2008-08-14 02 Textos de Diferentes (Codigos)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA LEITURA, INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO DE TEXTOS I Aula 2: LEITURA E TEXTO: DEFINIÇÃO E APRESENTAÇÃO DE TEXTOS DE DIFERENTES CÓDIGOS LINGUAGENS VERBAL E NÃO-VERBAL CARTUM Um tipo de texto humorístico é o Cartum. Espécie de anedota gráfica sobre o comportamento humano, o Cartum pode usar apenas linguagens não-verbal ou misturá-la com a verbal. Leia este exemplo de Cartum. O Cartum é um texto humorístico que usa a linguagem não-verbal, combinada ou não com a verbal. Normalmente, retrata situações universais e atemporais, satirizando os costumes humanos. Nos textos, o autor usou as linguagens verbal e não-verbal: a) No primeiro Cartum, qual é o duplo sentido que ocorre a frase? b) No segundo Cartum, pode-se dizer que o garçom interpretou o pedido do cliente ao pé da letra? Por quê? c) No terceiro Cartum, que sentido a cliente atribuiu ao verbo rachar ? CHARGE Ao contrário do Cartum, que, como vimos, retrata situações genéricas, a charge satiriza um fato específico, situado no tempo e no espaço. Outra diferença é que, enquanto os personagens do Cartum costumam ser pessoas comuns, as da charge muitas vezes são personalidades públicas – um político ou artista, por exemplo. Tanto o Cartum quanto a charge, porém, têm em comum o fato de poderem usar a linguagem verbal, a não-verbal, ou as duas ao mesmo tempo. Finalmente, ambos costumam ser publicados em veículos de comunicação de massa, como jornais ou revistas. Veja, por exemplo, esta charge do Angeli. Charge é um desenho humorístico, acompanhado ou não de texto verbal. Normalmente, critica um fato ou acontecimento específico e aborda temas sociais, econômicos e sobretudo, políticos.

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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA LEITURA, INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO DE TEXTOS I

Aula 2: LEITURA E TEXTO: DEFINIÇÃO E APRESENTAÇÃO DE TEXTOS DE DIFERENTES CÓDIGOS

LINGUAGENS VERBAL E NÃO-VERBAL

CARTUM

Um tipo de texto humorístico é o Cartum. Espécie de anedota gráfica sobre o comportamento humano, o Cartum pode usar apenas linguagens não-verbal ou misturá-la com a verbal.

Leia este exemplo de Cartum.

O Cartum é um texto humorístico que usa a linguagem não-verbal, combinada ou não com a verbal. Normalmente, retrata situações universais e atemporais, satirizando os costumes humanos.

Nos textos, o autor usou as linguagens verbal e não-verbal:

a) No primeiro Cartum, qual é o duplo sentido que ocorre a frase?

b) No segundo Cartum, pode-se dizer que o garçom interpretou o pedido do cliente ao pé da letra? Por quê?

c) No terceiro Cartum, que sentido a cliente atribuiu ao verbo rachar ?

CHARGE

Ao contrário do Cartum, que, como vimos, retrata situações genéricas, a charge satiriza um fato específico, situado no tempo e no espaço. Outra diferença é que, enquanto os personagens do Cartum costumam ser pessoas comuns, as da charge muitas vezes são personalidades públicas – um político ou artista, por exemplo. Tanto o Cartum quanto a charge, porém, têm em comum o fato de poderem usar a linguagem verbal, a não-verbal, ou as duas ao mesmo tempo. Finalmente, ambos costumam ser publicados em veículos de comunicação de massa, como jornais ou revistas. Veja, por exemplo, esta charge do Angeli.

Charge é um desenho humorístico, acompanhado ou não de texto verbal. Normalmente, critica um fato ou acontecimento específico e aborda temas sociais, econômicos e sobretudo, políticos.

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O chargista denuncia um problema social que tem sido combatido, mas que ainda representa uma questão preocupante.

A. Relacione o título do texto a seu conteúdo. B. Interprete a legenda da charge. C. Observe a linguagem não-verbal e comente outras idéias expressas no texto. A charge faz parte do material de opinião, isto é, aquela parte dos jornais e revistas em que cada

autor expressa seu ponto de vista sobre determinado assunto. Em geral, localiza-se na página de editoriais, a página mais nobre da publicação.

A compreensão da crítica feita pelo chargista depende da cumplicidade estabelecida entre autor e leitor. Por isso, o leitor precisa ter um conhecimento prévio do assunto abordado e conhecer as circunstâncias, os personagens e os fatos retratados. Assim, a charge pode perder seu sentido se o acontecimento que a inspirou já tiver sido esquecido pelo público.

2. Leia a tira a seguir:

A. Como o quadrinista conseguiu criar humor nessa tira? B. O que se pode concluir quanto ao comportamento de Hagar?

HISTÓRIA EM QUADRINHOS

O quadrinista pode nos transmitir mensagens importantes por meio da linguagem dos quadrinhos, empregando também o humor. Leia os quadrinhos a seguir e observe.

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3. No texto, os autores desenvolvem uma narrativa com diálogos colocados em balões da fala. a. Em que se baseia o humor nesses quadrinhos? b. Qual foi a intenção dos quadrinistas na criação desse trabalho? c. Que recursos os autores utilizaram para enfatizar a conduta errada do motorista?

