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Material Digital do Professor Ciências – 7º ano 2º bimestre – Plano de desenvolvimento O Plano de desenvolvimento apresentado neste bimestre tem o objetivo de explicitar os objetos de conhecimento e as habilidades a serem trabalhados no bimestre e sua disposição no Livro do Estudante, bem como sugerir práticas de sala de aula que contribuam na aplicação da metodologia adotada. 1. Objetos de conhecimento e habilidades No quadro a seguir, dispomos os objetos de conhecimento e as habilidades trabalhadas em cada capítulo indicado para o estudo do 2º bimestre. No campo “Habilidades”, inserimos habilidades da BNCC e habilidades complementares que foram contempladas no Livro do Estudante. As habilidades destacadas em negrito são aquelas consideradas essenciais para a continuidade das aprendizagens dos estudantes ao longo dos bimestres. Referência no material didático Objetos de conhecimento Habilidades Capítulo 5 Onde habitam os seres vivos? Diversidade de ecossistemas (EF07CI07) Caracterizar os principais ecossistemas brasileiros quanto à paisagem, à quantidade de água, ao tipo de solo, à disponibilidade de luz solar, à temperatura etc., correlacionando essas características à flora e fauna específicas. Localizar os principais biomas brasileiros (Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Campos ou Pampa e Pantanal). Reconhecer a importância da preservação dos biomas brasileiros na sobrevivência das espécies impactadas pela exploração humana de recursos do ambiente. Localizar os principais biomas mundiais e conhecer suas características básicas. Capítulo 6 Biomas brasileiros: formações florestadas Diversidade de ecossistemas (EF07CI07) Caracterizar os principais ecossistemas brasileiros quanto à paisagem, à quantidade de água, ao tipo de solo, à disponibilidade de luz solar, à temperatura etc., correlacionando essas características à flora e fauna específicas. (EF07CI08) Avaliar como os impactos provocados por catástrofes naturais ou mudanças nos componentes físicos, biológicos ou sociais de um ecossistema afetam suas populações, podendo ameaçar ou provocar a extinção de espécies, alteração de hábitos, migração etc. Reconhecer os biomas florestados brasileiros como ricos em biodiversidade. Compreender a importância da preservação dos biomas florestados para a manutenção do fornecimento de serviços ecossistêmicos fundamentais à nossa sobrevivência e à de muitas espécies impactadas pela exploração humana de recursos do ambiente. Reconhecer os processos de desmatamento como resultado, na maior parte das vezes, da ação humana no ambiente. Conhecer as principais causas das queimadas e suas consequências. Refletir a respeito de possíveis alternativas para o desmatamento e as queimadas dos solos.

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2º bimestre – Plano de desenvolvimento

O Plano de desenvolvimento apresentado neste bimestre tem o objetivo de explicitar os

objetos de conhecimento e as habilidades a serem trabalhados no bimestre e sua disposição no Livro

do Estudante, bem como sugerir práticas de sala de aula que contribuam na aplicação da metodologia

adotada.

1. Objetos de conhecimento e habilidades

No quadro a seguir, dispomos os objetos de conhecimento e as habilidades trabalhadas em

cada capítulo indicado para o estudo do 2º bimestre. No campo “Habilidades”, inserimos habilidades

da BNCC e habilidades complementares que foram contempladas no Livro do Estudante. As

habilidades destacadas em negrito são aquelas consideradas essenciais para a continuidade das

aprendizagens dos estudantes ao longo dos bimestres.

Referência no material didático

Objetos de conhecimento Habilidades

Capítulo 5 Onde habitam os seres vivos?

Diversidade de ecossistemas

(EF07CI07) Caracterizar os principais ecossistemas brasileiros quanto à paisagem, à quantidade de água, ao tipo de solo, à disponibilidade de luz solar, à temperatura etc., correlacionando essas características à flora e fauna específicas.

Localizar os principais biomas brasileiros (Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Campos ou Pampa e Pantanal).

Reconhecer a importância da preservação dos biomas brasileiros na sobrevivência das espécies impactadas pela exploração humana de recursos do ambiente.

Localizar os principais biomas mundiais e conhecer suas características básicas.

Capítulo 6 Biomas brasileiros: formações florestadas

Diversidade de ecossistemas

(EF07CI07) Caracterizar os principais ecossistemas brasileiros quanto à paisagem, à quantidade de água, ao tipo de solo, à disponibilidade de luz solar, à temperatura etc., correlacionando essas características à flora e fauna específicas.

(EF07CI08) Avaliar como os impactos provocados por catástrofes naturais ou mudanças nos componentes físicos, biológicos ou sociais de um ecossistema afetam suas populações, podendo ameaçar ou provocar a extinção de espécies, alteração de hábitos, migração etc.

Reconhecer os biomas florestados brasileiros como ricos em biodiversidade.

Compreender a importância da preservação dos biomas florestados para a manutenção do fornecimento de serviços ecossistêmicos fundamentais à nossa sobrevivência e à de muitas espécies impactadas pela exploração humana de recursos do ambiente.

Reconhecer os processos de desmatamento como resultado, na maior parte das vezes, da ação humana no ambiente.

Conhecer as principais causas das queimadas e suas consequências.

Refletir a respeito de possíveis alternativas para o desmatamento e as queimadas dos solos.

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Referência no material didático

Objetos de conhecimento Habilidades

Capítulo 7 Biomas brasileiros: formações abertas

Diversidade de ecossistemas

(EF07CI07) Caracterizar os principais ecossistemas brasileiros quanto à paisagem, à quantidade de água, ao tipo de solo, à disponibilidade de luz solar, à temperatura etc., correlacionando essas características à flora e fauna específicas.

(EF07CI08) Avaliar como os impactos provocados por catástrofes naturais ou mudanças nos componentes físicos, biológicos ou sociais de um ecossistema afetam suas populações, podendo ameaçar ou provocar a extinção de espécies, alteração de hábitos, migração etc.

Compreender a importância da preservação dos biomas de formação aberta na manutenção do fornecimento de serviços ecossistêmicos fundamentais à sobrevivência das espécies impactadas pela exploração humana dos recursos do ambiente.

Reconhecer os processos de desertificação como resultado, na maior parte das vezes, da ação humana no ambiente.

Refletir sobre possíveis medidas para evitar a desertificação dos solos.

Reconhecer os biomas brasileiros de formação aberta como ricos em biodiversidade.

Estabelecer relação entre os processos de queimadas, desmatamento e desertificação e as consequências para o ar, o solo e a água.

Capítulo 8 Biomas brasileiros: formações mistas

Diversidade de ecossistemas

(EF07CI07) Caracterizar os principais ecossistemas brasileiros quanto à paisagem, à quantidade de água, ao tipo de solo, à disponibilidade de luz solar, à temperatura etc., correlacionando essas características à flora e fauna específicas.

(EF07CI08) Avaliar como os impactos provocados por catástrofes naturais ou mudanças nos componentes físicos, biológicos ou sociais de um ecossistema afetam suas populações, podendo ameaçar ou provocar a extinção de espécies, alteração de hábitos, migração etc.

Compreender a importância da preservação dos biomas de formação mista na manutenção do fornecimento de serviços ecossistêmicos fundamentais à sobrevivência das espécies impactadas pela exploração humana dos recursos do ambiente.

2. Atividades recorrentes na sala de aula

No 1º bimestre, sugerimos algumas atividades com o intuito de potencializar o processo de

ensino e de aprendizagem. Para este 2º bimestre, reapresentaremos algumas delas e faremos algumas

considerações sobre outras propostas de atividades que poderão ser desenvolvidas dentro ou fora do

espaço escolar, de forma a diversificar a prática docente e proporcionar experiências de aprendizagem

mais instigantes para os estudantes.

