200 Questões de Língua Portuguesa Concursos 2010 2011

download 200 Questões de Língua Portuguesa Concursos 2010 2011

of 53

Transcript of 200 Questões de Língua Portuguesa Concursos 2010 2011

200 Questes de Lngua Portuguesa Concursos 2010 2011 Ateno: As questes de nmeros 1 a 10 referem-se ao texto abaixo. Cultura de massa e cultura popular O poder econmico expansivo dos meios de comunicao parece ter abolido, em vrios momentos e lugares, as manifestaes da cultura popular, reduzindo-as funo de folclore para turismo. Tal a penetrao de certos programas de rdio e TV junto s classes pobres, tal a aparncia de modernizao que cobre a vida do povo em todo o territrio brasileiro, que, primeira vista, parece no ter sobrado mais nenhum espao prprio para os modos de ser, pensar e falar, em suma, viver, tradicionais e populares. A cultura de massa entra na casa do caboclo e do trabalhador da periferia, ocupando-lhe as horas de lazer em que poderia desenvolver alguma forma criativa de autoexpresso; eis o seu primeiro tento. Em outro plano, a cultura de massa aproveita-se dos aspectos diferenciados da vida popular e os explora sob a categoria de reportagem popularesca e de turismo. O vampirismo assim duplo e crescente; destri-se por dentro o tempo prprio da cultura popular e exibe-se, para consumo do telespectador, o que restou desse tempo, no artesanato, nas festas, nos ritos. Poderamos, aqui, configurar com mais clareza uma relao de aparelhos econmicos industriais e comerciais que exploram, e a cultura popular, que explorada. No se pode, de resto, fugir luta fundamental: o capital procura de matria-prima e de mo de obra para manipular, elaborar e vender. A macumba na televiso, a escola de samba no Carnaval estipendiado para o turista, so exemplos de conhecimento geral. No entanto, a dialtica uma verdade mais sria do que supe a nossa v filosofia. A explorao, o uso abusivo que a cultura de massa faz das manifestaes populares no foi ainda capaz de interromper para sempre o dinamismo lento, mas seguro e poderoso da vida arcaicopopular, que se reproduz quase organicamente em microescalas, no interior da rede familiar e comunitria, apoiada pela socializao do parentesco, do vicinato e dos grupos religiosos. (Alfredo Bosi. Dialtica da colonizao. S. Paulo: Companhia das Letras, 1992, pp. 328-29) 1. (FCC-2010) Tomando como referncias a cultura de massa e a cultura popular, o autor do texto considera que, entre elas, (A) no h qualquer relao possvel, uma vez que configuram universos distintos no tempo e no espao. (B) h uma relao de necessria interdependncia, pois no h sociedade que possa prescindir de ambas. (C) h uma espcie de simbiose, uma vez que j no possvel distinguir uma da outra. (D) h uma relao de apropriao, conforme se manifestam os efeitos da primeira sobre a segunda. (E) h uma espcie de dialtica, pois cada uma delas se desenvolve medida que sofre a influncia da outra. 2. (FCC-2010) Atente para as seguintes afirmaes: I. No primeiro pargrafo, afirma-se que a modernizao determinante para a sobrevivncia de algumas formas autnticas da cultura popular. II. No segundo pargrafo, a expropriao sofrida pela cultura de massa vista na sua concomitncia com o desprestgio da cultura popular. III. No terceiro pargrafo, aponta-se a resistncia das manifestaes de cultura popular, observadas em determinados crculos sociais. Em relao ao texto, est correto SOMENTE o que se afirma em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. 3. (FCC-2010) Um mesmo fenmeno expresso pelos segmentos: (A) poder econmico expansivo e socializao do parentesco. (B) aparncia de modernizao e forma criativa de autoexpresso. (C) aspectos diferenciados da vida popular e reportagem popularesca. (D) aparelhos econmicos e a dialtica uma verdade mais sria. (E) o dinamismo lento e se reproduz quase organicamente. 4. (FCC-2010) Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em:

(A) (B) (C) (D) (E)

reduzindo-as funo (1. pargrafo) = incitando-as extrapolao. vampirismo (...) crescente (2. pargrafo) = progressiva avidez. seu primeiro tento (2. pargrafo) = sua primitiva meta. estipendiado para o turista (2. pargrafo) = estilizado para o visitante. socializao do parentesco (3. pargrafo) = sociabilidade dos vnculos.

5. (FCC-2010) No 3. pargrafo, o autor vale-se do termo dialtica para indicar (A) a dinmica pela qual a cultura popular ainda resiste cultura de massa. (B) a absoluta absoro que a cultura de massa impe cultura popular. (C) a contradio entre interesse econmico e a macumba na televiso. (D) o contraste entre manifestaes populares e relaes de vicinato. (E) o apoio que a cultura de massa acaba representando para a popular. 6. (FCC-2010) Quanto concordncia verbal, est inteiramente correta a frase: (A) Devem-se ressaltar, nos meios de comunicao, a constncia com que promovem abusos, na explorao da cultura popular. (B) Nem mesmo um pequeno espao prprio querem conceder cultura popular os que a exploram por interesses estritamente econmicos. (C) Restam das festas, dos ritos e dos artesanatos da cultura popular pouco mais que um resistente ncleo de prticas comunitrias. (D) Muita gente acredita que se devem imputar aos turistas a responsabilidade por boa parte desses processos de falseamento da cultura popular. (E) Produzem-se nas pequenas clulas comunitrias, a despeito das presses da cultura de massa, lento e seguro dinamismo de cultura popular. 7. (FCC-2010) No segundo pargrafo, o elemento sublinhado na construo (A) ocupando-lhe as horas de lazer refere-se ao termo casa. (B) eis o seu primeiro tento refere-se expresso forma criativa. (C) eis o seu primeiro tento refere-se expresso cultura de massa. (D) ocupando-lhe as horas de lazer refere-se expresso cultura de massa. (E) eis o seu primeiro tento refere-se expresso horas de lazer. 8. (FCC-2010) Est clara e correta a redao deste livre comentrio sobre o texto: (A) O autor considera que os vnculos estabelecidos nas relaes entre grupos sociais, firmadas pelo parentesco ou pelo sentimento comunitrio, ainda resistem fora dos meios de comunicao de massa. (B) Entende o autor de que, no obstante hajam fortes presses dos meios de comunicao de massa sobre elas, as relaes autenticamente populares podem resistir to pesada influncia. (C) Graas a aqueles laos estabelecidos em relaes de parentesco ou mesmo comunitrias, entre grupos sociais mais estritos, a cultura popular ainda oferece sua firme capacidade de resistncia. (D) Relaes de parentesco e laos comunitrios, no obstante a fora que caracterizam os meios de comunicao de massa, ainda lhes resistem, preservando-se essa forma de cultura popular. (E) A cultura popular, ingratamente pressionada pela cultura de massa, manifesta-se ainda sob a forma de pequenos grupos cujos valores autnticos persiste o sentimento comunitrio. 9. (FCC-2010) O poder econmico expansivo dos meios de comunicao aboliu as manifestaes da cultura popular e as reduziu a folclore para turistas. Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, as formas verbais resultantes sero: (A) aboliram-se e tm sido reduzidas. (B) tm sido abolidas e reduziram-se. (C) vm abolindo-as e vm reduzindo-as. (D) esto abolindo e esto reduzindo. (E) foram abolidas e foram reduzidas. 10. (FCC-2010) A pontuao desta frase est inteiramente correta: (A) A dialtica sendo uma verdade mais sria, do que se costuma crer, manifesta-se no processo de resistncia, da cultura popular. (B) De fato a cultura de massa com a enorme fora de que dispe, costuma apropriar-se das formas da cultura popular, inapelavelmente.

(C) A socializao, proveniente das boas relaes comunitrias constitui, sem dvida, uma bela forma de autopreservao, na cultura popular. (D) As escolas de samba, nas festas promovidas para turistas, constituem matria-prima e mo de obra, simultaneamente, para o capital. (E) Costumam, as diferentes manifestaes de cultura popular, descaracterizar-se de vez que no resistem, presses da cultura de massa. Ateno: As questes de nmeros 11 a 20 referem-se ao texto abaixo. Assdio eletrnico Quem j se habituou ao desgosto de receber textos no solicitados de cem pginas aguardando sua leitura? Ou quem no se irrita por ser destinatrio de mensagens automticas que nem lhe dizem respeito? E, mesmo sem aludir a entes mais sinistros como os hackers e os vrus, como aturar os abusos da propaganda que vem pelo computador, sob pretexto da liberdade de acesso informao? Entre as vantagens do correio eletrnico indiscutveis , a pergunta que anda percorrendo todas as bocas visa a apurar se a propagao do e-mail veio ressuscitar a carta. A esta altura, o email lembra mais o deus dos comeos, Janus Bifronte, a quem era consagrado o ms de janeiro. No templo de Roma ostentava duas faces, uma voltada para a frente e outra para trs. A divindade presidia simultaneamente morte e ao ressurgimento do ciclo anual, postada na posio privilegiada de olhar nas duas direes, para o passado e para o futuro. Analogamente, o e-mail tanto pode estar completando a obsolescncia da carta como pode dar-lhe alento novo. Sem dvida, o golpe certeiro na velha prtica da correspondncia, de quem algumas pessoas, como eu, andam com saudades, no foi desferido pelo e-mail nem pelo fax. O assassino foi o telefone, cuja difuso, no comeo do sculo XX, quase exterminou a carta, provocando imediatamente enorme diminuio em sua frequncia. A falta foi percebida e muita gente, poca, lamentou o fato e o registrou por escrito. Seria conveniente pensar qual a lacuna que se interpe entre a carta e o e-mail. Podem-se relevar trs pontos em que a diferena mais patente. O primeiro o suporte, que passou do papel para o impulso eletrnico. O segundo a temporalidade: nada poderia estar mais distante do e-mail do que a concepo de tempo implicada na escritura e envio de uma carta. Costumava-se comear por um rascunho; passava-se a limpo, em letra caprichada, e escolhia-se o envelope elegante tudo para enfrentar dias, s vezes semanas, de correio. O terceiro aspecto a ponderar a tremenda invaso da privacidade que a Internet propicia. Na pretensa cumplicidade trazida pelo correio eletrnico, as pessoas dirigem-se a quem no conhecem a propsito de assuntos sem interesse do infeliz destinatrio. (Walnice Nogueira Galvo, O tapete afego) 11. (FCC-2010) As frases interrogativas do primeiro pargrafo valem, de fato, como afirmaes implcitas. A cada uma dessas frases corresponde, na ordem dada, a seguinte afirmao: I. difcil acostumar-se com o recebimento compulsrio de textos para ler, por vezes longos. II. A recepo de mensagens despropositadas, sem interesse para ns, h muito j no nos causa dissabores, resignados que somos. III. No fosse pelo direito livre divulgao de informaes, haveria que se condenar o hbito de enviar propaganda por e-mail. Atende ao enunciado desta questo o que est SOMENTE em (A) I. (B) I e II. (C) II. (D) II e III. (E) III. 12. (FCC-2010) A lembrana da imagem de Janus Bifronte ocorre por conta de uma especfica duplicidade, representada pelos segmentos: (A) vantagens do correio eletrnico // propagao do e-mail. (B) receber textos no solicitados // ser destinatrio de mensagens automticas. (C) obsolescncia da carta // dar-lhe alento novo. (D) lacuna que se interpe // entre a carta e o e-mail. (E) invaso da privacidade // pretensa cumplicidade. 13. (FCC-2010) Ao afirmar a convenincia de pensar qual a lacuna que se interpe entre a carta e o e-mail, a autora mostra seu interesse em (A) compreender a razo do vazio histrico que ocorreu entre os dois processos de comunicao.

