20/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.140

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Um novo momento para a saúde Abertura da unidade e a atuação nas UBSs permitem a melhoria no atendimento aos usuários do SUS CRISTIANO MIGON BENTO GONÇALVES Sábado 20 DE JUNHO DE 2015 ANO 48 N°3140 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br Casa Azaléia Crianças dividem espaço com adultos Promotoria abriu inquérito para investigar acolhimento de mulheres vítimas de agressão no albergue Página 33 UPA funcionando Páginas 22 e 23

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Um novo momento para a saúde

Abertura da unidade e a atuação nas UBSs permitem a melhoria no atendimento aos usuários do SUS

CRISTIAN

O M

IGO

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BENTO GONÇALVESSábado20 DE JUNHO DE 2015ANO 48 N°3140

R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Casa Azaléia

Crianças dividem espaço com adultosPromotoria abriu inquérito para investigar acolhimento de mulheres vítimas de agressão no albergue Página 33

UPA funcionando

Páginas 22 e 23

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Um novo olhar para o SUSEditorial

Em uma época de crise financeira acentuada e escassez de repasses de recursos dos governos estadual e federal, Bento Gonçalves torna-se referência em atendimento aos pacien-tes que precisam utilizar o Sistema Único de Saúde (SUS). A abertura da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), única das 17 existentes a funcionar de forma plena no Rio Grande do Sul, é apenas mais um ponto importante no trabalho reali-zado pelo Poder Público na cidade.

A substituição do PA 24 Horas pela UPA oferece de imediato uma modernização no atendimento aos usuários do SUS, além de proporcionar melhores condições de traba-lho aos profissionais que atuam na unidade de saúde. O local funciona como unidade intermediária de baixa complexidade e des-tina-se a desafogar os prontos-socorros, ampliando e melho-rando o acesso da população aos serviços de emergência no SUS. Ao atender um chamado de urgência, o Serviço de Aten-dimento Móvel de Urgência (Samu), após prestar o primeiro atendimento ao paciente, encaminha-o para a UPA, ou, em situações mais graves, para o hospital conveniado.

Com novos equipamentos, hoje é possível estabilizar um

A municipalidade vai na contramão de outros municípios e manterá a UPA com

recursos próprios

enfermo que esteja em estado grave, como aconteceu no pri-meiro dia de funcionamento da UPA, quando um paciente com parada cardiorrespiratória foi reanimado pela equi-pe médica da unidade. Além disso, a municipalidade vai na contramão dos demais municípios, mantendo a unidade em funcionamento com a realocação de recursos próprios, mes-mo existindo um acordo para o recebimento de recursos dos governos federal e estadual.

Para o segundo semestre, o Poder Público prepara a entrega de mais cinco Unidades Básicas de Saúde (UBSs), nos bairros Zatt, Vila Nova, Cohab, Fenavinho e Tancredo Neves, aumentando de 24 para 29 os locais para os usuários. Estas unidades vão permi-tir a ampliação dos atendimentos à popula-

ção destas regiões, aliviando as UBSs que atualmente reali-zam este serviço. Pela primeira vez, a Secretaria Municipal de Saúde conta com o quadro clínico completo em todos os pontos, garantindo uma prestação de serviço mais qualifica-da para a comunidade mais carente de Bento. São notícias importantes e positivas para um setor que anda tão carente de atenção, como a área da saúde.

Sábado, 20 de junho de 2015 2 Opinião

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Eu trabalhei na Isabela, pouco mais de dois anos, sob a Direção de Moyses Michelon. Antes disso eu havia feito de tudo um pouco. Na Alfaiataria e Loja do meu pai, ali na Saldanha Marinho, eu passava a ferro as fatiotas, fazia cobranças, cheguei a ir até o 6 da Leopoldina (5km) a pé, várias vezes, para cobrar a mesma conta porque, se vol-tasse sem dinheiro, no dia seguinte tinha que voltar e encontrar o de-vedor. Várias vezes fui (de ônibus) até o Seminário de Viamão cobrar as batinas (meu pai também fazia batinas) dos Padrecos (padres jo-vens), ficava um dia inteiro lá na recepção esperando por eles que me davam curva (alô Papa Francisco!) não queriam pagar o que deviam. Acho que fiz mais de doze viagens até Viamão. Eu sofria “bullying”, nesse período eu também vendia rádios portáteis vindos do Paraguai e , com o carro do meu pai, ia vender roupas lá na Irmãos Luchese, abria o porta malas cheio de calças, camisas, sapatos, os funcioná-rios escolhiam, eu fazia o vale, depois contava com a colaboração da empresa em descontar do salário. Mas, o trabalho que mais me dava prazer era de piloto. Às sextas feiras eu levava o empresário de trans-portes Armando Guerra para sua fazenda em Lagoa Vermelha, pou-sava na fazenda em meio as vacas que ele conhecia pelo nome uma por uma. Quando chegávamos lá estavam todas sempre no meio da pista como que “ esperando por ele”. Eu dava uns rasantes elas olha-vam para o alto e ouviam ele gritar com a janela aberta “sai Filome-na”, sai “Princesa”, (cada uma tinha um nome) e elas só saiam depois de um tempo. Quando eu pousava não tinha mais combustível, ele tinha que ir de carro até a cidade (uns 25 kilômetros) para buscar e podermos voltar a Bento. Numa dessas viagens ao invés de fazer um rasante encima das vacas fiz na lateral delas, o deslocamento do ar fazia as vacas saírem, não precisou mais ir buscar combustível na cidade. No Aeroclube eu levei muitas crianças, até mil e quinhentos metros de altura pois, segundo os médicos, curava a coqueluche. E curava mesmo, teve só uma criança, um Joãozinho terrível, que não parava de tossir, “que raios eu dizia” saia da atmosfera, entrava nela e ele “nada”. Na quarta vez eu consegui, ele parou de tossir e eu le-vantei o troféu depois de um “ufa!”. Essa operação “cura coqueluche” durava três horas. Eu também dava instrução a alunos novos e fazia muitas viagens a praia ou para passeio ou para levar pessoas para o veraneio. Essas atividades todas, de mascate, de cobrador, de piloto,

Henrique Alfredo [email protected]

EU E DONA MIGUELINA me rendiam um bom dinheiro de tal forma que sempre tinha dinhei-ro ao contrario dos meus amigos ricos que nem mesada ganhavam dos pais. Ai, quando eu ia para o “bar do Quito”, ali na Mal. Deodoro, onde, de um lado militava a jovem guarda e, do outro, a velha guarda, eu fazia como a Dona Miguelina (mãe do Ronaldinho Gaucho) que nos bailões (hoje ela está adoentada, não vai mais) pagava a despesa de todo mundo que estava sentado num raio de 50 metros dela. Isso me contou um vizinho da casa da praia. Segundo ele, quando chegava no bailão (parece que da Restinga) ele dava R$ 50,00 para o garçom e perguntava onde ia sentar a Da. Mighelina, ele sentava por perto e não pagava a conta. Mas a ala jovem do bar do Quito era peque-na, ninguém precisava saber onde eu iria sentar, todos reservavam a minha cadeira (He,He,He!). E eu pagava sundays, torradas, essas coisas gostosas. Me dava prazer em fazer isso, me sentir um “colono do Barracão”, sendo útil e agradável para as pessoas mesmo que fos-se “pagando sundays”. Mas tinha uma grande vantagem, quando as meninas brigavam com seus namorados ricos me nomeavam “damo” de companhia e eu desfilava pela Saldanha Marinho sempre bem acompanhado, nem o fato de eu não ser fumante, usar calçado grande (ninguém que não fumasse calçasse sapato de número superior a 40 encontrava namorada fácil e eu usava 41 e não fumava!) e usar chine-lo de dedo, de vez em quando, afastava as meninas de mim. Quando elas voltavam para seus namorados só me restava cantar a música da Maysa: meu mundo caiu...., mas não por muito tempo, era só o “Zé Bonitinho” voltar ao bar do Quito. Ai eu cantava Carmem Miranda: taí, eu fiz tudo par você gostar de mim.... (paguei um sunday) e ia de encontro a Saldanha Marinho. Eu me considerava um “emergente social”, dinheiro no bolso, belas companhias, bons amigos, taí, agora me lembrei de um verso de poesia (uma das tantas) que tive que de-corar (de pé junto às paredes e depois da aula), por conduta indevida, quando estudava no Colégio Marista: “Oh que saudade que eu tenho, da aurora da minha vida, da minha infância (juventude) querida, que os anos não trazem mais..... Terminou o espaço, vocês querem saber como eu abandonei a carreira de piloto? Quando cai numa roça de milho, lá em Nova Prata, numa sexta feira santa, ao fazer um favor transportando um amigo. Voltarei, porém eu pergunto: será que eu tenho que pagar sunday, torradas, para esses jogadores do Inter cor-rer um pouco mais em campo? Continua na próxima edição, ai é que vai entrar a Isabela.

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Painel

O Instituto Federal de Edu-cação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) – Câmpus Bento Gonçalves promove uma ação de exten-são entre os dias 22 e 26 de ju-nho, de segunda a sexta-feira. A programação contará com duas palestras. Ainda, serão ministradas oito oficinas, sen-do uma destinada a profissio-nais que se dedicam diaria-mente a redigir textos técnicos ou oficiais. Duas são destina-das a professores de línguas e literatura de Ensino Funda-

mental e Médio. O trabalho é desenvolvido pelo Programa de Extensão “Línguas e Litera-turas no Câmpus” (PRELLIC) e vai ofertar cinco oficinas des-tinadas aos alunos de Ensino Médio, com temas referentes à redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e reso-lução de questões deste exame e de vestibulares. Os cursos são gratuitos e abertos à co-munidade. As inscrições são limitadas e podem ser realiza-das pelo e-mail [email protected].

Após ser aprovado por unanimidade na sessão plenária desta terça-fei-ra, 16, o Projeto de Lei 70/2015, proposto pelo deputado Alexandre Pos-tal (PMDB), o Bento em Vindima entra definiti-vamente no calendário oficial de eventos turísti-cos do Rio Grande do Sul. O evento é realizado em Bento Gonçalves durante os meses de verão, entre os dias 15 de janeiro a 15 de março, quando ocorre a colheita da uva, a tradi-ção foi herdada dos imigrantes italianos que chegaram ao estado há 140 anos, valorizando, assim, a cultura do fruto que dá origem ao principal produto turístico do município, o vinho.

Agora, o PL segue para sanção do governador José Ivo Sarto-ri. O líder do governo Sartori comemorou a votação expressiva durante a sessão (49 favoráveis e nenhum contrário). “É de vital relevância para a região da Serra como um todo esta aprovação. Bento Gonçalves tem boa parte da sua economia baseada em produtos ligados à uva, por isso a importância deste projeto e da valorização dos que dependem da cultura para manter suas famílias e empresas”, apontou Postal.

IFRS promove oficinas

Bento em Vindima passa a integrar o calendário oficial do Estado

A moradora do Vale Auro-ra, Eneida Menegotto, desde o mês de dezembro do ano passado tem em sua casa um

ninho com quatro caturritas. Ela relata que não é comum elas fazerem seus ninhos nas residências, e sim em pinhei-

ros ou outras árvores. A pre-sença dos pássaros também pode ser percebida pelo canto peculiar da espécie.

Sábado, 20 de junho de 2015 3

E aí prefeito Pasin, vamos criar o Museu da Imagem e Som? Ou vamos deixar que escape, entre os dedos, a memória de Bento?Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]

A pergunta que não quer calar

PainelJUA

REZ JUN

IOR, D

IVULG

AÇÃ

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ESTEFAN

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HUMOR Moacir Arlan

A Rio Grande Energia (RGE), distribuidora que atende a Ser-ra Gaúcha, terá redução média de 3,76% nas tarifas de energia elétrica que entraram em vigor ontem, 19. As novas tarifas da concessionária, que atende 1,4 milhão de clientes em 264 mu-nicípios no Rio Grande do Sul, foram atualizadas nesta terça--feira, 16, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A conta de luz dos clientes indus-triais será reduzida em 3,09% e a tarifa residencial, em 4,22%.

Energia mais barata

Mais moradores

CRISTIAN

O M

IGO

N

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Sábado, 20 de junho de 20154 Geral

O começo do fim?

Tem explicação?!

Pode isso, Arnaldo?

Confesso que quando Lula assumiu o governo em 2003 e começou a mexer com os sindicatos pensei que uma infinidade de privilégios, tão em voga no Brasil, teria um paradeiro. Mas, muito rapidamen-te, lideranças de centrais sindicais se mobilizaram e foram em marcha para Brasília e peitaram o então presidente. Lula disse que os sindicatos deveriam “ter vida própria, com recursos oriundos de seus associados”. Pois é, até os pombos que insistem em viver no velho Estádio Olímpico sabem que há sin-dicatos que usufruem de valores obtidos por acor-dos com sindicatos patronais que violam basilares princípios constitucionais. Mas, pelo que se consta-ta, ninguém tem coragem de colocar um paradeiro nisso. Surge, agora, uma luz no fim desse túnel: o sindicato dos comerciários do Rio de Janeiro foi tomado por um tsunami de irregularidades, rou-balheiras, locupletações e outros crimes mais. Será que as autoridades agirão do Oiapoque ao Chuí ou se resumirá ao Rio de Janeiro essas devassas?

Esta semana o Brasil e o mundo tomaram co-nhecimento de um absurdo, uma excrescência que, aposto tudo, somente existe nesse País onde uma constituição fajuta foi feita por pessoas que pensa-ram em si e não no povo. Falo do desembargador federal do Paraná, aposentado compulsoriamente pelo CNJ pela terceira vez por “venda de senten-ças, etcetera”, culminando no seu afastamento por “atitude incompatível com a honra e o decoro da magistratura”. Pois bem, esse “probo” senhor re-cebeu a título de “indenização” inacreditáveis R$ 388.390,23, pagos de uma vez só. Eis no tópico seguinte o que foi publicado no “Espaço Vital”, do Escritório de Advocacia Marco Antonio Birnfeld. Vale a leitura.

Eis o que foi publicado no Espaço Vital. Abre aspas: Mas não é tudo: a bolada de quase R$ 400 mil tem uma explicação que o juiz federal Eduardo Tonetto Picarelli, auxiliar da Presidência do TRF4, considera surrealista” – escreve a jornalista Rosane de Oliveira (ZH), ao informar o porquê da bolada de quase R$ 400 mil.

É que – segundo o TRF-4 - “o desembargador pu-nido recebeu em dinheiro o equivalente a 250 dias de férias não gozadas entre 15 de junho de 2008 e 15 de junho de 2012”. Esse é o período em que o desembargador esteve afastado de suas funções, respondendo ao processo administrativo discipli-nar no CNJ.

Como os magistrados têm direito a duas férias por ano, e o desembargador ficou quatro anos respon-dendo ao processo – sem trabalhar, naturalmente - recebeu os oito períodos de férias a título de “indeni-zação”. Por ser verba indenizatória, o dinheirão não sofre incidência do Imposto de Renda. Fecha aspas. E, agora, está sendo gestada a nova Lei Orgânica da Magistratura que prevê mais de uma dezena de “penduricalhos” para engordar contracheques.

ÚLTIMAS

Primeira: Que falta de assessoria! Que falta de “flagrômetro”! Deputados estaduais provocaram a ira de muita gen-te com um projeto que previa “passagem gratuita para apenados”. A reação popu-lar fez com que retirassem o projeto;

Segunda: Há mais de 20 anos brigo pela preservação da nossa água, mesmo que existam aqueles que acham que “está tudo bem”. Agora a NASA, agência espa-cial dos EUA e o Papa manifestam sua preocupação com a escassez de água em todo o planeta Terra;

Terceira: Vamos convidá-los para vir para cá, onde a preocupação com a água por parte de quem tem o dever de se preo-cupar não existe ou é pequena?

Quarta: Corruptos falando de corrup-tos é dose! Agora, diplomas de cursos e pós-graduação falsos, apresentados por professores, são flagrados. Pobre Brasil! E esses são os que se manifestam contra a corrupção!

Quinta: Vale o mesmo para os ban-didos que adulteram o leite, o queijo, remédios, etc, etc, etc, junto com seus advogados e contadores. Esse tipo de corrupto também “protesta contra a corrupção”;

Sexta: E por falar em corrupção, al-guém sabe a quantas andam as opera-ções “Rodin” (do Detran-RS), “Concuta-re”, “Zelotes” e tantas outras?

Sétima: Deputados querem tributar mais heranças e doações no Rio Grande do Sul. Duvido! É mais fácil tributar os pobres e os de baixa renda. Afinal, esses não con-tribuem com campanhas políticas;

Oitava: A UPA-24 horas é para aten-dimento de urgências/emergências. Se não for assim, existem as Unidades de Saúde dos bairros para atender usuários do SUS;

Nona: Impressionante esse goleiro Alisson, do Inter. Há vários jogos está carregando o time nas costas, impedindo derrotas com defesas milagrosas. Breve-mente estará na Seleção Brasileira;

Décima: Hoje tem Grêmio X Palmeiras na Arena do Grêmio. É jogo para lotar a Arena e apoiar o Grêmio. Uma vitória é fundamental para as pretensões tricolo-res. O horário, 21 h, num sábado de inver-no, é bem coisa de quem não conhece o Rio Grande do Sul. Falta de respeito com o torcedor.

Antô[email protected]

Atividade acontece hoje na Fundação Casa das Artes

Oficina Literária

Neste sábado, 20, os escri-tores gaúchos Raquel de Mar-co e Delcio Antônio Agliardi promovem uma oficina lite-rária na Fundação Casa das Artes, em Bento Gonçalves. A atividade integra o projeto Duetto Poético, que deu ori-gem ao livro de poesias com o mesmo nome, composto por 99 títulos inéditos. A ofi-cina tem início às 9h e térmi-no previsto para o meio-dia. A participação das pessoas é gratuita e o conteúdo é dire-cionado para o público jovem e adulto e irá abordar a cons-trução de textos do gênero.

A proposta da oficina segue as premissas do livro: difundir e instigar o gosto pela litera-tura através da poesia. “Nosso intuito é aproximar e familia-

rizar o público que gosta ou tem interesse por esse gênero literário. De forma descontra-ída, vamos conversar sobre poesia, trocar ideias e experi-ências literárias. Quanto mais nos aprofundamos no assun-to poesia, mais interessante e cativante ele se torna”, desta-ca Agliardi.

