2005_avieira_suga_ bibliografia

8/8/2019 2005_avieira_suga_ bibliografia

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CANAVIAIS, ACAR, ENGENHOSBIBLIOGRAFIA FUNDAMENTAL

ORGANIZAO deAlberto Vieira [email protected]

Da Papua Nova Guin Madeira Normalmente associa-se o acar cana sacarina. Foi assim durante muito tempo, mas a partir do sculo XVIII isto deixou de ser assim com a possibilidade de fabrico do mesmo a partir da beterraba. J em 1575 Franois Olivier de Serres (1539-1619) em "Theatre dell'A-griculture" referia a possibilidade de extrair acar a partir da beterraba, mas s em1745Frederico O Grande da Prssia ordenou aos qumicos que investigassem a forma de retirar sacarose.

Em 1747 o Baro Andreas Sigismond Marggraf [1709- 1782], da Academia de Cincias deBerlim, confirmou que o acar existente na Beterraba era igual ao da cana sacarina. E em

1786 Carl Franz Achard a partir de um estudo sistemtico sobre a beterraba e montou a primeira fbrica de acar de beterraba. A partir daqui a beterraba avana na batalha parasuplantar o acar o que ir conseguir a partir de 1880. Foi o colapso do mercado do mer-cado aucareiro que s as duas guerras mundiais do sculo XX puseram um travo1.

A beterraba conduziu a inovaes na indstria e qumica do fabrico do acar. A nova tec-nologia usada desintegrou o sistema de fabrico de acar. A beterraba conduziu a umatransformao do sistema de produo de acar, com o aparecimento das fbricas e labora-

1 . Ware, Lewis Sharpe, 1851-Sugar beet seed; a work for farmers, seedsmen, and chemists, containing historical, botanical, and theoreti-cal data, combined with practical directions for the production of superior sugar beet seed. Chicago, New York [etc.] Orange Judd company [1898]; Ware, Lewis Sharpe, 1851-The sugar beet: including a history of the beet sugar industry in Europe, varieties of the sugar beet, examination, soils, tillage, seeds and sowing, yield and cost of cultivation, harvesting, transportation, conservation, feeding qualitiesof the beet and of the pulp, etc. Illustrated with ninety engravings. Philadelphia, H.C. Baird & co., 1880; SAILLARD Emile. Betterave etsucrerie de betterave. Paris J.B. Baillre 618 pages illustres. Encyclopdie agricole 1913 ; Bridges, Archibald.Sugar beet in France, Belgium, Holland and Germany, by A. Bridges and R.N. Dixey. Oxford, The Clarendon Press, 1928 La culture de la betterave, lgisla-tion, technologie, Cambrai, Imprimerie de ligne, 1900 Palmer, Truman Garrett, Sugar beets in New England and free sugar bill of theHouse of Representatives. Letter of Truman G. Palmer... concerning the production in 1837 at Northampton (Mass.) of the first beetsugar produced in America... Washington: Government printing office, 1912; IDEM, 1858-Sugar beet seed, history and development, 1sted.New York, John Wiley & sons, inc.; [etc., etc.] 1918; Palmer, Truman Garrett,Sugar beets in New England and free sugar bill of the House of Representatives. Letter of Truman G. Palmer... concerning the production in 1837 at Northampton (Mass.) of the first beet sugar produced in America...Washington: Government printing office, 1912; IDEM-Sugar beet seed, history and development , 1sted.New York, John Wiley & sons, inc. [etc., etc.] 1918.
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trios. O sucesso beterraba deveu-se aos mtodos avanados em termos tecnolgicos equimicos.

O acar est ainda disponvel numa variedade de frutos, mas sem valor industrial, apenasno sorgo2 e acer 3 se conhecem algumas tentativas de sucesso no fabrico do acar. No

arquiplago fizeram-se algumas tentativas de plantao no Porto Santo e Norte da ilha daMadeira, mas apenas para fabrico de aguardente.

At 1858, com as primeiras experincias em Barbados, a reproduo da cana para cultivofazia-se apenas pelo caule. A segunda metade do sculo XIX o momento de afirmaodas sementes na expanso da cultura e do aparecimento de novas variedades de cana, frutoda actividade de estaes agrcolas experimentais, criadas em Mauritius (1840), Brasil(1860), Puer to Rico (1872). A cana crioula deu lugar uma variedade, como aotaheiti, bourbon, 4

O Acar pode muito bem ser considerado uma conquista do mudo islmico e budista5, talcomo o po e o vinho o so do cristianismo. O factor religioso foi fundamental na afirma-o e divulgao do produto, daqui resultar a cada vez maior afirmao a partir dos pri-meiros sculos da nossa era. A cana sacarina (saccharum officinarum) ter sido domestica-da h cerca de 12.000 anos na Papua (Nova Guin). Entre 1500 AC e 500 DC a culturaespalhou-se pela Polinsia e Melansia, mas foi na ndia que adquiriu maior importncia,expandindo-se entre o sculo I e VI DC. Foi a que os europeus tomaram contacto com o produto e cultura, comeando o comercio e depois com o transplante da cultura para osvales dos rios Tigre e Eufrates. Aqui, os rabes tiveram conhecimento da cultura e levaram-na consigo para o Egipto, Chipre, Siclia, Marrocos e Valncia. Foi no culminar na expan-so rabe no Ocidente que a Madeira serviu de trampolim da cultura para o Atlntico,situao que foi o incio da fase mais importante da Histria do acar.

O acar , entre todos os produtos que no Ocidente se atribuiu valor comercial, o que foialvo de maiores inovaes no seu fabrico. Note-se que no caso do fabrico do vinho a tecno-logia pouco ou nada mudou desde o tempo dos Romanos. Vrias condicionantes favorece-ram a necessidade de permanente actualizao, situao que se tornou mais clara no sculoXVIII com a concorrncia da beterraba. Mesmo assim ainda hoje persistem em algunsrecantos do Mundo, na China, ndia ou Brasil, onde a tecnologia da revoluo industrialainda no entrou.

