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Publicação da AssociaçãoPaulista de Medicina

Edição nº 570 – Agosto de 2006

REDAÇÃOAv. Brigadeiro Luís Antônio, 278

Cep 01318-901 – São Paulo – SPFones: (11) 3188-4200/3188-4300

Fax: (11) 3188-4279E-mail: [email protected]

Diretores ResponsáveisNicolau D’Amico Filho

Roberto Lotfi Junior

Editor ResponsávelUlisses de Souza – MTb 11.459–SP

Editora-assistenteLuciana Oncken – MTb 46.219–SP

RepórteresAdriana Reis

Carla NogueiraLeandro de Godoi

Ricardo Balego

Editor de ArteLeandro Deltrejo

Projeto e Produção GráficaCubo Editorial e Notí[email protected]

Fotos: Osmar BustosRevisora: Thais Oncken

Secretaria: Rosenaide da SilvaAssistente de Comunicação:

Laura Rocha Passerini

ComercializaçãoDepartamento de Captação

e Marketing da APMFones: (11) 3188-4200/3188-4300

Fax: (11) 3188-4293

Periodicidade: mensalTiragem: 30 mil exemplares

Circulação: Estado de São Paulo(Inclui Suplemento Cultural)

Portal da APMwww.apm.org.br

APRESENTAÇÃORoberto Lotfi Jr.Nicolau D’Amico Filho

A tecnologia sempre alavancou os grandes avanços na medicina, mas,

desta vez, ela foi além, pois vai possibilitar à toda classe médica a oportu-

nidade de atualização, troca de experiências, mesmo que o profissional

esteja trabalhando no mais remoto local do planeta. As redes de Telemedi-

cina vão permitir, por meio de computadores, a unificação de procedi-

mentos na área da saúde, que vai beneficiar médicos e pacientes. Tudo pela

Internet de baixo custo, seja discada ou banda larga.

O Brasil se prepara para agilizar o uso dessa tecnologia. A Faculdade de

Medicina da Universidade de São Paulo (USP) saiu na frente e é hoje o maior

centro de Telemedicina do país e um dos principais da América Latina.

A Telemedicina é o nosso assunto de capa. Há também matérias que

mostram o debate sobre temas polêmicos, como a “Terminalidade da Vida”.

Pautamos ainda outras reportagens jornalísticas interessantes, inseridas

nesta edição.

Boa leitura!

Nicolau D’Amico Filho e Roberto Lotfi Jr.Diretores de Comunicação

Tecnologia a serviço da saúde

3 Apresentação

4 Editorial

6 Saúde Pública

8 Música Popular Paulista

10 Radar Médico

14 CAPA

Telemedicina

USP é a pioneira nessa tecnologia

20 Música Popular Paulista

22 Profissão

26 Saúde Pública

32 Cotidiano

34 Câncer

36 Radar Médico

38 Música

39 Agenda Científica

41 Agenda Cultural

42 Produtos & Serviços

43 Literatura

44 Por Dentro do SUS

45 Classificados

CONTEÚDO

Clara Brandão,a mãe damultimistura

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O mundo ainda está atordoado com a nova onda de intensa violên-cia e intolerância no Oriente Médio. Esse conflito milenar causa,tristemente, mais uma disputa bélica que, além de incontáveis danosmateriais, deixa como rastro o massacre de inúmeras vidas humanas.

É incrível que, no século XXI, após tantos avanços da humanida-de, guerras ainda façam parte do cotidiano. Quanto vale uma vida?Independentemente de qualquer tendência racial ou religiosa, todossabemos que é o maior bem existente, embora tantas vezes não pareça.

Infelizmente muitos outros países, tantos os desenvolvidos comoos demais, enfrentam igualmente ondas de enorme violência. OBrasil, lamentavelmente, é um deles. Na periferia das nossas grandese ricas metrópoles, contabilizamos diariamente um número maiorde baixas de jovens pobres assassinados do que em todas essas guerrasque acompanhamos à distância, por intermédio da mídia.

Temos vários recordes vergonhosos. Não perdemos para nin-guém em trauma e violência. Nossos índices são contundentes, hámuitos anos. Tendem a piorar agora com a guerra urbana e asdiferenças sociais crescendo cada vez mais. A profunda corrupçãoestimula os desvios de caráter. Hoje nem sabemos a real dimensãoda falta de ética nas instâncias de poder.

Guerras e criminalidade sempre houve, o que assusta mais, nestemomento, é a incrível perda de valores da nossa sociedade. Especialis-tas e militantes de inúmeras ONGs têm se proposto a recuperar jovens

Plantar mudanças ecolher bons frutos

que caíram na delinqüência, vítimas do tráfico de drogas, por exem-plo. Esta batalha confirma, na maioria dos casos, que há associaçãoíntima do crime com a degradação familiar e ausência do pai.

A história mostra que devemos incluir sempre, que após as grandescrises ocorrem incríveis avanços da humanidade. É isso que devemosesperar, mas não de braços cruzados. Como reverter o incrível círculovicioso da corrupção e dos crimes que tanto desanima? Existe o exem-plo de países que protagonizaram grandes viradas, investindo na áreasocial, e, especialmente, em educação de verdade e de qualidade.

Com responsabilidade, o Estado pode – e deve – modular esseprocesso, garantindo financiamento efetivo para a saúde, seguran-ça educação, assistência social. É necessário estabelecer uma polí-tica de valorização adequada para os funcionários desses segmentose priorizar a eficácia na formação do brasileiro, inclusive dos atu-almente excluídos, para alcançar um novo status de nação.

Todos temos de romper com o desânimo moral desta má hora,registrando nossa indignação e empreendendo ações para a constru-ção de um Brasil mais justo e digno. Principalmente nós, os médicos,que sempre nos envolvemos intensamente com a luta por mudançassociais que beneficiem a comunidade. Nesta eleição, aliás, devemosusar nossa força para potencializar candidatos que estejam compro-metidos com essa causa, com nomes que estão de fato ao nosso lado,para transformar o Brasil do presente e colher bons frutos agora.

DIRETORIA ELEITA - DIRETORIA 2005-2008Presidente: Jorge Carlos Machado Curi1º Vice-presidente: Florisval Meinão2º Vice-presidente: Paulo De Conti3º Vice-presidente: Donaldo Cerci Da Cunha4º Vice-presidente: Luís Fernando PeixeSecretário Geral: Ruy Y. Tanigawa1º Secretário: Renato Françoso Filho

DIRETORESAdministrativo: Akira Ishida; AdministrativoAdjunto: Roberto de Mello; 1o Patrimônio eFinanças: Lacildes Rovella Júnior; 2o

Patrimônio e Finanças: Murilo RezendeMelo; Científico: Alvaro Nagib Atallah;Científico Adjunto: Joaquim Edson Vieira;Defesa Profissional: Tomás Patrício Smith-Howard; Defesa Profissional Adjunto:Jarbas Simas; Comunicações: NicolauD´Amico Filho; Comunicações Adjunto:Roberto Lotfi Júnior; Marketing: RonaldoPerches Queiroz; Marketing Adjunto: ClóvisFrancisco Constantino; Eventos: Hélio Alvesde Souza Lima; Eventos Adjunto: FredericoCarbone Filho; Tecnologia da Informação:Renato Azevedo Júnior; Tecnologia da

Silvana Maria Figueiredo Morandini; 4o

Diretor Distrital Sorocaba: Wilson OlegárioCampagnone; 5o Diretor DistritalCampinas: João Luiz Kobel; 6o DiretorDistrital Ribeirão Preto: João CarlosSanches Anéas; 7o Diretor DistritalBotucatu: Noé Luiz Mendes de Marchi; 8o

Diretor Distrital São José do Rio Preto:Pedro Teixeira Neto; 9o Diretor DistritalAraçatuba: Margarete de Assis Lemos; 10o

Diretor Distrital Presidente Prudente: EnioLuiz Tenório Perrone; 11o Diretor DistritalAssis: Carlos Chadi; 12o Diretor DistritalSão Carlos: Luís Eduardo Andreossi; 13o

Diretor Distrital Barretos: Marco AntônioTeixeira Corrêa; 14o Diretor DistritalPiracicaba: Antonio Amauri Groppo

CONSELHO FISCALTitulares: Antonio Diniz Torres, Braulio deSouza Lessa, Carlos Alberto Monte Gobbo, JoséCarlos Lorenzato, Tarcísio Eloy Pessoa deBarros Filho. Suplentes: Krikor Boyaciyan,Nelson Hamerschlak, Carlos RodolfoCarnevalli, Reinaldo Antonio MonteiroBarbosa, João Sampaio de Almeida Prado.

Informação Adjunto: Antonio Ismar Marçal Menezes;Previdência e Mutualismo: Alfredo de Freitas SantosFilho; Previdência e Mutualismo Adjunto: Maria dasGraças Souto; Social: Nelson Álvares Cruz Filho; SocialAdjunto: Paulo Cezar Mariani; Ações Comunitárias:Yvonne Capuano; Ações Comunitárias Adjunto:Mara Edwirges Rocha Gândara; Cultural: Ivan de MeloAraújo; Cultural Adjunto: Guido Arturo Palomba;Serviços Gerais: Paulo Tadeu Falanghe; ServiçosGerais Adjunto: Cristião Fernando Rosas; EconomiaMédica: Caio Fabio Camara Figliuolo; EconomiaMédica Adjunto: Helder de Rizzo da Matta; 1o DiretorDistrital São Caetano do Sul: Delcides Zucon; 2o

Diretor Distrital Santos: Percio Ramon Birilo BeckerBenitez; 3o Diretor Distrital São José dos Campos:

Associação Paulista de MedicinaFiliada à Associação Médica Brasileira

SEDE SOCIAL:Av. Brigadeiro Luís Antônio, 278 – CEP 01318-901

São Paulo – SP – Fones: (011) 3188-4200/3188-4300

EDITORIAL

Jorge Carlos Machado CuriPRESIDENTE DA APM

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esde o dia 17 de julho, os trans-plantes de fígado no Brasil têm

como parâmetro um novo critério paraa ordem na fila de espera: o de gravi-dade dos pacientes. A nova regra subs-titui o modelo rígido e cronológico,estabelecido no ano de 1997 e usadoaté então.

A portaria do Ministério da Saúde nº1.160, de 29 de maio, estabelece tambémque o estado de gravidade seja aferidopor um modelo de exames chamadoMELD/PELD.

O alto índice de mortalidade na filade espera, perto de 60%, foi um dosprincipais motivos para a mudança,segundo o Ministério da Saúde.

Há de se considerar também os riscosinerentes ao próprio procedimento,estimados em torno de 15% a 20%.Mesmo após o transplante, somente65% dos pacientes conseguem sobre-viver um ano, segundo dados do Estadode São Paulo.

Para João Galizzi Filho, presidenteda Sociedade Brasileira de Hepatolo-gia, esse sistema tem sido bem usadoem muitos países da América do Nortee Europa. “Por outro lado, nós não

SAÚDEPÚBLICA

Transplantesde fígadotêm nova regraEmbora represente avanços, novo critério deve ser vistocom cautela, segundo especialistas

RICARDO BALEGO

Dsabemos como vai ser o resultado dissonum país com as características do Bra-sil. Os programas de transplante defígado têm evoluído nos últimos anos,mas são ainda heterogêneos e encontramgrandes dificuldades, sobretudo nacaptação dos órgãos, o que contribuiem muito para a mortalidade na listade espera”, afirma.

“Devemos ficar atentos e ver até queponto isso contempla bem os nossospacientes, qual será o impacto nosresultados e nos custos e se isso não estádificultando o acesso”, recomendaPaulo Celso Bosco Massarollo, secre-tário da Associação Brasileira de Trans-plantes de Órgãos (ABTO) e chefe doserviço de transplantes de fígado da

Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.A nova regra começou a vigorar após

todo o sistema de informática das centraisde transplantes ter sofrido mudanças ereadequações. Os pacientes que estãona fila também precisaram fazer novosexames para se readequar ao novocritério. No entanto, de acordo com omédico Paulo Massarollo, até a últimasemana de julho, a Secretaria Estadualde Saúde de São Paulo (SES) só haviaconseguido refazer os exames para rea-locação dos pacientes em cerca de 20%dos que compunham a lista.

Dos cerca de 7.000 doentes queaguardam um transplante de fígado noBrasil, 3.000 estão no Estado de SãoPaulo, onde a espera pode chegar a até

Centrais de transplantes foram readequadas

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quatro anos. Como exemplo de contraste,em 2005 foram realizados, em todo opaís, apenas 759 transplantes comórgãos de doadores falecidos.

Segundo dados da própria SES, noperíodo em que foi usado o critériocronológico, cerca de 63% dos pacientesda lista eram excluídos porque morriamna espera.

O critérioA partir da mudança nas regras para

transplantes de fígado, a avaliação dagravidade de cada caso deve ser feita pormeio do MELD (Model for End-StageLiver Disease), referente a indivíduos

Processos aguardam na lista de espera

A avaliação dos especialistas é de queo novo processo, apesar de positivo,deve ser acompanhado de perto. “Onovo critério representa avanços por-que, da forma como estava, era insus-tentável uma perspectiva de tratamento.Mas há uma série de outras questões,há riscos que não estão dimensiona-dos. Minha posição neste momento éde cautela”, reafirma PPPPPaulo Celsoaulo Celsoaulo Celsoaulo Celsoaulo CelsoBosco MassarolloBosco MassarolloBosco MassarolloBosco MassarolloBosco Massarollo.

“Acredito que isso representa um passoà frente, mas não podemos ter a inge-nuidade de achar que vai resolver porcompleto as dificuldades para obtençãode um transplante, porque a demandatem crescido muito mais que a oferta deórgãos. A posição da Sociedade Brasi-leira de Hepatologia é uma posição deprudência”, confirma João GalizziJoão GalizziJoão GalizziJoão GalizziJoão GalizziFilhoFilhoFilhoFilhoFilho, para quem o maior problemaainda é a falta de doadores.

Segundo o coordenador da CentralEstadual de Transplantes de São Paulo(CET), LLLLLuiz Augusto Puiz Augusto Puiz Augusto Puiz Augusto Puiz Augusto Pereiraereiraereiraereiraereira, “paraimplantar o novo sistema aqui em SãoPaulo, o sistema informatizado precisouser completamente alterado”. As mu-danças levaram cerca de um mês e meiopara serem feitas.

adultos, e PELD (Pediatric End-StageLiver Disease), indicado para crianças,modelos baseados em três exames labora-toriais que atribuem pontos ao paciente.

A pontuação vai de 6 a 40, sendo que,quanto maior o número, maior a gravi-dade do paciente e menor sua expecta-tiva de vida.

Valores iguais ou superiores a 15 jásão considerados casos de hepatologiagrave. Casos com índices superiores a25 devem ter seus exames repetidos emmenos de sete dias, assim como, de 19a 24, o procedimento deve ser realizadoem até 30 dias.

Na prática, significa que a lista dereceptores se torna flutuante, e pode sealterar conforme oscila o estado desaúde de seus pacientes, alternandoposições. É importante lembrar que oscritérios utilizados pelo MELD/PELD avaliam a sobrevida dos pacien-tes enquanto estão na lista, e não depoisque recebem o órgão.

CaptaçãoDo ponto de vista da captação dos

órgãos, a portaria do MS também exigiualgumas mudanças.

Estruturalmente, as duas Centrais deNotificação, Captação e Distribuiçãode Órgãos (CNCDO) continuam agindode forma descentralizada no Estado, deacordo com a região em que se encontrao enxerto a ser transplantado. A primeiraCentral, que fica na SES, na capital pau-lista, abrange também a Grande SãoPaulo, Litoral Norte e Vale do Ribeira.A segunda, sediada no Hospital dasClínicas de Ribeirão Preto, atende orestante do Estado. “A estrutura conti-nua igual, o que muda é o sistemainformatizado e o fluxo de informaçõesdas equipes”, confirma Pereira. �

Site informativo da Centralde Transplantes

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Mestre dosamba

uito prazer, eu me apresento:

sou o samba paulista. Chego

de mansinho e, pouco a pouco, entusi-

asmo quem está a minha volta. Meu

ritmo é marcado pelos tambores e pela

caixa. Herança de um povo festivo, de

pele retinta, que foi trazido pelos por-

tugueses e que cantava por sua liberta-

ção. O batuque, que era um menino

cativo, foi coroado pela beleza sonora

do cavaquinho, que veio da Ilha da

Madeira para enfeitar o meu samba.

Depois chegou o violão, usado pelos

espanhóis, herança dos mouros. O pan-

deiro é árabe, mas foi na mão do brasi-

leiro que ganhou personalidade. Virou

até “disco voador”. E tem a cuíca. Ins-

trumento oriental, foi introduzido no

samba por Bento Ribeiro. A cuíca tem

o dom de cantar sem ter voz. Essa é a

MÚSICAPOPULARPAULISTA

trilha sonora do nosso Brasil. Está for-

mada a nossa orquestra.

Uma verdadeira história da criação

do mais brasileiro dos gêneros musi-

cais. Osvaldinho da Cuíca mostrou, na

noite de 6 de julho e para um público

animado, porque é considerado mestre

na arte de tocar, cantar e contar o samba.

Em quase duas horas de show, ele apre-

sentou composições próprias e clássi-

cos de outros gênios do samba, como

Adoniran Barbosa, fazendo a platéia do

Auditório Nobre da APM repetir os

versos e aplaudir a cada nova música.

Acompanhado por cinco músicos –

Renato 7 Cordas, no violão; Julio Cé-

sar, na percussão e voz; Marcelo Barro,

na percussão; Odair Menezes, no cava-

quinho e voz; e Borão, na percussão –

dois deles seus filhos, Osvaldinho da

Cuíca conversou com o público e contou

inúmeras histórias, que inspiraram suas

criações. Uma delas, gravada no CD

Osvaldinho da Cuíca Convida – em

referência ao samba paulista, o mais

recente do artista, ele fala sobre as difi-

culdades em conviver com uma vizi-

nha num prédio da Vila Monumento,

bairro da zona sul de São Paulo, onde

mora. Os versos arrancaram risos:

“Minha vizinha é maloqueira/ Malo-

queira, maloqueira / Sem era nem

beira, sem educação / Desabafo can-

tando esse samba pra ela / Com muito

respeito e consideração”.

