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Um Caso de PossessãoSENHORITA JÚLIA
(2º artigo – Ver o número de dezembro de 1863)Em nosso artigo anterior, descrevemos a triste situaçãodessa moça e as circunstâncias que nela provavam umaverdadeira possessão. Sentimo-nos feliz ao confirmar oque dissemos de sua cura, hoje completa. Depois deliberta de seu Espírito obsessor, os violentos abalos quetinha sofrido durante mais de seis meses haviamprovocado grave perturbação em sua saúde. Agora estácompletamente recuperada, mas não saiu do estadosonambúlico, o que não a impede de consagrar-se aosseus trabalhos habituais. Vamos expor as circunstânciasdessa cura .
Várias pessoas haviam tentado magnetizá-la, massem muito sucesso, salvo uma leve e passageira melhorano seu estado patológico. Quanto ao Espírito, era cadavez mais tenaz, e as crises haviam atingido um grau deviolência dos mais inquietadores. Teria sido necessárioum magnetizador nas condições que indicamos no artigoprecedente para os médiuns curadores, isto é,penetrando a doente com um fluido bastante puro paraeliminar o fluido do Espírito mau. Se há um gênero demediunidade que exige superioridade moral é,seguramente, o caso das obsessões, pois é preciso ter odireito de impor sua autoridade ao Espírito.
Os casos de possessão, segundo o que é anunciado,devem multiplicar-se com grande energia daqui a algumtempo, a fim de que fique bem demonstrada aimpotência dos meios empregados até agora para oscombater. Até uma circunstância, da qual não podemosainda falar, mas que tem certa analogia com o que sepassou ao tempo do Cristo, contribuirá para desenvolveressa espécie de epidemia demoníaca. Não é duvidosoque surjam médiuns especiais com o poder de expulsaros Espíritos maus, como os apóstolos tinham o deexpulsar os demônios, seja porque Deus sempre põe oremédio ao lado do mal, seja para dar aos incrédulosuma nova prova da existência dos Espíritos.
Os casos de possessão, segundo o que é anunciado,devem multiplicar-se com grande energia daqui a algumtempo, a fim de que fique bem demonstrada aimpotência dos meios empregados até agora para oscombater. Até uma circunstância, da qual não podemosainda falar, mas que tem certa analogia com o que sepassou ao tempo do Cristo, contribuirá para desenvolveressa espécie de epidemia demoníaca. Não é duvidosoque surjam médiuns especiais com o poder de expulsaros Espíritos maus, como os apóstolos tinham o deexpulsar os demônios, seja porque Deus sempre põe oremédio ao lado do mal, seja para dar aos incrédulosuma nova prova da existência dos Espíritos.
Para a senhorita Júlia, o magnetismo simples,como em todos os casos análogos, por mais enérgico quefosse, era insuficiente. Dever-se-ia agir simultaneamentesobre o Espírito obsessor, para o dominar, e sobre omoral da doente, perturbada por todos esses abalos; omal físico era apenas consecutivo; era efeito, e nãocausa. Devia-se, pois, tratar a causa antes do efeito.Destruído o mal moral, o mal físico desapareceria por simesmo. Mas para isto é preciso identificar-se com acausa; estudar com o maior cuidado e em todos os seusmatizes o curso das idéias, para lhe imprimir tal ou qualdireção mais favorável, porque os sintomas variamconforme o grau de inteligência do paciente, o caráter doEspírito e os motivos da obsessão, motivos cuja origemremonta quase sempre a existências anteriores.
O insucesso do magnetismo com a senhorita Júlialevou várias pessoas a tentar; neste número estava umjovem dotado de grande força fluídica, mas que,infelizmente, não tinha qualquer experiência e,sobretudo, os conhecimentos necessários em casossemelhantes. Ele se atribuía um poder absoluto sobre osEspíritos inferiores que, em sua opinião, não podiamresistir à sua vontade. Tal pretensão, levada ao excesso ebaseada em sua força pessoal e não na assistência dosEspíritos bons, deveria provocar-lhe mais uma decepção.Só isto deveria ter bastado para mostrar aos amigos damocinha que faltava a primeira das qualidadesrequeridas para que o socorro lhe fosse eficaz.
Mas o que, acima de tudo, deveria tê-los esclarecido, éque ele professava, sobre os Espíritos em geral, umaopinião completamente falsa. Segundo ele, os Espíritossuperiores são de natureza muito etérea para poderemvir à Terra comunicar-se com os homens e os assistir; istosó é possível aos Espíritos inferiores, em razão de suanatureza mais grosseira. Esta opinião, que não passa dadoutrina da comunicação exclusiva dos demônios,cometia ele o grave erro de a sustentar diante daenferma, mesmo nos momentos de crise. Com estamaneira de ver, só devia contar consigo mesmo, e nãopodia invocar a única assistência capaz de ajudá-lo,assistência que, é verdade, julgava poder dispensar.