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Problematização e levantamento de conhecimentos prévios

Neste 2º bimestre, continuamos com a unidade temática Vida e Evolução, ampliando a

discussão sobre os problemas ambientais. Por se tratar de um tema que envolve tanto aspectos

ambientais quanto sociais relacionados aos principais ecossistemas brasileiros, é importante introduzir

o tema partindo do contexto real dos estudantes e do que eles já conhecem sobre ele. Nesse sentido,

o professor pode fazer perguntas relacionadas aos problemas ambientais e às características dos

ecossistemas que eles identificam em sua região e aos animais e plantas que habitam esses locais.

A continuidade de estimular a manifestação dos conhecimentos que os estudantes possuem

previamente sobre os conceitos e os conteúdos que serão abordados na sala de aula é de extrema

importância para que eles tenham a oportunidade de reconstruir seus significados. Portanto, os

conhecimentos prévios dos estudantes devem ser a base para a construção de novos conhecimentos,

de maneira a favorecer a sua aprendizagem e aumentar o seu repertório conceitual e cultural.

Para que o professor e o estudante possam acompanhar esse processo de construção do

conhecimento, uma alternativa é pedir ao estudante para registrar seus conhecimentos prévios sobre

determinado tema em forma de texto no caderno. Assim, esse conhecimento poderá ser resgatado

sempre que necessário e tanto o professor quanto o estudante poderão identificar o progresso da

aprendizagem.

Filmes e vídeos

Neste bimestre, sugerimos no Livro do Estudante um vídeo e um filme que podem ser exibidos

para a turma. Além de complementar e aprofundar os conteúdos, eles enriquecem a prática

pedagógica e podem ser um fator motivador para o envolvimento dos estudantes durante as aulas.

No capítulo 5, indicamos o vídeo Biodiversidade brasileira, produzido pelo Instituto Chico

Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que aborda os biomas brasileiros e a importância

de sua preservação. O vídeo tem curta duração e pode ser uma alternativa para introduzir o tema para

os estudantes e suscitar discussões sobre aspectos sociais e ambientais.

Já, no capítulo 6, indicamos o filme Tainá 3: a origem. Esse filme retrata algumas paisagens da

Floresta Amazônica e alguns elementos de sua fauna e flora, além de abordar a cultura indígena. Ao

final da exibição, o professor pode propor um debate e/ou uma produção de texto (resumo, resenha

crítica, relatório) sobre o filme. Essa atividade pode ser realizada em parceria com o professor de

Língua Portuguesa e permite identificar os níveis de entendimento e de aprendizagem dos estudantes.

Caso não seja possível exibir o filme, outra alternativa é pedir aos estudantes que assistam ao filme

em suas residências para depois discuti-lo em classe. Para isso, o professor, se considerar pertinente,

pode preparar um roteiro a ser preenchido pelos estudantes após assistirem ao filme para que possa

ser retomado na sala de aula.

É importante destacar que o uso desses recursos não deve se tornar apenas um momento de

descontração que pouco contribui para a aprendizagem dos estudantes sobre o tema. Por isso, é

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imprescindível que o professor faça um planejamento detalhado de como o filme ou o vídeo será

utilizado em sala de aula e avalie o quanto eles poderão realmente favorecer a aprendizagem dos

estudantes. Nesse sentido, seja qual for o vídeo ou o filme a serem utilizados em sala de aula, eles

devem ser criteriosamente avaliados pelo professor para que seus potenciais pedagógicos possam ser

explorados ao máximo.

Leitura e compreensão de texto

Em continuidade ao trabalho iniciado no bimestre anterior, a leitura e a compreensão de texto

permeiam todos os capítulos deste bimestre. Além do conteúdo abordado nos capítulos, na seção

“Leitura complementar”, presente na maioria deles, sugerimos textos pertinentes aos temas de cada

um dos capítulos oriundos de diferentes fontes para ser trabalhado com os estudantes. Cabe ao

professor avaliar o melhor momento para propor a leitura desses textos e a melhor forma para que

isso seja realizado (em voz alta, individualmente, pelo professor, etc.).

No capítulo 7, também indicamos a leitura do livro Chapeuzinho Vermelho e o Lobo-guará, de

Ângelo Machado (Melhoramentos, 2009). Esse livro busca tratar da preservação da natureza por meio

da fábula da Chapeuzinho Vermelho, que é recontada no Cerrado brasileiro, apontando para a

diversidade do Bioma e destacando a figura do lobo-guará, animal em perigo de extinção.

Discussão e correção das questões propostas no Livro do Estudante

As correções das atividades propostas no Livro do Estudante ao final de cada capítulo é um

modo de sistematizar os conceitos e o conteúdo do bimestre. Para isso, pode-se propor maneiras

diferenciadas para a resolução (individuais, em duplas, em grupos; na escola, na residência) e para sua

correção (no quadro pelo professor, no quadro pelos estudantes, individualmente nos cadernos de

cada estudante, entre outros). O importante nesse tipo de atividade é que o professor possa avaliar a

aprendizagem dos estudantes em relação aos conteúdos abordados nos capítulos.

Neste bimestre, há diversos mapas, infográficos e gráficos ao longo dos capítulos, inclusive nas

questões propostas no final. Nesses casos, é importante o professor estar atento às dificuldades dos

estudantes quanto à leitura e à interpretação desses recursos visuais. Se for o caso, uma alternativa é

o professor de Ciências trabalhar esses aspectos com a ajuda de professores de outros componentes

curriculares, como Geografia e Matemática.

Atividade de pesquisa em diversas fontes

É importante desenvolver nos estudantes, em diversas atividades que sejam realizadas –

levantamento de conhecimentos prévios, estudos do meio, produção de textos, atividades práticas,

etc. –, autonomia para pesquisar conhecimentos em diferentes fontes de pesquisa, sejam

bibliográficas ou digitais. No entanto, o professor deve instruir o estudante sobre o uso de fontes

confiáveis, bem como o discernimento de diferenciá-las, principalmente ao pesquisar fontes digitais.

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No Manual do Professor, indicamos atividades que permitem esse desenvolvimento, como a

atividade Biomas e áreas verdes, indicada para o capítulo 5, e a atividade A transposição do Rio São

Francisco, sugerida para o capítulo 7. Além de essas atividades exigirem pesquisa em diferentes fontes,

elas possuem uma interface com outros componentes curriculares, como História e Geografia.

Outro aspecto importante de ser explorado em atividades de pesquisa em diferentes fontes é

a socialização dos resultados de pesquisa, não apenas para permitir um maior acesso à informação,

mas também para favorecer a aprendizagem entre pares enquanto os estudantes constroem

colaborativamente o conhecimento.

Atividades práticas

A atividade prática sugerida para este bimestre, assim como outras atividades práticas

propostas no bimestre anterior, favorece o desenvolvimento de habilidades e competências previstas

para o ensino de Ciências por permitir uma abordagem mais investigativa para o processo de ensino e

aprendizagem. Veja mais detalhes sobre esta atividade a seguir:

• Capítulo 7 – A proposta da atividade prática é a construção de um modelo que permita verificar o papel da vegetação em conter o processo de erosão do solo. Para essa atividade, sugerimos que o professor incentive o trabalho em equipe, a elaboração de hipóteses, a confirmação ou não dessas hipóteses e a criação de soluções plausíveis para questões reais. Nesse processo, é importante que sejam feitos registros escritos sobre as observações praticadas pelos grupos e, ao final da atividade, uma sistematização das etapas na forma de elaboração de um relatório próximo aos moldes científicos, constando de título, autores, introdução, material e procedimentos, resultados, conclusões e referências.