2 . H. S. Olcott,Sorgo and Imphee, the chinese and african sugar canes,Noa York, 1858; Adrien Sicard,Monographie de la Canne Sucre de la Chine dite Sorgho Sucre. Culture, employs, etudes diverses, Paris, 1861.3 . Trelease, William, 1857-1945. The sugar maples, with a winter synopsis of all North American maples. [n.p., 1894], Fox , William F.(William Freeman), 1840-1909.The maple sugar industry/ by William F. Fox and William F. Hubbard; with a discussion of the adul-terations of maple products. I Washington, D.C.: U.S. Dept. of Agriculture, Bureau of Forestry, 1905;Sugar maple ecology and health proceedings of an international symposium, June 2-4, 1998, Warren, Pennsylvania / edited by Stephen B. Horsley, Robert P. Long ;sponsored by USDA Forest Service, Northeastern Research Station ... [et al.]. Radnor, PA (5 Radnor Corp Ctr, Suite 200, Radnor 19087-4585) : The Station, [1999]4 . Cf. S. Pruthi, History of Sugar Industry in ndia, N. D. 1995, pp.99-126; W. Kelleher Storey,Science and Power in colonial Mauritius,Rochester, 1997, pp.5, 45, 71-151; Daniel Bgot, Le Sucre de lAntiquit son Destin antillais, Paais, 2000, pp.55, 58, 138; Dillewijn, C.van. Botany of sugarcane, Waltham, Mass.: Chronica Botanica, 1952; Stubbs, Wm. C.Sugar cane. A treatise on the history, botany and agriculture of sugar cane...[n.p., n.d.]; Zitkowski, Herman E.The seeding method of graining sugar , by H.E. Zitkowski ... Read at thetenth annual meeting of the American Institute of Chemical Engineers, Gorham and Berlin, N.H., June 19-22, 1918. [n.p., 1918]5 . Sucheta Mazumbar,Sugar and Society in China, Londres, 1998, pp.21-27; Christian Daniels, Agro-Industries: Sugarcane Technology,in Joseph Needham,Science & Civilisation in China, vol. VI, part. III, Nova Iorque, 1996, pp-61-62, 278, 192
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O fabrico do acar est limitado pela situao e ciclo vegetativo da planta. A cana sacarinatem um perodo til de vida em que a percentagem de sacarose era mais elevada. A canaestava pronta para ser colhida e a partir daqui um dia que passasse era uma perda para o produto. Acresce que a cana depois de cortada tem pouco mais de 48 horas para ser moda ecozida, pois caso contrrio comea a perder sacarose e inicia o processo de fermentao.

Daqui resulta a necessidade de acelerar o processo de fabrico do acar atravs de constan-tes inovaes tecnolgicas que cobrem o processo de corte esmagamento e cozedura. A isto junta-se o aumento da mo-de-obra, que se faz custa de escravos africanos. A cana-de-acar no est na origem da escravido africana mas no processo de afirmao a partir daMadeira.

Enquanto a cultura se fazia em pequenas parcelas a maior parte das questes no se coloca-vam, mas quando se avanou para uma produo em larga escala houve necessidade deencontrar solues capazes de debelar a situao. A viragem aconteceu a partir de meadosdo sculo XV na Madeira e dever ter implicado mudanas radicais na tecnologia usada ena afirmao da escravatura dos indgenas das Canrias e dos negros da Costa da Guin. por isso que se assinala a partir da Madeira importantes inovaes tecnolgicas no sistemade moenda da cana com a generalizao do sistema de cilindros.

A histria Tecnolgica evidencia que a expanso europeia condicionou a divulgao detcnicas e permitiu a inveno de novas que contriburam para revolucionar a economiamundial. Os homens que circularam no espao atlntico foram portadores de uma culturatecnolgica que divulgaram nos quatro cantos e adaptaram s condies dos espaos de povoamento agrcola. Aos madeirenses foi atribuda uma misso especial nos primrdiosdo processo.

Na Madeira, um dos aspectos mais evidente, da revoluo tecnolgica iniciada no sculoXV prende-se com a capacidade do europeu em adaptar as tcnicas de transformao con-hecidas a circunstncias e s exigncias de culturas e produtos to exigentes como a cana eo acar. O tributo foi evidente. Ao vinho foi-se buscar a prensa, ao azeite e aos cereais am de pedra. Por outro lado estamos perante uma permuta constante de processostecnolgicos e formas de aproveitamento das diversas fontes de energia. A traco animal,a fora motriz do vento e da gua foram usadas em simultneo com os cereais e cana saca-rina. Por vezes a mesma estrutura assume uma dupla funo. Sucedeu assim na Madeira,com o engenho da Ribeira Brava, hoje Museu Etnogrfico, onde a estrutura dea proveita-mento da fora motriz da gua servia um engenho de cana e um moinho de cereais6.

Tambm no Brasil, em Santa Amaro da Imperatriz, no Resort & Spa Plaza, fomos encon-trar uma estrutura semelhante partilhada por um moenda de cana e um engenho de mandio-ca. Sabemos que neste municpio e vizinhos persistem outras mais estruturas idnticas emfuncionamento, algumas delas usadas tambm para o arroz e o caf. J nas Antilhas pode-mos encontrar idntica partilha com a fora motriz do vento para a cana e os cereais.

A dupla funcionalidade dos engenhos revela que no processo de evoluo tecnolgicaestamos perante um processo de adaptao de fontes de energia e tcnicas. A prensa que

6 . Jorge Valdemar Guerra, O Hospcio Franciscano e a Capela de S. Jos da Ribeira Brava, in Islenha,n.19, 1996, 61-94.
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teve uma presena dominante no fabrico do vinho, acaba tambm por se associar ao azeite edepois cana-de-acar. A m, a conhecida como m olearia, surgiu no fabrico do acar,mas o mundo aucareiro mediterrnico adaptou-o cana sacarina, chegando at Madeira.Os cilindros comearam por ser usados na laminao de metais e no retirar dos caroos doalgodo, passando depois para a moenda da cana.

At ao sculo XVIII torna-se difcil atribuir a paternidade das inovaes que acontecem nofabrico do acar. Estamos perante inventores annimos que apenas se comprazem pelos benefcios econmicos da sua capacidade inventiva. Mas, a partir de ento tudo parece ter mudado. O esprito nacionalista e independentista favoreceram a paternidade dos inventos.Os Estados Unidos da Amrica foram o principal promotor desta politica e valorizao dacapacidade inventiva. As patentes sucedem-se em catadupa e os autores so heris recebi-dos triunfalmente pela imprensa. O inventor sai do anonimato e afirma-se comoum herina imprensa, como alimenta o ego atravs de memrias descritivas dos inventos7. nosEstados unidos da Amrica que encontramos o maior nmero de patentes, mas foi na Ingla-terra e em Frana que surgiram as grandes fbricas de indstria pesada, especializadas emequipamentos e na montagem dos engenhos de acar 8. As exposies universais da segun-da metade da centria oitocentista foram momentos privilegiados de exibio destes inven-tos.