A irreverência das letras era evidente

também no visual: Osvaldinho da Cuíca

subiu ao palco de terno branco, camisa

preta, corrente dourada no pescoço,

sapato bicolor rigorosamente lustrado

e o inseparável chapéu. Espalhou sor-

riso e exibiu seu samba no pé. Um típico

Irreverência marcaapresentação deOsvaldinho da Cuíca nahomenagem de julho doprojeto Música PopularPaulista. No palco, umaverdadeira aula de samba

MADRIANA REIS

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representante do samba paulista, ver-

dadeiro professor.

Osvaldinho da Cuíca nasceu Osvaldo

de Barros, na capital paulista, em 1940.

Tornou-se conhecido do público em

1967, ao participar do Terceiro Festi-

val da Record, ao lado de outro ícone

do samba paulista: Demônios da Ga-

roa. Juntos, defenderam a música “Mu-

lher, patrão e cachaça”, que reproduzia

um diálogo entre os instrumentos mu-

sicais. Osvaldinho fez da cuíca sua com-

panheira inseparável. Desse casamento,

surgiram frutos ao lado de parceiros

como Martinho da Vila, Beth Carva-

lho, Elizeth Cardoso, Cartola, Vinícius

de Morais, Gal Costa, além do imortal

Adoniran Barbosa.

Apaixonado pelo Carnaval, Osvaldi-

nho é fundador da Ala dos Composito-

res da escola de samba Vai-Vai. Para

homenageá-la, cantou em seu show na

APM os versos: “Quem nunca viu o

samba amanhecer, vai no Bixiga pra

A próxima atração do Música

Popular Paulista é Dona Inah, no dia

14 de setembro (ver agenda, página

41). Herdeira de uma tradição de

canto peculiar, arraigada à escola das

grandes divas do rádio e à expressão

do samba de raiz, Dona Inah iniciou

sua carreira na década de 1950,

cantando em rádios e clubes de

Araras, cidade paulista onde nasceu.

E do interior para a capital, seu

trajeto foi marcado pelo equilíbrio

Apresentação de Osvaldinho da Cuíca, na APM

ver...”, em referência ao bairro onde a

escola está instalada.

Em sua trajetória musical, Osvaldi-

nho da Cuíca formou o Trio Canela,

com Osmar do Cavaco e Jair do Cava-

quinho, ambos da Velha Guarda da

Portela. Também integrou o grupo

Velhos Amigos e, em 1999, gravou o

disco “História do Samba Paulista”,

com participação de Thobias da Vai-

Vai, Germano Mathias e Aldo Bueno.

Ao final do show, uma surpresa:

Osvaldinho convida o músico José Ro-

berto para integrar o grupo, agregando

outra cuíca à formação do palco. Todos

fazem um verdadeiro passeio pelas tra-

dições do samba paulista, entoando

clássicos como Saldosa Maloca, Trem

das Onze e Samba do Ernesto. Osvaldi-

nho da Cuíca encerrou seu show sendo

homenageado pela APM e mostrou,

mais uma vez, que seus instrumentos

falam, cantam e encantam quando o

assunto é samba. �

Dona Inah

da vida artística e o trabalho con-

vencional. Desde cedo, buscou

como referência musical grandes

nomes que conheceu de perto, nos

bastidores da Rádio Record e em

apresentações na Rádio Clube de

Santo André. Entre eles, Isaurinha

Garcia, Aracy de Almeida, Nelson

Gonçalves e Orlando Silva.

Em 2005, aos 70 anos, a sambista

foi coroada com o prêmio “Melhor

Revelação” na edição do prêmio

Tim. Antes disso, Dona Inah gra-

vou o álbum “Divino Samba Meu”

e representou o Brasil em importan-

tes festivais internacionais. No mes-

mo ano, ainda se apresentou em

Paris durante as comemorações do

“Ano do Brasil na França”.

Em seu novo show, a veterana

sambista Dona Inah apresenta um

repertório composto por sambas de

seu primeiro CD, com músicas dos

grandes mestres do samba.

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Uma parceria envolvendo diver-sas entidades como a AssociaçãoPaulista de Medicina (APM), Pro-Teste, organização não-governamen-tal Criança Segura, SociedadeBrasileira de Queimadura, InstitutoPró-Queimados, Sociedade Brasilei-ra de Pediatria e Associação MédicaBrasileira (AMB) foi firmada paralutar contra a venda direta do álcoollíquido com teor acima de 46ºINPM – Instituto Nacional dePesos e Medidas. Um dos principaismotivos da iniciativa é o númeroalarmante de vítimas de queimadu-ras provocadas pelo uso do produto.Só no Brasil, são cerca de 150 milpessoas, sendo um terço crianças.

Com o objetivo de mostrar operigo do uso do produto e de pro-curar apoio da população na proi-bição da venda, as entidadeslançaram, em seus sites, um mani-festo (abaixo-assinado). A açãotambém pretende chamar a atençãoda Câmara Federal para retornar oprocesso de votação do projeto que

Não à venda de álcool líquidoestá ainda em tramitação, que dis-põe sobre a proibição da venda doálcool líquido acima de 46º INPM.

O perigoHoje, o consumidor usa o produ-

to, na maioria das vezes, para lim-peza ou acendimento de fogo. Maso que poucos sabem é que os pro-dutos oferecidos no mercado naforma líquida não têm capacidadetotalmente bactericida. Portanto,não são eficazes no caso de limpeza.A gradação correta deve ser entre68º e 72º INPM e, mesmo assim,somente os setores de saúde têmacesso a este tipo de álcool. Exis-tem outros produtos mais eficazespara atender a tal finalidade comoágua e sabão.

Para acendimento de fogo, a ver-são em gel não traz risco de explo-são em condições normais de uso erende três vezes mais. Além disso,o fogo não se espalha, como ocorrecom o líquido, evitando que gran-des áreas do corpo sejam queimadas.

RADARMÉDICO

Para participar, é só acessar www.proteste.org.br;www.criancasegura.org.br, www.amb.org.br ou www.apm.org.br e

preencher o formulário confirmando sua colaboração.

SERVIÇO

Campos do JordãoAs inscrições para o sorteio

de Hospedagem no Parque Hotel

Campos do Jordão. Cotas de no-

vembro – estão abertas até 10 de

outubro. A diária do apartamento,

para 4 pessoas, é de R$ 30,00.

No valor, não está incluso o café

da manhã, que é cobrado à parte.

O benefício só tem validade para

médicos associados. Informa-

ções: (11) 3188-4280 – Departa-

mento Social.

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O Hospital Universitário da Univer-

sidade de São Paulo comemorou, no

dia 7 de agosto, 25 anos de atividade. A

cerimônia do festejo contou com a pre-

sença do superintendente do hospital,

o professor e doutor Paulo Lotufo, do

professor titular da FMUSP, Giovanni

Guido e da reitora da USP, professora

Suely Vilela.

A Associação Paulista deMedicina sediou, nos dias 4 e 5 de agos-to, a I Jornada Multidisciplinar em Pe-rícia Médica do Departamento dePerícias Médicas do Estado de SãoPaulo e do Comitê Multidisciplinar dePsiquiatria Forense da APM. O evento,que teve apoio da Secretaria do Estadoda Saúde, do Conselho Regional de Me-dicina do Estado de São Paulo(Cremesp), foi destinado a médicos pe-ritos, assistentes sociais, psicólogos eoutros profissionais envolvidos na área.

Na ocasião, foram levantadas questõescomo: fundamentos de perícia médica;medidas administrativas frente a simu-lações e dissimulações, assédio moralno trabalho, conseqüências da falsa pe-rícia e da imperícia, Responsabilidade

25 anos de HU

Foto

: Div

ulg

ação

USP

Foto: Divulgação USP

Perícia Médica é discutida na APMLegal e Ética em Perícia Médica, do-enças da coluna vertebral limitantes, osmitos e realidades da DORT/LER -lesões provocadas por situações de tra-balho prejudiciais que levam à incapa-cidade temporária ou definitiva dostrabalhadores, os aspectos médicoslegais sobre simulações e dissimula-ções. Além de assuntos como avalia-ção pericial em Psiquiatria e Síndromede Burnout, entre tantos outros presentesno dia-a-dia do profissional que traba-lha em perícia.

O médico psiquiatra forense GuidoPalomba, diretor cultural adjunto daAPM, falou sobre o tema AlienaçãoMental. O diretor de Defesa Profissi-onal da APM, Jarbas Simas, que tam-bém é médico perito, ministrou a

O diretor da APM, Guido Palomba,foi um dos palestrantes

palestra sobre Imperícia e AtestadosFalsos. Em sua avaliação, o eventomarca um grande avanço na área deperícia que discutiu o segmento emtodas as áreas, desde administrativaaté a legislação. “Os profissionaispresentes saíram mais esclarecidos,conhecendo mais a área em que atuam”,analisou Simas.

Os funcionários da Associação Paulista

de Medicina (APM) foram o público-alvo

da palestra “Segurança no Trânsito do

ponto de vista médico”, no dia 20 de

julho, ministrada pelos médicos especia-

listas em Medicina do Tráfego, Henrique

Funcionário bem informadoNaoki Shimabukuro, Maria Cecília Za-

non e Maria de Fátima Queiroga Neves.

Durante uma hora e meia, os pales-

trantes falaram sobre: os perigos do

trânsito; como conduzir o veículo de

forma mais segura, índices de mortes

causadas por negligencia no trânsito,

entre outros. “As pessoas precisam

saber que o trânsito é um exercício de

cidadania. É uma troca de espaço onde

o risco é grande quando não se tem res-

peito”, considerou Shimabukuro.

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Foi publicado no Diário Oficial daUnião faz cerca de quinze dias o Decretonº 5.839, que dispõe sobre a organiza-ção, as atribuições e o processo eleitoraldo Conselho Nacional de Saúde – CNS,além de outras providências.

Em linhas gerais, a normativa tratadas competências do CNS e estabelecenovas regras para sua composição. Onúmero de membros titulares é ampli-ado de 40 para 48, na proporção de50% de representantes de entidades edos movimentos sociais de usuários doSUS; 25% de representantes de enti-dades de profissionais de saúde, inclu-ída a comunidade científica da área desaúde; e 25% de representantes dogoverno, de entidades de prestadoresde serviços de saúde, do ConselhoNacional de Secretários de Saúde -CONASS -, do Conselho Nacional de

Conselho Nacional de Saúde semmédicos é um atentado à saúde dapopulação, diz AMB

RADARMÉDICO

Secretários Municipais de Saúde -CONASEMS - e de entidades empre-sariais com atividade na área de saúde.

Lamentavelmente, a tradicional enecessária participação da classe médicano Conselho Nacional de Saúde nãoestá garantida pelo Decreto nº 5.839.Neste momento, a representação estámantida precária e temporariamente,graças a um acordo que teve como baseo regimento interno. Porém, a qualquermomento os médicos podem ficar sema cadeira que lhes tem permitido de-fender a boa prática médica e a assis-tência de qualidade.

Tendo em vista a importância singu-lar da medicina para o diagnóstico e tra-tamento de mais de 180 milhões debrasileiros e a contribuição dos médi-cos para a consolidação do SistemaÚnico de Saúde (SUS), a Associação

Médica Brasileira vem a público lamen-tar mais esta equivocada decisão dasautoridades do País, especialmente asda área de saúde. Um Conselho Nacionalde Saúde sem médicos representa umatentado contra a saúde dos cidadãos.É público e notório que a vigília per-manente dos profissionais de medicinaem prol dos pacientes sempre foi desuma importância para o sistema, as-sim como para evitar abusos e tenta-ções antidemocráticas.

A AMB espera que tal decreto sejarevisto, de forma a garantir que a parce-ria entre médicos e pacientes continueconsagrada como um dos pilares fiscali-zadores na rede de saúde do Brasil. Ocontrole social dos conselhos nacional,estaduais e municipais de saúde é bené-fico a todos os agentes do setor e a Asso-ciação Médica Brasileira faz questão depreservá-lo por intermédio de mecanis-mos eficientes e democráticos.

Saiba mais:Assessoria de Imprensa da AMB

(11) 3178-6800

www.amb.org.br

A Associação Paulista de Medicina,por meio de seu Presidente, atendendoàs disposições estatutárias, convocaseus associados para:

1) ASSEMBLÉIA GERAL ORDI-NÁRIA a fim de deliberar sobre a pro-posta orçamentária referente aoexercício seguinte;

2) ASSEMBLÉIA GERAL EX-TRAORDINÁRIA a fim de deliberarsobre a REFORMA DO ESTATUTOSOCIAL DA APM:

• adaptação ao Código Civil em vigor;

Edital de ConvocaçãoAssembléia Geral Ordinária e Extraordinária

Associação Paulista de Medicina

• demais reformulações a serem pro-postas, nos termos do Parágrafo Ter-ceiro do art. 26 do estatuto social.

As sugestões para reforma estatutáriapoderão ser elaboradas: pelos associa-dos em dia com suas obrigações estatu-tárias, sendo encaminhadas à Diretoriada APM, em sua Sede Social, até o dia12/09/2006, por intermédio das Se-ções Regionais ou Associações Filiadas,devendo constar a identificação clara elegível do proponente, bem como o dis-positivo a ser alterado e sua sugestão.

A Associação Paulista de Medicinadisponibilizará aos associados, por meiode seu site, (www.apm.org.br), até o dia11/10/2006, as propostas recebidas eordenadas, nos termos estatutários.

As Assembléias serão realizadas nodia 11 de novembro de 2006 (sábado),na Sede Social da Associação Paulistade Medicina, situada na cidade de SãoPaulo, à av. Brigadeiro Luis Antonio,278, 9º andar, sendo que, a Assem-bléia Geral Ordinária terá início às11h00 e a Assembléia de Geral Extra-ordinária a partir das 11h30.

São Paulo, 10 de agosto de 2006.

Dr. Jorge Carlos Machado CuriPresidente

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Revista da APM Agosto de 2006

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RICARDO BALEGO

U

CAPA

Telemedicina aoalcance de todos

m cenário que, à primeira vista,

pode parecer somente a teoria

de uma prática bastante distante no dia-

a-dia do médico: um país do tamanho

do Brasil sendo capaz de se intercomu-

nicar de um extremo a outro por meio

de redes de Telemedicina e Telesaúde.

À disposição dos médicos de todo o

país estaria a atualização profissional,

necessidade constante na medicina, e

possibilidades de segunda opinião em

diagnósticos; à população, apoio à aten-

ção primária e prevenção de doenças

por meio da educação à distância.

Esta é, na verdade, uma realidade que

vem se tornando cada vez mais acessível.

Sua tecnologia já está disponível e suas

possibilidades imediatas na promoção

Apesar de suas enormes possibilidades, a tecnologia detransmissão de dados a serviço da medicina no Brasil apostana simplicidade e eficácia tanto para a atualização e usomédico como para a atenção primária da população

da atenção à saúde são inegáveis.

Acredita-se que as primeiras aplica-

ções da Telemedicina aconteceram nos

Estados Unidos, em sua agência espa-

cial (Nasa), ainda na década de 1960.

O contexto era o da corrida espacial e

da guerra fria. Logo, a potência que

detivesse melhor tecnologia, inclusive

de transmissão de dados, poderia dar

um passo à frente.

“Até meados da década de 1990, ela

não conseguia ser muito bem difundida

no meio comum, porque a tecnologia

era cara. Estava reservada a centros

altamente especializados”, explica

Chao Lung Wen, professor associado e

coordenador geral da disciplina de

Telemedicina da Faculdade de Medi-

cina da USP (FMUSP).

Esta situação começou a se alterar à

medida que o poder dos computadores

e a modernização dos sistemas de tele-

comunicações evoluíram, possibilitan-

do à atividade um amplo e efetivo

campo de trabalho.

Hoje, a Telemedicina já não é mais

considerada exclusivamente de uso

médico, mas sim um resultado da união

de profissionais da saúde e da tecnolo-

gia, cuja a finalidade é promover a saú-

de. Conceitos variantes como Telesaúde

e Teleducação são comuns, uma vez que

as atividades podem envolver equipes

Tecnologia à serviço da medicina

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multiprofissionais e educação à distância.

Países como EUA, Canadá, Austrália

e outros vêm apresentando importante

crescimento no uso dessa tecnologia.

No Brasil, tudo parece caminhar para

uma gradual implantação da Teleme-

dicina também, uma vez que já exis-

tem condições para tal. Além de redes

de telecomunicações federais já dispo-

níveis, como a RNP, RUTE, SIVAM/

SIPAM e redes governamentais estadu-

ais, há grandes possibilidades também

por linhas digitais, DSL (banda larga)

e mesmo a linha telefônica discada. Isso

possibilitaria a conexão entre dois ou

mais pontos em qualquer local do país.

A linha discada, inclusive, vem sen-

do a grande aposta em projetos que en-

volvem centros de ensino, entidades

médicas e a esfera governamental.

Segundo o professor Chao Lung Wen,

embora haja a Telemedicina de alta

tecnologia (videoconferência, robótica)

e média (internet de banda larga), “cerca

de 70% da necessidade brasileira se

resolve com internet de baixo custo,

com o uso de linha discada, um mi-

crocomputador com leitor de cd e má-

quina fotográfica digital”.

“É fundamental hoje, com a grande

multiplicidade de novidades médicas,

ter um instrumento que seja baseado nas

melhores evidências. A Telemedicina

passa a ser uma ferramenta muito útil

devido às dificuldades que muitos

médicos têm para ter acesso. A Inter-

net e a Telemedicina podem melhorar

de forma excepcional esse rendimen-

to”, concorda Jorge Carlos Machado

Curi, presidente da APM.