Estudos do meio

Caracterizamos as atividades de estudos do meio como atividades que podem ser realizadas

fora do ambiente escolar, como os passeios, as visitas, as atividades de campo. São alternativas

metodológicas que auxiliam o estudante a pensar o mundo criticamente, contribuindo para a melhoria

da qualidade do processo de ensino e aprendizagem e propiciando a formação para a cidadania.

Para esse tipo de atividade, torna-se imprescindível que seja feito um levantamento de locais

que possam ser visitados, dependendo do objetivo que se deseja e do recurso destinado.

Neste bimestre, em especial, esse tipo de abordagem didática favorece o desenvolvimento das

habilidades e das competências previstas, pois pode colocar os estudantes em contato direto com

alguns biomas abordados nos capítulos. É por isso que, no boxe “Visite também” do capítulo 5,

indicamos um link contendo uma lista de Parques Nacionais abertos à visitação pública em diferentes

regiões do país. Essa lista pode ajudar o professor a organizar uma atividade de estudo do meio de

alguma localidade próxima à região da escola ou do município. Vale destacar que o professor não

precisa se limitar apenas aos parques indicados nessa lista. É possível também propor visitas a

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zoológicos e jardins botânicos para que os estudantes possam ver os animais e associá-los aos

diferentes biomas brasileiros e mundiais.

No Manual do Professor, também são sugeridas algumas atividades de estudo do meio que

podem ser mais acessíveis, como a visita a uma ONG que trabalhe com sustentabilidade para que os

estudantes possam ter contato com profissionais que se envolvem em projetos sociais e

desenvolvimento sustentável, impacto na comunidade, bem como estratégias de divulgação utilizadas

pela ONG para chegar aos seus objetivos. Outra sugestão é levar os estudantes para algum local

próximo da região e que esteja sofrendo um processo de erosão bem evidente. Nesse caso, é

importante que o professor conheça o local antecipadamente e verifique a melhor forma de conduzir

a visita. A parceria com professores de outros componentes curriculares pode ser uma alternativa para

enriquecer esse tipo de atividade e favorecer uma abordagem mais complexa dos conteúdos a serem

desenvolvidos.

Caso esse tipo de atividade não seja possível, recomendamos que o professor, ao menos,

incentive os estudantes a conhecerem esses locais, como parques ecológicos e zoológicos,

acompanhados por seus familiares e amigos e indique algum local próximo para isso.

Para as atividades de estudo do meio, reconhecemos que seu êxito está diretamente

relacionado às atividades feitas antes da saída, durante a saída e as realizadas pelos estudantes após

a saída. Por isso, o planejamento do professor para essas atividades deve ser muito bem elaborado

para que a saída não se transforme apenas em um “passeio”.

3. Relação entre a prática didático-pedagógica e o

desenvolvimento de habilidades

O tema central do 2º bimestre se refere aos biomas brasileiros, destacando suas características

e a importância de sua preservação. Assim, ao longo dos quatro capítulos deste bimestre, a narrativa

se desenvolve apresentando cada um dos biomas brasileiros de acordo com suas características.

Dessa forma, o capítulo 5 continua com a unidade temática Vida e Evolução iniciada no

bimestre anterior e introduz os principais conceitos necessários para que o estudante compreenda o

que é um bioma e consiga diferenciá-lo de outros conceitos, como biosfera e ecossistema. Antes de

apresentar os biomas brasileiros, os principais biomas do planeta são representados utilizando-se suas

localizações no mapa-múndi e fotografias dessas regiões que os associam a elas. Assim, os estudantes

podem compreender e identificar visualmente a localização e as características gerais de cada um

deles. Depois, o capítulo faz um recorte para os biomas brasileiros, apresentando brevemente cada

um dos biomas que serão estudados ao longo do bimestre.

Como é possível que muitos estudantes não tenham tido contato com alguns biomas

brasileiros, todos os capítulos possuem diversas fotografias que evidenciam paisagens e animais típicos

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dos biomas a que se referem. Além de auxiliar os estudantes a identificarem as suas principais

características, essas fotografias permitem que eles façam comparações entre os diferentes biomas e

podem ser utilizadas para suscitar questões disparadoras sobre suas possíveis localizações e

semelhanças. O professor também pode utilizá-las para levantar os conhecimentos prévios dos

estudantes e, com o registro escrito dessas respostas iniciais, ele poderá identificar o progresso da

aprendizagem deles. Outra alternativa é explorar outros espaços além da escola que representem

algum desses biomas.

Além disso, há vários conceitos e termos ao longo do capítulo que podem ser elencados de

maneira articulada para maior compreensão dos estudantes. É possível explorar as diversas imagens

existentes ao longo do texto para que os estudantes as interpretem e reflitam sobre as possíveis

associações entre elas e os conceitos.

É importante que, ao abordar os diferentes biomas brasileiros, o professor procure uma

abordagem contextualizada partindo da realidade dos estudantes. Nesse sentido, os mapas que são

apresentados nos capítulos indicados para este bimestre podem ser utilizados pelo professor de forma

que os estudantes possam localizar a cidade em que residem. Além desses mapas, o professor pode

usar um mapa político do Brasil para auxiliá-los nesta atividade e pedir que apontem o bioma dessa

região. Contudo, mais do que saber localizar esses biomas, é importante que o estudante compreenda

quais são os fatores que determinam essa distribuição. Assim, o professor pode pedir aos estudantes

que reflitam e tentem identificar as características da região em que vivem em relação à fauna, à flora

e ao clima, por exemplo, partindo da vivência que eles próprios possuem. Para que os estudantes e o

professor possam resgatar essas informações, o professor pode pedir que elas sejam registradas no

caderno.

Além disso, os mapas permitem uma análise mais comparativa dos biomas, principalmente no

que se refere a áreas originais e remanescentes. Essa análise também pode ser associada às fotografias

apresentadas nos capítulos ou a outras imagens que o professor considerar pertinentes. Durante as

discussões, é importante que o professor procure fazer com que os estudantes argumentem sobre as

possíveis causas e consequências dessa diminuição da vegetação original para que eles exercitem o

pensamento crítico e possam se posicionar sobre o tema.

Para ampliar as discussões, o capítulo 5 traz o conceito de desenvolvimento sustentável e o

porquê da preocupação com a preservação ambiental. Pelo fato de esse conceito estar

constantemente sendo veiculado pela mídia, o professor pode propor um trabalho de pesquisa em

grupos, elencando alguns temas relacionados para serem apresentados em forma de seminários.

Outra alternativa é propor a construção de um blog em que os estudantes possam fazer a divulgação

de seus trabalhos após a validação do professor.

Nos demais capítulos previstos para este bimestre, as formações florestadas, abertas e mistas

do Brasil são abordadas de forma mais detalhada. Além de suas respectivas localizações nos mapas e

fauna e flora características, os capítulos apresentam aspectos sociais e econômicos associados aos

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biomas brasileiros. Esses aspectos são importantes para que os estudantes possam compreender a

importância de cada bioma no contexto nacional e mundial.

