diferente de

    um... catlogo telefnico! Uma receita culinria tem pouca semelhana com

    uma carta comercial! Mas o que o levou voc a fazer essa identificao?

    Quais foram as pistas que voc, mesmo sem saber, utilizou? O formato

    do texto (o seu layout)? As ilustraes? Algumas palavras presentes no

    texto? Na verdade, todas essas pistas e outras auxiliam na identificao

    do tipo de texto que, por sua vez, essencial para a compreenso da

    mensagem e/ou informao contida no texto. Isso acontece na leitura

    de textos em todas as lnguas!

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    Estratgia 2: identificar o assunto principal do texto (skimming)

    Imagine-se querendo comprar um livro ou assistir a um determinado

    filme. Ao ler uma crtica do tal livro ou filme, em primeiro lugar, voc

    quer saber do que ele trata: uma aventura? Ao? Drama? Qual a

    histria geral (sem detalhes)? Essa informao, que vem normalmente

    estampada em capas de vdeo, orelhas de livros e cadernos ou revistas

    de programao cultural, essencial para a escolha da obra ou do filme

    a que iremos assistir.

    Texto 2.11

    CAPITO SKY E O MUNDO DE AMANH. De Kerry Conran. Com Gwyneth Paltrow e Jude Law. Fico Cientfica. Nova York, final dos anos 30. A reprter Polly Perkins descobre que os cientistas mais famosos do mundo esto desaparecendo. Aps a cidade ser atacada por imensos robs voadores, ela resolve pedir ajuda ao piloto e aventureiro- e seu antigo namorado- Joseph Capito sky Sullivan e seu fiel ajudante Dex. A misso principal do grupo locali-zar o megalomanaco Dr. Totenkopf, que planeja destruir o mundo. Durao: 1h 46. EUA/Inglaterra, 2004. Censura: 12 anos.

    COMO FAZER UM FILME DE AMOR? De Jos Roberto Torero. Com Denise Fraga, Cssio Gabus. Comdia Romntica. Um homem e uma mulher se apaixonam. Mas h uma sombra sobre esse amor: a estranha morte da esposa dele. Enquanto a histria contada, um nar-rador vai revelando as fr-mulas das histrias de amor mais clichs, mostrando as intenes do autor. A idia fazer um Raio-X dos enredos do gnero, revelando suas fragilidades. Durao: 1h30. Brasil/2003. Censura: 14 anos. (adaptao Fonte: Revista Programa, J.B., 12 novembro de 2004).

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  • Ingls Instrumental | Estratgias: ferramentas de leitura

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    Voc iria assistir a algum desses fi lmes? Por qu? Que aspectos

    das sinopses dos fi lmes infl uenciariam na sua deciso?

    Da mesma forma, na leitura, tambm importante sempre termos

    uma idia geral do que o texto trata, ou seja, da sua idia principal.

    Buscar o contedo central de um texto uma estratgia importantssima

    (em ingls chamada skimming) que envolve uma leitura inicial, rpida,

    para sabermos do que ele trata basicamente.

    ATIVIDADE

    2. Faa uma rpida leitura dos textos a seguir e diga quais so suas idias centrais. Com base nisso, voc se interessaria pelos assuntos?

    a. Texto 2.12

    Idia principal: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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    b. Texto 2.13

    Idia principal: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    (...) Letcia Banffy, uma paulistana que mal terminou o colegial, se tornou, aos 17 anos, a mais jovem engenheira de sistemas da Amrica Latina certificada pela Microsoft.Letcia, hoje com 18 anos, comeou a mexer com tecnologia aos 11, quando ganhou um 486 de presente.De l para c, tornou-se uma geek de primeira e comeou a pesquisar o funcionamento do Windows 2000 como um hobby (...)

    (...) Hoje Letcia possui trs canudos: MCP (Certified Professional), MCSA (System Administrator) e MCSE, todos em Windows 2000.(...) Em tempo: ela no dispensa uma sada de sbado noite, bonita e tem namorado. "S que acordo quase todos os dias s 5h30 para estudar Photoshop", afirma. mole?POR EDUARDO VIEIRA

    Menina engenheira

    Estratgia 3: prever o assunto do texto

    Imagine-se folheando uma revista. Sua mente estaria ocupadssima

    ao ser exposta a inmeros textos de vrios tipos, desenvolvendo muitas

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  • Ingls Instrumental | Estratgias: ferramentas de leitura

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    tarefas ao mesmo tempo. A identifi cao do tipo de texto praticamente

    automtica: sabemos logo quando temos nossa frente um anncio, um artigo

    informativo ou uma coluna de fofocas. Quando decidimos ento ler o texto,

    normalmente prevemos ou antecipamos o assunto (do que ele trata) utilizando

    somente pistas, como gravuras, ttulos, subttulos, diagramas, fotos etc. Prever

    contedos, portanto, uma estratgia bsica no processo de leitura.