A conseqüência mais deplorável era para a doente, queele desencorajava, tirando-lhe a esperança da assistênciados Espíritos bons. No estado de debilidade em que seachava o seu cérebro, tal crença, que dava todo poder aoEspírito obsessor, poderia tornar-se fatal para sua razão,e mesmo matá-la. Assim, ela repetia sem cessar, nosmomentos de crise: “Louca... louca..., ele me põe louca...completamente louca... eu ainda não o sou, mas ficarei.”Falando de seu magnetizador, ela descreviaperfeitamente sua ação, dizendo: “Ele me dá a força docorpo, mas não a força do espírito.” Tal expressão eraprofundamente significativa e, no entanto, ninguém lhedava importância.
Quando vimos a senhorita Júlia, o mal estava no seuapogeu e a crise que testemunhamos foi uma das maisviolentas. Foi no próprio momento em que nosdedicávamos a levantar-lhe o moral e inculcar-lhe opensamento de que ela podia dominar esse Espírito mau,com a assistência dos bons e de seu anjo da guarda, cujoapoio devia invocar. Foi nesse momento, dizíamos, que ojovem magnetizador, que se achava presente, por umacircunstância sem dúvida providencial, veio, semqualquer provocação, afirmar e desenvolver sua teoria,destruindo por um lado o que fazíamos por outro.Tivemos de lhe expor com energia que praticava uma máação e assumia a terrível responsabilidade da razão e davida daquela infeliz mocinha.
Um fato dos mais singulares, que todos tinhamobservado, mas cujas conseqüências ninguém haviadeduzido, produzia-se na magnetização. Quando se davadurante a luta com o Espírito mau, só este últimoabsorvia todo o fluido, que lhe conferia mais força,enquanto a doente enfraquecia e sucumbia à sua açãonefasta. Devemos nos lembrar de que ela estava sempreem estado sonambúlico; conseqüentemente, via o que sepassava, e foi ela mesma quem deu a explicação. Nãoviram no fato senão uma malícia do Espírito econtentavam-se em se absterem de magnetizar em taismomentos e ficarem como espectadores da luta. Com oconhecimento da natureza dos fluidos, é possível dar-seconta facilmente desse fenômeno.
Antes de mais, é evidente que, absorvendo o fluido paraaumentar a força em detrimento da doente, o Espíritoqueria convencer o magnetizador da inutilidade de suapretensão. Se havia malícia de sua parte, era contra omagnetizador, pois se servia da mesma arma com a qualeste último pretendia vencê-lo. Pode dizer-se que lhetomava o bastão das mãos. Não menos evidente era asua facilidade de se apropriar do fluido do magnetizador,denotando uma afinidade entre esse fluido e o seupróprio, ao passo que fluidos de natureza contrária seteriam repelido, como água e óleo. Só este fato bastariapara demonstrar que havia outras condições a preencher.É, pois, um erro dos mais graves e, podemos dizer, dosmais funestos, não ver na ação magnética senão umasimples emissão fluídica, sem levar em conta a qualidadeíntima dos fluidos.
Na maioria dos casos, o sucesso repousa inteiramente nestasqualidades, como o êxito depende, na terapêutica, daqualidade do medicamento. Não seria demais chamar aatenção para este ponto capital, demonstrado, ao mesmotempo, pela lógica e pela experiência.
Para combater a influência da doutrina do magnetizador,que já havia influenciado as idéias da doente, dissemos aesta: “Minha filha, tende confiança em Deus; olhai em volta.Não vede Espíritos bons? – É verdade, diz ela; vejo luminosos,que Fredegunda não ousa encarar. – Pois bem! são os quevos protegem e não permitirão que o Espírito mau triunfe;implorai sua assistência; orai com fervor; orai sobretudo porFredegunda. – Oh! Por ela jamais o poderei.Fredegunda (em latim: Fredegundis, em francês: Fredegonde; m. 597) foi rainhaconsorte de Chilperico I, um rei franco da dinastia merovíngia que reinouna Nêustria (Soissons). É famosa por sua crueldade e por haver estado envolvidaem muitos assassinatos.