No capítulo 6, a primeira floresta que caracterizamos é a Floresta Amazônica, que é palco de

muitas polêmicas e promove debates de nível nacional e internacional. É importante que o professor

explore os aspectos sobre esse bioma, suscitando debates sobre a pesca artesanal e a pesca comercial

que ocorrem nos rios amazônicos e também sobre o desmatamento e as queimadas sofridas pela

vegetação. Há diversos procedimentos didáticos que podem favorecer a aprendizagem dos estudantes

e o desenvolvimento das habilidades e das competências propostas para este bimestre, como

atividades de pesquisa dessas informações em sites da internet ou estudo do meio com produção de

relatórios, se possível. As informações podem ser apresentadas à turma no formato de seminário,

debate, roda de conversa, etc. Outro aspecto interessante trazido pelo capítulo é o extrativismo e seu

impacto nessa região. O tema abre espaço para que o professor retome o conceito de

desenvolvimento sustentável e discuta com os estudantes o potencial sustentável do extrativismo

como uma alternativa aos problemas enfrentados na região da Floresta Amazônica.

Além da Floresta Amazônica, o capítulo apresenta a Mata dos Cocais, pertencente ao bioma

da Floresta Amazônica, com sua vegetação de grande interesse comercial e sua diversidade faunística,

bem como a Mata Atlântica, a Mata de Araucárias e os Manguezais.

Ao abordar a Mata Atlântica, é possível integrar os conteúdos de Ciências com o componente

curricular de História associando o processo de colonização do Brasil com o início da devastação da

Mata Atlântica. Também é possível encontrar interfaces dos conteúdos do capítulo com o componente

curricular de Geografia, como correlacionar o clima da Mata Atlântica com as diversas regiões onde se

localizam e os ecossistemas que nela existem, bem como a relação entre o relevo dessa floresta, a

altura do solo (e suas outras características) e o favorecimento da erosão. A importância da

biodiversidade da Mata Atlântica, o grande número de espécies endêmicas e as relações ecológicas

evidenciadas no capítulo também são temas relevantes que podem fomentar debates em classe

devido aos fatores que podem promover a extinção de espécies e, consequentemente, a redução da

biodiversidade.

Os Manguezais também são sensíveis no que se refere à degradação ambiental. Nesse sentido,

é importante que o professor os associe às regiões em que se encontram, à biodiversidade de fauna e

flora e às suas características abióticas. Assim, o professor fornecerá elementos para que os estudantes

discutam sobre a degradação que ocorre nos Manguezais, elencando seus motivos, e reflitam sobre

quais ações poderiam ser tomadas para que a região seja sustentável. Esses conceitos abordados

durante as discussões podem ser sistematizados por meio da resolução das atividades sugeridas no

capítulo.

O capítulo 7 tem como fio condutor as formações abertas dos biomas brasileiros, como o

Cerrado, a Caatinga e o Pampa. Mais uma vez, é importante que o professor explore os diferentes

aspectos relacionados a esses biomas, evidenciando as regiões que ocupa, suas características

abióticas, de fauna e de flora. No caso do Cerrado, por exemplo, é possível discutir sobre a importância

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comercial de sua flora e as muitas espécies animais ameaçadas de extinção. Esse pode ser um

importante momento para promover a valorização da diversidade de saberes e vivências dos

estudantes.

Complementamos o capítulo discorrendo sobre as serpentes que podemos encontrar em todo

o Brasil e o processo de desertificação em algumas áreas. Para um trabalho de pesquisa, o tema

serpentes pode instigar a curiosidade dos estudantes. Outra possibilidade é programar uma atividade

de estudo do meio e propor uma visita a um zoológico ou parque ecológico em que os estudantes

poderão observar animais de vários biomas, tanto brasileiros como mundiais.

O capítulo 7 também prevê uma atividade prática, chamada de Proteção do solo. Sugerimos

que essa atividade seja realizada com os estudantes divididos em grupos, pois essa abordagem

também permite uma maior interação entre eles e favorece o desenvolvimento de uma postura

colaborativa. Durante a atividade, é importante que o professor oriente e incentive os estudantes a

investigarem, refletirem, imaginarem e a serem criativos ao elaborar as hipóteses da atividade e a

testá-las, formulando e resolvendo problemas e criando soluções com base no que aprenderam.

Atividades como essa são importantes para o ensino de Ciências, pois permitem que os estudantes

desenvolvam o pensamento científico e se familiarizem com o método científico.

No último capítulo do 2º bimestre, o capítulo 8, consideramos as formações mistas compondo

os biomas brasileiros, sendo o Pantanal o bioma característico desse tipo de formação. Apresentamos

o Pantanal descrevendo seus padrões de paisagens, clima, o que ocorre nos períodos de chuva e de

seca e sua exuberante fauna, além de abordar o turismo ecológico e a educação ambiental. Para

abordar esse conteúdo, sugerimos que o professor simule com os estudantes uma conferência de meio

ambiente e deixe-os argumentar, formular, negociar e defender ideias e pontos de vista sobre as ações

que poderiam ser realizadas nesse bioma para que ele fosse preservado. Ao final do debate, o

professor pode pedir aos estudantes que elaborem cartazes sobre as conclusões a que chegaram.

À medida que o conteúdo vai se ampliando no bimestre, para cada um dos biomas abordados,

o professor pode propor aos estudantes que sistematizem os conceitos e os conteúdos para que as

especificidades de cada bioma possam ser evidenciadas. O professor também pode sugerir aos

estudantes que, em duplas ou individualmente, construam uma síntese sobre os biomas brasileiros

com base no que foi discutido em classe ou por meio de uma pesquisa on-line. Os estudantes podem

realizar essa atividade em sua residência ou na escola (em laboratórios de informática, por exemplo).

Para concluir, o professor pode pedir aos estudantes que relatem para a turma as sínteses elaboradas

de forma que possam socializar suas aprendizagens.

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4. Gestão da sala de aula

Gestão de conflitos (relações interpessoais)

Durante todo o 2º bimestre, muitas interações ocorrerão entre os estudantes e entre eles e o

professor. Seja nos momentos de discussão, na atividade prática, na realização das questões propostas

nos capítulos, é importante que o professor promova um espaço de diálogo, acolhimento e respeito,

sempre valorizando a diversidade cultural entre os estudantes. Essas práticas favorecem o

desenvolvimento de competências gerais da Educação Básica presentes na BNCC que se referem

especificamente à riqueza da troca de conhecimentos e uso de diferentes linguagens para a

aprendizagem.

A atividade prática Proteção do solo, no capítulo 7, por exemplo, permite o trabalho em equipe

e possibilita ao professor identificar quais tipos de interações estão ocorrendo e qual é a qualidade

dessas interações para que possa favorecer o desenvolvimento dessas competências.

É muito importante que o professor tenha em mente que a gestão de conflitos deve ocorrer

de forma constante na sala de aula. O papel do professor nesse processo deve ser sempre no sentido

de mediar esses conflitos para que prevaleça o respeito mútuo e o acolhimento ao outro. Nesse

sentido, como sugerido no 1º bimestre, o professor pode continuar aplicando uma autoavaliação ao

final das atividades para que os estudantes identifiquem os pontos positivos e negativos das interações

ocorridas e possam discutir e propor ações para suas melhorias. Além disso, o professor pode organizar

rodas de conversa com os estudantes para que possam analisar de forma crítica as relações

interpessoais da turma e procurar soluções que favoreçam a convivência no espaço escolar.

Gestão do tempo

No 2º bimestre, como o professor já possui um maior conhecimento sobre os estudantes e a

dinâmica da turma, é possível realizar um planejamento das atividades considerando essas

características de forma a identificar a melhor maneira de gerir o tempo a ser despendido em cada

atividade.