Não é necessário ter conheci-mento prévio, basta compare-cer munido de caneta e papel. Exemplares do livro serão dis-tribuídos durante o encontro. O projeto Duetto Poético conta com patrocínio da Prefeitura de Bento Gonçalves, por meio do Fundo Municipal de Cul-tura e apoio do Conselho Mu-nicipal de Políticas Culturais. A edição do livro foi realizada pela Tomo Editorial.

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Itacyr Luiz Giacomello | [email protected] | n° 1.981

IGVariedades

A FRASE

A glória dá-se aos que sempre sonharam com ela! (Charles De Gaulle)

Expobento - a grande vitrine Ao alcançar os objetivos traçados e trabalho dos mais expressi-

vos pela Diretoria Executiva e equipe de apoio, a ExpoBento 2015 –Uma Feira Sem Limites – a Vitrine Nacional da Serra Gaúcha chegou ao seu final, realizada de 4 a 14 de junho 2015 coroando com sucesso sua 25ª edição marcada pela presença do Governa-dor José Ivo Sartori, mais de 201 mil visitantes, bons negócios além de inúmeros atrativos. Parabéns aos seus organizadores na pessoa de seu presidente Laudir Piccoli e presidente do CIC-BG Leonardo Giordani entidade promotora da grande feira. Parabéns e até a próxima em 2016. Valeu!

Proamb - Fiema Brasil 2016Voltada para abrir caminhos e buscar soluções ambientais se-

guem os preparativos da Fiema Brasil –Feira Internacional de Tec-nologia Para o Meio Ambiente- que acontece no Parque de Eventos em Bento Gonçalves-RS - de 5 a 7 de abril 2016 em sua 7ª edi-ção.- cuja expectativa até aqui é das maiores fruto de sua organi-zação e credibilidade.- É bom lembrar que a Fiema Brasil 2016 é a maior feira do setor ambiental do Sul do Brasil. Em sua trajetória de eventos já recebeu centenas de empresas, instituições e órgãos nacionais e do exterior. Atualmente a feira se consolida como uma referência em desenvolvimento sustentável no Brasil e no mundo. Promovida pela Fundação Proamb liderada pelo presidente Neri Gilberto Basso a Fiema Brasil 2016 tem como presidente o empre-sário Jones Favretto destacando que a feira apresenta uma traje-tória de avanços demonstrando sua maturidade e vocação a cada edição. Vamos trabalhar em equipe para fazer o melhor buscando os objetivos almejados! Fique ligado!

Laço Velho – bingo e melhorias

Congresso Movergs

Importante investimento vem aí liderado pelo patrão do CTG Laço Velho de Bento Gonçalves Antenor Rizzi. Trata-se de melho-rias e reformas estruturais entre elas estudos e projeto para equi-par e aquecer o ambiente do grande salão de festas com a coloca-ção de dispositivos capazes de tornar o inverno mais agradável e temperatura condizente para cada ocasião. Com o objetivo de arrecadar fundos para o investimento o CTG Laço Velho promove dia 17 de julho 2015 às 19h30min o 1º Bingo Beneficente. Valiosos brindes, comes e bebes e, atrativos extras integram a promoção coordenada pelo patrão Antenor Rizzi e colaboradores José Lirio Panizzi, Edson Rogerio Biasi, Sidnei Zilio, Ivanir Franco e equipe. Informe-se 3452.3586! Prestigie!

O município de Bento Gonçalves-RS vai preparando o XXV Congresso Movergs que deverá reunir cerca de 500 participan-tes dia 1º de julho 2015 das 8 às 16h com intervalo ao meio dia no Dall Onder Grande Hotel. O Congresso é promovido pela Mo-vergs - Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul e seu presidente Ivo Cansan aguarda um encontro dos mais expressivos que abordará debates sobre o atual cenário econômico do setor. Conhecimento e atualização ao empresaria-do da cadeia produtiva madeira-móveis também estarão na pau-ta visando novos desafios. O Congresso Movergs vai apresentar um panorama atualizado do setor debatendo sobre a necessida-de de empresas repensarem e recriarem alternativas a fim de se manterem competitivas, afirma o presidente Ivo Cansan. Assim o XXV Congresso Movergs vai contar com painéis abordando a realidade do mercado, investimentos e competitividade nos ne-gócios Serão palestrantes; Marcelo Villin Prado, José Roberto Mendonça de Barros, Luciano Almeida e Pedro Janot. Painéis importantes para o setor moveleiro integram o tradicional even-to! Inscreva-se 2102.2450! É isso aí!

Reunião aborda Project Model Canvas e o Edital Senai/Sesi Inovação 2015

Informações:As inscrições podem ser

efetuadas até às 12h de terça-feira, 23, no link ht-tps : / /www.sympla.com.br /cafe-com-o-sebrae- --simmme-conheca-o-pro-jec t -model -canvas-e-o--edital-senaisesi-de-inova-cao-2015__36341;

Mais informações podem ser obtidas pelo fone (54) 3452.1277.

Simmme e Sebrae realizam Café da Manhã Empresarial

Encontro

Será realizado mais uma edição do Café da Manhã

Empresarial promovido pelo Sindicato das Indústrias Me-talúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Bento Gonçalves (Simmme), em parceria com o Serviço Brasi-leiro de Apoio às Micro e Pe-quenas Empresas (Sebrae). O evento será realizado na pró-xima quarta-feira, 24, no Ho-tel Laghetto Viverone.

O encontro, com início mar-cado para às 7h30min, terá como tema “Conheça o Pro-ject Model Canvas e o Edital Senai/Sesi de Inovação 2015” e será apresentado pelo mes-tre em Engenharia de Ma-teriais Ambiente e Energia, Renato Bernardi, que é espe-cialista em Inovação no Insti-tuto Senai de Tecnologia em Madeira e Mobiliário.

O Project Model Canvas é uma metodologia robusta de gerenciamento de projetos, sem o preenchimento de inú-meros documentos e sem bu-rocracia. É ideal para ambien-tes que querem aprimorar sua capacidade de planejamento, mas que se caracterizam por inovação, alta dinâmica dos negócios, muitos projetos em paralelo e nos quais soluções rígidas e engessadas não se aplicam. O Project Model Canvas concentra-se no es-sencial, a alma do projeto e permite com que os stakehol-ders (público estratégico) participem da concepção do plano.

Outro ponto que será abor-dado no evento, é o Edital Senai/Sesi de inovação tem por objetivo captar e finan-ciar projetos de inovação para

a indústria brasileira. Com uma ampla rede de Institutos de Pesquisa e de Inovação, o Senai se apresenta como par-ceiro da indústria para a sub-missão dos projetos.

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Sábado, 20 de junho de 20158 Geral

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DenisedaRé

De adversidades“Se está ruim pra você, imagina pra quem descarregou

um caminhão de brita em casa errada.” Recebi essa men-sagem agora mesmo através do WhatsApp, aplicativo com quem eu ando meio brigada por incompatibilidade de gê-nios. Mas valeu o esforço, porque ri bastante, o que é po-sitivo nesta conjuntura tão negativa.

O problema é que o pessimismo é uma doença lenta e fa-tal. Tudo bem, a marolinha de anos passados virou um tsu-nami, provocado por uma série de questões dentre as quais a ambição desmedida daqueles que detêm o poder – social, econômico, político..., em todas as esferas (até no universo da “redonda” mais amada do Brasil), em todos os ângulos, do côncavo ao convexo. Em resumo: Diógenes, nos tempos atuais, procuraria gente honesta com um facho de luz no lugar da lanterninha. Mas “não podemos se entregar pros home, de jeito nenhum, amigo companheiro...”.

Olha só no que deu o tal de “zapzap”: acabei surfando em outra onda! Meu foco pra hoje é outro, mas não menos inquietante. Trata-se de pesquisa feita por uma universi-dade sobre a matança de bichos que o bicho homem pro-voca nas estradas brasileiras, especialmente nas rodovias que cruzam áreas de proteção ambiental. Segundo o estu-do, cerca de cinco milhões de animais de pequeno, médio e grande porte são mortos por ano, inclusive de algumas espécies ameaçadas de extinção. Ou seja: a cada minuto, são atropelados em torno de nove animais. Pode?!

Felizmente neste mundo quadrado, ações exemplares mantêm o equilíbrio, como o fato ocorrido em Boston, que, segundo o talentoso David Coimbra (o cara está cada vez melhor), é corriqueiro no trânsito de lá. Ele conta em uma de suas crônicas, que uma família de patos – ma-mãe pata, papai pato e uma dúzia de patinhos – em fila indiana, resolveu atravessar a rua na hora do rush, em direção ao parque. O gaúcho ficou arrepiado antevendo a tragédia, mas os bostonianos, orientados pela sua cons-ciência ecológica, foram diminuindo a velocidade de seus veículos até pararem completamente, e a família de patos pode assim cruzar a avenida sã e salva.

Não é bonito isso? Se fosse por aqui, acho que daria... daria o sinônimo de Bostom.

E a viagem continua (V)

Então a gente estava em Veneza, a cidade mais singu-lar do mundo, percorrendo suas ruas e tentando entender sua história. Ouviam-se línguas e sotaques diversos, mas só a italiana ousávamos arranhar.

Curtíamos, certa feita, um “papo cabeça” com o dono do hotel em que nos hospedamos, quando, de repente, ele mudou o rumo da conversa. Ao perguntarmos o nome de um rio, ele simplesmente citou um filme chamado “Pó”. “Poeira em alto Mar”, pensei com meus botões. Estava ainda surpresa com a quebra do pensamento, quando o veneziano nos questionou sobre um importante filme brasileiro que não lembrava mais o nome. De imediato, respondi com meu “talian”: “Due fioli de Frantchesco”. E ele, coçando a cabeça:

-San Francisco... Ma due fiumi con lo stesso nome?

PS: “fiume: rio

Período de acompanhamento das condicionalidades encerra no dia 26

REPROD

UÇÃ

O

Beneficiários devem procurar as Unidades de Saúde mais próximas

Cadastrados devem ficar atentos ao cronograma

Bolsa Família

Cristiane Grohe [email protected]

As famílias cadastradas no Programa Bolsa Família

devem ficar atentas ao perío-do de acompanhamento das condicionalidades de saúde previstas pelo projeto. O pro-cedimento, que encerraria on-tem, 19, foi prorrogado para mais uma semana: de 22 a 26 de junho. Devem comparecer às Unidades Básicas de Saúde (UBSs), mais próximas da resi-dência, as famílias que tenham crianças até 7 anos, (essas de-vem levar a carteira de vaci-nação), mulheres que tenham entre 14 e 44 anos e gestantes (independente da idade).

As condicionalidades são os compromissos assumidos tan-to pelos beneficiários do Bol-sa Família quanto pelo Poder Público para ampliar o acesso dessas pessoas a seus direitos sociais básicos. Por um lado, cada parte envolvida deverá assumir e cumprir esses com-promissos para continuar re-cebendo o benefício. Por outro, as condicionalidades respon-sabilizam o Poder Público pela oferta dos serviços públicos de saúde, educação e assistência social. De acordo com a coor-denadora do Cadastro Único da Secretaria de Habitação e Assistência Social (SEMHAS), Adriane Lazzarotto, esse acom-panhamento é feito duas vezes por ano. “De fevereiro até ago-ra apenas 50% dessas famílias fizeram o acompanhamento”, comenta. Ela explica que o não comparecimento às UBSs pode implicar no bloqueio no rece-bimento deste benefício. “É um serviço de saúde oferecido que não está sendo aproveitado pe-los beneficiários”, avalia.

Adriane revela que em Bento Gonçalves 1200 pessoas rece-

bem esses recursos. “O núme-ro pode oscilar de um mês para outro”, destaca.

Como funciona

O Bolsa Família é um pro-grama que contribui para o combate à pobreza. Ele faz isso de duas formas: transferindo a cada mês uma quantia em di-nheiro diretamente às famílias e acompanhando, nas áreas de saúde e educação, as crianças, os adolescentes e as mulheres grávidas.

Para entrar no projeto, a fa-mília precisa ter seus dados registrados no Cadastro Úni-co. O cadastramento é feito somente pelo município, que deve orientar as famílias sobre o funcionamento do Programa.

Podem ser selecionadas para participar todas as famílias com renda mensal por pessoa de até R$ 77, mesmo que não tenham gestantes, crianças ou adoles-centes na família e as aquelas com renda familiar mensal por pessoa de R$ 77,01 até R$ 154 que tenham gestantes, crianças ou adolescentes.

A prioridade na seleção de beneficiários é dada a partir das

informações de renda mensal por pessoa e pela quantidade de crianças e jovens com idade de zero a 17 anos na família. A inscrição do grupo no Cadastro Único não garante a entrada automática no Programa Bolsa Família.

Ao se cadastrarem, os cida-dãos podem ter acesso a outros programas sociais, como o Pro-natec (cursos para qualificação profissional); a Tarifa Social de Energia Elétrica; o Minha Casa Minha Vida; a Carteira do Ido-so; as Cisternas; entre outros. E, se a família estiver dentro das regras, ela pode fazer parte de mais de um programa — por exemplo, ser do Bolsa Família e ter uma pessoa matriculada em cursos do Pronatec.

O Cadastro Único permite conhecer a realidade socio-econômica das famílias, tra-zendo informações de todo o núcleo familiar, das carac-terísticas do domicílio, das formas de acesso a serviços públicos essenciais e, tam-bém, dados de cada um dos componentes. Além disso, proporcionada o acompanha-mento escolar das pessoas be-neficiadas.

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Sábado, 20 de junho de 2015 9Geral

A 19ª edição da festa oferece shows em espaços diferenciados para todos os gostos musicais, além de comidas típicasA

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Serviço:O que: Festival do QuentãoOnde: Salão da Comunidade

15 da GraciemaHorário: os portões abrem às

21h e o shows começam às 22hValor: R$ 25 antecipado (até

às 12h). Na hora R$ 35Atrações: Banda San Mari-

no, Joel Carlo e Flor da Serra e Banda Raio X

Informações: (54) 9645.3599

Direção da Associação Marcilio Dias e comissão organizadora do evento que reúne a comunidade e visitantes

Festival do Quentão é neste sábado15 da Graciema

O Festival do Quentão, pro-movido pela Comunidade

Marcilio Dias, no 15 da Gracie-ma, que já está na 19ª edição, será realizado hoje, dia 20, a partir das 21h. Os ingressos podem ser adquiridos anteci-padamente pelo valor de R$ 25, até às 12h, nos seguintes pontos: Posto São Roque e Mundi Calçados, em Bento Gonçalves, na Ortafrutti, em Garibaldi e no Mercado Splen-dor, no Vale dos Vinhedos. Após os convites serão comer-cializados à R$ 35 e podem ser adquiridos no local do evento.

Para animar o público, sho-ws com a Banda San Marino Joel Carlo e Flor da Serra e Banda Raio X. O repertório é eclético e engloba músicas das própris bandas e pout pourris de sucessos. Além do espaço Black Out e o DJ Matheus Car-bonera. Este ano, a festa terá novidades no cardápio.

Comes e bebes Além das comidas e bebidas

típicas, como pinhão, pipo-ca, amendoim, grostoli doce, vinho e quentão, terá ainda batata frita e grostoli salgado. Outra surpresa desta edição serão os prêmios em dinheiro para o primeiro, segundo e ter-ceiro colocados, na disputa do melhor “Traje Típico” da festa.

Quem comanda esta edi-ção do Festival do Quentão é Gabriel Zottis presidente da associação Marcilio Dias, contando ainda com Volnei Frizzo e Maria Helena, Pe-dro Dalla Corte e Lucia Dalla Corte, Antônio Sartori e Zenei Sartori, além da comissão or-ganizadora Clário Dalla Corte e Evandro Ficagna.

Como já é tradição, são espe-radas centenas de pessoas da própria localidade, de Bento Gonçalves e da região serrana.

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Sábado, 20 de junho de 201510 Geral

AssuntaDeParis

Colonização do Rio Grande Do Sul (140 anos)

Os movimentos migratórios que, tanto no passado como no pre-sente, levam ao deslocamento de milhares de pessoas, populações inteiras, às vezes, são sempre fenômenos complexos que envolvem fatores econômicos, ecológicos, sociais e culturais. Para aquele que se estabeleceu no novo lugar de residência, a terra que o acolhe é de esperança...

A comemoração dos 140 anos da chegada dos imigrantes no Rio Grande do Sul é um momento oportuno para deixar de lado os ufa-nismos étnicos e as narrativas lineares e simplísticas, para tentar entender o fenômeno migratório em sua complexidade que nos revela as contradições do passado que continuam a tensionar os processos sociais do presente.

Cabe lembrar que o fator principal que trouxe os imigrantes para o Rio Grande do Sul foi o econômico. As transformações na agri-cultura e na indústria que lá aconteceram, criaram um excedente de mão de obra impossível de ser assimilada e que, para evitar as tensões sociais foi “exportar os imigrantes para as Américas”.

Os imigrantes que ali chegaram eram em sua grande maioria, os sobrantes da nova realidade econômica italiana. A transformação econômica da Itália foi possível graças à ação da nova classe dirigen-te que, com a unificação da Itália, assumiu o Poder extinguindo os Estados Pontifícios e afastando o Papa e o clero do centro do Poder.

Em outras palavras, os imigrantes que aqui chegaram vieram marcados pelas tensões econômicas, políticas e sociais da Itália. E, para que a situação se tornasse ainda mais complexas para os imigrantes, o Brasil que os acolheu também estava passando por profundas transformações.

A nova classe social ligada à cultura do café, à fraca industriali-zação e ao comércio exportador impulsionava o fim da Monarquia e do predomínio da antiga nobreza. A Proclamação da República significou não apenas a queda de um rei, mas uma mudança na es-trutura econômica brasileira e a subida de uma nova classe política ao poder. A nova elite republicana, educada dentro dos preceitos do positivismo, vê na Igreja e na religião um atraso para o progres-so que pretende implantar na sociedade brasileira. A instalação dos imigrantes no Rio Grande do Sul dá-se neste momento de tensa transformação da sociedade brasileira.

A educação, como um dos espaços privilegiados para a consoli-dação de um projeto social, foi também um espaço de disputa entre vários fatores sociais daquele momento histórico. Podemos afir-mar que, na região de colonização Italiana, conviveram com ten-sões que disputavam entre si as mentes e os corações dos jovens filhos dos imigrantes.

Hoje, vivemos em festa de comemorações dos 140 anos, mas o inicio de grandes desafios.

tretanto, as alterações continu-am sendo realizadas no inte-rior”, afirma.

