2007+1+SUA+REALIDADE+IMORTAL (4)

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  • SUA REALIDADE IMORTAL Gary R.Renard Traduo M. Thereza de B. Camargo 1/176

    H apenas duas H apenas duas H apenas duas H apenas duas coisas entre as quais escolher:coisas entre as quais escolher:coisas entre as quais escolher:coisas entre as quais escolher: sua realidade com Deus, sua realidade com Deus, sua realidade com Deus, sua realidade com Deus, o esprito,o esprito,o esprito,o esprito, ou qualquer outra coisa. ou qualquer outra coisa. ou qualquer outra coisa. ou qualquer outra coisa.

    S oS oS oS o esprito esprito esprito esprito verdadeiro, verdadeiro, verdadeiro, verdadeiro, ntntntnteeeegro e permanente. gro e permanente. gro e permanente. gro e permanente. S uma real, sempre. A outraS uma real, sempre. A outraS uma real, sempre. A outraS uma real, sempre. A outra, sempre il, sempre il, sempre il, sempre iluuuusosososo

    Essa a Essa a Essa a Essa a

    SSSSSSSSUUUUUUUUAAAAAAAA

    RRRRRRRREEEEEEEEAAAAAAAALLLLLLLLIIIIIIIIDDDDDDDDAAAAAAAADDDDDDDDEEEEEEEE

    IIIIIIIIMMMMMMMMOOOOOOOORRRRRRRRTTTTTTTTAAAAAAAALLLLLLLL Como romper

    o Ciclo Repetitivo de Nascimento e Morte

    para sempre.

    GARY R. RENARD O autor do best-seller O Desaparecimento do Universo

    TraduoTraduoTraduoTraduo M. THEREZA DE B. CAMARGOM. THEREZA DE B. CAMARGOM. THEREZA DE B. CAMARGOM. THEREZA DE B. CAMARGO

  • SUA REALIDADE IMORTAL Gary R.Renard Traduo M. Thereza de B. Camargo 2/176

    Tu s como Deus te criou. Tu s como Deus te criou. Tu s como Deus te criou. Tu s como Deus te criou. loucura acreditar em qualquer outra coisa, loucura acreditar em qualquer outra coisa, loucura acreditar em qualquer outra coisa, loucura acreditar em qualquer outra coisa, aaaalm disso. lm disso. lm disso. lm disso. Atravs deste nicAtravs deste nicAtravs deste nicAtravs deste nico pensamento, todos so libo pensamento, todos so libo pensamento, todos so libo pensamento, todos so libeeeerados. rados. rados. rados.

    Atravs dessa Atravs dessa Atravs dessa Atravs dessa ninininicccca verdade, todas as iluses da verdade, todas as iluses da verdade, todas as iluses da verdade, todas as iluses deeeesaparecem. saparecem. saparecem. saparecem. Atravs desse nico fato, a impecabilidade prAtravs desse nico fato, a impecabilidade prAtravs desse nico fato, a impecabilidade prAtravs desse nico fato, a impecabilidade prooooclamada clamada clamada clamada

    como parte de tudo para sempre, como parte de tudo para sempre, como parte de tudo para sempre, como parte de tudo para sempre, o ncleo central da existnciao ncleo central da existnciao ncleo central da existnciao ncleo central da existncia de tudo de tudo de tudo de tudo

    e a garantia da imortale a garantia da imortale a garantia da imortale a garantia da imortaliiiidade pdade pdade pdade para todas as coisas. ara todas as coisas. ara todas as coisas. ara todas as coisas. (E-pI.191.4:2-6)

    Essa Essa Essa Essa a a a a

    SSSSSSSSUUUUUUUUAAAAAAAA RRRRRRRREEEEEEEEAAAAAAAALLLLLLLLIIIIIIIIDDDDDDDDAAAAAAAADDDDDDDDEEEEEEEE IIIIIIIIMMMMMMMMOOOOOOOORRRRRRRRTTTTTTTTAAAAAAAALLLLLLLL

    Se voc ceder um milmetro ao ego, Se voc ceder um milmetro ao ego, Se voc ceder um milmetro ao ego, Se voc ceder um milmetro ao ego, ele tomar um quilmele tomar um quilmele tomar um quilmele tomar um quilmeeeetrotrotrotro....

  • SUA REALIDADE IMORTAL Gary R.Renard Traduo M. Thereza de B. Camargo 3/176

    Tambm de autoria de Gary R. Renard

    O Desaparecimento do Universo Conversa direta sobre Iluses, Vidas Passadas, Reli-gio, Sexo, Poltica, os Segredos do Universo e os Milagres do Perdo.

    Cartas para Iluminao Pensamentos de O Desaparecimento do Universo

    (Baralho de 72 cartas)

  • SUA REALIDADE IMORTAL Gary R.Renard Traduo M. Thereza de B. Camargo 5/176

    E haver, afinal, o dia quando E haver, afinal, o dia quando E haver, afinal, o dia quando E haver, afinal, o dia quando no haja mais necessidade para dias. no haja mais necessidade para dias. no haja mais necessidade para dias. no haja mais necessidade para dias. E voc viver cE voc viver cE voc viver cE voc viver coooomo mo mo mo UM,UM,UM,UM, para sempre, para sempre, para sempre, para sempre,

    na santidade de na santidade de na santidade de na santidade de

    SSSSSSSSUUUUUUUUAAAAAAAA

    RRRRRRRREEEEEEEEAAAAAAAALLLLLLLLIIIIIIIIDDDDDDDDAAAAAAAADDDDDDDDEEEEEEEE

    IIIIIIIIMMMMMMMMOOOOOOOORRRRRRRRTTTTTTTTAAAAAAAALLLLLLLL Como romper

    o Ciclo Repetitivo de Nascimento e Morte

    para sempre.

    GARY R .RENARD Autor do best seller O Desaparecimento do Universo

    Traduo

    MARIA THEREZA DE BARROS CAMARGO

    bis Libris Editores

  • SUA REALIDADE IMORTAL Gary R.Renard Traduo M. Thereza de B. Camargo 6/176

    Copyright 2008 por Maria Thereza de Barros Camargo

    Publicado e distribudo no Brasil por bis Libris Editores Ltda. www.ibislibris.com.br Superviso editorial: Joo Jos de Melo Franco Superviso grfica: bis Libris Editores Ltda. Superviso tcnica: Thereza Christina Rocque da Motta

    Todos os direitos reservados. Nenhuma parte pode ser reproduzida por nenhum proces-so mecnico, fotogrfico ou eletrnico ou na forma de gravao fotogrfica, nem pode ser arquivado ou transmitido por qualquer sistema de memorizao, ou de qualquer ou-tra forma copiado para uso pblico ou particular a no ser para utilizao de boa f, como citaes ligeiras includas em artigos ou comentrios sem prvia permisso es-crita e explcita da editora. O propsito do autor apenas oferecer informao de natu-reza geral para ajud-lo em sua busca de bem-estar emocional e espiritual. Na circuns-tncia do uso de qualquer informao contida neste livro para si mesmo, que seu direi-to constitucional, o autor, a tradutora e a editora desobrigam-se da responsabilidade por seus atos.

    Classificao bibliogrfica na fonte Renard, Gary R. Sua Realidade Imortal como vencer o ciclo repetitivo de nascimento e morte /Gary R. Renard traduo: Maria Thereza de Barros Camargo; reviso tcnica: Thereza Chris-tina Rocque da Motta Inclui referncias bibliogrficas e ndice ISBN (capa) ISBN (capa) ISBN (encadernao) 1 vida espiritual. 2 Curso em Milagres. 3 Mestres ascensos. 4 Evangelho de To-m. I Ttulo. 00000000000 00000000000 00000000000

    Capa dura : ISBN 0000000000000000 Capa mole: ISBN 0000000000000000

    09 08 07 06 4 3 2 1 1 impresso dez, 2007

    Impresso na Republica Federativa do Brasil

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    ContedoContedoContedoContedo

    A respeito de Um Curso em Milagres Referncias e Notao A respeito do autor A respeito da tradutora Introduo Prlogo 1: Arten e Pursah! 2: Poder real 3: Vida de Gary 4: Assassinatos sem cadveres 5: O Heri do sonho 6: esta existncia, seu bobo 7: O Evangelho de Tom de Pursah 8: Olhando para o futuro, Parte II 9: Quem Arten? 10: Os surrados brinquedos da Terra 11: Sua Realidade Imortal

    ndice de Referncias

  • SUA REALIDADE IMORTAL Gary R.Renard Traduo M. Thereza de B. Camargo 9/176

    Este livro amorosa e respeitosamente dedicado a todos que amam Um Curso em Milagres,

    e aos que estejam prestes a descobri-lo para si prprios.

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    Quem o tu que est vivendo nesse mundo? O esprito imortal e a imortalidade um estado constante.

    diz Jesus em Um Curso em Milagres T-4.II.11:8-9

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    A respeito de A respeito de A respeito de A respeito de Um Curso em MilagresUm Curso em MilagresUm Curso em MilagresUm Curso em Milagres

    Curso um documento espiritual, de auto-estudo, composto de trs livros em um, que inclui, no 1 livro, um Prefcio, com o relato do registro desse livro e um Tex-

    to, com toda a teoria do que ensina; no 2 livro, um Livro de Exerccios para Estudan-tes, com um programa de um ano de estudo, que muitas vezes as pessoas levam mais do que um ano para fazer, que treina o estudante a aplicar o Curso para a vida do dia-a-dia; no 3 livro, um Manual para Professores, com reforo e detalhamento do que foi ensi-nado e um Esclarecimento de Termos, com definio e explicao de palavras, expres-ses e sentido dos termos empregados no livro.

    O Curso foi dado por Cristo Jesus, durante um perodo de sete anos 1965 a 1971 por canalizao para uma mdica psiquiatra, pesquisadora e professora, Helen Schucman, na cidade de Nova York. Ela tomou nota de tudo que Jesus disse a ela, em seu caderno de notas de taquigrafia, ditando-o depois, paulatinamente, dia a dia, ao seu colega e chefe, psiquiatra pesquisador e professor Bill Thetford, na Universidade de Columbia, onde trabalhavam, que o datilografou integralmente, como uma amorosa tarefa compartilhada de ambos.

    O volume editado autntico de Um Curso em Milagres, em portugus do Brasil, com 1327 pginas, traduzido por um grupo de brasileiros no Rio de Janeiro e depois, durante 10 anos aperfeioado, consolidado e terminado por Lillian Sales de Oliveira Paes, nos EUA, integraliza, como o original, os trs tomos em um s volume, Prefcio e Texto, Livro de Exerccios para Estudantes, Manual para Professores e Esclarecimento de Termos, especialmente escrito por Helen, datilografado por Bill, editado por Helen e Bill, em conjunto, e revisado e montado por Kenneth Wapnick, Ph. D, junto com Helen e Bill, publicado pela primeira vez, em ingls, em 1976, pela Foundation for Inner Peace, criada especialmente para isso, hoje auxiliada pela Foundation for A Course in Miracles no gerenciamento e direo das tradues que esto sendo feitas em todos os idiomas falados no mundo, assim como auxiliar estudantes e praticantes do Curso a aprenderem, com exatido e pureza, a mensagem de Jesus, por seu intermdio.

    De acordo com Um Curso em Milagres, nossa casa na realidade, Cu, o Reino de Deus; um reino espiritual de pura unidade e alegria ilimitada que nunca podem ser danificadas. Ns tentamos atacar a realidade, nos separar dela, fazendo uma identidade separada-o ego e o mundo do espao e do tempo. Mas a separao s aconteceu em nos-sas mentes; com a nossa realidade nada aconteceu.