Assim, além das orientações em relação à gestão de tempo elencadas no plano de

desenvolvimento do 1º bimestre, ao programar uma atividade em grupo, como sugerido na atividade

prática do capítulo 7, sugerimos que o professor componha grupos heterogêneos em termos de

aprendizagem para que uns possam aprender com os outros. Essa organização dos grupos pode

favorecer o cumprimento das atividades no tempo previsto para cada uma delas, uma vez que permite

reunir estudantes com características complementares.

Gestão do espaço

Para cada uma das atividades propostas para este bimestre, é importante que o professor

planeje como elas serão desenvolvidas pelos estudantes e como ocorrerá essa organização.

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Assim, nas atividades que envolvem discussão, leitura, vídeos e filmes, é possível organizar a

turma de diferentes formas, como já citadas no 1º bimestre. Em qualquer uma das atividades, o

professor deve sempre levar em consideração qual a melhor forma de organizar o espaço, seja em sala

de aula ou em outro local, para que ela favoreça a aprendizagem dos estudantes.

Se a atividade for desenvolvida em grupos, além dos critérios para a composição dos grupos,

também faz parte desse planejamento determinar como será a disposição desses grupos no espaço da

sala de aula ou no local escolhido para o desenvolvimento da atividade e providenciar para que,

durante a atividade, essa organização se mantenha e possa, de fato, promover a aprendizagem.

Vale destacar que a organização do espaço pode ter implicações diretas na gestão do tempo.

Dessa forma, em seu planejamento, o professor precisa considerar tanto aspectos que influenciam na

organização do espaço quanto na disponibilidade do tempo. Nos casos em que seja necessário mudar

a disposição comumente encontrada na sala ou no espaço escolhido, o professor deve prever o tempo

a ser despendido para o deslocamento de mesas, carteiras ou outros mobiliários existentes nesse

espaço. Ele também precisará estimar o tempo para reorganizar o espaço ao final da atividade,

retornando seus mobiliários ou o que quer que tenha sido alterado para a disposição convencional,

preparando a sala e deixando-a em ordem para o próximo professor que for lecionar para a turma.

Para este bimestre, propomos que o professor, além de explorar espaços da escola ou de seu

entorno, considere outros espaços, como parques ecológicos, zoológicos e jardins botânicos, para

desenvolver atividades de estudo do meio ou visitas monitoradas, pois, como dito no tópico “Estudos

do meio”, esses locais podem colocar o estudante em contato direto com a natureza e favorecer o

desenvolvimento das habilidades e das competências previstas para este bimestre, além de ampliar as

interações dos estudantes com outras pessoas e espaços do ambiente escolar e fora dele.

5. Acompanhamento da aprendizagem dos estudantes

Neste 2º bimestre, além do que já foi proposto no bimestre anterior como formas de avaliação

da aprendizagem dos estudantes e seguindo a mesma perspectiva teórica para avaliação, destacamos

alguns instrumentos de avaliação em função das competências e habilidades previstas para o bimestre

e dos procedimentos didáticos adotados.

Produção de texto

Considerando os procedimentos didáticos sugeridos para este bimestre, há diversas

oportunidades em que o professor poderá solicitar a produção de textos para os estudantes.

No caso da atividade prática do capítulo 7, o professor pode pedir aos estudantes que

produzam um relatório ao final da atividade. Outra opção é propor que produzam uma síntese sobre

o filme sugerido no capítulo 6, apontando os principais aspectos abordados no filme que tem relação

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Ciências – 7º ano

2º bimestre – Plano de desenvolvimento

com o conteúdo do bimestre. Caso seja possível o estudo do meio ou a visitação a um espaço não

formal, o professor também pode solicitar que os alunos relatem por escrito o que observaram e quais

relações com o conteúdo do bimestre eles conseguem estabelecer. Dependendo da atividade proposta

no estudo do meio, é possível também pedir um relatório mais completo sobre a atividade.

Ao utilizar a produção de textos, é importante que o professor observe as dificuldades de

escrita dos estudantes e propor, com a participação de professores de outras componentes

curriculares, principalmente de Língua Portuguesa, atividades que possam ajudar o desenvolvimento

deles, principalmente se constatarem algumas dificuldades para esse desenvolvimento.

Resolução de questões na classe e na residência do estudante

Além de auxiliar no desenvolvimento das habilidades propostas para este bimestre, a

resolução das questões sugeridas ao final de cada um dos capítulos permite que o professor

acompanhe a aprendizagem dos estudantes ao longo do bimestre e, portanto, configura um

instrumento de avaliação importante nesse processo. Cabe ao professor decidir se essas questões

deverão ser resolvidas pelos estudantes em classe ou em suas residências. Seja qual for a opção do

professor, o momento da correção deve ocorrer de forma que o estudante possa expor qual foi seu

raciocínio durante a resolução da questão. Por isso, sugerimos que, sempre que possível, o professor

corrija as questões propostas junto com os estudantes e intervenha sempre que necessário para sanar

as dúvidas que surgirem.

Neste bimestre, também há questões envolvendo a leitura e a interpretação de mapas e

gráficos. É possível que alguns estudantes ainda tenham dificuldade para resolver essas questões.

Portanto, é importante que o professor dê uma atenção especial para situações como essas e auxilie

os estudantes nesse processo.

6. Fontes de pesquisa para uso em sala de aula ou para

apresentar aos estudantes

Há diversas fontes de pesquisa confiáveis que podem ser utilizadas para trabalhar conteúdos

de Ciências com os estudantes de Ensino Fundamental – Anos Finais. Veja a seguir algumas indicações.

• Aquário de Natal: <www.aquarionatal.com.br/> (acesso em: 8 out. 2018).

Site do Aquário de Natal (RN).

• Ciência Hoje das Crianças: <http://chc.org.br/> (acesso em: 8 out. 2018).

Este site apresenta inúmeras matérias relacionadas ao tema Ciências em linguagem apropriada

para crianças. Indicado para produzir atividades de investigação, leitura e pesquisa.

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• IBciência – Canal de Divulgação Científica da Biblioteca do Instituto de Biociências da USP: <www.sibi.usp.br/noticias/ibciencia-canal-divulgacao-cientifica-biblioteca-ibusp/> (acesso em: 8 out. 2018).

O site traz diversos vídeos para divulgar atividades científicas e acadêmicas do Instituto de

Biociências da Universidade de São Paulo (USP).

• Jardim Botânico de Brasília: <www.jardimbotanico.df.gov.br/> (acesso em: 8 out. 2018).

Site do Jardim Botânico de Brasília (DF).

• Jardim Botânico do Rio de Janeiro: <www.jbrj.gov.br/> (acesso em: 8 out. 2018).

Site do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RJ).

• Museu da Amazônia: <http://museudaamazonia.org.br/pt/> (acesso em: 8 out. 2018).

Site do Museu da Amazônia, localizado na Reserva Florestal Adolpho Ducke, do Instituto

Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, em Manaus (AM).

• Oceanário de Aracaju: <www.tamar.org.br/centros_visitantes.php?cod=10> (acesso em: 8 out. 2018).

Site do Oceanário de Aracaju (SE).

• Um pé de quê?: <http://umpedeque.com.br/> (acesso em: 8 out. 2018).

O site traz vídeos e fichas técnicas com informações sobre diversas árvores brasileiras.

Recomendado para atividades em que são pesquisadas características específicas de órgãos vegetais.

• Vista virtual do Jardim Botânico de São Paulo: <http://s.ambiente.sp.gov.br/JardimBotanico/tourvirtual/index.html> (acesso em: 11 out. 2018).

Site do Jardim Botânico de São Paulo (SP), com passeio virtual.

• Zoológico de São Paulo: <www.zoologico.com.br/> (acesso em: 8 out. 2018).