As mudanas ocorridas a partir de finais do sculo XVIII, com a plena afirmao damquina a vapor, conduziram a uma transformao radical do complexo aucareira queassume a dimenso espacial de uma fbrica, onde todas as operaes se executam em srieapenas numa planta. A revoluo industrial legou-nos a fbrica, fez aparecer o laboratrio,uma pea chave no fabrico do acar, e obrigou a uma especializao dos tcnicos envolvi-dos. O mestre de engenho d lugar ao engenheiro qumico. Paulatinamente o processo detransformao da cana sacarina em acar retirou espao presena de mo-de-obra escra-vo, fazendo-a substituir por emigrantes europeus, indianos e chineses. Note-se que noinventrio industrial da Madeira de 1907 assinalado apenas um qumico na fbrica doTorreo, com o salrio mais elevado de todos os tcnicos. Mesmo superior aos engenheirose cozedores, mantendo as demais 43 uma estrutura funcional da poca pr-industrial9.

7 STEWART, j., A Description of a Machine or Invention to Grind Sugar-canes by the power of a fire Engine, Kingston, 1768; Basset, Nicholas, 1824-Guide pratique du fabricant de sucre: contenant l'tude thorique et technique des sucres de toute provenance, la sac-charimtrie chimique et optique, la description et l'tude culturale des plantes saccharifres, les procds usuels et manufacturiers del'industrie sucrire et les moyens d'amliorer les diverses parties de la fabrication, avec de nombreuses figures intercales dans le texte Paris: E. Lacroix, 1861. Bessemer, Henry, Sir, 1813-1898.Sir Henry Bessemer, F.R.S. An autobiography. With a concluding chapter. London, Offices of "Engineering," 1905. Bessemer, Henry, Sir, 1813-1898.On a new system of manufacturing sugar from the cane: and its advantages as compared with the method generally used in the West Indies: also, some remarks on the best mode of insuring itsgeneral and simultaneous introduction into the British coloniesLondon: Printed by W. Tyler, [1852?]Bessemer, Henry, Sir, 1813-1898.On a new system of manufacturing sugar from the cane: and its advantages as compared with the method generally used in the West Indies: also, some remarks on the best mode of insuring its general and simultaneous introduction into the British coloniesLondon:Printed by W. Tyler, [1852?], BURGH. Nicholas Procter, A Treatise on Sugar Machinery: including the process of producing sugar fromthe cane, refining moist and loaf sugar, etc., E. & F. N. Spon: London, 1863. Bhler, Friedrich Adolf, 1869-Filters and filter presses for the separation of liquids and solids, from the German of F. A. Bhler, with additional matter relating to the theory of filtration and filtration in sugar factories and refineries, by John Joseph Eastick. London, N. Rodger, 1914. Tromp, Lucas Andreas, 1892- Machineryand equipment of the sugar cane factory; a textbook on machinery for the cane sugar industry, London, Eng., N. Rodger, 1936.8 . Compagnie de Fives-Lille pour constructions Mcaniques et enterprises. Matriel de Sucrerie, Paris, 1878; John a. Heitmann,the Modernization of the Louisiana Sugar Industry. 1830-1910, Baton Rouge, 1987, p.1439 . Victorino Jos dos Santos, Relatorio dos Servios da Seco Technicos de Industria no Funchal no anno de 1907, in Boletim do Traba-lho Industrial, n.24, 1909, p.19
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At ao advento do acar de beterraba em princpios do sculo XIX a tecnologia de moen-da e fabrico do acar no sofreu muitas modificaes. Ao nvel da moagem da cana houvenecessidade de compatibilizar as estruturas com a expanso da rea e o volume de canamoda, avanando-se assim dos ancestrais sistemas para a adaptao dos cilindros. Entre ossculos XV e XVII as inovaes mais significativas ocorrem aqui. Os cilindros passam a

dominar todos os sistemas, de traco animal, humana, vento e gua, destronando o pilo, oalmofariz e a m. Do simples mecanismo de cilindros duplos horizontais, evolui-se para osverticais, que no sculo XVII passam a ser de trs, o que permite uma maior capacidade demoenda e aproveitamento do suco da cana. Com os dois cilindros poder-se- aproveitar apenas 20% do suco da cana, enquanto com trs at 35%. As tcnicas experimentadas namoenda vo no sentido e um maior aproveitamento do suco disponvel no bagao da cana.A situao de Cuba na dcada de setenta do sculo XIX pode ser elucidativa da realidade10.

Uma maior capacidade na moenda implica maior disponibilidade de garapa a ser processa-da para se poder dispor do melado ou do acar. Uma situao empurra a outra conduzindoa solues cada vez mais avanadas. As dificuldades com a obteno de lenhas ou os ele-vados custos do transporte at ao local do engenho conduzem a solues que paulatinamen-te vo sendo adoptadas por todos. Primeiro reaproveita-se o bagao da cana e depois atra-vs de um mecanismo de fornalha nica consegue-se alimentar as cinco caldeiras de cozi-mento. O sistema ficou conhecido por trem jamaicano, por, segundo alguns, ter tido a ori-gem, mas na verdade temos informao do seu uso, no to apurado na Madeira e Canrias,no sculo XVI. Em 1530 Giulio Landi descreve o sistema de fabrico de acar com cincocaldeiras agrupadas.

Jamaica esteve na frente das inovaes da tecnologia aucareira a partir da segunda metadedo sculo XVIII. So os ingleses que do o passo definitivo para a mudana radical atravsda introduo da mquina a vapor. O primeiro engenho horizontal de tipo moderno foi de-senhado em 1754 por John Smeaton na Jamaica, recebendo a partir de 1770 o impulso damquina a vapor. A nova tecnologia, que se aperfeioou com o andar dos tempos, poderacoplar at 18 cilindros em sistema de tambor, tornando mais rpida e til a moenda. Comcinco cilindros o aproveitamento do suco pode ir at 90%, enquanto que com os tamboresde 18 cilindros quase se atinge a exausto com 98%. Por outro lado nos engenhos tradicio-nais a mdia de moenda por 24 horas no ultrapassava as 125 toneladas, enquanto que como novo sistema a vapor comea por atingir mais de trs mil toneladas de cana.