(B) denunciar uma inoperncia que costuma ocorrer com frequncia nesses dois meios de comunicao. (C) investigar a deficincia dos meios de comunicao que se interpuseram entre esses dois. (D) confrontar as especificidades que identificam cada um desses meios de comunicao. (E) estabelecer uma comparao pela qual se possa provar qual dos processos o mais eficaz. 14. (FCC-2010) Representam uma causa e seu efeito, nessa ordem, os segmentos: (A) desgosto de receber // textos no solicitados. (B) o telefone (...), no comeo do sculo XX // golpe certeiro. (C) muita gente, poca, lamentou o fato // a falta foi percebida. (D) costumava-se comear por um rascunho // escolhia-se um envelope elegante. (E) a tremenda invaso da privacidade // assuntos sem interesse para o infeliz destinatrio. 15. (FCC-2010) Est adequada a correlao entre os tempos e modos verbais na frase: (A) A pergunta que percorresse todas as bocas visa a apurar se a propagao do e-mail venha a ressuscitar a carta. (B) Quem no se irritava por ter sido destinatrio de mensagens automticas que no lhe diro respeito? (C) O e-mail tanto poderia estar completando a obsolescncia da carta como pudesse estar representando um novo alento para ela. (D) Teria sido conveniente pensar qual fosse a lacuna que se interponha entre a carta e o e-mail. (E) Nada pode estar mais distante do e-mail do que o tempo que se costuma levar para que uma carta seja escrita e postada. 16. (FCC-2010) O e-mail veio para ficar, ainda que alguns considerem o e-mail uma invaso de privacidade, ou mesmo atribuam ao e-mail os desleixos lingusticos que costumam caracterizar o e-mail. Evitam-se as viciosas repeties do trecho acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por (A) lhe considerem lhe atribuam caracteriz-lo. (B) o considerem lhe atribuam caracteriz-lo. (C) considerem-no o atribuam caracterizar-lhe. (D) considerem-lhe atribuam-no o caracterizar. (E) o considerem atribuam-no lhe caracterizar. 17. (FCC-2010) Est correto o emprego do elemento sublinhado na frase: (A) Quem no se irrita por ser o destinatrio de mensagens por cujo assunto no tem o menor interesse? (B) Como reagir recepo de textos aos quais jamais houve solicitao nossa? (C) A autora refere-se ao deus Janus Bifronte, s duas faces suas em cujas representavam-se o passado e o futuro. (D) Quem matou o hbito das cartas foi o telefone, em que o reinado comeou junto com o sculo XX. (E) Os e-mails acabam chegando a destinatrios de cuja privacidade no costumam respeitar. 18. (FCC-2010) Est clara e correta a redao deste livre comentrio sobre o texto: (A) Ao se comparar a carta com o e-mail, os aspecto que a diferena mais patente, segundo a autora so o suporte, a temporalidade e a privatizao da correspondncia. (B) Pretextando a liberdade de acesso da informao muitos abusam dos e-mails, enviando-os quem deles no pretende saber o teor nem tomar conhecimento. (C) H quem, como a autora, imagine que o e-mail possa acabar sendo o responsvel por um novo alento para uma forma de correspondncia como a carta. (D) Fica at difcil de imaginar o quanto as pessoa gastavam o tempo na preparao das cartas, desde o rascunho at o envio das mesmas, cuja durao era de dias. (E) Desde que foi inventado o telefone, a rapidez da comunicaes se impuseram de tal modo que, por conseguinte, a morosidade das cartas passou a se indesejvel. 19. (FCC-2010) (...) as pessoas dirigem mensagens a quem no conhecem, a propsito de assuntos que no dizem respeito ao infeliz destinatrio. Dando nova redao frase acima, e iniciando-a com O infeliz destinatrio recebe mensagens, a complementao que se mantm clara, correta e coerente com o sentido original (A) em que o emissor lhe desconhecido, tanto quanto o assunto dela, que no lhe diz respeito.

(B) sobre assuntos que em nada dizem respeito, haja visto que tambm desconhece os prprios emissores. (C) aonde os assuntos no lhe cabem conhecer, dando se o mesmo com as pessoas que as enviaram. (D) de pessoas desconhecidas, sobre assuntos que em nada lhe despertam o interesse. (E) cujos temas no o interessam, provindos de pessoa que to pouco vieram a conhecer. 20. (FCC-2010) preciso corrigir uma forma verbal flexionada na frase: (A) O e-mail interveio de tal forma em nossa vida que ningum imagina viver sem se valer dele a todo momento. (B) Se uma mensagem eletrnica contiver algum vrus o usurio incauto ser prejudicado, ao abrila. (C) Caso no nos disponhamos a receber todo e qualquer e-mail, ser preciso que nos munamos de algum filtro oferecido pela Internet. (D) Se uma mensagem provier de um desconhecido ser preciso submet-la a um antivrus especfico. (E) Ele se precaveio e instalou em seu computador um poderoso antivrus, para evitar que algum email o contaminasse. 1D 2C 3E 4B 5A 6B 13 D 14 B 15 E 16 B 17 A 18 C 19 D 20 E 7C 8A9E 1D 11 A 12 C

Ateno: As questes de nmeros 1 a 10 referem-se ao texto seguinte. Ps-11/9 Li que em Nova York esto usando dez de setembro como adjetivo, significando antigo, ultrapassado. Como em: Que penteado mais dez de setembro!. O 11/9 teria mudado o mundo to radicalmente que tudo o que veio antes culminando com o day before [dia anterior], o ltimo dia das torres em p, a ltima segunda-feira normal e a vspera mais vspera da Histria virou prembulo. Obviamente, nenhuma normalidade foi to afetada quanto o cotidiano de Nova York, que vive a psicose do que ainda pode acontecer. Os Estados Unidos descobriram um sentimento indito de vulnerabilidade e reorganizam suas prioridades para acomod-las, inclusive sacrificando alguns direitos de seus cidados, sem falar no direito de cidados estrangeiros no serem bombardeados por eles. Protestos contra a radicalssima reao americana so vistos como irrealistas e anacrnicos, decididamente dez de setembro. Mas fatos inaugurais como o 11/9 tambm permitem s naes se repensarem no bom sentido, no como submisso chantagem terrorista, mas para no perder a oportunidade do novo comeo, um pouco como Deus o primeiro autocrtico fez depois do Dilvio. Sinais de reviso da poltica dos Estados Unidos com relao a Israel e os palestinos so exemplos disto. E certo que nenhuma reunio dos pases ricos ser como era at 10/9, pelo menos por algum tempo. No caso dos donos do mundo, no se devem esperar exames de conscincia mais profundos ou atos de contrio mais espetaculares, mas o instinto de sobrevivncia tambm um caminho para a virtude. O horror de 11/9 teve o efeito paradoxalmente contrrio de me fazer acreditar mais na humanidade. A questo : o que acabou em 11/9 foi prlogo, exatamente, de qu? Seja o que for, ser diferente. Inclusive por uma questo de moda, j que ningum vai querer ser chamado de dez de setembro na rua. (Luis Fernando Verissimo, O mundo brbaro) 1. (FCC-2011) J se afirmou a respeito de Luis Fernando Verissimo, autor do texto aqui apresentado: "trata-se de um escritor que consegue dar seriedade ao humor e graa gravidade, sendo ao mesmo tempo humorista inspirado e ensasta profundo". Essa rara combinao de planos e tons distintos pode ser adequadamente ilustrada por meio destes segmentos do texto: I. Que penteado mais dez de setembro! e Os Estados Unidos descobriram um sentimento indito de vulnerabilidade. II. um pouco como Deus o primeiro autocrtico fez depois do Dilvio e o instinto de sobrevivncia tambm um caminho para a virtude. III. fatos inaugurais como o 11/9 tambm permitem s naes se repensarem e no se devem esperar exames de conscincia mais profundos. Em relao ao texto, atende ao enunciado desta questo o que se transcreve em (A) I, II e III. (B) I e II, apenas. (C) II e III, apenas.

(D) I e III, apenas. (E) II, apenas. 2. (FCC-2011) Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em: (A) significando antigo, ultrapassado (1. pargrafo) = conotando nostlgico, recorrente. (B) reorganizam suas prioridades para acomod-las (1. pargrafo) = ratificam suas metas para as estabilizarem. (C) atos de contrio mais espetaculares (2. pargrafo) = demonstraes mais grandiosas de arrependimento. (D) teve o efeito paradoxalmente contrrio (2. pargrafo) = decorreu de uma irnica contradio. (E) foi prlogo, exatamente, de qu? (3. pargrafo) = a que mesmo serviu de pretexto? 3. (FCC-2011) Ao comentar a tragdia de 11 de setembro, o autor observa que ela (A) foi uma espcie de prlogo de uma srie de muitas outras manifestaes terroristas. (B) exigiria das autoridades americanas a adoo de medidas de segurana muito mais drsticas que as ento vigentes. (C) estimularia a populao novaiorquina a tornar mais estreitos os at ento frouxos laos de solidariedade. (D) abriu uma oportunidade para que os americanos venham a se avaliar como nao e a trilhar um novo caminho. (E) faria com que os americanos passassem a ostentar com ainda maior orgulho seu decantado nacionalismo. 4. (FCC-2011) Esto plenamente observadas as normas de concordncia verbal na frase: (A) Sobrevieram tragdia de 11/9 consequncias profundas, como a psicose coletiva a que se renderam muitos cidados novaiorquinos. (B) Agregou-se ao cotidiano de Nova York, a despeito das medidas de segurana, sentimentos de medo e desconfiana generalizados. (C) Uma certa soberba, caracterstica dos americanos, mesmo depois do atentado de 11/9 no se aplacaram. (D) Muitas vezes decorre de uma grande tragdia coletiva, como a de 11/9, sentimentos confusos, como os da humilhao, da revolta e da impotncia. (E) Sobrevivem at mesmo depois de grandes tragdias a tendncia dos homens ao prosasmo e ao mau gosto, como no uso da expresso dez de setembro. 5. (FCC-2011) Est adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase: (A) A obsolescncia e o anacronismo, atributos nos quais os americanos manifestam todo seu desprezo, passaram a se enfeixar com a expresso dez de setembro. (B) O estado de psicose, ao qual imergiram tantos americanos, levou adoo de medidas de segurana em cuja radicalidade muitos recriminam. (C) A sensao de que o 11/9 foi um prlogo de algo ao qual ningum se arrisca a pronunciar um indcio do pasmo no qual foram tomados tantos americanos. (D) No descrena, sentimento com que nos sentimos invadidos depois de uma tragdia, na esperana que queremos nos apegar. (E) Fatos como os de 11/9, com que ningum espera se deparar, so tambm lies terrveis, de cujo significado no se deve esquecer. 6. (FCC-2011) Est clara e correta a redao deste livre comentrio sobre o texto: (A) De fato, humor ferino e crtica lcida podem convergir em um mesmo texto, como o caso dessa crnica exemplar de Luis Fernando Verissimo. (B) H casos exemplares de crnicas como esta, aonde a ironia, a mordacidade e a anlise sabem conviver de modo a que paream naturais. (C) Este autor tem conseguido viver apenas do que escreve, alm de eventuais entrevistas em que ele concede, mesmo se considerando tmido. (D) O autor equipara o 11/9 ao Dilvio bblico, com base na proporo desses fatos e do sentido de autocrtica que contribui para ambos. (E) Poucos autores se pronunciaram sobre o 11/9, seja por que em respeito aos sacrificados, ou por que comum que as grandes tragdias impliquem em silncio.