    ATIVIDADE

    3. Com base apenas no ttulo e na ilustrao, voc capaz de imaginar o assunto que o texto a seguir tratar?

    Texto 2.14

    A web mvel ferve nos centros de pesquisa das melhores faculdades de tecnologia

    POR FLVIA YURI

    A internet mvel ainda no conquistou nem os early adopters de tecnologia, mas j ganhou a universidade. Fervilham dentro

    dos laboratrios das melhores faculdades brasileiras pesquisas

    para o desenvolvimento da web sem fi o. No meio acadmico,

    a tecnologia tratada como gente grande. Investigam-se

    aplicaes de celulares e palmtops que s sero viveis dentro

    de dois, trs e at cinco anos. Aplicativos complexos em Java se

    tornam parte da paisagem universitria. Nesses laboratrios, a

    terceira gerao de redes celulares que deve chegar velocidade

    de 2Mbps j tomou a cabea das pessoas.

    Os centros mais quentes de pesquisa esto na Unicamp, na USP,

    na Federal de Pernambuco e nas PUCs do Rio de Janeiro e do Paran.

    Muitas vezes h parceria com gigantes das telecomunicaes.

    Alcatel, Ericsson e Motorola so algumas das companhias que

    apiam projetos nas universidades. Entre as novidades paridas no

    meio acadmico, h desde solues para possibilitar interatividade

    nos celulares algumas delas j em testes no mercado.

    Fonte: Info Outubro 2002

    Universidade sem fi o

    Assunto: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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  • Ingls Instrumental | Estratgias: ferramentas de leitura

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    Podemos prever tambm o assunto que vem depois de algum

    pargrafo, de uma frase ou at mesmo de uma palavra.

    ATIVIDADES

    4. O que voc acha que vem depois dos seguintes pargrafos?

    _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    O CURSO CERTOProfessores de lnguas do dicas para pais escolherem os melhores cursos de idiomas para seus fi lhos.

    Uma preocupao est tirando o sono de muitos pais na hora de escolher um curso de lnguas para matricularem seus fi lhos. Diante da diversidade de ofertas, a busca pelo curso ideal torna-se um desafi o. De acordo com especialistas, so quatro os critrios principais para essa escolha.

    Texto 2.15

    MINHA BIKE, MEU LARO francs que atravessou o mundo pedalando uma bicicleta inicia a etapa brasileira da viagem.

    Numa nica viagem, o francs Jacques Sirrat, 37 anos, presenciou um tiroteio entre bedunos e policiais no Imen, apanhou de policiais srvios na Bsnia, comeu carne de cobra na China e contraiu dengue no Haiti. Mais surpreendente que a diversidade dos locais visitados o meio de transporte escolhido por Jacques para seguir o roteiro, iniciado h quatro anos.

    Texto 2.16

    _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    RESPOSTAS

    Texto 2.15: detalhamento dos critrios para a escolha do curso certo.

    Texto 2.16: detalhamento do tipo de transporte usado: uma bicicleta

    (deduz-se pelo ttulo).

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  • Ingls Instrumental | Estratgias: ferramentas de leitura

    36 CEDERJ CEDERJ 37

    5. O que voc acha que vem depois das seguintes frases? Marque uma das opes:5.1. A me olhou incrdula para a baguna que a criana tinha feito.a. ( ) O quarto estava todo desarrumado, os brinquedos no cho, biscoitos espalhados por todos os cantos e as portas do armrio abertas.b. ( ) Ela brincava alegre e tranqila com sua bonequinha nova.c. ( ) A colcha nova havia sido dada pela tia libanesa.

    5.2. Podemos pensar em vrias razes para se morar na cidade de Santa Marta.a. ( ) Parece que vai chover em Santa Marta.b. ( ) O tempo aprazvel, os habitantes so cordiais e o custo de vida baixo.c. ( ) O prefeito de Santa Marta no tem apoio da populao nem mesmo de seu partido.

    RESPOSTAS

    5.1. opo a; 5.2. opo b.

    6. E depois de....a. Eu adoro comer arroz com___________b. As lgrimas escorreram pelo________________c. Foi fcil digitar o texto no seu novo_________________

    RESPOSTAS

    a. feijo; b. rosto; c. computador.

    COMENTRIO

    O importante aqui no s acertar, mas, principalmente, saber o que

    o levou a acertar. Que pistas no texto voc utilizou para chegar s

    respostas? Caso no tenha acertado algum item, refaa-o, tendo em

    mente esta questo.

    AU

    LA

    2

  • Ingls Instrumental | Estratgias: ferramentas de leitura

    38 CEDERJ CEDERJ 39

    Estratgia 4: buscando informaes especfi cas (scanning)

    Muitas vezes, consultamos um livro, um manual, uma agenda,

    um dicionrio ou uma enciclopdia para procurarmos uma determinada

    informao de que precisamos, por alguma razo especfi ca.

    ATIVIDADE

    7. Procure as seguintes informaes nos textos utilizados na Atividade 1:a. Anncio publicitrio: Em que tipo de superfcie o produto anunciado pode ser aplicado?____________________________________________________________________________________________________________________________________

    b. Carta comercial: Que providncia imediata espera-se do cliente?____________________________________________________________________________________________________________________________________

    c. Bula de remdio: A administrao deste medicamento exige uma alimentao especial?____________________________________________________________________________________________________________________________________

    d. Catlogo: Qual o endereo da Zumma Jeans?____________________________________________________________________________________________________________________________________e. Exerccio de um livro didtico: Alguma dessas questes pressupe uma atividade prtica?____________________________________________________________________________________________________________________________________

    f. Receita culinria: Esta receita apropriada para quem est de dieta para emagrecer?____________________________________________________________________________________________________________________________________

    Esse tipo de leitura rpida, por meio da qual procuramos uma determinada informao, chamado em ingls de scanning.