– Cuidado! vede como se afastam os Espíritos bons aestas palavras. Se quiserdes a sua proteção, é precisomerecê-la por vossos bons sentimentos, esforçando-vosprincipalmente para que sejais melhor que a vossainimiga. Como quereis que eles vos defendam, se nãovaleis mais que ela? Pensai que em outras existênciastereis censura a vos fazer; o que vos acontece é umaexpiação; se quiserdes fazê-la cessar, será preciso quemelhoreis e proveis vossas boas intenções, começandopor vos mostrardes boa e caridosa para com os inimigos.A própria Fredegunda será tocada e talvez fareis oarrependimento entrar no seu coração. Refleti. – Eu ofarei. – Fazei-o logo e dizei comigo: ‘Meu Deus, eu perdôoa Fredegunda o mal que ela me fez; aceito-o como umaprova e uma expiação que mereci.
Perdoai minhas próprias faltas, como eu perdôo as dela. Evós, Espíritos bons que me cercais, abri o seu coração amelhores sentimentos e me dai a força que me falta.’Prometeis orar por ela todos os dias? – Prometo. – Estábem. Por meu lado, cuidarei de vós e dela; tende confiança.– Oh! Obrigado! algo me diz que isto logo vai acabar.”
Tendo dado conta dessa cena à Sociedade, foramtransmitidas a respeito as seguintes instruções:“Serei breve. Será muito fácil curar essa infeliz possessa. Osmeios estavam implicitamente contidos nas reflexões hápouco emitidas por Allan Kardec. Não só é necessária umaação material e moral, mas ainda uma ação puramenteespiritual. Ao Espírito encarnado que, como Júlia, se achaem estado de possessão, é preciso um magnetizadorexperimentado e perfeitamente convicto da verdadeespírita.
Além disso, é necessário que seja de uma moralidadeirrepreensível e sem presunção. Mas, para agir sobre oEspírito obsessor, faz-se mister a ação não menos enérgicade um Espírito bom desencarnado. Assim, pois, dupla ação:ação terrestre, ação extraterrestre; encarnado sobreencarnado, desencarnado sobre desencarnado; eis a lei. Seaté agora essa ação não foi realizada, foi justamente paravos conduzir ao estudo e à experimentação destainteressante questão. É por isto que Júlia não se livrou maiscedo: ela devia servir para os vossos estudos.“Isto vos demonstra o que, doravante, tereis de fazer, noscasos de possessão manifesta. É indispensável chamar emvosso auxílio o concurso de um Espírito elevado,desfrutando ao mesmo tempo de uma força moral efluídica, como o excelente cura d’Ars;
e sabeis que podeis contar com a assistência desse digno esanto Vianney. Quanto ao mais, nosso concurso é dado atodos os que nos chamarem em auxílio, com pureza decoração e fé verdadeira.“Resumindo: Quando magnetizarem Júlia, será precisoproceder, inicialmente, pela fervorosa evocação do curad’Ars e de outros Espíritos bons que se comunicamhabitualmente entre vós, pedindo-lhes que atuem contraos Espíritos maus que perseguem essa jovem, e que fugirãodiante de suas falanges luminosas. Também não esquecerque a prece coletiva tem uma força muito grande, quandofeita por certo número de pessoas agindo em acordo, comuma fé viva e um ardente desejo de aliviar.”
Erasto (Médium: Sr. d’Ambel)
Magnetismo Espiritual – Michaelus (1959)
O autor, reunindo os conhecimentos dos mais diversos
magnetizadores clássicos, revela que o uso da sugestão
era bastante conhecida e utilizada durante os estados
sonambúlicos, em que os pacientes, passíveis de entrar
em desprendimento da alma, recebiam as sugestões
verbais ou mesmo telepáticas transmitidas pelo
magnetizador a fim de incentivar e também provocar
mudanças íntimas nos indivíduos.
O estado de emancipação reduzia a influência do
corpo sobre as disposições do espírito e facilitava a
recepção da solicitação do magnetizador diretamente
pela alma do encarnado. Cap. XXII: “As sugestões
constituem um eficiente processo na terapêutica
magnética para a cura das moléstias nervosas e
psíquicas, sendo empregado com grande êxito para a
reeducação dos indivíduos desviados pelos vícios e
pelas más tendências.”
Cap. XXIII:
“O modo de transmitir as sugestões depende de cada
um. A situação é a mesma de quando pretendemos
aconselhar alguém para a prática das boas ações ou
para a abstenção de certos atos. A habilidade em
transmitir a sugestão, portanto, é mais do homem que
do magnetiza-dor propriamente.”
Mais abaixo complementa:
“Em alguns casos, as sugestões transmitidas devem ter
um cunho paternal; em outros, devem primar pela
elevação do pensamento ou pelo apelo aos
sentimentos religiosos; em outros, ainda, deve
predominar o sentido essencialmente enérgico. (...)
O sonâmbulo, pela sua extrema sensibilidade, se torna
como que um aparelho registrador de grande
potencial.”