Outro factor significativo da safra prendia-se com a velocidade a que o processo da moendada cana deveria ocorrer, mais uma vez no sentido de se retirar o maior rendimento da canaatravs da sacarose. A cana tem um momento ideal para ser moda e depois de cortada os prazos para a moenda so curtos, caso queira evitar-se a fermentao, que sinnimo de perda de sacarose11. Nos avanos tecnolgicos tem-se em conta estacorrida contra o tempo, criando-se mecanismos capazes de moer cana como maior rapidez12.

10 . Joo jos Carneiro da Silva,Estudos Agrcolas,Rio de Janeiro, 1872, p.9411 .Cf. J. de Laguarrique d eSurvilliers, Manuel de Sucrerie de Cannes, Paris, 1932, pp. 29.12 . Cf. Nilo Cairo,O Livro da Canna de Assucar , Curitiba, 1924, pp. 85-86, 109; A. Bernard, A Evoluo das Moendas de Canas, Brasil Aucareiro, XXXVIII, 2, 1951, pp. 73, 76.
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Segue-se o processo de fabrico do acar que se distribui por quatro momentos: purificaoda garapa, evaporao da gua e, finalmente a clarificao e cristalizao. At aos inciosdo sculo XIX o processo poderia durar de 50 a 60 dias, mas as aportaes tecnolgicas,conduziram a que o mesmo se passasse a fazer em apenas um ms em 1830 e apenas 16horas em 1860, atravs do novo sistema de centrifugao. As primeiras mudanas ocorrem

ao nvel do processo de clarificao. Em 1805 Guillon, refinador do acar em NewOrleans preconiza o uso do carvo para purga xarope, em 1812 Edward Charles Howardconstri a primeira caldeira devacuum, conhecida como howard saccharine evaporator ,que veio revolucionar o sistema de fabrico do acar. Trs anos depois surge em Inglaterrao sistema de filtros de Taylor. O evaporador de mltiplo efeito foi inventado em 1830 por Norbert Rillius [1806-1894] de New Orleans, sendo usada nos primeiros engenhos desde183413. Deste modo torna-se mais fcil a retirada de cerca de 85% de gua que existe nosuco da cana e um maior aproveitamento do acar. As novidades na clarificao e cristali-zao ocorrem num segundo momento. Assim, em 1844 o alemo Schottler aplicou pela primeira vez a fora centrfuga na separao do melao do acar branco, mas foi Soyrigquem construiu em 1849 a primeira mquina de centrifugao, que abriu o caminho para ofabrico do primeiro acar granulado, em 1859. Este sistema vinha sendo utilizado desde1843 na indstria txtil. Os equipamentos contriburam para acelerar o processo de purgado acar permitindo que se passasse do moroso processo de quase dois meses para apenas16 horas e hoje em apenas alguns segundos.

A segunda metade do sculo XIX foi o momento da aposta definitiva na engenharia auca-reira, contribuindo para importantes inovaes14. O mercado ocidental foi inundado de a-car de cana e beterraba.

13 , Otto Kratz,The Robert Diffusion Process aplied to sugar-cane in Louisiana inthe Years 1873 and 1874. a Report to the President and Directors of the Julius Robert Diffusion Process Co, Nova Orleans, 1975;The Louisiana Planter and Sugar Manufacture, XIII, Nov. 24,1894; George Mead, Negro Scientist of slavery Days, in Negro History Bulletin, Abril 1957, pp.159-163.14 . C. Stammer,Trait complet thorique et Practique de la Fabrication du Sucre, guide du fabricant, Paris, 1876; James Stewart,Steamengineering on sugar plantations, steamships, and Locomotive engines, Nova York, 1867; IDEM, ADescription of a Machine or Inven-tion to Work Mills, by the Power of a fire-engine, but Particulary useful and Profitable in grinding Sugar-canes, Londres, 1767; Baeta Neves, Luiz M.Technologia da fabricao do assucar de canna,por Luiz M. Baeta Neves ... Patrocinado pela Associao de usineirosde S. Paulo. S. Paulo [Emp. graph. da "Revista dos tribunaes"] 1937. BURGH. Nicholas Procter, ATreatise on Sugar Machinery: includ-ing the process of producing sugar from the cane, refining moist and loaf sugar, etc., E. & F. N. Spon: London, 1863.--The Manufactureof Sugar, and the machinery employed for colonial and home purposes. Read before the Society of Arts ... April 4th, 1866.Trubner & Co.:London, [1866.] Bhler, Friedrich Adolf, 1869-Filters and filter presses for the separation of liquids and solids, from the German of F. A. Bhler, with additional matter relating to the theory of filtration and filtration in sugar factories and refineries, by John Joseph Eas-tick. London, N. Rodger, 1914; Burgh, N. P. (Nicholas Procter) A treatise on sugar machinery: including ... producing sugar from thecane, refining ... sugar ... with rules for the proportions and estimates.London, E. & F.N. Spon, 1863.El catlogo azucarero.NuevaYork, El Mundo Azucarero.1949; DEERR, Noel,classic papers of a sugar cane technologist / compiled by John Howard Payne. Am-sterdam; New York: Elsevier; New York, N.Y.: Distributors for the U.S. and Canada, Elsevier Science Pub. Co., 1983; Dejonghe, Gas-ton. Technologie sucriere.-2. ed. completement refondue et considerablement augmentee. - [s.l.]: Lambersart-Lille, 1910 ; Gama, Rui.Engenho e tecnologia, Sao Paulo: Duas Cidades, 1983; Guimares, Benicio Domingues. Locomotivas a vapor nas atividades industriaisno Brasil, Petropolis, RJ: [s.n.],, 1996; HUGOT. mile. Ingnieur des Arts et Manufactures.pp. xvii. 872. Elsevier Publishing Co.:Amsterdam, 1960. Handbook of cane sugar engineering/ by E. Hugot; translated and revised, with the collaboration of the author, byG.H. Jenkins. - Amsterdam: Elsevier, 1960- 1904- Handbook of cane sugar engineering, Rev. by the author, with the collaboration of thetranslator, and translated by G. H. Jenkins. 2d completely rev. ed.Sucrerie de cannes. EnglishAmsterdam, New York, Elsevier Pub. Co.,1972.--Sucrerie de cannes. English Handbook of cane sugar engineering/ E. Hugot; revised by the author, with the collaboration of thetranslator, and translated by G.H. Jenkins. Amsterdam; New York: Elsevier; New York, NY: Distributors for the United States andCanada, Elsevier Science Pub. Co., 1986.--La sucrerie de cannes; manuel de l'ingnieur , Dunod, 1950. Jenkins, G.H. Introduction tocane sugar technology, New York: Elsevier London:Amsterdam, 1966. Jenkins, G.H. Introduction to cane sugar technology New York :Elsevier, London: Amsterdam: , 1966; Lpez Ferrer, F. A. Manual prctico de maquinaria y aparatos en los ingenios de azcar de caa.Habana, Cultural, 1949 ; Maier, Emile Adolph, 1897- A story of sugar cane machinery. New Orleans, Sugar Journal [1952]; Maxwell,Francis. Modern milling of sugar cane,London: Norman Rodger, 1932. Methods and machinery for application of diffusion to extractionof sugar from sugar cane and sorghum, and for use of lime, and carbonic, and sulphurous acids in purifying diffusion juices[Washing-ton, D.C.] : U.S. G.P.O., 1886; Mirrlees Watson Co.,Sugar machinery[ca. 1907]; M'Intosh, John Geddes.The technology of sugar , byJohn Geddes M'Intosh, with eighty-three illustrations and seventy-six tables. London, Scott, Greenwood & co.; New York, D. Van Nostrand company, 1903. Neves, Luiz M. Baeta.Technologia da fabricao do assucar de canna, Sao Paulo: [s.n.], 1937;Principios de
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O desenvolvimento da indstria de construo de equipamentos para o fabrico de acar,seja de cana ou de beterraba, aconteceu em pases onde esta assumia uma posio significa-tiva na economia. Deste modo a Frana e a Inglaterra assumiram a posio pioneira nodesenvolvimento da tecnologia aucareira. sua posio no incio da indstria do acar