7. (FCC-2011) Na frase No caso dos donos do mundo, no se devem esperar exames de conscincia mais profundos, correto afirmar que (A) a construo verbal um exemplo de voz ativa. (B) a partcula se tem a mesma funo que em E se ela no vier? (C) a forma plural devem concorda com exames. (D) ocorre um exemplo de indeterminao do sujeito. (E) a expresso donos do mundo leva o verbo ao plural. 8. (FCC-2011) Em 11 de setembro ocorreu a tragdia que marcou o incio deste sculo, e o mundo acompanhou essa tragdia pela TV. A princpio, ningum atribuiu a essa tragdia a dimenso que ela acabou ganhando, muitos chegaram a tomar essa tragdia como um grave acidente areo. Evitam-se as viciosas repeties da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por (A) acompanhou-a - a atribuiu - lhe tomar (B) acompanhou-a - lhe atribuiu - tom-la (C) lhe acompanhou - lhe atribuiu - tomar-lhe (D) acompanhou-a - a atribuiu - tom-la (E) lhe acompanhou - atribuiu-lhe - a tomar 9. (FCC-2011) Est inteiramente adequada a pontuao do seguinte perodo: (A) H eventos que como o 11 de setembro, passam a constituir um marco histrico; seja pela gravidade que tiveram em si mesmos; seja pelas consequncias que dele derivaram projetadas em escala mundial. (B) H eventos que como o 11 de setembro, passam a constituir um marco histrico seja pela gravidade, que tiveram em si mesmos, seja pelas consequncias, que dele derivaram, projetadas em escala mundial. (C) H eventos que como o 11 de setembro, passam a constituir um marco histrico seja pela gravidade que tiveram, em si mesmos, seja pelas consequncias que dele derivaram, projetadas em escala mundial. (D) H eventos que, como o 11 de setembro, passam a constituir um marco histrico, seja pela gravidade que tiveram em si mesmos, seja pelas consequncias que dele derivaram, projetadas em escala mundial. (E) H eventos, que como o 11 de setembro, passam a constituir um marco histrico; seja pela gravidade que tiveram em si mesmos, seja pelas consequncias que, dele, derivaram projetadas em escala mundial. 10. (FCC-2011) A m construo exige que se d nova redao seguinte frase: (A) Por se sentirem donos do mundo, os pases mais poderosos no esto habituados a fazer, com humildade, uma anlise crtica de si mesmos. (B) Uma das consequncias do trgico episdio de 11/9 foi o bombardeio a que os Estados Unidos submeteram o Iraque, pas tomado como bode expiatrio. (C) O significado que a expresso dez de setembro passou a ter depois do trgico atentado denota a preocupao dos americanos com o que est ou no na moda. (D) Jamais os Estados Unidos haviam tomado conscincia de sua vulnerabilidade, que ficou evidenciada com o bem-sucedido ataque terrorista s torres gmeas. (E) Ainda que se considere um episdio obviamente trgico, as torres gmeas constituam um smbolo da opulncia capitalista e da alta tecnologia americana. 1B 2C 3D 4A 5-E 6A 7-C 8-B 9D 10 E

Ateno:

As questes de nmeros 1 a 10 referem-se ao texto seguinte.

ESTRADAS E VIAJANTES A linguagem nossa de cada dia pode ser altamente expressiva. No sei at quando sobrevivero expresses, ditados, frmulas proverbiais, modos de dizer que atravessaram o tempo falando as coisas de um jeito muito especial, gostoso, sugestivo. Acabaro por cair todas em desuso numa poca como a nossa, cheia de pressa e sem nenhuma pacincia, ou apenas se renovaro? Algumas expresses so to fortes que resistem aos sculos. Haver alguma lngua que no estabelea formas de comparao entre vida e viagem, vida e caminho, vida e estrada? O grande

Dante j comeava a Divina Comdia com No meio do caminho de nossa vida.... Se a vida uma viagem, a grande viagem s pode ser... a morte, fim do nosso caminho. Ela partiu", Ele se foi, dizemos. E assim vamos seguindo... Quando menino, ouvia com estranheza a frase Cuidado, tem boi na linha. Como no havia linha de trem nem boi por perto, e as pessoas olhavam disfaradamente para mim, comecei a desconfiar, mas sem compreender, que o boi era eu; mas como assim? Mais tarde vim a entender a traduo completa e prosaica: suspendamos a conversa, porque h algum que no deve ouvila. Uma outra expresso pitoresca, que eu j entendia, era cala de pular brejo ou cala de atravessar rio, no caso de pernas crescidas ou calas encolhidas, tudo constatado antes de pegar algum caminho. J adulto, vim a dar com o termo passagem, no sentido fnebre. Passou desta para melhor. Situao difcil: estar numa encruzilhada. Fim de vida penoso? Tambm, j est subindo a ladeira dos oitenta... So incontveis os exemplos, uma retrica inteira dedicada a imagens como essas. Obviamente, os poetas, especialistas em imagens, se encarregam de multiplic-las. Tinha uma pedra no meio do caminho, queixou-se uma vez, e para sempre, o poeta Carlos Drummond de Andrade, fornecendo-nos um smbolo essencial para todo e qualquer obstculo que um caminhante fatalmente enfrenta na estrada da vida, neste mundo velho sem porteira... (Peregrino Solerte, indito) 1. (FCC-2010) A frase de abertura do texto A linguagem nossa de cada dia pode ser altamente expressiva corresponde a uma tese (A) cuja contestao coerentemente desenvolvida, concluindo-se com a referncia a Carlos Drummond de Andrade. (B) cujo desenvolvimento se faz com a multiplicao de exemplos, relativos a um mesmo campo de expresso simblica. (C) cujo desenvolvimento acaba por comprovar a ineficincia da linguagem simblica, se comparada com a rotineira. (D) cuja comprovao se d pelo fato de que, na evoluo de uma lngua, as expresses simblicas se mantm sempre as mesmas. (E) cuja contestao encaminhada mediante a comparao entre a linguagem antiga e a linguagem contempornea. 2. (FCC-2010) Atente para as seguintes afirmaes: . I. No 1. pargrafo, expressa-se a convico de que os modos de dizer mais expressivos no sobrevivero nos tempos modernos, por serem avaliados como ineficazes nos processos de comunicao. II. No 3. pargrafo, a impossibilidade de o menino compreender a frase ouvida aos adultos deveuse ao fato de estar traduzida em linguagem prosaica. III. No 4. pargrafo, reconhece-se nos poetas a capa- cidade de enriquecimento expressivo da linguagem, especialistas que so na criao de imagens. Em relao ao texto, est correto APENAS o que se afir- ma em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. 3. (FCC-2010) As expresses E assim vamos seguindo e neste mundo velho sem porteira (A) devem ser tomadas como exemplos do mesmo tipo de repertrio de imagens enumeradas no texto. (B) constituem mais exemplos da traduo prosaica que se faz de bem conhecidas expresses simblicas. (C) remetem ao mesmo significado que se atribuiu ao verso Tinha uma pedra no meio do caminho. (D) assumem a mesma significao melanclica de expresses como grande viagem ou passagem. (E) significam, no mbito das expresses simblicas, que j no h mais nada de novo que se deva conhecer nesta vida. 4. (FCC-2010) Funcionam como marcas temporais, dentro de uma sequncia histrica, as expresses

(A) (B) (C) (D) (E)

No sei at quando e algumas expresses so to fortes. Como no havia linha de trem e So incontveis os exemplos. J adulto e fornecendo-nos um smbolo essencial. Quando menino e Mais tarde vim a entender. Uma outra expresso pitoresca e j est subindo a ladeira dos oitenta.

5. (FCC-2010) Est correta a seguinte afirmao sobre um procedimento construtivo do texto: (A) O segmento ou apenas se renovaro? expressa uma concomitncia em relao ao segmento Acabaro por cair todas em desuso. (1. pargrafo) (B) A construo Algumas expresses so to fortes que resistem aos sculos expressa uma comparao. (2. pargrafo) (C) No segmento ouvia com estranheza a frase, o elemento sublinhado est empregado com a significao sentindo-me estranho. (3. pargrafo) (D) No segmento vim a dar com o termo passagem, o elemento sublinhado tem o sentido de passei a me valer. (4. pargrafo) (E) A construo Queixou-se uma vez, e para sempre,afirma a permanncia que uma expresso confere a um incidente. (4. pargrafo) 6. (FCC-2010) As normas de concordncia verbal esto plenamente observadas na frase: (A) De todas essas formulaes to expressivas costumam resultar uma espcie de condensao sbia das experincias vividas. (B) Algumas expresses saborosas, que parece resistirem passagem dos sculos, no perdem o poder de sntese e a contundncia dos smbolos. (C) No se devem fiar nos anos eternos ou nos caminhos infinitos, a lio de muitos provrbios e expresses que se popularizaram. (D) No se decide se foram as pernas do menino ou as da cala que mudaram de tamanho, no caso daquelas duas saborosas frases. (E) Se haviam pedras no caminho do poeta, tambm existem no nosso, mas nenhum de ns expressou isso com a mesma agudeza. 7. (FCC-2010) Transpondo-se para a voz passiva a construo Mais tarde vim a entender a traduo completa, a forma verbal resultante ser: (A) veio a ser entendida. (B) teria entendido. (C) fora entendida. (D) ter sido entendida. (E) t-la-ia entendido. 8. (FCC-2010) Est clara e correta a redao deste livre comentrio sobre o texto: (A) Para algum de uma lngua estrangeira no ser fcil, pelo contrrio, compreender o sentido dessas expresses, difceis at para quem fala a sua lngua. (B) Eu tambm, quando menino cheguei a ouvir tem boi na linha, assim como no texto, igualmente no entendendo o sentido to obscuro para mim. (C) H em todas as lnguas esse recurso de linguagem que, como ocorre em a grande viagem, expressa com alguma brandura uma experincia violenta. (D) Tambm se usa o termo passamento, para expressar que algum morreu, ou seja, se espera que a morte, sendo passagem, no um fim em si. (E) Quem nunca ficou a estar numa encruzilhada, no aquilata o difcil de uma deciso diante de mais de um caminho, a se abrirem para ns. 9. (FCC-2010) Considerando-se o contexto, expressam uma causa e seu efeito, nessa ordem, os segmentos: (A) A linguagem nossa de cada dia // pode ser alta mente expressiva. (B) Algumas expresses so to fortes // que resistem aos sculos. (C) Como no havia linha de trem nem boi por perto // e as pessoas olhavam disfaradamente para mim (...) (D) J adulto // vim a dar com o termo passagem (...) (E) Uma outra expresso pitoresca // que eu j entendia(...) 10. (FCC-2010) Est inteiramente adequada a pontuao da frase: (A) Por vezes no se compreendem, mesmo expresses como as do texto, porque os