    Ainda assim ns acreditamos que realmente fizemos isto. Ns pensamos que jo-gamos fora a nossa felicidade para sempre. Ento ns projetamos a causa de nosso so-frimento sobre o mundo e as pessoas, produzindo as iluses de que algum ou algo nos roubou a nossa felicidade, parecendo eles serem os culpados de nossas perdas. Nossa soluo ilusria: Mudar o mundo, mudar as pessoas, pegar de volta o que foi nos rouba-do. Mas essa nossa "soluo", um ataque que s faz repetir o problema original.

    Ns perdemos o contato com a realidade e assim precisamos da ajuda do Espri-to Santo para que a nossa sanidade seja restabelecida. Sua mensagem que nunca pe-camos, nunca mudamos. Ns precisamos somente mudar nossas mentes. Para mudar nossa percepo, temos que entregar nossas iluses verdade do Esprito Santo. Sua soluo : Perdoe o mundo e as pessoas pelo que no fizeram. Estendendo o perdo para outros, ns tambm somos perdoados. Esta se torna nossa nica funo. O perdo tam-

    O

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    bm desfaz os muros que nos separam das pessoas, permitindo-nos vivenciar o fato de que ns somos um.

    Tendo o perdo como nossa ferramenta, e o Esprito Santo como nosso Guia, vi-ajamos para a verdadeira percepo, que a nossa meta. Quando ns e o mundo inteiro atingirmos a verdadeira percepo, Deus dar o passo final e nos levar de volta para casa.

    Vendido em livrarias especializadas, disponvel no Brasil, em capa dura, en-comendado nos seguintes locais:

    1 grupos de estudo de UCEM, com seus professores, facilitadores e dirigentes, como a tradutora deste livro: [email protected], 21 2521.6444 e 21 9965.2115; 2 livrarias especializadas em temas espiritualistas e de auto-ajuda; 3 Editora Abalone, em So Paulo, capital, sua publicadora autorizada no Brasil, [email protected], 11 3085.6578; 4 livrarias de livros usados, especializadas ou no.

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    Referncias e NotaoReferncias e NotaoReferncias e NotaoReferncias e Notao

    As citaes e referncias neste livro so seguidas das notaes dos tomos do livro Um Curso em Milagres, seus 2 Suplementos e o livro de poemas The Gifts of God, (As D-divas de Deus) de Helen Schucman, a saber:

    T Texto E Livro de Exerccios M Manual de Professores ET Explicao de Termos

    PR Prefcio de UCEM P Psicoterapia: Propsito, Processo e Prtica panfleto, Suplemento de UCEM CO A Cano da Orao panfleto, Suplemento de UCEM DD As Ddivas de Deus poemas, Helen Schucman

    A notao empregada aqui obedece a notao oficial da traduo brasileira de Um Cur-so em Milagres, 1995, a saber:

    SentenaPargrafo

    SeoCaptulo

    Texto

    T-26.IV.4:7Sentena

    PargrafoLio

    ParteExerccio

    E-pl.169.5:2

    SentenaPargrafo

    QuestoManual

    M-13.3:2

    SentenaPargrafo

    TermoEsclarecimentode Termos

    ET-6.4:6Sentena

    PargrafoSeo

    CaptuloPsicoterapia*

    P-2.VI.5:1Sentena

    PargrafoSeo

    CaptuloCano da Orao**

    CO-2.II.7:7

    Cada citao est identificada com a notao oficial UCEM, exemplificada acima, em obras em portugus, para remeter o leitor ao trecho do livro, a que se refere, ou de tre-cho abordado sem citao, no interesse do leitor.

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    A respeito do AutorA respeito do AutorA respeito do AutorA respeito do Autor

    Gary R. Renard1, o autor do livro best-seller O Desaparecimento do Universo, nasceu na histrica praia norte do estado de Massachusetts, EUA. Tornou-se um msico guitar-rista profissional bem sucedido, mas durante a convergncia harmnica de 1987, ele ouviu um Chamado e comeou, desde ento, a imprimir uma diferente orientao sua vida. No incio da dcada de 1990, muda-se para o estado do Maine, EUA, ao norte de Massachusetts, fronteira com o Canad, onde passou por um poderoso despertar. Con-forme foi instrudo, lenta e cuidadosamente ele escreveu O Desaparecimento do Uni-verso, (agora citado por muitos leitores como ODDU) ao longo de um perodo de nove anos.

    No outono de 1993, depois de muito encorajamento pessoal de outros palestran-tes e estudantes, Gary comeou a realizar palestras e seminrios em pblico. Sua carrei-ra de palestrante ascendeu destacadamente rpida, e hoje faz palestras internacionais bem como leciona na faculdade do Instituto Omega, considerada por muitos a primeira organizao de ensino espiritual do mundo. Combinando um senso de humor desarma-do com uma informao e uma prtica experimental metafsica cortante, Gary tem sido descrito como um dos mais interessantes e corajosos palestrantes espirituais no mundo. Em 2004 e 2005, Gary ensinou Um Curso em Milagres em 35 estados dos EUA, no Canad, Austrlia, Inglaterra e Costa Rica; e ele foi o palestrante destacado na Confe-rncia Internacional de Um Curso em Milagres na cidade de Salt Lake em 2005. suas viagens ceguem no mesmo ritmo.

    Site na Internet: www.GaryRenard.com

    1 N.T. Gary R.Renard hoje um autor que escreve, viaja, leciona e debate princpios metafsicos com

    outros buscadores espirituais.

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    A reA reA reA respeito da tradutoraspeito da tradutoraspeito da tradutoraspeito da tradutora

    Maria Thereza de Barros Camargo, (Limeira, SP. 1928- ), tradutora de O Desapare-cimento do Universo, arquiteta graduada pela Faculdade de Arquitetura da Universi-dade Mackenzie, So Paulo, SP, em 1953. Especializou-se em habitao popular nos mais de 40 anos em que trabalhou na COHAB-GB, depois CEHAB-RJ, no Rio de Ja-neiro, RJ, onde passou a residir depois de casada.

    Desde menina buscou incansvel o sentido espiritual para entendimento da vida, nas mais variadas opes filosficas, teosficas, teolgicas e espiritualistas disponveis no mundo, at que, na primavera de 1993, foi convidada a participar de um grupo de estudo de Um Curso em Milagres, em casa de Anna Sharp, no Rio de Janeiro, RJ. Fez sua opo definitiva. Nunca mais se apartou do estudo e da prtica estrita, constante e permanente do Curso, que considera a coroao de sua busca de Deus, qual se sente em permanente chamamento. O conhecimento do sistema de pensamento do Divino Esprito Santo, ensinado no Curso, lhe trouxe todas as respostas que sempre pediu, e toda compreenso do sentido da vida buscado por toda sua existncia.

    Nenhuma das religies e seitas correntes ocidentais ou orientais conseguiu preench-la, ensin-la e responder-lhe mais do que fez Um Curso em Milagres, que a partir de 1993 se constituiu no seu re-ligare a Deus, hoje sua natureza. Criou em 2006, com auxlio do poeta, escritor e professor de grego, Joo Jos de Melo Franco, o nome psicortosofia para o sistema de pensamento do Divino Esprito Santo, base e fundamen-to de ensino do Curso.

    Depois de traduzir O Desaparecimento do Universo, seguiu-se em conseqn-cia necessria e imperiosa esta traduo, do mesmo autor, pois ambos compem os nicos textos, escrita por autor no ligado s Fundaes que velam por Um Curso em Milagres, que, at o momento, melhor completa, detalha e suplementa o estudo do Cur-so para seus estudantes, em mincias e nuances, em linguagem popular, o que o texto do Curso, erudito para a maioria, mantm em diapaso elevado.

    Maria Thereza no uma tradutora de livros em geral, pois s traduz ou escreve livros sobre o sistema de pensamento de Um Curso em Milagres, a psicortosofia, por estudar e se dedicar s e exclusivamente a isso, atualmente, e para atender a necessidade de estudantes do Curso, que no lem seno em portugus. Em maro/2007 lanou O-REMAS Oraes em poemas, pela bis Libris Editores, do Rio de Janeiro, para difu-so da psicortosofia sem didatismo.

    Seguidora e praticante de Um Curso em Milagres diz-se apenas psicortsofa convidada a ler seus OREMAS considerado um orculo bibliomntico por seu pre-faciador, poeta e compositor Tavinho Paes, definido, na orelha do livro, pelo poeta mai-or Joo Jos de Melo Franco, como sem mximas cannicas ou dogmticas,.... um sim-ples e direto retorno condio natural do homem, filho de deus S Deus basta!, atra-vs da abdicao s imposies do ego e por seus leitores, que fizeram dele seu livro de cabeceira em muitos lugares pelo Brasil, tanto em grupos de leitura de poesia como de estudo do Curso, uma maneira de ensin-lo e divulg-lo de forma potica, no did-tica, mas sem tergiversaes nem concesses deformantes da mensagem de unicidade de Um Curso em Milagres: Nada real consegue ser ameaado. Nada irreal existe.

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    IntroduoIntroduoIntroduoIntroduo

    s que, dentre vocs, ainda no leram meu primeiro livro, O Desaparecimento do Universo, com toda certeza, queimaro no inferno. Estou s brincando. Entretanto,

    uma leitura desse livro, originalmente publicado em 2003, far com que Sua Realidade Imortal se torne ainda mais significativo para voc, sendo este uma continuao desse livro inicial. Se h uma diferena entre os dois que este livro mais solto, menos line-ar, e salta de tema em tema ainda mais. Essa uma maneira de ajudar a generalizar as idias ensinadas, a todos aspectos da vida do leitor, enquanto mantm um foco, des-compromissado mas inteiramente consistente, numa disciplina espiritual radical, que, se utilizada, produz resultados imediatos e prticos e, no final, conduz iluminao e ao fim das reencarnaes. Por tratar do fim das reencarnaes, o fim do corpo tem de ser enfatizado, tambm, desde o incio, pois o que voc realmente sua realidade imortal nada tem a ver, absolutamente, com o que quer que seja que voc faa com seu corpo ou com seu crebro.

    medida que a raa humana fica exposta a novas idias, torna-se cada vez mais evidente que os ensinamentos dados pelos mestres neste livro so, e continuaro a ser, demonstrados pela cincia como verdadeiras, e mostraro a superao das idias anti-gas. Com os atalhos da psicologia moderna, bem como da fsica quntica, estamos a-prendendo que no h tal coisa chamada separao, mesmo no nvel do mundo, exceto como uma idia na mente. A superao das idias antigas no acontece sem uma tre-menda resistncia generalizada, pois medida que nos aproximamos da oculta pedra angular da mente, nossas identidades, aparentemente separadas, individuais, se sentem ameaadas. Isso a morte para o ego coletivo, e ele no partir em quietude.2

    Durante os ltimos trs anos, tem sido meu privilgio pessoal me encontrar com milhares de estudantes de espiritualidade e de metafsica. Alcancei a viso interior de que as pessoas esto prontas para muito mais do que a maioria dos professores, ou a mdia, estejam dispostos a dar-lhes. Aprendi a respeitar a disponibilidade das pessoas em, no apenas, receber novas idias, mas questionar idias antigas que, no mnimo, so os caminhos pelos quais os grandes mestres espirituais, como Jesus e Buda, hajam sido apresentados a ns, pelas tradicionais religies organizadas.

    Nesse esprito, o texto a seguir relata eventos verdadeiros ocorridos de dezembro de 2003 a setembro de 2005. Exceto por minha narrativa, eles so apresentados dentro da estrutura do dilogo de trs participantes: Gary (esse sou eu) e Arten, e Pursah, dois mestres ascensos que apareceram para mim na carne. Minha narrao no rotula-da, a menos que isso interrompa o dilogo, quando, simplesmente, ela rotulada de NOTA. As muitas palavras em itlico que voc ver indicam uma nfase, por parte dos interlocutores.