    COMENTRIO

    As respostas se encontram nos prprios textos. Essa atividade tem como

    objetivo apenas ilustrar a estratgia scanning.

    AU

    LA

    2

  • Ingls Instrumental | Estratgias: ferramentas de leitura

    38 CEDERJ CEDERJ 39

    Estratgia 5: inferncia lexical

    Um texto em lngua estrangeira nos amedronta bastante,

    principalmente pela presena daqueles elementos ameaadores

    e assustadores: as palavras desconhecidas, que parecem estar ali

    simplesmente para nos lembrar o quo pouco compreendemos aquela

    lngua. claro que o sentimento de frustrao diante de tais inimigos

    torna-se inevitvel. Temos sempre a impresso de que, se no conhecermos

    o significado de todas as palavras, ser impossvel entendermos o texto

    (como aconteceu com o exemplo do texto em finlands).

    No entanto, como voc viu na aula anterior, nem todas as palavras

    de um texto so absolutamente essenciais para sua compreenso. Mesmo

    em portugus, freqentemente nos deparamos com vrias palavras que

    no conhecemos sem nos perturbarmos muito com isso, pois conseguimos,

    muitas vezes com sucesso, encontrar o que queremos. No texto da bula,

    por exemplo, a presena de palavras como nematdeos, praziquantel

    e dipyliduim, no interfere na busca de informaes relevantes para o

    consumidor comum (indicaes, modo de usar e dosagem).

    J nas passagens a seguir, retiradas da obra clssica O primo

    Baslio de EA DE QUEIROZ, as palavras algibeira, cofiando, estanqueira,

    gaforinha, jungo e boquilha, apesar de desconhecidas para muitos

    leitores, no prejudicam a compreenso da idia principal do texto.

    E cofiando a barba curta e fina, muito frisada, os seus olhos iam-sedemorando, com uma ternura, naqueles mveis ntimos, que eram do tempo da mam: o velho guarda-loua envidraado, com as patas muito tratadas a gesso-cr, resplandecendo decorativamente; o velho painel a leo, to querido, que vira desde pequeno, onde apenas se percebiam, num fundo lascado, os tons avermelhados de cobre de um bojo de caarola e os rosados desbotados de um molho de rabanetes!

    Procurou na algibeira do vestido: tirou o leno, uma carteirinha, chaves, uma caixinha de p-de-arroz; mas encontrou apenas um programa de Price.

    Citava-lhe os seus amantes, exasperado: o Carlos Viegas, o magro, de bigode cado, que escrevia comdias para o Ginsio! O Santos Madeira, o picado das bexigas, com uma gaforinha! O Melchior Vadio, um jungo desossado, com um olhar de carneiro morto, sempre a fumar numa enorme boquilha! O Pedro Cmara, o bonito! O Mendona dos calos! Tutti quanti!

    Texto 2.17

    EA DE QUEIROZ Renomado escritor

    portugus do sculo XIX, escreveu

    obras famosas, entre elas O Primo Baslio, A Relquia e Os Maias, sendo

    essa ltima tema de minissrie de

    televiso.

    AU

    LA

    2

  • Ingls Instrumental | Estratgias: ferramentas de leitura

    40 CEDERJ CEDERJ 41

    H, no entanto, textos nos quais encontraremos palavras

    desconhecidas que so absolutamente essenciais para a compreenso

    de sua idia geral. Logo, tentar captar o sentido delas, mesmo que de

    forma superfi cial, tarefa imprescindvel.

    ATIVIDADE

    8. No texto a seguir (adaptado de SCOTT, 1983), palavras do original foram substitudas por outras inventadas. Tente descobrir o sentido por meio das pistas disponveis no prprio texto:

    Problema na clambaNaquele dia, depois de plomar, fui ver dro a Lucia queria ir comigo l na clamba. Pensei melhor grulhar-lhe antes. Mas, na hora de grulhar, vi-a passando na golipesta. Ento, me dei conta de que ela j tinha programa.

    Tomei ento a deciso de ir tode. Ao chegar na clamba, tudo bem. Estacionei o zulpinho, pus a chave na nalute, e desci correndo para aproveitar ao chinta aquele mar pli sulaplente.

    No parecia haver ningum na clamba. Finquei a gripe e estendi a bangoula. Estava pli quieto ali que at me saltipou. Mas, esqueci-me logo das saltipaes pelo prazer de fi car ali. Mais tarde, resolvi entrar na cleta cristalina. No sei quanto tempo fi quei nadando, siltando e corristando.

    Foi na hora de voltar da cleta que me dei conta de que nem a gripe, nem a bangoula, nem a nalute estavam onde eu as tinha deixado. As minhas saltipaes tinham fundamento. Que fazer?