Atenção primáriaComo exemplo, no dia 7 de julho, foi

lançado o Projeto de Telesaúde aplica-

da à Atenção Básica, coordenado pelo

Ministério da Saúde e que visa capaci-

tar equipes estratégicas do Programa de

Saúde da Família (PSF), atuando em

regiões mais remotas e de difícil acesso

no país.

Da cidade de Parintins, interior do

Amazonas, o ministro da Saúde, Age-

nor Álvares, se comunicou e assistiu a

uma apresentação gerada pela equipe

da FMUSP, em São Paulo.

“As equipes poderão obter a segunda

opinião por teleconsulta, numa ação

combinada de teleassistência e teledu-

cação. Serão implantados inicialmente

Tela de vídeoconferência

Site tecnológico da USP

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oito Núcleos de Telesaúde, sediados em

oito universidades públicas, que já têm

experiência desenvolvida em telesaúde

e estão estrategicamente distribuídas

pelas cinco regiões do Brasil”, ressalta

Ana Estela Haddad, coordenadora de

Gestão da Educação em Saúde da Se-

cretaria de Gestão do Trabalho e da

Educação do MS (DEGES/SGTES).

Segundo ela, além de ligados em rede,

os oito núcleos estarão conectados,

cada um, a outros cem pontos localiza-

dos em Unidades Básicas de Saúde.

Participam também do projeto enti-

dades como a Universidade Federal de

Minas Gerais, Conselho Federal de

Medicina, Sociedade Brasileira de

Medicina da Família e Comunidade e

a biblioteca virtual em saúde Bireme,

que combinam ações, ainda, com

programas de outros Ministérios, como

o da Educação, Ciência e Tecnologia,

Comunicações e Defesa. Estas e outras

instituições formam, inclusive, a Co-

missão Permanente de Telesaúde do

governo, criada em março para avaliar

e acompanhar os projetos da área.

“Fizemos isso para provar que, mes-

mo a Amazônia, está hoje conectável

por tecnologia. Por isso, eu acho que a

Telemedicina no Brasil não pode ser

mais vista só como medicina à distân-

cia. Ela tem que ser vista já como uma

questão de estratégia de saúde para o

país”, opina o especialista Lung Wen.

“A Telesaúde representa um campo

emergente do conhecimento em saúde,

desenvolvido a partir de uma intersec-

ção entre a informática médica, a saúde

pública e a administração. O termo tem

conotação mais ampla do que apenas o

desenvolvimento tecnológico, carac-

terizando-se por um novo modo de

“O projeto na Amazônia Legal

está em andamento e indo muito

bem; levando desde educação con-

tinuada, para os médicos e outros

profissionais de saúde, por ser uma

região menos populosa, até atendi-

mento e segunda opinião, orienta-

ção para o colega à distância, frente

alguma dificuldade que ele tenha”,

explica Gerson Zafalon Martins,

coordenador da Câmara Técnica e

2º secretário do CFM.

pensar, agir e trabalhar em rede”, con-

ceitua Ana Estela.

As novas possibilidades de comu-

nicação em saúde exigiram, recente-

mente, a criação, no Conselho Federal

de Medicina, de uma Câmara Técnica

exclusiva para assuntos relacionados

à Telemedicina.

Na atuação entre Governo e Uni-

versidade, há, ainda, projetos como o

Estação Digital Médica, que tem a mis-

são de estruturar uma rede entre os

centros hospitalares e vem contando

com um orçamento de R$ 5 milhões do

Ministério da Ciência e Tecnologia.

“Os valores são secundários aos bene-

fícios que a Telemedicina pode propor-

cionar”, opina Gerson Zafalon.

Educação MédicaPara falar em medicina à distância no

Brasil é preciso falar na FMUSP, que,

em 1997, instituiu em sua graduação a

disciplina de Telemedicina. “A FMUSP

é hoje o maior centro de Telemedicina

no Brasil e certamente é um dos grandes

em toda a América Latina, representado

A USP é o maior centro de telemedicina do país

CAPA

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por todo seu complexo, como o HC,

HU, Centro de Saúde-Escola Butantã,

Faculdade de Odontologia de Bauru e

mais nove instituições, todas interligadas

entre si, formando uma grande comu-

nidade de Telemedicina”, orgulha-se o

professor Chao.

De fato, são 150 mil m² de área hospi-

talar interligada, com possibilidade de

transmitir para qualquer lugar do mun-

do, desde que haja conexão disponível.

A Faculdade dispõe, ainda, de outros

projetos destinados ao ensino e preven-

ção de doenças, como o Homem Virtu-

al, uma série de programas educativos

feitos em computação gráfica e três

dimensões, que levam informações tan-

to para alunos e especialistas em medi-

cina como para o público leigo. A série

“Questão de Peso”, do médico Dráuzio

Varella, exibida pelo programa Fantás-

tico em 2003, foi feita pela FMUSP.

A própria Associação Paulista de Me-

dicina (APM) também vem se utilizando

da Telemedicina para levar atualização

sobre temas médicos aos profissionais.

Toda segunda terça-feira de cada

mês, o Departamento de Medicina de

Família e Comunidade da entidade se

reúne para discutir assuntos que envol-

vem a prática da medicina familiar no

mundo e conta sempre com a partici-

pação, por videoconferência, de espe-

cialistas internacionais.

No dia 8 de agosto, foi a vez do chefe

do departamento de Medicina da Fa-

mília da Universidade do Kansas

(EUA), Joshua Freeman, contribuir via

web cam com suas experiências para o

encontro científico.

O especialista falou sobre o tema

“Cuidados Primários Orientados para

a Comunidade”, com enfoque para o

médico de família no contexto da

atenção primária.

Todo complexo da USP é interligado pela tecnologia

Projetos de saúde passam pelo computador

Recertificação de títulosEducação continuada aos médicos

também é um campo fértil e útil para a

atuação da Telemedicina. Desde 1º de

janeiro deste ano, todos os médicos que

obtiverem título de especialista ou

certificado de área de atuação terão

cinco anos para obter os créditos válidos

para o CAP (Certificado de Atualiza-

ção Profissional).

Para tal, os especialistas deverão

somar cem pontos em atividades de atu-

alização ao longo desse período, sendo

que, pelo menos dez créditos por ano

(cerca de 20 horas/aula) podem ser

obtidos por meio de programas à dis-

tância, como a Telemedicina. Para isso,

as atividades precisam ser credencia-

das à Comissão Nacional de Acredita-

ção (CNA), composta por membros da

Associação Médica Brasileira (AMB)

e Conselho Federal de Medicina (CFM),

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e terem o desempenho de seus partici-

pantes avaliados.

Embora uma avaliação completa a

respeito de meios como a internet na

formação do médico ainda sejam objeto

de discussão, o primeiro secretário da

AMB e membro da CNA, Aldemir Hum-

berto Soares, considera a experiência

positiva para a educação médica. “En-

tendemos que a atualização poderá ser

contemplada por esta forma e que cur-

sos à distância são ferramentas impor-

tantes para atingir os médicos

brasileiros nos locais mais distantes, e

com baixo custo”, disse.

Os médicos que se especializaram

antes de janeiro, no entanto, podem

optar por acumular ou não os pon-

tos. Além disso, a CNA ainda estuda

como levar o sistema a todas as So-

ciedades de Especialidades, para que

estas acompanhem a atualização de

seus profissionais.

A Federação Brasileira de Gastroen-

terologia (FBG), por exemplo, lançou

recentemente seu Programa Nacional

de Educação e Desenvolvimento

Continuado à Distância para Certifica-

ção de Atualização Profissional, que

está aliado às normas do CFM.

Gratuito aos associados da entidade

e previsto para o mês de setembro, o

primeiro curso terá 12 aulas cursadas

em um ano, que contará 12 créditos para

efeito de comprovação junto à CNA.

“O objetivo é incentivar o aprimora-

mento técnico e estender o conheci-

mento ao maior número possível de

profissionais que atuam na área de Gas-

troenterologia ou sua área de atuação,

a hepatologia”, afirma Luiz Gonzaga

Vaz Coelho, presidente da FBG.

“A Telemedicina pode ajudar de for-

ma fundamental na atualização médica,

proporcionando grande interatividade

aos médicos e estabelecendo contato à

distância com os grandes centros”, opi-

na o presidente da APM, Jorge Curi.

Chao Lung Wen, da USP

O Projeto Jovem Doutor, como

explica Chao Lung Wen, da USP,

“vai começar pelos alunos da fa-

culdade de medicina, que vão ensi-

nar, por meio do Homem Virtual e

Geração Saúde, o aluno do ensino

médio a como prevenir doenças. E

esse aluno vai dar palestras aos seus

amigos mensalmente”.

A APM quer levar a medicina às escolas públicas

Projeto com a APMA APM também vem estudando par-

ticipar de um projeto que, em parceria

com a FMUSP, pretende levar educação

e prevenção de doenças a alunos de

escolas públicas no Estado de São Paulo.

As regionais e distritais da APM

seriam responsáveis por levar o projeto

a todas as regiões do Estado. “Seria a

Associação Paulista de Medicina, numa

ação conjunta com a universidade,

promovendo a saúde da população do

Estado”, completa o professor.

CAPA

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Tecnologia que humanizaA preocupação com possíveis infrações

éticas nas relações entre os médicos e seus

pacientes no uso da Telemedicina tem

suas normas previstas principalmente em

dois documentos: a Declaração de Tel

Aviv, adotada pela 51ª Assembléia

Geral da Associação Médica Mundial em

1999, e, no caso brasileiro, a resolução

do CFM nº 1.643/2002, que reconhece

e institui a prática no país.

A norma define, por exemplo, que o

médico que acompanha seu paciente é

o responsável pelo ato, independente

de participações à distância e segundas

opiniões, e que a tecnologia não substi-

tui essa relação. “Ela está aprovada

para segunda opinião, não para atendi-

mento direto ao paciente”, faz questão

de lembrar Lung Wen.

Com isso, uma segunda opinião médi-

ca não descarta a presença do médico

junto ao seu paciente, mas sim agrega

dados para um diagnóstico mais correto.

Segundo a Declaração de Tel Aviv,

que inspirou a resolução do CFM, “a

Telemedicina não deve afetar adver-

samente a relação individual médico-

paciente. Quando é utilizada de

maneira correta, tem o potencial de

melhorar esta relação por meio de mais

oportunidades para comunicar-se e um

acesso mais fácil de ambas as partes”.

Sabe-se que, como qualquer outra tec-

nologia, a medicina à distância, se bem

usada, pode trazer benefícios à atuação

médica e ao próprio sistema de saúde

brasileiro. “No fundo, a tecnologia, se

for utilizada em pontos adequados,

humaniza muito mais do que a gente

Participantes do Fórum que discutiu os serviços médicos prestados à distância

Lideranças médicas debatem o uso da telemedicina

imagina”, atesta Chao.

As possibilidades vão de redução dos

custos com transporte e diminuição das

distâncias, maior eficiência no mapea-

mento de epidemias até o uso de outras

ferramentas, como a telenfermagem.

“Estamos num momento histórico

muito bom. O Ministério da Saúde está

muito sensibilizado e a entrada das

associações médicas junto com o CFM,

hoje criaria uma força tão grande, que

viabilizaria várias outras coisas. É

preciso ensinar os médicos a como uti-

lizar a telemedicina e a teleducação”,

completa o professor. �

Nos dias 14 e 15 de julho, profissio-

nais médicos, governo, professores, ges-

tores de saúde e outros atores envolvidos

no uso da Telemedicina no país se reuni-

ram para discutir, entre outros pontos,

como implantar o reembolso dos servi-

ços médicos prestados à distância.

Realizado na Faculdade de Medicina

da USP (FMUSP), o evento também

propôs critérios para a sistematização da

segunda opinião médica, apresentou

experiências já realizadas e suas poten-

cialidades, bem como as possibilidades

para a recertificação dos títulos de espe-

cialistas e de área de atuação.

“Quando se fala em reembolso, muita

gente pensa que é só questão de dinheiro,

mas a idéia não é essa. A Telemedicina

hoje no Brasil é um recurso que visa

otimizar o serviço de saúde do país e

reduzir os seus custos”, afirmou Chao

Lung Wen.

Reunião discutevalorização do serviço

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MÚSICAPOPULARPAULISTA

Carlinhos Vergueirolota auditório da APM

CLUCIANA ONCKEN

arlos Vergueiro chegou. A Bolsa

vai abrir. Em queda ou alta? O

leilão vai começar. Aquela loucura de

gente gritando pra cá e pra lá. Opa, volta

a fita. Carlinhos Vergueiro chegou. O

show vai começar. Aquela loucura de

gente, chegando sem parar, para ver

Carlinhos cantar. Sem dúvida, o show

abre em alta.

O Música Popular Paulista segue 2006 fazendo sucesso,marcando momentos inesquecíveis

Houve um tempo em que este ícone

da música paulista, da música brasi-

leira, dedicava seu tempo à Bolsa de

Valores. A música era para as horas

vagas. Isso foi já há muito tempo, nos

idos de 1973. E daquela data em diante,

a música foi ganhando mais espaço na

vida deste compositor. Até tomar conta

de sua vida. Ficou conhecido depois de

ganhar o festival de Abertura da TV

Globo, com a música “Como um ladrão”.

Passaram-se 31 anos desde então. E,

hoje, é difícil imaginar este cara metido

num terno e gravata. Enfrentando os

altos e baixos do mercado financeiro. A

Bolsa perdeu um profissional bom de

lábia, e todos nós ganhamos muitas com-

posições para ficar em nossa memória.

Era 1o de junho, lá estava ele, sentado

num banquinho, roupa despojada, calça

de sarja preta, colete, tênis, com o toque

marcante de sua touca preta de lante-

joulas. Estava ali para ser homenageado

pela sua longa carreira e pela contri-

buição à Música Popular Brasileira,

Foto: Gisela Gutara

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dentro do projeto Música Popular

Paulista, da Associação Paulista de

Medicina (APM).

Com seu estilo jovial e alegre, seu

humor às vezes beira o sarcástico.

Gosta de uma prosa com o público,

coisa que aprendeu com o mestre

Adoniran Barbosa.

Com o Auditório Nobre da APM

lotado e em companhia dos músicos

Edson Alves (violão e flauta) e Adriano

Busko (percussão), Carlinhos relem-

brou as várias fases de sua carreira.

Por Edson, declama o seu amor, mais

do que isso, uma certa dependência

química do amigo e companheiro. “Eu

sofri de síndrome de abstinência. Eu

não sabia o que era viver sem o Edson,

principalmente no show. Ele é o me-

lhor companheiro de palco, o maestro

Edson Alves”, um dos fundadores da

Banda Mantiqueira, onde permanece

até hoje, e já foi homenageado pelo

Música Popular Paulista.

À medida que a noite passava, Carli-

nhos ia conquistando cada vez mais o

público, parecia crescer e crescer. Vol-

tando no tempo, indo além. Relembrou

antigos sucessos.

Para quem precisa de refresco para a

memória, a discografia de Vergueiro é

composta de dois compactos, onze LPs

e quatro Cds. Entre eles, destaca-se

“Carlinhos Vergueiro -15 anos de car-

reira”, no qual divide cada música com

um convidado, entre os quais Paulinho

da Viola, Caetano Veloso, Djavan, Chico

Buarque, Martinho da Vila, Toquinho,

Ney Matogrosso, entre outros.

Durante sua trajetória, trabalhou com

Cartola, viajando por todo o Brasil pelo

Projeto Pixinguinha, em 1978. Também

dividiu o palco com Nélson Cavaqui-

nho, em 1980, e com Ney Matogrosso,

Zizi Possi e Virginia Rosa, em 1995.

Carlinhos não está neste mundo para

brincadeira, não. O sucesso atravessou

fronteiras, com shows por todo o país, e

em outros também, como Itália, França,

Cuba. Parcerias com Adoniran Barbosa,

Toquinho, Chico Buarque, Vinícius de

Moraes, Sombrinha, Aldir Blanc, Pau-

linho da Viola, Arlindo Cruz, entre

muitos outros. E tem mais, como pro-

dutor, esteve à frente do LP “A Ópera

do Malandro”, de Chico Buarque para

o filme de Ruy Guerra (1985). �

Quem perdeu, perdeu...

Carlinhos Vergueiro e seu estilo jovial e alegre

Foto: Gisela Gutara

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PROFISSÃO

médico está preparado para

lidar com a morte?

Qual a postura que ele, em especial o

intensivista, deve ter diante de pacientes

terminais?

Estas e outras perguntas, igualmente

polêmicas, foram debatidas por espe-

cialistas a fim de procurar as respostas

que afligem atualmente as áreas médica

e jurídica. Durante dois dias, os assuntos

foram discutidos no fórum sobre “De-

safios Éticos na Terminalidade da

Vida”, promovido pelo Conselho Re-

gional de Medicina do Estado de São

Paulo (Cremesp) em parceria com o

Conselho Federal de Medicina (CFM)

e realizado na capital paulista.

O evento contou com a presença de es-

pecialistas médicos e jurídicos, que queri-

am esclarecer até onde vai o poder de

decisão dos profissionais de medicina pe-

rante a morte iminente de seus pacientes.

“Esta discussão trata das angústias

que sofremos como intensivistas”, lem-

brou, no segundo dia do fórum, Rachel

Duarte Moritz, que faz parte da Câmara

Técnica sobre Terminalidade da Vida

do Conselho Federal de Medicina

(CFM). “Os médicos custam a aceitar

a morte de seus pacientes. Para nós a

responsabilidade parece ser maior”,

completou, abrindo mais uma sessão

de discussões.

Roberto D’Ávila, também diretor do

CFM, disse que o Fórum o era pontapé

inicial “para discutir a terminalidade da

Terminalidade da vidaTerminalidade da vidaDa esq. p/dir. José de Siqueira, Jeferson Piva, Rachel Moriz, Miguel Kfouri, Jairo Othero, Gabriel Oselka e Renato Terzi

O

Marcos Segre, Maria Marchi, Maria Vilas Boas, Gerson M., Solimar Pinheiro eLuis Manreza (da esq. p/dir.)

vida sem preconceitos”. Ele esclareceu

ainda que era a oportunidade para debater

a resolução da entidade sobre o assunto.

