2 Prova Semestral de História - 2.4 gabarito

11

Click here to load reader

Transcript of 2 Prova Semestral de História - 2.4 gabarito

Page 1: 2 Prova Semestral de História - 2.4 gabarito

2 Prova Semestral de História

Turma: 2.4

Cotil/Unicamp

Prof. Kelly Carvalho

Page 2: 2 Prova Semestral de História - 2.4 gabarito

1. (Fgv 2012) Leia a entrevista.

“FOLHA – Estamos vivendo um momento de novas interpretações em relação ao períodoimperial?

MAXWELL – (...) o movimento de independência da década de 1820 não aconteceu noBrasil, mas em Portugal. Foram os portugueses que não quiseram ser dominados por umamonarquia baseada na América.Com a rejeição da dominação brasileira, eles atraíram muitos dos problemas de fragmentação,guerras civis e descontinuidade que são parecidos com aqueles que estavam acontecendo naAmérica espanhola.

É sempre importante, ao pensar a história do Brasil, considerar que ela não se encaixa eminterpretações convencionais. É sempre necessário pensar um pouco de forma contrafactual,porque a história brasileira não segue a mesma trajetória de outras histórias das Américas. O reiestava aqui, a revolução liberal estava lá. A continuidade estava aqui, a descontinuidade estava lá.Acho que isto explica muito das coisas que aconteceram depois no Brasil, no século 19.” (MarcosStrecker, Para Maxwell, país não permite leituras convencionais. Folha de S.Paulo, 25-11-2007.)

“A história brasileira não segue a mesma trajetória de outras histórias das Américas”, pois:a) em 1824 foi promulgada a primeira constituição do Brasil, caracterizada pela divisão eautonomia dos três poderes e por uma legislação social avançada para os padrões da época, poisgarantia o direito de voto a todos os brasileiros.b) com a grave crise estrutural que atingiu as atividades produtivas da Europa no início do séculoXIX, restou ao Brasil um papel relevante no processo de recuperação das bases econômicasindustriais, com o fornecimento de algodão, tabaco e açúcar.c) os princípios e as práticas liberais do príncipe-regente Dom Pedro se chocavam com oconservadorismo das elites coloniais do centro-sul, defensoras de restrições mercantilistas com ointuito de conter a ganância britânica pela riqueza brasileira.d) com as invasões napoleônicas, desorganizaram-se os contatos entre a metrópole espanhola eseus espaços coloniais na América, situação diversa da verificada em relação ao Brasil, queabrigou a Corte portuguesa.e) a elite colonial nordestina – voltada para o mercado interno, defensora do centralismo político-administrativo e da abolição da escravatura – apostava na liderança e na continuidade no Brasilde Dom João VI para a efetivação desse projeto histórico.

Page 3: 2 Prova Semestral de História - 2.4 gabarito

2. (Mackenzie 2010)

Neste ano, em que comemoramos as relações Brasil-França, verificamos que as interfaces que ligam asduas nações são marcantes ao longo de toda a nossa história. A presença da família real portuguesa no Brasil, em1808, motivou, entre outros eventos, a vinda da Missão Artística Francesa, em 1816, porque:a) o estilo neoclássico trazido pelos artistas franceses traduzia o modelo ideal de civilização, de acordo com ospadrões da classe dominante europeia, sendo essa a imagem que o governo português desejava transmitir,nesse momento, do Brasil.b) a arte acadêmica, fruto da Missão Francesa chefiada por Joaquim Lebreton, tinha, como objetivo, alterar ogosto e a cultura nacional, ainda marcadamente influenciada pela opulência do Barroco e pela tradição indígena.c) a arte acadêmica, afastando-se dos motivos religiosos e exaltando o poder civil, as datas e os personagenshistóricos, agradava mais às classes populares nacionais, ansiosas por imitarem os padrões europeus.d) somente artistas franceses poderiam retratar, com exatidão e competência, a paisagem e os costumesbrasileiros, modificados com a vinda da família real para a colônia.e) era necessário criar, na colônia, uma Academia Real de Belas Artes, a fim de cultivar e estimular, nos trópicos, aadmiração pelos padrões intelectuais e estéticos portugueses, reconhecidamente superiores.

Page 4: 2 Prova Semestral de História - 2.4 gabarito

3. (Uece 2010) Leia o fragmento a seguir atentamente

“Em seguida, veio a mãe de D. João, em seus 73 anos, arainha Maria I. Dizem que quando a carruagem corria para as docas, elateria gritado: não vá tão depressa, pensarão que estamos fugindo. Aochegar ao porto, ela teria se recusado a descer...” (WILCKEN, Patrick.Império à deriva: a corte portuguesa no Rio de Janeiro (1808-1821). Rio deJaneiro: Objetiva, 2010, p. 44-46.)

O episódio narrado acima está relacionado com aa) fuga da Família Real Portuguesa para a Colônia Brasileira.b) chegada da Família Real Portuguesa ao Rio de Janeiro.c) chegada da Família Real Portuguesa a Salvador, primeiro porto após afuga de Portugal.d) fuga da Família Real Portuguesa de Recife, antes do desembarque noRio de Janeiro.