    Texto 2.18

    Em alguns casos, possvel usar mais de uma palavra. A seguir, seguem algumas dessas possibilidades:

    RESPOSTAS

    Plomar: acordar Pli: muito

    Dro: se Sulaplente: delicioso, refrescante

    Clamba: praia Gripe: barraca

    Grulhar: telefonar Bangoula: toalha, canga

    Golipista: bicicleta, calada Saltipou: preocupou

    Tode: sozinho (a) Saltipaes: preocupaes

    Zulpinho: carro Cleta: gua

    Nalute: bolsa, sacola Siltando: mergulhando/boiando

    Chinta: mximo Corriscando: mergulhando/boiando

    AU

    LA

    2

  • Ingls Instrumental | Estratgias: ferramentas de leitura

    40 CEDERJ CEDERJ 41

    COMENTRIO

    Os sentidos encontrados acima no surgem de graa. Voc utilizou

    muitas pistas do prprio texto para chegar a esses significados. Por

    exemplo, o sentido de praia, atribudo palavra clamba, foi se

    definindo aos poucos. Logo de incio, soubemos que clamba era

    um lugar, devido ao uso do verbo ir, do advrbio l e da preposio

    na. Tinha de ser um lugar no feminino, devido ao artigo a em na (em

    + a). Elimina-se assim, por exemplo, clube, curso etc., isto , lugares

    no masculino. Quando surge a palavra mar, o sentido de clamba

    como praia aparece imediatamente. E assim acontece com muitas

    das palavras a princpio desconhecidas: o significado construdo

    por meio das pistas do prprio texto, que so utilizadas por ns,

    inconscientemente, no ato da leitura.

    INFORMAO SOBRE A PRXIMA AULA

    Na Aula 3, trabalharemos com vrios tipos de texto, todos em ingls, procurando

    observar os seus formatos e as suas diferentes finalidades.

    Esta aula mostrou que as estratgias de leitura ajudam a construir sentidos.

    As atividades confirmaram que essas estratgias funcionam e podem ser usadas

    como ferramentas. O importante saber se, aps esta aula, voc compreendeu

    os seguintes aspectos da leitura:

    a) identificar idia ou o tema central do texto;

    b) encontrar, no texto, respostas a perguntas especficas;

    c) inferir significados de palavras ou expresses desconhecidas a partir do

    contexto.

    R E S U M O

    AU

    LA

    2

  • .

  • 3AULA

    Meta da aulaAprofundar o conceito de tipo de texto

    como estratgia de leitura.

    Ao final desta aula, voc dever ser capaz de:

    Aplicar a estratgia de identificao de textos.

    Distinguir determinados padres textuais em ingls.

    Tipos de texto

    Pr-requisito

    Para acompanhar a leitura desta aula, importante que voc saiba identificar o tipo de texto e sua

    finalidade, assunto explorado na Aula 2.

    objetiv

    os

  • Ingls Instrumental | Tipos de texto

    44 CEDERJ CEDERJ 45

    INTRODUO Como voc viu na aula anterior, nosso trabalho levar em considerao as

    estratgias que, normalmente, so usadas na leitura de textos em geral.

    Nesta aula, o foco na estratgia de identifi cao de tipos de texto. Para

    compreendermos um texto, necessrio saber se se trata de uma carta, de

    uma receita, de um anncio, de um artigo, de um cupom etc.

    ATIVIDADE

    1. A seguir, voc encontrar exemplos de diferentes tipos de texto em ingls:

    a. Texto 3.1

    AU

    LA

    3

  • Ingls Instrumental | Tipos de texto

    44 CEDERJ CEDERJ 45

    b. Texto 3.2

    c. Texto 3.3

    AU

    LA

    3

  • Ingls Instrumental | Tipos de texto

    46 CEDERJ CEDERJ 47

    d. Texto 3.4

    AU

    LA

    3

  • Ingls Instrumental | Tipos de texto

    46 CEDERJ CEDERJ 47

    f. Texto 3.6

    e. Texto 3.5

    LP 430 projectorThe powerfulInLight LP430projector to projectimages rich in color$3780.00

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    AU

    LA

    3

  • Ingls Instrumental | Tipos de texto

    48 CEDERJ CEDERJ 49

    h. Texto 3.8

    g. Texto 3.7

    AU

    LA

    3

  • Ingls Instrumental | Tipos de texto

    48 CEDERJ CEDERJ 49

    j. Texto 3.10

    i. Texto 3.9

    A Birthday

    My heart is like a singing bird

    Whose nest is in a watered shoot;

    My heart is like an apple tree

    Whose boughs are bent with thickest fruit;

    My heart is like a rainbow shell

    That paddles in a halcyon sea;

    My heart is gladder than all these

    Because my love is come to me.

    That paddles in a halcyon sea;

    My heart is gladder than all these

    Because my love is come to me.

    A Birthday

    My heart is like a singing bird

    My heart is gladder than all these

    AU

    LA

    3

  • Ingls Instrumental | Tipos de texto

    50 CEDERJ CEDERJ 51

    Utilizando todas as pistas, como o formato, a diagramao, as figuras e as palavras cognatas (parecidas com as equivalentes em portugus), identifique os tipos de texto dos textos apresentados acima, conforme o exemplo.

    a. Poema.

    Texto nmero _3.9_______

    b. Lista com as dez melhores impressoras do mercado, de acordo com uma publicao.