Site do Zoológico de São Paulo (SP).

7. Projeto integrador

O Brasil é um país rico?

Tema Patrimônio ambiental brasileiro.

Problema central enfrentado Como valorizar e conservar o patrimônio ambiental brasileiro?

Produto final Quebra-cabeça dos biomas brasileiros.

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2º bimestre – Plano de desenvolvimento

Justificativa

O Brasil é um dos países do mundo com maior biodiversidade, a qual está diretamente

relacionada às diferentes paisagens e biomas que possui. Essa riqueza de ambientes por sua vez

também se associa a diversas manifestações culturais tradicionalmente desenvolvidas nesses locais.

Entretanto, esse patrimônio vem sofrendo graves ameaças devido a ações antrópicas ligadas a

diferentes atividades econômicas que causam diminuição da diversidade biológica, mudanças no uso

e na ocupação das terras, conflitos com povos tradicionais e perda de suas identidades. Bastante

cobiçado por outros países, o patrimônio ambiental brasileiro não é devidamente valorizado por

grande parte da população do nosso país. Conhecer tal patrimônio é um passo essencial para que esse

quadro seja alterado, garantindo a sua conservação.

Sendo assim, este projeto integrador busca incentivar os estudantes a conhecerem e

valorizarem o patrimônio ambiental brasileiro, tornando-os, junto às suas famílias e comunidades,

agentes multiplicadores da importância de conservá-lo. Para a execução do projeto, os estudantes

deverão articular objetos de conhecimento de diferentes componentes curriculares, empregando

habilidades variadas associadas a competências gerais e habilidades fundamentais para o

desenvolvimento pessoal e atuação como cidadãos brasileiros.

Competências gerais desenvolvidas

• 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

• 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

• 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

• 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

• 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

• 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e

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valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

• 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Objetivos

• Identificar os ecossistemas brasileiros e reconhecer suas áreas de ocorrência.

• Pesquisar características intrínsecas e fatores socioculturais associados aos biomas brasileiros.

• Confeccionar mapas e quebra-cabeças que permitam reconhecer as dimensões dos biomas.

Habilidades em foco

Componente curricular

Objeto de conhecimento Habilidade

Ciências Diversidade de ecossistemas

(EF07CI07) Caracterizar os principais ecossistemas brasileiros quanto à paisagem, à quantidade de água, ao tipo de solo, à disponibilidade de luz solar, à temperatura etc., correlacionando essas características à flora e fauna específicas.

Ciências Fenômenos naturais e impactos ambientais

(EF07CI08) Avaliar como os impactos provocados por catástrofes naturais ou mudanças nos componentes físicos, biológicos ou sociais de um ecossistema afetam suas populações, podendo ameaçar ou provocar a extinção de espécies, alteração de hábitos, migração etc.

Geografia Mapas temáticos do Brasil

(EF07GE09) Interpretar e elaborar mapas temáticos e históricos, inclusive utilizando tecnologias digitais, com informações demográficas e econômicas do Brasil (cartogramas), identificando padrões espaciais, regionalizações e analogias espaciais.

Geografia Biodiversidade brasileira

(EF07GE11) Caracterizar dinâmicas dos componentes físico-naturais no território nacional, bem como sua distribuição e biodiversidade (Florestas Tropicais, Cerrados, Caatingas, Campos Sulinos e Matas de Araucária).

Duração

O projeto deve ter duração de 2 meses, contemplando espaços para as atividades individuais

e em grupo nas aulas dos dois componentes curriculares envolvidos e o trabalho individual fora do

horário escolar.

Material necessário

• Pastas catálogo

• Folhas sulfite tamanho A4

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• Folhas sulfite tamanho A3 ou cartolina

• Papel vegetal (caso não seja possível fazer cópias impressas do mapa dos biomas brasileiros)

• Lápis de cor

• Canetas hidrográficas

• Tesouras com pontas arredondadas

• Papelões finos

• Caixas grandes, de calçado ou similar

• Materiais específicos de acordo com o tipo de pantógrafo escolhido pelo grupo

Perfil do professor coordenador do projeto

O professor coordenador do projeto deverá ter uma percepção clara das articulações entre os

objetos de conhecimento envolvidos na proposta, bem como a capacidade de atuar como uma

liderança junto dos demais colegas e dos estudantes, motivar e orientar a todos enquanto se mantém

aberto às contribuições e às críticas dos participantes do projeto. Também deve estar preparado para

eventuais mudanças de estratégia, se necessário. Junto dos grupos formados pelos estudantes, o

professor coordenador deverá atuar como um tutor, incentivando o trabalho autônomo e colaborativo

dentro dos grupos e mediando eventuais conflitos que possam surgir.

Cabe ao professor coordenador organizar, junto à turma e aos professores participantes do

projeto, as atividades realizadas dentro e fora do espaço escolar, bem como o cronograma de

desenvolvimento de tais atividades, considerando os objetivos estabelecidos.

Desenvolvimento

Etapa 1 – Conhecendo o patrimônio ambiental brasileiro e as ameaças a sua conservação

Como atividade motivadora para o início do projeto, os professores podem fazer a seguinte

pergunta aos estudantes: “O Brasil é rico?”. Obviamente haverá uma diversidade de respostas e talvez

muitas divergências de opinião, mas é bem provável que a maioria delas associe riqueza apenas a

aspectos econômicos/financeiros, sem considerar como grandes tesouros do Brasil o patrimônio

ambiental e a diversidade cultural a ele associados. Nesse caso, cabe aos professores instigarem os

estudantes a fazerem uma reflexão inicial sobre o significado dessa riqueza, se e de que forma ela pode

ser usada de modo sustentável e quais os riscos a que tal patrimônio está sujeito. Essa roda de conversa

permitirá aos professores identificarem as concepções e os conhecimentos prévios dos estudantes

sobre o tema a ser trabalhado no projeto. É importante os professores realizarem o registro das

impressões iniciais dos estudantes e compartilharem com eles tais informações, as quais deverão ser

revisitadas na etapa final do projeto para que possam ser avaliadas as mudanças ocorridas ao longo

do processo.

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2º bimestre – Plano de desenvolvimento

Logo após essa atividade, os professores devem apresentar as informações gerais sobre o

projeto – objetivos, cronograma, metas, componentes, professores envolvidos, etc. – e abrir espaço

para sugestões dos estudantes a respeito do que pode ser modificado ou acrescentado à proposta

inicial. Nesta fase, também deve ser feita a organização dos grupos, buscando que os integrantes do

grupo não sejam escolhidos simplesmente pelas afinidades entre si, mas que a composição do grupo

contemple estudantes com perfis e capacidades distintas, propiciando uma interação colaborativa e

complementar entre eles. Cada grupo deverá registrar todas as etapas do projeto em uma pasta-

portfólio (pasta catálogo), a qual concentrará tanto as atividades individuais como as coletivas feitas

pelos membros do grupo. Outro aspecto importante para o bom andamento do projeto é a distribuição

das atividades que deverão ser realizadas no tempo disponível. Uma tabela contendo um cronograma

previsto para realização das etapas e atividades associadas a elas ajudará os estudantes a se

organizarem e compreenderem a importância do planejamento na execução de um projeto.

O passo seguinte desta etapa consiste em realizar uma pesquisa mais detalhada a respeito do

patrimônio ambiental brasileiro a partir de pesquisas sobre as regiões dos biomas brasileiros.

Sugerimos que os grupos de estudantes pesquisem um bioma brasileiro ou, caso haja um número de

estudantes que possibilite organizar mais de um grupo trabalhando com um mesmo bioma, regiões de

determinado bioma brasileiro, a fim de delinear e focar a gama de informações que cada grupo

pesquisará considerando os assuntos e objetivos pesquisados.