smbolos, no deixam de ser enigmticos, quando no obscuros. (B) Por vezes, no se compreendem mesmo expresses, como as do texto, porque os smbolos no deixam de ser, enigmticos, quando no obscuros. (C) Por vezes no se compreendem mesmo, expresses como as do texto porque, os smbolos, no deixam se ser enigmticos, quando no, obscuros. (D) Por vezes no se compreendem, mesmo expresses como as do texto porque os smbolos no deixam de ser, enigmticos, quando no obscuros. (E) Por vezes, no se compreendem, mesmo, expresses como as do texto, porque os smbolos no deixam de ser enigmticos, quando no, obscuros. Ateno: As questes de nmeros 11 a 15 referem-se ao texto seguinte. Metr: prxima parada No fique com medo de embarcar caso chegue plataforma de uma das estaes do Metr em So Paulo e veja um trem sem condutor. Os novos vages da linha amarela dispensam o profissional a bordo. Esse apenas um detalhe de uma lista de recursos tecnolgicos que esto sendo implementados para transportar os paulistas com mais eficincia. Escadas rolantes com sensores de presena, cmeras de vdeo que enviam imagens para a central por Wi-Fi, comunicao com os passageiros por VoIP e freios inteligentes so outras novidades. O Metr est passando por uma modernizao que no s cosmtica. Com ar condicionado, os novos trens no precisam de muitas frestas para entrada de ar. No s uma questo de conforto trmico, mas acstico. Nas novas escadas rolantes, sensores infravermelho detectam a presena de pessoas; no havendo ningum, a rolagem mais lenta, e economiza-se energia eltrica. (Adaptado de Ktia Arima, da INFO. http://info.abril.com.br/noticias) 11. (FCC-2010) Deve-se entender, dado o contexto, que o ttulo do texto refere-se, precisamente, (A) ao anncio de estaes mais modernas e mais bem equipadas, cujo avano eletrnico no deve causar temor entre os futuros usurios do Metr. (B) ao planejamento de linhas de Metr que, sob novas condies, tornaro mais rpido e eficaz o transporte dos passageiros paulistas. (C) s novidades tecnolgicas que representaro considervel economia de tempo e manuteno mais barata. (D) ao provimento de novos recursos eletrnicos, que tm reflexo na operao do Metr paulista e redundam em maior conforto e segurana aos usurios. (E) s conquistas da tecnologia que, uma vez adotadas pelo Metr paulista, significaro cortes em gastos e alteraes menos cosmticas. 12. (FCC-2010) Atente para as seguintes afirmaes: I. A autora do texto trabalha com a suposio de que o leitor conhece suficientemente termos tcnicos associados a recursos tecnolgicos. II. Na frase O Metr est passando por uma modernizao que no s cosmtica subentende-se que algumas transformaes no so essenciais. III. Subentende-se que, nas novas viagens do Metr, o conforto trmico deixou de ser to importante quanto o conforto acstico. Em relao ao texto, est correto o que se afirma em (A) I, II e III. (B) I e II, apenas. (C) II e III, apenas. (D) I e III, apenas. (E) II, apenas. 13. (FCC-2010) A correlao entre tempos e modos verbais est adequadamente estabelecida na frase: (A) Muita gente ficaria com medo de embarcar caso chegasse plataforma e se detivesse diante de um trem a que faltasse o condutor. (B) Muita gente ficar com medo de embarcar caso chegando plataforma e detendo-se diante de um trem, ver que lhe falta o condutor. (C) Muita gente ter ficado com medo de embarcar, caso chegue plataforma e se detenha diante de um trem a que faltaria o condutor. (D) Muita gente ficou com medo de embarcar ao chegar plataforma e deter-se diante de um trem a que estivesse faltando o condutor.

(E) Muita gente ficara com medo de embarcar quando chegou plataforma e se detivera diante de um trem a que faltara o condutor. 14. (FCC-2010) Os passageiros do Metr, quando vierem a utilizar o Metr, no deixaro de notar as mudanas do Metr; espera-se que todos aplaudam essas mudanas. Evitam-se as viciosas repeties da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por: (A) utilizar-lhe - lhes notar as mudanas - as aplaudam. (B) o utilizar - lhe notar as mudanas - aplaudam-nas. (C) utiliz-lo - lhe notar as mudanas - as aplaudam. (D) utiliz-lo - not-lo nas mudanas - lhes aplaudam. (E) utilizar-lhe - notar-lhe as mudanas - aplaudam-lhes. 15. (FCC-2010) preciso corrigir a redao deste livre comentrio sobre o texto: (A) Algumas siglas utilizadas no pargrafo inicial do texto soaro enigmticas para quem com elas no tem qualquer familiaridade. (B) Deve-se considerar, de fato, que o recurso do ar condicionado num transporte pblico altamente bem-vindo, pelo conforto que oferece. (C) Os condutores do Metr no estaro ressabiados, diante de recursos tecnolgicos que tornam dispensvel a atuao desses profissionais? (D) Nota-se, pelas caractersticas de alguns dos novos equipamentos, que a questo da segurana mereceu toda a ateno dos administradores. (E) Assim como ocorreram com o Metr, as mudanas tecnolgicas de outros meios de transporte tambm urgem de aperfeioar-se, modernizando-se. Ateno: As questes de nmeros 16 a 20 referem-se ao texto seguinte. Apoio ao transporte urbano O BNDES tem um programa de apoio a projetos de transportes pblicos, abrangendo todos os investimentos necessrios qualificao do espao urbano no entorno do empreendimento. O apoio pode se dar visando a forma de operao especfica, sempre com a preocupao de mirar os seguintes objetivos: a) racionalizao econmica, com reduo dos custos totais do sistema; b) privilgio do transporte coletivo sobre o individual; c) integrao tarifria e fsica, com reduo do nus e do tempo de deslocamento do usurio; d) acessibilidade universal, inclusive para os usurios com necessidades especiais; e) aprimoramento da gesto e da fiscalizao do sistema; f) reduo dos nveis de poluio sonora e do ar, do consumo energtico e dos congestionamentos; g) revalorizao urbana do entorno dos projetos. O BNDES admite um nvel de participao em at 100%, no caso de municpios de baixa renda ou de mdia renda inferior localizados nas regies Norte e Nordeste. (Baseado em informaes do site oficial do BNDES) 16. (FCC-2010) Para apoiar projetos de transportes pblicos, o BNDES considera, antes de mais nada, a (A) viabilidade operacional, j demonstrada, de projeto similar ao oferecido. (B) repercusso positiva do empreendimento sobre aspectos de seu entorno. (C) recuperao tecnolgica e financeira de empreendimentos onerosos. (D) formulao de objetivos ordenados segundo sua prioridade. (E) integrao do sistema de transporte com equipamentos de lazer e cultura. 17. (FCC-2010) Considerando-se o conjunto dos objetivos relacionados no texto, identificados pelas letras correspondentes, correto afirmar que os objetivos (A) a) e b) so alternativos entre si, pela impossibilidade do duplo atendimento. (B) c) e d) so complementares, j que ambos cuidam de casos excepcionais. (C) e) e f) esto diretamente voltados para a preservao ambiental. (D) a) e c) esto intimamente associados, quanto ao aspecto econmico. (E) f) e g) so alternativos entre si, pela impossibilidade do duplo atendimento. 18. (FCC-2010) Traduz-se de forma correta e coerente o sentido do pargrafo final em: No caso de municpios de baixa renda ou de renda mdia inferior localizados nas regies Norte e Nordeste, (A) admite-se que 100% dos empreendimentos podem pleitear a participao do BNDES. (B) o nvel de 100% de resultados a condio participativa do BNDES. (C) a participao do BNDES pode chegar ao patamar da plena integralidade.

(D) ser mais que satisfatria a implementao complementar do BNDES. (E) o BNDES arcar com a responsabilidade integral pelo sucesso do empreendimento. 19. (FCC-2010) O verbo indicado entre parnteses dever flexionar-se numa forma do singular para preencher corretamente a lacuna da frase: (A) A lista de itens que representam os objetivos do BNDES ...... (dizer) respeito ao apoio aos projetos de transporte urbano. (B) Caso no se ...... (levar) em conta os objetivos do BNDES, nenhum projeto de transporte urbano contar com o apoio desse rgo. (C) No ...... (faltar) a essa relao de objetivos, como bvio, os que se apresentam intimamente associados preservao do meio ambiente. (D) A cada objetivo ...... (corresponder), claro, medidas especficas de gerenciamento e fiscalizao das iniciativas a serem tomadas. (E) No caso de ...... (ocorrer) quaisquer irregularidades na implementao de um projeto, o apoio do BNDES estar suspenso, at que tudo se apure. 20. (FCC-2010) Est adequado o emprego do elemento sublinhado na frase: (A) O BNDES tem um programa de apoio a projetos de transporte com cujo podem contar os municpios de baixa renda. (B) A acessibilidade universal constitui um dos requisitos nos quais os projetos deve contemplar como incontornvel. (C) relao dos objetivos no poderia faltar a questo ambiental, para a qual cada vez mais se voltam os olhos dos cidados. (D) Entre o projeto de transporte e o entorno do empreendimento deve haver uma articulao de cuja o empreendedor no descuidar. (E) Os objetivos enumerados formam um conjunto com o qual os interessados em financiamento devem estar plenamente atentos. 1-B 2-C 3-A 4-D 5-E 13 A 14 C 15 E 16 B 17 D 18 C 19 A 20 - C 6-D 7-A 8-C 9-B 10 - E 11 D 12 B

Ateno: As questes de nmeros 1 a 10 referem-se ao texto seguinte. Pensando nas histrias populares Se examinarmos as fbulas populares, verificaremos que elas representam dois tipos de transformao social, sempre com final feliz. Num primeiro tipo, existe um prncipe que, por alguma circunstncia, se v reduzido a guardador de porcos ou alguma outra condio miservel, para depois reconquistar sua condio real. Num segundo caso, existe um jovem pastor que no possuiu nada desde o nascimento e que, por virtude prpria ou graa do destino, consegue se casar com a princesa e tornar-se rei. Os mesmos esquemas valem para as protagonistas femininas: a donzela nobre vtima de uma madrasta (Branca de Neve) ou de irms invejosas (Cinderela), at que um prncipe se apaixone por ela e a conduza ao vrtice da escala social. Ou ento uma camponesa pobre supera todas as desvantagens da origem e realiza npcias principescas. Poderamos pensar que as fbulas do segundo tipo so as que exprimem mais diretamente o desejo popular de uma reviravolta dos papis sociais e dos destinos individuais, ao passo que as do primeiro tipo deixam aparecer tal desejo de forma mais atenuada, como restaurao de uma hipottica ordem precedente. Mas, pensando bem, os destinos extraordinrios do pastorzinho ou da camponesa representam apenas uma iluso miraculosa e consoladora, ao passo que os infortnios do prncipe ou da jovem nobre associam a imagem da pobreza com a ideia de um direito subtrado, de uma justia a ser reivindicada, isto , estabelecem no plano da fantasia um ponto que ser fundamental para toda tomada de conscincia da poca moderna, da Revoluo Francesa em diante. No inconsciente coletivo, o prncipe disfarado de pobre a prova de que cada pobre , na realidade, um prncipe que sofreu uma usurpao de poder e por isso deve reconquistar seu reino. Quando cavaleiros cados em desgraa triunfarem sobre seus inimigos, ho de restaurar uma sociedade mais justa, na qual ser reconhecida sua verdadeira identidade. (Adaptado de talo Calvino, Por que ler os clssicos) 1. (FCC-2010) O autor do texto expe sua viso das histrias populares, segundo a qual elas constituem representaes