O coordenador explica que a partir do momento em que a licitação estiver aberta, ain-da existem prazos impostos pelo processo: inscrição das empresas, avaliação dos docu-

mentos, seleção da vencedora e liberação da ordem de serviço. “Isso deve demorar um pouco, também existe o período após a divulgação da vencedora, em que precisamos esperar as contestações. É a burocracia do processo e precisamos res-peitá-la”, completa.

Ao que tudo indica, as obras do Museu do Imigrante

caminham a passos largos para a conclusão. Após permanecer por mais de quatro anos fecha-do, sem intervenção de restau-ro, a edificação vinha passando por trabalhos de reforma. No entanto, devido à falta de uma atualização juntamente ao Mi-nistério da Cultura, as ativida-des haviam sido interrompidas em novembro de 2014. Segun-do Fabiano Mazzotti, coorde-nador de execução da obra, a expectativa é que o órgão dê seu aval para retorno em breve.

No meio tempo, enquanto o processo licitatório não é lan-çado, o local continua passan-do por alterações de menor porte. De acordo com Mazzot-ti, na última semana, todas as janelas do andar inferior foram removidas e encaminhadas ao restauro. “Parece que a obra não está em andamento para quem vê pelo lado de fora, en-

Trabalhos foram interrompidos em 2014 para atualização junto ao órgão

CRISTIAN

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Na última semana mais 12 janelas foram enviadas para a restauro Tradição: prato típico do imigrante italiano, a polenta, é a principal atração do cardápio

Obra aguarda assinaturas do Ministério da Cultura

Museu do Imigrante

Cristiano [email protected]

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Sábado, 20 de junho de 2015 11Geral

A Câmara de Vereadores vota na sessão ordinária

da segunda-feira, 22, o Projeto de Lei Ordinária nº 90/2015 de autoria do Poder Executi-vo, que visa autorizar o Muni-cípio a conceder, por meio de outorga pública, a colocação de propaganda nos abrigos de pa-radas de ônibus da cidade. Na sessão também serão votados outros três projetos de lei de origem do Executivo. Do Poder Legislativo, serão analisados dois projetos e uma resolução.

A proposta da Prefeitura é utilizar os recursos obtidos com as concessões, exclusiva-mente, para a aquisição, insta-lação e manutenção de abrigos para a proteção dos usuários do sistema de transporte co-letivo. Pelo projeto, a mesma verba seria utilizada para a confecção e colocação de mate-riais informativos sobre itine-rários e horários das linhas de ônibus coletivos.

O projeto 87/2015 autoriza a contratação temporária, pelo município, de um assistente so-cial, um psicólogo e cinco pro-fissionais de nível médio “com experiência em atividades de mobilização social e/ou cur-sando ensino superior na área social”. Os profissionais, que serão selecionados por proces-so seletivo simplificado, serão empregados no plano de ação do Programa Nacional de Pro-moção do Acesso ao Mundo do Trabalho. Os contratos de tra-balho terão a duração de 10 me-ses, podendo ser prorrogados uma vez por igual período.

O projeto 88/2015 regula-menta a realização de feiras eventuais ou itinerantes que visam a comercialização de ser-viços, produtos e mercadorias a varejo no município. A justi-ficativa, segundo o documento, é a necessidade de resguardar a segurança física e moral dos visitantes, zelar pela atividade do comércio local e regular a incidência de taxas municipais e impostos, já que essas feiras ocorrem de forma desregrada, criando uma situação de inse-gurança nas diversas áreas.

O projeto 89/2015 solicita a abertura de crédito especial de R$ 4, 6 mil do Fundo Munici-pal do Idoso para o município, a fim de adquirir materiais como talões de recibo e fôlderes para divulgação do próprio fundo.

Projeto de origem do Executivo tem como objetivo utilizar os recursos da concessão para recuperar e construir abrigos

Propaganda nas paradas vai a votaçãoCâmara

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Sábado, 20 de junho de 201512 Geral

Bandeirinhas coloridas, balões, pipoca, pinhão e

quentão, são decorações e co-mes típicos do mês de junho. Marcado pelas comemorações de festas juninas, também é caracterizado pela fé e devoção aos santos católicos São João, Santo Antônio e São Pedro.

Tradicionalmente é realiza-do nas escolas, diversas ativi-dades são promovidas pelas instituições para marcar a data e festejar São João, co-memorado em 24 de junho. No dia 12 de junho, a Escola Luiz Fornasier, do bairro Bo-tafogo, realizou suas festivida-des com quadrilha, apresen-tações e casamento caipira. Toda comunidade escolar se envolveu, desde os pequenos da educação infantil, até o 9º ano. A equipe diretiva agra-deceu a todos os professores, funcionários, CPM e Conselho Escolar que se dedicaram para o sucesso do evento.

No mesmo dia, a Escola de Ensino Fundamental Senador Salgado Filho, em São Valen-

Hoje, 20Escola Municipal Ernesto

Dorneles, às 12h;Escola Municipal Princesa

Isabel, às 13h;Escola Estadual Maria Goretti,

às 13h30min, no salão comuni-tário do bairro;

Escola Municipal Fenavinho, às 14h;

Escola Municipal Noely Clemen-te de Rossi, às 14h;

Escola Estadual Professor Jo-sé Pansera, às 14h, no salão pa-roquial de Pinto Bandeira;

Escola Municipal Aurélio Fra-re, às 16h, no salão comunitá-rio do bairro Vinhedos.

Sábado, 27Escola Municipal São Roque,

às 11h;

Sábado, 4 de julhoEscola Municipal Ouro Verde,

às 14h;Escola Municipal Santa Helena,

às 14h, no ginásio da Associação Santa Helena;

Escola Estadual Egídio Fabris, às 14h.

Sexta-feira, 10 de julhoEscola Estadual Imaculada Con-

ceição, às 17h30min; Escola Municipal Alfredo Ave-

line, às 19h, no ginásio.

Escolas

Festejos juninos mobilizam estudantes e a comunidadeInstituições de ensino celebram São João nos meses de junho e julho

Comemoração aconteceu no dia 12 na escola Luiz Fornasier

Sexta-feira, 26Colégio Cenecista, às 19h, no

ginásio da escola;

Domingo, 5 de julhoEscola Estadual São Pedro, às

19h, no salão da comunidade.

Sábado, 11Escola Municipal Liette Tesser

Pozza, às 10h;

tim, promoveu, no salão da comunidade, a festa junina e o bingo. Pais, alunos e dire-ção estavam envolvidos nas comemorações e não faltou comida típica, como amen-doim, pipoca e muita anima-ção do público presente.

Mesmo o mês de junho

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Escola Estadual Angelo Chia-molera, às 20h, no salão paro-quial de Faria Lemos.

Associação Pró-Autis-tas Conquistar (APAC), às 13h30min;

Colégio Estadual Dona Isa-bel, às 13h30min;

Escola Municipal Maria Zambon Benini, às 14h;

Escola Municipal Félix Fac-cenda, às 14h;

Escola Municipal Maria Bor-ges Frota, às 14h;

Escola Municipal Tancredo Neves, às 14h;

Escola Estadual Carlos Dreher Neto, às 14h;

Escola Estadual Amaro Bit-tencourt, às 14h, no salão do Ceacri Balão Mágico.

Sábado, 11Escola Estadual Nossa Se-

nhora da Salette, às 17h, no gi-násio do bairro Barracão.

sendo o centro das atenções, muitas festividades ficam para serem realizadas no mês de julho. Chamadas de festas julinas, elas têm o mesmo es-pírito dos demais eventos e contribuem para a alegria da-queles que adoram comemo-rar o São João.

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Sábado, 20 de junho de 2015 13Geral

Luciano Callegari é um ben-to-gonçalvense com uma

longa história de vida. Depois de um ano morando em São Paulo, regressou a Bento Gon-çalves em fevereiro. Desde seu retorno, atua voluntariamente com a ajuda de empresários e artistas, além de receber apoio de padarias, salões de beleza e pessoas de uma forma geral, para auxiliar entidades, levan-do alegria aos que necessitam.

Com o intuito de ajudar o próximo, Callegari idealiza um projeto que iniciou no tempo que morou em São Paulo. “Lá o Governo tinha uma preocupação com as pessoas institucionalizadas, eu tocava em um asilo e pa-lestrava em uma clínica e vi situações drásticas e deca-dentes da vida humana, e isso me despertou. Você percebe

que lá a vida é tratada como um negócio, diferente daqui”, ressalta.

A primeira ação concretiza-da pelo bento-gonçalvense e voluntários no município foi a entrega de alimentos ao Lar do Ancião. “Eu tinha um quilo de café e um violão e com a ajuda que recebi, levamos cinco car-

ros com alimentos para os ido-sos e uma banda musical. Até mesmo fiquei surpreendido com a repercussão que teve, e isso é muito bom”, reflete.

Tudo é organizado por meio das redes sociais. Callegari afirma que posta em seu Fa-cebook a atividade que será realizada e diversos volun-

tários, se propõem a ajudar. “Eu lanço o projeto e diferen-tes pessoas contribuem com a ação. Tenho parceiros que já me acompanham desde o início, como o Rudy Garcia e Ernani Cousandier e é assim, eu divulgo, e eles me ajudam a divulgar”, comenta.

A quarta ação do ano será realizada no dia 27 de junho, em Carlos Barbosa. A convite de Marli Tumelero e Adriana Benini, da entidade Casa de Repouso Elisa Tramontina, várias ações serão desenvol-vidas, como massagens, cabe-lo, maquiagem, caricaturas, além do evento musical. Para que seja possível realizar o encontro, Callegari esclarece que necessita de auxílio. “Já tenho algumas pessoas sem-pre dispostas para me ajudar, mas preciso que as outras me apoiem. Não queremos recur-sos financeiro, mas o elemen-to humano que disponha de

um tempo para se dedicar ao outro. Em tudo isso o maior beneficiado é você, é ajudar quem mais precisa. Se você está com algum problema, procure, sempre, quem está com um problema maior que o teu”, ressalta.

Com o lema “Livro sem pá-ginas denominado vida”, Cal-legari escreve a sua história e a de tantas outras pessoas nas páginas em branco desta obra. Devido a isso, o bento--gonçalvense explica que os trabalhos são desenvolvidos a partir de agendamentos. “Escrevo vários capítulos da minha história e da vida des-tas pessoas. As entidades que querem nosso trabalho são bem vindas e estamos desen-volvendo também módulos para creches. Os interessados podem entrar em contato pelo telefone: (54) 9160.0830, ou pelo e-mail [email protected]”, finaliza.

Solidariedade

Voluntário leva a alegria para idososAtividades são realizadas em entidades com a colaboração de pessoas, empresários, padarias, artistas e salões de beleza

Cleunice [email protected]

Lar do Ancião, em Bento, foi contemplado com ações do projeto social

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Sábado, 20 de junho de 201514 Geral

A prefeitura de Bento Gon-çalves abriu nesta sexta-

-feira, 19, o edital de licitação para o asfaltamento de ruas estratégicas do município. Com um investimento de R$ 7 milhões, as vias Arcido Gar-bin, Estefânia Pasquali, Dom José Barea, Vitória e Davile Sandrin (Estrada da Vindi-ma) receberão as melhorias nos próximos seis meses.

De acordo com o enge-nheiro da prefeitura, Simão Carraro, as obras não serão apenas de pavimentação,

Prefeitura lança edital de licitação das vias Arcido Garbin, Estefânia Pasquali, Dom José Barea, Vitória e a Estrada da Vindima

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Engenheiro Simão Carraro (d) explica como serão realizadas melhorias

Onde vai ter asfaltoAs ruas Estefânia Pas-

quali, Dom José Barea e Vitória serão asfaltadas, te-rão recuperação da canali-zação pluvial e revitalização das calçadas. Serão 960 me-tros de extensão, com o ob-jetivo de facilitar o acesso de quem vem da Zona Sul em di-reção ao Centro. As vias con-tinuarão com mão dupla, mas se estuda a colocação de um semáforo em um dos pontos de maior fluxo de veículos. O investimento na obra será de R$ 984 mil.

Ruas estratégicas serão asfaltadasMelhorias

Marcelo [email protected]

Na rua Arcido Garbin, além do asfalto será construída uma ro-tatória junto à ERS-444. A melho-ria vai permitir o acesso às indús-trias de móveis diretamente pelo bairro Santa Helena, evitando a circulação de caminhões pela área central. O investimento será de R$ 2,47 milhões para pavimen-tação de uma área de 830 metros.

Na rua Davile Sandrin, tam-bém conhecida como Estrada da Vindima, no bairro Pomarosa, será 1,75 quilômetro de asfalto. O mu-nicípio recebeu a doação de uma área ao lado da via para fazer a pa-vimentação. A estrada será recons-truída lateralmente, com mais espa-ço e calçadas nas duas laterais. O investimento será de R$ 3,5 milhões.

mas também de canalização pluvial, drenagem e acessibi-lidade, com a construção de calçadas e revitalização de passeios públicos. O principal investimento será na Estrada da Vindima, no bairro Poma-rosa, onde a rua será toda re-modelada, com a construção de calçamento dos dois lados, garantindo mais segurança aos moradores. Esta amplia-ção só será possível graças à doação feita de quatro metros de área ao Poder Público ao longo de toda a extensão da estrada.

O chamado Corredor Mo-veleiro também ganhará es-

paço com o asfaltamento da rua Arcido Garbin, uma obra esperada há anos pelos mora-dores dos bairros Santa Hele-na, Santa Marta e Fátima. A melhoria vai evitar que veí-culos pesados circulem pela área central para chegar até as empresas de móveis.

O prefeito Guilherme Pasin destaca o empenho do setor de projetos da prefeitura para viabilizar estas obras. “Temos uma equipe que está fazendo a diferença para que os nossos sonhos se tornem realidade. Estamos realizando melhorias que realmente beneficiam a população”, finaliza.

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Sábado, 20 de junho de 2015 15Geral

Hepatite C

Alerta para uma doença silenciosa Reginaldo Braz Alves relata como conseguiu se curar do vírus, mesmo sendo surpreendido pelo diagnóstico dos médicos

Até agosto de 2012, Regi-naldo Braz Alves, 66 anos,

levava uma vida normal. Na época, porém, começou a sentir uma incômoda úlcera gástrica e, como nenhum tratamento foi eficaz, os médicos o internaram fazer exames. O resultado mos-trou que Alves havia sido con-taminado pelo vírus da hepatite C, uma doença silenciosa e que atinge mais de três milhões de pessoas no Brasil.

O diagnóstico surpreendeu o comerciante que sempre teve uma vida saudável e, durante 15 anos, foi jogador de futebol profissional. O ex-atleta consi-dera que teve muita sorte, pois descobriu o contágio logo no início, quando o vírus ainda não havia se manifestado no organismo. Depois de seis me-ses de tratamento com injeções semanais de medicamentos, já estava livre do vírus.

A doença, porém, atingiu o fígado de Alves e causou um nódulo no órgão, que não pode-ria ser retirado com cirurgia. “A única solução era um transplan-te, disseram os médicos. Então entrei na fila para conseguir um fígado novo, pois um problema agravava o outro”, lembra. Mais uma vez, o comerciante afirma que teve muita sorte, pois foi chamado depois de apenas qua-tro meses de espera. “Eu estava, inclusive, na Igreja de Nossa Senhora de Caravaggio quando meu filho me ligou para avisar

Silvia [email protected]

que um órgão compatível havia sido encontrado. Foi realmente uma bênção”, lembra.

Algumas horas depois, o ex-jo-gador já estava em Porto Alegre, preparado para a cirurgia, a qual foi bem sucedida. Agora, meses depois, o comerciante realiza os tratamentos para evitar a rejei-ção do órgão e se diz tranquilo. “Tudo depende de sorte, mas é preciso se cuidar. Passei a cuidar mais da minha alimentação, não consumir muito sal, e todos os

dias faço caminhadas. E isso não vale só para pacientes, vale para todo mundo”, finaliza.

Vírus foi descoberto apenas em 1989

O maior problema relacio-nado a hepatite C é que as pesquisas sobre a doença são recentes, pois até 1989 não se tinha conhecimento do vírus – um tempo relativamente curto para a medicina – e os exames

para detectá-lo só foram dispo-nibilizados no Brasil em 1993.

Como a doença era desconhe-cida, a maioria dos pacientes foi contaminada em transfusões de sangue, conforme comenta a coordenadora do Serviço de Atendimento Especializado e Centro de Testagem e Aconse-lhamento (SAE/CTA), Adriana Cirolini. “Temos famílias intei-ras tratando a doença. A gera-ção de nossos pais não a conhe-cia, então é muito importante

que as pessoas façam exames de sangue”, ressalta. O contá-gio foi grande também entre os jogadores de futebol, pois reali-zavam injeções semanais para dores musculares e, na época, não havia o cuidado necessário com a higienização das agulhas – o que foi a provável causa da contaminação em Alves.

O preconceito e o desconheci-mento são os grandes responsá-veis pela disseminação do vírus. A doença, que ataca o sistema imunológico, pode demorar até 30 anos para manifestar seus primeiros sintomas, por isso a importância de realizar exames de sangue regularmente.

Dados de Bento Gonçalves

No município, existem 500 prontuários de pacientes ca-dastrados. Destes, 70% fazem consultas periódicas e, desde 2006, 30 estão em tratamen-to com as injeções. Antes de iniciar, Adriana afirma é feita uma série de exames e os pa-cientes viciados em álcool ou drogas precisam ficar em um período de abstinência.

A coordenadora ressalta que os testes rápidos podem ser feitos em qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS) do mu-nicípio e o resultado é dado na hora. “É importante, princi-palmente, para quem realizou transfusões de sangue antes de 1990, pois há grandes chances da pessoa ter sido contamina-da e não saber”, explica.

Comerciante precisou mudar sua rotina e, hoje, mantém uma alimentação saudável e se exercita diariamente

CRISTIAN

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Sábado, 20 de junho de 201516 Geral

Situação de 110 associados é preocupante. Nova lei federal impede repasse direto e não há lixo suficiente para trabalhar

Criar cooperativa pode ser a saída O que está em jogo

104 toneladas de lixo são recolhidas diariamente;

23toneladas são de lixo inorgânico - reciclável;

2% do material reciclável seriam subtraídos por cami-nhões clandestinos;

11 recicladoras e 110 associados vivem do negócio, que além do caráter econômico tem dimensão social;

R$ 800.000,00 é o custo mensal para coleta.