Para facilitar a compreensão dos estudantes para os textos que serão analisados durante a

pesquisa, eles devem levantar informações sobre conceitos fundamentais como: ecossistema,

formação vegetal, bioma, etc., a fim de compreenderem, entre outras coisas, as diferentes

classificações que encontrarão nos textos e mapas sobre o assunto. Para isso, sugerimos consultas em

livros didáticos ou páginas da internet de instituições universitárias ligadas à área de Ecologia.

Sugerimos também a criação de um glossário coletivo para consulta dos grupos durante a realização

das atividades de pesquisa.

Essa pesquisa deverá permitir que eles conheçam os fatores bióticos – espécies que compõem

a fauna e a flora dos ecossistemas que fazem parte do bioma pesquisado –, os fatores abióticos –

presença de rios, lagos, proximidade com o mar, umidade, pluviosidade, tipo(s) de solo, clima,

temperatura, etc. – e processos – relações entre os fatores bióticos e abióticos dos ecossistemas, bem

como serviços ecossistêmicos (os benefícios gerados ao homem por parte dos diferentes biomas) que

compõem o patrimônio ambiental do nosso país.

A pesquisa deve abarcar também as atividades econômicas tradicionais e manifestações

culturais típicas associadas aos diferentes biomas, bem como as mudanças ocorridas ao longo do

tempo. Outro aspecto que precisa ser investigado são impactos ocorridos nas regiões do bioma,

provocados por agentes naturais ou antrópicos. Oriente os estudantes a buscarem as alterações nos

fatores bióticos e abióticos – como extinção de espécies, alterações de hábitos, fragmentação de

habitat, etc.

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Ciências – 7º ano

2º bimestre – Plano de desenvolvimento

Sugerimos que os professores façam um roteiro de perguntas a fim de orientar a pesquisa,

evitando que os estudantes busquem informações que não são foco do projeto e, por outro lado,

negligenciem aquelas que são importantes para o seu desenvolvimento. A seguir, são apresentadas

algumas perguntas para facilitar a organização e a busca por informações durante a pesquisa dos

estudantes.

• Que ecossistemas diferentes podemos encontrar nesse bioma? Quais espécies compõem a fauna e a flora dos ecossistemas desse bioma?

• Indique espécies endêmicas e espécies ameaçadas de extinção desse bioma.

• Quais as características – quantidade de rios e lagos, tipo(s) de solo, pluviosidade, clima, temperatura, etc. – desse bioma? Quais as relações entre as espécies encontradas no bioma e essas características?

• Quais recursos naturais desse bioma são utilizados pelas atividades econômicas tradicionais dos municípios dessa região? Descreva algumas dessas atividades econômicas.

• Quais recursos naturais desse bioma são explorados por grandes empresas e indústrias?

• Quais os impactos sofridos por esse bioma? E as consequências, atuais e para o futuro, desses impactos?

• Historicamente, ocorreram grandes catástrofes que alteraram esse bioma? Quais? Que impactos e alterações essas catástrofes provocaram?

• Qual a área natural ocupada atualmente por esse bioma?

• Quais regiões do bioma sofreram e/ou sofrem impactos por ações antrópicas? Quais as principais atividades antrópicas que causaram e/ou causam esses impactos?

• Quais manifestações culturais são típicas da região em que esse bioma ocorre? Quando relevante, comente a relação entre essas manifestações e elementos naturais da flora e da fauna.

Os estudantes devem ser orientados a buscar tais informações em fontes diversas, porém

confiáveis, e organizá-las de modo adequado. Se houver possibilidade de usarem a internet na escola

e/ou em suas residências, eles devem ser estimulados a usá-la como ferramenta de pesquisa.

A seguir, sugerimos alguns links que podem auxiliar no desenvolvimento dessa atividade.

• <www.mma.gov.br/biomas.html>;

• <www.mma.gov.br/gestao-territorial/pmabb.html>;

• <www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/comunicacao/publicacoes/publicacoes-diversas/dcom_sumario_executivo_livro_vermelho_ed_2016.pdf>;

• <www.cultura.gov.br/noticias-destaques/-/asset_publisher/OiKX3xlR9iTn/content/entenda-o-que-e-cultura-popular-e-suas-diferentes-manifestacoes/10883>.

Acesso em: 3 out. 2018.

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Ciências – 7º ano

2º bimestre – Plano de desenvolvimento

A fim de complementar as informações discutidas nas apresentações, sugerimos que os

estudantes façam uma roda de conversa para discutir a pergunta: “Qual a relação entre as

características do bioma e as características da fauna e da flora?”. Para responder a essa pergunta,

instigue-os a rever os fatores abióticos que caracterizam cada um dos biomas e a correlacionar isso às

características dos seres vivos encontrados nos biomas. Por exemplo: adaptações das plantas e dos

animais do Cerrado à ocorrência de queimadas naturais nesse bioma; adaptações de plantas da

Caatinga para armazenar água e diminuir a perda de água por transpiração, etc. Dessa maneira, os

estudantes compreendem melhor a estrutura dos ecossistemas de um bioma, bem como a correlação

entre os fatores bióticos e abióticos.

A partir da pesquisa realizada, cada grupo deve elaborar um mapa conceitual sintetizando as

informações coletadas e as relações entre elas. Esse mapa conceitual deverá ser apresentado aos

colegas dos outros grupos e, em seguida, a partir das contribuições de cada grupo, a turma apresentará

mapas conceituais que, coletivamente, trabalharão os aspectos pesquisados para todos os biomas.

Para complementar a apresentação dos mapas conceituais, sugerimos utilizar imagens, desenhos,

esquemas e textos que sintetizem os conteúdos pesquisados.

Etapa 2 – Cartografando o patrimônio ambiental brasileiro e as diferentes ameaças a sua

conservação

Nesta etapa, os grupos devem reproduzir o mapa dos biomas que compõem o patrimônio

ambiental brasileiro. Caso haja disponibilidade de computador com acesso à internet e impressora na

escola, os estudantes poderão obter o mapa com a divisão e a classificação oficiais do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), disponível em

<ww2.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/21052004biomashtml.shtm> (acesso em: 2 out. 2018),

ou de outros endereços que reproduzam tal mapa. Se não houver essa possibilidade, os estudantes

podem conseguir o mapa em livros didáticos ou atlas escolar e copiá-lo usando papel vegetal.

O mapa impresso ou copiado deve ser então ampliado para uma folha branca tamanho A3 ou

metade de uma cartolina. Para tanto, os estudantes podem testar duas técnicas de ampliação de

imagens: método por quadrícula e método por pantógrafo. Para o primeiro, sobre o mapa original

devem ser desenhados quadrados de tamanho fixo de modo a formar um quadriculado sobre o mapa

(figura 1). O número de quadrículas deve ser reproduzido na folha A3 ou em metade de uma cartolina,

aumentando proporcionalmente o tamanho dos quadrados de acordo com a escala adequada. Em

seguida, o desenho presente em cada quadrado do mapa original deve ser reproduzido para o

quadrado correspondente na folha A3 ou em metade de uma cartolina (figura 1).

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Ciências – 7º ano

2º bimestre – Plano de desenvolvimento

Banco de imagens/Arquivo da editora

Fonte: IBGE. Mapa de biomas e de vegetação. 2017. Disponível em: <ww2.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/21052004biomashtml.shtm> (acesso em: 25

out. 2018).

Figura 1: Mapa dos biomas brasileiros coberto por quadrículas que permitem sua ampliação.