de beterraba temos a colonial. Os Franceses detinham importantes colnias aucareiras nasAntilhas, enquanto os Alems apostavam forte em Java. Os ingleses surgem por fora dacolonial nas Antilhas e ndia e os Estados Unidos da Amrica com New Orleans e, depois oHavai. Cuba foi um dos espaos aucareiros onde mais se inovou em termos tecnolgicos.As primeiras dcadas do sculo XIX foram de plena afirmao da ilha, que se transformouem modelo para a indstria aucareira.

Em Frana tudo comeou com o qumico Charles Derosne (1779-1846) que montou em1812 uma fbrica de construo de aparelhos de destilao continua. Nesta empresa passoua trabalhar em 1824 J. F. Cail na qualidade de operrio de carvo, que em 4 de Maro de1836 passa condio de associado. A sociedade Derosne et Cail15 manteve-se at 1850,

tecnologa azucarera,[Traductor Jos Luis Esparza Delgado] Mxico: Compaa Edit. Continental, [1969];Technologie des Zuckers; bearb. von Dietrich Becker [et al.] Hannover, M. & H. Schaper, 1955. Tromp, Lucas Andreas, 1892- Machinery and equipment of thesugar cane factory; a textbook on machinery for the cane sugar industry, London, Eng., N. Rodger, 1936. Wallis-Tayler, A. J. (Alexan-der James), b. 1852.Sugar machinery; a descriptive treatise devoted to the machinery and processes used in the manufacture of cane and beet sugars, London, W. Rider and Son, Limited [1895]. Wilkinson, J. B., jr.The diffusion process in Louisana and Texas. New Orleans,L. Graham & Son [1889?].Wilkinsons report on diffusion and mill work in the Louisiana sugar harvest of 1889-'90/ by J. B. Wilkinson,Jr. ... Imprint New Orleans: Brandao & Gill, 1890.15 . Avis de M. Richemond ingnieur - arbitre - rapporteur sur les divers chefs de contestation existant entre MM. Grieninger et Bachouxet MM. Cail et Cie extrait textuellement du rapport de M. l'arbitre, 31 octobre 1867 , Paris, impr. de Renou et Maulde: 1869;Cail et Cie: Mesures proposes au Gouvernement pour changer la situation de nos colonies des Antilles, Paris 1860; Cail, F. et C.Derosne:Examendes divers procds de fabrication de sucre et motifs dterminant de la prfrence accorder aux appareils dans le vide double effet pour lapplication aux colonies. 1843; Cail, F. et C. Derosne: Note sur les avantages retirer de lintroduction des sucres bruts undroit modr, uniforme quelle que soit leur nuance, 1842; Cail, J. F., une russite exceptionnelle Poitiers, Le Picton: 1984; Cail, J.F. etC. Derosne: De la fabrication des sucres aux colonies et des nouveaux appareils propres mliorer cette fabrication.1843; Cail, J.F. etC.Derosne: Mmoire sur les usines centrales la Guadeloupe,1843; Cail, Jean-Franois, Description de l'appareil d'vaporation tripleeffet propre toutes les grandes vaporations de liquides salins et autres, spcialement utilisable dans les fabriques et raffineries desucre... (Par J.-F. Cail et Cie.)Paris, impr. de Guiraudet et Jouaust: 1852;-Exploitation agricole des plants appartenant M. J.-F. Cail. Mmoire pour concourir la prime d'honneur du dpartement de la Charente en 1868, Paris, librairie agricole de la Maison rustique:(1867);--(Circulaire adresse aux fabricants de sucre par A. Prier, L. Possoz et J.-F. Cail et Cie au sujet de leurs procds d'purationdu jus de betterave.)Paris, impr. de J. Bonaventure: 1868;-A S. E. M. le ministre de l'Agriculture et du Commerce, Paris. (Lettre de J.-F. Cail et Cie, au sujet du dcret du 10 janvier 1870, relativement l'importation jusque dans les usines des matires destines auxtravaux pour l'tranger.)