Recicladores de lixo pedem socorroAudiência Pública

Foi necessária uma audiência pública na Câmara de Vere-

adores, na tarde de terça-feira, 16, para que parte da sociedade bento-gonçalvense pudesse ava-liar a dimensão dos problemas envolvidos na questão do lixo. Integrantes das associações de recicladores estão sem receber recursos desde o início do ano e, como consequência, chegam a passar fome, já que nem a cesta básica que antes ganhavam da Secretaria de Assistência Social eles vêm recebendo.

A audiência foi realizada sob a presidência do vereador Adria-no Nunes (PPS) e contou com a presença do secretário do Meio Ambiente Luis Augusto Signor e do advogado Andre Beber, representante da empresa RN Freitas, responsável pela coleta de resíduos no município. O en-contro teve momentos tensos e, além do aspecto técnico, pesou a questão humana. Segundo infor-mou Signor, a legislação federal não permite o simples repasse de verbas públicas para associações prestadoras de serviço e a muni-cipalidade busca uma saída legal. “Muitos prefeitos têm sido pre-sos por má gestão dos recursos públicos. Aqui isto não vai acon-tecer”, afirmou o secretário.

No final da gestão Lunelli e no primeiro ano da atual Adminis-tração o auxílio às recicladoras, que entre outras despesas aten-de ao pagamento do aluguel, acabou se originando do Fundo

Gerson Lenhard [email protected]

Municipal do Meio Ambiente, com autorização do Conselho Municipal do Meio Ambiente, porém legalmente não é ade-quado. Esta deverá ser a saída para este ano novamente, até que um novo modelo seja adota-do (confira o box abaixo).

Falta material e educação

O coletor Luis da Silva, da re-cicladora Universitária, mani-festou em tom de desespero a situação vivida. “Tenho 55 anos e há 35 trabalho com a coleta. Sou do tempo dos carrinhos, das charretes. Tive que vender os ca-valos. Trabalhei muito, com frio, chuva, levantando de madru-gada. Hoje estou doente e sigo trabalhando, mas tudo que vejo é enrolação”, relata.

Tânia Regina da Silva, da re-cicladora Jardim Glória foi su-cinta. “O bicho tá pegando. Falta lixo e estamos sem comida, pre-cisamos do dinheiro”, desabafa. A associada, Otávia Correa, da Reciclagem Bento, que chegou a ter 20 associados, pondera que ficam até três dias sem receber material e não podem trabalhar.

O problema dos recicladores é complexo e não se origina só da falta dos repasses. Está faltando de lixo inorgânico e as razões para tanto são diversas, vão da sazonalidade (no inverno menos resíduo descartável é produzido) ao descarte incorreto pela popu-lação que disponibiliza os detri-tos limpos para a rua nos dias em que passa o caminhão do resíduo

orgânico. Desta forma, a empre-sa recolhe o lixo reciclável junto com o orgânico. Ainda segundo o secretário, cerca de 2% deste ma-terial seco é recolhido por cami-nhões de outras cidades. Por fim, o número de recicladoras subiu. Eram oito, hoje são 11, embora as que recebam subsídios públicos são apenas sete.

O advogado André Beber, re-presentando a RN Freitas, não admite culpa. Para ele, o erro está na população que coloca o lixo reciclável para a coleta nos dias errados. “Nós mandamos recolher tudo o que estiver na li-xeira. Bento é uma cidade turísti-ca e nossa missão é deixar as ruas limpas, senão seremos cobra-dos”, admite. Conforme Beber, o

correto seria eliminar as lixeiras. “O certo é que se ponha para fora o lixo certo no dia de sua coleta. Nós divulgamos na imprensa os dias da coleta. Não temos interes-se em levar lixo descartável para Minas do Leão, não é rentável, pesa pouco”, garante, explicando que a empresa recebe de acordo com a tonelagem recolhida.

Problema antigo

O representante da Associação Ativista Ecológica (AAECO) Gil-nei Rigotto reconhece o esforço da Administração Municipal em buscar uma solução e que o pro-blema dos repasses não é novo. Ele também destacou o posicio-namento dos profissionais da

Das 11 recicladoras de Bento Gonçalves, uma se dedica ex-clusivamente ao trabalho com vidro e sete são as que recebem recursos públicos na ordem de R$ 40 mil anuais cada uma para ajudar nas despesas fixas. O universo de trabalhadores gira em torno de 110. Como a legislação prevê uma licitação e desta forma uma empresa de fora pode concorrer e sair a ven-cedora, a saída seria a criação de uma cooperativa integrada pelos recicladores em atividade.

A lei que passa a regular a

destinação de recursos públi-cos é a 13019/2014 e deve en-trar em vigor apenas em julho deste ano. No entendimento da Procuradoria do Município, as recicladoras deverão criar uma cooperativa única para pode-rem se beneficiar da dispensa de licitação conforme artigo 24 , inciso xxvii. “Pela nova lei, não podemos mais repassar individualmente para cada uma delas como era feito no passado, porque elas se en-quadram como prestadoras de serviços devendo ter um con-

trato único,” explica o procu-rador Sidgrei Spassini.

Sobre a possibilidade de es-tarem abrigadas todas as as-sociações sob um único pavi-lhão, o secretário Luiz Signor diz que o projeto de constru-ção do pavilhão até existe na Secretaria do Meio Ambiente, mas ele próprio é contra a pro-posta. “Já fui favorável, mas hoje sou contra. Cada grupo tem a sua cultura, a sua região geográfica. Se colocarmos to-dos juntos vai dar problema sério”, analisa.

reciclagem. “Eles não querem o pavilhão único para todas as recicladoras, mas vários proble-mas seriam resolvidos desta for-ma”. Rigotto viu o representante da RN Freitas concordar com a sua tese de que o pavilhão único amenizaria os problemas e seria mais econômico. Além do local próprio, ao lado do transbordo, o membro da AAECO, tem ou-tras três sugestões para a ques-tão: municipalização da coleta do lixo seletivo; não permitir a formação de novas associações e que a municipalidade tivesse um servidor para acompanhar de perto a situação das associa-ções, em cargo semelhante ao que ele ocupou recentemente.

Contrato

O contrato com a RN Freitas para o recolhimento e destina-ção final do lixo se encerrou em 28 de maio. Como houve impug-nação do novo certame por parte de uma concorrente a Prefeitura assinou contrato emergencial para que a RN Freitas seguisse coletando os resíduos sólidos até fevereiro de 2016, a um custo mensal aproximado de R$ 800 mil. “Foi providencial, pois a Se-cretaria de Finanças nos adver-tiu que os preços que estavam sendo propostos teríamos difi-culdade em pagar”, admite Luis Signor. A validade deste con-trato é questionada pelo verea-dor Moacir Camerini (PT) que recolhe assinaturas para criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do lixo.

Recicladores usaram tribuna da Câmara para relatar preocupações

FONTE: SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE

ALEXA

ND

RE BRUSA

MA

RELLO, DIVU

LGA

ÇÃO

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Sábado, 20 de junho de 2015 17Geral

Pulverização é aplicada em bairrosDengue

Setor de Vigilância Ambiental realiza a nebulização de inseticida para combater a proliferação do mosquito no município

Os casos de dengue conti-nuam preocupando. Neste

ano, o município de Bento Gon-çalves registrou cinco casos da doença por moradores conta-minados fora do município, e o registro de oito focos do Aedes aegypti. Uma das principais ações realizadas pelo Setor de Vigilância Ambiental da Secre-taria de Saúde é a pulverização com inseticida, além do traba-lho diário com as agentes.

Segundo a médica veteri-nária, Analiz Zattera, da Vi-gilância Ambiental, a ação de prevenção à dengue ocorre du-rante todo o ano. “Realizamos nosso trabalho com visitas a imóveis para coleta de larvas de mosquitos, orientação aos moradores e também para tra-tamento de depósitos de água que não podem ser eliminados, com o uso de larvicida”, relata.

Cleunice [email protected]

Ação foi realizada nos locais onde foram encontrados focos do inseto

LEON

ARD

O LO

PES

A profissional explica que os pontos identificados neste ano, em sua maioria, foram em armadilhas e alguns em residências. “Os locais onde encontramos os focos são no Ouro Verde, Progresso (2 fo-cos), Botafogo, Borgo, Fátima, Fenavinho e Vila Nova”, rela-ta. Ela afirma que dos pacien-tes suspeitos de dengue, três confirmaram a doença por meio de exames laboratoriais. “Nestes casos, nos quarteirões próximos à residência destas pessoas é feita a pulverização de inseticida para bloqueio da transmissão viral”, comenta.

O mosquito transmissor da dengue pode não ser encon-trado no inverno, pois não sobrevive ao frio. “Dificilmen-te acharemos o Aedes aegypti no inverno, porque ele é muito sensível às temperaturas mais baixas, mas continuaremos en-contrando o Aedes albopictus (que pode ser transmissor da

febre chikungunya), pois este inseto sobrevive à temperatu-ras um pouco menores. O nos-so inverno não tem sido cons-tantemente frio. Tem dias que a temperatura sobe a 20°C, e aí os mosquitos voltam a se proli-ferar”, esclarece.

Nas últimas semanas, acon-teceu a nebulização nos bair-ros Juventude, Ouro Verde,

Botafogo, Borgo, Fátima e Fe-navinho. De acordo com a mo-radora Ana Mion Ballottin, de 86 anos, o trabalho realizado é importante. “É muito bom, eu gosto quando eles vêm aqui. Eu não tenho flores planta-das, nem vasos, embora tenha um pouco de água parada no porão, mas sei o quanto é im-portante a ação que é realiza-

da”, pondera. Ainda, justifica a importância, pois há anos um foco foi registrado no local. “É sempre bom estar prevenindo e é esse o trabalho que eles fa-zem”, salienta.

A auxiliar administrativa, Paula Oliveira, relata que já é a segunda vez que a Vigilân-cia Ambiental está no bairro. “Acho que eles fazem um bom trabalho, mas deveria ter mais divulgação. Muitas vezes não sabemos se o produto utiliza-do é prejudicial à saúde, ou até mesmo não divulgam muito os resultados, acho que é interes-sante isso”, reflete.

Para o comerciante Romano Pessi, que há 30 possui estabe-lecimento comercial no bairro, é uma boa iniciativa. “Tem que pulverizar mesmo, mas teria que passar também nos quin-tas, onde estão os criadouros do mosquito”, finaliza. Na pró-xima semana, a previsão é que a pulverização continue.

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Sábado, 20 de junho de 201518 Geral

Aumento na energia elétrica, gás e combustíveis refletiram na conta do supermercado, que ficou 0,16% mais cara

Caneta, papel e calculadora para pesquisar preços

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S CRISTIAN

E GRO

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RROYO

Neli sentiu o aumento nos produtos integrais que costuma adquirir

Alta nos valores têm feito consumidor pesquisar em mais de um estabelecimento antes de comprar

Alta de maio tem frango como vilãoCesta básica

Cristiane Grohe [email protected]

O preço dos alimentos ficou um pouco mais pesado no

bolso dos bento-gonçalvenses. O valor médio da cesta básica em maio, com 13 itens, ficou 0,16% mais caro se compara-do ao mês de abril. A pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Consumidor (Procon) de Bento Gonçalves mostra que a carne de frango ficou 4,57% mais cara e o preço do extra-to de tomate subiu 3,84%. Os ovos apresentaram aumento de 2,76% e o arroz 1,33%. O vinagre, que em abril havia apresentado aumento, baixou 3,19% no mês de maio. O óleo de soja também apresentou queda de 1,69% no período.

Segundo o economista e co-ordenador de pós-graduação em Gestão Financeira e Gestão Bancária Executiva da Univer-sidade de Caxias do Sul (UCS), Jaci Natal Tasca, os galpões têm aquecimento para as aves. “A maioria dos criadores usa gás, que só em janeiro teve au-mento de 17% e com a chega-da do frio o uso se intensifica”, explica o especialista. O siste-ma é automatizado inclusive para a alimentação das aves, que é feito por esteiras movi-mentadas a energia elétrica.

“Estamos presenciando um momento de acomodação dos aumentos de energia, e infeliz-mente essa acomodação é no nosso bolso”, salienta.

No entanto, a alta do tomate tem vários fatores. “Em pri-meiro, tivemos uma superpro-dução em 2012, na qual o preço despencou e fez com que vários produtores procurassem alter-

nativas, e como resultado foi uma menor área plantada”, analisa Tasca. Outro fator foi a falta de chuvas na região pro-dutora, que afetou a safra e en-dividou os agricultores. Além disso, o aumento do óleo diesel encareceu o transporte e foi re-passado ao preço final.

De acordo o economista, a variação de 0,16% foi baixa e

fica dentro do esperado. “As donas de casa resta boicotar os aumentos excessivos, pois assim o produtor irá procurar outra alternativa ao equilíbrio financeiro dele, ou seja cortes nos custos e não o aumento do preço”, analisa o especialista. Na opinião de Tasca, ao aumen-tar o preço da energia elétrica e dos combustíveis, o governo foi

cruel e mexeu com todos os se-tores, pois são as fontes de ener-gia e transporte mais usuais de todo o país. “Assim, é natural que os aumentos sejam repas-sados ao consumidor final, que de fato é quem paga a conta. A nós mortais resta apenas a pes-quisa de mercado e o boicote aos produtos cujo preço subir em demasia”, aconselha. Para ele, os próximos meses acenam com aumentos de preços e cor-tes nos orçamentos. “Porém o brasileiro é criativo e sempre deve procurar uma alternativa para elevar sua renda e manter seu padrão de gastos”, frisa.

Sobre a baixa do preço em al-guns dos produtos o especialista diz que o mercado é duro, mas também justo. “Cruel é quando os preços sobem e somos impo-tentes e temos que nos resignar, mas é justo quando o consumi-dor assume o poder que tem e não compra o produto, forçan-do o preço a baixar, como é o caso do vinagre”. Já com a soja, existe a lei da oferta e da pro-cura em funcionamento, mas por outro motivo, pois a pro-dução de soja deverá ser 9,8% maior, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística (IBGE). “Os produtores têm que vender os estoques pois a nova safra vem chegando”, afirma.

Pesquisar preços continua sendo a saída para os consu-midores. “A receita é gastar a sola do sapato, já que a gasolina subiu, e fazer pesquisa de pre-ços”, aconselha o economista. Escolher as marcas mais bara-tas nem sempre é uma boa op-ção para o consumidor nos su-permercados. “Só vale a pena, quando o desempenho é igual, afinal não adianta gastar menos num produto que rende menos” acrescenta. O conselho do espe-cialista é caderneta e caneta na mão para anotar os preços, que faz muita diferença.

Muitos consumidores já ade-riram à rotina de pesquisar pre-ços. O agricultor do município de Monte Belo do Sul, Fernan-

do Rasador, 24 anos, costuma comprar no supermercado que considera mais em conta. “Apro-veito quando os estabelecimen-tos têm preços mais baixos ou promoções”, relata. Para ele o preço da carne bovina continua alto. “Uma das opções é substi-tuir por outras, mas agora ficou complicado porque o frango também subiu”, ressalta Rasa-dor. Ele explica que onde mora plantam alguns itens como o to-mate. “Para nossa família acaba sendo uma boa saída ter produ-tos no quintal”, comenta.

A aposentada Neli Barreto, 60, costuma fazer as compras do mês e ainda vai ao supermerca-do várias vezes por semana, já que muitos produtos são perecí-

veis. “Costumo comprar produ-tos integrais, como pão e arroz, mas estão bem caros”, salienta. Neli segue o conselho do econo-mista e pesquisa muito antes de comprar. “Fico horrorizada com os preços e uma das formas de economizar é pesquisar em mais de um lugar”.Ela fala que de um estabelecimento para outro os preços podem mudar muito.

E a consumidora está certa quanto a diferença de preços entre os supermercados. Con-forme a pesquisa realizada pelo Procon, o arroz chega a ficar R$ 5,71 mais caro entre um lugar e outro, que equivale a 114,43% de diferença. “Vale a pena andar um pouquinho mais para gastar menos”, finaliza a aposentada.

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Sábado, 20 de junho de 2015 19Geral

Fatores que refletem nos alimentos

BC estima que neste ano, os valores dos produtos terão altas devido aos métodos adotados pelo Governo

Diferença entre supermercadosProdutoÓleo de soja 900 mlExtrato de tomate 350 grVinagre de Vinho 750 ml Massa com ovos 500 grAçúcar 5 KgArroz Tipo 1- 5 kgFeijão Preto Tipo 1- 1 KgFarinha de Trigo Especial 5 kgCafé em Pó 500 grOvos vermelhos 1 dúziaLeite saquinho tipo CChuleta kgCarne de Frango kg

Menor preçoR$ 2,54R$ 1,69R$ 1,99R$ 1,37R$ 6,39R$ 4,99R$ 2,99R$ 6,99R$ 5,68R$ 3,75R$ 1,79R$ 14,99R$ 4,98

Maior preçoR$ 3,99R$ 2,79R$ 3,08R$ 2,29R$ 9,85

R$ 10,70R$ 4,50

R$ 10,95R$ 7,80R$ 4,99R$ 2,59

R$ 22,90R$ 7,99

Variação em R$R$ 1,45R$ 1,10R$ 1,09R$ 0,92R$ 3,46R$ 5,71R$ 1,51R$ 3,96R$ 2,12R$ 1,24R$ 0,80R$ 7,91R$ 3,01

Diferença em %57,09%65,09%54,77%67,15%54,15%

114,43%50,50%56,65%37,32%33,07%44,69%52,77%60,44%

Comparação entre abril e maioProdutoÓleo de soja 900 mlExtrato de tomate 350 grVinagre de Vinho 750 ml Massa com ovos 500 grAçúcar 5 KgArroz Tipo 1- 5 kgFeijão Preto Tipo 1- 1 KgFarinha de Trigo Especial 5 kgCafé em Pó 500 grOvos vermelhos 1 dúziaLeite saquinho tipo CChuleta kgCarne de Frango kgTotal

abr/15R$ 3,12R$ 2,36R$ 2,45R$ 1,92R$ 8,28R$ 7,39R$ 3,69R$ 9,08R$ 6,50R$ 4,39R$ 2,24R$ 19,60R$ 5,36

R$ 76,38

mai/15R$ 3,06R$ 2,45R$ 2,37R$ 1,94R$ 8,32R$ 7,49R$ 3,65R$ 9,02R$ 6,52R$ 4,51R$ 2,20

R$ 19,36R$ 5,60

R$ 76,50

Variação-1,69%3,84%-3,19%0,75%0,41%1,33%-1,09%-0,60%0,40%2,76%-1,91%-1,23%4,57%0,16%

A valor da cesta básica acaba sendo reflexo de várias determi-nações do governo. A gasolina e a energia elétrica, principal-mente, devem ter altas expres-sivas este ano, segundo estima-tiva do Banco Central (BC). Em ata da reunião que elevou a taxa Selic para 13,75%, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC estimou em 41% o aumen-

to da energia elétrica este ano – acima da estimativa de alta 38,3% feita em abril.