Page 5: 2 Prova Semestral de História - 2.4 gabarito

4. (Enem 2010) “Eu, o Príncipe Regente, faço saber aos que opresente Alvará virem: que desejando promover e adiantar a riqueza nacional, esendo um dos mananciais dela as manufaturas e a indústria, sou servido abolir erevogar toda e qualquer proibição que haja a este respeito no Estado do Brasil.”(Alvará de liberdade para as indústrias (1º de Abril de 1808). In: Bonavides, P.;Amaral, R. Textos políticos da História do Brasil. Vol. 1. Brasília: Senado Federal,2002 (adaptado).)

O projeto industrializante de D. João, conforme expresso no alvará,não se concretizou. Que características desse período explicam esse fato?a) A ocupação de Portugal pelas tropas francesas e o fechamento das manufaturasportuguesas.b) A dependência portuguesa da Inglaterra e o predomínio industrial inglês sobresuas redes de comércio.c) A desconfiança da burguesia industrial colonial diante da chegada da família realportuguesa.d) O confronto entre a França e a Inglaterra e a posição dúbia assumida porPortugal no comércio internacional.e) O atraso industrial da colônia provocado pela perda de mercados para asindústrias portuguesas.

Page 6: 2 Prova Semestral de História - 2.4 gabarito

5. (Fgv 2008) Leia os quatro trechos seguintes.

“I. Acreditavam os conspiradores que a derrama seria o estopim que fariaexplodir a rebelião contra a dominação colonial. Em uma de suas reuniões criaram até a palavra deordem para começarem a agir. "Tal dia faço o batizado" era a senha.

II. Dois envolvidos (...) escaparam às garras da repressão: José Basílio da Gama,que fugiu para Lisboa quando começaram as prisões, e Manoel Arruda da Câmara, que era sóciocorrespondente da Sociedade Literária do Rio de Janeiro, mas vivia no exterior. (...) O fato é que umano após a prisão dos acusados nada de grave fora apurado, até porque recorreram ao recurso denegar articulação contra o domínio português. Em geral admitiram que suas reuniões erammarcadas por discussões filosóficas e científicas.

III. (...) dentre os 33 presos e processados, havia 11 escravos, cinco alfaiates, seissoldados, três oficiais, um negociante e um cirurgião. (...) Suas ideias principais envolviam oseguinte: a França constituía o modelo a seguir; o fim da escravidão; a separação entre Igreja eEstado (...)

IV. Criou-se um Governo Provisório (...), integrado por representantes de cincosegmentos da sociedade: Domingos Teotônio Jorge (militares), Domingos José Martins(comerciantes), Manoel Correia de Araújo (agricultores), padre João Ribeiro Pessoa de MeloMontenegro (sacerdotes) e doutor José Luís Mendonça (magistrados). (...) Empenhado em ampliaro movimento anticolonial, o Governo Provisório enviou emissários a outras capitanias: Paraíba, RioGrande do Norte, Ceará, Alagoas e Bahia.” (Rubim Santos Leão Aquino et alii, "Sociedade brasileira:uma história através dos movimentos sociais")

Os trechos de I a IV tratam, respectivamente, dos seguintes eventosa) Conjuração Mineira; Confederação do Equador; Conjuração Baiana; Guerra dos Mascates.b) Conjuração Mineira; Conjuração do Rio de Janeiro; Conjuração Baiana; Revolução de 1817.c) Revolta de Vila Rica; Conjuração do Rio de Janeiro; Conjuração Baiana; Revolução de 1817.d) Conjuração Mineira; Conjuração do Rio de Janeiro; Revolução de 1817; Revolta dos Cabanos.e) Conjuração Baiana; Conjuração Mineira; Revolução de 1817; Conspiração dos Suassuna.

Page 7: 2 Prova Semestral de História - 2.4 gabarito

6. (G1 - cps 2008) Neste texto, Ruy Castro se transporta no tempo e se vê como um jornalista a noticiar achegada da Família Real ao Rio de Janeiro, ocorrida há 200 anos.

“É hoje!Rio de Janeiro. O príncipe regente dom João desembarca hoje no Rio com sua família e um enorme séquito

de nobres, funcionários, aderentes e criados. Precisou que Napoleão botasse suas tropas nos calcanhares da Cortepara que esta fizesse o que há cem anos lhe vinha sendo sugerido: transferir-se para o Brasil.

Não se sabe o que, a médio prazo, isso representará para a metrópole. Mas, para a desde já ex-colônia,será supimpa. Porque, a partir de agora, ela será a metrópole. E, para estar à altura de suas novas funções, terá depassar por uma reforma em regra - não apenas cosmética, para receber o corpo diplomático, o comérciointernacional e os grã-finos de toda parte. Mas, principalmente, estrutural. Afinal, é um completo arcabouçoadministrativo que se está mudando.

Para cá virão os ministérios, as secretarias, as intendências, as representações e a burocracia em geral.Papéis sem conta serão despachados entre esses serviços, o que exigirá uma superfrota de estafetas [mensageiros].A produção de lacre para documentos terá de decuplicar. O Brasil importará papel, tinta e mata-borrões emquantidade, mas as penas talvez possam ser fabricadas aqui, colhidas dos traseiros das aves locais.