    No absolutamente essencial crer que o aparecimento dos mestres ascensos te-ve lugar, de fato, para gerar benefcios s informaes aqui contidas. No entanto, posso garantir a extrema impossibilidade desses escritos conseguirem ser feitos por um leigo no estudado, como eu, sem a inspirao desses professores. Em qualquer caso, deixo a voc, leitor, a opo de pensar o que escolha a respeito da origem do livro.

    Tive todo empenho em fazer este livro correto, mas no sou perfeito, ento este livro no perfeito, tambm. Entretanto, se h qualquer erro factual nestas pginas, vo-c pode ficar certo que os erros sejam meus, e no cometidos por meus visitantes. Tam-bm, como mencionei previamente, o relato dessas conversas nem sempre linear. Al-

    2 N.T. nem muito menos sem luta, que pode vir a ser agitada, feroz e malvada, at mesmo pondo em

    risco a segurana fsica.

    O

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    gumas vezes, coisas que foram ditas antes so includas depois no livro e, algumas ve-zes, coisas ditas depois, so apresentadas antes.

    Este no seu livro espiritual tpico. Creio que meus professores aparecem para mim como pessoas porque querem que as conversas que temos sejam humanas. Essa a nica maneira que teramos para conseguir o estilo de conversas que temos. Ns acaba-mos falando como as pessoas, de fato, falam. Isso pode, ou no, ser do seu agrado. Al-gumas pessoas querem ter sua espiritualidade coberta com acar. Mas o mundo no coberto por acar, e temos de ser conduzidos para fora das iluses do tempo e do espa-o, onde cremos estar. Cheguei a dar-me conta de que o estilo que meus professores querem usar tem uma boa razo, e que o meu trabalho , simplesmente, o de ser eu mes-mo e de cumprir a minha parte.

    As referncias a Um Curso em Milagres, inclusive as citaes introdutrias de cada captulo, so notadas e listadas num ndice no final do livro.3 Gratido ilimitada rendida Voz do Curso, cuja verdadeira Identidade dita nesse documento

    Quero tambm agradecer ao meu consultor de publicao, D. Patrick Miller. Pa-trick trabalhou por mais de duas dcadas como jornalista, revisor e editor no campo de espiritualidade alternativa. Foi ele o primeiro a reconhecer a importncia das mensagens que divulgo, e o mais diretamente responsvel por meu sucesso, do que qualquer outra pessoa. Ele ganhou no apenas minha gratido, mas meu respeito. Tambm quero agra-decer ao meu agente literrio (e um bom novelista), Laurie Fox. Com Laurie em meu time, eu no conseguiria perder.

    H muito mais pessoas a quem devo agradecer por me ajudarem nos ltimos v-rios anos. Espero que me perdoaro por no list-los todos aqui. Meus escritos e minhas falas so meu ministrio, e h muitas pessoas que contriburam de forma importante para isso. Nunca os esquecerei. Mas quero agradecer, publicamente, a Reid Tracy, o presidente e executivo principal da Hay House, de fazer com que me juntasse ao seu barco e de tornar possvel a esta mensagem alcanar uma audincia mundial. E, final-mente, minha gratido vai para Jill Kramer, diretora editorial na Hay House, pelo dis-cernimento de realizar seu trabalho experiente e de, ao mesmo tempo, manter as pala-vras dos meus professores intactas.

    Este livro contm muitas citaes de Um Curso em Milagres, que so notadas para assisti-lo, leitor, em estudar o Curso mais tarde, se assim escolhaer O autor e o editor expressam suas gratides aos membros da Fundao para a Paz Interior em Mill Valley, Califrnia, e da Fundao para Um Curso em Milagres em Temecula, Califrnia, por suas dcadas de importante trabalho que tm resultado em tornar Um Curso em Milagres disponvel ao mundo.4 Informaes sobre pedido do Curso esto inscritas no incio deste livro.

    Finalmente, apesar de eu no ser filiado a elas, gostaria de aproveitar esta opor-tunidade para estender meus profundos agradecimentos a Gloria e Kenneth Wapnick, Ph.D., fundadores da Fundao para Um Curso em Milagres em Temecula, Califr-nia, sobre cujo trabalho muito deste livro baseado. Fui guiado muito cedo sobre isso por Arten e Pursah para tambm me tornar um estudante do ensino de Wapnick, e este livro no tem como seno refletir toda experincia desse meu aprendizado.

    Gary Renard, em algum lugar entre Maine e Hawaii.

    3 N.T. Nesta traduo as notaes mencionadas esto no rodap em p da pgina e quando transcritas

    esto aps a citao. 4 N.T. Pelas dezenas de tradues j feitas em muitos idiomas, servio permanente, incessante e impe-

    cvel das duas Fundaes, at que todos os idiomas falados hoje no mundo tenham sua traduo..

  • SUA REALIDADE IMORTAL Gary R.Renard Traduo M. Thereza de B. Camargo 21/176

    Prlogo Prlogo Prlogo Prlogo

    a dcada de 1980 vivia no Texas, USA, um rancheiro rico. Ele no era exatamente um janota espiritual, mas ele era muito bom na manifestao de abundncia, fa-

    zendo com que alguns de seus vizinhos suspeitassem que nele ambas as coisas no eram necessariamente conectadas. Ele reivindicava ser um cristo, mas suas aes no mundo faziam duvidar dessa reivindicao.

    Um dia, um fazendeiro pobre que no tinha comida, esgueirou-se dentro das ter-ras do rancheiro rico e roubou-lhe uma de suas galinhas, para alimentar sua famlia. Ele foi apanhado por empregados do rancheiro e trazido presena dele. Havia uma poro de palavras que o rancheiro poderia lhe dizer, porm tudo que lhe disse foi: Enfor-quem-no! Isso lhe ensinar uma lio.!

    Alguns anos mais tarde, algumas pessoas do Mxico estavam invadindo as terras do rancheiro. Eram muito pobres, esperando encontrar uma nova vida. O que encontra-ram foram os empregados do rancheiro, que os levaram para seu patro. Depois de olh-los bem, tudo que o rancheiro disse foi: Enforque-os! Isso lhes ensinar uma lio.

    Houve muitos episdios como esse na vida do rancheiro rico, nos quais ele ja-mais parou para se colocar no lugar das outras pessoas, mas simplesmente reagia na raiva e os julgava e condenava, usualmente encerando com a frase padro: Enforque-os! Isso lhes ensinar uma lio.

    Ento, uma noite, o corpo do rancheiro morreu, e ele se viu sendo levado aos pe-rolados portes do Cu. O rancheiro estava esperanoso de que ningum o reconheceria e que, talvez, ele conseguisse, apenas,0 entrar. Mas, exatamente antes que ele alcanasse o porto, So Pedro deu um passo e, pondo-se diante dele, disse: Espere um minuto. Jesus quer lhe falar!

    Agora o rancheiro ficou muito preocupado. Ele se lembrou de algumas das coi-sas que cometeu em sua vida, e a estava ele, prestes a ser julgado pelo prprio Jesus. O rancheiro se pos a tremer todo. Jesus apareceu. Movendo-se a passos lentos at o ran-cheiro, olha-o bem demorado dentro de seus olhos e, virando-se, diz a So Pedro: Per-doa-o!... Isso lhe ensinar uma lio.

    N

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    1111

    Arten e Pursah!Arten e Pursah!Arten e Pursah!Arten e Pursah!

    ... um bom tradutor, embora tambm tenha de alterar a forma do que traduz, nunca muda o significado. De fato, todo o seu propsito mudar a forma

    de tal modo que retenha o significado original. (T-7;II.4:3-4)

    os dois anos desde que Arten e Pursah se despediram, minha vida havia virado de ponta cabea, e eu ignorava que isso estava sendo s o comeo. Eu no tinha

    certeza se meus amigos-mestres ascensos, que me apareceram de lugar nenhum como corpos de tima aparncia, alguma vez retornariam. De fato, a ltima pergunta que lhes fiz havia sido: Voltarei a v-los outra vez? ao que Arten respondeu: Isso depende de voc e do Divino Esprito Santo, querido irmo. Voc deveria falar com Ele sobre isso, como voc deve falar com Ele sempre sobre tudo mais.

    Eu, de fato, falei com o Divino Esprito Santo, e pus-me a ouvir. Usei o mtodo da orao verdadeira, que, efetivamente, uma forma de aquietao meditativa e unio com Deus, que Arten e Pursah haviam me ensinado. Um benefcio acessrio disso era inspirao, uma forma de receber Orientao pela mente quanto ao que eu devia fazer ou que deciso deveria tomar.

    Na ltima vez em que Arten e Pursah deixaram de ser vistos, ouvi suas vozes combinadas numa nica Voz, a Voz do Divino Esprito Santo. Isso me relembrou uma experincia anterior que tive, ouvindo a voz de Jesus, que meus professores usualmente simplesmente se referiam com J. Ponderando a diferena entre a voz de J e a de ou-tros, eu no conseguia deixar de pensar em Brian Wilson, dos Beach Boys. Como msi-co e admirador de Wilson, eu sabia que ele jamais ouvira sua prpria msica em est-reo, por ele ser surdo num dos ouvidos. Ento ele s ouvia parte dela. Quando eu ouvi a voz de J, foi como se eu estivesse ouvindo estreo pela primeira vez. Toda voz que eu ouvi antes dessa, tinha algo lhe faltando, mas a voz de J era cheia, ntegra e completa. Exatamente como Wilson certamente ficaria maravilhado ao ouvir toda a gama de sons de sua grande msica, eu estava espantado por ouvir toda gama de sons da voz de J, sabendo que era, ao mesmo tempo, minha prpria voz a Voz que fala por Deus.

    Isso era, tambm, o que soavam, combinadas, a Voz de Arten e Pursah, e ela permaneceu comigo. Agora eu conseguia ouvi-la com muito mais clareza, e a Orienta-o que recebi no me faltou. Ela, nem sempre, se ajustava s minhas imagens, mas sempre parecia funcionar, de alguma forma, que fosse a melhor para todos, no apenas para mim. De fato, isso era a marca honrosa da Orientao do Divino Esprito Santo. Ele consegue ver tudo, onde eu s consigo ver uma pequena parte. Ento, a Orientao do Divino Esprito Santo se torna boa para um e para todos. Isso, algumas vezes, ficava incmodo. Eu quero o que seja bom para mim, e o quero agora mesmo! Mesmo assim sou forado a admitir que, em retrospecto, minhas idias tm falhado, e as idia do Di-vino Esprito Santo tm dado certo. Alm disso, o Divino Esprito Santo j conhece to-do o acontecido, e eu no. Isso seria como a variante de uma antiga anedota. Se voc quer fazer o Divino Esprito Santo dar uma boa gargalhada, basta contar a Ele quais so os seus planos.

    NOTA: O Divino Esprito Santo Um e ntegro, no macho nem fmea, conceito de separao e de seus resultantes opostos, smbolo de dua-lidade

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  • SUA REALIDADE IMORTAL Gary R.Renard Traduo M.Thereza de B. Camargo 24/176

    e no unicidade. A palavra correta que descreve o Divino Esprito Santo seri-a, ento, Isso. Porm, numa forma artstica, Arten e Pursah usaram Ele, e eu tambm. Isso dever ser entendido como uma metfora, nem literal nem de-signativo de gnero. Se houve quem preferisse chamar o Divino Esprito San-to de Ela, ento quanto a mim, so mais do que bem-vindos a faz-lo, mas is-so no em nada mais acertado que usar Ele. Essa minha atitude havia comeado a mudar, lentamente, a partir de minha ida,

    pela primeira vez, Conferncia anual de Um Curso em Milagres, em Bethel, Maine, em outubro de 2001, logo aps tragdia de 11 de setembro. Na dcada de 1990, eu me havia feito quase um recluso, vivendo no Maine rural, sem muito contato social. Uma exceo a isso foi o grupo de estudo de Um Curso em Milagres que comecei a freqen-tar em 1993, uns seis meses aps a primeira visita de Arten e Pursah. Era um grupo pe-queno e confortvel que eu freqentaria por 11 anos, fazendo alguns bons amigos, mas sem me desafiar a interagir com pessoas.