Para a gasolina, a previsão de alta ficou um pouco me-nor: passou de 9,8% em abril para 9,1% na última reunião. No começo de 2015, o governo anunciou aumento da tributa-ção sobre a gasolina, por meio da Contribuição de Intervenção

no Domínio Econômico (Cide), do PIS e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Essa alta foi re-passada para os preços. Já a esti-mativa de alta de 41% no preço da energia elétrica reflete do repasse às tarifas do custo de operações de financiamento, contratadas em 2014, da Conta de Desenvol-vimento Energético (CDE).

CRISTIAN

E GRO

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RROYO

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Sábado, 20 de junho de 201520 Geral

Papel da instituição é garantir que o direito das pessoas seja cumprido, acompanhando casos do início até o encerramento

Entidades precisam ampliar divulgação da instituição

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S CRISTIAN

E GRO

HE A

RROYO

Um dos objetivos do órgão é fazer com que toda a população tome conhecimento de suas atividades

Unidade atende pessoas em condição de vulnerabilidade e baixa renda

População desconhece ação da DefensoriaSeus Direitos

Cristiane Grohe [email protected]

Orientação jurídica, acordo extrajudicial, propor uma

ação ou apresentar defesa em processo são funções desen-volvidas pela Defensoria Pú-blica do Estado. Desconhecida por muitos moradores de Ben-to Gonçalves, o órgão atua em áreas como saúde, defesa da mulher, moradia, direitos hu-manos, prisional e familiar.

Conforme o defensor público, Eduardo Marengo Rodrigues, a instituição presta atendimento a todas as pessoas que estejam em condição de vulnerabilida-de. “Quem pode ter acesso aos serviços são aqueles que por razão da idade, gênero, estado físico ou mental, ou por outras circunstâncias, encontram difi-culdades em exercitar seus di-reitos”, afirma.

Quanto ao critério econômi-co, pode receber atendimento pela instituição quem com-provar renda familiar mensal, igual ou inferior a três salários mínimos nacionais, conside-rando os ganhos totais brutos da família. “Se o perfil estiver

de acordo com as normas esta-belecidas pela Defensoria, um advogado irá acompanhar o caso do início ao fim, sem ne-nhum tipo de custo”, explica Rodrigues. Onde há interes-se de crianças e adolescentes, idosos e mulheres vítimas de violência, é aplicado o limite de renda familiar líquida fi-xado para os atendimentos no Juizado Especial é de cinco sa-lários mínimos.

O órgão também pode atuar em favor de pessoas jurídicas cujo lucro mensal seja inferior a três salários mínimos, devi-damente comprovada com a declaração anual do Simples ou documento equivalente. Presume-se a hipossuficiên-cia econômica da pessoa jurí-dica quando esta se constituir em entidade civil sem finali-dade lucrativa ou conselho afeto às funções institucio-nais da Defensoria Pública, na hipótese de conflito de interesses com o ente público ao qual estiver vinculado.

O defensor relata que exis-tem casos de pessoas com ren-da acima da estabelecida que tentam receber atendimento

mentindo sobre valores. Porém, é necessário comprovar a renda formalmente e aquele que fal-tar com a verdade responderá à Justiça. “Quando isso acontece uma pessoa pode tirar o lugar daquela que realmente necessi-ta e o tempo é precioso em qua-se todos os casos”, avalia.

Os defensores estão aptos a trabalhar nos mais diferentes campos do direito e são sele-cionados através de concurso público. As principais solici-tações à Defensoria Pública de Bento Gonçalves têm sido na área da saúde (medica-mentos, fraldas, alimenta-ção especial, quimioterapia), família e educação. “Nosso papel é garantir que todos os casos sejam atendidos com brevidade”, salienta o advo-gado. No município, o órgão recebe 70 novos casos por semana. Já a Defensoria Pú-blica do Estado não atua em instâncias administrativas da União, matérias trabalhistas, eleitorais, militares federais, e outros temas de competên-cia da justiça federal, como causas previdenciárias e dis-puta sobre direitos indígenas.

O diretor regional da Defen-soria Pública, Rafael Carrard, revela que alguns órgãos pú-blicos costumam encaminhar casos que precisam de auxílio jurídico para a instituição. “O Conselho Tutelar, a Secretaria Municipal de Saúde e o Cen-tro de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas (CAPS AD) são muito ativos neste senti-do”, avalia.

De acordo com Carrard, uma das principais batalhas do ór-gão é fazer com que o maior número possível de pessoas tomem conhecimento da uni-dade em Bento Gonçalves. “Contamos com todas as insti-tuições para que quando haja necessidade encaminhem as pessoas para a Defensoria, pois é inviável tomarmos conhe-cimento de todos os casos do município”, analisa.

O responsável pelo órgão

acredita que a mudança para o atual endereço (antes ficava na rua Goes Monteiro, 394), reali-zado em janeiro, e o novo pré-dio tornou o lugar mais visível para a população. “Além disso, fazemos reuniões com entida-des e participamos de eventos que proporcionam a divulga-ção do nosso trabalho”, comen-ta. Porém, ele afirma que o tra-balho precisa ocorrer de forma contínua e em parceria com a comunidade, meios de comu-nicação e órgãos públicos.

No município, a Defensoria atende de segunda à sexta-fei-ra, das 8h30min às 12h e das 13h30min às 18h. As entrevis-tas com os defensores públi-cos são agendadas na própria sede, localizada na avenida Planalto, 1420, nas segundas--feiras e casos de emergência, que envolvem risco de morte, são feitos em qualquer dia.

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Sábado, 20 de junho de 2015 21Geral

Jovana Zaffari Ferrarez já se prepara para mais um cirurgia da filha Valenthina, 1 ano. Depois de consultar um médico especialista em Porto Alegre foi constatado que a cirurgia para corrigir a fen-da palatina só poderá ser feita no final deste ano ou início de 2016. “Valenthina precisa ganhar peso e melhorar de uma leve anemia”, explica a mãe.

Quando nasceu a bebê foi diagnosticada com uma doença

Família encontra dificuldades para tratamento do filho

Valenthina se prepara para fazer mais uma cirurgia

CRISTIAN

E GRO

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RROYO

Pyetro Luz, 7 anos, vive com os pais em um espaço pequeno e inadequado para o desenvolvimento

A falta de conhecimento do trabalho realizado pela Defen-soria Pública pode acarretar em problemas como atraso em atendimentos médicos, e até na liberação imediata de medi-camentos quando não disponí-vel na rede pública. A procura pela instituição é grande, po-rém existem famílias que des-conhecem o trabalho desen-volvido pelos defensores. Um dos casos que o Semanário en-controu é da família de Pyetro Luz. Eles encontram proble-mas para realizar melhorias na residência e ter o atendimento para ajudar no desenvolvimen-to do menino.

A história de Pyetro

É num espaço de 35 metros quadrados, sem nenhum confor-to, que mora Pyetro Luz, 7 anos, com a família. Portador de para-lisia cerebral múltipla, o menino vive com a mãe Lilian Maria Luz, 37, o pai Luciano dos Santos, 37, os irmãos Tanaã, 15 e Pablo, 12. A residência, que fica nos fundos da casa da avó materna, no bairro Cohab II, tem pouca ventilação, problemas na fiação elétrica, umidade e goteiras em dia de chuva. Além das dificul-dades com a moradia, a família precisa lidar todo o mês com extensa lista de medicamentos e suplementos alimentares. A falta de uma consulta médica imediato na área de oftalmolo-gia, por exemplo, também tem sido um entrave. “Meu filho está com algum problema nos olhos e não sabemos o que é por falta de atendimento”, relata a mãe.

Pyetro precisa também de cui-dados especiais para incentivar o desenvolvimento e reduzir as crises de convulsões. Segundo Lilian, o filho tem uma série de recomendações médicas. “Ele não pode ficar em local úmido, o lugar em que mora precisa ser arejado, não deve se deslocar de

ônibus ou van, e precisa de su-plemento na alimentação”, ex-plica. De acordo com ela, o meni-no faz uma sessão de fisioterapia por semana, quando o indicado pelos médicos é de três vezes.

Lilian e Santos não conse-guem trabalhar em tempo inte-gral em virtude dos cuidados ne-cessários com o filho, e o grande número de faltas que acabavam tendo nos empregos. “Pyetro tem convulsões que precisam ser medicadas imediatamente ou a situação pode se agravar muito”, relata a mãe. Quando ela pode, faz o trabalho de diarista, algu-mas vezes em troca de alimentos e fraldas. O pai, quando conse-gue tempo, trabalha como pe-dreiro e pintor. “Contamos com o atendimento da saúde pública e ajuda da comunidade”, ponde-ra. Segundo Lilian nem todos os medicamentos estão disponíveis na rede pública.

A família vive com dificulda-des para comprar alimentos,

roupas e em muitos meses não tem dinheiro suficiente para pagar a conta da energia elé-trica ou comprar gás. Eles re-cebem o benefício de Prestação Continuada de Assistência So-cial (BPC), que equivale a um salário mínimo por mês e o be-nefício do Bolsa Família. “Do valor que recebo praticamente tudo é usado na compra de me-dicamentos e material escolar para os dois irmãos”.

Uma das grandes preocupa-ções que aflige Lilian é o tempo que Pyetro está perdendo no desenvolvimento. “Com o tra-tamento correto, ele poderia andar e falar, mas o tempo está passando e não conseguimos muito da rede pública”, afirma. A diarista explica que já foi em vários setores e não tem respos-tas definitivas para as questões e as necessidades.

A família recebe apoio de al-gumas pessoas, entidades e em-presas da comunidade. O 3° Ba-

talhão de Policiamento de Áreas Turísticas entregou no início do mês, fraldas, alimentos, roupas, calçados e brinquedos. As doa-ções foram arrecadadas durante maio. A rádio Rainha FM, é um dos meios de comunicação que divulga o caso da família, arre-cadou donativos e repassou para a Brigada Militar. O telefone de Lilian para quem tem interesse em ajudar é o (54) 9208.6567.

Alguns passos

Conforme o coordenador da Secretaria Municipal da Saú-de de Bento Gonçalves, Mar-co Antônio Ebert, nos próxi-mos dias será realizada uma reunião com Lilian para fazer um levantamento de todas as necessidades da família, espe-cialmente em relação à saúde. “Queremos sanar os proble-mas o mais rápido possível”, afirma. Segundo ele, um dos problemas enfrentados pela

Secretaria Municipal da Saúde (SMS) é o não comparecimen-to de muitas pessoas nos ho-rários agendados. “Isso acaba atrasando a resolução dos ca-sos”, frisa Ebert.

De acordo com a secretária de Habitação e Assistência So-cial, Rosali Faccio Fornazier, a mãe foi orientada a buscar a inscrição para ser contempla-da com moradia habitacional, cuja construção ainda levará algum tempo devido ao an-damento do processo exigido pela legislação. “A doação de telhas e parafusos foi uma for-ma de evitar a umidade, por-que a moradia é coberta por lonas”, explica.

Rosali também diz que a fa-mília é atendida pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS III), localizado no bairro Vila Nova. “Quanto ao aumento de sessões de fisio-terapia, a Lilian deve dirigir--se à Unidade de Saúde mais próxima e solicitar ao médico a prescrição”, completa.

A presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores, vereadora Neilene Lunelli (PT), quando tomou co-nhecimento da situação família realizou uma visita para conhe-cer a situação. “Nos deparamos com uma casa de três peças com cozinha, um quarto e banheiro em situação precária”, lembra. A comissão entregou um liqui-dificador para facilitar o preparo da comida para o Pyetro, alguns mantimentos e material escolar para os dois filhos mais velhos. “Entramos em contato com a secretária de Assistência Social, pedindo uma atenção especial à família, principalmente na ques-tão da casa. Também auxiliamos os pais no deslocamento do filho a Porto Alegre para realização de exames”. A vereadora disse que também orientou à mãe para que fizesse o cadastro para con-seguir as fraldas gratuitamente.

rara: a sequência de Pierre Ro-bin que se caracteriza por ano-malias faciais como mandíbula diminuída, queda da língua para a garganta, obstrução das vias pulmonares e fenda no palato. Ela também nasceu com múlti-plas más formações, pés tortos congênitos, má formação nos de-dos das mãos, má formação em um dos olhos, refluxo, alergia a proteína do leite, tem restrição de desenvolvimento, cardiopatia

congênita. A menina já passou por 12 procedimentos cirúrgi-cos. “Ela se alimenta por sonda, então eu ou meu esposo Alex te-mos que ficar 24 horas com ela, pois se ela vomita pode engasgar e precisa ser aspirada na hora”, explica Jovana.

A criança precisa de 240 son-das (tubo que leva a alimentação diretamente ao estômago e 240 frascos de alimentação enteral por mês. “Ainda temos as consul-

tas, fisioterapia, fonoaudióloga, nutricionista, fora outras coisas, como o combustível para as via-gens”, conta. A família, que tem ainda o filho Níkolas, 6, recebe R$ 476 relativos ao pecúlio re-cebido por Alexsandro Ferrarez devido a um acidente.

A família, amigos e a comuni-dade ajudam com a maior parte das despesas. Eles moram em São Valentim do Sul e recebe parte do atendimento do gover-

no. “Valhentina está passando por uma fase de experimentação do leite mais adequado e isso também nos gera um custo alto”, observa a mãe.

Os contatos da família, para quem tem interesse em ajudar, são os (54) 8432.0860 ou (54) 9671.6008. “Quem puder nos ajudar com qualquer valor, a conta da Valenthina é: Banco do Brasil Agencia: 0486-3 conta poupança: 39759-8”.

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Sábado, 20 de junho de 201522 Geral

Afirmação parte do coordenador Marco Antônio Ebert, diante da atual conjuntura médica disponibilizada pelo município

Estrutura e atendimento são destaques na abertura

Segundo a secretaria de Saúde, o custo de manutenção dos serviços está orçado em R$ 1,3 milhão mensais

Unidade pode abrigar pacientes para diagnóstico por até 24 horas

“Estamos vivendo um novo momento”Saúde

Cristiano [email protected]

Contrária ao atual cenário estadual, em que a falta de

repasses deixa hospitais e Uni-dades Básicas de Saúde (UBSs) em situação alarmante, o siste-ma de saúde pública de Bento Gonçalves está presenciando o melhor momento da década. A afirmação parte do coorde-nador médico Marco Antônio Ebert, com fundamentação nos serviços prestados pela cidade, quadro de médicos em ativida-de, andamento de obras e iní-cio das atividades da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na quinta-feira, 18.

O coordenador revela que embora ainda existam algumas questões que necessitem de atenção, como a alteração do projeto original do complexo de saúde, visando o aumento no número de leitos para que o custo da instalação se torne sustentável, a saúde pública municipal está numa posição privilegiada. “A abertura da UPA só representa uma parte do cenário. O quadro de mé-dicos necessários na cidade está praticamente preenchido, temos previsão de que todas as UBSs entrem em funciona-mento até o final do ano e já estamos captando verbas fede-rais para adequar e continuar a obra do futuro hospital. Es-

tamos com a melhor infraes-trutura desde 1998 quando in-gressei na secretaria”, afirma. De acordo com Ebert, a esti-mativa é que sejam necessários R$ 25 milhões para a conclu-são da obra. “A gente fez uma projeção de necessidade para o término, que seria a edificação de mais uma torre de 150 lei-tos, a construção de um bloco cirúrgico com oito salas e tam-bém 30 leitos de UTI, então vamos continuar angariando fundos para que isso saia do papel”, ressalta. Do complexo, fariam parte, além da UPA, o Centro de Especialidades Odontológicas (já em cons-trução), Laboratório de Aná-lises Clínicas 24horas (já em construção), instalação de um centro cirúrgico, UTI e Unida-de de Internação, além de uma área destinada ao atendimen-to administrativo da Secreta-ria da Saúde.

UPA

A manutenção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) está sendo feita com recursos próprios do Município. O local é equipado com salas de interven-ção, inalação, saturação e pro-cedimentos gerais, assim, todos os serviços de urgência e emer-gência estão sendo prestados no novo ambiente. Na antiga estrutura do Pronto Atendimen-

to (PA) 24 horas permanece em funcionamento o laboratório e serviços de imagem.

Contudo, a demanda de equipamentos na UPA ainda não está totalizada. A edifica-ção ainda necessita de eletrô-nicos, como monitores para acompanhamento de chama-das e alguns móveis, que serão instalados nos próximos dias. Até o final do ano, a Secreta-ria garante que outras duas novidades serão instaladas. “Queremos instituir o sistema de prontuário eletrônico, fer-ramenta que facilitará o con-tato entre as UBSs e a UPA, diminuindo os gastos com papel. Outra efetivação será a implantação do equipamen-to de radiografia digital, que atualmente está em fase de licitação”, explica Ebert. A ex-pectativa é que o aparato custe aproximadamente R$ 1 mi-lhão. Ele acredita que o equi-pamento estará em funciona-mento até o final do ano.

O coordenador reitera que a intenção é que seja elabora-do um consórcio mediado pela Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordes-te (Amesne), para uma divisão dos custos entre municípios que utilizarem os serviços. A área será submetida a um processo de habilitação junto ao Ministé-rio da Saúde, que deve destinar um técnico para a visita.

A nova estrutura foi vista com bons olhos pelos primei-ros pacientes a utilizarem as mediações. A comodidade e o bom atendimento dos funcio-nários foram a característica de mais destaque no início das atividade. Para o comercian-te Leonir Frizon, de 48 anos, embora o aguardo por aten-dimento de sua esposa tenha sido um pouco cansativo, a nova estrutura é equivalente a de um hospital de primei-ro mundo. “Ficou tudo muito limpo e organizado, a cidade estava precisando de um local mais amplo para os atendi-mentos públicos”, comenta.

De acordo com a Secretaria, o tempo padrão para os atendi-mentos sem urgência é de até três horas, prazo que vem sen-do correspondido na unidade. A unidade é composta por 120 funcionários, entre médicos, enfermeiros, técnicos de en-fermagem e radiologia, farma-cêuticos, assistentes sociais e atendentes, que se revezarão em turnos de seis e 12 horas. Até agora, o investimento na obra é de R$ 4,5 milhões.

