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    Seo Gastronomia Nutritiva

    Muito alm do jardim....

    Da salsa mais extica erva, as vrias possibilidades de uso

    Por Dra. Lidiane Britts

    Gastronomia: breve relato

    A palavra Gastronomia comeou a ser utilizada correntemente somente em 1801 com a publicao de La

    Gastronomie, poema diettico do francs Joseph Berchoux.

    A revoluo francesa (1789) foi responsvel por modificar, profundamente, o significado do ato de comer,

    tanto a maneira de realiz-lo como o seu lugar nas atividades familiares e sociais. A gastronomia comeou

    a ter evidncia, pois era exatamente as preparaes culinrias, suas apresentaes e seus temperos, que

    faziam a diferena entre os restaurantes, divulgada agora pelos apreciadores e conhecedores.

    No se pode querer entender de gastronomia, muito menos compreender sua importncia para a nutrio,

    sem conhecer a histria , e entender como os costumes alimentares so fortes.

    Ervas e Alimentao na Histria

    Nos dias de hoje, de fast foods, apages, stress, poluio... Quem no deseja um modo de vida mais

    saudvel e natural? Por milhares de anos se buscou nas ervas e nas plantas a cura para tratar doenas e

    amenizar dores. As mesmas ervas e plantas utilizadas por antigos povos, que continuaram a servalorizados atravs dos tempos. Apesar da sociedade saber do importante poder curativo de certas ervas e

    plantas, e sem conseguirem explicar seus poderes medicinais, foram atribuindo poderes sobrenaturais. A

    diferena entre poderes curativos e txicos das ervas, muitas vezes est na quantidade utilizada e na

    freqncia do seu uso.

    Vale lembrar que somente depois da 2 Grande Guerra, que a indstria farmacutica se desenvolveu. Pois

    at o incio do sculo 20, quase no existiam medicamentos, sendo a aspirina um dos primeiros

    medicamentos sintetizados em laboratrio a partir do cido acetil salislico encontrado no salgueiro, e que j

    era utilizado pelos antigos Egpcios.

    O Egito com mais de 5 mil anos de civilizao e a crena na vida depois da morte, com tcnicas

    desenvolvidas para a mumificao, era e ainda , um terreno ideal para a magia das plantas e seus

    smbolos sagrados. A cebola era reverenciada pelos egpcios, e j consumida como uma iguaria, alm de

    ser oferecida aos mortos como oferenda, servia como base de juramento, em vez de uma bblia utilizavam

    uma cebola para jurarem publicamente. E depois, na idade mdia, esta mesma cebola foi apregoada como

    arma para espantar vampiros.

    Os gregos famosos por suas posturas filosficas e racionais, tambm reverenciavam seus atletas

    vencedores com coroas de louro, erva considerada benfica e sagrada. Toda a mitologia grega permeada

    com ervas e plantas. O louro foi rapidamente utilizado pelos romanos tambm como forma de coroar seusimperadores. E poderia discorrer sobre todas as religies e povos como os vikings, os celtas e seus druidas,

    os chineses, japoneses, mongis, indianos, as bruxas, os rabes, os judeus, aborgenes australianos,

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    africanos... Em todas elas, as ervas demostraram poderes e importncias culturais, e com isso, tambm

    marcaram presena na alimentao e na gastronomia. Pois, diz-se que um grande chef de cozinha faz

    verdadeiras alquimias em seus pratos. Com as grandes navegaes e as descobertas de novas terras e

    povos, foi possvel a miscigenao destas ervas e mais amplamente suas utilizaes na alimentao.

    O mundo dos aromas culinrios se enriqueceu na Europa com dois eventos importantes: a publicao no

    ano de 1300 de IL Milione, de Marco Polo, com notcias certas sobre a origem de muitos aromas orientais;e a descoberta da Amrica em 1492 que, 2 sculos depois levou para a Europa aromas e condimentos

    desconhecidos e importantssimos para a culinria, como a baunilha, o tomate, o chocolate.

    Informaes tcnicas gerais

    As ervas utilizadas para fins culinrios, podem ser utilizadas frescas ou secas, mas podem ter

    comportamentos e paladares distintos nos dois casos. E o mais indicado utiliz-las frescas.

    Do ponto de vista alimentar, parte o valor energtico, geralmente modesto, os condimentos so sempre

    uma complementao e integrao da alimentao, para que ela seja mais agradvel ao olfato, ao paladar

    e vista, estimulando o apetite e a digesto.