    Texto nmero ________

    c. Extrato de artigo tcnico-cientfico.

    Texto nmero ________

    d. ndice de reportagens e matrias de uma revista.

    Texto nmero ________

    e. Carta-resposta comercial.

    Texto nmero ________

    f. Pgina de um manual de um drive de CD-ROM.

    Texto nmero ________

    g. Receita culinria.

    Texto nmero ________

    h. Carto-formulrio para assinatura de uma publicao.

    Texto nmero ________

    i. Listas com telefones de servios de suporte tcnico em vrios pases.

    Texto nmero ________

    j. Anncio de computadores e perifricos.

    Texto nmero ________

    RESPOSTAS

    b. 3.4 g. 3.10

    c. 3.8 h. 3.3

    d. 3.7 i. 3.2

    e. 3.1 j. 3.5

    f. 3.6

    Viu como foi fcil? Voc deve estar se perguntando: mas isso

    leitura? claro que leitura muito mais do que a simples identificao

    do tipo de texto; mas sem essa identificao, no h compreenso: ela

    necessria, porm no suficiente para uma leitura mais satisfatria.

    Mesmo no sabendo o significado de muitas palavras presentes

    nos textos, podemos, alm de identificar o tipo de texto, obter vrias

    informaes. Quer ver?

    AU

    LA

    3

  • Ingls Instrumental | Tipos de texto

    50 CEDERJ CEDERJ 51

    ATIVIDADE

    2. Usando os mesmos textos da Atividade 1, responda s seguintes perguntas sobre cada um deles.

    Texto 3.1

    a. Qual o nome da fi rma/destinatrio?

    _________________________________________________________________

    b. H endereo completo ou somente caixa postal?

    _________________________________________________________________

    c. preciso selar a carta-resposta?

    _________________________________________________________________

    RESPOSTAS

    a. Marketstar Corp.

    b. H um endereo completo.

    c. No.

    Texto 3.2

    a. Que tipos de linhas de telefone so apresentados?

    _________________________________________________________________

    b. H endereos de pginas da Web de diferentes localidades?

    _________________________________________________________________

    c. H endereos para quem quiser enviar correspondncia pelo correio tradicional?

    _________________________________________________________________

    RESPOSTAS

    a. Telefone comum e fax.

    b. Sim.

    c. Sim.

    Texto 3.3

    a. Que publicao est sendo oferecida?

    _______________________________________________________________

    b. Para assinar a revista, necessrio fornecer o nome? E o e-mail?

    _______________________________________________________________

    c. A que voc acha que 75% se refere?

    _______________________________________________________________

    RESPOSTAS

    a. New Science.

    b. Sim.

    c. Desconto.

    AU

    LA

    3

  • Ingls Instrumental | Tipos de texto

    52 CEDERJ CEDERJ 53

    Texto 3.4

    a. Segundo a publicao, qual a melhor impressora da lista?

    _______________________________________________________________

    b. H comentrios gerais sobre impressoras?

    _______________________________________________________________

    c. Qual a impressora mais cara? E a mais barata?

    _______________________________________________________________

    RESPOSTAS

    a. LexmarkZ43.

    b. Sim.

    c. Mais cara: Epson Stylus color; mais barata: LexmarkZ43.

    Texto 3.5

    a. Qual a marca do computador anunciado?

    _________________________________________________________________

    b. Dos produtos anunciados, qual o mais caro?

    _________________________________________________________________

    c. Quanto custa a impressora a laser anunciada? E qual a sua marca?

    _________________________________________________________________

    RESPOSTAS

    a. NP.

    b. LP 430 projector.

    c. $899,00; Quioly magicolor.

    Texto 3.6

    a. Que procedimento est sendo explicado?

    _________________________________________________________________

    b. H especificaes sobre procedimentos anteriores?

    _________________________________________________________________

    c. O aparelho em questo deve ser instalado em um computador?

    _________________________________________________________________

    RESPOSTAS

    a. Instalao de um drive de CD-ROM.

    b. Sim, antes da instalao, por exemplo, remover a caixa do

    computador.

    c. Sim.

    Texto 3.7

    a. Pelos assuntos contidos no ndice, que tipo de revista esta? Cientfica? De economia? De variedades?

    _________________________________________________________________

    AU

    LA

    3

  • Ingls Instrumental | Tipos de texto

    52 CEDERJ CEDERJ 53

    b. H matrias culturais?

    _________________________________________________________________

    c. Quais assuntos no ndice lhe interessariam mais?

    _________________________________________________________________

    RESPOSTAS

    a. De variedades.

    b. Sim.

    c. Resposta aberta.

    Texto 3.8

    a. As embarcaes descritas so de que tipo?

    _________________________________________________________________

    b. Se feet significa ps (uma medida), e tons significa toneladas, o que significam length e weight?

    _________________________________________________________________

    c. De acordo com o texto, qual o peso e o comprimento do navio de guerra Leviathan?

    _________________________________________________________________

    RESPOSTAS

    a. Navios de guerra.

    b. Comprimento e peso.

    c. 5630 toneladas e 528,2 ps, respectivamente.

    Texto 3.9

    Voc acha que o poema trata da paz? Do nascimento? Do amor?