O local é equipado de salas estruturadas para observação,

intervenções de emergência, inalação, gesso, sutura, medi-cação, coleta de material para exames, esterilização, área de higienização, de lavagem e descontaminação, dois consul-tórios médicos adultos e dois pediátricos, assistência social, classificação de risco, repouso masculino e feminino, almo-xarifado, banheiros/vestiários internos (masculino e femini-no), administração, recepção, entre outros setores. Os pa-cientes poderão permanecer em observação por um período de 24 horas para elucidação diagnóstica ou estabilização do quadro clínico. Para tanto, conta com 16 leitos de observa-ção. O custo dos serviços está orçado em R$ 1,3 milhão, sen-do que existia a previsão que esse valor fosse dividido entre o Município, o Governo do Estado e o Governo Federal, o que não está acontecendo.

A Secretaria de Saúde refor-ça que a comunidade busque os serviços disponibilizados na UPA em casos de urgência e emergência e se o estado de saúde não se enquadrar nes-tes, que sejam procuradas as UBSs.

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Primeiro dia de atendimento da UPA

Manhã = 101Tarde e Noite = 177Total = 278

Destes 278 casos:Classificação Vermelha = 1Classificação Amarela = 21Class. Azul e Verde = 256

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Sábado, 20 de junho de 2015 23Geral

Sala de estabilização:A estrutura funciona como

um ponto de assistência tem-porária e qualificada para estabilização de pacientes críticos/graves. Quando es-tabilizados, é feito o encami-nhamento a outros setores da UPA. O local conta com quatro leitos exclusivos para este tipo de atendimento.

Classificação de risco:A sala tem como objetivo

principal a busca e identifica-ção dos sintomas dos pacien-tes que procuram a unidade, apontando a necessidade de atendimento de acordo com o grau de gravidade. O sistema de triagem segue o processo internacional de cores para identificar os problemas.

Sala de aguardo:Divididos em três seções, os

locais são reservado à espera pelo chamado ao atendimen-to. Embora ainda não tenham sido instalados, os locais contarão com monitores de acompanhamento de chama-das sistematizados para me-lhor coordenar os pacientes.

Observação pediátrica:Na sala de observação

são realizados quase todos os procedimentos, tanto da enfermagem, quanto dos médicos aplicado a crianças. A UPA tem capacidade de atender até quatro crianças simultaneamente, com con-forto e tranquilidade.

Sala de medicação: Designada à aplicação de

soros e medicamentos em ge-ral de forma rápida, a sala de medicação conta com 12 as-sentos novos para pacientes. O local também está equipa-do com suportes para a rea-lização dos procedimentos, sem esforço para o paciente.

Observação adulto:Designada a adultos que

necessitam de observação por um período prolongado, as salas de observação (mas-culina e feminina) contam com oito leitos cada. O local também é equipado com cor-tinas especiais que evitam a proliferação de bactérias

Sala de sutura e curativo:A UPA é equipada com uma

sala específica para estanca-mento e sutura de ferimentos. O local possui dois leitos para realização de procedimentos, além de equipamentos pró-prios para evitar sangramen-tos e pequenas hemorragias.

Gás encanado:As salas contam com sis-

tema integrado de gás enca-nado para utilização em situ-ações de emergência. Estão a disposição dos médicos e enfermeiros dispositivos de oxigênio, óxido nitroso, ar comprimido e vácuo.

O que encontrar na Unidade de Pronto Atendimento

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Sábado, 20 de junho de 201524 Geral

das diretamente pela crise de confiança nacional e, além de estarem diminuindo o quadro de funcionários, tendem a fi-care mais receosas para rea-lizar a contratação de novos trabalhadores”, afirma.

Diante da expectativa de

melhora do atual meio eco-nômico, a avaliação do coor-denador é que reverberação da situação fará com que o número de encaminhamento seja superior ao registrado no último ano. “Estamos viven-ciando um momento extrema-

mente complicado para a in-dústria, na qual o empresário não consegue mais contratar como anteriormente. Perante a atual conjuntura econômi-ca, e com previsão de reaque-cimento só para o segundo semestre de 2016, é muito

provável que o número de so-licitações registrado até o final do ano seja maior do que em 2014”, constata. Conforme Maso, até maio, a instituição já encaminhou 3.132 pedidos do benefício.

Líder regional em recolocação

Contudo, embora a crescente no número de encaminhamen-tos seja preocupante, o coor-denador revela que o número de recolocações no mercado de trabalho é significativo. Se-gundo ele, até maio deste ano foram reposicionadas 522 pes-soas para diversas funções. “Estamos longe do número ideal de encaminhamentos que resultam em vagas preen-chidas, entretanto, o FGTAS/Sine de Bento é, na região, a instituição que mais recolocou trabalhadores no mercado”, ressalta. De acordo com Maso, a posição do órgão no âmbito estadual também é de desta-que, ocupando a 15ª colocação.

Ao que tudo indica, a cres-cente no número de en-

caminhamentos de seguro--desemprego registrados pela Fundação Gaúcha do trabalho e Ação Social (FGTAS/Sine) de Bento Gonçalves irá conti-nuar em 2015. Em virtude do atual cenário econômico na-cional e do desaquecimento no número de contratações, a projeção do coordenador do órgão, Alexandre Maso, é que o número de solicitações do benefício ultrapasse o regis-trado em 2014.

De acordo com os dados da instituição, em 2012 foram contabilizados 6.200 pedidos. Em 2013, o número registra-do foi 11% maior, totalizando 6.923 requerimentos. No ano seguinte, o aumento foi ainda mais significativo, atingindo 7.489 pedidos. “O atual cená-rio do mercado de trabalho é reflexo da crise que assola o país. As empresas são afeta-

Segundo coordenador do FGTAS/Sine, Alexandre Maso, número de encaminhamentos ultrapassará o registrado em 2014

Mais exigências para requerer

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Para o responsável pelo órgão, crescimento na quantidade de requerentes é reflexo da situação financeira

Governo Federal espera poupar R$ 5 bilhões em pagamentos para 2015

Aumento consecutivo nas solicitaçõesSeguro-desemprego

Cristiano [email protected]

Na expectativa de cortar gastos públicos e diminuir as despesas com encargos tra-balhistas, a presidente Dilma Rousseff sancionou na quarta--feira, 17, a lei n° 13.134/2015. A proposta altera diversos pon-tos na concessão de direitos a trabalhadores, readequando tempo de serviço necessário para ter direito ao seguro-de-semprego e abono salarial. A esperança da União é que com os novos ajustes possam ser economizados até R$ 5 bilhões em pagamentos para 2015. Essa foi a primeira medida do pacote de ajuste fiscal sancio-nada pelo governo.

Dois pontos da normativa foram vetados pela presidente, e agora serão analisados pelo Congresso Nacional. Um dos vetos diz respeito à carência para pagamento do abono sa-larial. O texto aprovado pelo Senado exigia três meses para que o interessado tivesse di-reito ao benefício, mas a chefe do executivo alega que houve acordo durante a tramitação

para que o assunto seja tratado pelo Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Traba-lho e Renda e de Previdência Social. Com isso, continua va-lendo o prazo mínimo de ape-nas 30 dias.

O outro veto trata das regras do seguro-desemprego para o trabalhador rural. Para a pre-sidente, há tratamento diferen-ciado para quem atua no campo e quebra de isonomia em rela-ção aos trabalhadores urbanos.

A norma obriga o desempre-gado a comprovar mais tempo de trabalho para ter direito ao benefício. A lei anterior exigia seis meses consecutivos em-pregados por pessoa jurídica ou pessoa física para garantir o seguro-desemprego pela pri-meira vez. Agora, o auxílio só poderá ser solicitado após 12 meses de ofício comprovado. Pela segunda vez, a partir de nove meses e, na terceira vez, com seis meses de trabalho. O projeto também mudou a for-ma como o amparo é pago.

Antes, o trabalhador recebia

três parcelas, se comprovasse vínculo empregatício de, no mínimo, seis meses e, no máxi-mo, 11 meses. Já para receber quatro parcelas, era necessária comprovação de trabalho por, no mínimo, 12 meses e, no má-ximo, 23 meses. Agora, o segu-ro de três parcelas não existirá mais no primeiro pedido. E para conseguir quatro parcelas na primeira vez, o desempre-gado terá de comprovar o mí-nimo de 12 meses e um máxi-mo de 23 meses nos 36 meses anteriores à demissão.

De acordo com Maso, a san-ção da nova regra não garante que o número de encaminha-mentos diminuirá. “Recebe-mos em média 130 pessoas por dia e notei que a grande maio-ria está se informando sobre as alterações da nova medida e sobre o tempo de trabalho necessário para requisitar o benefício. Acredito que o cená-rio revela que o número ainda será de crescimento nos en-caminhamentos por um bom tempo”, comenta.

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Sábado, 20 de junho de 201526 Geral

Zatt

Cinco anos de espera por um consertoMoradores reclamam do esgoto que corre a céu aberto e está provocando o desmoronamento da rua Eduardo Bianchi

O problema de esgoto a céu aberto continua cau-

sando transtornos no bairro Zatt. Entre as ruas Orestes Espadari e Eduardo Bianchi, as fortes chuvas dos últimos dias têm feito parte da rua desmoronar.

Quem vai até o local, se as-susta com o tamanho do bu-raco que está invadindo a rua. Maria Correa é doméstica e uma das moradoras mais pró-ximas do local. Ela afirma que o problema existe há cerca de cinco anos, e está piorando nos últimos dias. “Aqui é um bom lugar para se viver, mas esta situação está compli-cando o lugar que moramos. Quando chove muito, e a água ‘sobe’, não chega a invadir a minha residência, mas chega até meu pátio. Muitas pesso-as passam diariamente por aí, inclusive crianças que se deslocam até a escola”, relata. Ainda, ressalta que melhorias poderiam ser realizadas. “É um terreno grande aqui na frente e poderia ser feito até uma praça para as crianças brincarem”, reflete.

Cleunice [email protected]

Quem também é atingida pela situação é Ivânia Maria da Silva, dona de casa. Sua re-sidência, na última enchente, no início de 2014, foi invadida pela água. Devido a esta situ-ação, a família que mora há aproximadamente 20 anos no local, teve que deixar a residên-cia para viver em outro lugar. “Estamos no aluguel social até agosto, pois toda vez que cho-via, a água invadia nossa casa. Não tínhamos sossego, quando

começava a chover precisáva-mos erguer nossas coisas para não perder tudo”, comenta. Ela afirma, ainda, que o local é um perigo constante para as crianças. “Os maiores prejudi-cados são os moradores, pois se desmoronar tudo ficará sem passagem. Acredito que deveriam dar melhorias para o esgoto que vêm dos outros bairros, porque sempre será essa situação se não for arru-mado”, comenta.

Além de Ivânia, moram na casa a filha Ariele Chagas, o genro, Marcos Gomes e o neto de seis anos. Ariele co-menta que perdeu diversos trabalhos e materiais, além da moto. “A última enchente foi a pior. Tivemos que sair de casa às pressas e esperar a água baixar para voltarmos. Perdi diversas coisas, inclusi-ve minha moto que ficou sub-mersa. Já procuramos diver-sas autoridades, secretarias e até mesmo o prefeito, mas nada foi resolvido até agora”, salienta. Ariele ainda afirma que algumas obras foram rea-lizadas há pouco tempo, como a canalização da quadra de areia. “Arrumaram o campi-nho de areia, pois estava ala-gando. Agora que o pessoal arrumou, melhorou um pou-co”, finaliza.

Segundo o presidente do bairro, Antônio Dallasen, a situação está comprometen-do até mesmo a passagem de veículos. “As crianças passam por aí para ir à escola, tem até um cego que passa por lá. É muito perigoso, tanto para as pessoas, quanto para os ve-ículos, pois corre o risco de desabar tudo a qualquer mo-

mento. Estamos procurando uma solução junto às autori-dades, mas ainda não obtive-mos retorno”, salienta.

Ainda, Dallasen comenta que mais de 100 famílias se-rão afetadas caso o problema não seja solucionado. “Várias famílias serão prejudicadas caso situação não seja resolvi-da. Gostaríamos que aqui fos-se feita uma galeria para dar a vazão suficiente ao esgoto e a água que passa por aqui”, finaliza.

O que diz a secretaria de Obras

Segundo Sérgio Gabrielli, Secretário de Obras do mu-nicípio, já há uma mobili-zação em prol da solução do problema. Ele comenta que os moradores já sabem da situação e algumas medidas já foram tomadas. “Fizemos a canalização na quadra de areia, que estava perigosa. Vamos resolver o problema assim que possível. Tenho di-versas obras em andamento, e sei que a rua está perigosa. Assim que conseguirmos, ire-mos fazer uma caixa coletora e arrumar a rua”, disse.

Via é a única passagem para famílias que moram em um lado do bairro

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São Roque

Imagem do padroeiro visita comunidades da paróquiaA Paróquia São Roque re-

aliza a tradicional Festa do Padroeiro no dia 16 de agosto. Nos meses que antecedem a comemoração, há uma prepa-ração toda especial para en-volver a comunidade e fortale-cer a fé dos cristãos. No dia 26 de junho, a imagem do padro-eiro visita as comunidades que fazem parte da paróquia.

Antes de realizar as visitas, atividades alusivas a festa de agosto iniciaram no dia 22 de março, com a mateada da inte-gração. Outra das atividades, o Bingo, aconteceu no dia 15 de maio, no Salão Paroquial. A visita do padroeiro, finaliza no dia 06 de agosto.

De acordo com Sandra Pe-drotti, uma das festeiras, a

expectativa é promover a integração. “Proporcionar momentos que envolvam a comunidade, fortalecendo a espiritualidade, a fé na vida, nas famílias e na comunidade--igreja, para que se tenha paz, serenidade e se possa cons-truir e conviver cada vez me-lhor em sociedade”, explica.

Sandra relata que o apoio da comunidade é importante. “Ficaríamos muito felizes em contar com o apoio e partici-pação da comunidade e tam-bém de toda a nossa cidade. Quero agradecer especialmen-te a todas as empresas que estão colaborando através de apoio, patrocínios, brindes, ajudando na venda de ingres-sos e a todos que participam

na preparação de das ativida-des”, salienta.

Segundo estimativa do Pá-roco padre Celso Ciconetto, no ano passado, em toda a pro-gramação festiva, circularam três mil pessoas. “Durante os dois dias de Festa, sendo, as missas de sábado a noite, e no domingo e a missa aos doen-tes, mais o almoço, circula-ram mais de três mil pessoas. Só no almoço foram mais de 800”, finaliza.

Os casais festeiros deste ano, são Adeloir e Andréia dos San-tos, Arlei e Adriane Reginato, Denis e Sandra Pedrotti, Val-dir e Terezinha Coser e Valter e Maria Dalloglio, com acompa-nhamento dos párocos, Almir José Risson e Celso Ciconetto. Visitas iniciam no dia 26 deste mês e seguem até o dia 6 de agosto

CLEUN

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Sábado, 20 de junho de 2015 27Regional

A Casa Ferri, localizada no centro histórico de Santa Te-

reza, na Serra Gaúcha, foi restau-rada graças a atuação da Procu-radoria da República em Bento Gonçalves, que solicitou a reali-zação do serviço por meio do Ins-tituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Além da restauração, a edificação foi erguida em 90 cm para não ser atingida por eventuais cheias do Rio Taquari.

A residência constitui um mar-co histórico pela técnica constru-tiva. Localizada na avenida Itália, no município, a casa foi erguida em 1910 para servir de residência ao casal Cesare Appiani e Maria Savóia – pioneiros na fabricação de acordeões na Itália e no Brasil.

O trabalho de recuperação da residência foi concretizado em virtude da intervenção da Procuradoria da República

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Moradia foi construída em 1910, e está localizada no centro histórico

Restauração de Casa Ferri é concluída Santa Tereza

A Associação de Proteção ao Patrimônio Histórico, Arquite-tônico e Turístico do Município

de Santa Tereza (APHAT) in-formou ao Ministério Público Federal (MPF), em 2010, sobre

a situação de risco em que se en-contrava a Casa Ferri. Na época, a entidade chegou a verificar a possibilidade de se obter, em ca-ráter de urgência, a liberação do Instituto Brasileiro do Meio Am-biente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para o uso de 200 metros cúbicos de madei-ras nobres que estariam apreen-didas nos depósitos do Estado do Rio Grande do Sul.

Com o ingresso de ação civil pública na Justiça Federal, co-brando providências do Iphan, a reforma necessária foi, de fato, realizada, com o acatamento da solicitação pelo instituto. O pro-curador da República, Alexandre Schneider, registrou na época que a importância da imigração

italiana, que contribui para a for-mação da Nação brasileira, não pode ficar reduzida a uma carta de intenções do poder público. Ele acredita que o respeito ao pa-trimônio histórico e cultural de Santa Tereza requer muito mais: peticiona-se pela efetiva restau-ração das construções históricas, com aplicações de recursos pú-blicos necessários a evitar o pe-recimento da memória do povo”.

A avenida Itália, no centro histórico de Santa Tereza, é uma das mais belas sínteses da arquitetura italiana no Brasil. Possui casas de madeira, alve-naria e um campanário neo--gótico-veneziano, conjunto arquitetônico tombado pelo Iphan em novembro de 2010.

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Sábado, 20 de junho de 201528 Regional

A requalificação do Parque Salto Ventoso, em Farroupi-lha, começa na próxima se-mana. Para marcar o início das obras em um dos pontos turísticos mais importantes do município, a Prefeitura re-aliza um ato oficial hoje, às 9h, no local. No evento será detalhado o projeto. Entre as melhorias previstas no espaço estão a construção de um deck metálico na parte inferior da cascata, um mirante na lateral da queda d’água, pavimenta-ções de de trilhas, instalação de bancos, lixeiras e trabalho de paisagismo.

De acordo com o projeto, se-rão investidos R$ 434.381,77, sendo R$ 243.750,00 prove-nientes do Governo Federal,

através da emenda parla-mentar do deputado federal José Otavio Germano e R$ 190.381,77 de contrapartida do Município. O objetivo da obra é valorizar o local e proporcio-nar segurança aos visitantes. Durante as intervenções, que seguem até novembro, o Par-que permanecerá fechado para visitação do público.

A cascata em plena mata na-tiva tem 55 metros de altura caindo em forma de cortina de água sobre uma gruta com 200 metros de comprimento e 25 metros de altura. O local foi uti-lizado como cenário para os fil-mes “O Quatrilho” (1995), “Pro-va de Coragem” (2014) e para a minissérie da Rede Globo “Quinto dos Infernos” (2002).