Adilson Mota, no seu artigo “Alcance moral do passe”,
publicado no Jornal Vórtice n° 33, questiona:
“A sugestão só pode ser utilizada com o indivíduo em
sonambulismo?”
E comenta:
“Em alguma experiência que adquirimos no assunto,
ao que parece, quanto mais desprendido do corpo
físico, mais facilmente o indivíduo receberá as
sugestões.
Isto não invalida, porém, a possibilidade de sua
utilização durante os momentos de relaxamento, sejam
estes produzidos ou não pelo passe, apesar de que o
magnetismo em muito contribui para o asserenamento e
a tranquilização do indivíduo. Quanto mais relaxado,
menos influência da matéria física e mais
receptividade.
Adilson Mota
Com este recurso do Magnetismo, tão pouco
conhecido e utilizado nos trabalhos espíritas, eis
(apesar de ser bastante antiga) mais uma forma de se
auxiliar ao próximo seja para levantar o ânimo dos
caídos, a confiança dos fracassados, a vontade dos
viciosos, seja para motivar a transformação mental ou
moral daqueles que se encontram sem forças para
uma mudança de si mesmos, apesar de assim, muitas
vezes, o desejarem.”
ANATOMIA e FISIOLOGIASISTEMA CARDIO-CIRCULATÓRIO
Responsável pelo transporte dos nutrientes através do
sangue e da linfa até as células de todo o organismo, a
fim de defendê-lo contra invasores (as doenças),
regular a temperatura corporal, manter o equilíbrio
ácido-básico (pH) e a homeostase (estabilidade das
funções), proporcionar a comunicação entre os
diversos tecidos corporais (levar os hormônios, por
exemplo).
CORAÇÃO
O coração é um órgão formado por fibras musculares
especializadas, chamado MIOCÁRDIO, e oco, com
quatro cavidades que recebem o sangue, com ritmo
próprio, que mantêm o sangue circulando entre dois
sistemas: o pulmonar (para a oxigenação) e o
sistêmico – órgãos, músculos, ossos, pele (para o
metabolismo).
O sistema de valvas permitem que o sangue circule
sempre em uma direção durante o ciclo cardíaco de
SÍSTOLE (contração) e DIÁSTOLE (relaxamento) e não
reflua para a cavidade de onde veio. Artéria sai do
coração, veia chega a ele.
O lado direito recebe e ejeta
sangue venoso e o lado
esquerdo recebe e distribui
sangue arterial.
CORAÇÃO
Átrio
direito
Valva
tricúspide
Ventrículo
direito
Veia Cava
inferior
Artéria
Aorta
Artéria
Pulmonar
Átrio
esquerdo
Valva
Mitral
Ventrículo
esquerdo
Artéria
Aorta
Veia Cava
superiorTUM =
sístole
(contrai)
TAC =
diástole
(relaxa)
Entra
sangue
nos
átrios
Está localizado mais anteriormente, atrás do osso
esterno, dentro do tórax, entre os dois pulmões, no
espaço
chamado
MEDIASTINO.
O ápice cardíaco é voltado para baixo e para a
esquerda, apoiado no diafragma, e envolvido por uma
película de nome PERICÁRDIO.
SISTEMA CONDUTOR DO ESTÍMULO CARDÍACO
Grupamentos de células musculares cardíacas
especializadas, que geram seu próprio impulso elétrico,
que se propaga pelo miocárdio atrial e ventricular,
determinando a contração do coração. Composto de:
- NÓ SINOATRIAL (SA) – localizado na parede do átrio
direito, próximo da entrada da veia cava superior. É o
MARCA PASSO FISIOLÓGICO, em ação desde o 25º dia de
vida embrionária.
- NÓ ATRIOVENTRICULAR (AV) – localizado na base
(superior) do septo interatrial, como uma subestação,
recebe os estímulos do SA e os envia ao miocárdio dos
ventrículos através do FEIXE DE HISS (ramo direito e
ramo esquerdo) que se distribui em filetes mais finos
até a intimidade da musculatura dos ventrículos do
ápice para a base que são as FIBRAS DE PURKINJE.
Nas cirurgias de transplante cardíaco preserva-se o nó
sinoatrial do receptor.
Outras inervações do coração:
- SENSITIVA AFERENTE (que leva estímulo doloroso ao
sistema nervoso central): alerta quanto às agressões
sobre o músculo cardíaco (a falta de oxigênio do
miocárdio levando a dor do infarto ou do espasmo de
coronárias – ANGINA).
- SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO SIMPÁTICO e
PARASSIMPÁTICO - independe de nossa vontade.
-Simpático acelera (exercícios físicos, emoções)
-Parassimpático diminui os batimentos (prece)