    Ouvi primeiro falar da Conferncia anual de Bethel em 1993 e me decidi a ir, mas no fui. Tambm tive inteno de ir todo ano, a partir de 1994 at 2000, mas nunca fui. Em 2001, por nove anos seguidos me prometendo ir, finalmente consegui. O evento uma coisa boa. Seria a ltima vez que a realizariam. Por certo, no h tal coisa a que chamamos acaso. O fato de saber que o meu livro, O Desaparecimento do Universo, estava quase pronto (Arten e Pursah me haviam prometido mais uma visita pelo fim do ano) combinado com a tragdia de 11/9, haviam iniciado um fogo abaixo de mim. No sou uma pessoa de alta energia, e sempre bom para mim ter uma motivao extra.

    Encontrei as pessoas em Bethel, a maioria da rea da Nova Inglaterra5 e de Nova York, como as mais amorosas que conheci at agora, e isso me despertou a vontade de me encontrar com mais estudantes de espiritualidade. Entretanto, falar em pblico ainda no constava do meu radar. Estando na Conferncia, tambm conheci um dos primeiros professores de Um Curso em Milagres, Jon Mundy. Jon desempenharia um papel na mudana de minha mente a respeito de falar em pblico. No tempo em que ele foi uma livraria substituta vendendo alguns de seus produtos, ele se tornou a primeira pessoa que eu procurei e disse que dois mestres ascensos estavam aparecendo para mim e que eu estava escrevendo um livro a esse respeito. Sua reao no foi exatamente entusisti-ca, mas tambm no foi julgadora.

    Depois de 21 de dezembro, que foi a visita final de meus amigos Mestres Ascen-sos, eu dediquei os prximos trs meses para terminar a datilografia e a leitura de revi-so do manuscrito. Meus professores me haviam dito o que fazer com o livro. Essa era a nica informao que me deram que, por suas instrues, no estava includa no Desa-parecimento. Seu plano no combinava com o meu. Minha idia teria sido levar o livro a uma editora grande de Nova York, vender milhes de cpias dele por seis meses e mudar-me para o Hawaii. Eles disseram no e me entregaram seu projeto. Eu era muito ingnuo, e nada sabia da realidade da edio e publicao de livros ou da poltica da famlia dividida, mesmo que na maioria amorosa, conhecida como a Comunidade do Curso, que me aguardava.

    A primeira surpresa agradvel viria, como resultado de seguir a orientao de meus visitantes, foi a facilidade surpreendente em conseguir a aprovao de usar a cen-

    5 N.T. Nova Inglaterra a regio dos Estados Unidos localizada a nordeste do canto do pas,

    constitudo dos estados de Connecticut, Maine, Massachusetts, New Hampshire, Rhode Island e Vermont.

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    tena de citaes do Curso, que meus professores disseram no livro, pela Fundao para Um Curso em Milagres, FACIM. Fazia muitos anos que um nico livro era autorizado a usar tantas transcries do Curso, e ouvi histrias de pessoas esperando por um ano para uma resposta e depois receberem um no!

    Fui a Roscoe, Nova York, algumas vezes, para freqentar workshops de Ken Wapnck, o amigo da escriba do Curso, Helen Schucman, que era agora o principal pro-fessor do Curso, de quem meu professores falaram no livro, e quem controlava seu di-reito autoral. Reuni-me com Ken entre uma sesso e outra, fazendo contato com ele, conforme guiado a adotar uma atitude de respeito e cooperao. Ele respondeu com bondade e um bom senso de humor. Mais tarde, em abril de 2002, mandei a Ken o ma-nuscrito para que o lesse, aprovasse e autorizasse as citaes do Curso. A Fundao mandou-me uma carta de permisso para todas as transcries usadas, um ms depois.

    NOTA: No muito depois, um juiz individualista, no convencional, que de-monstrou pouco respeito pblico por Um Curso em Milagres, invalidaria o di-reito autoral do Curso, alegando distribuio prvia do original, antes do pedido de registro de direito autoral.

    A surpresa agradvel seguinte que viria como resultado de seguir a orientao de meus visitantes foi a surpreendente facilidade que tive em publicar o livro. Eu era um autor completamente desconhecido, sem credenciais e com uma estranha histria a res-peito de dois seres aparecendo a mim no sof de minha sala de estar. Eu no sabia que no tinha a sorte dos ingnuos no inferno para encontrar um editor da corrente princi-pal, mas eu sabia que me havia sido dito que mandasse o manuscrito para D. Patrick Miller, o nico proprietrio, e nico empregado da Fearless Books em Berkley, Califor-nia. Patrick jamais havia publicado um livro de quem quer que fosse, seno seus pr-prios. Quando ele leu meu manuscrito, disse: Penso que voc tem algo aqui, e decidiu fazer uma exceo. Em outubro tnhamos um trato feito. A data oficial de publicao foi 1 de maio de 2003, apesar de cpias antecipadas a nossos primeiros 100 clientes on line houvessem sido distribudas em maro de 2003. Esses primeiros leitores compraram o livro baseados nas citaes que Patrick havia colocado em seu site na Internet.

    De fato, houve trs livros que estiveram sendo feitos, ao longo de muitos anos, publicados ao mesmo tempo: Alm da Crena: O Secreto Evangelho de Tom, por Elai-ne Pagels; O Cdigo Da Vinci, por Dan Brown; e O Desaparecimento do Universo, que alguns leitores comearam a chamar de D.U.6 Surpreendeu a mim como certas idias agitavam o inconsciente e depois surgiam superfcie do consciente coletivo quando chegava as hora certa. Esses trs livros exploravam muito os mesmos temas. A diferen-a com D.U. era de que ele continha, no apenas ensinamentos de Um Curso em Mila-gres, que os outros livros no continham, mas tambm uma clarificao muito destaca-da desses ensinamentos. Isso foi uma ddiva para estudantes de longo curso do Curso, bem como para iniciantes, que assim conseguiam ser introduzidos ao Curso por inter-mdio de D.U., apesar de que a maioria dos iniciantes, provavelmente, no conseguia apreciar quanto tempo estava sendo economizado para eles por l-lo.

    Lembro-me de ter ouvido, h menos de um ano, Doug Hough, um professor na Associao de Pesquisa e Iluminao (o Grupo de Edgar Cayce em Virginia Beach), dizer a seus estudantes que ler D.U. lhes economizaria 20 anos quando fossem estudar o Curso. Dei-me conta que isso no apenas era verdadeiro, como ficava claro que esse resultado no conseguiria ser alcanado apenas por mim mesmo. Isso evitou que isso

    6 N.T. O apelido no Brasil ODDU

  • SUA REALIDADE IMORTAL Gary R.Renard Traduo M.Thereza de B. Camargo 26/176

    me subisse cabea. Se eu no era responsvel pela maior parte do contedo do livro, ento no havia qualquer razo para eu me sentir especial a seu respeito.

    Em outubro de 2002, j tendo um editor, mandei um e-mail a Mundy e lhe contei mais detalhes sobre o livro. Ele nada me respondeu. Aborrecido, eu o perdoei depois de pouco tempo. Mesmo no perdoando sempre as coisas imediatamente, sempre as perdo-ava no final. Era essa qualidade de perseverana que me capacitaria a continuar a prti-ca do Curso ao longo do que ainda estava por vir.

    Na primavera de 2003, depois da publicao do livro, recebi um telefonema. Era Jon Mundy. Ele me diz que estava lendo o livro, e sua reao foi: Oba! Ele tambm me disse que estaria vindo para Portland, Maine, para um workshop na Unity Church, e ele pensava que seria uma boa idia eu ir tambm. Ele disse que eu no teria de falar, mas que ele me apresentaria ao pessoal e lhes falaria do livro. Fui, e quando Jon me apresentou, rapidamente me levantei e, tmido, disse: Al! e ento me sentei, to rpi-do quanto me levantei. Essa foi minha primeira fala em pblico.

    Fomos jantar mais tarde, e Jon disse: Voc vai ter de estar l e falar sobre isso, certo? Eu disse no, eu no pensava conseguir isso. Jon disse: Est tudo bem, Gary, mas se voc no falar, ento as pessoas jamais sabero, com certeza, qual foi sua expe-rincia. Algumas pessoas no tero a certeza se tudo verdade, ou se voc fabricou al-guma parte.disso. Isso me fez pensar. Ento, na continuao da conversa, Jon me con-vidou a ir cidade de Nova York no outono e fazer um workshop que ele dirigiria. Eu quase nem acreditei quando me ouvi dizer sim. To cedo quanto me fui naquela noite, comecei a tentar pensar num jeito de sair disso.

    Eu continuava a no ter nenhuma real inteno de falar diante de pessoas e no fiz qualquer esforo para isso. Tambm estava procrastinando em dizer a Jon que eu no queria ir a Manhattan. Ento decidi cuidar do meu problema de procrastinao, para conseguir sair dele.

    Da, nesse vero, recebi um chamado de Vicki Poppe,.uma mulher de Massachu-setts Ela me disse que estava vindo ao Maine para fazer um crculo de orao em Peaks Island, no mar fora da barra de Portland, Maine. Ela me convidou a vir. Isso me pareceu bem legal, pois o Maine agradvel no vero, e eu jamais havia saido numa balsa antes. Vicki trouxe umas dez pessoas com ela. Ento, quando estvamos na ilha, de repente, ela disse: Oi, Gary, por que voc no nos conta a respeito de sua experincia com Ar-ten e Pursah? Eu estivera deixando o Divino Esprito Santo vir, e eu estava bem rela-xado, nessa tarde quente e ensolarada. Fui em frente e contei para as pessoas no crculo como foi ser visitado por meus professores. Depois, voltando para a balsa, Vicki veio a mim e disse: Voc sabe, Gary, voc contou sua histria para apenas dez pessoas. Se voc consegue contar sua histria para dez pessoas, consegue cont-la para cem pesso-as. Qual a diferena? Isso tudo uma iluso.

    Vicki sabia que eu deveria ir a Nova York em novembro, e ela disse: Digo-lhe uma coisa. Voc pode vir para um workshop, em minha casa. Se voc no gostar disso, ento no ter de ir outra vez. Mas, pelo menos, experimente ao menos isso uma vez. Eu acedi e disse sim. Pensei: Quantas pessoas iro casa dela?

    Vicki tem uma casa na rua Adams, em Quincy, Massachusetts, do outro lado da rua onde fica a casa do presidente John Quincy Adams. O meu livro estava sendo lido, e fiquei deslumbrado pela quantidade de pessoas que vieram, nesse primeiro fim de se-mana de setembro. Mas o que verdadeiramente me surpreendeu foram as prprias pes-soas. Elas eram to abertas, to amorosas, e to encorajadoras que quase fiquei embas-bacado. Ento entendi: se assim que isso vai ser, ento como vou conseguir perder? Com essas pessoas espiritualizadas, mesmo que me atrapalhe todo, elas vo me perdo-ar!