A Câmara de Indústria e Co-mércio de Garibaldi (CIC) rea-lizou a terceira edição do ano do Bom Dia Associado. Com o novo formato, que proporcio-na maior interação entre os empreendedores, o evento re-gistrou, novamente, aumento no número de associados par-ticipantes, chegando próximo a 100 pessoas.

A presidente da entidade, Ale-xandra Nicolini Brufatto, desta-cou a receptividade que a nova fórmula da promoção vem re-cebendo. Segundo ela, a possi-bilidade dos representantes de empresas filiadas conversarem

e trocarem informações sobre mercado e negócios, também tem despertado a atenção para iniciativas e demandas em di-versos segmentos.

Além da troca de experiên-cias, as empresas participantes também têm à disposição um espaço para divulgar seus servi-ços e produtos, através de ma-terial impresso (folders, cartões de visita e outros). Ao final do evento realizado na quarta-fei-ra, 17, ocorreu a apresentação de serviços e produtos do Ser-viço Social da Indústria (Sesi) e Serviço Nacional de Aprendiza-gem Industrial (Senai).

Uma doença chamada an-tracnose foi identificada na Serra Gaúcha no ano de 2011 na produção de caqui na Serra. Para apresentar alternativas para combater a praga, a Ema-ter/RS-Ascar está promovendo reuniões com agricultores. On-tem, 19, foi a vez dos fruticulto-res de Pinto Bandeira, receber informações no salão da comu-nidade da Linha 28.

No município são cultivados aproximadamente 100 hectares de caquizeiros, com uma produ-ção de 1.500 toneladas. Histori-camente, o cultivo da fruta sem-pre foi considerado fácil, pois não necessitava de tratamentos intensivos (quase não existiam pragas e doenças) e produzia bem. Contudo, o aparecimento da doença, que afeta especial-mente a variedade Kyoto (cho-colate preto), surpreendeu e de-sestimulou os produtores.

Os alunos da Escola Mu-nicipal de Ensino Fun-

damental General Rondon participaram da segunda eta-pa do Programa Saúde na Es-cola (PSE), neste mês. A ação visa avaliar as condições das crianças, dos adolescentes e jovens que frequentam esco-las públicas e atuar de forma preventiva.

A diretora, Tatiane Cristó-foli, esclarece que o projeto tem como objetivo melhorar a qualidade de vida e realizar um acompanhamento dos es-tudantes. Eles já passaram por uma avaliação no fonoaudiólo-go e auditiva. “É realizado en-caminhamentos para a família quando necessário. É válido, pois a escola também fica sa-bendo como está o aluno”, afir-ma. O trabalho é desenvolvido por profissionais da Secretaria Municipal de Saúde.

Nesta etapa foi realizada a pesagem dos estudantes, veri-

Estudantes recebem orientações para melhorar a qualidade de vida

Salto Ventoso recebe obras de requalificação

Bom Dia Associado da CIC aumenta de participantes

Doença reduz produção de caqui

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Aproximadamente 100 pessoas prestigiaram o evento na entidade

Projeto envolve acompanhamento nutricional e odontológico

Alunos são beneficiados por Programa Saúde na Escola

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Barracão

Estefania V. [email protected]

ficada a pressão e altura. Além disso, foi feita uma avaliação com o dentista e analisada a necessidade da aplicação de flúor nos dentes. O programa também prevê uma avaliação oftalmológica em outra etapa.

O PSE é uma estratégia de integração da saúde e educa-

ção para o desenvolvimento da cidadania e da qualificação das políticas públicas brasileiras. A sustentabilidade e qualidade do programa dependem dos dados que são coletados nas escolas e nos encaminhamento passados posteriormente pelas equipes de saúde.

Segundo o agrônomo da Ema-ter/RS-Ascar Enio Ângelo To-deschini, o caqui vem apresen-tando uma considerável redução na área cultivada, a cada ano, pois muitos produtores estão er-radicando as plantas ou deixan-do de implantar novos pomares. De acordo com o agrônomo, nessa safra já foram sentidos os reflexos. “Com menor produção, aumentou a procura pela fruta, que atingiu valores muito acima da média”, afirma.

O profissional explica que a antracnose afeta todos os ór-gãos aéreos do caquizeiro, po-dendo deformar a planta e re-duzir a produtividade por perda de brotos, queda prematura de folhas e depreciação visual da fruta (mancha), inviabilizando o comércio da produção. Con-forme ele, os agricultores vêm tratando a fruta depois que a doença já está instalada, rea-

lizando somente tratamentos foliares, o que geralmente não traz resultados satisfatórios, pois são necessários cuidados durante o ano todo.

Conforme Todeschini, agora, com a colheita já encerrada na região, os produtores que ainda têm frutas remanescentes nas plantas contaminadas devem coletá-las e enterrá-las. A partir de julho, devem fazer os trata-mentos de inverno com caldas específicas e, na fase vegetativa, não exagerando na aplicação de adubo nitrogenado. Além disso, de outubro a janeiro precisam realizar a poda verde e os trata-mentos foliares durante todo o ciclo vegetativo. “Com esse ma-nejo, o produtor poderá manter esse tradicional cultivo, impor-tante para a diversificação das propriedades, a geração de ren-da e a manutenção das famílias no meio rural”, conclui.

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Sábado, 20 de junho de 2015 29Regional

Desde o mês de maio, pro-dutores de maçã e uva do Rio Grande do Sul e de uva do no-roeste de São Paulo contam com um serviço de informação meteorológica voltado a essas culturas. O boletim mensal é elaborado por especialistas da Embrapa Uva e Vinho e está disponível na página do cen-tro de pesquisa. Trata-se de uma breve análise dos efeitos do clima nas culturas da videi-ra e da macieira, acompanha-da de gráficos e fotos.

O produtor pode acompa-

A Fundação de Cultura e Arte de Carlos Barbosa (PRO-ARTE) está com inscrições abertas para o Festival da Canção 2015, que será rea-lizado em setembro, com o objetivo de potencializar o talento dos artistas locais. As fichas podem ser retiradas até o dia 17 de julho na enti-dade, das 8 às 12 horas e das 13h30min às 17h30min.

O regulamento já está ofi-cializado e encontra-se dispo-

Abertas as inscrições para o Festival da Canção

Embrapa emite boletim mensal Meteorologia Carlos Barbosa

O Cadastro Ambiental é pre-enchido por meio do Sistema de Cadastro Ambiental Rural (Siscar) que captura a imagem via satélite da propriedade e faz o mapeamento de uso do solo. A partir da visualização, será especificada se é uma área com remanescente de vegeta-ção nativa, rural consolidada (utilizada para atividades agrí-colas ou agropecuárias), área moradia, ou com benfeitorias até o dia 22 de julho de 2008.

O engenheiro agrônomo Alexandre Frozza pondera que toda a área que foi aberta a partir da data sem o licencia-mento ambiental é um passi-vo ambiental e o proprietário terá que começar a regulari-zar por meio do Programa de Regularização Rural (PRA). Neste período, não serão apli-cadas multas, pois existe um termo de compromisso do proprietário para se adequar ambientalmente.

Na Serra, o módulo fiscal possui 12 hectares, Frozza explica que na APP exigida no período de disposições transitórias, a recomposição é de cinco, 8 ou 15 metros de largura se não tem nenhuma mata ciliar. “Se a área possui a mata ciliar nesse rio, seja ela de cinco, 10, 15 ou 20 metros terá que ser preservada. O ca-dastro não permite desmatar o que já tem, mas adequar a propriedade em cima da nova Legislação”, afirma.

A Emater faz o cadastro para os agricultores que estão no convênio “Pública Susten-tabilidade” que é uma chama-

Os proprietários de imó-veis rurais têm até maio

de 2016 para realizar o Cadas-tro Ambiental Rural (CAR). Apesar de o prazo ter sido prorrogado por mais um ano, inicialmente era para encer-rar em maio de 2015, a orien-tação é que o procedimento seja realizado o mais breve possível. O objetivo é que os dados sejam analisados antes de seu envio para o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Porém, os agriculto-res ainda possuem dúvidas referentes ao processo.

O CAR é um registro públi-co eletrônico das informações ambientais dos imóveis ru-rais. O levantamento de dados tem como objetivo identificar e integrar as informações am-bientais das propriedades e posses, o planejamento am-biental, o monitoramento, o combate ao desmatamento e a regularização ambiental conforme estabelece o Código Florestal Brasileiro.

Os agricultores Marcelo e Elson Gallon, moradores da Linha Alcântara, afirmam que têm dúvidas com relação aos dados devem informar. “Se temos áreas em diversos pontos como iremos fazer? E

Cadastramento irá mapear as informações ambientais nas propriedades

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Viticultor Lucindo Zandonaí, morador do Vale dos Vinhedos

Agricultora Elice Lazarotto, residente no Vale Aurora

Engenheiro agrônomo da Emater, Alexandre Frozza

Estefania V. [email protected]

Mais prazo para informar os dados

Cadastro Ambiental Rural

as nascentes?”, questiona.A família Lazzaroto, do Vale

Aurora, também não fez o pro-cedimento obrigatório. “Sabe-mos que foi prorrogado, mas queremos saber como é o pro-cesso correto antes de fazer”, destaca Elice Lazzaroto.

O viticultor Lucindo Zan-donaí, do Vale dos Vinhedos, já realizou o CAR. “Não se faz mais desmatamento. Aqueles que fizeram antes de 2008, não têm motivos para se preo-cuparem”, comenta.

Segundo o engenheiro agrô-nomo da Emater/Ascar, Ale-xandre Frozza, a nova ins-trução, instituída em 2012, apresenta alguns termos que não existiam. Assim, é neces-sário fazer uma análise indivi-dual de cada propriedade. A

Análise da área é feita por imagens via satélite

da pública com o Ministério do Desenvolvimento Agrá-rio. Em Bento Gonçalves, são contempladas 200 famílias e na região da Serra são 1.200. A coleta de dados iniciou em maio. “Nós começamos a fazer mas ainda surgiram muitas dúvidas porque estamos nos ambientando com o Código e suas exigências”, frisa.

Se as imagens via satélite não possuem qualidade é realizada uma visita na propriedade. “Às vezes, as imagens não permi-tem identificar se são árvores nativas, exóticas, se tem algum eucalipto plantado na borda, interferindo na classificação como área rural consolidada ou remanescente de vegetação nativa”, detalha.

O engenheiro agrônomo explica que cada situação me-rece informações detalhadas. A ideia é chamar esses produ-tores e depois revisar e enviar para o Ministério. O cadastro é para conter o desmatamento principalmente nas áreas de fronteira agrícola. A adequação ambiental visa a proteção do meio ambiente, dos recursos hídricos e do solo.

regulamentação prevê as dis-posições gerais e as transitó-rias. No caso das transitórias a validade é por um ano e pas-sível de prorrogação de mais um. Assim, o produtor irá buscar a adequação ambien-tal das propriedades que estão em uso antes do dia 22 de ju-lho de 2008, principalmente ao que se refere à Área de Pre-servação Permanente (APP) e a Reserva Legal. “Existem algumas questões específicas para a agricultura familiar em termos de adequação em rela-ção à fontes, nascentes, olho d’água perene, rios e riachos. Isso irá variar de acordo com o tamanho da área ou com o módulo fiscal. Para cada pro-priedade será feita uma anali-se especifica”, esclarece.

nível no site do Município, no endereço www.carlosbarbosa.rs.gov.br. Pessoas de todas as idades podem se inscrever, desde que residam em Carlos Barbosa – menores de 18 anos deverão anexar declaração de autorização de participação assinada pelos pais ou respon-sáveis. O festival será realizado no dia 5 de setembro, a partir das 19h, no Ginásio Municipal de Esportes Eduardo Dobner, no bairro Triângulo.

nhar também dados climáti-cos mensais coletados de três estações meteorológicas da Embrapa Uva e Vinho: em sua sede, em Bento Gonçalves; na Estação Experimental de Fru-ticultura de Clima Tempera-do, em Vacaria e na Estação Experimental de Viticultura Tropical, em Jales (SP). As es-tações fazem parte da rede do Instituto Nacional de Meteo-rologia (Inmet).

As culturas de maçã e uva são bastante sensíveis a va-riações climáticas, como ge-

adas tardias que afetam as brotações e chuva excessiva na época da colheita, o que faz da agrometeorologia uma área especialmente importante para auxiliar em seu manejo. A partir dos dados enviados pelas estações, os pesquisado-res da Embrapa Maria Emília Borges Alves e Marco Antônio Fonseca Conceição emitem uma avaliação dos dados e sua influência sobre as cultu-ras. O trabalho também conta com o apoio do técnico Adriel Davi Marconatto.

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Sábado, 20 de junho de 201530 ObituárioFalecimentos

ITACIR GABANA, no dia 10 de Junho de 2015. Natural de Nova Prata, RS, era filho de Santina Magdalena Gabana e tinha 72 anos.

FIORELLO ANGELO RIGOTTO, no dia 11 de Junho de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de João Rigotto e Alexandrina Schenato Rigotto e tinha 90 anos.

MARIA BORTOLINI, no dia 12 de Junho de 2015. Natural de Veranópolis, RS, era filha de José Bortolini e Angelina Bortolini e tinha 76 anos.

SERGIO WILLMS, no dia 13 de Junho de 2015. Natural de São Carlos, SC, era filho de João Ignacio Willms e Ana Margarida Willms e tinha 35 anos.

JOSE TARSO, no dia 14 de Junho de 2015. Natural de Pinto Bandeira - Bento Gonçalves, RS, era filho de Domingos Tarso e Regina Manara e tinha 82 anos.

AGAPITO VIDAL GONÇALVES, no dia 14 de Junho de 2015. Natural de Palhoça, SC, era filho de Vidal Basilio Gonçalves e Tomazia Maria Rosalina e tinha 82 anos.

CATHARINA CAUSSI, no dia 08 de Junho de 2015. Natural de Pouso Novo - Lajeado, RS, era filha de José Paludo e Emma Magdalema Delloliva e tinha 87 anos.

LUÍS ANTONIO PEREIRA, no dia 14 de Junho de 2015. Natural de Guaporé, RS, era filho de Santo Alves Pereira e Ozilia de Araújo e tinha 53 anos.

DORACY LAZZAROTTO BRANDELLI, no dia 16 de Junho de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Affonso Baptista Lazzarotto e Maria Luzzi Lazzarotto e tinha 80 anos.

JOÃO EDEGAR RIBEIRO DE CARVALHO, no dia 16 de Junho de 2015. Natural de Lagoa Vermelha, RS, era filho de Venceslau Martins de Carvalho e Albertina Ribeiro de Carvalho e tinha 64 anos.

INÊS DILATA CIPRANDI, no dia 16 de Junho de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Albino Cipriani e Maria Cecilia Zatt Cipriani e tinha 59 anos.

LIDIA FLAMIA FACCIN, no dia 16 de Junho de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Fioravante Flamia e Idelvina Cristofoli Flamia e tinha 67 anos.

VERÔNICA SOUZA DE SOUZA, no dia 17 de Junho de 2015. Natural de Passo Fundo, RS, era filha de Ignacio Ribeiro de Souza e Miguelina Rodrigues de Souza e tinha 71 anos.

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Sábado, 20 de junho de 2015 31Publ. Legais/Obituário

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Sábado, 20 de junho de 201532 Segurança

Transporte irregular

Ação recolhe 31 veículos clandestinosFiscais da Metroplan fiscalizaram ônibus, vans e microônibus em quatro vias nas cidades de Bento Gonçalves e Garibaldi

Leonardo [email protected]

Uma ação da Fundação Estadual de Planejamen-

to Metropolitano e Regional (Metroplan) recolheu 31 ôni-bus, vans e micro-ônibus que realizavam transporte clan-destino na manhã de sexta--feira, 19. As blitze foram re-alizados em quatro pontos de Bento Gonçalves e Garibaldi. O elevado número de autua-ções surpreendeu a fundação, que promete uma fiscalização mais constante na região.

O diretor de transportes da Metroplan, Vinício Salvagni, explica que há três fiscaliza-ções existentes. “A Prefeitura é responsável pelo trânsito in-terno do município. O DAER pelo trânsito intermunicipal. A fiscalização em regiões me-tropolitanas cabe a Metro-plan”, relata. Ele lembra que Bento Gonçalves faz parte da

Fundação inicia atuação após criação da Região Metropolitana da Serra

Região Metropolitana da Serra Gaúcha, que foi aprovada em lei ainda em 2013, mas passou a valer legalmente apenas em 1º de janeiro deste ano.

A fiscalização de sexta-fei-

ra, que teve início às 6h, ocor-reu na BR-470, na ERS-444 no Barracão, na divisa entre Bento e Garibaldi via bairro Santo Antão e na Garibaldi-na. “Os motoristas sabem que

precisam andar regularizado. Todo transporte que ocorre em regiões metropolitanas, seja de estudantes ou de tra-balhadores, tem que estar regularizado junto a Metro-plan”, ressalta Salvagni.

Em menos de duas horas, 80 veículos foram fiscalizados e 31 recolhidos por falta da documentação necessária. Se-gundo os fiscais, o proprietá-rio terá que pagar uma taxa de R$ 652 para reaver o veículo. Os usuários precisaram acio-nar outro transporte para se-guir viagem. “Foi um volume muito grande e iremos inten-sificar. Essa conscientização implica em segurança para os passageiros. Existe todo um controle necessário e que o usuário destes transportes deve exigir também. Para se regularizar junto a Metroplan o gasto é de R$ 200. É mais barato do que se arriscar e an-dar clandestinamente”, apon-

ta o diretor do órgão.Desde março na gestão, Sal-

vagni percebe que a fiscaliza-ção estava abaixo do necessá-rio. “Na gestão passada estava abandonada a fiscalização e o pessoal se acomodou. Mas agora estamos com 35 fiscais e faremos mais ações des-te tipo. Todo dia, em algum lugar, irá ocorrer. Já visto-riamos 700 veículos em dois meses e o que percebemos é uma média é de 30% de carros clandestinos. Hoje (sexta-fei-ra) tivemos que parar porque faltou guincho”, aponta.

Quem tiver dúvidas sobre a atuação da Metroplan e a ins-peção veicular pode acessar o site www.metroplan.rs.gov.br. A fundação é responsá-vel pela gestão do sistema Estadual de Transporte Me-tropolitano Coletivo de Pas-sageiros, conferida pela lei Estadual 11.127 de 9 de feve-reiro de 1998.