(A) do destino trgico que est reservado a todos aqueles que usurpam o poder de um legtimo detentor. (B) de um processo de alterao nos papis sociais, culminando em desfecho de carter edificante. (C) de uma ordem social na qual o prestgio do indivduo independe da posio que ele ocupa. (D) de maleveis esquemas sociais, nos quais o vitorioso o indivduo virtuoso, desde que de origem modesta. (E) de classes sociais ainda definidas, em cuja permanente oscilao revela-se a instabilidade poltica. 2. (FCC-2010) No terceiro pargrafo, afirma-se que as fbulas que melhor exprimem a aspirao popular so aquelas em que (A) um homem ou uma mulher do povo, por obra do destino, acaba por alcanar a condio aristocrtica. (B) os jovens apaixonados, dada a intensidade de seu amor, vencem a pobreza e casam-se com esplendor. (C) os estigmas sociais so pura circunstncia, j que aos humilhados se reserva o reino celestial. (D) o estado de penria dado como transitrio, uma vez que ao final se restaurar o princpio da justia. (E) os nobres cados em desgraa infiltram-se entre os homens do povo para promoverem uma revoluo. 3. (FCC-2010) Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em: (A) vrtice da escala social (2. pargrafo) = mago do esquema de classes. (B) reviravolta dos papis sociais (3. pargrafo) = ratificao dos status. (C) hipottica ordem precedente (3. pargrafo) = suposta ordenao anterior. (D) iluso miraculosa (3. pargrafo) = projeo ostensiva. (E) usurpao de poder (4. pargrafo) = denegao de direito. 4. (FCC-2010) Atente para as seguintes afirmaes: I. Depreende-se do texto que as fbulas populares so expresses diretas de desejos verdadeiros e claramente manifestos. II. A ideia de um direito subtrado alimenta em cada pessoa pobre a expectativa de que se restaure uma condio anterior mais justa. III. A expresso inconsciente coletivo utilizada no texto para exprimir a inconscincia e a inconsequncia da imaginao popular. Em relao ao texto, est correto o que se afirma em (A) I, II e III. (B) I e II, somente. (C) II e III, somente. (D) I e III, somente. (E) II, somente. 5. (FCC-2010) Est clara e correta a redao deste livre comentrio sobre o texto: (A) O escritor talo Calvino manifesta uma grande acuidade na leitura das fbulas populares, interpretando-as em suas estruturas profundas. (B) Tendo em vista uma leitura mais acurada do texto, se perceber de que as simplrias fbulas populares podem at deixar de s-las. (C) No h pessoa pobre em cuja aspirao acabe sendo uma forma de compensar sua condio, imaginando-se um nobre disfarado. (D) Esto nos destinos extraordinrios toda a argcia das fbulas populares, aonde as reviravoltas simbolizam igualmente transtornos sociais. (E) engenhosa a sensao de um direito subtrado, uma vez que assim se pode aspirar a ser reconstitudo, promovendo-se a propalada justia. 6. (FCC-2010) Para cumprimento das normas de concordncia verbal, ser necessrio CORRIGIR a frase: (A) Atribui-se aos esquemas de construo das fbulas populares a capacidade de representarem profundos anseios coletivos. (B) Reserva-se a pobres camponeses, nas fbulas populares, a possibilidade de virem a se tornar membros da realeza. (C) Aos desejos populares de ascenso social correspondem, em algumas das fbulas analisadas, a transformao de pobres em prncipes.

(D) Prosperam no fundo do inconsciente coletivo incontveis imagens, pelas quais se traduzem aspiraes de poder e de justia. (E) No cabe aos leitores abastados avaliar, em quem pobre, a sensatez ou o descalabro das expectativas alimentadas. 7. (FCC-2010) Est plenamente adequado o emprego do elemento sublinhado na frase: (A) Os dois tipos de transformao social com que o autor se refere no texto correspondem a aspiraes populares. (B) A convico quanto a um direito subtrado tamanha que h pobres em cuja crena a de recuperarem o poder perdido. (C) Acreditam os pobres que todos os direitos aos quais lhes foram usurpados sero restabelecidos numa ordem mais justa do futuro. (D) Ao autor no interessaram tanto as fbulas em si mesmas, mas os recados profundos, de que se mostrou um sensvel intrprete. (E) Muita gente, depois de ler esse texto de Calvino, ver nas fbulas alguma mensagem singular, cujo significado no havamos atentado. 8. (FCC-2010) A forma verbal da voz passiva correspondente exatamente construo: (A) Se examinarmos as fbulas populares : Se as fbulas populares forem por ns examinadas. (B) um jovem a conduza : fosse por um jovem conduzida. (C) exprimem o desejo popular : tm expressado o desejo popular. (D) representam apenas uma iluso miraculosa : esto apenas representando uma iluso miraculosa. (E) deve reconquistar seu reino : ter reconquistado seu reino. 9. (FCC-2010) Est adequada a correlao entre tempos e modos verbais na frase: (A) Se examinssemos as fbulas populares, haveremos de verificar que elas representem dois tipos de transformao social. (B) Era comum que pobres guardadores de porcos fossem, na verdade, prncipes que haviam sido despojados de seu poder. (C) Havia ainda os jovens pastores que nada possussem desde o nascimento, mas acabassem conseguindo casar-se e tornavam-se reis. (D) Um prncipe que se houvera disfarado de pobre ser a prova de que todo pobre fosse um prncipe disfarado. (E) Quando cavaleiros vierem a triunfar sobre seus inimigos, ter-se-ia restaurado uma sociedade que seja mais justa. 10. (FCC-2010) Est plenamente adequada a pontuao em: (A) As fbulas populares so simplrias? Ora elas significam muito mais do que aparentam, tal como o provou, esse texto de talo Calvino. (B) Simplrias, pois sim... As fbulas, na verdade so prenhes de profunda significao, exigindo muita ateno e senso interpretativo, dos leitores. (C) H quem julgue, essas fbulas, simplrias; mas atente-se bem, para seu sentido profundo, e teremos inevitavelmente, grandes surpresas. (D) Simplrias? No o so, certamente, essas fbulas, das quais o autor revelou, para surpresa nossa, uma significao mais profunda. (E) Sim, h quem julgue simplrias, as fbulas populares, mas basta atentarmos para elas e veremos o quanto so capazes, de nos revelar. 001 - B 002 - D 003 - C 004 - E 005 - A 006 - C 007 - D 008 - A 009 - B 010 - D Ateno: As questes de nmeros 1 a 10 referem-se ao texto abaixo. Administrao da linguagem

Nosso grande escritor Graciliano Ramos foi, como se sabe, prefeito da cidade alagoana de Palmeira dos ndios. Sua gesto ficou marcada no exatamente por atos administrativos ou decises polticas, mas pelo relatrio que o prefeito deixou, terminado o mandato. A redao desse relatrio primorosa, pela conciso, objetividade e clareza (hoje diramos: transparncia), qualidades que vm coerentemente combinadas com a honestidade absoluta dos dados e da autoavaliao rigorosssima, sem qualquer complacncia que faz o prefeito. Com toda justia, esse relatrio costuma integrar sucessivas edies da obra de Graciliano. uma pea de estilo raro e de esprito pblico incomum. Tudo isso faz pensar na relao que se costuma promover entre linguagens e ofcios. Diz-se que h o economs, jargo misterioso dos economistas, o politiqus, estilo evasivo dos polticos, o acadmico, com o cheiro de mofo dos bas da velha retrica etc. etc. E h, por vezes, a linguagem processual, vazada em arcasmos, latinismos e tecnicalidades que a tornam indevassvel para um leigo. H mesmo casos em que se pode suspeitar de estarem os litigantes praticando data venia um vernculo estrito, reservado aos iniciados, espcie de senha para especialistas. No se trata de ir contra a necessidade do uso de conceitos especficos, de no reconhecer a vantagem de se empregar um termo tcnico em vez de um termo impreciso, de abolir, em suma, o vocabulrio especializado; trata-se, sim, de evitar o exagero das linguagens opacas, cifradas, que pedem traduo para a prpria lngua a que presumivelmente pertencem. O exemplo de Graciliano diz tudo: quando o propsito da comunicao honesto, quando se quer clareza e objetividade no que se escreve, as palavras devem expor luz, e no mascarar, a mensagem produzida. No caso desse honrado prefeito alagoano, a tica rigorosa do escritor e a tica irrepreensvel do administrador eram a mesma tica, assentada sobre os princpios da honestidade e do respeito para com o outro. (Tarcsio Viegas, indito) 1. (FCC-2010) O autor do texto comenta o relatrio do prefeito Graciliano Ramos para ilustrar a (A) superioridade de uma linguagem tcnica sobre a no especializada. (B) necessidade de combinar clareza de propsito e objetividade na comunicao. (C) possibilidade de sanar um problema de expresso pela confisso honesta. (D) viabilidade de uma boa administrao pblica afirmada em boa retrica. (E) vantagem que leva um grande escritor sobre um simples administrador. 2. (FCC-2010) Atente para as seguintes afirmaes: I. No 1. pargrafo, afirma-se que a administrao do prefeito Graciliano Ramos foi discutvel sob vrios aspectos, mas seu estilo de governar revelou-se inatacvel. II. No 2. pargrafo, uma estreita relao entre linguagens e ofcios dada como inevitvel, apesar de indesejvel, pois os diferentes jarges correspondem a diferentes necessidades da lngua. III. No 3. pargrafo, busca-se distinguir a real eficcia de uma linguagem tcnica do obscurecimento de uma mensagem, provocado pelo abuso de tecnicalidades. Em relao ao texto, est correto APENAS o que se afirma em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. 3. (FCC-2010) H mesmo casos em que se pode suspeitar de estarem os litigantes praticando data venia um vernculo estrito (...) Nessa passagem do texto, o autor (A) vale-se de uma linguagem que em si mesma ilustra o caso que est condenando. (B) mostra-se plenamente eficaz na demonstrao do que seja estilo conciso. (C) parodia a linguagem dos leigos, quando comentam a dos especialistas. (D) vale-se de um estilo que contradiz a prtica habitual dos registros pblicos. (E) mostra-se contundente na apreciao das vantagens da retrica. 4. (FCC-2010) Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em: (A) sem qualquer complacncia (1. pargrafo) = destitudo de intolerncia. (B) jargo misterioso (2. pargrafo) = regionalismo infuso. (C) vazada em arcasmos (2. pargrafo) = rompida por modismos. (D) a que presumivelmente pertencem (3. pargrafo) = que se imagina integrarem.

(E) assentada sobre os princpios (3. pargrafo) = reprimida com base nos fundamentos. 5. (FCC-2010) Na construo No se trata de ir contra (...), de no reconhecer (...), de abolir (3. pargrafo), os elementos sublinhados tm, na ordem dada, o sentido de (A) contrariar - desconhecer - procrastinar (B) ir ao encontro - ignorar - suspender (C) contradizer - desmerecer - extinguir (D) contraditar - discordar - reprimir (E) ir de encontro - rejeitar - suprimir 6. (FCC-2010) Quanto s normas de concordncia verbal, a frase inteiramente correta : (A) O que marcou a gesto de Graciliano Ramos no foi, propriamente, os atos administrativos, mas as qualidades de seu memorvel relatrio. (B) No so de praxe, nos documentos oficiais, virem combinados atributos como o da conciso e o da objetividade. (C) Quando se pensam nas linguagens e nos ofcios, comum considerar que devam haver entre eles marcas estilsticas de alta especializao. (D) Mesmo s emoes mais inflamadas de um litgio pode dar vazo a uma linguagem clara e objetivamente contundente. (E) Aquele a quem no importa, em nenhum momento, as virtudes da conciso e da objetividade, s resta derramar-se em mau estilo. 7. (FCC-2010) H alterao de voz verbal e de sentido na passagem da construo (A) Sua gesto ficou marcada para Sua gesto restou marcada. (B) uma pea de estilo raro para Trata-se de uma obra de linguagem incomum. (C) (...) que a tornam indevassvel para que a fazem incompreensvel. (D) (...) devem expor luz (...) a mensagem para precisam revelar (...) o comunicado. (E) O exemplo de Graciliano diz tudo para tudo dito como exemplo para Graciliano. 8. (FCC-2010) Est clara e correta a redao deste livre comentrio sobre o texto: (A) Muito leitor curioso no deixar de pesquisar o famoso relatrio de que trata o texto, providncia de que no se arrepender. (B) Aos leitores curiosos cabero promover pesquisas para encontrar esse relatrio, com o qual certamente no se devero frustrar. (C) Espera-se que os leitores habituais de Graciliano invidem todos os seus esforos no sentido de ler o relatrio, cujo o valor inestimvel. (D) to primoroso esse relatrio que os leitores de Graciliano romancista acharo nele motivos para ainda mais orgulhar-se do mesmo. (E) Sendo pouco comum admirar-se um relatrio de prefeito, vero os leitores de Graciliano que no se trata aqui deste caso, muito ao contrrio. 9. (FCC-2010) A pontuao est inteiramente correta em: (A) Quando prefeito de Palmeira dos ndios Graciliano, nem todos o sabem, escreveu a propsito de sua gesto, um relatrio que se tornou memorvel. (B) O autor do texto, at onde se pode avaliar no investe contra a linguagem tcnica se esta produtiva, mas contra excessos que a tornam ineficaz. (C) Ao caracterizar vrias linguagens, correspondentes a vrios ofcios, o autor no deixou de se valer da ironia, essa arma habitual dos cticos. (D) A tica rigorosa que Graciliano revela na escritura dos romances, est tambm nesse relatrio de prefeito muito autocrtico e enxuto. (E) A retrica entendida como arte do discurso, pode ser eficaz ou intil, dependendo dos propsitos e do talento, de quem a manipula. 10. (FCC-2010) Est plenamente adequado o emprego do elemento sublinhado na frase: (A) O relatrio para cujo o autor do texto chama a ateno est no livro Viventes das Alagoas. (B) Trata-se de um relatrio de prestgio, para o qual concorreram o talento do escritor e a honestidade do homem. (C) Ao final do perodo aonde Graciliano ocupou o cargo de prefeito, comps um primoroso relatrio. (D) s vezes o estilo de um simples documento, ao qual nos deparamos, torna-o absolutamente enigmtico para ns. (E) Sempre haver quem sinta prazer em produzir uma linguagem da qual preciso um grande esforo para penetrar. Ateno: As questes de nmeros 11 a 15 referem-se ao texto abaixo.