O artigo número primeiro da reso-

lução diz que “é permitido ao médico

limitar ou suspender procedimentos e

tratamentos que prolonguem a vida do

doente em fase terminal, de enfermi-

dade grave e incurável, respeitada a

vontade da pessoa ou de seu represen-

tante legal”.

No caso de morte encefálica, a re-

solução esclarece em seu artigo ter-

ceiro: “é vedado ao médico manter

Até onde vai a obrigaçãodo médico?

CARLA NOGUEIRA

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os procedimentos que asseguravam o

funcionamento dos órgãos vitais,

quando houver sido diagnosticada a

morte encefálica em não doador de

órgãos, tecidos e partes do corpo hu-

mano para fins de transplante”.

Segundo Roberto D’ Ávila, a con-

duta, prevista na resolução, é deno-

minada “ortotanásia”, que é diferente

do conceito “eutanásia” - prática pela

qual se abrevia, sem dor ou sofrimento,

a vida de um enfermo incurável.

“A ortotanásia visa garantir a possi-

bilidade de morrer com dignidade,

sendo que a eutanásia é uma interrup-

ção direta da vida”, explica.

Para o presidente da Sociedade de Bi-

oética, José Eduardo Siqueira, o fórum

abriu novas possibilidades para a huma-

nização do tema. “Fizemos crescer a

tecnologia e diminuímos a reflexão éti-

ca. Não podemos desprezar as técnicas,

mas é preciso humanizar a terminalida-

de da vida e ampliarmos a discussão

sobre a resolução. A morte não é ade-

quadamente tratada na área da saúde. É

necessária a reflexão”, completou.

Segundo o professor José Eduardo

de Siqueira, da Sociedade Brasileira

de Bioética (SBB), as angústias mé-

dicas frente à impossibilidade de cura

e à morte são incutidas na própria

faculdade. “A culpa é nossa. Nós

transmitimos aos ainda alunos de

medicina que a morte é um fracasso

e não somos educados para fazer di-

ferente disso”, disse. “É arrogância

nossa, dos professores de medicina,

pois dizemos que eles têm o poder

de cura sempre. Curamos às vezes,

aliviamos freqüentemente e confor-

tamos sempre”, completou.

DesafiosO coordenador do Núcleo de Estudos

e Pesquisa em Bioética do Centro Uni-

versitário São Camilo, em São Paulo, o

padre Léo Pessini, classificou o evento

como um desafio. “Ou melhor, uma

ousadia, pois o assunto provoca angús-

tia, mas é necessário discutí-lo. A morte

deixou de ser um evento para se tornar

um processo”, afirmou o religioso.

Pessini conceituou a distanásia - morte

com sofrimento físico ou psicológico

do indivíduo lúcido – e ressaltou que

os médicos devem ouvir seus pacientes,

avaliar a eficácia do tratamento e o prin-

cipal, “curar a morte e não a doença”.

“Vemos um milagre: o avanço tec-

nológico, mas é o momento de anali-

sar a questão ética nos critérios da

utilização desta tecnologia a favor do

paciente. A medicina vive um conflito:

lutar contra a morte e entender este

caminho”, afirmou.

Pessini destacou os métodos adota-

dos pelos médicos na forma de atender

Público que acompanhou um dos debates

Saulo Eduardo Siqueira, Clóvis Constantino e Desiré Callegari (da esq. p/dir.)

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seus pacientes, principalmente, os que

se encontram em fase terminal. “O

paciente tem direito de morrer com dig-

nidade. Ele (paciente) tem sua bagagem

de valores e culturas e isto é tão impor-

tante o médico compreender como ava-

liar seu exame de sangue”.

Segundo o padre, os médicos preci-

sam ser educados para saber lidar com

situações críticas da vida e da morte”.

Poder judiciário e medicinaO ministro do Superior Tribunal de

Justiça (STJ), Gilson Lângaro Dipp, clas-

sificou o tema do evento como complexo

e de muitas controvérsias. “Mas não po-

demos fugir da responsabilidade de discu-

tirmos. E o Fórum vem agregar cada vez

mais a ligação do Poder Judiciário com a

Medicina, porque até para nós, a termina-

lidade da vida é um assunto novo”.

O ministro entende também que é

preciso olhar mais o paciente em estado

terminal como ser humano, “pensar no

paciente e não na doença”.

“Precisamos oferecer conforto ao

enfermo terminal. Apoio psicológico

e moral são mais essenciais do que fo-

car apenas no prolongamento da vida.

Os médicos precisam saber os limites

que podem chegar nos procedimentos

em benefício do bem-estar do paciente.

Quanto à nossa área, necessita-se de

uma manifestação do judiciário mais

concreta sobre o tema”, disse o juiz.

Para o procurador geral de Justiça

do Distrito Federal e Territórios, Leo-

nardo Bandarra, a terminalidade da

vida precisa primeiro ser compreendi-

da entre os médicos.

“Vocês é que darão o diagnóstico de

paciente terminal e acredito que, entre

os profissionais, há uma necessidade de

entendimento e compreensão sobre o

assunto. É importante destacar que o

médico não está só, a resolução é um

avanço e que dará amparo a vocês (mé-

dicos)”, afirmou o procurador.

Para Miguel Kfouri Neto, do Tribu-

nal de Justiça do Paraná, “há uma dife-

rença grande entre morrer e morrer com

dignidade”, tratando também sobre a

chamada “interrupção de tratamento”,

questão presente em casos irreversíveis.

ResoluçãoAlém da importância de se tratar sobre

a terminalidade da vida, as discussões

apresentadas durante o fórum devem

resultar, em breve, em uma resolução

normativa editada pelo CFM.

O intuito é amparar o médico em con-

tato direto com tais dilemas éticos,

como a posição da família, terapêutica

desnecessária em casos irreversíveis e

respeito à morte sem sofrimentos.

“O próprio Código de Ética Médica

não traz nada sofre o tema pacientes ter-

minais. Essa resolução deve auxiliar

muito nas questões com as quais convi-

vemos, no aspecto legal, implicitamen-

te, e no aspecto ético, explicitamente”,

destacou Gabriel Oselka, ex-presiden-

te do CFM e coordenador do Centro de

Bioética do Cremesp. �Diaulas Ribeiro, Gilson Dipp, Maria Goretti, Cláudia Burla, leonardo Bandarra eMaria Kovacks (da esq. p/dir.)

Vídeo ilustrativo de um dos debates

PROFISSÃO

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Clara Brandão. Do outro lado, 200 pesso-

as, a maioria mulheres já acostumadas

ADRIANA REIS

“E m uma tigela, junte um copo

de farelo de trigo tostado,

um de farinha de milho tipo biju, outro

de farinha de mandioca bem crocante,

outro ainda de óleo (de preferência de

arroz) e sal. Misture bem. Em seguida,

acrescente bananas picadas, caldo do

limão e salsinha a gosto. Está pronto.

Fácil de fazer, não precisa nem de fogão”.

Há 35 anos, a pediatra enutróloga Clara Brandãoajuda a salvar vidas comreceitas simples, de altovalor nutritivo e baixo custo

Quem ensina pacientemente o prepa-

ro desta farofa é a pediatra e nutróloga

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Farofa preparada pela nutróloga

A mãe da multimistura

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com o dia-a-dia da cozinha, anotam

cada detalhe. Estão impressionadas com

a receita e aguardam o momento de

experimentar a novidade. O ritual se

repete há 35 anos, desde que a doutora

Clara decidiu unir o que havia aprendido

com a medicina e os conhecimentos

partir destas constatações, passou a usar

sua criatividade para inventar receitas

que garantiam os nutrientes necessários

e que cabiam no bolso da população

mais carente.

Foi assim que surgiu a idéia da mul-

timistura – um misto com alto valor

nutritivo, formado por folhas e semen-

tes secas e trituradas até virarem um

pó, que é acrescido ao prato de comida,

diariamente. O conceito da multimis-

tura foi adotado pela Pastoral da Cri-

ança, da Igreja Católica, que passou a

distribuir para as mães cujos filhos

estavam abaixo do peso. O resultado foi

surpreendente. A receita básica da mul-

timistura contém: 70% de farelo (de

arroz e/ou de trigo) tostado; 15% de pó

de folhas (mandioca, batata-doce etc.)Anotações do curso preparado pela nutróloga Clara Brandão

“Ensinar a comer direito não

é difícil. O complicado é fazer

as pessoas comerem bem com

o que têm à disposição”, perce-

beu Clara Brandão.

Dicas para seguir umaalimentação sustentável

• Para assegurar o consumo dos

nutrientes necessários, o ideal é

comer maior variedade possível de

alimentos disponíveis;

• A boa digestão começa com

uma boa mastigação;

• Prefira frutas e água aos sucos

com açúcar/adoçante e refrigerantes;

• Comece sempre o almoço e o

jantar com um prato de salada de

folhas cruas e limão;

• Sempre que possível, coma três

tipos de frutas por dia e cinco tipos

de folhas.

com as pesquisas que desenvolveu na

área de alimentação.

Clara descobriu um dom e uma mis-

são. O dom: combinar produtos simples

e à disposição da maioria dos brasilei-

ros – e com baixo custo – e transformar

em receitas reaplicáveis, com alto valor

nutritivo. A missão: ajudar a diminuir

a desnutrição infantil no país. “Um ter-

ço dos brasileiros vive abaixo da linha

da pobreza. Isso sempre me incomo-

dou”, conta Clara, formada pela Uni-

versidade de São Paulo em 1969.

Cuidar da saúde de crianças foi o que a

motivou pela escolha da pediatria como

especialidade. Mas agir combatendo

apenas a doença era pouco para ela. O

desafio era prevenir, evitando que os

pequenos chegassem aos consultórios

e ambulatórios.

Clara passou a pesquisar o que essas

crianças comiam em casa. Desenvol-

veu estudos que comprovavam a influ-

ência da alimentação na saúde e, a

Clara Brandão

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e 15% de pós de sementes (gergelim,

abóbora, linhaça, girassol). Foi tão dis-

seminada que atualmente pode ser en-

contrada pronta, nas lojas de produtos

naturais. Basta uma colher de sopa ao

dia, distribuída nas refeições.

“Século das cidades”O brasileiro tem se alimentado de

forma cada vez mais precária em termos

de qualidade. Clara Brandão acredita

Projeto ensina a fazer horta

que isso acontece porque a população,

que antes ocupava essencialmente a

área rural, migrou para os grandes cen-

tros urbanos. “Vivemos o século das

cidades. A maioria da sociedade vive

nas periferias desses centros metropo-

litanos e se depara com a falta de diver-

sidade dos alimentos”, aponta.

Outro problema, segundo a médica,

é nossa alimentação estar baseada no

que é vendido em supermercados.

“Nossas refeições são pautadas pelos

supermercados. Consumimos cada vez

mais produtos industrializados e dei-

xamos para trás uma herança de alimen-

tos naturais e saudáveis”, critica.

Antes, nossa relação com o alimento

era mais direta. “Conhecíamos o ven-

dedor de frutas, legumes e verduras

pelo nome. Sabíamos o tempo certo de

colheita de cada produto, acompanhá-

vamos seu ciclo. Tudo isso se perdeu

quando abandonamos as feiras livres”,

acredita Clara.

Projeto alimentação sustentável, granola e multimistura

Dicas para seguir umaalimentação sustentável

Clara Brandão

• Acrescente duas folhas a mais

de tempero (salsa, coentro etc.) por

dia. Em dez anos, haverá ingestão

de 7.300 folhas: uma grande quan-

tidade de vitaminas e minerais.

Multimistura pode ser encontrada em lojas de produtos naturais

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Clara Brandão faz palestras a merendeiras

O alerta foi feito pela doutora em

São Paulo, recentemente, para um

grupo de 200 merendeiras que traba-

lham em projetos sociais de comple-

mentação escolar, da Fundação Banco

do Brasil. Em dois dias de oficina so-

bre Alimentação Sustentável, elas

receberam instruções de como prepa-

rar alimentos saudáveis, usando pro-

dutos disponíveis na própria região.

Saíram do curso com um livro de re-

ceitas, outro de orientações para ini-

ciar uma horta perene e a vontade de

multiplicar esse conhecimento.

As merendeiras ficaram impressiona-

das com os números de uma pesquisa,

apresentados por Clara Brandão duran-

te a oficina: 50% dos brasileiros se ali-

mentam com pouca qualidade; 30%

comem mais do que necessitam; 40%

da nossa produção agrícola é desperdi-

çada ou estraga antes de chegar à mesa.

A vida corrida das grandes cidades

também prejudica nossa alimentação.

Trocamos as refeições pelos sanduíches

e os sucos, pelos refrigerantes. “O bra-

sileiro inverte a pirâmide de alimen-

tos. Consumimos mais aquilo que deveria

ter menor peso na nossa balança: arroz

branco, pão e massas feitos com fari-

nha branca e açúcar”, critica a pedia-

tra. Segundo ela, há um provérbio que

diz: “Mudar o hábito alimentar é mais

difícil do que mudar a religião de al-

guém”. Foi por isso que Clara estudou

para desenvolver uma mistura que

complementasse a alimentação, garan-

tindo imediata absorção de nutrientes.

Assim, ajudou a salvar vidas de inúme-

ras crianças por todo o Brasil. “Quando

a criança nasce desnutrida, abaixo dos

2,5 quilos, ela tem duas vezes mais

chances de ser um adulto hipertenso”,

ensina Clara.

Durante a oficina, Clara mostrou que

o resultado do uso da multimistura na

região do semi-árido brasileiro foi

significativo. Antes de incluir o com-

posto na alimentação local, 25,4% das

crianças até um ano de idade estavam

abaixo do peso. Depois, apenas 1%.

Dicas para seguir uma alimentação sustentável

Clara Brandão

• Uma colher de sopa por dia de

farelo (de arroz e/ou trigo) melhora

o rendimento físico, mental e com-

bate a constipação intestinal;

• Uma colher de sopa de multi-

mistura por pessoa/dia, dividida

em três refeições, pode reduzir

em até 30% o volume de alimento

ingerido;

• Prefira mandioca gratinada,

cozida ou frita a fazer bolo, nho-

que, purê. Ela é brasileira e 100%

orgânica;

• O arroz parbolizado tem 528%

mais vitamina B1, 150% mais cál-

cio e 250% mais ferro que o arroz

branco.É sempre soltinho, rende

20% mais, nunca tem grão quebrado

e gasta menos óleo no preparo;

• Frutas secas e rapaduras são

ótimos substitutos dos doces;

• Vitaminas A, C e E presentes

nas verduras e frutas melhoram a

resposta imunológica, reduzem a

gravidade das infecções e o risco de

catarata;

• Alimentos ricos em gordura e

açúcar favorecem doenças crônico-

degenerativas, hipoglicemia, de-

ficiência de micronutrientes,

obesidade e sobrepeso em todas

as idades.

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GuloseimasDoces industrializados, prontos para

consumir e agradáveis ao paladar... ten-

tação difícil de resistir. Mas esse tipo

de guloseima é um vilão da nossa saúde

alimentar. “Esses produtos industria-

lizados nem deviam ser considerados

alimentos. Alguns desses doces são ver-

dadeiros venenos para nossas crian-

ças”, critica Clara. A médica aponta,

entre as conseqüências da má alimen-

tação, a diminuição da capacidade in-

telectual e o aumento da pré-disposição

para doenças degenerativas, obesidade

e hipoglicemia. “Sem contar que uma

alimentação mais saudável deixa as

pessoas mais felizes”, aponta.

Entre as inúmeras dicas da médica

estão o consumo da folha de mandioca,

rica em minerais e vitaminas. “Tem

mais ferro do que a carne e mais vita-

mina A do que o leite”, revela. Ela

pode ser ingerida em formato de pó,

reduzir a gravidade das infecções como

a dengue, malária, pneumonia, diar-

réia, tuberculose e gripe.

Os farelos de arroz e de trigo também

são recomendados por ela, assim

como as saladas com folhas verde-

escuras. Outro coringa é o gergelim,

que tem dez vezes mais cálcio que o

leite e pode ser usado em sopas, fei-

jão, farofa e saladas. Além, é claro,

da própria multimistura, que pode ser

incluída na alimentação diária, sem

contra-indicação.

Clara incentiva a ter em casa uma

pequena horta. Dá para aproveitar o

quintal e até as encostas do muro. Quem

mora em apartamento pode produzir

em vasos. Basta escolher as mudas e

sementes que melhor se adaptem às

condições do ambiente.Merendeiras em curso ministrado por Clara Brandão

• O óleo de arroz tem uma subs-

tância que acelera a formação e fi-

xação da memória. Pode ser usado

mais de uma vez sem se decompor;

• Use milho pelo menos duas

vezes por semana, em polenta,

angu, canjiquinha, cuscuz, bolo,

farofa ou o milho verde;

• O limão nas refeições aumenta

a absorção de ferro;

• O açúcar retira o cálcio da nossa

alimentação;

• O pó da folha de mandioca tem

sete vezes mais ferro do que a carne

e 180 vezes mais vitamina A do que

o leite;

• O gergelim tem dez vezes mais

cálcio do que o leite;

• A luz do sol na pele aumenta a

produção de vitamina D, impor-

tante para a absorção do cálcio;

• Os sucos com folhas verde-

escuras como hortelã, capim-santo,

agrião, salsa e couve melhoram a

disposição para o trabalho, o apren-

dizado e reduzem as infecções.