(Paris,), impr. de Haristguy: (1870)-Tribunal civil de la Seine... Pour la socit anonyme des anciens tablis-sements Cail contre les liquidateurs de la Socit Cail et Cie. (29 Fvrier 1884.), Paris, imp. de Chaix: 1884; - Notice sur les machines et appareils des tablissements Derosne et Cail... figurant l'exposition universelle de 1865, Paris, imp. de Guiraudet et Jouaust: 1855;Chaussenot, B., Notice sur le calorifre air chaud, invent par B. Chaussenot... construit exclusivement par Ch. Derosne et Cail,...(Paris,), impr. de L. Bouchard-Huzard: (1841); Cheilus, L.,Discours prononc par M. L. Cheilus au banquet offert par lui, le 6 janvier 1856, aux grants et chefs des diffrents services des tablissements Derosne et Cail, Paris, Impr. de Rival: (s. d.,);Conclusions pour laSocit anonyme des anciens tablissements Cail contre la socit de la sucrerie de Pithiviers-le-vieil, Paris, imp. de Chaix: 1893;Debonne, Michel: Jean-Franois Cail Grenelle (1844 1871) et Histoire de la socit Cail. Bulletin de la Socit historique et archo-logique du XVe arrondissement de Paris, n 13 et 14, 1999; Derosne, Charles, Tableaux divers sur la densit des jus et des sirops, laquantit de sucre pur contenue dans les solutions sucres... Extrait de la publication sur la Fabrication du sucre, par MM. Ch. Derosneet Cail,... Paris, impr. de Ve Bouchard-Huzard: (s. d.);-Tableau comparatif de divers brevets fonds sur la condensation par vaporation,montrant les emprunts faits par le brevet Reybaud, du 2 novembre 1833, ceux antrieurement dlivrs. [Sign: Ch. Derosne et Cail. 12avril 1847.](Paris,), impr. de Ducessois: (1847.);- Notice sur la machine vapeur rotule invente par M. Ch. Faivre... construite... par MM. Ch. Derosne et Cail... impr. de L. Bouchard-Huzard,Paris, 1839, - De la Fabrication du sucre aux colonies, et des nouveaux appa-reils propres amliorer cette fabrication, par MM. Ch. Derosne et Cail,... 2e partie, 2e section. 2e dition... avec un appendice sur la fabrication des sucres de sirops, sur la comparaison des divers systmes d'appareils qui peuvent tre proposs aux colonies,Paris, impr.de Vve Bouchard-Huzard: 1844; Dolabaratz: Rapport M. Cail et Cie sur sa mission lle de la Runion,octobre 1873; Du Rieux, P. Notice historique sur les filtres-presses, rponse MM. A. Prier, L. Possoz, J.-F. Cail et Cie adresse MM. les fabricants de sucre par P. Du Rieux et Cie...Lille, impr. de Mme Bayard: 1866; Dureau, Jean-Baptiste, Jean-Franois,Cail, sa vie et ses travaux, Paris, Gau-thier-Villars: 1872;Dureau: J.F.,Cail, sa vie et ses travaux,Paris, Gauthier Villars, 1872;Etablissements Derosne et Cail... Notice sur lesobjets admis l'exposition universelle de 1878,Paris, imp. de A. Chaix: 1878;Fabrication du sucre. Epuration et dcoloration des jussucrs par carbonation multiple. Prcds Prier, Possoz, Cail et Cie. Instance en contre-faon contre MM. Maumen et Thry, Paris,impr. J. Bonaventure: 1867; Grininger, Note pour MM. Bachoux et Grininger [fabricants de sucre Francires (Oise)] contre MM.Cail et Compagnie [constructeurs-mcaniciens Paris]...Paris, impr. Dubuisson, [1867]. La Mcanique pratique. Guide du mcanicien.
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altura em que passou a chamar-se J. F. Cail et Cie,que em 1861 passou a cooperar com anova Cie Fives-Lille, especializada no fabrico de equipamentos para fbricas de acar ecaminhos-de-ferro16. Os equipamentos, sados da empresaCail, chegaram s colniasholandesas, espanholas, inglesas e francesas, Mxico, Rssia, ustria, Holanda, Blgica eEgipto. indstria francesa juntaram-se outros complexos industriais na Europa: Inglaterra