    A base da utilizao das ervas na culinria so os aromas. A composio qumica dos aromas um

    aspecto essencial. Os leos essenciais das plantas aromticas resultam da combinao de lcoois,

    hidrocarbonetos, aldedos, fenis, polifenis, cidos, steres e outros compostos, em que entram

    hidrognio, oxignio, carbono, algumas vezes nitrognio, enxofre e outros elementos qumicos. A proporo

    que estes compostos qumicos entram na estrutura qumica de um aroma determina a qualidade olfativa e a

    caracterstica do aroma, mesmo em dose mnima.

    Quanto utilizao dos aromas na culinria, est ligado sensao agradvel que podem provocar, com

    seu sabor e olor devido baixa temperatura de evaporao, que permite ao aroma espalhar-se no ar outransmitir-se a um sorvete, um bolo, uma carne.

    Mas as plantas fabricam os aromas, seguramente no para nosso deleite culinrio, mas com finalidades

    atreladas a sua preservao como espcie. Podem atrair insetos polinizadores, defender contra ataques de

    predadores, fungos e bactrias. O alto poder fungicida da essncia do Tomilho, usada na medicina para tal

    fim, pode ser um exemplo.

    A funo alimentar dos aromas sumamente importante, pelo gosto que conferem aos alimentos, pela

    digesto dos mesmos, a comear pela salivao, alm do fato de muitas plantas aromticas, utilizadas na

    culinria, terem intrnseco valor alimentar. Como o alho por seu teor de protenas e glicdeos ou como fontes

    de micronutrientes como sais minerais e vitaminas. Como o manjerico rico em clcio e ferro e a salsinha

    riqussima em vitamina C. Nas flores, parece que a quantidade de perfume est relacionada com a

    quantidade de amido das ptalas formado pela luz solar em determinadas condies de temperatura, o que

    pode ser mais um estmulo para utilizarmos flores comestveis na alimentao O fato que os aromas esto

    sujeitos a alteraes devido ao oxignio e temperaturas altas, por isso as ervas frescas e secas ou

    aquecidas se modificam. Vejam exemplos como a salsa que se deve ser colocada somente na hora de

    servir ou o manjerico, cujas folhas secas alteram profundamente seu aroma original.

    Absinto:artemsia absinthium, Linn.

    Esta erva merece esclarecimento pela divulgao que vem tendo na mdia, sobre a bebida alcolica

    Absinto. Tambm conhecida como losna, que em grego significa privado de doura. Possui um leo

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    essencialAbsintina, glicosdio composto por quatro substncias amargas, que se ingerido em doses altas e

    repetidamente, torna-se txico provocando tetanismo, alucinaes e distrbios psquicos, por esta razo a

    fabricao e comercializao so proibidos em vrios pases.

    A Absintina torna o leite materno muito amargo o que impede do beb mamar e deve haver esta orientao

    para as lactantes e grvidas, pelo seu suposto efeito abortivo.

    Mas tambm tem propriedades digestivas, estimulantes e vermfugas, que no podem ser descartadas.Indicao de uso em casos especficos. Pode-se preparar sobremesas com calda ou umedecer doces e

    bolos ou gateaus com calda com 20 ml de licor Absinto para cada 100 ml de gua e 300gr de acar.

    Aquecer para perder o lcool e fazer a calda no posto desejado, servir como uma tima sobremesa

    digestiva, principalmente para hipocloridria.

    Aafro: Crocus sativus, Linn.

    O verdadeiro aafro, conhecido como Zafferano em italiano, safran em francs e azafran em espanhol.

    So os estigmas da flor da famlia das Iridaceae, 3 por flor, o que o torna o tempero mais caro do mundo em

    peso. Graas grande quantidade de caroteno que possui, sua cor caracterstica do amarelo alaranjado

    ao vermelho e sabor amargo, e aromtico inconfundvel. Pode ser encontrado em p. Muito utilizado na

    Paellha e no Risotto alla milanese. No Brasil temos o urucum em p, muito consumido como aafro, isto

    tambm pela sua dose de caroteno. A curcuma, raiz da famlia do gengibre e utilizada pelos ndios para se

    colorirem, tambm vendida como aafro, mas possui sabor e aroma completamente distinto.

    Aipo:Apium graveolens, Linn.