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Sábado, 20 de junho de 2015 33Segurança

Promotor alega exposição das crianças

Élcio Resmini destaca importância das crianças estarem separadas

Casa Azaléia

Mulheres ocupam espaço de criançasMinistério Público aponta que desvio de utilidade do Albergue Municipal é prejudicial para os jovens que estão acolhidos

Leonardo [email protected]

Desde 2012, Bento Gonçal-ves não possui um local

adequado para abrigar mu-lheres vítimas de violência. Os casos recentes foram acolhidos no Albergue Municipal, conhe-cido como Casa Azaléia, um local que deveria ser específico para crianças. O fato é alvo de um inquérito civil do Ministé-rio Público. A Coordenadoria da Mulher alega que, desde 2013, são buscadas informa-ções sobre a implantação de uma casa abrigo regional.

De acordo com a secretária de Habitação e Assistência Social, Rosali Fornazier, a de-cisão leva em conta a propor-ção ao número de mulheres abrigadas e o alto custo de ma-nutenção exigido. Neste ano, oito mulheres foram abrigadas na Casa Azaléia, normalmen-te enviadas pela Delegacia de Polícia de Pronto Atendimen-to (DPPA), que atende plan-tões. Nas situações atendidas pela Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM) busca-se a possibili-dade de encaminhamento das

Desde 2012 sem um abrigo adequado no município, mulheres estão sendo acolhidas na Casa Azaléia

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vítimas para o núcleo familiar ou amigos.

O promotor criminal Gilson Borguendulff Medeiros, res-ponsável pelos inquéritos que

envolvem violência contra a mulher, ressalta que a Lei Ma-ria da Penha prevê o afasta-mento do homem, garantindo a residência à vítima e sua pro-

le. “O agressor é que deve ser afastado. De outra parte, pa-rece não existir demanda su-ficiente, para justificar, neste momento, considerável inves-

timento público. Ademais, o tema já foi objeto de inúmeras reuniões, sendo objeto, ainda, de reflexão”, argumenta.

Este debate frequentemente é retomado em encontros e audi-ências públicas da Rede de En-frentamento a Violência Contra a Mulher. Porém, a secretária municipal ressalta que houve manifestações contra a instala-ção de uma casa abrigo munici-pal em proporção ao número de mulheres abrigadas.

Em relação às situações de acolhimento na Casa Azaléia, Rosali afirma que estas tem ocorrido por algumas horas e ou no máximo por uma noi-te, enquanto são expedidas as medidas protetivas do afas-tamento do agressor. Sobre o inquérito civil, a secretária afirma que este “vem se arras-tando desde a gestão passada e com a mudança de adminis-tração e a situação em que se encontrava o Município, a pro-motoria procedeu o arquiva-mento temporário, permitin-do o acolhimento de mulheres vítimas de violência doméstica junto a Casa Azaléia, numa dependência separada dos de-mais acolhidos”.

No outro lado deste quadro, o promotor da Vara da Infân-cia e Juventude, Élcio Res-mini Meneses, percebe como é prejudicial para os jovens o acolhimento de mulheres na Casa Azaléia. “A questão principal é que estas crianças estão retiradas das famílias por presenciarem um cenário de violência e agressão. Estas mulheres, que também são ví-timas, acabam, mesmo que de forma indireta, expondo estas crianças novamente às situa-ções de violência que estamos tentando afastar”, pondera.

Por meio de um inquérito civil, que foi reaberto no início deste ano, o promotor busca debater a situação com o Mu-nicípio. “Está em andamento e tivemos outras exigências atendidas. O local é uma casa, não suporta grandes obras, e proporciona este ambiente co-mum, inclusive para diversas

idades. Não posso dizer que é o ideal, mas está regular. A prá-tica determina que as crian-ças, quando acolhidas, estão separadas de qualquer tipo de violência, de conviver com

este meio. Reconhecemos que as mulheres também precisam ser atendidas. Mas tenho que zelar pelo interesse das crian-ças”, explica o promotor da Vara da Infância e Juventude.

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Demanda no Revivi dobra, porém quadro diminui

A Rede de Enfrentamento a Violência Contra a Mulher é uma das mais engajadas do município e os debates são frequentes. Em um destes encontros no Ministé-rio Público, no início de maio, foi debatida a situação do Centro de Referência a Mulher que Viven-cia a Violência (Revivi).

Conforme ata de reunião, o quadro de atendimento do Re-vivi diminuiu, em discordância com a demanda do município, que dobrou. Os representantes de diversos órgãos da rede con-cordaram sobre a necessidade de expansão do trabalho e ca-pacitação dos integrantes.

Questionada sobre a neces-sidade de mais psicólogas para o Centro Revivi, a secretária Rosali Fornazier respondeu que “o Revivi já está implanta-do há alguns anos, num espaço próprio, atualmente localizado

na rua Assis Brasil, 94, cujos serviços são desenvolvidos por uma coordenadora com forma-ção em Serviço Social, uma psi-cóloga, uma assistente social, uma estagiária de psicologia e uma administrativa. Do ano de 2014 a junho de 2015, foram registrados 1.549 atendimen-tos às mulheres vítimas de vio-lência doméstica”.

Outra ideia que constante-mente é postulada nos encon-tros da Rede é a necessidade de criação de uma Vara Judicial Especializada. Atualmente, os casos de violência contra a mu-lher são de responsabilidade da juíza Valéria Neves Willhelm, que também é titular da 2ª Vara Criminal e da Vara da Infância e Juventude. No encontro de maio, a OAB/RS aguardaria realização de audiência pública para debater a criação.

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Sábado, 20 de junho de 201534 Segurança

Ferreira foi baleado no dia 29 de maio, e está na UTI

Baleado em assalto

Acidente ocorreu no problemático trevo próximo ao Posto do Hélio

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Médico exalta recuperação de agente penitenciárioMaicon Pedroso Ferreira apresenta evolução “melhor do que o previsto”

Leonardo [email protected]

Baleado na cabeça durante um assalto a posto de com-

bustíveis em maio, Maicon Pe-droso Ferreira, 30 anos, apre-senta uma recuperação “melhor do que o previsto”. O agente pe-nitenciário segue internado na UTI do Hospital Tacchini, mas já acordou do coma induzido e respira sem ajuda de apare-lhos. Ele ainda não recuperou a função da comunicação, mas acompanha o que acontece ao redor com os olhos e realiza pequenos movimentos com os braços e pernas.

As informações são do neu-rocirurgião Gustavo de Da-vid, responsável pela cirurgia da vítima. “Ele acordou bem, respira sozinho e está calmo. O cérebro está muito inchado ainda, mas assim que dimi-nuir, deverá recuperar ainda mais os sentidos. Se mantiver esta evolução, acredito que em uma semana possa ir para um quarto”, relata o especialista.

Apesar de comemorar a evo-

lução do caso, o neurocirur-gião ressalta que ainda não é o momento de prever implica-ções em longo prazo. “As se-quelas podem ser medidas no momento em que a doença es-tiver controlada. Ainda há um edema cerebral bem impor-tante. Por isso que, neste mo-mento, surpreende bastante (a recuperação), é um sucesso muito grande. E a expectativa de médio prazo é melhor ain-da”, explica David.

De acordo com o neuroci-rurgião, os familiares acom-panham a recuperação com otimismo. A partir desta evo-lução, a interação da esposa de Ferreira será autorizada a passar mais tempo na UTI para estimular a comunicação do marido e a recuperação das funções e memórias.

Relembre o crime

No início da noite de 29 de maio, Ferreira tomava um chimarrão na loja de conve-niências de um posto de com-bustíveis do bairro Fenavinho quando um assaltante armado invadiu o estabelecimento. O agente penitenciário reagiu e houve troca de tiros.

Atingido na cabeça e no ab-dômen, Ferreira caiu. Baleados nas mãos o assaltante fugiu. Ele seria preso por agentes da Polícia Civil dois dias depois em Farroupilha.

A vítima foi socorrida por policiais militares até o Hospi-tal Tacchini, onde passou por cirurgia e foi internado.

Flagrante no Conceição

Polícia Civil prende jovem após furto de Chevette

Suspeito de 19 anos tem extensa ficha criminal por furto e receptação

Um indivíduo de 19 anos foi preso em flagrante pelo fur-to de um Chevette na tarde de quinta-feira, 18. O crime ocorreu no Centro e a prisão no bairro Conceição. Acusado possui 26 antecedentes por furto, porém pode retornar as ruas se pagar fiança de R$ 500.

De acordo com o setor de investigação da 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP), a ocorrên-cia teve início por volta das 14h30min, com a comunica-ção do furto de um Chevette no Centro. O veículo e dois suspei-tos foram localizados no bair-ro Conceição. Um dos acusa-dos conseguiu fugir correndo, porém, por ser um indivíduo conhecido por diversas passa-gens pela delegacia, foi identi-ficado pelos policiais.

O Chevette foi recuperado e enviado para um depósito credenciado. O acusado preso teve fiança estipulada em R$ 500, porém não pagou e foi en-caminhado ao presídio.

Acusado possui mais de 30 passagens

Aos 19 anos, o indiciado já apresenta uma extensa ficha criminal. Sua primeira passa-gem ocorreu em 2009, quando tinha 13 anos. No total, foram 2o procedimentos por furto como adolescente infrator.

Como adulto, o acusado res-ponde por outros dez procedi-mentos: seis por furto, dois por receptação e dois por roubo. Esteve recolhido no sistema penitenciário de setembro de 2014 até 25 de maio deste ano.

Em 15 de junho, ele assal-tou um haitiano na avenida Osvaldo Aranha com um si-mulacro de arma de fogo. Ele acabou preso em flagrante pela Brigada Militar, porém a vítima não compareceu na delegacia para o reconheci-mento. Por isso, o indiciado respondia ao processo em li-berdade até ser preso em fla-grante nesta quinta-feira.

Três indivíduos armados assaltaram um mercado da rua João Busnelo, no bairro Ouro Verde, na tarde de quarta-feira, 17. Conforme as infor-mações da Brigada Militar, os assaltantes invadiram o estabelecimento por volta das 16h55min e ordenaram que as vítimas ficassem de joelhos e olhando para o chão. Foi roubada uma quantia em dinheiro do cai-xa (não informada). Após o crime, os bandidos correram em direção ao mato localizado atrás do mercado.

Trio armado rouba mercado no Ouro Verde

Um assaltante teria alvejado uma S10 durante uma tentativa de roubo na noite de quarta-feira, 17. De acordo com a ocorrência policial, por volta das 22h30min, uma guarnição da Brigada Militar foi deslocada até a Linha Palmeiro, em Pinto Bandeira, para atender a ocorrência. A vítima informou que conduzia sua caminhonete pela rua Aristides Bertuol, em Bento Gonçalves, junto com sua esposa e duas filhas, quando, próximo a uma parada de ônibus, três indivíduos tentaram roubar seu veículo. A vítima acelerou para fugir e um dos assaltantes efetuou um disparo de arma de fogo que atingiu a porta do carona.

Veículo alvejado durante tentiva de roubo

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Acesso a avenida Alviazul

Colisão fere motociclista na BR-470Uma motociclista teve uma

fratura exposta na perna após um acidente com um caminhão na BR-470, em frente ao Posto do Hélio, na manhã de quinta--feira, 18. A colisão ocorreu no trevo que dá acesso a avenida Alviazul, caminho utilizado por quem vai ao estádio do Espor-tivo. O local é conhecido por seu risco de acidentes.

Conforme as informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a colisão transversal ocor-reu por volta das 11h20min no quilômetro 213. A motocicleta Honda Biz, de cor prata e placa de Bento Gonçalves, foi atraves-sar a rodovia quando foi atingida na lateral por um caminhão Ford Cargo, de cor cinza e placas de Feliz. O caminhão vinha no sen-tido Veranópolis-Bento.

A condutora da motocicleta, I. P., de 41 anos, natural de Dois

Lajeados e residente de Ben-to, foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhada ao Hos-pital Tacchini. O condutor do ca-

minhão não teve lesões. Os dois veículos foram recolhidos ao de-pósito conveniado ao Detran, fi-cando à disposição da autoridade policial para futura perícia.

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Sábado, 20 de junho de 2015 35Segurança

No primeiro júri popular de Bento Gonçalves neste

ano, Cleiton Cruz Mattoso, 22 anos, conhecido como Ferri-nho, foi condenado a 13 anos e quatro meses de prisão em regime fechado pelo homicí-dio qualificado de Assunção Alves dos Santos e lesão cor-poral contra Daian Cachoeira. O crime ocorreu no dia 22 de fevereiro de 2014 na rua Ari da Silva, no bairro Eucaliptos.

O julgamento ocorreu na tar-de desta quinta-feira, 18. O júri popular entendeu que o réu era culpado e praticou o crime sem possibilitar defesa à vítima. A motivação do ataque não foi esclarecida, porém a hipótese do Ministério Público se refe-ria a uma dívida de tráfico de drogas de Cachoeira com o réu.

Em seu depoimento, Fer-rinho negou qualquer práti-ca delitiva. Apesar de não ter

Atirador no Eucaliptos

Cleiton Cruz Mattoso foi julgado pelos crimes de homicídio qualificado e lesão corporal grave em fevereiro de 2014

Leonardo [email protected]

Júri entendeu que o réu era culpado de ambas acusações e que impossibilitou defesa da vítima fatal

certeza de onde estava na data referida, o réu alegou estar em sua residência com sua esposa. A cônjuge não prestou depoi-

mento. Ferrinho também ga-rantiu não conhecer nenhuma das vítimas e não saber o moti-vo pelo qual é acusado.

O julgamento desta quinta--feira, 18, foi mais um exem-plo de uma constatação pre-ocupante do promotor de Justiça Eduardo Lumertz: o tráfico de drogas é a motiva-ção para a maioria dos crimes contra a vida em Bento Gon-çalves. Uma conclusão que já foi expressada também por re-presentantes da Brigada Mili-tar e Polícia Civil do município em outras oportunidades.

A advertência do promotor criminal tem por base os in-quéritos que são de sua com-petência. “É uma situação que preocupa muito. A maio-ria dos homicídios deste ano, infelizmente, tiveram esta conotação. São execuções por dívida decorrentes. Mas não são só os homicídios, nos crimes contra o patrimônio o pano de fundo também aca-ba sendo o tráfico de drogas. São crimes que os usuários acabam cometendo para po-der comprar a droga”, relata Lumertz.

A preocupação é compar-tilhada pela juíza da 1ª Vara Criminal, Fernanda Ghirin-

ghelli de Azevedo. A magis-trada compara esta situação com a violência na Capital. “Infelizmente é uma realida-de que vivenciamos há bas-tante tempo em Porto Alegre e já estamos sentindo em Bento Gonçalves. O aumento dos crimes contra vida, seja homicídio ou tentativa de ho-micídio, em que a motivação é

o tráfico de drogas”, comenta.Em suas declarações públi-

cas, o delegado Álvaro Pache-co Becker, responsável pela investigação dos crimes de roubo em Bento Gonçalves, constantemente ressalta a influência da droga no prin-cipais delitos ocorridos nos últimos anos. A mesma afir-mação costuma ser feita pe-

Ferrinho condenado a 13 anos e 4 meses

O réu regressa para o Pre-sídio Estadual de Bento Gon-çalves onde estava recolhido preventivamente desde 22 de

abril do ano passado. Ferrinho ainda é acusado de outras duas tentativas de homicídio, roubo e tráfico de entorpecentes.

Relembre o crime

Conforme a denúncia do Mi-nistério Público, na ocasião do crime, Santos e Cachoeira fo-ram até o Eucaliptos, por volta das 23h20min, com intuito de comprar drogas e encontrar prostitutas. Na rua Ari da Sil-va eles passaram pelo acusado e um segundo indivíduo, que estavam escorados em um muro, e os cumprimentaram. As vítimas seguiram cami-nhando quando foram surpre-endidas pelo ataque.

Santos foi baleado nas costas e faleceu no local. Atingido por dois tiros, Cachoeira foi socorri-do por um taxista e internado em estado grave no Hospital Tacchi-ni. Ele foi submetido à cirurgia no intestino e ficou seis meses impossibilitado de trabalhar.

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Tráfico de drogas vira pano de fundo para homicídios

Juíza de Direito Fernanda Ghiringhelli de Azevedo

Promotor da Vara Criminal Eduardo Só dos Santos Lumertz

los oficiais do 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turís-ticas (3º BPAT) que apontam que a maioria das vítimas de homicídios possuem diversos antecedentes criminais.

Na opinião do promotor Eduardo Lumertz, a comu-nidade precisa ter atenção com o problema. “Temos que ter um olhar especial com o usuário, para tratar e curar este vício. Não pode ser visto apenas como vítima. São eles quem fomentam o tráfico. O tráfico existe apenas por cau-sa do usuário. A ligação é ní-tida. O usuário é o ganha pão do traficante. A comunidade tem que prestar atenção e buscar ajudar estes usuários”, ressalta.

Surpresa com ano de poucos júris

O júri popular desta sema-na foi o primeiro realizado em 2015. Uma situação inédita para juíza Fernanda, titular em Bento Gonçalves desde 2002. “Conseguimos zerar a pauta de processos para re-

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alização de júri, de sessões plenárias, o que nunca havia acontecido. Após a realização deste júri de hoje, no mo-mento, não há nenhum ou-tro marcado. Há um júri que, provavelmente, será marcado em breve, mas ainda não está concluído. Está com a defesa para manifestação final. Se não for solicitada nenhuma diligência, será marcado em breve”, relata a magistrada.

Diante da curiosidade, o promotor Eduardo Lumertz exaltou a celeridade do Poder Judiciário no município, po-rém lamentou que tal fato não implica numa diminuição da violência. “É atípico, mas vejo como um dado positivo, que mostra que o Judiciário está comprometido. Há esta pre-ferência pelos crimes contra vida. Infelizmente, nem todos (homicídios) tem autoria des-coberta e há outros processos em que o réu impronunciado. A surpresa (da pauta zera-da) foi apenas pela compa-ração com os dois primeiro anos em que atuei em Bento”, argumenta.

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Copa Amizade

União e Colorado decidem campeonato

Libertadores do Nordeste

Barracão começa luta por um título inédito

Alternativas para a mobilidade

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A Edição www.jornalsemanario.com.br64 páginas

Primeiro Caderno ......................36 páginasCaderno S ................................12 páginas Saúde & Beleza .........................8 páginasEmpresas & Empresários ...........4 páginasEsportes....................................4 páginas

BENTO GONÇALVESSábado20 DE JUNHO DE 2015ANO 48 N°3140

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