Estima-se que, do Reino, chegarão 15 mil pessoas nos próximos meses. Será um tremendo impacto numacidade de 60 mil habitantes. Provocará mudanças na moradia, na alimentação, nos transportes, novestuário, nas finanças, na medicina, no ensino, na língua. Com a criação da Imprensa Régia, virão os jornais. Oregente mandará trazer sua biblioteca. Da escrita e da leitura, brotarão as ideias.

Até hoje, na história do mundo, nunca a sede de um império colonial se transferiu para sua própria colônia.É um feito inédito - digno de Portugal. E que pode não se repetir nunca mais.” (Ruy Castro. "Folha deS. Paulo", 08/03/2008)

O texto de Ruy Castro apresenta algumas mudanças ocorridas na Colônia após a chegada da Família Realportuguesa ao Rio de Janeiro, as quais foram fundamentais para o processo da Independência. Assinale aalternativa que apresenta uma medida adotada e sua importância para a emancipação política do Brasil.a) a transferência do corpo diplomático, do comércio internacional e dos grã-finos, pois garantiu a formação deuma elite nacional interessada na autonomia.b) um sensível crescimento da leitura e da escrita, com a criação da Imprensa Régia, os jornais, a biblioteca e oensino, o que abriu espaço à formação e difusão de novas ideias.c) a vinda de ministérios, secretarias e intendências, pois sem essa burocracia seria impossível a formação de umanação.d) a importação de papel, tinta e mata-borrões, sem os quais as aves não seriam utilizadas para odesenvolvimento de uma produção local.e) as mudanças na moradia, na alimentação, nos transportes e no vestuário, pois favoreceram a formação de umaclasse média crítica e transformadora.

Page 8: 2 Prova Semestral de História - 2.4 gabarito

7. (Ufscar 2007) “O comércio da Bahia é muito ativo; esta cidadeserve de entreposto para os produtos do sertão, que por ela se exportam para asdiversas partes do mundo; motivo pelo qual se encontram em seu porto navios detodas as nacionalidades. (...) Os habitantes das costas vizinhas trazem todos osprodutos de suas plantações para a capital, a fim de trocá-los por mercadorias dediversos países. Essas trocas constantes e ativas rapidamente fizeram da Bahiauma importante cidade, que parece exceder de muito, em tamanho, o Rio deJaneiro.” (Príncipe Maximiliano Wied Neuwvied. "Viagem ao Brasil", 1820.)

O acontecimento histórico que está diretamente ligado aocontexto descrito pelo autor foi:a) a Revolta dos Malês.b) a independência dos Estados Unidos.c) o fim do Bloqueio Continental.d) a elevação de Salvador à capital da Colônia.e) a abertura dos portos brasileiros às nações estrangeiras.

Page 9: 2 Prova Semestral de História - 2.4 gabarito

8. (Fgv 2004) A respeito da Revolta dos Alfaiates de 1798,podemos afirmar:a) Trata-se de uma revolução burguesa que tinha por objetivo eliminar osistema colonial e estimular a entrada de imigrantes no Brasil.b) Os rebeldes foram influenciados pelas ideias do comunismo francês,que pregava a igualdade social e a distribuição de terras entre os maispobres.c) Influenciados pelas doutrinas sociais da Igreja francesa, os líderes darevolta pretendiam garantir o ingresso no clero de homens de todas asraças.d) O discurso rebelde era marcado pelo anticlericalismo e defendiauma reforma na ordem vigente, de modo a eliminar as diferençassociais.e) O movimento foi liderado pela elite baiana, descontente com a faltade incentivos do governo metropolitano com relação às necessidades daprodução açucareira.

Page 10: 2 Prova Semestral de História - 2.4 gabarito

9. (G1 - ifsp 2011) Nossa independência não foi obra de um únicoato – o grito do Ipiranga em 7 de setembro de 1822. Foi, sim, o resultado de umprocesso iniciado coma) o “Dia do FICO”, isto é, quando o Príncipe Regente D. Pedro rompeu com asCortes de Lisboa, que exigiam sua volta.Desobedecendo-lhes, resolveupermanecer no Brasil.b) a Abertura dos Portos às Nações Amigas, obra do Príncipe D. João, em 1808,logo após a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil. Pondo fim ao Pacto Colonial,rompiam-se as amarras com Portugal, pois o monopólio estava extinto.c) a elevação do Brasil à categoria de Reino Unido de Portugal e Algarves, em 1815,por ordem de D. João, príncipe Regente de Portugal.d) o Golpe da Maioridade, que emancipou D. Pedro de Alcântara. Obra dos ‘maioristas’, deu início a uma nova fase na história do Brasil.e) o regresso de D. João VI a Portugal. Pressionado pelas Cortes de Lisboa e pelaRevolução do Porto, de 1820, o monarca regressou a Portugal, dando instruções aseu filho D. Pedro para que fizesse a independência do Brasil.

Page 11: 2 Prova Semestral de História - 2.4 gabarito

Mapa do Brasil, 1808