  • SUA REALIDADE IMORTAL Gary R.Renard Traduo M.Thereza de B.Camargo 27/176

    Apesar de eu ter feito um trabalho bem bom para meu primeiro workshop, eu es-tava to nervoso antes de prosseguir, que eu disse a mim mesmo: Eu no quero fazer isso outra vez. Mas algo interessante aconteceu, cerca de 20 minutos depois de eu co-mear. Fiz o grupo realizar uma forma de meditao que meus professores me ensina-ram, que tambm uma forma de orao e unio com Deus. Depois de faz-la, senti-me estar ligado a algo maior que eu mesmo. Depois desse ponto na apresentao, era como se no fosse mais eu que estivesse fazendo o workshop. Mais parecia eu estar me vendo enquanto o Divino Esprito Santo mandava as mensagens atravs de mim. Ento pensei: Ei, talvez eu deva deixar o Divino Esprito Santo assumir mais cedo! Na prxima vez que falei, fiz exatamente isso. Dois meses depois eu estava na cidade de Nova York, o lugar em que pensei que estaria mais nervoso, falando cerca da quarta vez em pblico, e me sentindo menos nervoso em frente de uma multido de pessoas, como nunca estive.

    O livro estava ganhando mpeto, vendendo cpias todo ms mais que o anterior. A venda ainda no era enorme, mas estava comeando a ser notado, e mais convites para falar chegavam. Eu no sabia ainda quo longe eu queria que isso fosse. Eu s ia querer falar algumas vezes, ou ser que eu ia querer levar isso a srio de fazer mais, e mesmo comear a viajar para longe? Ainda no havia voado para parte alguma. Apenas fui de carro a alguns lugares na Nova Inglaterra, e uma vez para Nova York. Eu sabia que me encontrava nua encruzilhada.

    Da, em 20 de dezembro de 2003, encontrei-me outra vez em casa de Vicki Pop-pe, desta vez para uma festa de Natal. Fui com Karen, minha mulher h 21 anos. Passa-mos a noite l, e ento no dia seguinte, 21 de dezembro, preparado para guiar de volta para casa, eu disse Vicki: Sabe de uma coisa, tenho a sensao de que algo est para acontecer. Ela respondeu: Eu sinto isso tambm, e tenho idia do que isso seja. No havia necessidade de dizer mais nada.

    Tarde naquela mesma noite, eu estava sentado na sala de estar do mesmo apar-tamento em Auburn, Maine, onde Arten e Pursah estiveram em sua ltima visita. Tendo me mudado para l da casa de Poland Springs onde suas aparies comearam h 11 anos atrs, nesse mesmo dia do calendrio, senti uma presena na sala. Tive de me virar para a minha esquerda, porque o sof apontava para a mesma direo da cadeira onde eu estava, no sentido do aparelho de TV. Olhei para l e me tornei esttico vista de meus dois amigos, sentados ali, no mesmo sof em que se sentaram, por quase todas suas visi-tas. Exclamei Arten e Pursah e da corri para l e os abracei a ambos. No havia me dado conta, at ento, que essa estava sendo a primeira vez que toquei Arten, o homem, mesmo apesar de ter tocado Pursah, a mulher, uma vez antes.

    Eles se mostravam os mesmos de sempre, minha linda Pursah e aquele cara. A-chei que havia sido interessante que eu, de fato, no os vira aparecer, porque compreen-di que isso tambm fora assim durante a primeirssima visita que me fizeram, h 11 a-nos atrs. Sentei-me, joelhos em tremedeira, pela grata emoo em v-los. Pursah ento comeou a falar.

    PURSAH: Al, querido irmo. Como tudo vai? Alguma coisa interessante acon-teceu desde a ltima vez que ns vimos voc? Estou s brincando. Voc sabe que esta-mos sempre a par de tudo que voc faz;

    ARTEN: Sim. Por exemplo, voc exatamente agora estava lendo a respeito do cara na Alemanha que matou algum e depois o comeu. Essa uma grande histria l. Ele est sendo acusado de canibalismo. E agora o esto pondo em julgamento.

    GARY: isso. Nada melhor que um almoo grtis.

  • SUA REALIDADE IMORTAL Gary R.Renard Traduo M.Thereza de B. Camargo 28/176

    PURSAH: Estou contente em ver que suas tendncias a sabicho no estejam completamente curadas. Vai precisar delas at quando terminarmos nossos papos com voc.

    GARY: mesmo? O que vocs tm em mente? ARTEN: Tudo a seu tempo, Gary. GARY: Esperem. Deixem-me ligar o gravador. to formidvel ver vocs, ca-

    ras! Mal consigo crer nisso. Mesmo assim, eu tinha uma sensao disso acontecer, sen-do nosso aniversrio e tudo mais.

    NOTA: Pursah se identificou como So Tom, um homem, naquela encarna-o h 2.000 anos atrs e 21 de dezembro, hoje, a festa de So Tom. Arten havia se identificado como sendo So Tadeu7 naquele tempo.

    PURSAH: Ns sabemos. Ento vamos tratar do que temos de fazer, exatamente como antes. Voltamos para, por assim dizer, dar palmadinhas no ombro das pessoas. Mesmo que, para alguns, isso possa parecer o mesmo que receber toques no ombro com um marro. H uma razo importante para isso. Queremos ajudar a manter as pessoas focadas. Isso por aplicar o perdo avanado, ou quantum, que explicaremos, para que voc consiga, mais rapidamente, experienciar sua realidade imortal. Estamos aqui para instru-lo em como romper o ciclo repetitivo de nascimento e morte, de uma vez por todas.

    GARY: Isso tudo? Estava esperando conseguir aprender a medir minha cons-cincia.

    ARTEN: Voc est fazendo graa. Mas o que voc disse agora uma das razes de estarmos aqui. importante destacar que a ateno das pessoas est sendo desviada por coisas que, como iscas, podem parecer fascinantes para elas mas que, realmente, so apenas colocadas ali para desviar sua ateno e seu conhecimento do que seja importan-te para seu despertar do sonho e, em vez disso, pelo contrrio, at-las a coisas que ape-nas as mantero cada vez mais apegadas aqui.

    PURSAH: Vamos aprofundar isso mais. Mas para comear, destaquemos que a maioria dos estudantes espirituais despende a maior parte de seu tempo na fase de reu-nir informaes. Isso encorajado pela crena de que quanto mais informao espiritual coloque em suas cabeas, mais iluminados ficaro. Ento eles pulam por a, de uma coisa para outra, lendo dzias de livros sobre diferentes temas espirituais. Durante nossa primeira srie de visitas a voc, referimo-nos a isso como a fila do buf espiritual.

    Nada h de errado em aprender informaes. De fato, isso d s pessoas um pa-no de fundo, um estofo necessrio e til. O problema que as pessoas fazem do fato de reunir informaes um dolo, e como todo dolo, falso, e isso no os leva a parte algu-ma. Isso um engodo, um truque, uma cenoura na ponta de uma vara. por isso que o que realmente importante no o que voc sabe, mas o que faz com o que sabe. Em termos de apressar seu desenvolvimento espiritual o que realmente importa, a fase da aplicao.

    Em algum ponto, o estudante e o professor espiritual srio tero de tomar tudo que ele ou ela haja aprendido e, efetivamente, aplic-lo, generalizadamente, em toda pessoa, situao, ou evento que surja diante de sua face, algum dia. Isso se aplica a tudo. E, usualmente, isso no um mistrio. O que quer que seja que esteja ocorrendo em sua vida, essa a lio a qual o Divino Esprito Santo quer que voc aplique os ensinamen-tos, e o grande instrumento de salvao o perdo. Mas, como voc sabe, esse no o

    7 N.T. So Judas Tadeu, como chamado hoje.

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    gnero antiquado de perdo. Esta no a espiritualidade de seus pais. Este um jogo novo, um novo paradigma.

    unicamente por meio da aplicao disciplinada do que aprendeu que o prati-cante consegue entrar na gloriosa fase de experincia. E eu lhe garanto, querido irmo, que a experincia a nica coisa que alguma vez tornar voc feliz. Palavras jamais faro isso; conceitos intelectuais, teologia, especulao filosfica esquea-se disso tudo. Em Um Curso em Milagres, que como voc sabe J nosso smbolo em idioma ocidental para Yshua, falando a palavra de Deus quem diz:

    ... palavras no so seno smbolos de smbolos. Esto, assim, dupla-mente afastadas da realidade. (M-21.1:9-10)

    E da voc pensa a respeito disso, como que um smbolo de um smbolo, duplamente afastado da realidade, alguma vez vai conseguir fazer voc feliz? No. A nica coisa que far voc feliz a experincia do que realmente voc . O que verdadeiramente satisfar voc no um smbolo de realidade, mas uma experincia de realidade.

    Num ponto naquele mesmo Curso, J est falando a respeito de todas as pergun-tas que as pessoas tm, e ele faz esta declarao extraordinria:

    ... no h nenhuma resposta, apenas uma experincia. Busca somente is-so, e no deixes que a teologia te atrase. (ET-in.4:4-5)

    Essa experincia vem como um resultado da permisso, dada sua mente, para ser treinada pelo Divino Esprito Santo, a pensar e ver os outros como Ele os considera e v. Mas isso requer um bom sistema, como o budismo ou Um Curso em Milagres, para avanar na estrada para conseguir chegar l. Deixada entregue aos seus prprios meios,8 a mente no consegue ser curada. Como J tambm diz em seu Curso:

    Uma mente sem treino nada consegue realizar. (E-pI.in.1:3)

    Essa uma declarao e tanto, porque ela afirma que 99,9% de todas as pessoas na terra nada esto conseguindo. At que a mente seja treinada, voc fica apenas girando suas rodas em falso.

    GARY: isso. Eu me dei conta, mais e mais, quo importante o Caderno de Exerccios do Curso a esse respeito, e creio que tambm me dei cota de que no importa o que sobrevenha, tudo tem sempre o mesmo propsito, que o perdo. No quero dizer com isso que eu o faa de pronto. No o fao. Mas fao-o, sempre, afinal. E quanto mais cedo o faa, menos sofro. Seja, por exemplo, falar em pblico, que nunca pensei que faria. Eu estava realmente nervoso a esse respeito, mas por deixar o Divino Esprito Santo me ajudar, comecei a me dar conta de que eu no estava nervoso pela razo que pensei. como diz o Curso:

    Nunca estou transtornado pela razo que penso. (E-pI,5.h)

    ARTEN: Isso est correto, sabido. Todos tm sempre medo de algo neste mun-do, e mesmo que isso possa parecer difcil s pessoas acreditar porque para elas isso inconsciente todos os temores que as pessoas tm conseguem ser detectados direta-mente no nvel da mente inconsciente, por causa do medo que sentem de Deus, resulta-

    8 N.T. Os prprios meio da mente so interpretar, escolher, decidir e querer sem a regncia do Divino

    Esprito Santo, como se tudo soubesse, sem o Pai. S o ego pensa que sabe, ardiloso mas insano.

  • SUA REALIDADE IMORTAL Gary R.Renard Traduo M.Thereza de B. Camargo 30/176

    do de sua crena na aparente separao Dele e da culpa inconsciente, aparentemente sentida, que resulta desse medo.

    GARY: Veja bem! Isso quer dizer que vamos fazer um outro livro? Porque se formos faz-lo, h pessoas que possam no entender o que voc acabou de dizer.

    ARTEN: Bem, por que ento voc no nos d uma pequena reviso, ento? Con-te-nos os ensinamentos numa casca de noz para que, tanto os praticantes no iniciados e os experimentados, tenham uma idia melhor do que estamos falando. Voc consegue fazer isso. As coisas esto indo muito bem em suas falas, assim como para O Desapare-cimento do Universo, at agora, certo?

    GARY: Sim, tudo est sob controle. Erros foram cometidos, mas outros foram apontados como culpados. Estou brincando. Mas no sei se eu deveria avanar mais nessa coisa de falar. Quero dizer, eu fiz o que queria fazer. Fui l, mesmo em Manhat-tan, e disse que isso a minha experincia. O livro apenas a forma pela qual ela acon-teceu. As pessoas podem acreditar nisso ou no, mas se no acreditarem, pelo menos no ser porque no lhes contei.