(Glasgow, Birmingham, Nottingham, London, Manchester, Derby), Holanda (Breda,Roterdo, Schiedam, Ultrecht, Delft, Hengelo, Amsterdam), Estados Unidos da Amrica(Oil City, Ohio, Denver, New Jersey), Alemanha (Magdeburgo, Zweibruecken, Halle, Dus-seldorf, Sangerhausen, Ratingen, Halle), Blgica (Bruxelas, Tirlemont).

Na Inglaterra foi desde meados do sculo XVII um dos mais importantes centros de refina-o de acar na Europa. As refinarias proliferam nas cidades de nas cidades de Bristol,Essex, Greenock, Lancaster, Liverpool e Southampton17. Isto justifica o desenvolvimentotecnolgico. Aqui, merece destaque a iniciativa de Mirless Watson18.

A abertura s inovaes tecnolgicas, como forma de tornar concorrencial o produto, acar-reta algumas consequncias para a indstria ao nvel nacional. Os investimentos so vultuo-sos e, por isso mesmo s se tornam possveis mediante incentivos do Estado. A inovao erecuperao da capacidade concorrencial s se tornaram possvel custa da concentrao.Tanto em Cuba como no Brasil a dcada de oitenta foi marcada pelos grandes engenhoscentrais19.

Procds de travail. Explication mthodique de tout ce qui se voit et se fait en mcanique, par Eugne Dejonc, ancien chef d'atelier del'Ecole des arts et des mines, contrematre des Maisons Cail, Brguet, etc. Revue et corrige par M. C. Codron, ingnieur, professeur l'Institut industriel du Nord, laurat de l'Acadmie des sciences. 6e dition augmente, par Ren Champly, ingnieur-mcanicien.755gravures dans le texte Orlans, impr. H. Tessier, Paris, libr. Desforges, 29, quai des Grands-Augustins: 1924; La Vrit biographique. J.-F. Cail, . (Sign: Louis Clot.) Paris, Impr. de Moquet: (1857); Lantrac, E., Notice sur la vie et les travaux de M. Flix Moreaux, ancieningnieur en chef de la Socit en participation J.-F. Cail et Cie et compagnie de Fives-Lille...: par M. E. Lantrac,... Impr. de Chaix,Paris, 1890; Mmoire pour M. Degrand, contre MM. Ch. Derosne et Cail [qui n'avaient pas respect dans leurs ventes l'tranger lesclauses du contrat conclu aprs un procs en contrefaon de 1834, pour leur laisser fabriquer un condensateur destin aux sucreries,dont il tait l'inventeur , Paris, E. P. E. : [1983]; Note pour MM. Bachoux et Grininger [fabricants de sucre Francires (Oise)] contre MM. Cail et Compagnie [constructeurs-mcaniciens Paris]. Demande en payement de 83, 446 fr. 20 c. titre de dommages-intrts pour retard dans la livraison et le montage d'appareils destins la fabrication du sucre. [Suivi de:] Conclusions pour MM. Bachoux et Grininger contre MM. Cail et Compagnie, Paris, impr. Dubuisson : [1867]; Note pour MM. J.-F. Cail et Cie contre M. Allier [, relative l'enlvement du matriel de l'ancienne distillerie de betteraves de Petit-Bourg, aux frais de constructions de la nouvelle et aux appoin-tements et notes de frais du directeur, jugs excessifs], S. l., S. n.: 1855; Notice sur la Briche, proprit de M.J.F.Cail loccasion delexposition universelle de 1867 ; Librairie agricole de la Maison Rustique, 1867; Payen, Anselme,Socit d'encouragement pour l'indus-trie nationale.... Rapport fait par M. Payen... sur l'appareil de MM. Rolhfs et Seyrig pour l'gouttage et le clairage des sucres... con-struit dans l'tablissement de MM. Derosne et Cail. Paris, impr. de Vve Bouchard-Huzard: (1851); Possoz, Louis,Participation Prier,Possoz et J.-F. Cail et Cie. Procds brevets pour l'puration des jus de betterave, Paris, impr. de Jouaust et fils: 1863; Proust, Ray-mond: Le clbre constructeur mcanicien J.F.Cail, Imprimerie Romain, Chef-Boutonne.1990; Proust, Raymond,[Un ]constructeur mcanicien, Jean-Franois Cail (1804-1871)Chef-Boutonne, Chassebray-Monconti: 195516 . Compagnie de Fives-Lille pour constructions Mcaniques et Entreprises. Matriel du sucrerie,Paris, 1878, Reedio Granada, 1999;Vincens, E.Compagnie gnrale d'lectro-chimie.... Rapport du commissaire vrificateur des apports, sur les apports faits la Socit par la Compagnie de Fives-Lille pour constructions mcaniques et entreprises. [Sign: E. Vincens.]; -- Rapport du commissaire vrifica-teur des apports, sur les apports faits la Socit par la Compagnie de Fives-Lille pour constructions mcaniques et entreprises. [Sign:E. Vincens.] (Paris,), impr. de Chaix: 1898; Godefroy, H.-C. Notice explicative sur les tableaux photographiques reprsentant les usinesde Fives-Lille, Paris, impr. de Vves Renou, Maulde et Cock: 187617 . John M. Hutcheson,notes on the Sugar Industry of the United Kingdon, Greenock, 1901; Frank Lewis,Essex and sugar,1976.18 . STEWART, j., A Description of a Machine or Invention to Grind Sugar-canes by the power of a fire Engine,Kingston, 1768. IDEM,Steam engineering on sugar plantations, steamships, and locomotive engines, New York, Russell's American Steam Printing House,1867. Watson, Laidlaw & Co.,Engineers, millwrights and machine makers. specialities machinery for the treatment of sugar after boil-ing ... etc., etc.Watson, Laidlaw & Co.[1892].19 . Jos Curbelo,Proyecto para fomenter y Poner en Estado de Produccin seis Ingenios Centrales com alambiques, Havana, 1882;Andrade, Bonifacio. Do bangue a usina em Pernambuco, Recife (PE): UFPE, PIMES, 1975; Andrade, Manuel Correia de Oliveira. Historia das usinas de aucar de Pernambuco, Recife: Fundaao Joaquim Nabuco, Editora Massangana, em co-edio com o Ministerioda Ciencia e Tecnologia-CNPq/Comisso de Eventos Historicos, 1989. Arquivo Nacional (Brazil)Engenhos centrais: catlogo de docu-mentos, 1881-1906 / Ministrio da Justia, Arquivo Nacional, Diviso de Pesquisas e Atividades Tcnicas, Seo de Estudos e Pesquisas.Rio de Janeiro: O Arquivo, 1979. Avestruz, Fred S., 1948- Risk and technology choice in developing countries: the case of Philippine
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A concorrncia do acar cada vez mais evidente obrigando as autoridades nacionais aintervir no sentido da defesa das suas culturas e indstrias. A poltica proteccionista inicia-da pelos Estados Unidos da Amrica alastrou a todo o mundo aucareiro20. Se o sculo XIXfoi o momento da aposta na tecnologia a centria seguinte ser marcada pela poltica auca-

reira. Ao nvel internacional rene-se uma conveno em Bruxelas, em 1902 e 1929, nosentido de limitar o apoio financeiro do estado e medidas de defesa e proteccionistas dosdiversos estados produtores de cana e acar. Entretanto em 1937 aSugar Organization procura estabilizar o mercado atravs do estabelecimento de cotas que acabaram em 1977.Desde a dcada de setenta persiste o enfrentamento entre o comrcio livre e a politica pro-teccionista dos estados.