    _________________________________________________________________

    RESPOSTA

    Amor

    Texto 3.10

    a. Esta receita de um alimento doce ou salgado?

    _________________________________________________________________

    b. Que cereais fazem parte dos ingredientes da receita?

    _________________________________________________________________

    c. Qual o tempo de cozimento sugerido?

    _________________________________________________________________

    RESPOSTAS

    a. Doce.

    b. Farinha de trigo; granola.

    c. 20-25 minutos.

    AU

    LA

    3

  • Ingls Instrumental | Tipos de texto

    54 CEDERJ CEDERJ 55

    Antes de finalizarmos esta aula, gostaramos que voc prestasse

    ateno nas seguintes palavras retiradas dos textos. Leia-as atentamente.

    Elas so importantes e, por isso, devem ser memorizadas para dinamizar

    a sua aprendizagem. Para tal, relei-as vrias vezes, associando-as

    mentalmente com seu uso no texto. Escrev-las em uma folha de papel

    tambm contribuir para sua memorizao.

    HELP!

    Recipe: receita

    Customer: cliente

    Payment: pagamento

    Warship: navio de guerra

    Choice: escolha ( verbo to choose, escolher)

    Carries: verbo to carry, carregar, na terceira pessoa do singular

    Heart: corao

    Support: apoio

    Printer: impressora

    Improve: melhorar

    Clash: embate; choque

    Cover: capa; cobertura

    Size: tamanho

    Price: preo

    Save: economize/economizar

    Find: encontrar

    Weather: tempo (climtico e no cronolgico, que time)

    Screw driver: chave de fenda

    Heat: calor

    Devices: recursos

    Tools: ferramentas

    Reply: responder

    Speed: velocidade

    Subscription: assinatura (de publicaes)

    Food: comida

    Ship: navio

    Like: verbo gostar ou comparativo como

    AU

    LA

    3

  • Ingls Instrumental | Tipos de texto

    54 CEDERJ CEDERJ 55

    ATIVIDADE

    3. Na tabela a seguir, copie as palavras do glossrio (Help!), escrevendo-as ao lado do texto especfi co do qual elas foram retiradas (os textos esto identifi cados pelo seu nmero).

    Texto 3.1 Palavras:

    Texto 3.2 Palavras:

    Texto 3.3 Palavras:

    Texto 3.4 Palavras:

    Texto 3.5 Palavras:

    Texto 3.6 Palavras:

    Texto 3.7 Palavras:

    Texto 3.8 Palavras:

    Texto 3.9 Palavras:

    Texto 3.10 Palavras:

    RESPOSTAS

    Texto 3.1 Palavras: reply

    Texto 3.2 Palavras: customer; support

    Texto 3.3 Palavras: price; save; payment; subscription

    Texto 3.4 Palavras: choice; fi nd

    Texto 3.5 Palavras: tools; improve; printer

    Texto 3.6 Palavras: screw driver; devices; cover; size

    Texto 3.7 Palavras: food; clash

    Texto 3.8 Palavras: speed; ship; warship; weather; carries

    Texto 3.9 Palavras: heart; like

    Texto 3.10 Palavras: recipe; heat

    AU

    LA

    3

  • Ingls Instrumental | Tipos de texto

    56 CEDERJ

    R E S U M O

    O modo pelo qual identificamos o tipo de texto que lemos essencial para

    compreend-lo. Observar o layout, as gravuras, os ttulos e subttulos auxilia

    enormemente na identificao do tipo de texto e, portanto, na compreenso do

    seu significado geral.

    INFORMAO SOBRE A PRXIMA AULA

    Na Aula 4, discutiremos um aspecto muito importante da estrutura da lngua

    inglesa, que interfere diretamente na leitura: o grupo ou sintagma nominal.

    Esperamos que o estranhamento que voc possa estar sentindo ao ler tal expresso

    se desfaa aps a leitura da aula.

  • A linguagem: poderosa ferramenta humana

    Ao final desta aula, voc dever ser capaz de:

    Reconhecer verbos modais.

    Identificar a funo dos verbos modais.

    Distinguir termos usados para comparaes.

    4ob

    jetiv

    os

    AULA

    Meta da aula

    Explicar o uso de verbos modais e o uso de adjetivos em grau comparativo.

    Pr-requisito

    Para acompanhar esta aula sem dificuldade, importante que voc saiba usar estratgias de

    leitura (rever Aula 2).

  • 58 C E D E R J

    Ingls Instrumental | A linguagem: poderosa ferramenta humana

    C E D E R J 59

    AU

    LA 4

    INTRODUO A Aula 4 levar voc a refletir sobre uma das mais fenomenais formas de

    expresso humana: a linguagem. Voc j parou para pensar sobre sua

    capacidade de se expressar? Veja: por meio da linguagem, o homem enfrenta

    a vida; com ela, ele se comunica, expressa seus sentimentos, define coisas

    e pensamentos. A capacidade do ser humano de se expressar por meio da

    linguagem realmente fascinante, no acha?

    O Texto 4.1 discute essa maravilhosa ferramenta humana. Consulte o glossrio

    antes de iniciar a leitura.