    PURSAH: Temo que suas lies de perdo estejam apenas comeando. O que ser se eu lhe disser que, a partir do fim de fevereiro, voc vai comear a voar mais de 100.000 milhas por ano, para ensinar espiritualidade?

    GARY: Eu diria que voc est brincando, certo? ARTEN: Isso ser o melhor que possa dizer, irmo. Incluindo voc mesmo, voc

    conseguiria contar em dois dedos de uma mo o nmero de pessoas que esto l na es-trada ensinando, com apuro, essa mensagem. Mas no pense que se trata realmente dis-so. Ao mesmo tempo em que voc esteja viajando e falando, queremos que cumpra seu real encargo, que o perdo.

    PURSAH: Voc est disposto a proceder drsticas mudanas em seu estilo de vida pessoal, sabendo que no importa como as coisas aparentem, essas aparncias so apenas um truque para convenc-lo de que seja um corpo, e ento perdoar isso?

    GARY: Ah, no. ARTEN: Bem, ns sabemos melhor. Ento ponha seus assuntos em ordem, ami-

    go. Vamos ter uma boa rodada chegando por a. Agora, que tal aquela reviso de que falamos?

    GARY: Que tal esses que j sabem esse troo? No seria repetitivo? PURSAH: No se esquea de algo que lhe contamos na primeira vez que nos

    encontramos? Repetio no apenas certo fazer, ela obrigatria. Voc no consegue ouvir idia certas alm da conta. Leva tempo para que elas mergulhem nos profundos vales de sua mente inconsciente. Ns j dissemos que no o volume de informao espiritual que voc pe na mente que determina quo iluminado voc esteja, e isso verdade. Entretanto, ao mesmo tempo, providos por conhecer a metafsica de um ensi-namento como Um Curso em Milagres, os antecedentes conseguem ajudar voc a tomar a deciso de aplicar o que voc sabe, que a parte mais importante da aplicao. Uma vez haja entendido a verdade, ento lembrar-se dela quando o troo bate no ventilador, a parte rdua. Se e quando voc adquire o hbito de se lembrar da verdade em situao difceis, isso se torna como uma segunda natureza, para voc aplic-la. Quando isso vem a voc, voc estar progredindo anos luz em direo experincia do que estamos falando. Como o Curso se refere a isso:

    Essa a experincia no sentido da qual o Curso est dirigido. (ET-in. 2:6)

    GARY: Tudo bem. Posso lhes contar uma piada antes? Gosto de contar piadas em meus workshops.

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    ARTEN: Voc foi a Manhattan no ms passado. Conte-nos aquela piada de No-va York que voc gosta.

    GARY: Sem problema. Um budista est andando no Central Park. Vai at um vendedor de cachorro-quente e diz: Faa-me um com tudo. O vendedor d ao budista um cachorro-quente, e depois que o budista paga por ele, pede seu troco. Mas o vende-dor de cachorro-quente lhe diz: Mudana vem do interior.9

    PURSAH: Voc ganha uma boa risada com essa. Gostamos que voc mantenha um bom senso de humor em suas apresentaes. Isso importante: lembrar-se de rir. Lembre-se do que J disse no Texto:

    Na eternidade, onde tudo um, introduziu-se sorrateira uma nfima idia insana, da qual o Filho de Deus se esqueceu de rir. (T-27.VIII.6:2)

    GARY: E, por certo, essa nfima idia insana o pensamento de que conseguir-amos uma identidade individual e, com isso, ficaramos separados de Deus. Ento, para essa reviso que vocs pediram, o Curso um documento espiritual de trs livros em um que inclui um Texto, com toda a teoria do que ensina; um Caderno de Exerccios para Estudantes, com um programa de um ano de estudo, que freqente as pessoas levam mais do que um ano para fazer, que treina o estudante a aplicar o Curso para a vida do dia-a-dia; acrescido h um Manual para Professores, com reforo de tudo que foi ensinado, contendo uma Explicao de Termos, esclarecendo termos que at ali no haviam, ainda sido explicados. O Curso foi dado por J, num perodo de sete anos e meio para uma mdica psiquiatra pesquisadora na cidade de Nova York, Helen Schuc-man. Ela tomou nota de tudo que J disse a ela, em seu caderno de notas de taquigrafia, ditando-o depois, paulatinamente, dia a dia, ao seu colega, Bill Thetford, que o datilo-grafou integralmente.

    Caras, quando vocs apareceram para mim, vocs me deram, por meio de seus ensinamentos, uma viso diferente de J de 2.000 anos atrs, cujo nome verdadeiro era Yshua, um rabino judeu, que nunca teve a inteno de iniciar uma religio. A partir da, comecei a ter lembranas prprias. Quando vocs me falaram a respeito de minhas vidas passadas, descobri que isso disparava gatilhos de mais lembranas dessas existncias passadas, nas semanas e meses seguintes s conversas. Por exemplo, vocs me disseram que a cerca de 1.000 anos atrs eu era amigo e estudante de um ndio americano ilumi-nado, conhecido como o Grande Sol. Isso fez surgir sentimentos, memrias e vises dessa minha existncia como um ndio em Cahokia [Cahokia se situa hoje em Collins-ville, Illinois, e representa a mais sofisticada pr-histria da sociedade nativa americana ao norte do Mxico]. At mesmo me lembrei que deveria colocar a acentuao tnica na terceira slaba, quando pronunciasse o nome Cahokia, em vez da segunda slaba, Caho-kia, que a maneira que brancos a pronunciam.

    ARTEN: Est correto. Ns a pronunciamos de maneira moderna, por estarmos falando com voc em ingls e agora, mas voc a pronunciou exatamente da forma que um ndio de 1.000 anos atrs a pronunciava.

    GARY: E quando voc me contou quem eu era, h 2.000 anos, com J, isso tam-bm disparou gatilhos de mais memrias daquele tempo.

    PURSAH: Voc pode nos contar disso mais tarde, porque queremos a reviso agora mesmo. Mas como isso fez voc se sentir, descobrir que voc foi So Tom a esse tempo de J, e que eu sou voc no futuro?

    9 N.T. Change, em ingls troco, em ingls tambm pode ser mudana, ou troca. O budista

    estava pedindo o troco do que pagou. Na resposta o vendedor responde troco significando mudan-a, por se tratar de um budista: A troca [mudana] vem do interior. Em portugus no h piada.

  • SUA REALIDADE IMORTAL Gary R.Renard Traduo M.Thereza de B. Camargo 32/176

    GARY: Eu sei que voc sabe a resposta a isso, e que est apenas me fazendo perguntas retricas. Voc sabe tudo. E eu ainda no consigo crer que estejam de novo aqui! Mas quando eu descobri quem eu era, no tempo de J, me senti realmente bacana, por uns dois dias. Quero fizer, isso realmente foi uma sensao legal. Mas ento, depois de algum tempo, voc se pe de p e se d conta que voc tem a mesma porcaria, bem diante de sua cara. As lies de perdo esto ali mesmo, na sua cara, e no importa quem voc foi em outra existncia. Voc tem sempre de escolher perdoar, o que quer que seja que esteja acontecendo agora mesmo.

    PURSAH: Muito bom, querido irmo. Todos, de certa forma, foram, em alguma existncia, na aparncia, enormemente famosos e importantes, e todos foram, alguma outra vez, a escria da terra. Isso dualidade. O que importa, agora, cumprir seu en-cargo de perdo, sem tardana, sem falta. Essa a sada. Mas no se trata do perdo velho, de forma alguma. Voc se importa de explicar o por qu disso?

    GARY: Vou explicar o melhor que consiga. Darei algumas informaes, agora, como reviso, e deixarei as memrias especficas de vidas passadas para mais tarde. Antes de tudo, como um rabino e um mstico, J entendeu bem os ensinamentos do anti-go misticismo judaico. Entre esses seria a idia de que o Cu a proximidade com Deus, e o inferno o distanciamento de Deus. Mas J, sendo um cara do gnero intransi-gente, no parou por a. Para ele, o Cu no era apenas a proximidade com Deus, seria a Unicidade com Deus. De fato, isso seria a perfeita Unicidade com Deus. E inferno no seria apenas o distanciamento de Deus, mas seria qualquer coisa que o levasse a estar separado de Deus. Isso reduz tudo a duas escolhas distintas, e apenas uma delas real, porque perfeita Unicidade no consegue ter um contraponto, ou ento ela no seria per-feita, ou seja, no seria de Deus, onde s h perfeio;

    Ento, para J, Deus imutvel, perfeito e eterno. E, para J, Deus sinnimo de esprito, porque nada do que Ele faz conseguiria ser diferente Dele, ou seno no seria perfeito. E, alm disso, para J, se Deus conseguia fazer algo que no fosse perfeito, en-to Ele Prprio tambm Ele no seria perfeito, seria? Alm disso, para J, o esprito no evolve, ou ento, no era perfeito e completo, imutvel e eterno, no seria Deus.

    Alm disso, com certeza, Deus no Ele ou Ela, e estou usando linguagem b-blica, como o Curso a usa. Eu poderia chamar a Deus Isso,10 mas exatamente essa forma no faria qualquer pessoa inclinar-se, necessariamente, por nenhuma delas. Ento, de imediato, notamos duas coisas a respeito de nosso amigo J. Primeiro, ele intransigente. Segundo, no importam quo complicadas podem parecer as coisas, h sempre apenas uma de duas coisas entre as quais escolher, e s uma delas real. A outra escolha seria uma iluso, que foi ensinada pelos hindus e budistas muito antes de J, mas ele elevou a alternativa da escolha para uma verso impecvel de um Deus que, realmente, Perfeito Amor, em vez de um Deus conflitado e imperfeito.

    Depois disso, voc tem de se lembrar que J era do Oriente Mdio. Ele deveria conter em si mais tendncia para oriental que para ocidental. Ento ele, certamente, era familiarizado com os ensinamentos do budismo. Ele conheceria a respeito do conceito budista de ego. Ele entenderia e experienciaria que h, unicamente, um ego, se mostran-do como muitos, o que os hindus chamam de mundo da multiplicidade e os budistas chamam de impermanncia. Ento, h apenas um de ns que pensa que esteja aqui, e esse sou eu. No h, realmente, ningum mais. No h ningum l fora. S h a aparn-cia disso. Isso um truque. A parte consciente da mente olha para fora e v todo gnero de separaes, corpos e formas diferentes, mas isso s iluso. E a parte inconsciente da mente cuja maior parte fica oculta, exatamente da maneira que um iceberg fica

    10 N.T. Em portugus s h 2 gneros, masculino e feminino. S a palavra Isso em portugus, It

    em ingls, at certo ponto, expressa o sentido do gnero neutro, do ingls, frase em portugus.

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    oculto sob a superfcie da gua sabe que h, real e indubitavelmente, apenas um de ns.

    Tempo e espao e diferenas se tornam, para todos, na continuao do aprendi-zado da realidade, inverdades, apesar das aparncias. A razo pela qual tudo conecta-do entre si, porque h apenas uma nica iluso, assim como h apenas um nico Deus. Mas Deus nada tem a ver com a iluso. Isso foi uma falsa assuno por parte das pesso-as. As pessoas, a partir da, fizeram um Deus sua imagem, que foi como eles criam a si mesmos serem. Mas, originalmente, Deus nos fez Sua imagem: perfeita, inocente e Uma. A unicidade que existe na iluso uma unicidade de imitao, porque o ego tenta ser um mimo pantomimando Deus.