    Em latim significa forte olor, quem conhece ama ou odeia. Conhecido como salso, sdano em italiano e

    celery em ingls, da mesma famlia da salsa, anis e da erva doce. Comum na alimentao desde aantigidade, pode ser usado cru ou cozido, em sopas e no famoso bouquet garn dos franceses, ou no

    minestrone e no salpico. Com valor nutricional importante por ser fonte de vit. A e vit. C. Seu perfume

    deve-se ao alcalide Sedanolide, usado como nota importante em perfumes, e o grande estimulante da

    digesto e das vias urinrias, sendo o aipo muito indicado para flatulncia e dores decorrentes dos gazes.

    Alecrim:Rosmarinus officialis, Linn.

    Em italiano rosmarino, romero em espanhol. Suas propriedades medicinais so conhecidas desde a

    antigidade. O aroma caracterstico devido a uma substncia o Pineno, que como o nome indica,

    componente essencial mais importante do aroma dos pinheiros. Por curiosidade, esta substncia a

    responsvel pelo aroma da Terebentina odor tpico de tintas e vernizes. Usado para aromatizar carnes,

    especialmente as adocicadas como de coelho ou caa, peixes e at vinagres. Deve ser sempre utilizado na

    culinria no s pelo ser valor aromtico, como pelo valor nutricional, pois seus componentes estimulam

    digesto aumentando a cloridria, diminui os espasmos, e atua sobre o sistema nervoso, timo fungicida, por

    isso muito indicado para marinar carnes e peixes.

    Baunilha:Vanilla fragrans

    da famlia das orqudeas, originria da Amrica central e do sul. Os Astecas utilizavam para perfumar

    alguns pratos culinrios, o chocolate, e ao cosmticos. Seus frutos so em forma de favas longas finas e

    escuras, que em espanhol chamado de vana, o que deu origem a Vainilla. A utilizao do extrato natural

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    ou a prpria fava, extremamente importante para a culinria de doces e cremes base de gemas e leite.

    Seu perfume devido a um aldedo chamado Vanilina, e que trabalha com sedao do sistema nervoso

    central, sendo utilizado experimentalmente na Inglaterra, em adesivos cutneos para inibio nos obesos,

    do desejo compulsrio de comer.

    Coentro: Coriandrum sativum, Linn.Suas folhas tem o desagradvel cheiro de percevejo, capaz de causar nuseas em certas

    pessoas, mas existem os que adoram seu odor. Muito utilizada no nordeste, Caribe e Amrica

    central. Usadas em molhos, carnes, saladas. Suas sementes, com sabor completamente

    diferente, so muito utilizadas na ndia, Holanda e Alemanha, inclusive para aromatizar a cerveja.

    Estrago:Artemisia drunculus, Linn.

    Da mesma familia da Artemsia e da Camomila, originrio da Monglia. Primeiramente era

    utilizado como remdio, passou para a cozinha apenas na poca da Renascena, pelos

    franceses. E at hoje so os que mais utilizam, fazendo parte fundamental do molho Barnaise e

    trtaro, como tambm da mistura denominada ervas finas de provena. Combina muito bem com

    molhos base de mostarda. Possui um importante leo essencial que contm o metil cavicol e

    cidos graxos monoinsaturados.

    Manjerico: Ocimum Basilicum, Linn.

    Em italiano basilico, basil em ingls, e no Brasil tambm conhecida como basilico, ou alfavaca,

    como no espanhol, albahaca. Extremamente popular na culinria, principalmente italiana, possui

    diversas espcies sendo as mais conhecidas no Brasil: ano, roxo, limo, gigante, crespo e

    pequeno. Linneu, nomeu a planta para destacar seus dotes favorveis sade, pois, Basiliks

    em grego antigo significa rgio ou principesco. Ingrediente obrigatrio em algumas pizzas, molhos

    saladas, massas e para fazer o famoso molho Pesto, base de folhas cruas masseradas com

    alho, azeite, pinole ou nozes e parmeso. Deve ser utilizado fresco, pois suas folhas perdem o

    aroma quando seco, e no devem ficar muito tempo sob calor, pois seus terpenos so volteis

    com alta temperatura. Suas folhas devem seu utilizadas inteiras ou cortadas com tesouras.

    Utilizado no conhecido licor Chartreuse, rico em vit. A e clcio. Sua importncia na alimentao

    reside na alta qualidade de sua essncia, o que o torna um excelente estimulador do suco

    gstrico e timo auxiliador na absoro intestinal das vitaminas oleaginosas.

    Mangerona: Majoran Hortensis

    Muito utilizada na culinria em carnes e marinados, muito semelhante ao manjerico ano.