    One of the most fascinating aspects of human development is the ability to learn language. The language faculty is specific to the human species because no other creature apart from human beings possesses a language organ. All men are born with the capacity to speak and it is this capacity that makes human beings different from animals. It might be suggested that apes and dolphins use some form of language; this may be a communication system but it does not have the distinctive features of human language. Animals may learn some form of communication in captivity but no species of animal can spontaneously use a form of human language. Indeed, learning a language is an amazing feat and it has attracted the attention of linguists and psychologists for generations (COOK, 1988).

    Texto 4.1

    HELP!

    captivity cativeiro

    feat grande feito

    feature caracterstica

    learn aprender

    faculty capacidade

    apart from com exceo de

  • 58 C E D E R J

    Ingls Instrumental | A linguagem: poderosa ferramenta humana

    C E D E R J 59

    AU

    LA 4

    LANGUAGE FOCUS I

    No Texto 4.1, h verbos que chamamos modais. Os verbos

    modais, como can, may, might, must, should, will, no possuem um

    sentido prprio como, por exemplo, os verbos run (correr) e write

    (escrever), que envolvem uma ao. Eles so uma espcie de verbos

    auxiliares e, como o nome parece implicar, os modais introduzem uma

    certa modalidade ao que dito ou escrito. Dessa forma, com os modais

    expressam-se no apenas o fato, mas uma avaliao desse fato. Para

    explicar melhor, vamos considerar uma frase do Texto 4.1.

    Veja: Animals may learn some form of communication in

    captivity.

    Observe que, nessa frase, may vem acompanhado do verbo learn.

    (Os modais vm sempre antes de outro verbo, e esses outros verbos so

    chamados verbos principais.) Na frase acima, o que se est sugerindo

    que os animais podem (may) aprender alguma forma de comunicao

    quando esto em cativeiro; uma probabilidade, e no uma certeza.

    Com os modais, podemos:

    a) dar e pedir permisso:

    A: May I visit you at the weekend?

    B: Of course, you may. (Poderamos usar can aqui.)

    O modal can tambm usado para poder e dar

    permisso. Exemplos: Can I have your telephone

    number? (May tem conotao mais formal.)

    b) falar sobre obrigatoriedade:

    You must wear your seat

    belt while driving.

    c) falar sobre proibio (usando o

    modal na forma negativa):

    You mustnt drink before driving.

    , h verbos que chamamos modais. Os verbos

    , no possuem um

  • 60 C E D E R J

    Ingls Instrumental | A linguagem: poderosa ferramenta humana

    C E D E R J 61

    AU

    LA 4

    d) dar um conselho:

    For safe sex, you should wear condoms.

    The USA should sign the Kiotos Protocol.

    You should turn off your computer when you re

    not using it.

    HELP!

    condom camisinha

    seat belt cinto de segurana

    ATIVIDADES

    1. Vamos considerar uma outra frase do Texto 4.1: but no species of animal can spontaneously use a form of a human language. Aqui, o uso de can indica possibilidade.

    a. Qual o verbo principal dessa frase? _____________________________

    RESPOSTA

    O verbo use o verbo principal.

    b. Agora traduza a frase:

    ...mas nenhuma espcie ___________________________________________

    RESPOSTA

    ...mas nenhuma espcie de animal pode espontaneamente usar

    uma forma de linguagem humana.

    2. Um dos questionamentos do Texto 4.1 se os macacos e golfi nhos usam alguma forma de linguagem. O texto diz: It might be suggested that apes and dolphins use some form of language

    Levando em conta o sentido de might nessa frase, o autor do texto est questionando se o que os golfi nhos e macacos usam realmente linguagem. Ele oferece uma resposta para seu questionamento na frase que se segue: but it does not have the distinctive features of human language.

    a. Quais seriam as distinctive features of human language a que o autor se refere?

    ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    RESPOSTA

    Entre as caractersticas da linguagem humana, incluem-se a

    articulao de palavras pelo aparelho fonador; o uso de um cdigo

    lingstico; recursos de entonao (voz alta, voz baixa, interrogao,

    exclamao).

    Observe que it nessa frase est substituindo form of language.

    !

    d) dar um conselho:

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    Ingls Instrumental | A linguagem: poderosa ferramenta humana

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    b. A forma de comunicao usada por golfi nhos e macacos se encaixaria dentro dessas caractersticas?

    _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    RESPOSTA

    Os animais s usam alguma forma de comunicao quando

    treinados em cativeiro, ao passo que a criana comea a falar

    espontaneamente a lngua materna sem necessariamente ter de

    ser ensinada. Alm disso, os animais no possuem aparelho fonador

    (language organ) e, portanto, no podem articular palavras.

    c. Qual a idia expressa por might na frase "It might be suggested that apes and dolphins use some form of language..."?

    __________________________________________________________

    RESPOSTA

    Probabilidade ou possibilidade.

    A LNGUA DO RICO

    Recentemente, os meios de comunicao veicularam o caso de

    Rico, um simptico cozinho que aparentemente pode "falar" alemo.

    Ser verdade? No Texto 4.2, voc encontrar detalhes sobre o caso.