sugar factories. Lanham: University Press of America, c1985. Peres, Gaspar. A industria assucareira em Pernambuco, Recife: Imp.Industrial, 1915.--A industria assucareira em Pernambuco/ [Gaspar Peres, Apollonio Peres; apresentao, Manuel Correia de Andrade].[Recife] FUNDARPE, Secretaria de Educao, Cultura e Esportes, Sistema de Bibliotecas Pblicas e Documentao, [1991]-- A Rep-blica das UsinasR. J., Ed. Paz e Terra, 1978; Perruci, Gadiel, 1937- A repblica das usinas: um estudo de histria social e econmica do Nordeste, 1889-1930/ Gadiel Perruci. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978, c1977. SOUZA, Jonas Soares deO Engenho Central de PortoFeliz. Uma empresa pioneira em So Paulo Leis,etc.[organizado por] Jonas Soares de Souza, So Paulo: Museu Paulista, [1978?].20 Atwood H., Donald W., Raising Cane. The Political Economy of Sugar in Western Indie,Boulder, 1992; Bernhardt, Joshua,Govern-ment Control of the Sugar Industry in the United States, N. Y. 1820; Brunner, Henrich,Cuban Sugar Polity from 1963 to 1970, Pitts- burgh, 1977; Buzzanell, Peter J.Sugar and corn sweetener: changing demand and trade in Mexico, Canada, and the United States/ Peter Buzzanell, Ron Lord. [Washington, D.C.?]: U.S. Dept. of Agriculture, Economic Research Service, [1993]; Cernic, Barbara,Sugar Internacional Control of Production and Preale, 1985;Confrence internationale sur le Regime des Sucres, tenue Londres(deuximesession, Avril-Mai), 1888. Documents prsents la Confrence et procs-verbeaux. [n.p. 1888] ; Dalton, John E., A Case Study of Government Control(N. Y., 1937); Eichner, Alfred S.,The Emergence of oligopoly: Sugar Refining as a case Study, 1969; T. H. Ferrer,The Sugar Convention, Londres, 1899; Grissa, Abdessatar,Structure of the Internacional Sugar Market , Paris, 1976; Leynseele, Jacquesvan. La Politique de la betterave. Paris, ditions Cujas, 1967; Martins, R. M.,The Sugar Question in Relation to Free Trade and Protec-tion, Londres, 1848; G. Martineau,Free Trade in Sugar. A Reply to sir Thomas Farrer , Londres, 1889 ; IDEM, Both Sides of the Sugar Convention, Londres, 1907; Melo, Joaquim de.Um decenio de defesa do aucar. Instituto do aucar e do alcool. Rio de Janeiro, 1942;Stinchcombe, Arthur L.Sugar island slavery in the age of enlightenment: the political economy of the Caribbean world Princeton, N.J.:Princeton University Press, c1995;The World sugar economy in war and depression, 1914-40/ edited by Bill Albert and Adrian Graves.London; New York: Routledge, 1988;The world sugar economy--structure and policies national sugar economies and policies/ Interna-tional Sugar Organization. Imprint [London]: The organization, 1982. Bernhardt, Joshua, 1893-Government control of the sugar industryin the United States: an account of the work of the United States food administration and the United States sugar equalization board, inc. / by Joshua Bernhardt. I New York: Macmillan, 1920.The sugar industry and the Federal Government; a thirty year record, 1917-1947 .Washington, Sugar Statistics Service, 1948 [i.e. 1949]
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BIBLIOGRAFIA FUNDAMENTAL

A bibliografia sobre a temtica vasta. Desde o sculo XVIII que se sucedem in-meros estudos que procura aclara a Histria das culturas da cana sacarina e beter-raba, das tecnologias usadas e dos novos processos de transformao do fabricotrazidos pela Qumica. A incidncia desta produo literria tem a ver com oempenho de cada pas ou imprio na produo e comrcio de acar. em lnguainglesa que encontramos o maior nmero de publicaes, mas tambm no des-prezvel o nmero no idioma alemo e francs. A maior parte dos que escrevemsobre o tema, mesmo sobre a Histria, esto de uma forma ou de outra, envolvidosprofissionalmente com a cultura e indstria. no campo da Engenharia Qumica eda Agronomia que encontramos o maior nmero de estudiosos e de estudos.

No domnio da Histria sobressaem dois autores, como clssicos da abordagem damatria. Edmond von Lippmann, qumico alemo publicou em 1890 a sua Histria,que teve vrias edies (1929, 1934, 1938) e uma traduo no Brasil (1941-42). NoelDerr ficou conhecido pela History of Sugar, publicada em 1949-50, mas nodever esquecer-se os contributos no mbito da qumica e tecnologia. Para pero-dos mais recentes temos o texto de J. H. Galloway (1989) e os encontros de Motrildesde 1992 e do Funchal a partir desde 2000, que culminou em 1993 com a criaoda Associao Internacional de Histria e Civilizao do Acar , com sede no Funchal.

O acervo bibliogrfico da Histria da cultura e fabrico do produto o que assumemenor dimenso no conjunto da bibliografia existente. Maior incidncia foi dada apartir de meados do sculo XIX s questes que se prendem com a Agronomia,Tecnologia e Qumica. nos dois ltimos domnios que a profuso de estudos sur-ge, tendo como factor dinamizador a beterraba. Foi o uso da nova cultura para ofabrico do acar que eu o arranque definitivo para os estudos e avanos tecnol-gicos e qumicos.

1- BIBLIOTECAS SOBRE A HISTRIA DO ACAR

Fundao Joaquin Nabuco

Base de dados bibliogrfica, contendo informaes sobre livros, folhetos, teses eartigos de revistas nacionais e estrangeiras, relacionados com o temaacar, exis-tentes no acervo da Biblioteca Central Blanche Knopf da Fundao.http://www.fundaj.gov.br/isis/acucar.html


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CENICAA. Centro de investigacin de caa de azucar de Colombia, criado em1977La base datos bibliogrfica SNICA cubre informacin sobre el cultivo y procesa-miento de la caa de azcar, publicada en libros, revistas, tesis, folletos, boletines, einformes.http://www.cenicana.org/documentacion/snica.htm

BDPA Acervo Documental da Embrapa com 374.613 referncias bibliogrficas, abrangen-do a produo cientfica de seus pesquisadores, teses e literatura nacional e inter-nacional.

http://bdpa.cnptia.embrapa.br/fr_inicial.html

Bibliotecas

O acervo das bibliotecas nacionais fundamental, podendo-se citar o caso de

1. Espanha[http://www.bne.es]2. Frana[http://www.bnf.fr]3. Cuba[http://www.lib.cult.cu/]

Para alm disso a New York Public Library[http://www.nypl.org] reune um acer-vo valioso que no pode ser descurado.

2- REVISTAS

1. Actualidades: boletin mensual de la Asociacin de Tcnicos Azucareros de Puerto Rico. San Juan: La Asociacin, -1951.

2. Agriculture, Foreign Agricultural Service. Washington, D.C. : The Service, 1987-1988.

3. L'Annee sucriere. Revue general annuelle des progres de la fabrication du sucre enFrance ta l'etranger . Annee 1- ; 1909-10
http://www.cenicana.org/documentacion/snica.htmhttp://bdpa.cnptia.embrapa.br/fr_inicial.htmlhttp://www.bne.es/http://www.bnf.fr/http://www.lib.cult.cu/http://www.nypl.org/http://www.nypl.org/http://www.lib.cult.cu/http://www.bnf.fr/http://www.bne.es/http://bdpa.cnptia.embrapa.br/fr_inicial.htmlhttp://www.cenicana.org/documentacion/snica.htm


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7. Bulletin mensuel- Bureau des relations publiques de l'industrie sucrire. Port-Louis, Mauritius, Bureau des relations de l'industrie sucrire.Mauritius sugar newsbulletin1949 [Reduit]. Mauritius Chamber of Agriculture

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