Dicas para seguir uma alimentação sustentável

Clara Brandão

acrescido na comida, e ajuda a contro-

lar a anemia, aumentar a imunidade e

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31Cestas básicas regionalizadas para o Fome Zero

A alimentação é um assunto que

tem atraído cada vez mais a atenção

da sociedade, da mídia e do meio aca-

dêmico. Quem confirma é o presi-

dente da Associação Brasileira de

Nutrologia (Abran), Durval Ribas

Filho. A entidade, que funciona desde

1973 - a Nutrologia é uma especiali-

dade médica desde 1978 -, tem de-

senvolvido inúmeros projetos para

melhorar a qualidade nutricional da

população. Um dos mais recentes foi

uma minuciosa pesquisa, em parceria

com o governo federal, para a

montagem de cestas básicas regiona-

lizadas para o Programa Fome Zero.

“Passamos dois anos investigando a

alimentação nas regiões Norte, Nordes-

te, Centro-Oeste, Sul e Sudeste, para

identificar os produtos com alto valor

nutritivo, dentro das particularidades

de cada lugar”, afirma Ribas.

Segundo ele, é possível alimentar-se

corretamente mesmo vivendo a cor-

reria dos grandes centros urbanos.

“Uma das boas invenções recentes é

o restaurante por quilo. A pessoa

monta o próprio prato, buscando

combinações coloridas, e garante

uma refeição saudável”, exemplifica.

Com alguns cuidados básicos, o

presidente da Abran ensina que dá

para manter uma alimentação equi-

librada, mesmo recorrendo a produ-

tos industrializados e aos sanduíches.

“A indústria alimentícia evoluiu

muito. Hoje temos uma infinidade

de pães integrais à disposição. Pode-

mos comer sanduíches, optando pela

combinação de pão, carne branca, de

preferência, alface e tomate, sem

abusar de ketchup e mostarda e evi-

tando a maionese”, diz. Ele também

alerta para o comportamento atual

da sociedade em deixar de lado a

velha conhecida combinação de ar-

roz e feijão. “É uma mistura muito

adequada”, elogia.

O médico incentiva ainda a po-

pulação a olhar para outro problema

crescente relacionado à alimenta-

ção: a obesidade. “O Brasil tem 38,8

milhões de obesos. Temos de nos

preocupar com essa questão”, afir-

ma. Esse e outros assuntos serão de-

batidos nos dias 14, 15 e 16 de

setembro, em São Paulo, durante o

Congresso Brasileiro de Nutrolo-

gia. Mais informações no site

www.abran.org.br.

As invenções de Clara Brandão pa-

recem agradar ao bolso, ao organismo

e ao paladar. Prova disso são os sinais

de satisfação das merendeiras, que

experimentaram e repetiram a farofa

preparada pela médica. Ao ocupar os

bancos da faculdade de medicina, dou-

tora Clara fez um juramento: trabalhar

para salvar vidas. Em especial, a das

crianças, já que optou pela pediatria.

Foi além. Reproduziu conhecimento

e mostrou que saúde se garante no

cotidiano, a cada escolha feita. A cada

prato de comida. �

• A hipoglicemia, que provoca

mal-estar, tonturas, mau-humor,

violência e agressividade, pode ser

reduzida com alimentos integrais,

granola, verduras e castanhas;

• As folhas verde-escuras como

taioba, dente de leão, hortelã, man-

jericão, jambu, capeba, vinagreira,

serralha, beldroega, ora-pro-nóbis,

moringa, são mais ricas em mine-

rais e vitaminas do que as folhas

verde-claras;

Dicas para seguir uma alimentação sustentável

Clara Brandão

• A castanha-do-pará contém se-

lênio, que é essencial para a saúde.

Consuma uma a duas por dia;

• Brotos, algas e cogumelos são

ricos em minerais e vitaminas.

Consuma-os com freqüência;

• O exercício físico regular e a

boa alimentação ajudam o bom fun-

cionamento do corpo e são funda-

mentais para a saúde.

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COTIDIANO

CARLA NOGUEIRA

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Jovens sãoprincipal alvo nocombate ao fumo

fumaça do vício. A tragadaque pode levar à morte. Presasfáceis, os jovens caem no vício.

É cada vez mais freqüente o número deusuários de tabaco, principalmente ocigarro, entre adolescentes. Dados doInstituto Nacional do Câncer (Inca)apontam esta realidade. “O tabaco éconsiderado uma doença pediátrica.Cerca dos 90% de fumantes começarama fumar antes dos 19 anos”, completoua representante do Inca, Érika Caval-cante, durante o I Fórum Nacional daSaúde “Juventude contra o Tabaco”,ocorrido na manhã do dia 8 de agostono auditório nobre da APM.

O evento foi realizado pela APM,Sociedade Brasileira de OncologiaClínica, Associação Médica Brasileirae Núcleo de Apoio ao Paciente comCâncer e teve o apoio de várias entidadesque trabalham em prol do pacienteportador de câncer.

A iniciativa, realizada em comemo-ração ao Dia Nacional da Saúde, 6de agosto, teve como principal fococonscientizar e alertar sobre o perigodo tabagismo entre os jovens, bem

Fórum realizado na APMmostra os riscos a que apopulação jovem é expostaquando faz uso do tabaco,especialmente o cigarro

como mostrar que o câncer tem cura.Segundo Érika, cerca de 100 mil

pessoas por dia se iniciam no hábito defumar, sendo que 80% dos casos ocorreem países em desenvolvimento. “Épreciso entender que a dependência dotabagismo é por toda a vida. O nossotrabalho consiste em mostrar os peri-gos do tabaco, o que isso pode causar àpessoa e, principalmente, dar respaldopara o dependente que deseja se afastardo vício. É uma vigilância eterna”.

Em sua conclusão, na apresentação noFórum, Érika destacou que o combateao tabagismo precisa ser um trabalhoconstante e em conjunto com a sociedade.“Precisamos da conscientização dasociedade para mobilizarmos e escla-recer cada vez mais a população sobreos danos causados pelo tabagismo”.

IniciativaA diretora de Ações Comunitárias da

APM, Yvone Capuanno, abriu a pro-gramação do evento com destaque para

iniciativa da APM na realização doFórum. “Para a APM é uma honrarealizar um evento desta importância.Estamos [APM] de portas abertassempre. Obrigada a todos”.

Em seguida, a presidente da SociedadePaulista de Oncologia, Nise Yamaguchi,apresentou aos presentes, representantesdo Idem – rede internacional que visaajudar e incentivar jovens na integraçãoe transformação de causas sociais.

Os jovens do Idem fizeram um louvorà maior causa: a transformação domundo, e, principalmente, a transfor-mação de si mesmo, longe de vícios.

A presidente da Sociedade Brasileirade Oncologia Pediátrica, Sônia Viana,explanou sobre o câncer em crianças que,segundo ela, não tem prevenção, mas,com um diagnóstico precoce há chancede 70 a 80% de cura. Já Eliana Caran, doGrupo de Apoio à Criança e Adolescentecom Câncer (GRAACC), apresentou ainfra-estrutura do GRAACC e todo otrabalho desenvolvido pela entidade. �

Yvone Capuanno, diretora da APM, e Nise Yamaguchi, durante palestracontra o tabagismo na APM

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CÂNCER

PADRIANA REIS

esquisadores do mundo inteirocomemoraram, em junho, a

divulgação do resultado de uma pesqui-sa realizada por 55 instituições e quedesenvolve um exame capaz de identifi-car a predisposição genética para o cân-cer de intestino. Uma dessas instituiçõesera brasileira: o Hospital do Câncer. Ocoordenador do grupo é o oncologistaBenedito Mauro Rossi, mineiro forma-do pela Pontifícia Universidade Católicade Minas Gerais. Desde 1985, ele traba-lha no Hospital do Câncer, onde perce-beu a necessidade de pesquisar ainfluência genética na predisposição paraessa doença, ainda hoje considerada umtabu. De seu consultório, no bairro daLiberdade, Dr. Rossi concedeu uma en-trevista exclusiva à Revista da APM:

Revista da APM - A mídia tem noti-ciado a descoberta de um exame gené-tico para identificar a predisposiçãopara o câncer de intestino. O que esseresultado representa?

País integra equipe de 55instituições internacionaispara desenvolver examegenético que identifica apredisposição ao câncerde intestino

Benedito Mauro Rossi – Essa pes-quisa que a mídia tem comentado, trata-se de um resultado parcial de um trabalhoque começou em 1997. Desde este perí-odo, estamos estudando casos de câncerhereditário de intestino. É uma pesqui-sa contínua, que envolve 55 instituiçõesde todo o mundo, da qual o Hospital doCâncer, em São Paulo, faz parte. Somosum grupo de estudos com cerca de 20profissionais, coordenados por mim.

APM – Como essa pesquisa come-çou? O que o grupo tem conseguidoem termos de conhecimento científicodesde 1997?

Rossi – Para ser sincero, essa pesquisacomeçou antes ainda, em 1992. O pro-cesso iniciou com o registro dos casosde câncer no intestino que recebíamosno Hospital do Câncer. O primeiro passofoi montar um imenso banco de dados.A comunidade científica sabia que ha-via uma predisposição genética para ocâncer de intestino, mas até aquelemomento não tinha um embasamentode pesquisa para saber o grau disso. Euacompanhava os pacientes chegando aohospital com o diagnóstico de câncerde intestino e, muitas vezes, percebiaque o pai, o irmão ou o primo dele tam-bém tinham a doença. Isso precisavaser organizado em forma de base para apesquisa. Foi o que fizemos. Já com obanco de dados, que recolheu informa-ções de mais ou menos 150 famílias,

começamos a pesquisa, em 1997. Osresultados foram publicados em 2002,numa revista internacional.

APM – A partir disso, a equipe ganhouprojeção internacional?

Rossi – Sim, o resultado foi publica-do em uma revista importante do meiocientífico e passamos a ter contato comoutros pesquisadores, do mundo todo.Em 2004, começamos a segunda faseda pesquisa, com registro de 300 famí-lias. O resultado dessa pesquisa foi pu-blicado em junho de 2006, com adescoberta do exame que identifica apredisposição genética para desenvol-ver o câncer de intestino.

APM – E se trata de uma divulgaçãomundial?

Rossi – Isso mesmo, porque a pesquisafoi desenvolvida em conjunto por estas55 instituições que formam o grupo deestudos. A organização dos dados tevecoordenação de um pesquisador coreano.

APM – É verdade que o senhor é oúnico brasileiro na equipe?

Rossi – Sim e não. Sou o único brasi-leiro que assina o estudo, mas, na verda-de, nenhum trabalho é desenvolvido poruma pessoa somente. É um trabalho deequipe. O grupo de estudos tem 20 pes-quisadores, como mencionei, e todostrabalham juntos. É importante dizer

Brasil no timetitular daspesquisas Oncologista Benedito Mauro Rossi

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isso, porque a pesquisa é resultado doesforço de todos. Nós nos reunimos se-manalmente, desde 2003, quando o gru-po foi criado. Até montamos um site naInternet, em que publicamos um resu-mo das nossas reuniões. O endereço éwww.gbeth.org.br (Grupo Brasileiro deEstudos de Tumores Hereditários).

APM – E de que forma é feito esteexame?

Rossi – Funciona da seguinte forma:a pessoa chega até o Hospital do Câncerpara saber sua predisposição genética. Oprimeiro passo é identificar as pessoasna família que já tiveram a doença. Fa-zemos a coleta do sangue delas para oestudo genético. Depois, organizamosa árvore genealógica daquela família epassamos a verificar alguns critériospré-definidos que, se preenchidos, qua-lificam aquela pessoa como predispos-ta geneticamente. A herança para ageração seguinte é de 50%, ou seja, se opai ou a mãe têm a predisposição, achance do filho também ter é de 50%.

APM – Mas ter a predisposição nãosignifica que a pessoa vai desenvolvero câncer, não é?

Rossi – Pode acontecer. Nossas pes-quisas mostram que se a pessoa tiver apredisposição, a chance de ter câncer éde 80%. Para que se entenda o que issorepresenta, eu costumo comparar comuma grande escadaria. Vamos suporque todos nasçam no degrau zero, ouseja, no andar térreo. À medida quevamos crescendo, passamos a agredirnosso organismo com alimentos nãosaudáveis, com álcool e cigarro. Va-mos subindo essa escada. Quando che-gamos aos 50 anos, num certo patamar,desenvolvemos o câncer. A pessoa compredisposição genética já nasce no quin-to degrau dessa escada. Ela já está al-guns passos adiante e, portanto, deveredobrar os cuidados.

APM – E qual o procedimento a partirdo momento que a pessoa sabe que tema predisposição?

Rossi – Ela deve fazer um exame anu-al para monitorar a doença e começarisso cedo, a partir dos 25 anos. A partirdos 50 anos, todos devem fazer esse exa-me, mesmo quem não tem a predispo-sição genética.

APM – O senhor mencionava hápouco sobre a alimentação. Ela é tãoimportante assim na prevenção do câncerde intestino?

Rossi – Ela é importantíssima, é fun-damental. O cigarro, o álcool e a ativi-dade física são importantes, mas aalimentação é o determinante. Um dosprincipais agressores do intestino é agordura saturada. E sabe onde ela é maisencontrada? Na carne vermelha. É umaverdadeira vilã. Eu brinco que nas em-balagens de carne do supermercado de-veriam vir imagens de pessoas doentes,assim como acontece com o cigarro.Outro agressor é o alimento processa-do: salsicha, presunto, mortadela, pa-tês enlatados. Aumentam em 40 ou 50vezes a chance de desenvolver câncerde intestino. Sempre ouço pessoas di-zendo: “ah, mas conheci um velhinhoque comia de tudo, bebia, fumava e vi-veu até os 90 anos”. Pois se ele não ti-vesse feito tudo isso viveria até os 120,porque tinha condição genética favorá-vel. Em resumo, não se deve subesti-mar a importância da alimentaçãosaudável para a prevenção da doença.

APM – Além de evitar a carne, o quemais é possível fazer pela alimentação?

Rossi – Pode abusar de grãos, casta-nhas, cereais. Comer alimentos frescos,frutas, legumes. O Brasil é um país privi-legiado, porque tem produtos frescos oano todo. Nosso clima proporciona isso,ao contrário dos países europeus, que

sofrem com o frio rigoroso. É só ir à fei-ra, está tudo lá, bonito e colorido. Se pos-sível, substituir a carne vermelha pelopeixe, que não tem gordura saturada. Nãoprecisa deixar de comer carne vermelha,mas faça isso apenas uma vez por sema-na. Porque já está comprovado pela Ci-ência o quanto ela faz mal ao nossoorganismo.

APM – Quais os próximos passos dapesquisa?

Rossi – Acabamos de conseguir aaprovação de um apoio financeiro daFapesp (Fundação de Amparo à Pes-quisa do Estado de São Paulo) paraampliar essa descoberta, incluindo ou-tros aspectos. Um deles, que nunca foiestudado no Brasil, é a abordagem psi-cológica da doença. Sabemos como,ainda hoje, o câncer é um tabu na nos-sa sociedade. Temos psicólogos e psi-quiatras no Hospital do Câncer paradar esse suporte. Estou orientandouma pesquisa de doutorado que estáestudando justamente isso, porquequanto maior for a resistência psico-lógica à doença menor a chance da pes-soa se submeter a exames preventivos.Com estes recursos financeiros pode-remos abordar os mais diferentes as-pectos dentro deste tema, vamosverticalizar a pesquisa, aprofundá-la.

APM – O Brasil tem avançado comopromotor de pesquisas científicas?

Rossi – Ainda estamos longe do ide-al, mas temos avançado. Existem ilhasde pesquisa no Brasil, como o Hospitaldo Câncer. O Estado de São Paulo ain-da concentra a maior parte dessas pes-quisas, mas acredito que estamoscrescendo. Com este trabalho sobrecâncer do intestino, o Brasil está en-trando no time titular de pesquisado-res. Estar nesse grupo significa queestamos compatíveis com o resto domundo. É uma grande conquista. �

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RADARMÉDICO

O Sistema de Atendimento à Saúde

(Sinasa) e o Sindicato das Empresas

Sinasa e Sescon-SP firmam parceria

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and

ro d

e G

odoi

de Serviços Contábeis e das Empresas

de Assessoramento, Perícias, Informa-

ções e Pesquisas no Estado de São Pau-

lo (Sescon-SP) firmaram uma parceria

que poderá beneficiar um universo de

mais de 50 mil pessoas. O acordo, fir-

mado no dia 5 de agosto, vem com o

objetivo de fornecer atendimento em

saúde para funcionários e colaboradores

de mais de 4 mil empresas filiadas ao

sindicato. Na ocasião, estiveram pre-

sentes o diretor de defesa profissional

Diretores assinam parceria

Saiba mais:www.sinasa.com.br

A Associação Paulista de Medi-cina (APM), em parceria com aAssociação Brasileira de Brin-quedotecas, abre, até o dia 20 desetembro, inscrições para o cursode formação de brinquedista hos-pitalar. O evento será realizadoentre 25 e 27 de setembro na sededa APM e será destinado a profis-sionais que atuam na área da saúde,como médicos, enfermeiros, edu-cadores, psicólogos, fonoaudiólo-gos, entre outros.

Dentro da programação do curso,vários temas serão abordados comprofissionais reconhecidos daárea, entre eles “As principais ra-zões da internação hospitalar in-fantil”; “A criança com patologias

da APM, Thomaz Howard Smith, o

presidente do Sescon-SP, Antônio

Marangon, e o representante do Sinasa,

José Maria de Almeida Prado. O sis-

tema oferece atendimento particular

direto, sem intermediários, por pro-

fissionais de Medicina de todas as es-

pecialidades, além de acesso a serviços

hospitalares e exames complementares.

É hora de brincar sério

Saiba mais:Programação completa do cursono portal oficial da APM.www.apm.org.br

Poderá ser efetuada pessoalmentena sede da APM ou por meio dodepósito bancário: Banco Itaú.Agência 0251; C/C: 43.883-4 nomi-nal à Associação Paulista de Medi-cina. CNPJ: 60.993.482/0001-50.

Enviar via fax (11) 3188-4255,a ficha de inscrição preenchida,com letra legível e comprovantede depósito.