Contribuio de um antroplogo A maior contribuio do antroplogo Claude Lvi-Strauss (que, ainda jovem, trabalhou no Brasil, e morreu, centenrio, em 2009) de uma simplicidade fundamental, e se expressa na convico de que no pode existir uma civilizao absoluta mundial, porque a prpria ideia de civilizao implica a coexistncia de culturas marcadas pela diversidade. O melhor da civilizao , justamente, essa coalizo de culturas, cada uma delas preservando a sua originalidade. Ningum deu um golpe mais contundente no racismo do que Lvi-Strauss e poucos pensadores nos ensinaram, como ele, a ser mais humildes. Lvi-Strauss, em suas andanas pelo mundo, foi um pensador aberto para influncias de outras disciplinas, como a lingustica. Foi ele tambm quem abriu as portas da antropologia para as cincias de ponta, como a ciberntica, que era ento como se chamava a informtica, conectando-a com novas disciplinas como a teoria dos sistemas e a teoria da informao. Isso deu um novo perfil antropologia, que propiciou uma nova abertura para as cincias exatas, e reuniu-a com as cincias humanas. Em 1952, escreveu o livro Raa e histria, a pedido da Unesco, para combater o racismo. De fato, foi um ataque feroz ao etnocentrismo, materializado num texto onde se formulavam de modo claro e inteligvel teses que excediam a mera discusso acadmica e se apoiavam em fatos. Comenta o antroplogo brasileiro Viveiros de Castro, do Museu Nacional: Ele traz para diante dos olhos ocidentais a questo dos ndios americanos, algo que nunca antes havia sido feito. O colonialismo no mais podia sair nas ruas como costumava fazer. Foi um crtico demolidor da arrogncia ocidental: os ndios deixaram de ser relquias do passado, deixaram de ser alegorias, tornando-se nossos contemporneos. Isso vale mais do que qualquer anlise. Reconhecer a existncia do outro, a identidade do outro, a cultura do outro eis a perspectiva generosa que Lvi-Strauss abriu e consolidou, para que nos vssemos a todos como variaes de uma mesma humanidade essencial. (Adaptado de Carlos Haag, Pesquisa Fapesp, dezembro 2009) 11. (FCC-2010) Depreende-se da leitura do texto que um legado essencial do pensamento de Lvi-Strauss (A) o reconhecimento das diferenas culturais como condio mesma para se compreender o que se considera civilizao. (B) a noo de que todas as culturas so autnticas, porque se legitimam reciprocamente a partir de seus princpios. (C) a condenao do colonialismo, uma vez que a antropologia interpreta as sociedades tomando por base os povos primitivos. (D) a especializao da antropologia, que passou a se dedicar ao estudo de povos extintos e a reabilitar seus valores. (E) a abertura das cincias humanas para a ciberntica, o que foi decisivo para o advento e o desenvolvimento da informtica. 12. (FCC-2010) Atente para as seguintes afirmaes: I. A originalidade de cada cultura, segundo Lvi-Strauss, est condicionada pelo modo como cada uma venha a integrar o sistema maior da civilizao. II. A abertura para as cincias de ponta, promovida por Lvi-Strauss, permitiu que a antropologia se beneficiasse de um novo perfil e se articulasse com novas disciplinas. III. Com o livro Raa e histria, a pedido da Unesco, Lvi-Strauss buscou fomentar as reflexes acadmicas e introduzir novos conceitos, a partir de novas teorias. Em relao ao texto, est correto APENAS o que se afirma em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. 13. (FCC-2010) Pode-se, no contexto, substituir a expresso (A) (...) implica a coexistncia (1. pargrafo) por favorece a simultaneidade. (B) (...) deu um novo perfil (2. pargrafo) por atribuiu nova modalidade. (C) (...) no mais podia sair nas ruas (3. pargrafo) por j no se expunha. (D) (...) crtico demolidor da arrogncia (3. pargrafo) por feroz renitente. (E) (...) abriu e consolidou (4. pargrafo) por exps e investiu.

14. (FCC-2010) Em relao aos ndios americanos, a contribuio de Lvi-Strauss foi, conforme se afirma no 4. pargrafo, (A) torn-los atraentes, como tema de estudo, para todos os antroplogos. (B) reconhec-los no apenas como seres exticos, mas como criadores. (C) torn-los capazes de reivindicar direitos a que j tinham renunciado. (D) reconhec-los como detentores de valores preciosos de outras pocas. (E) reconhec-los como sujeitos outros que convivem em nosso tempo. 15. (FCC-2010) Foi um crtico demolidor da arrogncia ocidental: os ndios deixaram de ser relquias do passado. O sinal de dois-pontos da frase acima pode ser substitudo, sem prejuzo para a correo e o sentido, por (A) entretanto. (B) a fim de que. (C) no obstante. (D) em razo do que. mesmo porque. 001 - B 002 - C 003 - A 004 - D 005 - E 006 - D 007 - E 008 - A 009 - C 010 - B 011 - A 012 - B 013 - D 014 - C 015 - E Ateno: As questes de nmeros 1 a 7 baseiam-se no texto apresentado abaixo. Passatempo ou obsesso? Desde que o mundo mundo, h pessoas que se dedicam a juntar bugigangas. Por que preciso possu-las, e no s saber que elas existem? Apesar de no colecionar objetos, o historiador alemo Philipp Blom coleciona teorias para explicar essa mania. Segundo ele, o hbito de juntar quinquilharias tem justificativas histricas, filosficas e psicolgicas todas tratam o colecionismo como algo mais que um simples passatempo de adolescentes. Tem a ver com sentimento de grupo, competio, medos, fracassos, desejos no realizados, vontade de se isolar num mundo e ser capaz de comand-lo. Mas no pense que todo colecionador um sujeito mal-amado, reprimido, solitrio. Colecionar quando criana tem l suas vantagens. Ensina a organizar e controlar as coisas, decidir a vida e a morte de cada objeto. Eis uma boa forma de aprender a tomar decises e a lidar com o mundo exterior. Quem passa da adolescncia e continua colecionando pode ter sido fisgado pelo saudosismo, na tentativa de reviver o tempo em que jogava bafo com o vizinho ou ia de mos dadas com o pai comprar brinquedos. Sabe-se hoje que j existiam colecionadores na Roma antiga e at no Egito o fara Tutancmon tinha o seu acervo de porcelanas finas. Mas o colecionismo s saiu das mos dos reis quando a viso medieval do mundo se enfraqueceu, no sculo XVI. Depois de perceber que poderia perseguir a eternidade neste mundo e no no cu, o homem passou a prestar mais ateno em si mesmo uma onda de autorretratos invadiu a Europa e nas coisas da natureza. a que entram a cincia e, na garupa, o colecionismo. Na euforia de conhecer a natureza e juntar objetos curiosos, os nobres enviavam marinheiros mundo afora para adquirir tudo que fosse digno de nota. Os portos de Roterd e Amsterd enchiamse de coisas maravilhosas e exticas. Essas expedies fizeram a Europa conhecer tecnologias diferentes e se modernizar. Sem elas, at mesmo a paisagem de alguns pases seria diferente. Destacado para encontrar plantas exticas pelo planeta para enfeitar o palcio de Buckingham, o jardineiro ingls John Tradescant percorria o mundo em navios caa-piratas no sculo XVIII. Na volta levava ao pas espcies como a castanha, a tulipa e o limo alm de artigos de vesturio, urnas e o que mais se poderia imaginar.

(Adaptado de Superinteressante, abril de 2004, p.60-63) 1. (FCC-2010) O texto apresenta (A) dvidas sobre a validade de teorias histricas que tentam esclarecer as origens e as bases psicolgicas do hbito, bastante antigo entre os homens, de colecionar objetos. (B) crtica, bastante diluda no contexto, que se baseia na inutilidade das colees, alm do gasto de tempo e de dinheiro para desenvolv-las. (C) defesa do costume de se fazerem colees de obje tos variados, hbito cultivado por pessoas clebres, desde a Antigidade, mas que permanece ainda hoje. (D) comentrios baseados em estudos psicolgicos para justificar a manuteno, na idade adulta, de certos hbitos aceitveis apenas na infncia. (E) informaes histricas a respeito do hbito de colecionar objetos, com possveis explicaes tericas sobre ele, alm de alguns de seus resultados. 2. (FCC-2010) Resume-se corretamente o que diz o texto da seguinte maneira: (A) Colees de objetos aparentemente sem nenhum valor so passatempo preferido de crianas e adolescentes, inseguros diante do mundo desconhecido. (B) A partir do sculo XVI marinheiros eram empregados por nobres europeus para encher os portos mais movimentados da poca de objetos estranhos e misteriosos. (C) Pessoas ricas e influentes cultivaram no passado e cultivam ainda hoje o hbito de colecionar objetos, na tentativa de entender e controlar a natureza. (D) Teorias diversas tentam explicar o hbito de colecionar objetos, existente desde a Antigidade, o que possibilitou o desenvolvimento cientfico a partir da curiosidade despertada por mundos desconhecidos. (E) Historiadores nem sempre atribuem a devida importncia ao hbito de manter colees de objetos variados, por tratar-se de passatempo exclusivo de crianas e de adolescentes. 3. (FCC-2010) A informao referente ao jardineiro ingls (final do texto) deve ser interpretada, no contexto, como um (A) fato que no condiz exatamente com o sentido exposto no pargrafo. (B) exemplo que comprova a afirmativa imediatamente anterior a ela. (C) destaque da curiosidade que havia no meio da nobreza, na poca. (D) dado que retoma o assunto mais importante do texto apresentado. (E) argumento que invalida, de certa forma, o hbito de colecionar estranhos objetos. 4. (FCC-2010) uma onda de auto-retratos invadiu a Europa (3 pargrafo) Os travesses isolam, no contexto, segmento que (A) associa as referncias feitas s coisas da natureza e cincia. (B) contradiz a informao de que a viso medieval do mundo se enfraqueceu. (C) antecipa a idia principal de que fizeram a Europa conhecer tecnologias diferentes e se modernizar. (D) aponta a finalidade da cincia e da arte, no sentido de analisar e conhecer a natureza. (E) refora a afirmativa de que o homem passou a prestar mais ateno em si mesmo. 5. (FCC-2010) O segmento grifado est substitudo pelo pronome correspondente de modo INCORRETO somente em: (A) tem justificativas histricas = tem-nas. (B) a tomar decises = a tom-las. (C) para encontrar plantas exticas = para encontrar-lhes. (D) para enfeitar o palcio de Buckingham = para enfeit-lo. (E) percorria o mundo = percorria-o. 6. (FCC-2010)... os nobres enviavam marinheiros mundo afora ... (ltimo pargrafo) O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que os do grifado acima est na frase: (A) ... todas tratam o colecionismo como algo mais que um simples passatempo de adolescentes. (B) Mas no pense que todo colecionador... (C) Quem passa da adolescncia... (D) Os portos de Roterd e Amsterd enchiam-se de coisas maravilhosas e exticas. (E) Sem elas, at mesmo a paisagem de alguns pases seria diferente. 7. (FCC-2010) A concordncia verbo-nominal est inteiramente correta na frase: (A) No sculo XX, a produo em massa permitiu que objetos, antes de posse restrita a reis, fossem acessveis a toda a populao.