    Mentas:Denominao de vrias espcies: Poejo: Mentha Pulegium; hortel pimenta: Mentha piperita,

    Linn. (peppermint em ingls) e Mentha Arvenis, Linn. Esta cultivada para extrao do mentol, para

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    indstria alimentcia e cosmtica. Todas muito utilizadas na culinria em diversos pratos tanto

    doces como salgados. Riqussimas em vit. C, como todas as plantas que so colhidas maduras.

    Confere uma sensao de refescncia, muito utilizada para digesto, antiespasmdico e

    calmante.

    Pimentas:

    No plural para designar plantas de diversas famlias, onde entram inclusive os pimentes.

    Explicando somente as utilizadas frescas em frutos, deixando as sementes para outro captulo. De

    cheiro, ardida, doce, diversas cores e tamanhos, todas possuem uma importante substncia, a

    capsaicina, esta substncia age nas terminaes nervosas, bloqueando a substncia P, uma das

    molculas responsveis pela dor. Por isso deve-se avaliar bem a suspenso do seu uso

    alimentar, pois so muito indicadas, inclusive para lceras. As pessoas que tm o hbito de comer

    pimentas frescas e possuem lceras, se retirarem as pimentas, podem at sentir mais dores. O

    que muito importante, onde se concentram as substncias que causam ardncia, esto

    principalmente nas sementes e na membrana interna, que devem sempre serem desprezadas.

    Tomilho:Thimus vulgaris, Linn.

    Em espanhol tomillo, em italiano timo, as folhas aromticas de sabor amargo picante, so usadas

    tambm secas. Seu uso mais freqente em carnes bovinas, embutidos, pois sensvel sua

    ao fungicida, que preserva as carnes, principalmente de porco e de frango. Suas propriedades

    medicinais so muito conhecidas como estimulante e tnico, mas a ao antimictica a maisrelevante, por causa da grande quantidade do leo essencial Timol, base do miconazol, princpio

    ativo antifngico. Possui o carvacrol, um antisptico muito utilizado em perfumaria. Seu olor muito

    aromtico se mantm aps sofrer coco, o que estimula as funes digestivas aumentando a

    salivao e a palatabilidade. Deve ter seu uso ampliado na culinria pelas descries acima.

    Salvia: Savia Oficiallis, Linn.

    So vrias as espcies e a Oficiallis a comumente utilizada na culinria. Tambm conhecida

    como Salva, seu nome deriva do latim Salus (sade) ou Salvus (salvo), pois os romanospossuiam um ditado Como pode um homem envelhecer tendo salva no jardim? Seu aroma

    especial e acre devido ao leo essencial que destaca o pineno, borneol e cienol. Mas no

    convm abusar no seu uso, pois contm a substncia txica Absintina, devendo ser contra

    indicado para grvidas e lactantes.

    Para saber mais:

    Camargo-Moro, Fernanda de Arqueologias Culinrias da ndia Record, 2000

    Maranca, Guido Plantas Aromticas na Alimentao- Nobel,1985 Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais Readers Digest Brasil Ltda., 1999

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    Savarin, Brillat A fisiologia do Gosto Salamandra, 1989

    Souci, Fachmann e Kraut Food Composition and Nutrition Table, 1989

    Revel, Jean-Francois: Um banquete de Palavras, Companhia das Letras,1996

    * Nutricionista

    Escreva para: Dra. Lidiane Britts

    [email protected]

    Resumo:

    Pelas variedades apresentadas, ficam as vrias possibilidades de utilizao culinria nas mais

    diversas preparaes. Que a utilizao das ervas possa propiciar maior prazer ao ato de

    alimentar-se e deve ser um conceito que agregado nutrio, proporciona aos usurios do

    servio de alimentao, sejam de cozinhas industriais, hospitais ou comerciais, melhoria da sade

    e consequentemente da qualidade de vida. obrigao do profissional de nutrio, oferecer

    variedades de alimentos, apresentando e descobrindo novos paladares e sabores fugindo da

    rotina. Outro aspecto importante, a importncia do conhecimento do contexto histrico das

    diversas culturas, para entender o valor simblico de cada erva, e que fazem parte indispensvel

    no cotidiano de todas as cozinhas. O conceito de alimento bem temperado e condimentado ou

    demasiadamente condimentado um sutil limiar entre uma pitada e uma excessiva dose. E a

    harmonia de aromas a porta de entrada para um banquete de prazeres.