    Hoje em dia, fsicos qunticos esto confirmando que tempo e espao so ape-nas, tambm, iluso. Passado, presente e futuro todos ocorrem juntos, simultaneamente. Somos, de fato, seres no locais tendo uma aparente experincia localizada. Pode pare-cer que voc esteja l e eu aqui, mas isso , na realidade, uma mentira. Espao apenas uma idia de separao, como o tempo. Ns dividimos o tempo e o espao para fazer com que se paream como distanciamentos e intervalos diferentes de tempo e de lugares distintos, quando isso, realmente, todo fabricado, pois tudo o mesmo, mesmo que aparentem ser diferentes e distanciados, por tudo ser uma iluso, baseada no pensamen-to de separao. Apenas que, os fsicos no sabem essa parte, ainda. Eles apenas sabem que a nossa experincia uma iluso, quando comparada com a maneira que as coisas so, realmente, quando voc as v bem mais de perto! Eles no tm todo o quadro disso, ainda. Cincia e espiritualidade no se encontraram, ainda, mas esto chegando l.

    Por exemplo, eles sabem que se eu olhar para uma estrela que esteja afastada a 20 bilhes de anos luz da terra, eu provoco, instantaneamente, que ela mude, no nvel subatmico. Como possvel isso? Isso porque a estrela que vejo no est, realmente, afastada 20 bilhes de anos luz; ela est, na realidade, em minha mente. Ou mais preci-samente, isso uma projeo de minha mente, e ela no nem mesmo matria, at que eu olhe para ela, ou a toque. Ela energia, que realmente s o pensamento humano, pelo que a energia no consegue ser destruda. E matria apenas uma forma diferente de energia, de pensamento, retornando energia e da sendo reciclada.

    PURSAH: E como J fez h 2.000 anos atrs, usando tudo do conhecimento ms-tico budista e judaico, que combina com os descobrimentos dos fsicos de hoje?

    GARY: Bem, ele concluiu algo que as pessoas ainda no entendem, mesmo at hoje, com todos esses avanos no conhecimento, inclusive psicologia, que isto: Se h, realmente, apenas ns aqui, e se a parte inconsciente da mente sabe disso, ento o que estamos fazendo quando nos pomos a julgar e condenar? O que quer que seja que pen-semos julgar e condenar a respeito dos outros, , exatamente, o mesmo que mandar uma mensagem diretamente para nossa prpria mente inconsciente, de que somos mere-cedores de julgamento e de condenao. O que quer que seja que pensemos a respeito dos outros o mesmo, realmente, que mandar uma mensagem a respeito de ns mes-mos, para ns mesmos. Ento J decidiu que, se h real e unicamente s um de ns, que pensa estar aqui, e se sua mente inconsciente sabe disso, ento ele iria seguir, ao longo da existncia, vendo todos como sendo o que eles realmente so, que esprito perfeito, em vez de os ver como corpos, que , realmente, apenas, a falsa idia de separao. Ele iria ver a todos, e a cada um, como sendo o Cristo, puro e inocente. Ele pensaria deles como sendo o que eles realmente so: imortais, invulnerveis e algo que no consegue nem mesmo ser tocado por nada nem ningum deste mundo.

    Ento, a chave para a iluminao repousa num segredo que muito poucas pesso-as alguma vez tomaram conhecimento, mas que J sabia muito bem. A maneira pela qual voc experienciar e sentir a respeito de voc mesmo no , absolutamente, determina-

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    da pelo que as outras pessoas vm em voc ou pensam a respeito de voc. A maneira que voc experiencia e se sente a respeito de voc , em verdade, determinado por como voc olha para eles e pensa a respeito deles! Em suma, isso o que determina a sua i-dentidade! Voc se identificar a si mesmo quer seja como um corpo, ilusrio e inexis-tente, ou como esprito perfeito, real e verdadeiro, ou como dividido ou integrado, de-pendendo de como voc v todos e cada um dos outros. E uma vez tendo entendido is-so, eu penso e creio que voc, a partir de agora, vai querer tomar muito bom cuidado de como pensa e o que pensa a respeito de outras pessoas!

    PURSAH: Voc nos homenageia como professores. E, por certo, voc sabe quem era nosso professor. Por favor, continue.

    GARY: O que... ? Vocs querem que eu faa o discurso completo? PURSAH: Ns temos muito a dizer, inclusive a contribuir, para essa reviso. GARY: Devo desejar que assim seja. Falando nisso, por causa da forma que

    nossas conversas anteriores tomaram, estive pensando, eu tive muita coisa pessoal no outro livro. No me importo de falar a respeito de minhas lies de perdo pessoal, mas um casal de pessoas, que mencionei na narrao, no ficou muito entusiasmados pelo fato de ter-me retratado como os perdoando. H sempre dois lados em cada histria. Isso dualidade, certo? No entanto, tudo que consigo fazer apresentar a minha experi-ncia. Voc tm algum conselho para mim de como falar a respeito de coisas pessoais?

    PURSAH: No fique apreensivo, Gary. Por causa da direo que sua vida est tomando agora, estaremos conversando sobre as suas lies de perdo profissional mais do que os pessoais. Tudo vai funcionar bem. Confie em ns. Voc gostaria de continuar com nossa reviso?

    GARY: Voc pediu isso, mas tenho de dizer, voc est mais bonita que alguma vez aparentou ser. Diga-me algo, s entre voc e eu. Seria incesto fazer amor com seu futuro ser?

    PURSAH: No, mas isso seria estranho. Por favor, prossiga. GARY: Muito bem, aceito a dica, por enquanto. Continuando, toda vez que J

    perdoou, ele, de fato, rejubilava-se consigo prprio. ARTEN: D para voc entender o sentido maior disso? GARY: Entendo. Ele estava em verdade indo de uma experincia de separao

    para a integrao. E a palavra santo, do latim, sancire, tornar inviolvel. Inviolvel, por sua vez, ntegro. Ento, sair da separao entrar na integrao, na inviolabilidade, no santo.11 Como ele disse, no Evangelho de Tom:

    Sou aquele que veio do que inteiro, fui dado das coisas de meu Pai. Por-tanto, digo-vos que se um for inteiro, esse ser tomado pela luz, mas divi-dido, ser tomado pela falta dela.

    Ento voc no consegue ter ambas as maneiras. Voc no consegue ser s um pouco inteiro. Sua lealdade tem de ser indivisa, seno voc est dividido. No importa quo complicadas as coisas aparentem ficar, s h realmente duas escolhas. Uma por intei-reza, ou sacralidade [inviolabilidade], atributo do que uno e perfeito. por isso que a antiga orao dizia: O Senhor nosso Deus Um. A outra escolha por qualquer coisa que no seja perfeita unicidade, que a diviso. No h como apartar-se disso. Ento J perdoou completamente o mundo. Seu amor e perdo eram totais e todo abrangentes. Ele sabia que se voc parcialmente perdoa o mundo, ento voc ser parcialmente per-

    11 N.T. Recorri a santo e inviolvel (ntegro), de base latina. No original holy (santo) e whole (ntegro),

    de base anglo-saxnica, sem trocadilho em portugus.

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    doado, o que significa que permanece dividido. Mas se voc perdoa por completo o mundo, ento voc ser completamente perdoado.

    Assim, o grande ensinamento de J, e do Divino Esprito Santo, pelo perdo, mas num sentido quntico, mais do que no feitio fora de moda, newtoniano, perdo no feitio de sujeito-e-objeto. O perdo fora de moda diz, Muito bem, estou perdoando voc porque sou melhor que voc, voc realmente fez isso, e voc realmente culpado, mas vou tirar voc do gancho, mesmo assim voc ainda vai pro inferno. Tudo o que isso faz manter os cordis da crena em separao do que realmente temos a nosso respeito, reciclado em nossa prpria mente inconsciente. Isso no realmente perdo. J, por outro lado, sabia a respeito da profunda e inconsciente culpa que est na mente de todos e cada um de ns, cobrindo a aparente crena de separao original de Deus, e de que h um tipo diferente de perdo que o caminho mais rpido de desfaz-la, o equi-valente de desfazer o ego.

    ARTEN: Penso que talvez voc deva explicar isso um pouco mais, talvez com uma verso expedita da histria da criao equivocada, para destacar de onde veio essa culpa. Alm do mais, voc no consegue romper o ciclo repetitivo de nascimento e mor-te e parar de comparecer fila da reencarnao, enquanto essa culpa inconsciente per-manece em sua mente.

    GARY: Por certo, mas faa-me um favor. Conte-me mais a respeito da idia dis-so tudo ser um sonho. Nas poucas aparies que fiz, recebi muitas perguntas a esse res-peito. E eu ainda no consigo crer que vocs estejam aqui!

    PURSAH: Nenhum de ns est aqui, Gary, nem voc, como voc sabe. Ento fa-lemos sobre o sonho. Digamos que voc seja um dos pais, e voc tem uma filha de qua-tro anos, que est na cama, noite, e ela est sonhando. Voc d uma espiadela sorratei-ra nela, para ver como ela est, e consegue saber que ela est sonhando: ela se agita e se vira um pouco, e voc consegue ver que ela est desconfortvel. Para ela, o sonho se tornou sua realidade. Ela reage s imagens no sonho, como se elas fossem reais. Agora, voc no consegue ver o sonho. Por que? Porque o sonho no est realmente l, e sua filha de quatro anos nunca, realmente, saiu da cama. Ela continua, a salvo, em casa, mas ela no consegue ver isso. Isso est fora de seu conhecimento, e o sonho, em sua mente, se tornou a sua realidade.

    Voc a quer despertar para que no sinta mais medo. Ento que faz? Voc vai a ela e a sacode com fora? No, porque isso a assustaria ainda mais. Ento voc a des-perta quieto e gentil. Talvez voc sussurre a ela coisas como: Olhe, isso apenas um sonho. Voc no tem de se atormentar. O que voc est vendo no verdadeiro. E todos os problemas, todas as perturbaes, todos os medos e as dores que voc sente so, re-almente, apenas, de certa forma, bobas, porque no h necessidade delas, e elas esto ocupando lugar dentro de um sonho, em sua mente, que, na realidade, no existe. Elas so o produto das mesma idias bobas que produziram o sonho, em primeiro lugar. E se voc consegue ouvir a minha voz neste momento, voc j est comeando a acordar.

    Isso assim porque a verdade graas a Deus consegue ser ouvida no sonho. Lembre-se, a verdade no est no sonho, mas ela consegue ser ouvida no sonho. Sua criana de quatro anos ouve voc e comea a relaxar. Ela desperta, lenta e gentilmente. Seu sonho se torna mais feliz. E da, quando finalmente desperta, v que ela nunca dei-xou sua cama. Ela estava, de fato, em casa todo o tempo. O lar continuava ali, mas havia ficado fora de seu conhecimento. Quando a ateno retorna, ela desperta, e o fato de que ela esteja em segurana em casa, se torna a sua realidade, novamente. Voc sabia que ela esteve ali, todo o tempo. No houve necessidade de ver seu sonho, ou de reagir em relao a ele. E onde fica o sonho quando ela desperta dele?

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    GARY: Em parte alguma. Ele desaparece porque jamais esteve, realmente, ali, de nenhuma forma. Ele pode ter parecido real e ser sentido como real, mas no esteve jamais, realmente, l. As imagens que vemos, em nossos sonhos noite, so projees de nossa mente. Estamos vendo-as com apenas uma parte da nossa mente, e elas, efeti-vamente, esto sendo projetadas por uma outra parte de nossa mente, mas essa parte se mantm oculta.