Para o método de ampliação por pantógrafo, o professor deve construir seu próprio

instrumento. Um pantógrafo é um instrumento simples feito de materiais como papelão, garrafas PET,

entre outros, que permite ampliar um desenho menor no tamanho desejado. Sugerimos que o

professor procure algum vídeo na internet que ensine a fabricação de um pantógrafo. Também

propomos aos professores envolvidos no projeto que realizem a confecção do pantógrafo, podendo

ser feita como uma demonstração, orientando os estudantes de como foi realizada essa montagem,

pois alguns materiais utilizados nessa confecção podem oferecer risco aos estudantes. Com o

pantógrafo construído, eles podem utilizá-lo para ampliar o mapa original para outra folha A3 ou na

outra metade da cartolina.

Em posse dos dois mapas ampliados, cada grupo deverá avaliar qual método propiciou uma

maior precisão na reprodução do mapa (se o pantógrafo foi construído corretamente e o método for

aplicado de maneira adequada, é esperado que ele obtenha melhor resultado). O mapa escolhido será

então ilustrado e colorido pelos estudantes, buscando em cada bioma representar por desenhos:

• suas características naturais;

• as atividades econômicas tradicionais e atuais;

• as manifestações culturais típicas associadas ao bioma;

• os impactos que geram degradação e interferem na conservação do bioma.

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2º bimestre – Plano de desenvolvimento

Os estudantes deverão utilizar os resultados das pesquisas de todos os grupos (etapa 1) para

enriquecer cada um dos biomas em seus mapas, considerando os apontamentos indicados

anteriormente. Se necessário, proponha uma nova atividade de pesquisa para buscar imagens ou

produzir desenhos que complementem os mapas elaborados pelos grupos.

Os professores deverão orientar os estudantes sobre os elementos básicos que um mapa deve

ter – como título, legenda, escala e orientação cartográfica –, os quais devem ser incluídos pelos grupos

em seus mapas.

Etapa 3 – Criando um quebra-cabeça com o tema patrimônio ambiental brasileiro

Nesta etapa final do projeto, o mapa confeccionado pelo grupo deve ser colado em um

papelão fino, o qual será cortado em pedaços que representarão as peças de um quebra-cabeça com

o tema patrimônio ambiental brasileiro. Cada grupo deve definir o número de peças que terá seu

quebra-cabeça de acordo com o grau de dificuldade desejado e a faixa etária do público-alvo

pretendido, cabendo aos professores auxiliarem os estudantes nas tomadas de decisão. Definido o

número de peças, os estudantes deverão desenhá-las sobre o mapa (contemplando formas adequadas

para o público-alvo) e, em seguida recortá-las. As peças recortadas devem ser guardadas em uma caixa

grande de calçado, a qual deve ser decorada pelo grupo. Na tampa da caixa, deve ser colocado o mapa

original impresso ou copiado, além dos nomes dos integrantes do grupo.

Os professores participantes do projeto, com coordenadores e diretor da escola, deverão

organizar um cronograma para que os estudantes, preferencialmente acompanhados de pelo menos

um professor do projeto, apresentem oralmente para outras turmas aquilo que aprenderam sobre o

patrimônio ambiental brasileiro. Após essas apresentações, as caixas com os quebra-cabeças

produzidos devem ser distribuídas para os estudantes daquela turma, os quais, divididos em equipes,

deverão tentar montar o quebra-cabeça recebido. Para evitar repetição, cada turma deverá ser

visitada por apenas um grupo, porém os quebra-cabeças criados por outros grupos também devem

ser levados para que haja disponibilidade de material para todas as equipes da turma. Deve ser

programado um dia em que os estudantes façam essa apresentação e disponibilizem os quebra-

cabeças aos familiares e à comunidade do entorno da escola, compartilhando, assim, aquilo que

aprenderam durante o projeto.

Para ambos os públicos (comunidade escolar e comunidade do entorno), os estudantes

também devem relatar como desenvolveram o projeto, explicando os materiais e os procedimentos

utilizados em cada etapa. Sugere-se que esse relato seja feito criando-se uma história em quadrinhos

ilustrada pelos estudantes, usando folhas sulfites A4 dobradas ao meio. O pantógrafo construído pelo

professor também deve ser exposto nas apresentações, cada qual acompanhado de um manual

ilustrado explicando como foi feito. Caso haja possibilidade de imprimir ou fazer cópias do mapa dos

biomas brasileiros e disponibilidade de folhas sulfite A3 ou cartolinas, pode-se convidar o público para

aplicar os métodos de ampliação de imagens por quadrícula e por pantógrafo.

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Ciências – 7º ano

2º bimestre – Plano de desenvolvimento

Proposta de avaliação das aprendizagens

Por se tratar de um projeto visando o desenvolvimento de competências gerais da Educação

Básica e habilidades específicas dos componentes curriculares envolvidos, a avaliação do desempenho

dos estudantes deve ser considerada a partir de uma abordagem processual, permitindo aos

professores e aos estudantes avaliarem não apenas o produto final do projeto, mas principalmente as

etapas percorridas ao longo de seu planejamento, execução e apresentação.

O uso de uma matriz em que sejam relacionadas, para cada atividade, as competências e as

habilidades, além de indicadores que demonstrem se eles foram alcançados, é uma estratégia para os

professores realizarem as avaliações de desempenho individuais e de grupo como um todo.

O acompanhamento periódico do grupo pelos professores envolvidos no projeto garante que

sejam detectadas dificuldades tanto particulares de cada estudante quanto coletivas do grupo,

permitindo uma atuação localizada e rápida para tentar solucioná-las. Os professores podem

compartilhar entre si fichas de acompanhamento dos grupos e seus integrantes, nas quais devem fazer

registros ao longo do projeto de como foi o desenvolvimento dos estudantes, baseados nas

observações feitas e nos dados da matriz de avaliação. A pasta-portfólio dos grupos também deverá

ser avaliada periodicamente pelos professores.

Quanto à autoavaliação dos estudantes, ela pode ser feita por questionários específicos para

autoavaliação individual e do grupo. Ainda como processo autoavaliativo, ao final do projeto os

estudantes devem revisitar a pasta-portfólio do grupo. Devem dar atenção especial aos mapas

conceituais que criaram na etapa inicial do projeto, verificando que modificações (inclusões e/ou

exclusões) fariam nos mapas conceituais após todas as atividades realizadas. Os professores também

devem retomar a pergunta feita no início do projeto (“O Brasil é rico?”) e ouvir as novas respostas dos

estudantes, comparando-as com as que deram anteriormente.

Para saber mais – aprofundamento para o professor

AB'SABER. A.N. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São

Paulo: Ateliê, 2010. 160p.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Brasil em síntese –

território. Disponível em: <https://brasilemsintese.ibge.gov.br/territorio.html>

(acesso: 12 set. 2018).

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Mapas de bioma e

vegetação. Disponível em:

<ww2.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/21052004biomashtml.shtm> (acesso:

12 set. 2018).

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Mapas.

<https://mapas.ibge.gov.br/> (acesso: 12 set. 2018).

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Material Digital do Professor

Ciências – 7º ano

2º bimestre – Plano de desenvolvimento

MAPBIOMAS. O que é o MapBiomas. Disponível em:

<http://mapbiomas.org/pages/about/about> (acesso: 12 set. 2018).

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Biomas. Disponível em:

<www.mma.gov.br/biomas.html> (acesso: 12 set. 2018).

WWF. Biomas brasileiros. Disponível em:

<www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/biomas/> (acesso: 12

set. 2018).