    Apresentao limitada a poucas ervas e plantas aromticas, mas possvel que elas suscitem maior

    interesse e constituam a todos um convite em ampliar os conhecimentos sobre a matria.

    Curiosidade :

    ....Chama-se chocolate, por conveno, a mistura que feita com a amndoa torrada do

    cacau, acar e canela: essa a definio clssica do chocolate. Com o cacau puro s se

    faz pasta de cacau e no chocolate. Quando se adiciona o delicioso aroma da baunilha,

    atinge-se a perfeio que esta mistura pode chegar. Os outros numerosos ingredientes que

    tentaram associar ao cacau como: pimentas, anis, gengibre, foram feitas sucessivamente.

    Sabe-se que LINNEU chama o cacau de CACAO THEOBROMA (bebida dos deuses)......

    Brillat Savarin em seu livro escrito em 1848.

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    Curiosidade :

    Na terra de Gandhi, diz-se que para

    algum tornar-se um bom cozinheiro

    preciso ser um bom masalchi

    misturador de especiarias. Os indianos

    consideram o alimento sagrado e seu

    preparo um verdadeiro ritual. No raro

    ver uma indiana entoando mantras e

    purificando a cozinha com incensos

    enquanto prepara a comida.

    IMPORTANTE:

    O profissional de nutrio tem obrigao de conhecer as diversas ervas e saber utilizar para

    melhorar a qualidade nutricional, principalmente nos hospitais, e para os enfermos com

    privao alimentar , com forma compensatria em termos de paladar e de possveis

    nutrientes, alm de utilizar as ervas como fonte de substncias funcionais para o organismo.

    Curiosidade :

    5 sculos antes de Cristo, Hipcrates

    produziu uma bebida base de vinho,

    ervas aromticas e flores de artemsia,

    algo definido com o ancestral dos

    vermutes digestivos. Na Idade Mdia os

    monges detiveram a arte de misturar toda

    sorte de planta com frutas e flores a

    destilados criando os famosos licores e

    digestivos, aconselhando a serem

    saboreados aps s refeies.

    Hoje, a quantidade de bebidas ditas

    digestivas enorme.

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    INDICAES DE USO DAS PRINCIPAIS ERVAS.

    ERVAS FRESCA SECA

    Aafro No encontrado Colorir arroz, paelhas, molhos,

    cremes: salgados ou doces, licores

    Aipo fresco (salso

    branco ou salso)

    Saladas, carnes, aves, marinados e

    sopas

    Em p: sopas, carnes grelhados,

    subst. do sal

    Alecrim Carnes, molhos de tomate, pes, peixes

    vinagres, ensopados, chs, batatas

    Igual, pois no sofre alteraes

    marcantes. E em Ervas de provena

    Baunilha em fava Doces, cremes, chocolates, licores

    Peixe

    No utilizado

    Cebolinha folha ou

    ciboullete

    Decorao, carnes, peixes, aves, tortas,

    molhos

    No utilizado

    Coentro folha Comida nordestina, mexicana, e

    ensopados

    No utilizado

    Dill folha Peixes, marinados, decorao,

    escandinava

    No utilizado

    Estrago Vinagres, conservas, peixe molhos de

    tomate

    Molhos, peixes, e em

    Ervas de provena

    Hortel Chs, ,doces, molho de tomate, peixe,

    bolo, sucos, licores

    Chs, molhos, pes

    Louro Feijo, lentilha, molho de tomate,

    marinados, carnes

    Igual uso, pois no sofre alteraes

    marcantes

    Manjerico todos

    os tipos

    Molhos, peixes, saladas pizza, molho de

    tomate, marinados, carnes

    No indicado por perder aroma. E em

    ervas de provena

    Mentas Peixes, chs, chocolate, doces, caldas,

    saladas , licores

    S em chs e peixes, pois perde

    aroma

    Mangerona Molhos, marinados, peixes No indicado

    Organo Peixe, aves, molhos e marinados Pizza, molhos, grelhados

    Pimentas frescas Decorao, carnes, gelias, chocolate,

    peixe e ensopados

    Vinagres, azeites, marinados, peixes

    Salsa Decorao, molhos, peixes No indicado perde sabor aroma cor

    Slvia Peixes, saladas e comida italiana Ervas de provena, marinados

    Segurelha Molhos, marinados, peixes, aves Igual uso no sofre alterao

    Tomilho Arroz, molhos, molho de tomate,

    peixes, carnes, aves, grelhados, sopas

    e feijo

    Igual uso pois no sofre alterao

    Sugestes de Lidiane Britts.

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