Sócio da ABBri: R$ 200,00.Não-sócio ABBri: R$ 250,00.

Inscrição

Mais informações: AssociaçãoPaulista de Medicina – Departa-mento de Eventos. Avenida Bri-gadeiro Luiz Antônio, 278.Telefone: (11) 3188-4252. Email:[email protected]

SERVIÇO

respiratórias”; “A criança com pato-logias cirúrgicas”; “Dinâmica Lúdica”;“O brincar como suporte do desenvol-vimento da criança hospitalizada”;“Brincando com a sucata”; “Enten-dendo o brincar no hospital” e “Brin-quedista hospitalar: uma profissionalou uma voluntária?”.

Brinquedoteca auxilia criançasdurante permanência no hospital

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Covers agitam o Clube de Campo

Com o intuito de promover a

articulação entre o governo e a

comunidade em agenda comum

para a busca de soluções para o cân-

cer de mama, 23 organizações de

14 Estados brasileiros fundaram,

no mês de julho, a Federação Naci-

onal de Instituições Filantrópicas

em Câncer de Mama (Femama).

Além de defender as políticas

públicas de atenção à saúde da

mama, a entidade nasce com a

meta de capacitar Organizações

Câncer de Mama tem federaçãoNão-Governamentais para que se

tornem cada vez mais atuantes e

profissionais em sua jornada de

combate e prevenção da doença.

De acordo com a presidente da

Federação, Maira Caleffi, a enti-

dade buscará, ainda, representar

todas as entidades do Brasil que

lutam contra o câncer de mama.

“E cada uma delas terá o papel de

promover ações em sua região,

fortalecendo os direcionadores

determinantes do processo de

De uma hora para outra, o tempo

virou, de muito quente para muito frio

e úmido. Imagina lá na Serra da Canta-

reira, onde fica o Clube de Campo da

APM. E a neblina então! Mas, fã que é

fã enfrenta chuva, tempestade. Pra

quem é fã, não tem tempo ruim.

Eles vão chegando e querem sempre

mais. E a noite fria, fica pra lá de quente.

Cover de Elvis Presley

Covers dos Beatles

Foi assim o dia 29 de julho, no Encon-

tro Musical de Médicos Músicos. Uma

noite inesquecível que abrigou o grande

encontro: Beatles e Elvis Presley.

Cover? Sim, o que importa? Ali,

todos acreditaram na transmutação de

quatro médicos, os quatro “médicos

Beatles”, em Beatles e, depois, em

Elvis. Lotação máxima. Cerca de 120

pessoas. Frio? Só na Serra, o restau-

rante fervia quando Ed Sullivan anun-

ciou a apresentação da Banda Beatles

Soul, até as crianças grudaram os olhos

no palco. E quando o show começou,

“Imagine”: irreverência, saudades,

encatamento. Pronto! Perfeito!

Mais um pouquinho e todos estavam

no ponto de dança. Coladinhos nos mo-

mentos românticos de Elvis. Balanço

no rock dos Beatles e dos velhos sucessos

dos anos 60. E assim foi... muita alegria,

alma lavada e coração em festa.

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Público lota clube da APM

Saiba mais sobreo projeto

No Departamento Social da

APM, no telefone (11) 3188-4282

mudança da estatística de morta-

lidade”, completa.

Na agenda inicial da Femama,

estão programados quatro fóruns

para os meses de agosto e setem-

bro. A idéia é levar os principais

candidatos à Presidência a esses

eventos para discutir projetos rela-

cionados à prevenção do câncer de

mama. Sua diretoria ressalta que

“a federação está de portas abertas

para qualquer entidade do país que

queira se associar”.

Foto: Osmar Bustos

Foto: Osmar Bustos

Foto: Osmar Bustos

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dia 14 de julho foi especial parao Clube do Jazz da APM. Na-

quela data, um auditório lotado podeconferir um dos shows mais aguarda-dos do ano pelos freqüentadores doprojeto. Para a felicidade dos aprecia-dores da boa música, quem estevepresente na ocasião foi a consagradacantora Rosa Maria Collin.

Acompanhada pelos músicos SílvioGallucci (piano), Cláudio Celso (gui-tarra), Guy Sasso (contrabaixo) e Ar-mando Tibério (bateria), Rosa cantoutemas antológicos como “I Can’t GiveYou Anything But Love”, de DorothyFields/ Jimmy Mc Hugh, “Summer-time”, de George Gershwen, “I’veGot you Under My Skin”, de Cole

O Auditório Nobre da APM contou,na noite de 26 de julho, com a presençado excelente e renomado Quarteto Tau.Os violonistas se apresentaram dentroda programação do Música em Pauta,projeto da entidade que apresenta, umavez por mês, grandes nomes da músicaerudita e instrumental brasileira.

Formado pelos músicos Breno Chaves,Fábio Bartoloni, José Henrique de

Música em Pauta recebe o Quarteto TauCampos e Marcos Flávio, o quartetotraz para os violões versões de clássicosde autores consagrados. Na APM, elesinterpretaram canções como “Gnatta-liana”, de Giacomo Bartoloni (1957),“Águas de Março”, de Tom Jobim(1927 – 1994) e Quarteto nº 3 – “Brasi-leiro”, de Alberto Nepomuceno (1864– 1920). Confira a próxima atração naAgenda Cultural.

Quarteto Tau, na APM

Rainha do jazz brasileiro canta na APM

MÚSICA

Rosa Marya Collinencanta APM

com seu bluesPorter, “California Dreamin”, de JohnPhillips, e “Monday Monday”, deJonh Phillips. Além de um show me-morável, o público assistiu, no telão,a diversos registros raros de apresen-tações, entrevistas e muitas fotos, con-tando a história e a carreira da diva doblues do Brasil.

Rosa Marya iniciou sua carreira aos18 anos no Rio de Janeiro, cantandojazz e bossa no Beco das Garrafas,depois de trabalhar durante o diacomo operária. Com o registro gravede sua voz, adaptou-se bem ao repertó-rio jazzístico e, em 1965, gravou seuprimeiro disco. Em seguida, fez showspor todo o Brasil, participou deprogramas de televisão e atuou na

primeira montagem brasileira do mu-sical “Hair”, além de ter trabalhadono México. A partir do início da dé-cada de 1980, firmou-se como can-tora, tocando ao lado da TradicionalJazz Band.

Depois de mais de 20 anos de car-reira e com alguns discos gravados,era ainda pouco conhecida do grandepúblico, até que uma gravação despre-tensiosa para um comercial de televi-são, em 1988, alcançou o topo dasparadas. Uma regravação cool de“California Dreamin”, do grupo TheMamas And The Papas, tornou-se oseu grande sucesso, ficando por sema-nas consecutivas em primeiro lugarnas paradas musicais. �

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AGENDA CIENTÍFICA

SETEMBRO Apresentação de Darcy Domingos27/09 – quarta – 8h30O brincar como suporte doO brincar como suporte doO brincar como suporte doO brincar como suporte doO brincar como suporte dodesenvolvimento da criançadesenvolvimento da criançadesenvolvimento da criançadesenvolvimento da criançadesenvolvimento da criançahosp i ta l i zadahosp i ta l i zadahosp i ta l i zadahosp i ta l i zadahosp i ta l i zadaCoordenação: Maria CamposConferencista: Vera de OliveiraMesa Redonda: OutrosMesa Redonda: OutrosMesa Redonda: OutrosMesa Redonda: OutrosMesa Redonda: Outrosaspectos do brincar naaspectos do brincar naaspectos do brincar naaspectos do brincar naaspectos do brincar naBrinquedoteca HospitalarBrinquedoteca HospitalarBrinquedoteca HospitalarBrinquedoteca HospitalarBrinquedoteca HospitalarCoordenação: Yvonne Capuano • Estratégias no brincar com a

criança em situação de restrição -Germana Concílio

• A utilização dos recursosexpressivos na BrinquedotecaHospitalar - Silvia Pizzo

• A narração de histórias - BeatrizGimenes

• Projeto Coala: inserção da leituracomo recurso terapêutico nofortalecimento da relação mãe-filho- João Palma

Equipe: Leda Sigristi/ Marco Nadal/Elizabeth Biondo• Trabalho em Grupo para

elaboração de recomendaçõesCoordenação: Diretoria da ABBri• Brinquedista Hospitalar: uma

profissional ou uma voluntária?Coordenação: Draúzio ViegasConferencista: Nylse Cunha• Relatório sobre a participação -

Marylande Franco

Departamento de Cirurgia Plástica26/09 - terça – 20hReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f ica

Departamento de Cirurgia Vascular eAngiologia23/09 - sábado - 9hCurso: Atual ização emCurso: Atual ização emCurso: Atual ização emCurso: Atual ização emCurso: Atual ização emCirurgia VCirurgia VCirurgia VCirurgia VCirurgia Vascular eascular eascular eascular eascular eEndovascularEndovascularEndovascularEndovascularEndovascularOrganização: Calógero Presti eValter Castelli Jr.Módulo VI: Urgências VascularesModerador: Calógero Presti• Controle de danos no trauma

vascular – Dra. Rina Porta• Tratamento intervencionista do

trauma carotídeo-cervical – Dr.Alexandre Fioranelli

• Estado atual da indicação do

Comitê Multidisciplinar deAdolescência30/09 – sábado – 8h30SEMINÁRIOSEMINÁRIOSEMINÁRIOSEMINÁRIOSEMINÁRIO: T: T: T: T: Transtornos doranstornos doranstornos doranstornos doranstornos doHumorHumorHumorHumorHumorCoordenação – Dra. Isa Kabacznik• Diagnóstico do transtorno bipolar na

infância e adolescência – Dra. Lee Fu-I• Aspectos neuropsicológicos do

transtorno do humor naadolescência – Dra. CândidaCamargo

• Comorbidades – Dr. Manoel Teixeira• Por que tratar precocemente o

transtorno bipolar? – Dra. IsaKabacznik

• Tratamento do transtorno bipolarna infância e adolescência - Dr.Miguel Boarati

• Repercussão social e familiar dotranstorno do humor – Dr. WimerBottura Jr

• Debate

Departamento de AçõesComunitáriasCurso para Formação deCurso para Formação deCurso para Formação deCurso para Formação deCurso para Formação deBrinquedista Hospita larBrinquedista Hospita larBrinquedista Hospita larBrinquedista Hospita larBrinquedista Hospita lar25/09 – segunda – 8h30Abertura do CursoAbertura do CursoAbertura do CursoAbertura do CursoAbertura do CursoAs principais razões da internaçãohospitalar infantilCoordenação: Marylande Franco -Drauzio ViegasMesa Redonda: característ icasMesa Redonda: característ icasMesa Redonda: característ icasMesa Redonda: característ icasMesa Redonda: característ icasda cr iança hospita l izada comda criança hospita l izada comda criança hospita l izada comda criança hospita l izada comda criança hospita l izada comsintomas específ icos e seusintomas específ icos e seusintomas específ icos e seusintomas específ icos e seusintomas específ icos e seuatendimento lúdicoatendimento lúdicoatendimento lúdicoatendimento lúdicoatendimento lúdicoCoordenação: Vera de Oliveira• A criança com patologias

respiratórias - Marisa LaranjeiraDepoimentos da BrinquedistaGermana Concílio• A criança com patologia cirúrgica -

Dr. Pedro FernandezDepoimentos da Brinquedista FabianeAlmeida• A criança com câncer - Mônica

CiprianoDepoimentos da Brinquedista CláudiaMolchansky• Dinâmica LúdicaCoordenação: Beatriz Gimenes

Apresentação deApresentação deApresentação deApresentação deApresentação deBrinquedotecas HospitalaresBrinquedotecas HospitalaresBrinquedotecas HospitalaresBrinquedotecas HospitalaresBrinquedotecas Hospitalaressegundo os seguintes cr itérios:segundo os seguintes cr itérios:segundo os seguintes cr itérios:segundo os seguintes cr itérios:segundo os seguintes cr itérios:coordenação; atendimento;coordenação; atendimento;coordenação; atendimento;coordenação; atendimento;coordenação; atendimento;rotina de funcionamento;rotina de funcionamento;rotina de funcionamento;rotina de funcionamento;rotina de funcionamento;part ic ipação famil iar;part ic ipação famil iar;part ic ipação famil iar;part ic ipação famil iar;part ic ipação famil iar;higienização; atendimento noshigienização; atendimento noshigienização; atendimento noshigienização; atendimento noshigienização; atendimento nosleitos; atendimentos na UTI;leitos; atendimentos na UTI;leitos; atendimentos na UTI;leitos; atendimentos na UTI;leitos; atendimentos na UTI;t ipo de at iv idadest ipo de at iv idadest ipo de at iv idadest ipo de at iv idadest ipo de at iv idadesdesenvolvidas; integração comdesenvolvidas; integração comdesenvolvidas; integração comdesenvolvidas; integração comdesenvolvidas; integração comequipe do hospital.equipe do hospital.equipe do hospital.equipe do hospital.equipe do hospital.Coordenação: Silvia Baltieri• Brinquedoteca do Centro Infantil

Boldrini - Nina Mazzon• Brinquedoteca do INCOR -

Janayna Faria• Brinquedoteca do Hospital São

Paulo/ Unimed Araraquara - LucyCorreia

• Brinquedoteca do Hospital DarcyVargas - Norma Satie

• A trajetória do brincar no hospitalCoordenação: Edda Bomtempo -Aydil Ramos26/09 – terça – 8h30Entendendo o brincar noEntendendo o brincar noEntendendo o brincar noEntendendo o brincar noEntendendo o brincar nohosp i ta lhosp i ta lhosp i ta lhosp i ta lhosp i ta l Coordenação: Darcy Domingos Conferencista: Edda BomtempoMesa Redonda: O brincar nosMesa Redonda: O brincar nosMesa Redonda: O brincar nosMesa Redonda: O brincar nosMesa Redonda: O brincar nosvários contextos hospita laresvários contextos hospita laresvários contextos hospita laresvários contextos hospita laresvários contextos hospita lares Coordenação: Beatriz Gimenes• O brincar no pronto-socorro -

Risélia Pinheiro• O brincar no leito hospitalar -

Juliana Batista• O brincar na sala de espera - Lea

Waidergorn• A higienização dos brinquedos -

Maria de Fátima Cardoso• Dinâmica Lúdica Coordenação: Beatriz Gimenes eequipe da ABBriMesa Redonda: EquipeMesa Redonda: EquipeMesa Redonda: EquipeMesa Redonda: EquipeMesa Redonda: EquipeMult idiscipl inar no HospitalMult idiscipl inar no HospitalMult idiscipl inar no HospitalMult idiscipl inar no HospitalMult idiscipl inar no HospitalPPPPPediá tr icoediá tr icoediá tr icoediá tr icoediá tr ico Coordenação: Jorgea(verificar se onome é esse) Macedo• Serviço Social - Iara Mingione• Fisioterapia - Vivian Cheab• Psicologia - Renata Petrilli• Terapia Ocupacional - Lina Santos• Fonoaudiologia - Andréa Silva• Brincando com a sucataCoordenação: Nylse Cunha

reimplante de membros – Dr.Arnaldo Zumiotti

• Papel da cirurgia endovascular nostraumas dos grandes vasos – Dr.Ricardo Aun

• Trombólise na isquemia aguda dosmembros: existe evidênciaexcelente para sua utilização? – Dr.Ivan Casella

• Como melhorar os resultados notratamento dos aneurismas rotosda aorta - Dr. Ronald Fidelis

• Tratamento da dissecção aguda daaorta. Análise crítica baseada emevidências - Dr. AlexandreAnacleto

Comitê Multidisciplinar deCitopatologia28/09 – quinta - 19hXIV Encontro da SociedadeXIV Encontro da SociedadeXIV Encontro da SociedadeXIV Encontro da SociedadeXIV Encontro da SociedadeBras. de Citopatologia –Bras. de Citopatologia –Bras. de Citopatologia –Bras. de Citopatologia –Bras. de Citopatologia –Capítulo São PCapítulo São PCapítulo São PCapítulo São PCapítulo São PauloauloauloauloauloCâncer do OvárioOrganização/ Coordenação: Prof.Dr. David Alperovitch/ Profa. Dra.Suely Alperovitch/ Profa. Dra. LuciaCarvalho• Generalidades• Exame cito-histopatológico• Conduta atual

Comitê Multidisciplinar de ColunaVertebral20/09 – quarta – 20hReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f ica• Esporte e a coluna vertebralControle de Qualidade Hospitalar –CQH14 e 15/09 – quinta e sexta – 8h30Formação de Examinador doFormação de Examinador doFormação de Examinador doFormação de Examinador doFormação de Examinador doPNGS – Prêmio Nacional dePNGS – Prêmio Nacional dePNGS – Prêmio Nacional dePNGS – Prêmio Nacional dePNGS – Prêmio Nacional deGestão em SaúdeGestão em SaúdeGestão em SaúdeGestão em SaúdeGestão em Saúde• Apresentação do PNGS e do CQH• Código de ética para os

examinadores• Fundamentos de excelência• Critérios de avaliação do PNGS• Exercício de estudo de caso• Processo e etapas de avaliação• Preparação do relatório de

avaliação28 e 29/09 – quinta e sexta – 8h3030/09 – sábado – 8hCurso de Visitador do CQHCurso de Visitador do CQHCurso de Visitador do CQHCurso de Visitador do CQHCurso de Visitador do CQH

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OBSERVAÇÕES1 .1 .1 .1 .1 . Os sócios, estudantes, residentes e

outros prof iss ionais deverãoapresentar comprovante de categoriana Secretaria do Evento, a cadaparticipação em reuniões e/ou cursos.

2.Favor conf irmar a real ização2.Favor conf irmar a real ização2.Favor conf irmar a real ização2.Favor conf irmar a real ização2.Favor conf irmar a real izaçãodo Evento pelo telefone: (11)do Evento pelo telefone: (11)do Evento pelo telefone: (11)do Evento pelo telefone: (11)do Evento pelo telefone: (11)3 1 8 8 - 4 2 5 2 .3 1 8 8 - 4 2 5 2 .3 1 8 8 - 4 2 5 2 .3 1 8 8 - 4 2 5 2 .3 1 8 8 - 4 2 5 2 .