(B) Sempre existiu colecionadores de objetos, que exerce maior poder de atrao sobre pessoas quanto mais estranho ele . (C) No sculo XIX, foi dividido as reas temticas da cincia, surgindo ento os colecionadores especializados em reunir um nico tipo de objetos. (D) Permaneceu imutvel por sculos as razes que levam algumas pessoas a colecionar objetos, algumas delas de gosto duvidoso. (E) O costume de enviar marinheiros pelo mundo para encontrar objetos exticos mudaram a paisagem de alguns pases e modernizaram a Europa. Ateno: As questes de nmeros 8 a 14 baseiam-se no texto apresentado abaixo. No preciso ser um especialista para saber que poluio faz mal sade. At agora, no entanto, ningum havia conseguido medir com preciso o impacto de um dos poluentes mais nocivos, o oznio. Estudos americanos acabam de relacionar a grande concentrao desse gs a mortes prematuras por doenas respiratrias e cardiovasculares. O primeiro levantamento cientfico sobre os malefcios causados por esse gs da dcada de 50. Oito anos atrs, quando a Organizao Mundial da Sade publicou as primeiras recomendaes contra os efeitos nocivos da substncia, no havia provas de que em excesso ela poderia matar. A comprovao tardia da relao entre altos nveis de oznio e o aumento da mortalidade explica-se pelo fato de que o gs um poluente de difcil medio e controle. Ele no emitido por motores, mas subproduto de vrias reaes qumicas entre diversos poluentes, e o principal acelerador desse processo o calor. O aumento da concentrao de oznio no ar fruto de um paradoxo. Nos ltimos dez anos, vrias cidades do mundo passaram a controlar a emisso de poluentes. Ao mesmo tempo, muitas dessas medidas favoreceram o aparecimento de outros gases txicos. Um bom exemplo o que aconteceu recentemente com o lanamento dos automveis com motores que funcionam indistintamente com gasolina, lcool ou com uma mistura em qualquer proporo de ambos os combustveis. Os carros bicombustveis, que hoje respondem por metade das vendas no Brasil, de fato diminuram a emisso de gases txicos. Por outro lado, porm, passaram a jogar no ar mais resduos de lcool, que so a matria-prima do oznio. Nos anos 70, as projees sobre o impacto da poluio eram catastrficas. At o fim do sculo, dizia-se, seria preciso usar mscaras de oxignio nas cidades para sobreviver a substncias txicas. Ao contrrio dessas previses, houve uma reduo da poluio atmosfrica por causa das medidas de controle de emisso de poluentes principalmente dos automveis, a grande fonte da sujeira lanada no ar. Apesar disso, uma outra previso acabou se confirmando: mais e mais pessoas morrem em virtude disso. A razo o crescimento exponencial do nmero de automveis em circulao. Em menos de trinta anos, a frota de carros brasileiros mais do que duplicou. Por causa de tal expanso o ganho em sade obtido com veculos menos poluidores no to grande quanto poderia ser. (Adaptado de Anna Paula Buchalla, Veja, 29 de junho de 2005, p.110-112) 8. (FCC-2010) O paradoxo apontado no texto (3. pargrafo) percebido como (A) a fabricao de automveis em que pode haver opo pelo uso de combustveis diversos e a proporo necessria entre esses combustveis. (B) a percepo de que o oznio responsvel pela poluio nas grandes cidades, apesar de haver outros gases tambm txicos, emitidos por automveis. (C) o surgimento de diferentes gases txicos na atmosfera, tambm prejudiciais sade, advindos das medidas de controle da emisso de poluentes. (D) a comprovao tardia da relao entre os altos nveis de oznio no ar e o aumento da mortalidade por doenas respiratrias. (E) o difcil controle da presena de oznio na atmosfera das grandes cidades, embora aconteam reaes qumicas que lhe do origem. 9. (FCC-2010) A razo o crescimento exponencial do nmero de automveis em circulao. (ltimo pargrafo) A comprovao, no contexto, para a afirmativa transcrita acima est no fato de que (A) ... no havia provas de que em excesso ela poderia matar. (B) ... o gs um poluente de difcil medio e controle. (C) ... as projees sobre o impacto da poluio eram catastrficas. (D) ... houve uma reduo da poluio atmosfrica... (E) ... a frota de carros brasileiros mais do que duplicou. 10. (FCC-2010)... mais e mais pessoas morrem em virtude disso. (ltimo pargrafo) A expresso pronominal est empregada, no texto, para substituir o segmento

(A) da sujeira lanada no ar por automveis. (B) da reduo da poluio atmosfrica. (C) das medidas de controle dos poluentes. (D) da previso dos mais pessimistas. (E) da sobrevivncia nas grandes cidades. 11. (FCC-2010) Ele no emitido por motores... (2. pargrafo) Transpondo-se a frase acima para a voz ativa, a forma verbal correta passa a ser (A) emitia. (B) emitem. (C) tinham emitido. (D) sero emitidos. (E) para ser emitido. 12. (FCC-2010) At o fim do sculo, dizia-se, seria preciso usar mscaras de oxignio nas cidades... (ltimo pargrafo) O emprego da forma verbal grifada acima denota, no contexto, (A) prolongamento de um fato que se realiza at o momento presente. (B) declarao real com um limite determinado de tempo. (C) idia aproximada da realizao de um fato atual. (D) possibilidade de realizao de um fato a partir de certa condio. (E) afirmao categrica a partir de uma situao anterior. 13. (FCC-2010) H palavras escritas de modo INCORRETO na frase: (A) ressente a associao direta entre a presena de oznio no ar e a ocorrncia de doenas respiratrias que dezencadeiam mortes prematuras. (B) O uso da injeo eletrnica e de catalisadores nos carros reduziu em at vinte vezes as taxas de poluio provocada por automveis nos anos 90. (C) Pesquisas cientficas conseguem diagnosticar com preciso os males causados sade pela poluio atmosfrica causada por gases txicos. (D) Graas ao controle de processos industriais, como a instalao de chamins em fbricas, caram os nveis de poluio nas grandes cidades. (E) Vrias cidades europias esto restringindo o acesso de veculos rea central, para controlar a emisso de poluentes na atmosfera. 14. (FCC-2010) O oznio composto de partculas minsculas. Em quantidades muito pequenas o oznio capaz de inflamar os pulmes. A inalao de oznio dificulta o transporte de oxignio pelo sangue. As frases acima organizam-se em um nico perodo, com lgica, correo e clareza da seguinte forma: (A) A inalao de oznio dificulta o transporte de oxignio pelo sangue onde ele composto de partculas minsculas em quantidades muito pequena, sendo capaz de inflamar os pulmes. (B) Compe-se o oznio de partculas minsculas que em quantidades muito pequenas ele capaz de inflamar os pulmes, com a inalao de oznio que dificulta o transporte de oxignio pelo sangue. (C) Composto de partculas minsculas, o oznio capaz de inflamar os pulmes em quantidades muito pequenas e, ao ser inalado, dificulta o transporte de oxignio pelo sangue. (D) Em quantidades muito pequenas ele capaz de inflamar os pulmes, por que o oznio composto de partculas minsculas, que a inalao dificulta o transporte de oxignio pelo sangue. (E) Como em quantidades muito pequenas o oznio capaz de inflamar os pulmes, eles tem partculas minsculas de que, se so inaladas, o oznio dificulta o transporte de oxignio pelo sangue. Ateno: As questes de nmeros 15 a 20 baseiam-se no texto apresentado abaixo. Pesquisas sobre benefcios e malefcios de alimentos e produtos se acumulam nas revistas cientficas, em reportagens e na internet. Assim a construo do conhecimento, que segue etapas fragmentadas at que um consenso seja formado. Tais etapas refletem o quanto a sociedade sabe naquele momento e o que deseja descobrir. Um estudo uma tese a ser defendida sob determinados parmetros. Ele responde a uma pergunta, que pode mudar em funo do conhecimento e da interpretao, explica uma pesquisadora. No meio de informaes aparentemente desencontradas, como fica a populao? Fica com a pesquisa que diz que carne ajuda no crescimento das crianas ou com a que alerta para os riscos

de cncer no intestino? Os objetos de dvida no so poucos: telefone celular, leite, soja, ovo, caf, vitamina, chocolate... Segundo o Presidente da Sociedade Brasileira de Histria da Cincia, essas discusses s se resolvem ao longo do tempo. A idia de que a cincia a dona da verdade surgiu no sculo XVIII, no perodo conhecido como Iluminismo. Foi naquela poca que se passou a considerar a razo o instrumento para se chegar ao conhecimento. Opunha-se religio sinnimo de ignorncia, por se basear em hipteses no demonstrveis. Com o passar do tempo, principalmente a partir de meados do sculo passado, a quantidade de pesquisas cientficas sofreu uma exploso. Mitos foram construdos, mitos foram derrubados e mitos foram construdos para logo serem derrubados. As controvrsias ficaram endmicas. Mas a populao no deixou de ver a cincia como autoridade inquestionvel e capaz de s dizer verdades absolutas e definitivas, afirma ele. (Adaptado de Ricardo Westin e Cristina Amorim, Vida&, O Estado de S. Paulo, 13 de agosto de 2006, A27). 15. (FCC-2010) De acordo com o texto, I. resultados contraditrios de pesquisas colocam em dvida a capacidade da cincia de descobrir a verdade dos fatos. II. o conhecimento humano construdo a partir de questionamentos cujas respostas se baseiam em parmetros existentes em determinado momento. III. dvidas resultantes de pesquisas s podero ser definitivamente esclarecidas se os cientistas se dedicarem a um nico aspecto da questo estudada. Est correto o que se afirma SOMENTE em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. 16. (FCC-2010) sinnimo de ignorncia, por se basear em hipteses no demonstrveis. (3. pargrafo) Observa-se no segmento transcrito acima, respectivamente, relao de (A) finalidade e explicao. (B) causa e explicao. (C) explicao e conseqncia. (D) conseqncia e causa. (E) conseqncia e finalidade. 17. (FCC-2010) A idia de que a cincia a dona da verdade surgiu no sculo XVIII... (3. pargrafo) A afirmativa acima retomada, considerando-se o contexto, na frase: (A) Assim a construo do conhecimento... (B) Os objetos de dvida no so poucos... (C) ... e mitos foram construdos para logo serem derrubados. (D) As controvrsias ficaram endmicas. (E) ... no deixou de ver a cincia como autoridade inquestionvel... 18. ... a quantidade de pesquisas cientficas sofreu uma exploso. (3. pargrafo) O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado acima est na frase: (A) ... que segue etapas fragmentadas... (B) Um estudo uma tese... (C) Ele responde a uma pergunta... (D) Fica com a pesquisa... (E) ... que carne ajuda no crescimento das crianas. 19. (FCC-2010)... essas discusses s se resolvem ao longo do tempo. (3. pargrafo) A forma verbal correta, equivalente grifada acima e de mesmo sentido, : (A) resolvido. (B) foi resolvida. (C) so resolvidas. (D) ficaro resolvidas. (E) se conseguir resolver.