Enquanto a charge costuma transmitir a sua mensagem em uma única imagem, as histórias em

quadrinhos podem ser definidas como arte seqüencial, pois são desenhos em seqüência que narram uma história. A charge tem geralmente conteúdo humorístico, e as histórias em quadrinhos podem ou não ter o humor como efeito de sentido.

História em quadrinhos é uma narrativa visual que, normalmente, expressa a língua oral e apresenta um enredo rápido, empregando somente imagem ou associando palavra e imagem.

Conheça alguns elementos das histórias em quadrinhos.

• Localização dos balões: indica a ordem em que se sucedem as falas (de cima pra baixo, da esquerda para a direita).

• Contorno dos balões: varia conforme o desenhista; no entanto, alguns são comuns, como os que apresentam linha contínua (fala pronunciada em tom normal); linhas interrompidas (fala sussurrada); um ziguezague (um grito, uma fala de personagem falando alto, ou som de rádio ou televisão); em forma de nuvem (pensamento).

• Sinais de pontuação: reforçam sentimentos e dão maior expressividade à voz do personagem. • Onomatopéias: conferem movimento à história, imitando sons do ambiente (crash para uma

batida, ou buuuum para uma explosão, por exemplo) ou produzidos por pessoas e animais (zzzz, para sono, rrrrrr, para o rosnado de um cão, etc).

O CARTAZ

Leia este cartaz da Associação Brasileira de Direitos Reprográficos:

O cartaz é um gênero textual que tem a finalidade de informar as pessoas, sensibilizá-las, convencê-las ou conscientizá-las sobre determinado assunto.

a) Observe o logotipo que aparece no canto direito da parte de baixo do cartaz em estudo. Quem produziu o cartaz?

b) Na sua opinião, para quem o cartaz é

direcionado?

i. Qual é a finalidade do cartaz?

ii. De acordo com o cartaz, copiar livros é crime. Levante hipóteses: Por que copiar uma obra literária, artística ou científica é considerado crime?

c) Os cartazes são afixados em lugares públicos, geralmente em paredes ou murais, e têm por

finalidade ajudar a divulgar uma campanha. Considerando quem produziu o cartaz lido e a finalidade de sua divulgação, levante hipóteses: Onde você acha que ele foi afixado?

d) Os cartazes geralmente apresentam linguagem verbal e linguagem visual. No cartaz lido, o

enunciado principal faz um jogo de sentido com a imagem. Que sentido é esse?

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e) O texto principal do cartaz lido não explicita nem a quem as ações expressas pelos verbos se referem nem o tipo de cópia se faz de livros. O autor do cartaz conta com conhecimentos que o leitor já tem, isto é, imagina que ele saiba quem foi flagrado copiando livros e de que tipo de cópia se trata.

i. A que tipo de cópia o autor do cartaz se refere?

ii. Quem pode ter sido flagrado fazendo esse tipo de cópia de livros?

f) O texto verbal dos cartazes normalmente é curto e em linguagem simples e direta. Observe a linguagem empregada no texto verbal do cartaz em estudo.

i. Que variedade lingüística foi usada?

ii. Que modo verbal foi empregado na frase “Denuncie”? Por quê?

O que diz a Lei Leia a resposta dada pela revista Veja à pergunta de um leitor sobre a cópia de livros. É proibido fazer fotocópias de uma obra literária? (Sérgio Andrade, Divinópolis – MG) Reproduzir livros é crime previsto pela lei dos direitos autorais, com pena de dois a quatro anos de prisão, multa de até 3.000 vezes o valor da obra e destruição dos equipamentos utilizados para copiar. “A lei protege a propriedade intelectual do autor e o trabalho do editor”, explica Enoch Bruder, presidente da Associação dos Direitos Reprográficos. A lei prevê apenas uma exceção, no caso de reprodução de pequenos trechos para uso privado e sem fins lucrativos. No entanto, não é definido quanto da obra pode ser reproduzido, o que tem levado a discussões na Justiça sobre esse limite. De acordo com a Associação, para cada livro vendido são feitas quatro cópias integrais da obra, o que gera um prejuízo de 500 milhões de reais por ano para o mercado editorial, o equivalente a 25% do faturamento do setor.

O E-MAIL

O uso da Internet possibilita fazer pesquisas, ler notícias, ver imagens, “visitar” museus e

bibliotecas, conhecer e “bater papo” com pessoas do mundo inteiro. E também torna possível a

comunicação entre dois ou mais computadores, por meio do correio eletrônico.

O correio eletrônico deu origem a um novo contexto textual, o e-mail (pronunciado imêil), que

apresenta características de outros gêneros textuais, como o memorando, a carta, o bilhete, a conversa

face a face e a conversa telefônica. Quanto à forma, o email assemelha-se ao memorando, pois nele há

campos indicados por Para e Assunto, gerados pelo software automaticamente. Da carta, tomou de

empréstimo as fórmulas de aberturas e fechamentos da conversa telefônica, a rapidez e a possibilidade

de contato entre pessoas que se encontram geograficamente distantes.