3 .3 .3 .3 .3 . As programações estão sujeitas aalterações.

INFORMAÇÕES/INSCRIÇÕES/LOCAL:Associação Paulista de MedicinaAv. Brigadeiro Luís Antônio, 278Tel.: (11) 3188-4252 –Departamento de EventosE-mail: [email protected]: www.apm.org.br

ESTACIONAMENTOS:Rua Francisca Miquelina, 67(exclusivo para sócios da APM)Rua Genebra, 296(Astra Park – 25% de desconto)Av. Brig. Luís Antonio, 436(Paramount – 20% de desconto)Av. Brig. Luís Antonio, 289 (OriginalPark)

PPPPProfrofrofrofrof. Dr. Dr. Dr. Dr. Dr. Hel io de Souza Lima. Hel io de Souza Lima. Hel io de Souza Lima. Hel io de Souza Lima. Hel io de Souza LimaDiretor de Eventos

PPPPProfrofrofrofrof. Dr. Dr. Dr. Dr. Dr. Álvaro Nagib Ata l lah. Álvaro Nagib Ata l lah. Álvaro Nagib Ata l lah. Álvaro Nagib Ata l lah. Álvaro Nagib Ata l lahDiretor Científico

Programação para LeigosDepartamento de Neurologia02/09 – sábado – 9hRRRRReunião de Peunião de Peunião de Peunião de Peunião de Portadores eortadores eortadores eortadores eortadores eFamil iares de NarcolepsiaFamil iares de NarcolepsiaFamil iares de NarcolepsiaFamil iares de NarcolepsiaFamil iares de NarcolepsiaPrograma Educação para SaúdeCoordenação: DrCoordenação: DrCoordenação: DrCoordenação: DrCoordenação: Dr. Severiano. Severiano. Severiano. Severiano. SeverianoAtanes NettoAtanes NettoAtanes NettoAtanes NettoAtanes Netto13/09 – quarta – 14h• Amor e sexo na 3ª idade – Dr.

Luiz Freitag27/09 – quarta – 14h• Transtornos da ansiedade – Dr.Carlos Laganá

• Perfil• Liderança• Estratégias e planos• Clientes e sociedade• Informações e conhecimento• Pessoas• Processos• Resultados da organização

Comitê Multidisciplinar de Dor27/09 - quarta – 20hJornada: Modal idades deJornada: Modal idades deJornada: Modal idades deJornada: Modal idades deJornada: Modal idades deTTTTTratamento em Dor Crônica:ratamento em Dor Crônica:ratamento em Dor Crônica:ratamento em Dor Crônica:ratamento em Dor Crônica:Indicações, Dif iculdades,Indicações, Dif iculdades,Indicações, Dif iculdades,Indicações, Dif iculdades,Indicações, Dif iculdades,Inconvenientes e Contra-Inconvenientes e Contra-Inconvenientes e Contra-Inconvenientes e Contra-Inconvenientes e Contra-IndicaçõesIndicaçõesIndicaçõesIndicaçõesIndicaçõesCoordenação: Dra. Vitória Bejar• Medicamentosas - Dr. Rogério

Adas• Armadas - Dr. Caio Grotta• Psico-comportamentais - Dr. João

Figueiró• Troca de Idéias

Departamento de Infectologia04/09 – segunda – 20hReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f ica• Novas drogas antiretrovirais em

AIDS – Dra. Roberta Nogueira

Departamento de Medicina deFamília e Comunidade12/09 – terça – 19h30Reunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaModeradora: Dra. AdrianaRoncolettaVia WEBCAM: Dra. Valerie Gilchrist -USA• As mulheres na Medicina de

Família: a família na Medicina deFamília

Departamento de Medicina Legal16/09 – sábado – 8hJornada PJornada PJornada PJornada PJornada Paul ista de Medicinaaul ista de Medicinaaul ista de Medicinaaul ista de Medicinaaul ista de MedicinaLega lLega lLega lLega lLega lCoordenação: Dr. Luiz HoppeMesa Redonda: ControvérsiasMesa Redonda: ControvérsiasMesa Redonda: ControvérsiasMesa Redonda: ControvérsiasMesa Redonda: Controvérsiasnos exames de corpo denos exames de corpo denos exames de corpo denos exames de corpo denos exames de corpo dedel i to: períc ia necroscópicadel i to: períc ia necroscópicadel i to: períc ia necroscópicadel i to: períc ia necroscópicadel i to: períc ia necroscópicaindireta; deformidadeindireta; deformidadeindireta; deformidadeindireta; deformidadeindireta; deformidadepermanente; incapacidadepermanente; incapacidadepermanente; incapacidadepermanente; incapacidadepermanente; incapacidadepermanente para o trabalho;permanente para o trabalho;permanente para o trabalho;permanente para o trabalho;permanente para o trabalho;enfermidade incurável.enfermidade incurável.enfermidade incurável.enfermidade incurável.enfermidade incurável.Moderador: Dr. João Oba

Relator: Dr. Luiz HoppeDebatedores: Dr. Daniel Muñoz/ Dr.Mário Tsushia• Conferência: técnicas de exumação

– da teoria à práticaPresidente: Dr. Mário Tsushia Palestrante: Dr. Carlos Coelho• Workshop: Apresentação e

discussão de casos Médico-LegaisCoordenação: Dr. Arnaldo Poço• Discussão do caso “Y. Y.”:

homicídio ou suicídio?Apresentador e Debatedor: Dr.Daniel Muñoz• Conferência: Técnicas tanatológicas- O estudo macroscópico do coração

e do sistema nervoso central emface da Medicina Legal

Presidente: Dr. Paulo MitsuuchiConferencista: Dr. José Zappa

Departamento de Ortopedia eTraumatologiaTTTTTemas Comuns no Consultórioemas Comuns no Consultórioemas Comuns no Consultórioemas Comuns no Consultórioemas Comuns no Consultório– Como eu trato– Como eu trato– Como eu trato– Como eu trato– Como eu trato15/09 - sexta-feira – 19h20• Facite plantar – Dr. Gastão Frizzo• Hallux valgus – Dr. Osny Salomão• Entorse de tornozelo – Dr. Caio

Nery• Lesão de manguito rotador – Dr.

Fabiano Ribeiro• Luxação recidivante do ombro –

Dr. Nicola Archetti Neto• Capsulite adesiva – Dr. Américo

Zoppi Filho16/09 – sábado – 8h30• Lesão meniscal em paciente acima

de 50 anos –Dr. Mário CarneiroFilho

• Patologia fêmuro-patelar – Dr.Nilson Severino

• LCA no adolescente – Dr. WilsonAlves Jr

• Osteoartrose do joelho – Dr.Arnaldo Hernandez

• Pseudoartrose do escafóide – Dr.Walter Fukushima

• Síndromes compressivas domembro superior – Dr. Vilnei Leite

• Lesões ligamentares do corpo –Dr. Rames Mattar Jr

• Osteonecrose do quadril – Dr.Rudelli Aristide

• Osteoartrose do quadril – Dr.

Flávio Turíbio

Departamento de Pediatria eComunidade30/09 – sábado – 8h30Curso TCurso TCurso TCurso TCurso Teóricoeóricoeóricoeóricoeórico-P-P-P-P-Prát ico derát ico derát ico derát ico derát ico deUltra-Sonograf ia para oUltra-Sonograf ia para oUltra-Sonograf ia para oUltra-Sonograf ia para oUltra-Sonograf ia para oPPPPPed ia t r aed i a t r aed i a t r aed i a t r aed i a t r aCoordenação: Dra. Lílian Sadeck/ Dr.Joel Schmillevitch• Avaliação do sistema nervoso

central: ultra-som transfontanelaCoordenadora: Dra. Lilian SadeckPalestrante: Dr. Sérgio Marba• Recentes avanços na exploração

ultra-sonográfica da regiãoabdominal

Coordenador: Dr. Rubens LipinskiPalestrante: Dr. Joel Schmillevitch• Abordagem através da ultra-

sonografia das patologias ósteo-articulares

Coordenadora: Dra. Cristina JacobPalestrante: Dr. João BarileMesa Redonda: OutrasMesa Redonda: OutrasMesa Redonda: OutrasMesa Redonda: OutrasMesa Redonda: Outrasindicações da ultra-sonograf iaindicações da ultra-sonograf iaindicações da ultra-sonograf iaindicações da ultra-sonograf iaindicações da ultra-sonograf iaCoordenador: Dr. João Barros• USG da bolsa escrotal - Dr. Joel

Schmillevitch• USG da região pélvica - Dra. Ana

Nicola• USG da região cervical - Dra. Ana

GorskiAt iv idades Prát icasAtiv idades Prát icasAtiv idades Prát icasAtiv idades Prát icasAtiv idades Prát icas• USG transfontanela - Dr. Sérgio

Marba• USG abdome - Dr. Joel

Schmillevitch• USG ósteo-articular - Dr. João

Barile• USG pelve e bolsa escrotal - Dra.

Ana NicolaAval iação do CursoAval iação do CursoAval iação do CursoAval iação do CursoAval iação do Curso

Comitê Multidisciplinar dePsicologia Médica30/09 - sábado – 9hJornada - A famíl ia, oJornada - A famíl ia, oJornada - A famíl ia, oJornada - A famíl ia, oJornada - A famíl ia, ocuidador e a pessoa doente:cuidador e a pessoa doente:cuidador e a pessoa doente:cuidador e a pessoa doente:cuidador e a pessoa doente:desaf ios na atual idadedesaf ios na atual idadedesaf ios na atual idadedesaf ios na atual idadedesaf ios na atual idadeCoordenação: Dr. Luiz Paiva• Gerações vinculares de família –

Dr. Décio Natrielli• Conflitos familiares – Dra. Eliana

Pous

• A Família, o cuidador e a pessoaacometida por esclerose lateralamiotrófica - Dra. Vânia Moreira

• Campo dinâmico na relaçãofamília, cuidador e paciente – Dr.Ezequiel Gordon

• Debate

AGENDA CIENTÍFICA

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TTTTTango Argentinoango Argentinoango Argentinoango Argentinoango ArgentinoProf. Carlos Trajano3a feira: 17h às 18h30Valor mensal: R$ 20,00 (casal) e R$10,00 (individual) para sócios da APM eR$ 70,00 (casal) e R$ 40,00 (individual)para não sócios.

Danças FolclóricasDanças FolclóricasDanças FolclóricasDanças FolclóricasDanças FolclóricasProf. Carlos Trajano2ª feira: 10h às 11h30.Valor mensal: R$ 10,00 para sócios daAPM e R$ 35,00 para não sócios

DançaterapiaDançaterapiaDançaterapiaDançaterapiaDançaterapiaProf. Carlos Trajano4ª feira: 10h às 11h30.Valor mensal: R$ 10,00 para sócios daAPM e R$ 35,00 para não sócios

PPPPPiano Erudito e Piano Erudito e Piano Erudito e Piano Erudito e Piano Erudito e Popularopularopularopularopular(aulas com agendamento até as 17h)(aulas com agendamento até as 17h)(aulas com agendamento até as 17h)(aulas com agendamento até as 17h)(aulas com agendamento até as 17h)Prof. Gilberto Gonçalves3ª feira: 9h às 17hValor mensal: R$ 45,00 para sócios daAPM e R$ 150,00 para não sócios.

Pintura ContemporâneaPintura ContemporâneaPintura ContemporâneaPintura ContemporâneaPintura ContemporâneaProfa. Cláudia Furlani4ª feira: 9h às 12h, 14h às 17h ou 18h às21hValor mensal: R$ 45,00 para sócios daAPM e R$ 140,00 para não sócios.

ESCOLADEARTES

INFORMAÇÕES E RESERVAS(11) 3188-4301 / 4302

AGENDA CULTURAL

Desde 2005, o projeto vem promoven-do o resgate da Música Popular de SãoPaulo para a Música Popular Brasilei-ra, com homenagem a grandes compo-sitores paulistas. Reservas antecipadas.14/09 – quinta - 20h30

MÚSICA POPULAR

PAULISTA

CHÁ COM CINEMA

Desde 1997, a APM promove descon-

tração, cultura e lazer nas tardes de

quinta-feira. Exibições de filmes, segui-

das de chá da tarde com sorteio e música

ao vivo. Auditório da APM. Ingressos:

alimentos não-perecíveis doados a

entidades assistenciais. Reservas de

lugares devem ser feitas às segundas-

feiras que antecedem ao evento.

GREGORY PECK

14/09– quinta - 14h

O Circo

72 min., EUA, 1928.

Direção: Charlie Chaplin.

28/09 – quinta - 14h

Luzes da Cidade

87 min., EUA, 1931.

Direção: Charlie Chaplin.

CINE-DEBATEProjeção mensal de um filme temá-tico relacionado ao cotidiano daspessoas. Após a exibição do filme,especialistas convidados analisame debatem com a platéia. Entradafranca. Coordenação: Wimer Bo-tura Júnior (psiquiatra).22/09 – sexta - 20hMinha Vida de Cachorro101 min., Suécia, 1985.Direção: Lasse Hallström. Com:Anton Glanzelius, Anki Liden,Manfred Serner e elenco.Debate: a esperança e a energiapara sobreviver às adversidades emlugares jamais imaginados.

Grandes nomes da música erudita,

nacional e internacional, apresentam-

se na APM toda última quarta-feira

do mês.

27/09 - quarta - 20h30

Orquestra Concerto Barroco

Paulo Roberto Henes, Alceu Ca-

milo da Silva Junior, Carolina

Colepicolo e Luís Cristóvão de

Oliveira Filho – violinos, André

Pretzel e Juvêncio Lobo–Viola,

João Guilherme Figueiredo e Gui-

lherme Faria – violoncelos, Ruy

Arcádio – contrabaixo e Romeu

Manson – cravo. Composições de

Antonio Vivaldi (1678-1741), Ar-

cangelo Corelli (1653-1713) e Ge-

org Friedrich Händel (1685-1759).

MÚSICA EM PAUTA

Dona InahArraigada à escola das grandes divas doRádio, Dona Inah apresenta um reper-tório composto por sambas de seu pri-meiro álbum, com músicas de grandesmestres do samba.

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42Revista da APM Agosto de 2006

Produtos&

Serviços

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LITERATURA

Os livros estão disponíveis na Biblioteca que funciona no 5º andar do prédio da APM de segunda a sexta das 8h30 às 20h.

Células-Tronco, a nova fronteira da medicinaDe forma rápida, pode-se dizer que as pesquisas com células-tronco atendem a três principais objetivos: 1) explicação dodesenvolvimento humano – da diferenciação, especialização eproliferação celular; 2) aplicações médicas; e 3) geração delinhagens celulares humanas para testes de drogas in vitro. Estelivro trata dos dois primeiros assuntos e está dividido em trêspartes. A primeira focaliza a caracterização das células-troncohumanas e de animais com suas respectivas caracterizações. Asegunda descreve o estado atual da aplicação para o tratamentode doenças e a terceira trata dos aspectos éticos e legais.

Autores:Autores:Autores:Autores:Autores: Marco Antônio Zago e Dimas Tadeu Covas. FFFFFormato:ormato:ormato:ormato:ormato: 17 x 25cm, 245páginas. Editora:Editora:Editora:Editora:Editora: Atheneu. Contato: (11) 0800.267753 ou www.atheneu.com.br

Psicoterapia Psicanalítica Breve – 2ª ediçãoEsta é a segunda edição de Psicoterapia Psicanalítica Breve, obraúnica escrita por um dos principais especialistas do país nestaabordagem terapêutica. Reunindo os fundamentos teóricosnecessários com base nas principais indicações e apresentandoo método para esse tipo de tratamento, esta obra é destinadaaos psiquiatras, psicanalistas e psicólogos que buscam um aten-dimento qualificado, focal, com tempo delimitado, conforme ademanda atual dos pacientes e da realidade socioeconômica.Autor:Autor:Autor:Autor:Autor: Theodor Lowenkron. Formato:Formato:Formato:Formato:Formato: 16 x 23cm, 360 páginas.Editora:Editora:Editora:Editora:Editora: Artmed. Contato: (11) 3665.1100 ou www.artmed.com.br

A publicação tratados principais as-suntos ligados aotema. Dividida em30 capítulos, contacom mais de 1.500fotos ilustrativas ediscute assuntoscomo cirurgia doscistos e neoplasiasbenignas, recons-

trução da região, fraturas mandibulares,fraturas zigomático orbitais, fraturas dosterços médio superior e panfaciais, cirur-gia ortognática, entre outros. Os textosdo livro contaram com colaboração dediversos médicos especialistas, em suamaioria profissionais da Santa Casa deMisericórdia de São Paulo.Autores:Autores:Autores:Autores:Autores: Ronaldo de Freitas. Formato:Formato:Formato:Formato:Formato:21 x 28cm, 653 páginas. Editora:Editora:Editora:Editora:Editora: San-tos. Contato: (11) 5574.1200 ouwww.editorasantos.com.br

Tratado de CirurgiaBucomaxilofacial

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1 - Pacto pela saúde 2006A Desde 2003, vem se procu-

rando promover a revisão doprocesso normativo do SUS. Haviaconsenso entre os Gestores Estaduaisde que o processo normativo necessi-tava contemplar a ampla diversidadee diferenças do nosso país e que a ela-boração de uma nova norma deveriacontribuir para a construção de ummodelo de atenção que contemplasseos princípios do SUS, sob a égide daresponsabilidade sanitária, adequadaà realidade de cada Estado e regiãodo país, integrando ações de promo-ção à saúde, atenção primária, assis-tência de média e alta complexidade,epidemiologia e controle de doenças,vigilância sanitária e ambiental, areafirmação da importância das ins-tâncias deliberativas CIB e CIT, e ofortalecimento do controle social.Faremos aqui um resumo para conhe-cimento dos colegas não gestores, masimportantes participantes do nossosistema de saúde.