    Texto 4.2

    Is this language? Rico, a 9-year-old dog, can apparently understand a vocabulary of 200 words in German. Rico can learn names of toys after one exposure and can retrieve the objects when he hears their names. This phenomenon has made scientists conclude that Rico has language-learning capacity compared to a human child. To test Rico, scientists placed a new toy among seven familiar toys. Then Ricos owner pronounced a word Rico did not know and asked him to go and pick the new item in a separate room. By selection, the dog could pick the object correctly. This suggests that Rico can form hypotheses about the meaning of a new word and connect the unfamiliar word to the object he sees for the fi rst time. Can Rico speak German? Rico is certainly a special dog but we cant affi rm that Rico can speak a language. What can he do then? He can associate objects and sounds but he could never pronounce the names of the toys he identifi es.

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    HELP!!

    retrieve recuperar

    placed (verbo) colocou

    toy brinquedo

    exposure contato; exposio

    ATIVIDADES

    3. Qual o aspecto surpreendente da performance de Rico?

    ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    RESPOSTA

    O que realmente surpreende Rico aprender os nomes de

    brinquedos a partir de uma nica exposio e localizar os objetos

    quando ouve seus nomes.

    4. Segundo o texto, a performance lingstica de Rico comparvel, mas no igual de uma criana que est aprendendo a falar. Qual a diferena entre os dois?

    ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    RESPOSTA

    O que distingue as duas performances que Rico, apesar de poder

    associar palavras a objetos, no poder nunca pronunciar as palavras

    correspondentes, porque no possui um aparelho fonador como

    os humanos.

    Em portugus faz-se a distino entre lngua e linguagem. Em ingls, a palavra language significa tanto lngua (idioma) quanto linguagem (capacidade lingstica).

    !

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    AS LNGUAS NO MUNDO

    O fenmeno da linguagem prprio do ser humano. Uma das

    teorias mais importantes relativas a esse fenmeno sugere que j

    nascemos programados para falar, pois a anatomia humana nos favorece.

    No Texto 4.1, l-se:

    The language faculty is specific to the human species because no

    other creature possesses a language organ.

    E, justamente por fazer uso de um language organ, a comunicao

    humana peculiar.

    Conta a lenda da Torre de Babel (ver Aula 1) que, na nsia de

    se fazerem entender, os homens foram criando sistemas lingsticos

    distintos. Lenda ou no, a verdade que, ao longo dos sculos, esses

    sistemas complexos foram sendo desenvolvidos, constituindo as lnguas

    naturais. Foi assim que nasceram o portugus e o ingls, por exemplo.

    Estima-se que existem cerca de 4.000 lnguas no mundo, hoje. Se

    incluirmos os dialetos, o nmero pode chegar a 20.000.

    Dialeto uma variedade lingstica de uma lngua j existente, cujo vocabulrio e gramtica refletem diferenas regionais, sociais, interacionais e/ ou etrias.

    !

    A LNGUA INGLESA NO MUNDO

    Na trajetria das lnguas pelo mundo, algumas sobressaram e

    se tornaram mais conhecidas do que outras por razes diversas. Um

    exemplo disso a lngua inglesa, que surgiu por volta do sculo V e hoje

    o que denominamos lngua franca, isto , lngua usada como meio de

    comunicao entre falantes de nacionalidades diferentes. (J discutimos

    isso na Aula 1, lembra?) O ingls transformou-se numa ferramenta

    importante no mundo inteiro. Atualmente, algumas oportunidades

    profissionais privilegiam pessoas que possuem algum conhecimento da

    lngua inglesa. O Texto 4.3 parte 1 considera a importncia do ingls

    no mundo atual.

    Antes de ler o texto, porm, vamos continuar nossa reflexo sobre

    verbos modais.

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    LANGUAGE FOCUS II

    Revisando: O verbo modal d nuances de interpretao (permisso,

    conselho, obrigatoriedade, possibilidade, probabilidade, necessidade,

    proibio) ao verbo principal da frase. Os verbos modais sempre vm

    antes do verbo principal.

    Como j dissemos, should um verbo modal.

    Veja: Pedro can swim.

    Can you speak Portuguese?

    I have a toothache. I must go to the dentists.

    Nas frases anteriores, os verbos principais so: swim, speak,

    have e go.

    ATIVIDADES

    5. Volte ao Texto 4.1. Quais verbos o modal may acompanha nesse texto?

    _________________________________________________________________

    RESPOSTA

    May vem antes de be e learn.

    6. Observe a frase: Animals may learn some form of communication in captivity. Qual a idia que o modal may expressa nessa frase? (Consulte Language Focus I.)

    ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    RESPOSTA

    May expressa possibilidade.

    No Language Focus I, dissemos que must expressa obrigatoriedade.

    Mas must tambm indica probabilidade. Observe o exemplo a seguir.

    Se voc diz Mr. Costa is the oldest teacher in this college, signifi ca que

    voc sabe que essa informao est correta, no contexto em que est

    inserida (the college).

    A palavra college, que se parece muito com a palavra colgio em portugus, em ingls, signifi ca instituio de 3 grau, o equivalente ao que chamamos faculdade.

    !

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    Agora, se voc diz Mr. Costa must be the oldest teacher in this

    college ou, Mr. Costa might be the oldest teacher in this college, voc

    no conhece ningum no college que seja mais