    PURSAH: Muito bom. Como voc mesmo disse, isso um truque. E aqui fica a parte divertida. Quando a criana de quatro anos desperta do sonho, isso fica sendo, apenas, mais um sonho. E, quando voc despertou esta manh, em sua cama, essa foi, apenas, outra forma de sonhar. Trata-se de uma funo de nveis, que no existem na realidade do esprito puro. De fato, voc poderia dizer que a razo pela qual esse sonho d a sensao de ser mais convincente do que seus sonhos noturnos para convencer voc, com nfase, da efetiva realidade deles, aqui, mas onde voc realmente est no Cu permanece fora do seu conhecimento. E convincente ele , mas no est, real-mente, l. E as pessoas que voc pensa que estejam l fora, tambm no esto l. Quan-to a voc, o sonho se tornou sua realidade, e onde voc, realmente, est, se mantm fora do seu conhecimento. como descreve Um Curso em Milagres:

    Todo teu tempo aplicado em sonhar. Teu dormir e teus sonhos desperto tm formas diferentes e isso tudo. Seu contedo o mesmo. (T-18.II. 5:12-14)

    O Divino Esprito Santo est sussurrando o mesmo tipo de coisas para voc ago-ra mesmo nesse sonho, que voc sussurraria para uma criana de quatro anos que sonha agitado, na cama, noite. Ele est dizendo coisas como: Olhe, isso apenas um sonho. Voc no tem de se atormentar. O que voc est vendo no verdadeiro. E todos os problemas, todas as perturbaes, todos os medos e as dores que voc sente so, real-mente, apenas, de certa forma, bobas, porque no h necessidade delas, e elas esto o-cupando lugar dentro de um sonho que, na realidade, no existe. Elas so o produto das mesma idias bobas que produziram o sonho, em primeiro lugar. E se voc consegue ouvir a minha Voz neste momento, voc j est comeando a acordar, porque a verdade consegue ser ouvida no sonho.

    A verdade no est no sonho, mas ela consegue ser ouvida no sonho. E quando voc comea a conhecer a verdade, que comunicada a voc pelo Divino Esprito Santo de muitas formas diferentes, voc comea a relaxar. Voc desperta lenta e gentilmente por meio de um processo casulo chamado perdo. Assim como a lagarta, por meio do processo casulo, vai ser preparada para uma forma de vida mais elevada e menos restri-ta, voc se prepara para uma forma de vida mais elevada pela mudana de sua percep-o do mundo, usando o perdo, seu processo casulo. Como resultado disso, seu sonho se torna mais feliz. Mas essa felicidade no depende do que aparenta acontecer no so-nho. Ela uma paz interior [constante, estvel, imutvel e permanente], que consegue permanecer ali, com voc, sua disposio, o tempo todo, independente do que, na apa-rncia, esteja ocorrendo em seu sonho. E da, quando finalmente voc desperta, voc v que voc nunca, jamais, em tempo algum, realmente, saiu de casa, que a sua perfeita Unicidade com Deus. Voc esteve, de fato, todo tempo em casa, sem se dar conta disso. Sua casa continuava ali mesmo, sua volta, envolvendo voc, mas fora do alcance do seu conhecimento.

    como J diz no Evangelho de Tom: O Reino do Pai se estende sobre toda a terra, e as pessoas no O vem.

  • SUA REALIDADE IMORTAL Gary R.Renard Traduo M.Thereza de B.Camargo 37/176

    Com o retorno do conhecimento voc desperta para a realidade do Reino, e voc read-quire o conhecimento de que est, e sempre esteve, a salvo, [resguardado e tranqilo] em casa.

    GARY: Mas, se tudo isso verdade, ento significa que Deus nem ao menos sa-be que eu esteja aqui!

    ARTEN: Voc est, completamente, sem entender coisa alguma. O ponto a en-tender : voc no est aqui, e Deus sabe onde voc realmente est. E, em vez de mer-gulhar todo nele e tornar real um sonho irreal, Deus tem uma idia melhor. Ele quer que voc desperte e se d conta de que sempre esteve com Ele. No final voc desperta para o Cu, onde Deus sabe que voc sempre est e esteve e de onde jamais saiu. No houve necessidade de Deus ver seu sonho ou reagir a ele.

    Como Um Curso em Milagres diz:

    Ests em casa em Deus, sonhando com o exlio, mas perfeitamente capaz de despertar para a realidade. (T-10.I.2:1)

    E, diga-me, Gary onde fica o sonho do tempo e do espao quando voc desperta dele? GARY: Em lugar algum. Ele desaparece, porque como qualquer sonho, ele

    uma miragem que desaparece, um bruxedo que desfeito. E agora a realidade se torna a minha realidade.

    ARTEN: Sim, ento quando voc desperta do sonho do tempo e do espao, no h mais tempo nem espao, o que significa que voc no tem mais de ficar por a por um milho de anos esperando pelo despertar de todos. No h mais ningum para des-pertar. No h ningum l fora, seno voc, o nico ego, se mostrando como se fossem muitos. E os que voc pensou que estivessem l fora, esto todos j com voc no Cu, no como corpos, mas como eles realmente so, esprito. Ningum consegue ser deixa-do fora da unicidade, e nada consegue estar faltando na integridade. Ento, todos que voc amou ou que importaram para voc, incluindo animais, esto l em seu conheci-mento. Mais uma vez, no como algo que foi alguma vez separado mas como algo que jamais consegue ser separado. Nada consegue estar faltando na perfeio. Tudo isso perfeitamente um, e isso constante, o que um atributo que no existe no universo do tempo e do espao. No entanto, isso consegue ser experienciado por voc, mesmo que voc consiga aparentar estar num corpo.

    GARY: Eu j tive essa experincia. PURSAH: Ns sabemos disso, e ns conseguimos falar mais a respeito disso

    mais tarde, porque a resposta a todas as perguntas. A despeito de sua forma de agir, ns sabemos que voc nunca mais consegue completamente crer no ego outra vez. E, uma vez tenha tido essa experincia, ento se torna mais fcil construir sua casa sobre a rocha, em vez de sobre a areia. A areia representa as areias moventes do tempo e do espao, onde nada consegue realmente ser firme, exceto o fato de que vai mudar, porque esse um mundo do tempo e da mudana. Ento a nica coisa que voc sabe, com cer-teza, que isso no ser o mesmo daqui a um minuto. Mas a rocha permanente, algo com que conseguimos contar.

    GARY: Certo. Uma vez voc tendo experienciado a realidade, mesmo que bre-ve, ento tudo nesse mundo fica sendo apenas um tipo de coc de galinha, comparado ao que est sua disposio.

    ARTEN: Sim, e voc faz bem em lembrar-se de fazer a escolha certa entre os dois. Voc no perfeito, mas est indo bem, e estamos contentes por isso.

    GARY: Obrigado. Olha! Posso usar algum desse material em meus workshops? ARTEN: Voc usa o primeiro livro em seus workshops, no usa?

  • SUA REALIDADE IMORTAL Gary R.Renard Traduo M.Thereza de B. Camargo 38/176

    GARY: Eu tomo isso como um sim. Ento, o que parece acontecer aqui no mundo pode parecer e ter a sensao de real, mas no . As imagens que vejo em meus sonhos noite so projees da minha mente. Eu as estou vendo com uma parte da mi-nha mente, e elas, de fato, esto sendo projetadas por outra parte da minha mente, mas essa parte que projeta est oculta.

    E, durante o dia, tudo o que estou vendo, com os olhos do corpo, a projeo de algo em minha mente que eu, secretamente, creio ser verdade a respeito de mim mesmo, feita por minha prpria mente inconsciente. Exatamente como Freud disse que todos em seus sonhos so realmente voc mesmo, acaba sendo que todos em nossa vida so tam-bm um smbolo de ns mesmos. J sabia disso, e sendo um cara bem esperto, ele se deu conta de que, ao julgar e condenar os outros, resulta que tudo que as pessoas conseguem manter suas prprias falsas identidades do ego em seu lugar. Mas se perdoarem, no verdadeiro sentido do perdo, ento desfazem a identidade falsa do ego e retornam ao esprito.

    ARTEN: Sim, e interessante notar que Freud no usou, exatamente, a palavra ego. Ele usou a palavra ich, que em alemo significa eu, e que designa a identidade pessoal. Voc poderia combinar isso com o termo budista todo abrangente ego, e o que voc vai ter um ser que, incorretamente, pensa ter uma identidade separada de sua Fonte.

    PURSAH: E estou contente que voc esteja falando a respeito de desfazer o ego. definitivamente insuficiente apenas dizer s pessoas que o mundo no seja real. Isso no leva ningum a lugar algum. verdade que saber que o mundo seja uma iluso uma parte necessria do retrato. Mas unicamente o perdo verdadeiro, a respeito do qual falaremos muito mais no final, que desfaz o ego. Sem o perdo, pouco progresso feito. Tudo gira em torno de como voc pensa e em que acredita. Se voc pensa [cr] que a pessoa que voc est vendo [ou lembrando-se dela] seja um corpo, ento voc pensa [cr] ser, tambm, um corpo. Se voc pensa [cr] que a pessoa seja esprito, ento voc [cr ser] esprito. assim que traduzido seu pensamento [crena] por sua pr-pria mente inconsciente. No h com escapar disso. A maneira que voc pensa da outra pessoa determina como voc, afinal, se sente a seu prprio respeito. Ns faremos um pouco mais da reviso com voc, mais tarde.

    GARY: engraado como o Curso, um documento espiritual que usa termino-logia crist, consegue incorporar nele tantas idias budistas. Talvez seja por isso que alguns cristos ficam relutantes em abra-lo.

    ARTEN: Sim. Cristos conservadores no reconhecem o Curso. GARY: Isso est bem. Eles tambm no se reconhecem no Hooters.12 PURSAH: isso. E dessa maneira as pessoas nos reconhecero, queremos dei-

    xar claro que ns s aparecemos para voc e jamais apareceremos para ningum mais ou daremos informao canalizada para ningum mais.

    .GARY: No estou reclamando, mas por qu isso? PURSAH: Isso simples. Helen Schucman levou sete anos e meio escrevendo

    Um Curso em Milagres. Antes disso, todos os que canalizavam eram canalizadores em transe. Quer tenha sido o mdico e leitor psquico Edgar Cayce, ou Jane Roberts, que canalizava Seth, pessoas que recebiam informaes de uma fonte mais elevada, elas prprias no as ouviam, e por isso precisavam de um instrumento que as tirasse do ca-minho e permitisse que a informao viesse atravs delas. Como o prprio Um Curso em Milagres diz:

    12 N.T. Rede de restaurantes casuais que j dispe de rede com cerca de 300 estabelecimentos, dentro e

    fora dos EUA, havendo um nico no Brasil, em So Paulo, capital.

  • SUA REALIDADE IMORTAL Gary R.Renard Traduo M.Thereza de B.Camargo 39/176

    S alguns poucos ouvem de fato a Voz por Deus... (M-12.3:3)

    Mas ento, depois que o Curso saiu e as pessoas ouviram que essa mulher estava sim-plesmente ouvindo a Voz de Jesus, a manifestao do Divino Esprito Santo, ento, de uma hora para outra, todo mundo passou a ouvir a Voz de J, ou do Divino Esprito Santo, mesmo que voc tivesse o Curso dizendo que no conseguiam! A razo obvia. Se as pessoas conseguiam ouvir a Voz do Divino Esprito Santo, ento eles no precisa-vam, realmente, entender o Curso ou fazer o trabalho de perdo que ele pedia deles, precisariam? Eles no precisariam olhar para o ego ou para sua culpa inconsciente, ou fazer nada a respeito disso. Em vez de aceitar o desafio de alcanar todo um novo nvel que J lhes estava oferecendo, pelo mesmo tipo de trabalho de perdo que ele praticou, eles conseguiriam simplesmente fazer seu prprio Curso, sua vontade. Ento, imedia-tamente, voc teve pessoas atuando como professores do Curso que no conseguiam, possivelmente, ter tido tempo para aprend-lo e fazer o trabalho, e antes que voc per-cebesse, voc tinha