Pacto pela saúdeEm fevereiro de 2006, por meio

da portaria GM/MS 399, resultadode um trabalho conjunto entre oCONASS (Conselho Nacional dosSecretários de Saúde), CONASEMS(Conselho Nacional dos SecretáriosMunicipais de Saúde) e o MINISTE-RIO DA SAÚDE, foram definidasas diretrizes, e posteriormente emabril, foi publicada a portaria GM/MS 699 que regulamentou as Dire-trizes Operacionais dos Pactos pelaVida e de Gestão (PACTO PELASAÚDE 2006).

Entre as questões que são aborda-das nestes pactos estão:

• a definição dos papéis e responsa-bilidades das 3 esferas de gestão;

• a regionalização com ênfase noPDR (Plano Diretor de Regionaliza-ção)/ PDI (Plano Diretor de Investi-mentos) e na definição de redes deatenção à saúde;

• o financiamento;• a PPI (Programação PactuadaIntegrada);• a regulação assistencial e o papel

das SES na coordenação das referênciasintermunicipais;

• e a gestão dos prestadores de serviços.Neste, foram definidas três dimen-

sões: O PACTO em DEFESA DO SUS,o PACTO pela VIDA e o PACTO deGESTÃO.

Pacto em defesa do SUSEste pacto é constituído por ações

concretas e articuladas pelos 3 níveisfederativos, no sentido de reforçar oSUS como política de Estado e visandodefender os princípios dessa política,inscritos na Constituição Federal. Sãosuas prioridades:

• mostrar a saúde como um direito decidadania e o SUS como sistema públicouniversal garantidor desse direito;

• garantir, a longo prazo, o incrementodos recursos orçamentários e financei-ros para a saúde (com a regulamentaçãoda emenda constitucional 29 pelo Con-gresso Nacional – que garante recursoscrescentes em função da arrecadação dos3 níveis de governo);

• elaborar a carta dos direitos dos usu-ários do SUS.

Pacto pela vidaConstitui um conjunto de compro-

missos sanitários, expressos em objeti-vos de processos e resultados, ederivados da análise da situação de saú-de da população e prioridades defini-das pelos governos dos três níveis.

Significa uma ação prioritária nocampo da saúde, que deverá ser exe-cutada com foco em resultados e coma explicitação inequívoca dos com-promissos orçamentários e financei-ros para o alcance desses resultados.Desse modo, fica reforçada, no SUS,a gestão pública por resultados.

O Pacto pela Vida será permanente.Ao final do primeiro trimestre de umnovo ano, serão avaliados os resulta-dos do ano anterior e pactuadas novasmetas e objetivos a serem atingidosno ano em curso.

Os mecanismos e a cultura da pac-tuação deverão sofrer mudanças. Opacto não termina no momento de suaassinatura, mas ali começa.

No campo operativo, as metas eobjetivos do Pacto pela Vida deveminscrever-se em instrumentos jurídi-cos públicos, os Termos de Compro-misso de Gestão, firmados pela União,estados e municípios. Esses termostêm como objetivo formalizar a assun-ção das responsabilidades e atribuiçõesinerentes às esferas governamentaisna condução do processo permanen-te de aprimoramento e consolidaçãodo SUS.

Nos Termos de Compromisso deGestão inscrevem-se, como partesubstantiva, os objetivos e metas priori-tárias do Pacto pela Vida, bem comoseus indicadores de monitoramento eavaliação.

O Pacto pela Vida 2006 definiu seisprioridades: Saúde do Idoso; Controledo Câncer de Colo de Útero e deMama; Redução da mortalidade in-fantil e materna; Fortalecimento dacapacidade de resposta às doençasemergentes e endemias; Promoção daSaúde; e Fortalecimento da AtençãoBásica/Primária. �

PORDENTRODOSUSpor Luiz Antonio Nunespor Luiz Antonio Nunes

Continua na próxima edição

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AVISO: Quando não consta,o prefixo do telefone é 11.

SALAS – HORÁRIOS –PERÍODOSCONSULTÓRIOS – CONJUNTOS

ALUGAM-SE

Casa com 6 salas e sala da espera, próxima aoHC, à R. Cristiano Viana. Fone 3338-1825

Casa térrea com estacionamento próxima aometrô Paraíso. Linda clínica de alto padrão,recepcionista das 8h às 20h. Toda IE, internet,recepção ampla com jardim. Salas ou períodospara médicos. Fone 5572-0299

Casa em Campos do Jordão. Jaguaribe na VilaNatal, próximo ao Hotel Orotur. Internet –www.albcj.hpguip.com.br Fones 3207-4975e 8255-1004

Clínica médica em Santana, período ou men-sal, c/ infra-estrutura completa para médicose psicólogos. Fone 6979-7004 (Vania)

Clínica bem decorada c/ sala e período p/ mé-dicos. R. Barata Ribeiro, a 1 quadra do Hosp.Sírio Libanês. Possui eletroc. portátil, fax, inter-net, comput. de tela plana, secretária, sala deexames etc. Fones 3237-2265 e 3214-1232

Clínica médica com centro cirúrgico em pontonobre de Santos (Canal 3). Fone (13) 9782-8425

Clínica de alto padrão, com sala montada, IEcompleta e sala de procedimentos. Período oumensal. Fone 3885-4511, dr. Ignacy

Clínica de alto padrão em Osasco, a 5 minutosda USP, com salas por período ou por mês. Fone9234-1881, dr. Cláudio

Conjuntos na Faria Lima, 2 c/ 60m2 , vaga,recepção, 3 salas, 2 wc, copa, ar cond.,carpete, luminárias, persianas e armários. Fone3064-2040 (Heloísa)

Conjuntos em Higienópolis. Av. Angélica,próximos à Paulista. 65 m2 úteis, com 3 salas,3 wc, copa e garagem ou com 130 m2 . Alugoou vendo. Fone 3865-7905

Conjunto em centro comercial. Rua PeixotoGomide, 515, cj. 152. Fone 3287-6103

Conjuntos 114/115, comercial, no Itaim OfficeBuilding à R. Bandeira Paulista, 662. Fones3253-8712 e 3284-0437

Consultório de alto padrão ao lado do HospitalSão Luiz. IE, garagem com manobrista, duas linhastelefone, secretária. Fone 9997-4153, dr. Sérgio

Consultório mobiliado à Avenida Angélica,1996. Períodos e horários a combinar. Fones3661-7463, à tarde

Consultório , período ou mensal emHigienópolis, para médicos e profissionais deáreas afins. Oftalmo. Homeopata, Psicólogos.Fone 3256-3368

Consultórios, período ou mensal c/ toda IE, fone,fax, secretária e serviços. Centro médicoOswaldo Cruz. Praça Amadeu Amaral, 47.Fone 3262-4430 (Daniela)

Consultório situado próximo ao cruzamento dasAvenidas Brasil e 9 de julho. Sala c/ 57m2 .Estacionamento próprio, manobrista, secretáriae informatizado. Mobiliado e próprio parapsicoterapeuta. Período ou integral. Fones3052-4534 e 8189-3440

Divido salas para consultório com todainfra para médicos e profissionais de saúde a100 metros do Metrô Tucuruvi – Fones 6991-7687 e 6994-0012

Sala para médicos, no período das 10h às 14h.R. Cotoxó, 611, 10º andar, cj. 105. Fones3873-5782 e 3871-5887

Sala em clínica de alto padrão, c/ infra-estruturacompleta, no Jardim Paulista. Av. Brig. Luiz Antônio,4277. Fones 3052-3377 ou 3887-6831

Sala de altíssimo padrão para consultóriomédico, com toda IE de clínica já montada.Divisão de despesas entre os integrantes. Fones3031-6529 e 9572-0583, Ivo

Sala c/ cons. na Vila Nova Conceição, c/ IEcompleta, mobiliada, secretária, PABX, sistemade segurança, estacion. para clientes. Próximaao Hospital São Luiz. Av. Santo Amaro. Fones5084-3648 e 9123-9617

Sala (4x5m). Consultório em clínica paraqualquer especialidade. Ótima localização naVila Maria. R. Araritaguaba, 900, esquina c/ av.Guilherme Cotching. Fones 6954-7896 e7354-6570

Sala para médicos e profissionais da saúde emconsultório com boa IE e localização comercial.Fones 6341-5354 e 6346-3105 (Silvia/Marcelo)

Sala ampla, por período, localizada entre oMetrô Praça da Árvore e Santa Cruz. Possuiestacionamento próprio. Fones 5594-5584 e5594-7607 (Fátima)

Sala por período em consultório médico, comtoda IE, em Perdizes. Fone 3872-5274, Orleni

Sala mobiliada com banheiro em andarsuperior, para profissionais da saúde. Clínicamontada no Brooklin. Período de 4 horassemanais: R$ 300,00/mês. Fones 5096-3652e 5531-8494 (hc)

Sala em consultório médico, próxima aoHospital das Clínicas. Rua Capote Valente.Preferência Cardio, Dermato, Ortopedista,Oftalmo. ou ORL. Fone 3083-6427, Rosana

Sala para consultório, por período à R. Vergueiro,próxima à estação Vila Mariana do metrô. Fone5549-1031 e 5087-4311

Sala para consultório, por período, à RuaVergueiro, próxima à estação Vila Mariana dometrô. Fones 5549-1031 e 5087-4311

Sala ou período p/ cons. médico equipado,clínica c/ IE compl. Prédio coml. c/ segurançae estac., r. Vergueiro, próx. Metrô Vila Mariana.Fones 5575-7646 e 5575-3085

Sala ou período, clínica de alto padrão c/infra-estrutura, secretária, estac., tel. fax, arcond. Em funcionamento, c/ dermato. Fone3813-7872 (Jucinéia)

Sala no Morumbi Medical Center. Próx. aoHosp. Albert Eintein, São Luiz, Darcy Vargas,Iguatemi. Prédio c/ segurança, ar cond.,laboratório, estacion. c/ manobrista. Fone3721-5666 Esther

Salas em consultório de alto padrão c/ infra-estrutura completa, na Aclimação. Fone3208-5546 (Cléo)

Salas para consultório, com IE montada, arcondicionado, recepcionista, som ambiente efácil acesso. Rua Estela, 471 Paraíso. Fones5571-0789 e 5575-3031 Eunice

Salas para profissionais da saúde. Fone 3057-2140

Salas para consultório. Rua Maranhão, 598, cj.61. Fones 3826-7805 e 3826-7918, Ignês

Salas equipadas em suas unidades para locaçãopor hora ou mensal, para profissionais da áreada saúde. Fones 3277-6056 e 3207-2889

Salas por período, mensal, ou por hora (R$12,00) em policlínica. Estação Metrô Santana,com toda IE. Fones 6281-7530, 6959-2493e 6975-4059, Sandra

Salas de 25m², sendo uma c/ banheiro privativode alto padrão, secretária, telefone e fax. Sala depequenas cirurgias/curativos. Casa térrea nobairro da Penha (Vila São Geraldo). Fones 3493-1090 e 6646-5587

Salas para profissionais da saúde em clínica comtoda infra-estrutura, na Vila Mariana. Fones5579-9433 e 5572-8420

Salas ou períodos em clínica médica, com todaIE, no alto da Boa Vista. Fones 5041-9649 e8447-4569 (Margareth ou Adriana)

Salas ou períodos para médicos e profissio-nais da saúde, com toda IE. Rua Martim Soares,258, Metrô Tatuapé. Fones 6192-9032 e6198-5340, Rita

Salas ou períodos em clínica de alto padrão,com toda IE. Próximas ao Hospital BeneficênciaPortuguesa. Fone 3284-8742

Salas próximas ao metrô Vila Mariana, paraprofissionais da área da saúde, com toda infra-estrutura e despesas inclusas. Período: R$140,00, ou integral a combinar. Fone 5549-1809, Dirce ou dra. Laura

Salas montadas para médicos, por períodos de4 horas na Zona Norte. Alto padrão e toda IEcompleta. Mais Saúde Centro Clínico. Fones6959-7073 e 6959-9233

Salas p/ profissionais da saúde e afins emconsultório no Jabaquara. Fone 5011-5872(Edgar)

Salas ou períodos em clínica de alto padrão comtoda IE. Alto da Boa Vista. Fones 5041-9649 e8447-4569 (Margareth ou Adriana)

Salas p/ médicos e áreas afins, mensal ou p/período 6h, clínica c/ toda IE, próx. metrô Paraíso,Central Park 23 de maio. R. Estela, 455. Fones5571-0190, 5083-9468 e 5083-9469

Salas ou períodos em clínica de alto padrão,localizada próxima ao Hospital BeneficênciaPortuguesa. IE completa. Fone 3284-8742,Isaura

Salas para médicos ou psicólogos, comsecretária e telefone em Higienópolis. Fone3258-0588, Eliara ou Renata

Salas ou períodos, cons. alto padrão p/ médicose afins. R. Luiz Coelho, 308, entre Paulista eAugusta c/ estac. Próx. metrô Consolação.Fones 3256-8541 e 3259-9433

Sala para médico e demais profissionais da saúde,com IE completa. Sala de espera, secretária,estacionamento. Próxima à Praça dos Estudantes– Guarulhos. Fones 6461-3783 e 6468-0540

Salas para médicos e demais profissionais da saúde,com IE completa. Sala de espera, secretária eestacionamento. Próximas à Praça dosEstudantes. Fones 6461-3783 e 6468-0540

Salas, cons. médico c/ toda IE. R. Pio XI, Lapa.Toda IE. Integral, períodos, p/ horas. Inclusive p/psicólogas, fonoaudiólogas, nutricionistas.Fones: 3644-4043 ou 3644-3274

Salas em clínica no Tatuapé. Fones 6673-9458,9961-1279 e 6674-6452

Salas, clínica c/ infra-estrutura completa. Ótimopadrão, prédio novo. Períodos/integral,Aclimação, 20m do metrô Vergueiro. Fone3271-7007 (Elizabeth)

Vila Mariana, sala p/ médicos, dentistas,psicólogos. Período ou integral. Consultório c/toda infra-estrutura. Próxima ao metrô AnaRosa. Fones 5575-5170 e 9980-6436(Cristina)

Vila Mariana. Sala por período. Rua Sena Ma-dureira, 80. Próxima à estação do metrô VilaMariana. Ótimo ambiente e estacionamentopara dez carros. Fone 5083-6881

Horário em consultório ginecológico. Qualquerhorário, já com aparelho de ultra-sonografia.Fones 3885-9274 e 3051-7131 (dr. Roberto)

Horários em salas mobiliadas com secretárias,estacionamento para clientes e possibilidadede atendimento a convênios pela clínica. Email:[email protected] Fones 3064-4552,3060-8244 e 3088-4545

Período em consultório. Rua Cerro Corá. Fone3031-4188, Walter

Período em consultório médico na área deginecologia, obstetrícia, mobiliado e com todaIE na região da Vila Olímpia. Fones 3846-9022e 3846-5246

Períodos em consultório médico de alto padrão,totalmente montado, próximo ao Metrô SantaCruz. Fone 5082-3390

Períodos em consultório médico em Moema(sobrado), com secretária, estacionamento einfra- estrutura. Fone 5542-8784

Salas ou meio período em clínica médica emMoema. 4ª travessa atrás do Shop. Ibirapuera(casa térrea), c/ ar, pabx, polimed, alvarásvigilância, sala peq. cirurgia, estac. etc. Fones5532-1074 e 9982-2543, Olivério

Salas em clínica no Paraíso (Central ParkIbirapuera), com ramal telefônico, secretária.Condomínio com sistema excelente desegurança. Salas mobiliadas ou não. Fone5573-3000, Ana Paula

Sala ou períodos para médicos em consultóriona Vila Olímpia. Casa bem localizada, recém-reformada. Imperdível. Fone: 3841-9624

Sala p/ consultório c/ toda infra-estrutura. Al. dosJurupis, 452, cj. 32. Fone 5051-0799 (Valkiria)

Sala em lindo sobrado com ótima localizaçãoà Rua Oscar Freire, 129. Fone 3088-0595,Ana Cristina

Sala mobiliada para médicos e demaisprofissionais da saúde. Período integral com IEcompleta. Sitiuada em Higienópolis. Centromédico. Fone 9946-2212

Sala ou período para médicos, psicólogos efonoaudiólogos com toda IE. Metrô Brigadeiro.Fones 3141-9009 e 3251-3604, Sérgio

Sala em clínica totalmente equipada, emlocalização privilegiada e ambiente luxuoso p/profs. já estabilizados c/ nome nacional epacientes diferenciados. Fone 5051-3888(Eleni ou Mª Aparecida)

Sala ou período p/ prof. de saúde, clínica c/toda IE montada, no Brooklin. Av. Portugal,1644. Contatos p/ e-mail [email protected] Fone 9975-4490 (Eliana)

Salas e/ou períodos, centro médico altopadrão nos Jardins, próx. HC. Salas equipadasc/ toda IE. Funciona de segunda a sábado.Fones 3064-4011 e 3082-0466 (Valdira/Daniel)

Sala em clínica médica na Vila Mariana, ao ladodo metrô Ana Rosa. Fone: 5549-9622

Sala p/hora ou parceria, clínica no Imirim, ZonaNorte. Medicina estética, dermato, endócrino eortopedia. Fones 6236-4285 e 9746-4928

Sala ou consultório montado p/ período, R.Haddock Lobo, Jardins, próx. HotelRenaissance. Ligar das 8h30 às 11h30 e das13h30 às 19h. Fone 6604-5965

Sala para médicos e demais profissionais da saúdeem consultório com estrutura completa. Salade espera, telefone e fax. Vila Mariana, próximaao metrô Santa Cruz. Fone 5575-2089 (Ana)

Sala ou períodos em Perdizes para profissionaisda saúde. Fones 3871-2511, 3672- 0359 e9931-2713 (dra. Afra)

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CLASSIFICADOS

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CLASSIFICADOSIMÓVEIS

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