20. (FCC-2010) A cincia produz resultados passo ...... passo, como se fosse um quebracabea ...... ser devidamente montado, para chegar-se ...... confirmao de uma hiptese qualquer. As lacunas da frase acima esto corretamente preenchidas, respectivamente, por (A) a (B) a a (C) a (D) (E) a a a 1-E 16 - D 2-D 13 - A 17 - E 3-B 4-E 14 - C 15 - B 18 - A 19 - C 5-C 20 - B 6-D 7-A 8-C 9-E 10 - A 11 - B 12 - D

Ateno: As questes de nmeros 01 a 09 baseiam-se no texto abaixo. A origem dos vitrais objeto de controvrsias. Talvez eles tenham nascido no Oriente, mas se desenvolveram grandemente na Europa. Suas formas, temas e funes transformaram-se com o apuro das tcnicas de fabricao de vidros, com o desenvolvimento da arquitetura, de tendncias artsticas, do gosto, enfim, da cultura e das sociedades. Manter-se-ia, porm, a relao estabelecida no sculo XII, quando as pinturas sobre vidro, juntamente com os afrescos e as miniaturas, constituam as principais tcnicas de pintura utilizadas pelo homem. Nos vitrais, a pintura complementa o colorido dos vidros, serve para a criao de sombras e tonalidades, para o aprimoramento das formas, para a modulao da luz. A arte do vitral desenvolveu-se enormemente durante o perodo medieval, momento em que, com a afirmao do gtico como expresso da arquitetura, as composies de vidros coloridos passaram a vedar grandes superfcies das igrejas e, alm das funes decorativas, ganharam funes pedaggicas, ensinando aos fiis, por meio de imagens, a vida de Cristo, dos Santos e passagens da Bblia. Entre os sculos XIV e XVI, os vitrais passaram a ser utilizados como formas de iluminao dos ambientes e a pintura dos vidros adotou a perspectiva, o que tornava os vitrais semelhantes aos quadros. Sua utilizao ampliou-se dos espaos pblicos, em especial das igrejas, para os ambientes privados, como palcios e sedes de corporaes. As representaes neles contidas se estenderam, ento, para a herldica, para as epopeias, para as caadas e para a mitologia. No Estado de So Paulo, a utilizao de vidros coloridos e pintados, montados em perfis de chumbo para decorao e iluminao de ambientes, correspondeu fase moderna do desenvolvimento da arte de produzir vitrais. Na capital, ampliou-se a partir da virada do sculo passado, com a expanso de novos bairros, a monumentalizao dos edifcios pblicos e o requinte arquitetnico das residncias. At hoje vitrais de edifcios pblicos paulistanos, como os do Palcio da Justia e do Mercado Municipal, causam admirao pela proporo, beleza e integrao com o projeto arquitetnico. Representando temas histricos ou referentes s funes pblicas dos edifcios, as imagens formam um conjunto das representaes que, a partir do fim do sculo anterior, criaram e reafirmaram um perfil de So Paulo diante do Brasil. Sob esse ponto de vista, os vitrais, alm de peas de arte, constituem importantes documentos histricos. Eles nos falam do forjar de ideias que se tornaram referncia e moldam nossa relao com o passado e com o presente, justificando papeis e responsabilidades sociais. Produtos materiais de cultura, parte de nosso patrimnio histrico e objetos de fruio de beleza, os vitrais expressam por meio do poder das imagens a tradio, a excelncia econmica e cultural de So Paulo, o trabalho, a determinao e o progresso. (Marly Rodrigues. Leitura. Publicao cultural da Imprensa Oficial do Estado de So Paulo, ano 18, nmero 1, janeiro de 2000, pp. 32-34, com adaptaes) 1. (FCC-2010) O texto deixa claro que (A) se torna impossvel considerar os vitrais como obras de arte por faltar a eles a originalidade no tratamento dos temas. (B) se identifica semelhana entre os temas representados de incio nos vitrais das igrejas e o emprego desses mesmos temas em residncias. (C) existe relao bastante prxima entre a confeco e o uso de vitrais, desde o incio, e o desenvolvimento da arquitetura. (D) difcil estabelecer a importncia dos vitrais em sculos passados, porque no se sabe onde eles surgiram primeiramente. (E) poderia ser contraditrio manter-se ainda hoje um trabalho feito por artesos, deixando-se de lado o atual desenvolvimento das indstrias.

2. (FCC-2010) Segundo o texto, os vitrais (A) perderam seu objetivo pedaggico quando passaram a decorar as manses de poderosos industriais paulistas. (B) se associam, no seu incio, ao esprito religioso, tanto na construo de igrejas, como no ensinamento da doutrina crist. (C) demonstram inteno primordial de indicar o prestgio social dos moradores de alguns edifcios mais amplos e espaosos. (D) lembram a divulgao na Europa, antes do sculo XII, dos princpios religiosos que marcaram o cristianismo. (E) constituram as primeiras formas de pintura utilizadas pelo homem, bem anteriores poca medieval. 3. (FCC-2010) A afirmativa correta, de acordo com o texto, : (A) Os vitrais, antes recursos de vedao de igrejas, passaram a ser usados em prdios pblicos, tendo havido, portanto, mudana nos temas neles representados. (B) A mudana de temas dos vitrais, que levou ao abandono dos assuntos religiosos, reduziu a importncia antes atribuda pelos poderosos a essa arte. (C) O emprego de vitrais na vedao de grandes espaos nas construes, como se fazia antigamente, tornou-se desnecessrio com o desenvolvimento da arquitetura. (D) Os jogos de luz e sombra associados s cores dos vitrais s passaram a ser valorizados aps a utilizao da perspectiva nos desenhos apresentados. (E) A arte moderna deixou de lado a confeco de vitrais, principalmente em So Paulo, devido ao desinteresse por um tipo de artesanato j ultrapassado. 4. (FCC-2010) Nos 2. , 3. e 4. pargrafos, a autora (A) condena, indiretamente, a alterao dos temas apresentados nos vitrais. (B) apresenta informaes histricas sobre o incio da difuso do cristianismo. (C) traz informaes sobre a arte de confeco dos vitrais e seu papel histrico. (D) valoriza especialmente os elementos religiosos representados nos vitrais. (E) acrescenta novas opinies a respeito da antiga presena de vitrais em igrejas. 5. (FCC-2010) No ltimo pargrafo do texto h referncia explcita (A) s imagens trazidas da Europa reaproveitadas nos edifcios de So Paulo, como patrimnio histrico. (B) ao abandono atual da arte de confeco de vitrais, devido industrializao de So Paulo. (C) ao desprestgio que cerca atualmente os motivos dos antigos vitrais das igrejas paulistanas. (D) representao de cenas que destacam a importncia de So Paulo no territrio nacional. (E) manuteno do esprito religioso medieval nos temas dos vitrais dos edifcios paulistanos. 6. (FCC-2010) A expresso cujo sentido est transcrito com outras palavras, sem alterao do sentido original, : (A) objeto de controvrsias = suscita opinies divergentes. (B) com o apuro das tcnicas de fabricao de vidros = quando o vidro passou a ser fabricado. (C) passaram a vedar grandes superfcies das igrejas = tornaram-se elementos de decorao religiosa. (D) com a expanso de novos bairros = a partir do aumento da populao. (E) o requinte arquitetnico das residncias = a preocupao com a construo de casas. 7. (FCC-2010) Produtos materiais de cultura, parte de nosso patrimnio histrico e objetos de fruio de beleza ... (final do texto) A expresso grifada acima (A) reala o poder econmico traduzido nos vitrais. (B) salienta o valor artstico expresso pelos vitrais. (C) ope a inteno artstica dos vitrais ao objetivo pedaggico. (D) indica a importncia histrica dos vitrais. (E) retoma informaes sobre a origem dos vitrais. 8. (FCC-2010)... quando as pinturas sobre vidro, juntamente com os afrescos e as miniaturas, constituam as principais tcnicas de pintura utilizadas pelo homem. (1. pargrafo) O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima est na frase: (A) Talvez eles tenham nascido no Oriente ...

(B) Suas formas, temas e funes transformaram-se com o apuro das tcnicas de fabricao de vidros ... (C) ... a pintura complementa o colorido dos vidros ... (D) ... o que tornava os vitrais semelhantes aos quadros. (E) Na capital, ampliou-se a partir da virada do sculo passado ... 9. (FCC-2010) O verbo entre parnteses no final de cada frase dever ser corretamente flexionado no singular para preencher a lacuna da frase: (A) Artistas italianos, j desde o final do sculo XIX, ...... fabricao de vitrais em So Paulo. (dedicar-se) (B) Os magnficos vitrais do Mercado Municipal ...... a fora do trabalho e o progresso de So Paulo. (atestar) (C) A histria dos vitrais em So Paulo se ...... grandemente com o desenvolvimento econmico da cidade. (relacionar) (D) Extraviou-se grande parte do registro das atividades dos profissionais que ...... para embelezar a cidade. (trabalhar) (E) O material e o acervo do sculo XX em So Paulo se ...... em grande parte devido onda de demolies. (perder) Ateno: As questes de nmeros 10 a 15 baseiam-se no texto abaixo. Cada vez que se conhece um novo estudo sobre o transporte na Regio Metropolitana de So Paulo cresce a perplexidade. E no foi diferente com o mais recente estudo, que abrangeu 59 municpios e consultou 90 mil pessoas. V-se ali que o tempo consumido pelos deslocamentos cresce a cada investigao (est, na mdia, em 70 minutos por pessoa, 10 minutos mais do que h uma dcada). O deslocamento mais frequente a p, mais do que em nibus e em trens. Trabalho e educao so as maiores causas de deslocamentos. A perplexidade aumenta diante dos custos crescentes e da ausncia de alternativas nas polticas pblicas. O estudo de Marcos Fernandes, da Fundao Getlio Vargas, mostra que, com o nmero de horas consumido nos deslocamentos, as pessoas podero desperdiar milhes de reais em um tempo determinado. E cada vez mais pessoas deslocam-se em automveis em 1997 eram principalmente as que ganhavam mais de R$ 3.040 e, 10 anos depois, passaram a abranger as que ganham a partir de R$ 1.520 , mas com o tempo de percurso cada vez maior, porque nesse perodo a frota de carros particulares passou de 3,09 milhes para 3,60 milhes. Nesse espao de tempo a populao da rea aumentou de 16,79 milhes para 19,53 milhes. Os veculos coletivos respondem por 55% do transporte e os automveis, por 30%. O especialista Nelson Choueri calculou, h alguns anos, que, com o tempo consumido nos deslocamentos em So Paulo, perdem-se 165 vidas teis por dia (em horas de trabalho) ou cerca de 50 mil por ano, que valem (pelo salrio mdio) R$ 14,4 bilhes anuais. Se esse valor pudesse ser convertido em investimentos, eles seriam suficientes para, em duas dcadas, implantar o metr em toda a cidade. E no s. As pessoas co